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Edição 237- Agosto 2004

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Compromisso de todos: Assembléia geral dos médicos Catarinenese na defesa da CBHPM

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Jornal da ACM2

E XPEDIENTEInformativo da Associação

Catarinense de Medicina - ACMRodovia SC-401, Km 4,

Bairro Saco Grande - Florianópolis/SCFone/Fax: (48) 231-0300

D I R E T O R I APresidente

Dr. Viriato João Leal da CunhaVice-Presidente

Dr. Genoir SimoniSecretário Geral

Dr. Luciano Nascimento SaporitiDiretor Financeiro

Dr. Sérgio Felipe Pisani MüllerDiretor Administrativo

Dr. Luiz Carlos GiulianoDiretora de Publicações Científicas

Dra. Rosemeri Maurici da SilvaDiretor Científico

Dr. Armando José d'AcamporaDiretor de Patrimônio

Dr. Dorival Antônio VitorelloDiretor de Previdência e Assistência

Dr. Waldemar de Souza JúniorDiretor das Regionais

Dr. Marcos Fernando Ferreira SubtilDiretor de Defesa de Classe

Dr. Carlos Alberto PierriDiretora Sócio-Cultural

Dra. Sílvia Maria SchmidtDiretor de Esportes

Dr. Marcelo do NascimentoDiretor do Departamento de Convênios

Dr. Carlos Alberto PierriDiretora de Comunicação

Dra. Eliane Vieira de AraújoVICE DISTRITAIS

Sul - Dra. Mirna Iris Felippe ZilliPlanalto - Dr. Fernando Luiz Pagliosa

Norte - Dr. Marcos ScheidemantelVale do Itajaí - Dr. Sérgio Marcos Meira

Centro-Oeste - Dr. Luiz AntônioDeczka

Extremo-Oeste - Dr. Luiz FernandoGranzotto

DELEGADOS JUNTO À AMBDr. Carlos Gilberto Crippa

Dr. Remaclo Fischer JuniorDr. Jorge Abi Saab NetoDr. Théo Fernando Bub

Dr. Luiz Carlos EspíndolaDr. Élcio Luiz BonamigoDr. Sérgio Marcos MeiraDr. Osmar Guzatti Filho

Dr. Marcos Fernando Ferreira SubtilDr. Oscar Antônio Defonso

EdiçãoTexto Final - Assessoria de Comunicação

Jornalistas ProfissionaisLena Obst Reg. 6048 DRT

Denise Christians Reg. 5698 DRT

FotografiaRenato Gama

Diagramação e ImpressãoGráfica e Editora Agnus Ltda.

Publicidade: SoluçãoFone: (48)348-3739

E DITORIAL

OBRIGAÇÃO DE TODOS OS MÉDICOSNossa força está nas próprias mãos,

basta que elas sejam unidas numa cor-rente em defesa da nossa dignidadeprofissional e do bem maior que amedicina tem como missão: a saúde.Este deve ser o pensamento a moveros médicos catarinenses a participa-rem da Assembléia Geral que acon-tecerá no próximo dia 24 de agosto,na sede de nossa ACM, que mais umavez abrirá as suas portas com orgulhoe responsabilidade para ser palco deum momento histórico em nossa clas-se. A razão desse grande encontro é aluta pela implantação da CBHPM(Classificação Brasilei-ra Hierarquizada deProcedimentos Médi-cos). Essa é a causamaior de integração detodos aqueles que têma consciência da impor-tância do momento vi-vido e da seriedade daluta que estamos en-frentando.

Antes de mais nada,é fundamental que osmédicos entendamque essa não é apenasuma luta dos dirigen-tes e lideranças das suasentidades representa-tivas. É uma batalhaque precisa da forçaindividual pelo bemde todos. Também nãoé uma ação que podeser realizada nas salasde cafezinho dos hos-pitais e clínicas; tãopouco nas esquinas emque nos encontramoscom colegas e aprovei-tamos para reclamar davida, do excesso de trabalho e da baixaremuneração.

Chegou a hora do médico enten-der que não pode mais brigar sozi-nho com os planos de saúde, com odescaso, com a falta de sensibilidadeaos inúmeros e crescentes problemasque enfrenta diariamente. Chegou omomento do médico fazer algumacoisa por si mesmo, por sua classe, porsua condição de trabalho, por seusjustos honorários.

O momento é ímpar, singular einadiável.

Participar da Assembléia Geral deagosto é obrigação de todos, pois oencontro estadual demonstrará a ca-pacidade de mobilização dos médi-

“CHEGOU A HORA DO

MÉDICO ENTENDER

QUE NÃO PODE MAIS BRIGAR

SOZINHO COM OS

PLANOS DE SAÚDE, COM O

DESCASO , COM A FALTA

DE SENSIBILIDADE AOS

INÚMEROS E CRESCENTES

PROBLEMAS QUE ENFRENTA

DIARIAMENTE .CHEGOU O MOMENTO DO

MÉDICO FAZER ALGUMA

COISA POR SI MESMO, POR

SUA CLASSE, POR SUA

CONDIÇÃO DE TRABALHO,POR SEUS JUSTOS

HONORÁRIOS ”

cos de Santa Catarina. Somos aproxi-madamente 8.500 profissionais damedicina em atividade no estado quepodem e devem investir seu tempoe determinação muito além do cres-cimento científico, ao qual estamosacostumados a priorizar.

Somente assim vamos mostrar nos-sa força, para nós mesmos e para osque nos desafiam, para aqueles queainda não entenderam que não exis-te plano de saúde sem médico, quenão existe assistência à saúde sem mé-dico. Ou nós conseguimos deixar cla-

ro isso através denossa mobiliza-ção, ou estare-mos prejudican-do seriamente amedicina da atu-alidade e a dofuturo.

Neste chama-mento, as Regi-onais e Socieda-des de Especiali-dades têm papelde destaque,pois a integraçãode seus associa-dos é indispensá-vel e valiosa. Porisso, vale tudo namobilização: for-mação de carava-nas, caronas orga-nizadas, ônibusfretados ... o quefor preciso, o quefor possível.

Necessitamosda presença detodos, do esforço,do suor, das crí-ticas e das suges-

tões. Todos estamos comprometidoscom o exercício digno da medicina.Somos os legítimos herdeiros das lu-tas das gerações que nos antecede-ram, deixando-nos legados imensu-ráveis de saber, ética e solidariedade.Cabe a nós repassarmos tudo isso aosmédicos das novas gerações.

Unamo-nos nesta conquista, semdemora e sem timidez, sob pena de,alienados da realidade, sermos infi-éis com nossos antepassados e irres-ponsáveis com nossos herdeiros.

Dr. Viriato João Leal da Cunha

Presidente

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ESPAÇO UNIMED SC

A perda do poder aquisitivo por parte do consumidor sereflete em alguns setores, como é o das cooperativas de saúde.A mudança nas regras para os planos de saúde e o aumento deimpostos, está exigindo profissionalismo e agilidade dessas

Unimed Santa Catarina - adaptação às mudanças épreponderante para a manutenção da liderança no estado

COSEMESC CONVOCA

P

AR

TICIPE

DA

A

SSEMBLÉIA

G

ERAL

DE

M

ÉDICOS

C

A

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ARINENSES

O Conselho Superiordas Entidades Médicas(COSEMESC) convoca atodos os médicos catari-nenses para a mais impor-tante Assembléia Geral daclasse, no próximo dia 24de agosto, às 20 horas, nasede da ACM, em Floria-nópolis. A pauta será úni-ca: a defesa da implanta-ção da CBHPM (Classifi-cação Brasileira Hierarqui-zada de ProcedimentosMédicos) pelos planos desaúde em atividade no es-

tado. Além de avaliar osresultados das negocia-ções realizadas até o mo-mento junto às operadorasde planos, a Assembléiaterá como meta definir osrumos do movimento pelaClassificação em SantaCatarina.

