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Vargem Grande do Sul e Região - Fevereiro de 2011 - Ano II - Nº 18 - Distribuição Gratuita

Edição 18 - Fevereiro 2011

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Edição 18 - Fevereiro 2011

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Vargem Grande do Sul e Região - Fevereiro de 2011 - Ano II - Nº 18 - Distribuição Gratuita

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EDITORIAL

Não é por menos que omundo anda nervoso com asperspectivas de abastecimen-to de alimentos. A demanda au-menta, as safras sofrem osefeitos das inconstâncias climá-ticas e o resultado é, simples-mente, frustrante. A ponto delíderes mundiais chegarem apropor o controle dos esto-ques, dos volumes comer-cializados e até dos preços.

O caso do milho – essencialna produção das duas carnesmais consumidas no mundo, asuína e a de frango – é bemilustrativo: paira, sobre o grão,a perspectiva de chegar ao fi-nal de 2011 com o menor es-toque final mundial dos últimosquatro anos.

De acordo com o AviSite, noBrasil, essa situação não é mui-to diferente: após encerrar asafra 2007/08 com um esto-que final quase 350% superiorao da safra anterior (de 2,5 mi-lhões/t para 11,3 milhões/t,segundo a Conab) e manteresse estoque acima dos 11 mi-lhões de toneladas por trêsanos consecutivos, o país devechegar ao final de 2011 comum estoque final pelo menosum quarto menor que o do anopassado. E não porque estejaocorrendo sensível redução daprodução (a última previsãopara a presente safra, cuja co-lheita já está atrasada, é dequeda de cerca de 6% e volu-me ainda superior a 50 milhõesde toneladas), mas sim por queé firme a demanda externa doproduto.

Em consequência, enquan-to os estoques mundiais, ape-sar de menores, tendem a en-cerrar 2011 com volume ape-nas 2% inferior aos de 2008,os brasileiros caminham parauma queda não muito distantedos 30%.

O menor nívelem quatro anos

Produtores de Aguaí lucramcom a colheita tardia da manga

Os galhos carregados de man-ga, escorados de tanto peso, sãosinal de boa produtividade paraesta safra. A plantação de ValterBreda, em Aguaí, tem 15 mil pése cada um deve render em mé-dia 100 quilos da fruta, resultan-do em um total de 75 mil caixasde 22 quilos, mais que o dobroda safra de 2010.

“O problema no ano passadofoi muita chuva que atrapalhoua florada, deu doença na fruta enossa produção caiu pela meta-de, já este ano o tempo secopossibilitou uma produção mai-or”, conta o produtor rural.

O responsável pela colheitade tantas frutas é o filho MarcosBreda. Ele explica que é precisocuidado para não machucar amanga. “É só cortar um dedo emeio, mais ou menos, acima dotalo dela, desse jeito não sai lei-te porque já está madura, e temque colocar na caixa com cui-dado para não machucar”, diz.

O trabalho começou no finalde novembro e mesmo com aajuda de dez funcionários sódeve terminar em abril. Mas oque preocupa mesmo os agri-cultores é o valor da fruta, opreço do quilo mal paga o custode produção. “Nós estamos ven-dendo a cerca de R$ 0,50, maso custo de produção e de colhei-ta é alto, então o que sobra épouco”, conta Valter.

Porém a colheita tardia deveajudar os produtores, a expec-tativa a partir de agora é de altanos preços. Breda explica queem janeiro começou a safra dafruta em outras regiões do es-tado, onde o clima é mais quen-te, então eles estão na fase for-

O clima frio atrasou a maturação dos frutos. Na hora de comercializar, os preços são compensadores

te da produção, com muita man-ga no mercado, o que faz comque o preço caia. “Assim queacabar a colheita lá, muitoscompradores vêm procurar anossa região”.

Da lavoura, o produto segue

EXPEDIENTEO Jornal do Produtor é uma publica-ção mensal, editado à rua AntônioRodrigues do Prado, 48, Bairro N. Sra.Aparecida, Vargem Grande do Sul - SP.E-mail: [email protected] -Fone: (19) 3641-1392

Jornalista ResponsávelBruno de Souza - MTb 46.896

Diagramação, Fotos e ArtesRicardo Falcão - Angelino Jr.

