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Edição 11 ‐ Novembro
Manoela Oliveira E-mail: [email protected] Tel: (31) 3915-8603 - Belo Horizonte/MG Balança Comercial
4
BALANÇA COMERCIAL DO AGRONEGÓCIO MINEIRO NOVEMBRO 2015
Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais – SEAPA Superintendência de Politica e Economia Agrícola - SPEA
14%
12%
11%
7% 6%
50%
China
Alemanha
Estados Unidos
Itália
Japão
Outros
Imp. Agro Exp. Agro Saldo Agro
352
.437
,58
6.1
68
.48
4,5
3
5.8
16
.04
6,9
5
42
6.4
83
,66
6.7
14.3
06,2
5
6.2
87
.82
2,5
9
2015
2014
BALANÇA COMERCIAL DO AGRONEGÓCIO MINEIRO – ACUMULADO DO ANO
As exportações do agronegócio mineiro contabilizaram US$6,2
bilhões, no período de janeiro a outubro deste ano, o que demonstra
uma retração de 8,13%, em relação ao mesmo período de 2014. As
importações do agronegócio atingiram US$352,4 milhões, com
queda de 17,36% em relação às compras realizadas no mesmo
período do ano anterior. Assim, a balança comercial registrou saldo
de US$5,8 bilhões. O agronegócio mineiro participou com 33,05% das
vendas externas mineiras.
EXPORTAÇÕES Exportações do agronegócio (US$ Mil), Período de Janeiro a Outubro 2015-2014 Período de Outubro/Setembro 2015
Jan - Out Var Valor 2015/2014 Participação 2015
2015
2015 2014 Out Set
Café 3.036.518,50 3.298.419,86 -7,94 49,23% 341.097,99 307.054,45
Complexo Soja 852.157,95 815.515,19 4,49 13,81% 18.605,38 36.440,89
Carnes 653.577,39 816.700,65 -19,97 10,60% 62.798,97 56.914,82
Complexo Sucroalcooleiro 644.070,69 800.928,28 -19,58 10,44% 114.379,93 75.502,53
Produtos Florestais 483.039,41 476.887,03 1,29 7,83% 63.158,97 48.235,19
Outros Grupos 499.120,59 505.855,24 -1,33 8,09% 57.682,69 77.970,26
Total 6.168.484,53 6.714.306,25 -8,13% 100,0% 660.363,33 575.901,67 Fonte: Aliceweb – MDIC. Unidade: US$ Mil
As exportações de Café, no mês de outubro, obtiveram valorização
no valor de 11,09% (US$341,1 milhões) e 11,84% no volume (2,1
milhões de sacas). Entretanto, não foi suficiente para superar os
números do acumulado do ano, em comparação com 2014.
No período de janeiro a outubro de 2015, as vendas de Café
totalizaram US$3,0 bilhões, participando com 49,23% do agronegócio
mineiro e com 58,84% do agronegócio brasileiro. O setor cafeeiro
comercializou 14,4 milhões de sacas, o que representa retração de
5,22% no volume embarcado. Os principais destinos do café mineiro
foram: Alemanha (US$657,0 milhões – 21,64%), Estados Unidos
(US$592,6 milhões – 19,52%), Itália (US$322,0 milhões – 10,61%), Bélgica
(US$262,7 milhões – 8,65% e Japão (US$262,8 milhões – 8,64%).
As exportações do Complexo soja foram responsáveis por 13,81% da
pauta do agronegócio mineiro e passaram de US$815,5 milhões (jan
a out/2014) para US$852,2 milhões, no acumulado deste ano, o que
representa o aumento de 4,49% no valor. A Soja em grãos alcançou
US$760,8 milhões, Farelo de soja US$83,7 milhões e Óleo de soja
US$7,7 milhões. Os principais destinos do Complexo soja foram: China
US$582,2 milhões – 68,41%), Tailândia (US$83,2 milhões – 9,76%),
Holanda (US$54,0 milhões – 6,34%), Alemanha (US$23,3 milhões –
2,74%) e Egito (US$15,6 milhões – 1,83%).
As exportações de Carnes alcançaram US$653,6 milhões e
representaram 10,60% das vendas da pauta do agronegócio mineiro.