Os médicos catarinensesprecisam unir forças paragarantir a implantação daCBHPM, conquistando areal valorização da medici-na e a qualificação da assis-tência prestada à sociedade.

DEFINIDO PRAZO PARA PLANOS DE SAÚDE SE

POSICIONAREM SOBRE A CBHPM EM SANTA CATARINAAlém da convocação dos médicos catarinenses para

a Assembléia Geral do dia 24 de agosto, a ComissãoEstadual para Implantação da Classificação BrasileiraHierarquizada de Procedimentos Médicos, compostapor 3 representantes de cada entidade médica catari-nense (ACM, CREMESC e SIMESC), encaminhoucorrespondência a todas as operadoras de planos desaúde e à federação das Unimeds em Santa Catarinaestabelecendo um prazo para que seja firmado um po-sicionamento, por escrito, sobre a CBHPM.

O documento enviado às operadoras de planos en-fatiza que:

* No mês de julho de 2004 a Classificação comple-tou um ano desde o seu lançamento nacional.

* Várias tentativas de negociação foram feitas juntoàs operadoras, até o momento sem uma resposta con-creta.

* É grave o momento vivido pelos médicos que pres-tam serviços à saúde suplementar, há quase uma déca-da sem qualquer reajuste em sua remuneração pelosplanos de saúde.

* A CBHPM define o valor dos honorários dos mé-dicos em todo o Brasil e é referendada pela Resoluçãodo Conselho Federal de Medicina nº 1.673/03, que areconhece como padrão ético de remuneração.

* Por tudo isso, a classe médica estará reunida emAssembléia Geral neste mês de agosto, para definir osrumos do movimento pela implantação da CBHPMem Santa Catarina.

VOCÊ NÃO PODE FICAR DE FORA!O MOVIMENTO PRECISA DE VOCÊ,

ASSIM COMO VOCÊ PRECISA DOS RESULTADOSQUE PRETENDEMOS ALCANÇAR.

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INTERCÂMBIO DA UNIMED TERÁ VALOR DECONSULTA PRECONIZADO PELA CBHPM

ÚLTIMAS NOTÍCIAS SOBRE A CBHPM

O Conselho Confederativo da Unimed do Brasil decidiu, emreunião no dia 29 de julho, em Uberlândia (MG), implantar nointercâmbio o valor mínimo da consulta previsto pela CBHPM, R$33,60, a partir de 1º de setembro. Também foi decidido implantaros procedimentos da CBHPM com redutor de 20% a partir de 1º dejaneiro de 2005. Depois de concluída esta primeira etapa, serãoimplantados os valores do SADT, em data a ser agendada.

O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Dr. Eleu-ses Vieira de Paiva, esteve reunido com representantes da UnimedBrasil, no dia 20 de julho, na sede da entidade médica associativaem São Paulo, para selar uma parceria com o objetivo de implantar aClassificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos(CBHPM) nas cooperativas em todo o Sistema. A partir de 1º deagosto, representantes da entidade e da Unimed estarão trabalhandoem câmaras técnicas para otimizar os custos das cooperativas e via-bilizar a implantação da CBHPM. A Câmara de Órtese e Prótesediscutirá aspectos éticos e econômicos do setor de saúde. A de Me-dicamentos abordará a política em vigência. A terceira, de Incorpo-ração de Tecnologia, avaliará a importância da incorporação de no-vos procedimentos na área de saúde. Além dessas câmaras técnicas,as entidades também incentivarão a adoção do Projeto Diretrizes,elaborado pela AMB e CFM em conjunto com as Sociedades deEspecialidade. Atualmente, o Projeto conta com 80 diretrizes im-pressas em dois volumes e cerca de 200 já finalizadas, cujo objetivoprincipal é atualizar o médico e otimizar recursos para o setor semperda de qualidade na assistência.

B

ALANÇO

DAS

RECLAMAÇÕES

RECEBIDAS

PELO

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ISQUE

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ENÚNCIAS

A Central Telefônica 0800 887 7700, criada para atender gra-tuitamente denúncias de usuários contra os planos de saúde,vem recebendo cerca de 600 ligações por semana, a maioria con-tra os reajustes abusivos dos planos (São Paulo, com 60%, é oEstado com maior número de denúncias). Outras queixas maisfreqüentes dizem respeito à ameaça de perda de benefícios se ousuário não optar pela migração e ao mau atendimento por par-te dos planos. As seguradoras Sul América e Bradesco lideram oranking de reclamações. O serviço 0800 recebe ligações de todoo Brasil e está disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às18h. A coordenação é do Conselho Regional de Medicina deMinas Gerais, com o respaldo das principais entidades médicasnacionais: Associação Médica Brasileira, Conselho Federal deMedicina e Federação Nacional dos Médicos.

Até o inicio do mês de agosto, o movimento da classe médicapela implantação da CBHPM já havia conseguido acordos em 13estados com o grupo Unidas (Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás,Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande Norte,Rondônia e Sergipe). Em relação ao sistema Unimed, 9 singularesjá se comprometeram a adotá-la (Rio Branco-AC; São Luís e Impe-ratriz -MA; Paranaguá-PR; Recife-PE; Teresina-PI; Porto Velho-RO; Caxias do Sul - RS ; Santos, Araraquara-SP; Aracaju-SE). Omovimento amplia-se no país, sendo que até agora 18 estados (Ala-goas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão,Acre, Rio Grande do Norte, Mato Grosso Sul, Minas Gerais, Pará,Paraíba, Paraná, Pernambuco, São Paulo, Sergipe), além do Distri-to Federal, mantêm movimentos contra as seguradoras de saúde.

A Comissão Nacional de Implantação informa que a CBHPMencontra-se on line e disponibilizada na íntegra para consultano site da AMB (www.amb.org.br). Também foram impressos 5mil novos exemplares da terceira edição da CBHPM, que apre-senta inclusões e exclusões de procedimentos, além da novacodificação, agora com oito dígitos. Mais informações pelotelefone (11) 3178-6800.

CLASSIFICAÇÃO ON-LINE

AMB E COOPERATIVA CRIAM

CÂMARAS TÉCNICAS

MOVIMENTO CRESCE EM TODO O PAÍS

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Representantes das entidadesmédicas nacionais participaram deaudiência com o presidente da Re-pública, Luiz Inácio Lula da Silva,durante a qual solicitaram o apoioà implantação da Classificação Bra-sileira Hierarquizada de Procedi-mentos Médicos (CBHPM) no sis-tema de saúde suplementar. Opresidente Lula registrou que seempenhará para resolver as ques-tões de litígio que existem hojeno sistema.

Confira, na íntegra, o docu-mento entregue pelas entidadesmédicas ao presidente Luiz Iná-cio Lula da Silva:

“As entidades médicas vêm a V. Excia. exter-nar o seu reconhecimento pela assinatura da me-dida provisória que estabelece o pacto federativoda representatividade médica no Conselho Fe-deral de Medicina, bem como pelo compromissoassumido pelo Ministério da Saúde - ANS, emtornar oficial a Classificação Brasileira Hierar-quizada de Procedimentos Médicos. A CBHPMé de suma importância para os 38 milhões deusuários da saúde suplementar, que passam acontar com a cobertura integral da assistência àsaúde. Esta lista contém numerosos procedimen-tos médicos não anteriormente cobertos e que ele-vavam sobremaneira as despesas do SUS.