PublicidadesFernando W. Franco - (19) 9310-5700

Circulação: Vargem Grande do Sul -Aguaí - Águasda Prata - Caconde - Casa Branca – Campinas

( Ceasa) - Divinolândia - Espírito Santo do Pinhal- Itobi – Itapetininga - Mococa - Santa Cruz das

Palmeiras - Santo Antônio do Jardim - São Joãoda Boa Vista - São José do Rio Pardo - São

Sebastião da Grama - Tambaú - Tapiratiba – PortoFerreira - Ribeirão Preto - São José do Rio Preto.

Em Minas Gerais Sacramento e Araxá.

para o beneficiamento, onde asmangas são separadas por ta-manho. Em seguida, o cami-nhão é carregado e vai diretopara o supermercado de Aguaí.Lá, o quilo varia de R$ 1,19 aR$ 1,99. (Caminhos da Roça)

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Café Serra da Grama fechanegócio com francesa Hediard

Marca de São Sebastião da Grama será vendida em butique de alimentos em Paris a partir de abril

O Café Serra da Grama fechounegócio com a rede francesaHediard, uma das mais exclusivasbutiques de alimentos do mundo.A Hediard vende atualmente ape-nas café verde, de diversas origens,

Tomas OkudaAgência Estado

O ministroda Agricultura,Wagner Rossi,afirmou naquarta-feira, 9de fevereiro,que a perspec-tiva para 2011é de boa ren-da para o agri-cultor. “Esperamos que seja um anomais rentável para o produtor por-que os preços das commodities es-tão valorizados”, disse. Ele anun-ciou a previsão da produção agrí-cola para a safra 2010/2011, quedeve chegar a 153 milhões de to-neladas. “É um novo recorde”.

Segundo Rossi, este é o momen-to de o agricultor receber o retornopelo investimento no avanço da agri-cultura. “O produtor é competente,resistente, capaz de superar crises.Produzimos a um custo baixo, umalimento de qualidade e o coloca-mos no mercado a um preço jus-to”, disse. O ministro também semostrou contrário ao controle depreços das commodities.

Produtor teráboa renda

em 2011, dizministrocomo América Central e África, o

qual é torrado e moído na hora. Apartir de abril, o consumidor de Pa-ris terá à disposição café datorrefadora de São Sebastião daGrama em embalagem com amarca da Hediard, do Serra da Gra-ma e com o Selo de Qualidade As-sociação Brasileira da Indústria deCafé (Abic), informou a proprietá-ria do Café Serra da Grama,Mariângela Taramelli Francisco.

De acordo com ela, os france-ses ainda não definiram preços,nem volume que pretendem im-portar. No entanto, exigiram queseja reservado com exclusividadeum talhão de cerca de cinco hecta-res da Fazenda São Gabriel, de pro-priedade da família Taramelli, ondesão cultivados cerca 25 mil pés decafé, que deram a primeira cargano ano passado. Dali devem sair, apartir de maio, cerca de 200 sacasdo produto, da variedade bourbonamarelo, com destino à França. Oabastecimento da Hediard a partirde abril está garantido porque, se-gundo Mariângela, foram reserva-das 17 sacas da safra passada.

As embalagens são desenvolvi-das por uma agência de publicida-de no Brasil e já está em fase finalde confecção. “A Hediard pede so-

fisticação”, comenta Mariângela. Aempresária revelou que na lojaHediard de Paris, hoje, uma xícarade café custa cerca de 6,5 euro,ou perto de R$ 15,30. Um pacotecom 250 gramas de café torradona rede não sai por menos de 25euros, ou R$ 58,75.

O relacionamento entre o CaféSerra da Grama e a Hediard, po-rém, não é de hoje. No ano passa-do, para a comemoração dos 130anos de seu principal endereço, oda Place de La Madeleine, a Hediardpesquisou produtos em diversaspartes do mundo para que pudes-sem ser vendidos na loja com suasmarcas originais, mas com etique-tas de exclusividade produzidas pelaprópria rede. O Serra da Grama foio café escolhido entre os váriosconcorrentes.

A família Taramelli administraduas fazendas de café em São Se-bastião da Grama, além da SãoGabriel: a Santa Terezinha e a SãoCaetano. Juntas, as três proprie-dades têm plantados cerca de 1milhão de pés de café. Além disso,a torrefadora da família recebeueste ano o Prêmio Diamante no 9ºConcurso Estadual de QualidadeCafé de São Paulo, como empresaque mais investe em qualidade.