A Carne de peru foi a única que obteve acréscimo no valor (US$36,1
milhões – 8,80%) quanto no volume (15,2 mil t – 32,22%). Os principais
destinos das Carnes mineiras foram: Arábia Saudita (US$100,4 milhões
– 15,37%), Hong Kong (US$87,9 milhões – 9,17%),Rússia (US$59,9
milhões – 7,10%), Emirados Árabes (US$46,4 milhões – 5,19%), e Irã
(US$34,0 milhões – 5,09%).
O Complexo sucroalcooleiro participou com 10,44% das vendas
externas do agronegócio mineiro, somando US$644,1 milhões. As
exportações de Açúcar de cana alcançaram US$612,5 milhões,
seguido de Álcool US$29,3 milhões e Demais açúcares US$2,2 milhões.
Os principais destinos do Complexo sucroalcooleiro foram: China
(US$118,0 milhões – 18,33%), Bangladesh (US$89,8 milhões – 13,95%),
Egito (US$53,7 milhões – 8,34%), Arábia Saudita (US$52,5 milhões –
8,15%) e índia (US$37,1 milhões – 5,76%).
As vendas de Produtos florestais atingiram US$483,0 milhões e
representaram 7,83% das vendas externas do agronegócio mineiro. A
Celulose foi o principal produto vendido com US$476,7 milhões.
Destaca-se também a Madeira que obteve acréscimo em 8,34%, no
valor (US$5,4 milhões). Os principais destinos dos Produtos florestais
foram: China (US$118,1 milhões – 24,44%), Holanda (US$102,0 milhões –
21,12%), Japão (US$86,3 milhões – 17,87%), Itália (US$63,5 milhões –
13,15%) e Estados Unidos (US$47,2 milhões – 9,78%).
Os cinco principais grupos da pauta do agronegócio mineiro somam
juntos US$5,7 bilhões das divisas e representam 91,91% de toda a cesta
de produtos. Dos 174 países compradores do agronegócio, a China
somou US$852,8 milhões, Alemanha US$693,1 milhões, Estados Unidos
US$685,9 milhões, Itália RS$407,7 milhões e Japão US$367,5 milhões. Os
demais totalizaram US$3,2 bilhões.
PRINCIPAIS DESTINOS DO AGRONEGÓCIO MINEIRO
Jan a out 2015/2014 – US$ Mil
BALANÇA COMERCIAL DO AGRONEGÓCIO MINEIRO NOVEMBRO 2015
Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais – SEAPA Superintendência de Política e Economia Agrícola - SPEA
20%
10%
7%
7% 6%
50%
Argentina
Paraguai
China
Itália
Estados Unidos
Outros
MINAS GERAIS NO RANKING BRASILEIRO
Posição Jan – Out 2015
Produto US$ Mil 2º Waffles 2.365,61
1º Cera de Abelha 2.241,58
2º Abacate 1.121,67
2º Cigarros 1.088,51
2º Cebolas 393,27
1º Abacaxis Frescos ou Secos 138.139,97
91,81
IMPORTAÇÕES Exportações do agronegócio (US$ Mil), Período de Janeiro a Outubro 2015-2014 Período de Outubro/Setembro 2015
Jan - Ago Var Valor 2015/2014 Participação 2015
2015
2015 2014 Out Set
Cereais, Farinhas e Prep. 68.184,19 117.966,87 -42,20% 19,35% 5.839,76 4.168,58
Cacau e seus prod. 59.638,47 66.964,70 -10,94% 16,92% 5.990,64 3.883,31
Produtos florestais 35.626,85 43.171,93 -17,48% 10,11% 4.259,71 3.426,71
Pescados 28.594,45 21.800,14 31,17% 8,11% 2.491,72 1.365,22
Produtos Alimenticios 22.253,65 27.184,41 -18,14% 6,31% 2.096,65 1.885,54
Outros Grupos 138.139,97 200.231,53 -31,01% 39,20% 11.058,45 11.906,10
Total 352.437,58 426.483,66 -14,94% 100,0% 31.736,93 26.635,46 Fonte: Aliceweb – MDIC. Unidade: US$ Mil
No período de janeiro a outubro de 2015, as compras de Cereais,
farinhas e preparações continuaram na primeira posição e
totalizaram US$68,2 milhões, participando com 19,35% do
agronegócio mineiro. Os Cereais (Arroz e Trigo) foram responsáveis
por US$45,7 milhões, o que representa 67,0% do grupo. Os principais
fornecedores de Cereais, farinhas e preparações foram: Paraguai
(US$30,2 milhões – 44,48%), Argentina (US$24,7 milhões – 36,25%),
Polônia (US$5,7 milhões – 8,35%), Itália (US$5,2 milhões – 7,61%),
Estados Unidos (US$1,0 milhão – 1,53%) e Chile (US$407,9 mil – 0,60%).