Como V. Excia. é conhecedor, além de nãoprover cobertura integral, falha que será corri-gida pela resolução, os planos de seguro saúde

majoraram excessivamente os preços aos usuá-rios, mas mantêm a remuneração da classe mé-dica congelada há mais de dez anos. É esta arazão pela qual solicitamos o apoio de V. Excia.para aprovação do PL 3466/2004 (de autoriado deputado Inocêncio de Oliveira), em trami-tação no Congresso, que instaura câmara arbi-tral para dirimir o contencioso entre usuários,seguradoras e a classe médica. Como este im-passe vem tendo importante repercussão social eradicalização pelas seguradoras de saúde, é defundamental importância vossa interferênciapara viabilizar uma solução negociada.

Hipotecamos solidariedade às medidas ema-nadas do vosso governo na defesa da saúde dosbrasileiros.”

ENTIDADES MÉDICAS SOLICITAM APOIO DO PRESIDENTE LULA

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ESPAÇO UNIMED SC

A perda do poder aquisitivo por parte do consumidor sereflete em alguns setores, como é o das cooperativas de saúde.A mudança nas regras para os planos de saúde e o aumento deimpostos, está exigindo profissionalismo e agilidade dessas

Unimed Santa Catarina - adaptação às mudanças épreponderante para a manutenção da liderança no estado

CBHPM RESGATA A DIGNIDADE PROFISSIONAL

ARTIGO DE OPINIÃO

O assunto em pauta é a discussão e oapoio dos parlamentares ao projeto deLei da CBHPM (Classificação BrasileiraHierarquizada de Procedimentos Médi-cos). Por isso, a participação da classe mé-dica, principalmente de suas lideranças,é imperativa, no sentido de sensibilizaros parlamentares para o papel que aCBHPM representa para o sistema su-plementar de saúde, garantindo assistên-cia médica de qualidade aos mais de 35milhões de usuários de planos de saúdedo nosso país.

Não podemos ficar sujeitos ao podereconômico, às pressões e reajustes insu-ficientes, tanto na tabela da saúde suple-mentar quanto na tabela do SUS. Precisa-mos ter uma saúde de primeira qualidadeporque não temos cidadãos de primeiraou segunda qualidade.

A classe médica está dando um exem-plo de organização. A mobilização do dia15 de junho reuniu quase mil médicosem Brasília, com a participação de repre-sentantes de todos os partidos políticos.Certamente foi o principal acontecimen-to da Câmara do dia, não apenas pelo gran-de número de lideranças que comparece-ram, mas sobretudo pela consistência dareivindicação.

Em 39 anos formado como médico,nunca havia visto mobilização e entusi-asmo como os manifestados agora pelaclasse médica, com tranqüilidade, deter-minação e grande unidade. Tenho abso-luta certeza de que o nosso movimento

será vitorioso, porque ele é, acima detudo, justo e legítimo.

Nós, da Frente Parlamentar da Saú-de, juntos com todas as entidades re-presentativas da classe médica, busca-remos resgatar a ética nas relações en-tre os setores da saúde e a dignidadeprofissional, ao mesmo tempo em querejeitamos o aviltamento, a falta de qua-lidade, a exploração comercial da saú-de, as denúncias generalizadas de frau-de e a deterioração nas relações médi-co/paciente.

Não temos dúvida da justeza de nos-sas reivindicações. Afinal, é um direitodos profissionais de saúde terem umaclassificação de procedimentos de acor-

do com a hierarquização discutida pelassociedades de especialidades, e coloca-rem uma referência de preços para os ser-viços que prestam. Os postos de gasolina,os advogados e até os camelôs colocampreço pelos serviços oferecidos. Por quea classe médica não pode fazer o mesmo?

A CBHPM foi discutida exaustiva-mente durante três anos e é perfeita doponto de vista técnico. Está na hora de acategoria médica, com apoio de todas associedades de especialidades, da Associ-ação Médica Brasileira, do Conselho Fe-deral de Medicina, dos sindicatos e dasUnimed’s se unirem para trazer mais dig-nidade para a profissão médica, com re-muneração justa, atendimento de melhorqualidade e maior ética na relação médi-co/paciente.

A Frente Parlamentar da Saúde, queeu tenho o orgulho de presidir, é supra-partidária, com representantes de todosos segmentos, e tem um papel fundamen-tal como caixa de ressonância do setor dasaúde. Atualmente, vários projetos estãoem andamento na Câmara dos Deputa-dos, concedendo à classe médica o direi-to de ter uma tabela como a CBHPM, maso projeto do deputado Inocêncio de Oli-veira é o mais detalhado. Ele prevê que,toda vez que houver reajuste no preçodos planos para os usuários, o mesmo per-centual deve ser repassado aos prestado-res de serviços. Além disso, obriga a revi-são dos valores anualmente, sempre nomês de junho.

DR. JOSÉ RAFAEL GUERRA

PRESIDENTE DA FRENTE PARLAMENTAR DA SAÚDE

DEPUTADO FEDERAL PELO PSDB DE MINAS GERAIS

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Apoio

Patrocinadora

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ARTIGO JURÍDICO

C

ONTRA

TUALIZAÇÃO

ENTRE

MÉDICOS

E

PLANOS

DE

SAÚDE

Assunto controverso e que tomacada vez mais corpo no meio médi-co é a edição da Resolução Norma-tiva n.o 71, da Agência Nacional deSaúde - ANS, que obriga as opera-doras de Plano de Saúde a celebra-rem contratos expressos com médi-cos de suas redes credenciadas.Referida Resolução procura auxili-ar e estabelecer determinadas re-gras para definir os direitos e obri-gações de cada uma das partes.

Algumas das dispo-sições da Resoluçãoimpõem, por exemplo,a definição detalhadado objeto do que estásendo contratado, aespecificação de quaisou qual a especialida-de médica e o serviçocontratado, o seu regi-me de atendimento(hospitalar ambulatori-al e urgência) e, ainda,os prazos e procedi-mentos para fatura-mento e pagamento.

No entanto, ques-tões fundamentais dachamada “contratualização” não fo-ram abordadas pela Resolução. Afixação de uma data-base e a previ-são de reajustes anuais ou ainda afalta de definição de preço dos ser-viços contratados são temas que fi-caram sem menção específica. São,portanto, recomendados alguns cui-dados por parte dos médicos ao as-sinarem contratos com operadorasde planos de saúde.

Quanto ao reajustamento, já quea Resolução da ANS calou sobre aquestão dos honorários, necessáriaé a utilização como referencial daClassificação Brasileira Hierarquiza-da de Procedimentos Médicos(CBHPM), recentemente editada.Tal adoção não impede que os con-tratos contenham dispositivo quepermita a aplicação de outro índice,que tornem os valores maiores queos previstos na Classificação. Todos

os cuidados em relaçãoaos honorários devemestar expressos no con-trato.

A Associação Médi-ca Brasileira (AMB)aponta para reajuste oDia do Médico, 18 deoutubro, independenteda data de assinaturado contrato. Esta seráconsiderada a data-basedo profissional em rela-ção aos planos de saú-de, se assim for pactu-ado. É recomendávelque seja adotado um ín-dice para este reajuste,

que poderá ser o Índice de Preçosao Consumidor Amplo (IPCA), quereflete o custo de vida e a inflação.Deve-se ressaltar, no entanto, queeste índice não poderá ser menorque o de reajuste oferecido pelaANS aos planos de saúde, nem osvalores poderão ser inferiores aos fi-xados pela CBHPM. Caso isso ocor-ra, aplica-se o maior índice.