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Desvalorização faz toneladas de batataestragarem ou virarem comida para gado Eventos agropecuários

programados para março

Dia 17 a 22 - 46º Aniversário deLindóia e Dia Mundial da Água -Lindóia. Informações: Prefeitura - (19)3898-9900

Dia 22 - Dia Mundial da Água -Patrocínio Paulista. Informações:Prefeitura - (16) 3145-9910

Dias 21 a 25 - 8ª Feinco (FeiraInternacional de Caprinos e Ovinos) -São Paulo. Informações: AgrocentroFeira e Exposições e SAA

Dias 23 a 27 - 46ª Festa do Milho Verdee Peão Boiadeiro - Capela Do Alto.Informações: Prefeitura - 3267-8800 /Casa Da Agricultura - 3267-1239

Dia 25 de março a 2 de abril - Expofar(Exposição Agropecuária de Fartura eRegião) - Fartura. Informações:Prefeitura - (14) 3382-1210

1ª Festa do Leite e Derivados - Cunha.Informações: Prefeitura, Casa DaAgricultura, Cooperativa de Guaratinguetáe laticínios locaisObs: Antes de ir a qualquer um desseseventos, procure sempre contatar aorganização para saber mais detalhesFonte: Secretaria da Agricultura eAbastecimento

A desvalorização da batata fezcom que toneladas do vegetal seestragassem ou virassem comi-da para o gado na zona rural deDivinolândia. O pecuarista VanderRogério Bussi, por exemplo, vaialimentar 200 animais com 50mil quilos de batata que seriamjogados no lixo. “Não consegui-ram vender no mercado e elestêm que jogar fora. Aqui não temmais lugar, então estou trazen-do para cá e tratando o gado”,disse em entrevista à EPTV.

Já o produtor rural José CarlosTrevisan nega o desperdício debatata. Ele explica que o produtojogado fora é impróprio para oconsumo. Dois caminhões car-regados de batata foram para oRio de Janeiro, mas voltaram

sem comprador.Um levanta-

mento do Institu-to de EconomiaAgrícola do Esta-do de São Pauloindica que a bata-ta foi o segundoproduto que maisse desvalorizou,perdendo apenaspara o feijão. Opreço caiu 35% enão cobre nemos custos de pro-dução. A saca de50 quilos chegou a ser vendidapor menos de R$ 20,00. Em ja-neiro do ano passado, o preçoalcançou os R$ 50,00. Mês pas-sado, as máquinas de

beneficiamento tiveram que pa-rar por causa do tempo. “É difícildemais a gente colher, então ficatudo parado”, explicou o produ-tor Trevisan. (EPTV)

Prefeitura de São José do Rio Pardo vaiinstalar mais 12 lixeiras na zona rural

A Secretaria de Agricultura eMeio Ambiente de São José do RioPardo anunciou a instalação de 12novas lixeiras na zona rural do mu-nicípio. De acordo com o projetoRio Pardo Vivo, está previsto aotodo 24 pontos de coleta. Metadejá foi fixada no decorrer de 2009,porém, o secretário FelipeQuessada afirmou que alguns des-

ses pontos foram totalmente da-nificados.

De acordo com ele, a intençãoda prefeitura é dar continuidade aoprograma, com a instalação de ou-tras 12 lixeiras nos seguintes pon-tos: próximo a Igreja de Paula Lima,imediações da Estação Paula Lima,estrada do Sítio Novo (próximo doDistrito Industrial), estrada do Sítio

Novo (ao final do asfalto), entradada região do Sertão Grande (ChicoCapuano), entrada do LoteamentoManetta, estrada da Sinovo, estra-da do Brejinho, além da vicinal queliga o Jardim Aeroporto à SP-350,a estrada do Barreirinho e a da Ca-choeira dos Nasser. Já na vicinal SãoJosé/Mococa será recolocado ocoletor destruído.