O segundo grupo mais adquirido foi Cacau e seus produtos, que
alcançaram US$59,6 milhões e tiveram decréscimo de 10,94% no
valor, quando comparado com o mesmo período de 2014. Os
principais fornecedores de Cacau e seus produtos foram: Argentina
(US$33,9 milhões – 56,90%), Itália (US$8,4 milhões – 14,08%), Equador
(US$8,2 milhões – 13,76%), Bélgica (US$4,4 milhões – 7,32%) e
Alemanha (US$1,7 milhão – 2,86%).
Produtos Florestais totalizaram US$35,6 milhões, no período. A Madeira
(US$3,8 milhões) e a Celulose (US$3,6 milhões) obtiveram crescimento
no valor de 42,76% e 142,51%, respectivamente. Os principais
fornecedores de Produtos Florestais foram: Estados Unidos (US$8,7
milhões – 24,46%), Canadá (US$8,00 milhões – 22,47%), China (US$5,5
milhões – 15,38%), Argentina (US$3,5 milhões – 9,96%) e Finlândia
(US$1,3 milhão – 3,56%).
De janeiro a outubro, o grupo Pescados obteve variação positiva
tanto no valor (US$28,6 milhões) quanto no volume (6,8 mil t), 31,17%
e 28,92%, respectivamente. Os principais fornecedores de Pescados
foram: China (US$10,0 milhões – 35,09%), Chile (US$9,1 milhões –
31,88%), Noruega (US$2,9 milhões – 10,24%), Portugal (US$2,4 milhão –
8,44%) e Vietnã (US$1,8 milhão – 6,16%).
O grupo Produtos alimentícios diversos permaneceu na 5ª posição,
com o montante de US$22,3 milhões. Os principais produtos que o
compõem são: Produtos de Confeitaria (US$14,7 milhões), Outros
Produtos Alimentícios (US$7,5 milhões) e Amendoim e preparações
(US$51,6 mil). Os principais fornecedores de Produtos Alimentícios
diversos foram: Equador (US$13,6 milhões – 61,32%), França (US$4,0
milhões – 17,82%), Uruguai (US$2,5 milhões – 11,09%), Bélgica (US$702,3
mil – 3,16%) e Alemanha (US$377,4 mil – 1,70%).
Dos 82 países fornecedores do agronegócio, a Argentina somou
US$77,6 milhões, Paraguai US$36,1 milhões, China RS$27,1 milhões, Itália
RS$25,8 milhões e Estados Unidos U$23,2 milhões. Os demais totalizaram
US$ 162,6 Milhões.
PRINCIPAIS ORIGENS DAS IMPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO MINEIRO
BALANÇA COMERCIAL DO AGRONEGÓCIO MINEIRO NOVEMBRO 2015
Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais – SEAPA Superintendência de Política e Economia Agrícola - SPEA
DESTAQUE – CEREAIS, FARINHAS E PREPARAÇÕES As exportações do grupo Cereais, Farinhas e Preparações alcançaram valorização na receita de 61,8% (US$ 50,0 milhões) e 784,85% no volume
(237,7 mil toneladas), no período de janeiro a outubro de 2015. No subgrupo Cereais, o milho representou 96,4% de todas as vendas e obteve divisas
de US$37,1 milhões, valorização de 1.429,29%, comparando com o acumulado do ano anterior. Na comparação do volume, os números também
são positivos, tendo sido embarcado 14,5 milhões de toneladas, variação positiva de 1.429,29%.