O contrato poderá vigorar portempo determinado ou indetermina-do. Em quaisquer dos casos, os dis-positivos que tratam da forma derescisão e das condições devem es-tar claros. Conforme aconselha aAMB, os contratos por tempo inde-terminado só deverão ser adotadoscaso haja uma penalidade imputadaà operadora em caso de rescisão,compensando, assim, investir na re-lação prestação de serviços formadaa partir do contrato. Ainda sobre arescisão, ela pode ser feita a qual-quer momento, respeitando-se o pra-zo imposto pela Resolução, de 60dias após notificação prévia. Mas,deve ficar previsto no ato jurídico decontratação penalidade em caso denão haver justa causa – desrespeitode alguma das partes ao contrato eas cláusulas por ele definidas. A re-novação deve ser feita com a anu-ência de ambas as partes. Poderáhaver no contrato cláusula de reno-vação automática por igual período,caso não haja manifestação em con-trário.

Mesmo no caso de pessoa físi-ca, é importante consultar um ad-vogado que tenha experiência naárea médica antes de assinar o con-trato. Ele pode auxiliar na elabo-ração da peça, evitando cláusulasdesfavoráveis, e indicando ainda aforma de contratação menos one-rosa no sentido de recolhimento deimpostos e mais segura no sentidode sua utilização em caso de algu-ma desavença.

GOSS & OLIVERA ADVOGADOS ASSOCIADOS

A FIXAÇÃO DE UMA DATA -BASE E A PREVISÃO

DE REAJUSTES ANUAIS O U

AINDA A FALTA DE

DEFINIÇÃO DE PREÇO DOS

SERVIÇOS CONTRATADOS

SÃO TEMAS QUE FICARAM

SEM MENÇÃO ESPECÍFICA

NA RESOLUCAO DA ANS E

SÃO , PORTANTO,R E C O M E N D A D O S

ALGUNS CUIDADOS POR

PARTE DOS MÉDICOS

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REGIONAIS MÉDICAS

BRUSQUE É SEDE DE REUNIÃO CONJUNTA ENTRE DIRETORIASEm 19 de julho, estiveram reunidas as

Diretorias da ACM e da Sociedade Brus-quense de Medicina – SBM, com os ob-jetivos de avaliar a atuação das entidadesmédicas e elaborar uma agenda de açõesconjuntas entre as entidades, visando sa-tisfazer as necessidades do médico. A reu-nião iniciou com a visita às novas de-pendências da SBM, adquirida junto aoCentro Empresarial, Social e Cultural deBrusque, onde os dirigentes da Regionalpassaram a desenvolver as ações em bus-ca de suas metas centrais: alavancar a ati-vidade científica no meio médico, preju-dicada pela divisão do Corpo Clínico dosHospitais, e ser o ponto de convergênciados médicos locais.

Participaram da reunião os Drs. Viria-to João Leal da Cunha, Presidente daACM; Genoir Simoni, Vice-Presidente;Armando d’Acampora, Diretor Científi-

co, e Marcelo Nascimento, Diretor deEsportes da ACM. Da SBM estiverampresentes o seu Presidente, Dr. EmílioLuis Niebuhr; o Vice-Presidente, Dr.Jorge Archer; o Tesoureiro, Dr. LaércioCadore; o Diretor do Departamento Ci-entífico, Dr. Ismar Moreli; o Diretor doDepartamento de Convênios, Dr. CésarTounier Elias, e o Orador André Karni-kowski.

Durante o encontro foram debatidosos rumos do movimento pela implanta-ção da CBHPM (Classificação Brasilei-ra Hierarquizada de Procedimentos Mé-dicos) em Santa Catarina e a necessida-de de novas fontes de recursos das enti-dades que representam a classe, além daprioritária captação de novos associados.Nesse sentido, ficou acertado um traba-lho conjunto ACM/SBM na região, esti-mulando para que todos se associem às

QUATRO CANDIDATOS MÉDICOS NA

REGIONAL DE SÃO BENTO DO SUL

A Associação Médica Celso Emílio Tagliari, sederegional da ACM na cidade de São Bento do Sul, con-ta com aproximadamente 120 médicos, das cidadesde Rio Negrinho, Campo Alegre e São Bento. Destetotal, cerca de 70 profissionais compõem o quadro desócios da entidade, que na atual gestão, presidida peloDr. Paulo Sérgio dos Santos, está melhor estruturadae pretende realizar eventos para aproximar e reciclara classe. Neste ano, quatro médicos são candidatosno próximo pleito eleitoral: Dr. Tirso Vladmir Hum-melgen (Vice-Prefeitura), Dr. Péricles da Costa, Dr.Eduardo de Moraes e Dra. Liara Marascuilu (Câmarade Vereadores). Atenta à importância da participaçãodo médico no processo político, a Regional já promo-veu reuniões com todos os candidatos para debater apolítica de saúde e a vantagem da classe em ter re-presentantes na atividade parlamentar.

Afora os debates, os planos do Presidente da Regi-onal incluem a realização da 1a Jornada Médica doPlanalto Norte Catarinense, já neste segundo semes-tre de 2004, com temas que englobem as áreas bási-cas da medicina. Além disso, o dirigente da entidadetem realizado pequenos encontros, como a Festa Ju-lina, realizada no dia 30 de julho, para integrar a equi-pe de médicos e enfermeiros do Hospital e Materni-dade Sagrada Família, de São Bento do Sul.

A sede da Regional está localizada no centro da ci-dade, no último andar do Centro Integrado de Medi-cina, na rua Marechal Deodoro, fone (47) 634-2306.O horário de funcionamento é das 13h30 às 17h30.

TRABALHO NA BUSCA DE

NOVOS ASSOCIADOS EM

SÃO LOURENÇO DO OESTE

Integrado à Regional Médica do NoroesteCatarinense, com sede em Campo Erê, desde1997, o atual Presidente da entidade, Dr. GérsonPécora da Silva destaca sua preocupação com abusca de novos associados. A Regional abrangeos municípios de Campo Erê, São Lourenço doOeste e outros municípios vizinhos. “Eu imagi-no que existam cerca de 50 médicos nas proxi-midades, no entanto, apenas 10 são sócios e pa-gam em dia. Creio que para motivar a participa-ção deles seria necessário criar uma sede no Oes-te, uma Regional forte, em Chapecó, por exem-plo, que é a cidade pólo da região. Este local,com capacidade para realizar eventos científicoscomo congressos, cursos e outros, bem comoencontros sociais, porque estamos muito distan-tes de Florianópolis, cerca de 700 quilômetros”.

Segundo o Dr. Pécora, o anseio maior dosmédicos da região é para a realização local decursos de Medicina do Trabalho e do Tráfego,além de outros que atraiam os médicos de Cha-pecó, Xanxerê, São Miguel do Oeste, Joaçaba eSão Lourenço do Oeste, da qual pertence.

O Presidente da Regional é graduado emMedicina pela Universidade Federal de Pelo-tas/RS, desde 1992, e fez Residência Médicaem Medicina Interna na mesma instituição.Natural de Bagé, escolheu Campo Erê paramorar em 1996. Atua no Hospital Santo Antô-nio e, desde 2002, assumiu a Presidência daRegional Médica.

DIRIGENTES DA ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE MEDICINA E DA

SOCIEDADE BRUSQUENSE DE MEDICINA DEBATERAM SOBRE ACBHPM, AS AÇÕES CIENTÍFICAS E ESPORTIVAS DAS ENTIDADES

E O TRABALHO NA BUSCA DE NOVOS ASSOCIADOS

Instituições Médicas, para que os pro-gramas e a defesa dos interesses da clas-se possam ter prosseguimento.