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Uma competição bastante animada. Assim foi ocampeonato promovido pela Cooperbatata(Cooperativa dos Bataticultores da Região deVargem Grande do Sul) e patrocinado pelaempresa Bayer CropScience. A competição contoucom a participação de cooperados e funcionários,sendo as partidas realizadas no Silo em CasaBranca.As disputas se destacaram pela integração detodos os participantes, que mostraram bastantecompanheirismo e espírito esportivo no decorrerdos jogos. A final ocorreu na tarde de sábado, dia5 de fevereiro, e foi marcada pela premiação daequipe campeã, vice-campeã e terceira colocada,além dos jogadores que foram destaque durantea competição. Após as homenagens – e tambémmuita descontração –, todos se reuniram parauma animada confraternização ao som de muitamúsica sertaneja.

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Os preços de milho tiveramsaltos ainda mais expressivosnos últimos dias em algumasregiões do Brasil, especial-mente em áreas de cultivo demilho de segunda safra, con-forme pesquisas do Cepea.Apesar do início da colheita noRio Grande do Sul e em Goiás,a oferta no país está restrita,devido ao bom ritmo de ven-das externas e também pelaopção de vendedores por es-perar um pouco mais para ne-gociar, apostando em preçosfirmes.

De acordo com levantamen-tos do Cepea, há também pre-ocupações com o cultivo demilho de segunda safra, espe-cialmente pela alta umidadeque dificulta os trabalhos desemeadura. Mesmo assim, aexpectativa é que a área demilho na safrinha deve aumen-tar. Entre 24 a 31 de janeiro, oIndicador ESALQ/BM&FBovespa(Campinas-SP) subiu 2,33%,

fechando a R$ 32,11/sc de 60 kgna segunda-feira. No acumuladode janeiro, o indicador teve au-mento de 13,56%. (Cepea)

EscassezÀs vésperas da intensificação

da colheita da safra de verão, aescassez de milho em algumasregiões preocupa produtores deaves e causa aumento de custos.A União Brasileira de Avicultura(Ubabef) enviou um ofício ao Mi-nistério da Agricultura com umalerta sobre um quadro de faltada matéria-prima em alguns Es-tados, como Minas Gerais, ondea saca de milho já atingiu R$37,00.

Em resposta à associação, oministro Wagner Rossi destacouos leilões que têm sido feitos des-de novembro do ano passadopara complementar o abasteci-mento. Foi colocado no mercado1,6 milhão de toneladas de mi-lho que estavam em estoquespúblicos, segundo o ministério.

Para o presidente da Ubabef,Francisco Turra, as operações nãotêm sido suficientes para suprira demanda e muito menos parareduzir os preços. Segundo ele,o custo de produção de aves emáreas de Minas Gerais, Rio Gran-de do Sul, Santa Catarina e SãoPaulo chegou a subir até 18% sóneste ano.

O analista do setor FelipeNetto, da consultoria Safras &Mercado, diz que falta milho aténo Paraná, onde a colheita jácomeçou. Além do aumento noconsumo, o atraso da colheitaneste ano, provocado pelas chu-vas, contribui para a escassez.Segundo Netto, a saca de milho,que em janeiro de 2010 era ven-dida por R$ 20,00 em Campinas,agora vale R$ 32,00, um aumen-to de 60%. A Ubabef pediu aogoverno novos leilões de esto-ques públicos, hoje em 4,5 mi-lhões de toneladas.

(Fonte: Folha de São Paulo)

Milho: oferta restrita e preocupaçõescom safrinha elevam preços

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10ª Festa do Milho e o 6º Festival de MúsicaSertaneja atraíram grande público em VargemProcurando resgatar um pou-

co da cultura regional, o Depar-tamento de Cultura e Turismo deVargem Grande do Sul promoveua 10ª Festa do Milho e o 6º Festi-val de Música Sertaneja entre osdias 5 e 6 de fevereiro. Os even-tos ocorreram paralelamente naPraça da Matriz e atraíram umgrande número de pessoas aocentro da cidade.

O grande diferencial da festi-vidade está em seu caráter filan-trópico, uma vez que conta coma participação de instituições egrupos que ficaram responsáveispela praça de alimentação, comoa Casa do Menor “Dom Bosco”,Clube das Mães, CPDEX, Socie-dade Humanitária, Grupo MãoAmiga, Paróquia Nossa SenhoraAparecida, Circolo Italiano e Gru-po Escoteiro “Curumins daMantiqueira”.

Durante o evento, a plateiapode saborear bolinhos cabelo deanjo, bolo de milho, milho cozi-do, pamonhas, curau, polentafrita e com molho, panquecas defrango com milho e ainda de mi-lho com catupiri, pizzas e tam-bém sorvete de milho verde.