EVOLUÇÃO DA BALANÇA DO AGRONEGÓCIO MINEIRO - 2015
PARTICIPAÇÃO DO AGRONEGÓCIO NAS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES TOTAIS DE MINAS GERAIS - 2015
RANKING DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO - % *2015
6.168,5
US$ Mil
5.816,0
352,4
%
4,5% 5,0% 5,2%
5,7%
8,3%
13,4% 13,6% 14,5%
17,7%
Bahia
Goiás
Mato Grosso do Sul
Santa Catarina
Minas Gerais
Rio Grande do Sul
Paraná
Mato Grosso
São Paulo *Jan a Out
Total: US$74,7 bilhões
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
Importação Agro Exportação Agro Saldo Agro
5,5% 4,9% 6,4% 4,7% 4,4% 4,2% 4,4% 4,1% 4,1% 4,1%
31,9% 30,4% 32,9% 31,8%
38,4% 34,3% 33,7% 33,4%
30,1% 33,5%
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out
Importação Agro Exportação Agro
Superintendência de Política e Economia Agrícola E-mail: [email protected] Tel: (31) 3915-8591 - Belo Horizonte/MG
Pib do
Agronegócio
8
Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio Mineiro
Estimado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da ESALQ/USP, sob o patrocínio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Administração Regional de Minas Gerais- (Senar-AR/MG) e da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), o Produto Interno Bruto do agronegócio mineiro deverá atingir R$ 164,15 bilhões (a preços de agosto/2015). Desse valor, estima-se que R$ 75,83 bilhões (46,2%) virão da agricultura e R$ 88,3 bilhões (53,8%), da pecuária.
Essa projeção do valor a ser atingido pela renda bruta do agronegócio estadual decorre de uma taxa positiva equivalente a 0,65% no acumulado do ano, apesar do recuo de 0,29% ocorrido no mês de agosto.
No que tange à evolução dos segmentos que formam o PIB do agronegócio de Minas Gerais, o estudo do Cepea revelou que o setor agrícola formado pelo conjunto das cadeias produtivas da agricultura, apresentou crescimento de 0,06% no acumulado dos oito meses do ano. Esse resultado foi consequência das elevações observadas nos segmentos Básico (1,84%) e de Serviços (0,04%), visto que o segmento de Insumos apresentou queda acumulada de 2,30% e a Indústria revelou recuo de 0,45%.
Entre os produtos acompanhados em Minas Gerais, tiveram aumento de faturamento: café (2,96%), feijão (30,13%), batata (22,15%), laranja (6,36%) e banana (6,79%).
Por outro lado, recuaram em faturamento, milho (6,62%), soja (1,98%), cana- de –açúcar (0,185%), carvão vegetal (22,90%), mandioca (43,21%), tomate (3,75%), algodão (12,52% ) e arroz (38,49%).
Para o ramo pecuário, a estimativa do Cepea apontou crescimento de 1,16% no acumulado do ano, com altas registradas nos segmentos Básico (0,40%), Indústria (5,05%), Serviços (1,80%) e estabilidade no segmento de Insumos (0,00% ).
Na pecuária, vacas e frangos apresentaram evolução positiva em faturamento, de 12,97% e 7,45%, respectivamente. Bois, leite, ovos e suínos retraíram e revelaram taxas negativas equivalentes a 1,09%, 5,40%, 3,03% e 5,66% (Figura 1 e Tabelas 1 e 3).
Quanto as participações dos segmentos na formação da renda bruta do agronegócio mineiro, o segmento Básico participa com 39,36%, Serviços com 30,85%, Indústria com 24,03% e Insumos 5,75%.
No agronegócio da agricultura, o segmento dos Insumos permanece com a menor participação, de 5,42%. Em posições intermediárias, aparecem os segmentos Básico com 20,08% e Serviços com 32,29%. A Indústria com participação de 42,21% contribui com a maior parcela na renda bruta do setor agrícola.
Em relação à pecuária, a Agroindústria participa com 8,42%, parcela próxima à dos Insumos (6,04%). O segmento Básico contribui com a maior parcela (55,92%), enquanto Serviços fica em segundo lugar com 29,62%.
Por último, vale destacar que o PIB do agronegócio de Minas Gerais, com base na estimativa de agosto/15, passou a
ter uma participação de 13,32% no PIB do agronegócio brasileiro, uma discreta alta em relação a 2014 (13,17%).
Entre os segmentos, os que apresentaram evolução foram: Básico (0,21p.p., passando de 14,85% para 15,06%),
Serviços (1,19p.p., de 13,07% para 13,26%) e Indústria (0,17p.p., passando de 11,42% para 11,60%). Em sentido
contrário comportou-se o segmento dos Insumos que apresentou queda de 0,37p.p., passando de 11,99% para
11,62%.