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ESPAÇO UNIMED SC

A perda do poder aquisitivo por parte do consumidor sereflete em alguns setores, como é o das cooperativas de saúde.A mudança nas regras para os planos de saúde e o aumento deimpostos, está exigindo profissionalismo e agilidade dessas

Unimed Santa Catarina - adaptação às mudanças épreponderante para a manutenção da liderança no estado

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COMISSÃO DO SENADO APROVA LEI DO ATO MÉDICOA classe médica encerrou o primeiro

semestre de 2004 com uma importantenotícia: no dia 30 de junho os senadoresda Comissão de Constituição, Justiça eCidadania (CCJ) aprovaram o relatório dosenador Tião Viana, favorável ao projetode lei que define o ATO MÉDICO (PLS25/02). A matéria seguiu agora para aComissão de Assuntos Sociais (CAS),onde tramita em caráter terminativo epara qual deverão ser realizadas, aindaeste ano, três audiências públicas sobre oassunto.

A lei que regulamenta o Ato Médicoassegura a exclusividade da prática mé-dica àqueles profissionais habilitados paraexercerem a medicina, na busca do diag-nóstico correto, das formas de prevençãoou do tratamento das doenças. De acordocom o projeto aprovado pela Comissão,o médico deve ter em vista a promoçãoda saúde, a prevenção, o diagnóstico, otratamento e a reabilitação dos doentes.O ponto de maior destaque do texto estána restrição apenas aos médicos do diag-nóstico e da prescrição terapêutica.

O projeto também confere ao Conse-lho Federal de Medicina – CFM, na qua-lidade de órgão normatizador e fiscali-zador do exercício da profissão, o direi-to de fixar a extensão e a natureza dosprocedimentos médicos experimentais.Além disso, o texto aprovado torna pri-vativas de médicos as funções de coor-denação, chefia, direção técnica, perícia,auditoria e supervisão de ensino vincu-ladas à profissão.

Para o coordenador da Comissão Naci-onal em Defesa do Ato Médico, Dr. Mau-ro Brandão Carneiro, a aprovação do pro-jeto na Comissão de Constituição, Justiçae Cidadania significa um grande avançopara a medicina. “Ao contrário do quemuitos pensam, a luta pela regulamenta-ção do Ato Médico não é uma simpleslide corporativa. Não se pretende garan-tir uma ‘reserva de mercado’ aos médi-cos, cerceando a atuação de outros profis-sionais de saúde. Propagam tais inverda-des aqueles interessados em desmorali-zar a luta, de extrema importância paratoda a população”.

A Comissão em Defesa do Ato Médicofoi criada em dezembro de 2000 e a suacoordenação atual foi constituída em2002. Desde então, as reuniões do grupoacontecem mensalmente, em Brasília, econtam com a presença das quatro entida-des médicas nacionais: CFM, AMB, CMBe FENAM. A Comissão mantém na Inter-net uma homepage: SIM AO ATO MÉ-DICO, que pode ser acessada pelos mé-dicos e pela sociedade e onde estão dis-ponibilizadas as informações mais impor-tantes relativas ao tema:www.atomedico.org.br

EXIGIDAS MELHORIAS NOS CURSOS DE MEDICINA

DA UNIPLAC E DA UNOESCA Comissão de Educação Superior da

Secretaria de Estado da Educação apro-vou parecer da Comissão para Avaliaçãode Oferta de Cursos de Graduação emMedicina, referente às faculdades emfuncionamento na UNIPLAC – Univer-sidade do Planalto Catarinense (Lages) ena UNOESC - Universidade do Oestede Santa Catarina (Joaçaba), referendan-do a preocupação das entidades médicasna busca de soluções às deficiências en-contradas nos referidos cursos. A Comis-são de Avaliação é composta por inte-grantes das entidades médicas catarinen-

ses (Associação Catarinense de Medici-na, Conselho Regional de Medicina eSindicato dos Médicos) e do ConselhoEstadual de Educação – CEE.

A Comissão que vistoriou as institui-ções de ensino superior teve como inte-grantes os Drs. Maurício Lopes Pereima(ACM), Wilmar Athayde Gerent (CRE-MESC), Odi José Olieninski (SIMESC)e a Dra. Miriam Kriger da Cunha Melo,além dos Conselheiros Professores Fran-cisco Fronza e Raimundo Zumblick, doConselho Estadual de Educação. O gru-po destacou os pontos fortes e os pontos

fracos de cada curso e apresentou, por es-crito, as recomendações necessárias nosmais diversos aspectos analisados, desdeespaço físico, laboratórios, qualificação docorpo docente, até a relação com os pro-fissionais da rede de atenção primária,entre outros quesitos.

Diante da aprovação do Parecer daComissão de Avaliação, foi estipuladopela Secretaria de Estado da Educação umprazo de 90 dias para que as instituiçõesapresentem um relatório dando conta dasmedidas tomadas.

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CENTRO DE INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS:20 ANOS AJUDANDO A SALVAR VIDAS

O Centro de Informações Toxicológi-cas – CIT – de Santa Catarina completou20 anos de atividades neste ano de 2004,registrando o número expressivo de74.391 casos atendidos e acompanhadosneste período. Destes, os principais en-volveram as intoxicações ou outros aci-dentes de natureza tóxicas com agrotó-xicos, medicamentos, drogas de abuso(as ilegais como cocaína, maconha etc.),plantas tóxicas, produtos químicos deuso industrial ou doméstico e animaispeçonhentos. De grande auxílio parao trabalho dos médicos, o CIT presta,em média, 800 atendimentos/mês oucerca de 25 por dia.

Localizado junto ao Hospital Uni-versitário, da UFSC, em Florianópo-lis, mantém um serviço de plantão24 horas através do telefone 0800643 5252 (atende três ligações si-multâneas) disponível para todo oestado e algumas cidades do país, e nopróprio HU, com a equipe de emergên-cia do Hospital, onde passa informaçõesespecíficas em caráter de urgência a pro-fissionais da saúde, principalmente mé-dicos, da rede hospitalar e ambulatorial, eorientações de caráter educativo e pre-ventivo à população em geral, sobre into-xicações ou outros acidentes de naturezatóxicas.

De acordo com a Coordenadora do Pro-grama, a professora Marlene Zannin, asdúvidas mais freqüentes da comunidademédica são a respeito da composição quí-mica dos produtos, qual a dose tóxica, osprincipais sinais e sintomas, bem comoantídotos ou tratamento mais indicado.

BENEFÍCIOS PARA TODOSO médico Pediatra Nelson Grisard,

Diretor da Maternidade Carmela Dutra,comenta sua grande satisfação com o cres-cimento do Centro de Informações Toxi-cológicas. “Ele foi criado em minha ges-tão, como Diretor do Hospital Universi-tário - HU (1980/1984), quando era reitoro Prof. Ernani Bayer. Foi uma solenida-de simples, às 11 horas da manhã, segui-da da visitação às instalações (uma salapequena!). A motivação foi o grande nú-mero de pacientes da zona rural atendi-dos no HU e também devido às inúmerasconsultas telefônicas de então. Não tínha-mos as facilidades de hoje para as comu-nicações e até mesmo as estradas eram

bem mais precárias e havia menos ambu-lâncias para o transporte dos pacientes. Aconsciência ecológica era nula ou quasenula e então o uso de agrotóxicos emabundância intoxicava os lavradores. Nãose pensava ou falava em Biossegurança.Para ser sincero, foi este sentimento quenos levou a propor o CIT: para ajudar ohomem do campo a tratar suas intoxica-ções. Os acidentes peçonhentos ocupa-vam lugar de destaque.

Logo a fama do CIT espalhou-se a to-das as camadas sociais e os médicos co-meçaram a dele se utilizar com benefíci-os para todos. Também havia solicitaçõesdo Corpo de Bombeiros da PMSC. Lem-

bro-me bem do entusiasmo dos bolsistasem busca de uma solução para descobrirou classificar um princípio ativo, um ani-mal ou inseto venenoso. Quando não co-nheciam, o recurso era pedir ajuda para aFIOCRUZ ou a Porto Alegre e aguardar aresposta uns dias depois. A coleção daspeças raras aumentou rapidamente, poisa orientação era trazê-las ao CIT/HU.Tudo era por telefone e o evento da infor-mática muito melhorou o serviço. Das fi-chas passou-se à memória das máquinas.Hoje o CIT é grande devido ao entusias-mo de todos que lá trabalharam e traba-lham, sempre, desde o início, 24 horas pordia. Parabéns a todos do CIT e do HU”.