Além de degustar diversospratos típicos feitos a base demilho, o público teve a oportuni-dade de conferir o talento de can-tores e duplas da região. Nestaedição, o Festival de Música Ser-taneja teve como grande atra-ção foi As Galvão. Ícones damúsica raiz, Mary e Marilene têmmais de 60 anos de carreira. Aolongo de sua trajetória artística,elas gravaram mais de 300 mú-sicas, desenvolvendo um traba-lho que as deixou conhecidas emtodo país. Durante o encerra-mento do evento, as cantoras in-terpretaram grandes sucessos eaté relembraram de sua passa-gem por Vargem Grande do Sul,num show marcado por bastanteemoção e que contagiou todas aspessoas presentes.

Encerramento foi marcado pela apresentação da dupla As GalvãoPrefeitura de Vargem Grande do Sul

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O plantio de mini tubérculoPedro HayashiEngenheiro agrônomo

A batata-semente é o item maisimportante para se obter uma boaprodutividade em uma lavoura.Também o seu custo é um dos maisaltos dentre todos os insumos usa-dos. Recentemente tivemos muitosproblemas com a importação debatata-semente de outros países,que é a forma mais comum para aobtenção de material básico.

Estes problemas gerados com asimportações causaram e causarãograndes prejuízos para a cadeia pro-dutiva. O material importado devepassar por pelo menos três multi-plicações a campo para depois ir parao mercado. Com as frustrações dasimportações haverá uma interrup-ção no fornecimento de sementespara movimentar todo o processoprodutivo.

Não teríamos alternativas parao suprimento de batata-semente?Os grandes produtores brasileirosoptam por trabalhar com a produ-ção e o plantio de mini tubérculos.Também em outros países esta prá-tica já é bastante difundida e emalgumas nações é a única alternati-va para obter batata-semente.

O sistema de mini tubérculos éadotado pelos países exportadoresde batata-semente para suprir asnecessidades internas, bem como

exportar para outros países como oBrasil. Nossos produtores relutamainda em plantar este tipo de ma-terial, pois temem que não vão ob-ter boas produtividades por plantarbatatas tão pequenas. Sempre digoque mini tubérculo não é batata mi-úda ou “pirulito” como muitos insis-tem em chamar.

No início do processo para a pro-dução de mini tubérculos, a redu-ção do material de propagação ob-tido do meristema ou de um peda-ço de um broto, haverá uma perdade reservas, mas é compensadopela alta atividade hormonal. Nes-te processo as plantas retomam auma fase fisiológica chamada dejuvenilidade. O comportamentodestas plantas e também nos minitubérculos produzidos são muito di-ferente das batatas sementes quepassaram por muitas multiplicaçõesem campo. Há diferenças no porteda planta, número e formato dostubérculos e também em outras al-terações menos notadas.

Poucos produtores sabem queuma batata-semente Elite proveni-ente de outros países já passarampor pelo menos seis multiplicaçõesem campo. Não podemos negar quenos países que possuem acordoscomerciais com o Brasil têm técni-cas e clima para produzirem bata-ta-semente de ótima qualidade.

Etapas de produção: do laboratório até o campo de primeira multiplicação

Sistema de mini tubérculos é adotado pelos países exportadores de batata-semente para suprir asnecessidades internas

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Alguns cuidados devem serconsiderados para que tenhamosuma boa produção do plantio dosmini tubérculos. O solo deve serpreparado para que não fiquemtorrões, que prejudicam a ger-minação e os tratos culturaisposteriores. O plantio manual éque normalmente se faz, lem-brando que em outros países jáexiste plantadeiras específicaspara mini tubérculos.

A quantidade de mini tubér-culos usada para um hectarevaria de 45 mil a 55 mil, depen-dendo da variedade e do tama-nho. Quanto maior o mini tubér-culos menor a quantidade usa-da. Não há diferenças de produ-ção entre os tamanhos desdeque se plante no espaçamentocorreto. O espaçamento entreas linhas usa sempre o mesmoque para as outras classes, parafacilitar a utilização dos equipa-mentos, normalmente entre0,75m a 0,80 m.