9
Figura 1 ‐ Taxas de crescimento do PIB do agronegócio mineiro em agosto de 2015 (%)
Fonte: Cepea‐USP, Faemg, Senar e Seapa.
Tabela 1 – Taxas de crescimento mensais e acumuladas do PIB do agronegócio de Minas Gerais em 2014 e 2015 (%)
Fonte: Cepea‐USP /Faemg /Senar/ Seapa.
AGRONEGÓCIO Insumos Básico Indústria Serviços Agronegócio Total
ago/14 0,43 0,40 0,18 0,34 0,33 set/14 0,98 0,91 0,18 0,60 0,64 out/14 0,86 0,85 -0,43 0,22 0,34 nov/14 0,81 0,85 -0,03 0,44 0,51 dez/14 -3,03 0,76 -0,27 0,31 0,15 jan/15 0,07 0,88 0,24 0,55 0,58 fev/15 -1,92 0,64 0,23 0,46 0,34 mar/15 -1,69 0,11 -0,24 -0,01 -0,12 abr/15 0,57 0,26 -0,06 0,12 0,16 mai/15 -0,54 0,15 0,27 0,24 0,17 jun/15 1,39 0,29 -0,82 -0,17 -0,06 jul/15 1,77 -1,15 1,00 -0,03 -0,13 ago/15 -0,60 -0,42 -0,08 -0,22 -0,29
Acum. no ano (2014) 1,56 11,38 1,96 6,95 7,03 Acum. no ano (2015) -1,02 0,73 0,54 0,94 0,65
AGRICULTURA Insumos Básico Indústria Serviços Agronegócio Total
ago/14 0,75 -0,49 0,02 -0,09 -0,07 set/14 1,33 -0,13 -0,06 -0,07 0,00 out/14 1,42 0,44 -0,64 -0,42 -0,25 nov/14 1,46 0,38 -0,24 -0,11 0,02 dez/14 -4,83 0,32 -0,59 -0,40 -0,60 jan/15 -0,08 2,09 0,20 0,60 0,69 fev/15 -3,59 0,50 0,10 0,19 0,01 mar/15 -3,19 -1,15 -0,44 -0,60 -0,78 abr/15 1,00 0,16 -0,17 -0,10 -0,02 mai/15 -0,88 0,03 0,21 0,17 0,10 jun/15 2,35 0,17 -1,24 -0,94 -0,67 jul/15 1,39 0,21 1,05 0,87 0,84 ago/15 0,83 -0,16 -0,15 -0,15 -0,10
Acum. no ano (2014) 3,36 -3,81 -0,21 -1,00 -1,01 Acum. no ano (2015) -2,30 1,84 -0,45 0,04 0,06
‐2,00%
‐1,50%
‐1,00%
‐0,50%
0,00%
0,50%
1,00%
Insumos Básico Indústria Serviços Agronegócio
Pecuária Agricultura Agronegócio total
10
PECUÁRIA Insumos Básico Indústria Serviços Agronegócio Total
ago/14 0,18 0,68 0,96 0,77 0,70 set/14 0,70 1,24 1,35 1,27 1,22 out/14 0,41 0,98 0,57 0,85 0,87 nov/14 0,29 0,99 0,96 0,98 0,94 dez/14 -1,57 0,90 1,24 1,00 0,80 jan/15 0,18 0,52 0,43 0,49 0,48 fev/15 -0,61 0,68 0,82 0,72 0,62 mar/15 -0,55 0,49 0,65 0,54 0,46 abr/15 0,26 0,29 0,43 0,33 0,31 mai/15 -0,28 0,19 0,56 0,30 0,22 jun/15 0,67 0,32 1,04 0,54 0,47 jul/15 2,07 -1,57 0,78 -0,85 -0,95 ago/15 -1,69 -0,50 0,22 -0,28 -0,45
Acum. no ano (2014) 0,18 17,00 13,14 15,81 15,15 Acum. no ano (2015) 0,00 0,40 5,05 1,80 1,16
Tabela3–PIBdoagronegóciodeMinasGeraisde2002a2015(R$milhõesde2015)
Fonte:Cepea‐USP/Faemg/Senar/Seapa.