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“Existem mais de 100 mil substânciasquímicas no mercado com os mais di-versos nomes fantasias registrados enão é possível o profissional acompa-nhar ou conhecer este mundo de produ-tos e substâncias as quais a populaçãoestá exposta. Os Centros de InformaçõesToxicológicas são um modelo de servi-ço oferecido em todo o mundo justamen-te para assessorar principalmente ememergências”, salienta a professora, quedestaca como objetivos do trabalho reali-zado pelo Centro a divulgação, da formamais ampla possível, dos conhecimentostécnico-científicos no campo da toxico-logia: diagnóstico, tratamento, prevençãode acidentes e doenças relacionadas aagentes tóxicos e coleta de dados para es-tudos epidemiológicos.

A equipe multidisciplinar que compõeo CIT é formada por médicos, com espe-cialidade em Clínica Médica e Endocri-nologia, emergência e UTI, sendo um daSecretaria de Estado da Saúde (SES) e umda UFSC; um farmacêutico – SES, 36 es-tudantes estagiários (dos cursos de medi-cina, farmácia, biologia e ciências da in-formação: sendo 18 da UFSC e 18 daSES), um professor de toxicologia daUFSC e servidores técnico-administrati-vos da UFSC e da Secretaria.

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AGENDA C IENTÍFICA

XIV Encontro Catarinense deMastologiaIII Congresso Catarinense deOnco-MastologiaIV Encontro Catarinense daMulher MastectomizadaDataDias 26 a 28 de agosto de 2004LocalCentro Administrativo do Governo doEstado de Santa Catarina - Florianópolis(SC), Rodovia SC 401 Km 05 - Nº 4600.Tema de DestaqueO tema central escolhido para este ano:“ATUALIZAÇÃO EM CÂNCER DEMAMA- Diretrizes em Hormonioterapiae Atualização dos Consensos da SBM”,abre os debates e a oportunidade deconhecer e trocar informações sobre asúltimas abordagens para os diferentessub-temas. Os grupos de mulheresportadoras de câncer contribuirãodeixando de ser somente agentespassivos, para atuarem como agentes pró-ativos, contribuindo na elaboração demelhores políticas públicas de saúde;abandonando o papel de objeto alvo,transformando-se em construtoras depolíticas, oferecendo sua experiência emdebater políticas municipais, estaduais enacionais principalmente na majoraçãode “Tetos de Alta Complexidade noTratamento de Câncer”.Informações e InscriçõesSua Presença é muito importante paranós, maiores informações e inscrições nosite: www.oceanoeventos.com.br

VIII Congresso Brasileiro deGinecologia da Infância e daAdolescênciaDataDias 22 a 25 de setembroLocalCuritiba - PR

InformaçõesFone (41) 3022-1247site: www.adolescente-sogia.com.br

XXII Congresso Brasileiro deNefrologiaXII Congresso Brasileiro deEnfermagem em NefrologiaDataDias 18 a 22 de setembro/2004LocalCentro de Convenções, Salvador - BAInformaçõesEventus System – Fone (71) - 264-3477Site: www.eventussystem.com.br

59º Congresso Brasileiro deCardiologiaDataDias 26 a 29 de setembroLocalRiocentro - Centro InternacionalRIOTUR S.A. - Rio de Janeiro - RJInformaçõesTel: (21) 2537-8488Fax: (21) 2286-9239 / 2286-9128E-mail: [email protected]: www.cardiol.br

IV Congresso Brasileiro deFisioterapia RespiratóriaIII Congresso Brasileiro deFisioterapia em TerapiaIntensivaXII Simpósio Internacional deFisioterapia RespiratóriaDataDias 29 de setembro a 02 de outubro de2004LocalOuro Preto - MGInformaçõesTelefone: (31)3273-1121 Fax: (31)3273-4770E-mail: [email protected]: www.sobrafir.com.br/simposio2004

26º Congresso Brasileiro deEndocrinologia e MetabologiaDataDias 06 a 10 de novembroLocalCentro Sul, FlorianópolisEventos Paralelos• Prova para obtenção de Título deEspecialista em Endocrinonologia eMetabologia (TEEM) e para oCertificado de Especialista com área deatuação em Endocrinologia Pediátrica.• Apresentação de trabalhos científicos.• Divulgação dos finalistas do PrêmioJovem Investigador, que reúneestudantes de graduação, estagiários,residentes, pesquisadores ou pós-graduandos de qualquer região do país eque sejam autores de trabalho original.Temas de Destaque• Fisiologia endócrina: do feto ao idoso• Sinalização celular na síntese eliberação hormonal• Disfunção endotelial nasendocrinopatias• Gonadotrofinas nas diversas fases davida• Doenças Supra-Renais• Síndromes clínicas e laboratório naneuroendocrinologia• Câncer de Tireóide• Doenças Metabólicas ósseas• Transporte reverso do colesterol• Atualização em doenças endócrinassubclínicas• Endocrinologia dos pacientescriticamente enfermos• Neuropeptídeos e obesidade• Imagem na Endocrinologia• Intersexo• Endocrinologia e AIDSInformaçõeswww.congressoendocrinologia.com.brOceano Eventos – Fone/Fax (48)321021

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NOVOS CONVÊNIOS DE BENEFÍCIOS

EIF EDUCAÇÃO ESCOLARL T D A - M EESCOLA INTERNACIONAL DEFLORIANÓPOLISRua Padre Clemente, nº 33 – CENTRO –Florianópolis / SCsite: www.eif.com.bre-mail: [email protected]:(48) 2244505O objeto do presente convênio é aprestação de serviços relacionados com aEscola Internacional de Florianópolis,escola infantil bilíngüe, aos associados, seusdependentes e funcionários da ACM, queterão, pelos serviços prestados valoresestabelecidos em tabela própria, com 30 %

PONTE AÉREA VIAGENS ETURISMO LTDA.Rua Artista Bittencourt, nº 89 – loja 02– térreo, Centro – Florianópolis / SCsite: www.ponteaereaturismo.com.bre-mail:[email protected]: (48) 3028-9554O objeto do convênio é a prestação deserviços relacionados com reserva eemissões de passagens aéreas nacionaise internacionais, hotéis nacionais einternacionais, pacotes turísticosnacionais e internacionais, locações deveículos, cruzeiros marítimos, venda deingressos nacionais e internacionais,

intercâmbio cultural, outros serviços.A agência oferece para os associadosda ACM e seus dependentes umsetor de eventos, para elaborar todoo cerimonial, desde local,hospedagens, traslados, passeios,opcionais para acompanhantes,recepcionistas no aeroporto e local doevento etc.A CONVENIADA cobrará, pelosserviços prestados, os valoresestabelecidos em tabela própria, com40 % (da comissão da agência) dedesconto.

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ESPAÇO UNIMED SC

A perda do poder aquisitivo por parte do consumidor sereflete em alguns setores, como é o das cooperativas de saúde.A mudança nas regras para os planos de saúde e o aumento deimpostos, está exigindo profissionalismo e agilidade dessas

Unimed Santa Catarina - adaptação às mudanças épreponderante para a manutenção da liderança no estado

ALÉM DO CONSULTÓRIO MÉDICO

O QUE ESTOU LENDO

Desde a infância, por influênciade seus pais, o médico cirurgiãoPediátrico, José Antônio de Souzadesenvolveu o gosto pela leitura.Descobriu que quem lê nunca sen-te-se sozinho. Depois de adquiri-do o hábito, passou a ler livros so-bre temas variados, desde polici-ais, suspense até os informativos ede cultura geral. Entre tantas obras,algumas o marcaram mais profun-damente: “Lembro, em especial,de Identidade Bourne, Pássaros Fe-ridos, As Brumas de Avalon, DossiêOdessa e O Nome da Rosa. No en-tanto, não tenho um autor preferi-do. Ultimamente tenho lido RobertLudlum, Coleen Mccoulcough,Sidney Sheldom, entre outros”.