ConclusãoSe tudo correr bem nesta eta-

pa, temos a certeza de que te-remos uma excelente fonte desementes de alto desempenhoque garantirão altas produçõesnas multiplicações futuras. A pro-dutividade deste primeiro plantiogira em torno de 25 a 32 tonela-das por hectare para as varieda-des que se plantam no Brasil. Nasprodutividades mais elevadas te-

Cuidados são fundamentaispara ter uma boa produção

remos uma quantidade maior detubérculos graúdos (tipo 1 e aci-ma de 60 mm)

O produtor que nunca plantoueste tipo de semente deve, ameu ver, começar com uma áreamenor para adquirir confiança,posteriormente aumentando aárea de cultivo. Ter mais que umafonte de semente é sempre re-comendada, e sempre fazer umcomparativo entre elas.

É comum a pergunta:“quantas vezes posso multiplicaras sementes provenientes dosmini tubérculos?”. Isto dependeda variedade, do isolamento doscampos, dos tratos culturais, da

Alguns itens que sediferem do plantio normal debatatas ou batata-semente:

- Optar pela melhor época paraa região para o plantio dos minitubérculos.

- Escolher uma área distantede cultivos de solanáceas e ba-tata de outras classes.

- Plantar os mini tubérculossempre bem brotados, normal-mente o período de dormência émaior que as sementes conven-cionais.

- Resultado melhor é obtidoquando o plantio for feito sobreuma leira para facilitar a opera-ção da amontoa.

- Reduzir a adubação de baseem pelo menos 25 % do que seusa normalmente para batatasemente.

- Nunca colocar os mini tubér-culos sobre o adubo. Ter um aces-sório que permita misturar o adu-bo com a terra.

- Ter o equipamento de irriga-ção pronto para usar logo após oplantio. Verificar se o manancialnão tenha efluentes de lavourasde batatas ou de lavadeiras.

- Não deixar cair terra sobreas plantas durante a amontoa,principalmente para os de me-nor tamanho.

- Fornecer uma quantidade denutrientes durante todo o ciclo.

- Não se preocupar com o ta-manho da batata semente nestafase, deve deixar “engrossar”.

pressão de vetores. Não deve-mos esquecer que o material im-portado que recebemos já pas-sou por seis multiplicações. Sepensarmos em produtividade,quanto menos multiplicaçõesmelhor. O custo com a aquisiçãoou produção dos mini tubérculosse diluem nas multiplicações fu-turas, igualando com os custosde outras fontes.

Para obter uma boa produção, produtor deve se atentar aos cuidados

Plantação no campo de primeira multiplicação

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Laranja: quebrada safra 2009/2010 foi menor

Relatórios apontam redução naincidência de greening em São Paulo

O dado é animador. Os relató-rios apresentados em janeiropelos citricultores paulistas, re-ferentes às inspeções e elimina-ções de plantas com greening nosegundo semestre do ano passa-do, apontam uma redução de50% no número de plantas eli-minadas, totalizando 1,6 milhãode árvores comparados aos 3,1milhões do primeiro semestre de2010.

O número é reflexo da dimi-nuição na incidência da doençapor planta inspecionada, que caiude 0,65% para 0,36%, e tambémna presença do greening por ta-lhão, que reduziu de 42% para35%. Os relatórios foram entre-gues à Coordenadoria de DefesaAgropecuária (CDA), órgão da Se-cretaria de Agricultura e Abaste-cimento do Estado de São Paulo.

Os técnicos da CDA atribuemos resultados positivos a umamaior conscientização do produ-tor e à adoção de boas práticasno controle da doença. A boa re-muneração do setor também re-flete nos seus melhores cuidadoscom o pomar.

Semestralmente, o citricultordeve entregar os relatórios deinspeção e eliminação de plantasrealizadas em sua propriedade a

cada três meses, como previstopela Instrução Normativa nº 53do Ministério da Agricultura. Numesforço do Governo do Estadopara agilizar os processos, oprocedimento é todo feitop e l a i n t e r n e t , n o s i t ewww.cda.sp.gov.br. Após opreenchimento do relatório, o pro-dutor já recebe o protocolo deentrega, que deve ser impresso eguardado para eventuais compro-vações em auditorias a seremrealizadas pela CDA, não sendomais necessário entregá-lo na

unidade da Defesa da sua região.A adesão do produtor tam-

bém continua em alta, acima dos90%. Até 17 de janeiro, foramentregues 18.115 relatórios, deum total de 19,5 mil citricultores.Foram inspecionadas 235 mi-lhões de árvores nos dois últi-mos trimestres de 2010. Aque-les que não entregaram seus re-latórios deverão ser checadospela CDA se saíram da ativida-de ou, em caso negativo, terãode prestar esclarecimentos aoórgão.