AGRONEGÓCIO
INSUMO BÁSICO INDÚSTRIA SERVIÇOS TOTAL 2002 5.371 33.162 19.151 25.182 82.866
2003 6.150 34.291 20.957 26.740 88.138
2004 6.632 40.896 20.417 28.895 96.840
2005 6.716 35.782 21.648 27.873 92.019
2006 6.542 40.987 26.254 32.490 106.273
2007 7.434 43.367 27.446 34.549 112.797
2008 9.869 46.502 27.832 36.119 120.322
2009 8.967 42.543 29.347 35.450 116.307
2010 8.358 47.754 35.797 41.367 133.276
2011 9.946 56.668 36.683 45.099 148.396
2012 10.107 50.629 35.574 42.089 138.399
2013 9.396 57.588 38.481 46.910 152.375
2014 9.542 64.145 39.235 50.170 163.092
2015 9.445 64.616 39.448 50.643 164.152
AGRICULTURA INSUMO BÁSICO INDÚSTRIA SERVIÇOS TOTAL
2002 2.546 13.001 15.471 13.797 44.815
2003 2.947 12.498 17.166 14.638 47.248
2004 3.234 14.342 16.421 14.834 48.832
2005 3.123 13.740 17.464 15.249 49.575
2006 2.919 13.581 22.156 18.005 56.662
2007 3.573 13.001 22.407 17.953 56.934
2008 4.954 13.088 22.397 17.978 58.418
2009 4.143 11.852 24.220 18.640 58.855
2010 3.652 13.948 30.294 23.009 70.904
2011 4.350 16.927 31.180 24.577 77.034
2012 4.476 17.271 30.349 24.199 76.295
2013 4.072 15.542 32.225 24.721 76.560
2014 4.208 14.950 32.157 24.474 75.790
2015 4.112 15.226 32.013 24.484 75.834
11
PECUÁRIA INSUMO BÁSICO INDÚSTRIA SERVIÇOS TOTAL
2002 2.825 20.161 3.680 11.385 38.051
2003 3.204 21.793 3.791 12.102 40.890
2004 3.397 26.554 3.995 14.061 48.008
2005 3.593 22.042 4.184 12.624 42.444
2006 3.623 27.406 4.098 14.484 49.611
2007 3.862 30.366 5.039 16.596 55.862
2008 4.915 33.414 5.435 18.141 61.905
2009 4.824 30.691 5.127 16.811 57.453
2010 4.706 33.806 5.502 18.357 62.372
2011 5.596 39.741 5.502 20.522 71.361
2012 5.630 33.358 5.225 17.890 62.103
2013 5.324 42.047 6.256 22.189 75.815
2014 5.334 49.194 7.078 25.696 87.302
2015 5.334 49.390 7.435 26.159 88.318
12
Agroclimatologia
Reinaldo Nunes de Oliveira E‐mail: [email protected] Tel: (38) 3223‐2130 – Montes Claros/MGALGODÃO
13
A cotação do algodão no mercado brasileiro fechou a última semana do mês de outubro em baixa. O
produto em pluma no CIF de São Paulo foi de R$2,33/libra-peso o que significa uma redução de 0,85% em
relação ao mesmo período do mês de setembro. A queda na ascendência dos preços foi à primeira desde
junho de 2015 quando os preços do algodão sempre vinham apresentando variações positivas em relação
às cotações dos meses antecedentes.
Assim, segundo os analistas de mercado, a interrupção na escalada altista dos preços do produto se deve
a fatores relacionados com oferta e procura. Com relação à oferta, o mercado encontra-se abastecido pelo
volume de pluma disponibilizado pelos cotonicultores ao passo que as indústrias têxteis estão sentindo os
reflexos da economia em recessão, marcada pela queda do consumo devido à redução da renda da
população.
Quanto ao mercado internacional, a Bolsa de Nova York encerrou o mês de outubro com alta de 3,6% isto,
em função da divulgação da qualidade inferior do algodão norte-americano que interferiu de forma
significativa na escalada altista da cotação do algodão no mercado internacional.
Quanto ao plantio das lavouras, os cotonicultores estão na dependência das condições climáticas
favoráveis, o que não vem ocorrendo nas principais regiões produtoras devidos aos efeito do fenômeno
“El Niño”, que tem provocado instabilidades climáticas no Brasil como um todo. Em Minas Gerais a janela
de plantio inicia-se em 20 de novembro em cumprimento ao vazio sanitário instituído pelo Instituto Mineiro
de Agropecuária – IMA, como medida fitossanitária para a prevenção e controle do bicudo (Anthonomus
grandis). A estimativa de área a ser plantada deverá ser semelhante à safra passada de 18,8 mil hectares.