Na adolescência, os considera-

“UMA CASA SEM LIVROS É COMO UMA CASA SEM JANELAS”HORACE MANN

dos mais interessantes foram Eramos Deuses Astronautas? e O Profeta.“Entre os livros que li mais recen-temente gostei muito de Um ano naProvence , de Peter Mayle e Armas,Germes e Aço, de Jared Diamond”,diz o médico. Para ele, as horas de-dicadas à leitura representam aoportunidade de desligar do dia adia, de relaxar, de poder ler algoalém de textos médicos, abrindooutros horizontes. Como vida demédico é corrida, em especial a decirurgião, ele compartilha com oscolegas o que faz para conseguirtempo para a leitura. “Costumo lerum pouco à noite e nos finais de se-mana, mas é durante as férias que mededico mais a este deleitoso hábitode ler. Como médico e leitor voraz

não só recomendo a leitura como aconsidero imprescindível para qual-quer pessoa”.

DR. JOSÉ ANTÔNIO DE SOUZA: “AS HORAS DEDICADAS ÀLEITURA REPRESENTAM A OPORTUNIDADE DE DESLIGAR DODIA A DIA, DE RELAXAR, DE PODER LER ALGO ALÉM DE TEXTOS

MÉDICOS, ABRINDO OUTROS HORIZONTES”

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3 A

NOS

DO

C

LUBE

DO

VINHO

O

RLANDO

S

CHROEDER

DA

ACM

Nosso Clube iniciou com a idéia doentão presidente da ACM, Dr. GilbertoCrippa, em reunir colegas médicos parauma confraria, com a finalidade de apre-ciar vinhos. Foi uma idéia vitoriosa, poisestava dando origem ao grupo que sereúne regularmente com esta saborosae cultural finalidade. Temos mesmo dito,jocosamente, que é uma das mais cons-tantes reuniões científicas da nossa enti-dade.

Tem o nome de Orlando BorgesSchroeder, que foi médico cardiologis-ta, ocupando na ACM diversos postos dedestaque: Tesoureiro, 1.o Secretário, Se-cretário do Departamento de Cardiolo-gia, Vice-Presidente e Delegado. Tam-bém foi Membro Emérito da AcademiaCatarinense de Medicina. Escolhemoscomo patrono do Clube por sua dedica-ção ao estudo do vinho, tendo escritolivro sobre vinhos.

A reunião inaugural realizou-se no dia28-06-2001. Foi eleita a Diretoria – An-tonio Silveira Sbissa, presidente; Niltonda Silveira, secretário; Ana Rosa Olivei-ra Dellagiustina, tesoureira, e GilbertoCrippa, diretor de degustação. Nesta reu-nião tivemos a primeira palestra, com oSr. Omir Prandim, Diretor da VinícolaDal Pizzol. Nos meses seguintes foramdegustados e analisados vinhos argenti-nos e chilenos, sob a orientação dosommelier, Adolar Léo Hermann. Mui-tos foram os nossos conferencistas, ori-entadores de degustação nas reuniõesseguintes. Até o presente, as degustaçõessão orientadas, e em muitas ocasiões,dadas pontuações seguindo um roteirotécnico elaborado. Analisamos e degus-tamos mais de oitenta vinhos de diver-sas origens. Uma longa jornada com estabebida que tem sido citada com tantoglamour através dos tempos. Iniciamoscom vinhos Malbec, Cabernet Sauvigon,Caménère e Merlot, do Chile. Ainda em2001, degustamos vinhos italianos da re-gião do Piemonte, Toscana e Vêneto. Emuma reunião no Restaurante Um Lugar,com o patrocínio do Angeloni e da Viní-cola De Lantier , os vinhos foram nacio-nais Cabernet Sauvignon 1997, Caber-net Franc 2000, Riesling 2000, Chardon-nay 2000. No ano de 2002 destacamos adegustação de vinhos brancos europeus,os franceses Chablis Rossete 1998, Ri-esling Scholossber 1996 Alsácia (Do-maine Paul Blanc) e o italianio Sauvig-non Blanc 1999 Veneto (Armani). Aindadestacados vinhos portugueses Quintado Vale da Raposa 2000 elaborado com

do Alentejo e Quinta dos Maias - Dão.Nesse ano os vinhos também foram

espanhóis, com Rioja Gran Reserva 1994– Luis Canãs, Ribera Del Duero – Crian-za 1997 – Prado Rey e o Toro Crianza1997 – Camparron. E outras degustaçõescom vinhos italianos , Brunello di Mon-talcino – Caprilli –1996, Chianti Clássi-co – San Fabiano Calcinaia – 1999, Chi-anti Colli Senesi – Pietrafita – 1999. Tam-bém em 2002, cruzamos os mares, em di-reção à Califórnia. Sob a orientação dosommelier Renato Rita, degustamos vi-nhos californianos, Seven Oaks – Caber-net Sauvignon - J. Lohr 1998, South Rid-ge – Syrah – J. Lohr 1999, Painter Bridge– Zinfandel/shiraz – J. Lohr 1999. Na úl-tima reunião do ano, já com o início docalor do nosso verão, optamos pelos es-pumantes, incluindo os nacionais MioloTerranova e o Amadeu Cave Geise – AstiMoscatel, o francês Jean Charles Milan– Brut Special, o italiano Prosecco Brut –Le Case Bianche e o espanhol Espuman-te Cordoniú Brut .

O ano de 2003 iniciou sob a orienta-ção do sommelier Marcelo Alonso comuma degustação de vinhos brancos - ve-lho mundo x novo mundo, Chardonnay xSauvignon Blanc e os vinhos foram os ita-lianos Albino Armani – Sauvignon DelVeneto –1999, os argentinos Luigi Bos-ca – Sauvignon Blanc – 2002, Finca laLinda - Chardonnay /Pinot – 2001 – Lu-idgi Bosca, o francês Bourgnone HautesCôtes de Nuits – 1996 e o chileno Char-donnay Villard Reserva Casablanca –1999. Nossa feliz peregrinação continuoucom os vinhos portugueses, Quinta dasCaldas – Domingoa A . Souza - 2000,Pintada – Jorge Bohn 2000, Casa de Sai-ma – Graça Miranda – 2000, Quinta dosMaias – Luis Lourenço – 1998 e QuintaSanta Bárbara – 1990.

Em maio, imbuídos de coragem peloconhecimento adquirido nas degustaçõese orientações dos sommeliers, realizamosa primeira degustação às cegas, de vi-nhos chilenos: Concha y Toro, RobertMondovi Caliterra Reserva – 1997, Mon-tes Alfa – 1999, Terranoble – CabernetSauvignon Gran Reserva – 2000.

Os vinhos argentinos têm tido desta-que em nosso meio e foram motivo denossa degustação seguinte: Finca La Lin-da – Tempranillo – Luidgi Bosca – 2001,Luidgi Bosca – Syrah – 2000, LuidgiBosca Reserva – Malbec – 1996, ViñaAlicia – Cabernet Sauvignon – 1999.