A produção de laranja na sa-fra 2009/2010 foi de 297,5 mi-lhões de caixas de 40,8 quilosno estado de São Paulo, respon-sável por aproximadamente80% da produção distribuídosentre 17 mil citricultores. O últi-mo levantamento da safra dofruto divulgado pela CompanhiaNacional de Abastecimento(Conab) surpreendeu produto-res por representar uma quebrade menos de 1% em relação àsafra passada, quando o estima-do era de até 25%.

Os governos do Brasil e,principalmente, dos estadosdo sudeste devem se prepa-rar para enfrentar eventos cli-máticos extremos nos próxi-mos anos. O alerta foi feito porcientistas da OrganizaçãoMeteorológica Mundial (OMM).Eles afirmam que a devasta-ção na Região Serrana do Riode Janeiro não foi um eventoisolado. As chuvas no Brasilconfirmam uma tendênciamundial de que elas vão sercada vez mais fortes e em lo-cais onde não ocorriam coma mesma intensidade.

Meteorologistasanunciam eventos

climáticos extremos

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Prefeitura de São Sebastião da Grama estudapossibilidade de implantação de Internet CorporativaSegundo engenheiro agrônomo, iniciativa ajudará no dia-a-dia na zona rural, auxiliando nas negociações, compras de insumos,

acompanhamento de notícias sobre o café e até proporcionar novas possibilidades de negócios

A prefeitura de São Sebastiãoda Grama iniciou recentementeum estudo focado na instalaçãoda Internet Corporativa no muni-cípio. A implantação visa benefi-ciar principalmente o setor em-presarial na cidade e na região doVale da Grama, localizada na zonarural.

Acompanhados pelo prefeitoEmilio Bizon Neto, empresários li-gados à área tecnológica visita-ram a cidade e sobrevoaram omunicípio em busca do melhorponto de instalação para a torrede transmissão do sinal.

Segundo o prefeito gramense,esta é mais uma ação eficaz deincentivo para o meio empresari-al. “O desenvolvimento empresa-rial é uma das maiores preocupa-ções da administração, entende-mos que todo um sistema, queabrange desde a qualificação pro-fissional, programas de incentivoe toda uma infraestrutura ofereci-da, é uma maneira eficaz de atrairnovas empresas para o municípioe estimular as já existentes. Acre-ditamos que com mão-de-obracapacitada e infra-estrutura ade-

quada, consequentemente tere-mos novos empregos e novas opor-tunidades para as famílias de Gra-ma”, explica.

Para o André Luiz Cornéllio, en-genheiro agrônomo da FazendaCachoeira do Vale da Grama, acomunicação é um fator funda-mental na zona rural. “Contamoscom um serviço de internet aquina fazenda, mas o sinal é ruim eficamos na mão com frequência.

A ideia é ótima e se implantadavai nos facilitar muito no dia-a-dia.A comunicação eficiente auxilia nasnegociações, consultas de orça-mentos, compras de insumos,acompanhamento de notícias so-bre o café e ainda, nos proporcio-na novas possibilidades de negó-cios”.

Segundo o diretor geral da ARTelecom, Aloysio Resende Rosseti,apesar da empresa abranger um

mercado voltado para o meio em-presarial, a ideia é levar o produtopara os proprietários rurais e fa-zer a redistribuição da internettambém para os moradores dasfazendas. “A pesquisa de campojá foi realizada, resta agora defi-nirmos como será feita essa trans-missão, a ideia é oferecer o pro-duto aos proprietários rurais e es-tes ficarem responsáveis pelaredistribuição da rede através datecnologia Wireless”, explica o di-retor. Rosseti ainda destaca quese trata de um produto de grandeporte, que vem para suprir todasas demandas das empresas, co-mércios e até instituições financei-ras.

Emílio Bizon na Fazenda Cachoeira do Valeda Grama durante estudos do local para ainstalação da torre de transmissão do sinal

O Vale da Grama será um dos maiores beneficiados com o projeto

Assessoria de Imprensa da Prefeitura de São Sebastião da Grama