Em parceria com a Vinícola Lovara,realizamos degustação dos vinhos desta

de vinhos franceses: Lês Bateaux – Lur-ton – 2001, Reserve Pierre André – Bour-gogne – 1999, Chateaux Puycarpin –Bordeaux Superior – 2000, Domaine DêsArdoises – Fitou – 1999

Guilherme Maran, que atualmentenos acompanha, conduziu-nos em umconfronto entre africanos x australianos,com os destacados Flagship - Pinotage–Spice Route – 1999 e Klein Constantia– Cabernet sauvignon –1996, da Áfricado Sul e Padthaway – Shiraz – 1998 eCawarra – syrah/cabernet sauvignon –2002 da Austrália.

Terminamos 2003 com uma degusta-ção às cegas de vinhos argentinos, tam-bém com a orientação de GuilhermeMaran, com Los Cardos – Syrah – 2002 –Mendoza, San Pedro de Yacachuya –Malbec – 2000, B Crux – Tempranillo -Valle Del Uco – 2001 , Humberto Cana-le – Pinot Noir Gran Reserva – 2000.

Com grande destaque pelo nível dosvinhos, foi a degustação comemorativade nosso terceiro aniversário, no dia 25de junho passado. Foram servidos e de-gustados: Chateau Bel Air 1999, Cha-teau Maucaillou Cru Bourgeois 1997,Chateau Vray Croix de Gay 1995 – Po-merol e no jantar o Côte du Rhone SaintRoch.

Nosso sommelier nos últimos doisanos tem sido Guilherme Maran, forma-do em Direito e com 24 anos de idade.Desde os 18 anos se dedica ao estudo dovinho e também é sommelier consultore Presidente da Associação Florianopo-litana dos Amigos do Vinho.

Em todas as reuniões, após a degusta-ção, o Buffet Stylus, serviu jantar especi-almente elaborado para ser apreciadocom o vinho escolhido.

Saúde!

Antonio Sbissa

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ESPAÇO UNIMED SC

A perda do poder aquisitivo por parte do consumidor sereflete em alguns setores, como é o das cooperativas de saúde.A mudança nas regras para os planos de saúde e o aumento deimpostos, está exigindo profissionalismo e agilidade dessas

Unimed Santa Catarina - adaptação às mudanças épreponderante para a manutenção da liderança no estado

MÉDICOS CATARINENSES ESCOLHEM

REPRESENTANTE NO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINAMédicos de todo o estado elegeram os representantes de

Santa Catarina no Conselho Federal de Medicina – CFM: Dr.Roberto Luiz d’ Ávila (TITULAR – Florianópolis) e Dr. ÉlcioLuiz Bonamigo (SUPLENTE – Joaçaba). A eleição ocorreu nodia 20 de julho e a apuração encerrou às 22 horas, na mesmadata. Votaram 72% dos médicos aptos a votar, elegendo a chapa01, com 65,83%, vitoriosa em todas as 25 urnas instaladas emFlorianópolis e nas 17 Delegacias do Conselho Regional deMedicina – CREMESC

O Dr. Roberto Luiz d'Avila é Cardiologista, Diretor-Corre-gedor do Conselho Federal de Medicina, ex-Presidente e atualConselheiro do CREMESC, membro do Conselho Editorial daRevista Bioética do CFM, Professor Adjunto de Anatomia Hu-mana e Neuroanatomia da UFSC, Mestre em Neurociências eComportamento e Ex-Diretor de Educação Cooperativista daUnimed Florianópolis (1999-2003).

O Dr. Élcio Luiz Bonamigo é Oftalmologista, ex-Conselhei-ro do CREMESC (1993-2003), ex-Coordenador e atual mem-bro da Câmara Técnica de Oftalmologia, Secretário da Delega-cia Regional do CREMESC em Joaçaba, Conselheiro do Con-selho Ético-Técnico e Presidente da Comissão de Ética daUnimed Joaçaba. Paralelamente está cursando o "Máster en Bi-

oética" no Instituto de Consulta y Especialización en Bioéticade Córdoba, Espanha.

O pleito estadual foi acompanhado pela Comissão Eleitoral,composta pelos seguintes médicos:

Presidente: Dr. Geraldo Nicodemos Vieira1ª Secretária: Dra. Marcela Brisighelli Shaefer2º Secretário: Dr. Gilberto Digiácomo da Veiga

DR. ROBERTO LUIZ D’ÁVILA FOIREELEITO COM O VOTO DAS 25

URNAS INSTALADAS EMFLORIANÓPOLIS E NAS 17

DELEGACIAS REGIONAIS DO

CONSELHO REGIONAL DEMEDICINA

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ESPAÇO UNIMED SC

As doenças crônicas são atualmente as principais causas demorte e disfunções em todo o mundo. Doenças não transmissíveis,incluindo as doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade,câncer e doenças respiratórias, são responsáveis por 59% das 57milhões de mortes que ocorrem a cada ano e por 46% das doençasem todo o mundo, de acordo com dados da Organização Mundialde Saúde (OMS).

Os ataques cardíacos matam cerca de 12 milhões (7,2 milhõespor doenças cardíacas isquêmicas – infarto do miocárdio – e 5,5milhões por doenças cerebrovasculares – “derrames”) de pessoasa cada ano e outras 3,9 milhões morrem em decorrência decomplicações ligadas à hipertensão arterial e a outras doençascardíacas, levando o número de mortes por doençascardiovasculares em geral para a casa dos 16 milhões anualmente.

Mais de um bilhão de adultos têm sobrepeso no momento atuale pelo menos 300 milhões são considerados clinicamente obesos.Nos Estados Unidos, de acordo com dados do CDC de Atlanta,64% da população tem peso acima do esperado ou obesidade eentre os adolescentes e crianças os valores já chegam à casa dos15%.

No grupo das doenças crônicas metabólicas, estima-se em177 milhões o número de diabéticos no mundo, 2/3 dos casos nospaíses em desenvolvimento.

Uma quantidade relativamente pequena de fatores de risco –níveis altos de colesterol, hipertensão arterial, obesidade,tabagismo e alcoolismo – estão diretamente ligadas à ocorrênciada maioria das doenças crônicas. Cerca de 75% das doençascardiovasculares podem ser atribuídas a níveis altos de colesterol

MEDICINA

PREVENTIV

A: QUALIDADE P

ARA

A

VIDA

sangüíneo, pressão arterial elevada, baixa ingestão de frutas evegetais, inatividade e tabagismo.

As evidências científicas mostram de modo irrefutável queatitudes duradouras para uma mudança dos hábitos alimentares,para a realização de atividades físicas orientadas regulares e parao controle do tabagismo provocariam um impacto importante nastaxas de aparecimento e nas complicações diretamente ligadas àsdoenças crônicas em um período relativamente curto de tempo: até80% dos casos de doença coronariana seriam evitados, assimcomo 90% dos casos de diabetes tipo 2 e 1/3 dos casos de câncer.

Reconhecendo estes fatos a OMS planejou, a partir do ano2002, uma estratégia global visando a redução ou eliminação dosprincipais fatores de risco e conseqüentemente a redução da morbi-mortalidade causada pelas doenças crônicas, trata-se do “GlobalStrategy on Diet, Physical Activity and Health”. Este programapretende ser a linha mestra para uma mobilização a nível mundial.

A UNIMED como empresa de saúde, criada e dirigida pormédicos, não poderia deixar de estabelecer programas comobjetivos semelhantes às tomadas pelo órgão mundial máximo emsaúde. Nos vários níveis, nacional, estadual e regional, comitês deMedicina Preventiva estão sendo criados para montar estratégiasvoltadas aos públicos: clientes, colaboradores e cooperados coma finalidade de identificar os principais problemas e atacá-los comas melhores recomendações que a ciência médica conhece nomomento.

Dr. Carlos Augusto Cardim de Oliveira – CRM 3.011Assessor da Unimed de SC

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