Tendência
Apesar da queda da cotação do algodão no mercado interno devido a recessão na economia nacional,
alguns fatores sinalizam para uma estabilidade dos preços no mercado internacional como a valorização
do dólar em relação algumas moedas incluindo o real, o que tem favorecido a competitividade das
exportações do algodão.
Desta forma, as cotações do preço do algodão no mercado interno, apresentaram as seguintes variações
nas principais regiões produtoras, na última semana do mês de outubro, segundo dados de Safras &
Mercado, a saber:
Região Cotação R$1,00/@ Variação(%)
Mês Anterior Mês Atual
São Paulo SP 77,71 77,05 -0,85
Rondonópolis MT 73,35 72,72 -0,86
UnaíMG 76,30 75,65 -0,85
Barreiras BA 78,51 77,84 -0,86
L.E. Magalhães BA 78,51 77,84 -0,86
FONTE: CONAB.
14
José Alberto de Ávila Pires E-mail: [email protected] Fone: (031) 3349 8116 / Belo Horizonte - MG BOI
15
RECUPERAÇÃO DOS PREÇOS
O mês de outubro apresentou preços estáveis mais altos para a arroba do boi gordo em Minas Gerais,
segundo levantamento feito pela EMATER-MG. A maioria dos negócios ficaram entre os valores mínimos
de R$136, /137,00 e máximos de R$140, /142,00 por arroba. Informações divulgadas nos dias 21 e
22/outubro/15, também indicavam tendência de alta, o que de fato ocorreu até a primeira quinzena de
novembro/15, como mostra o Gráfico 1. Embora esta “alta” seja uma “recuperação dos preços” para em
relação a maior cotação – cerca de R$150,00 por arroba, ocorrida em abril/15.
FONTE: Esalq/BM&FBovespa, elaboração EMATER/MG
Segundo SAFRAS & Mercado, em outubro/15, “o mercado físico do boi gordo voltou a apresentar preços
mais altos. Os frigoríficos de menor porte seguem com escalas encurtadas, situação que faz com que haja
maior necessidade de reajuste nos preços de balcão. Alguns frigoríficos optaram por reduzir o volume de
abates, operando com alguma ociosidade, a fim de não sentirem tamanha dificuldade na compra de gado
em um período de demanda comedida. Cotações a prazo (30 dias): São Paulo, R$148, /150,00; Minas
Gerais em Uberaba e Ituiutaba, R$145,00; Mato Grosso do Sul e Goiás, R$139, /140,00; e Mato Grosso,
R$130,132,00”, concluiu SAFRAS. Para o CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada)
– ESALQ /USP), Piracicaba, São Paulo), “ainda prevalece a oferta restrita e preços firmes de animais para
abate e de reposição no mercado pecuário nacional. Além de enfrentarem um período de oferta limitada,
pecuaristas de recria e engorda ainda se mostram cautelosos para novas aquisições de bezerros e bois
magros, considerando-se a relação de troca com o boi gordo desfavorável. Estimativas, inclusive, apontam
redução no número de animais confinados neste ano e, segundo pesquisas do Cepea, os altos preços do
boi magro teriam sido o principal fator limitante para confinadores”, concluiu o CEPEA;
BEZERRO DE CORTE (“Falta bezerro...”)
Jan. / 14Fev.
Mar.Abr.
Mai.Jun.
Jul.Ago.
Set.Out.
Nov.Dez.
Jan. / 15Fev.
Mar.Abr.
Mai.Jun.
Jul.Ago.
Set.Out.
Nov. / 15
110
115
120
125
130
135
140
145
150
GRAFICO 1 - COTAÇÕES ARROBA DO BOI GORDO - 2.014 e 2015
Indicador Preço Boi Gordo ESALQ/BM&FBovespa (Estado de São paulo)
MÊS / ANO
CO
TA
ÇÃ
O A
RR
OB
A
16
Para SAFRAS & Mercado (02/11/2.015), “escassez de bezerros já afeta confinamento e exportações. O
ano de 2015 tem sido difícil e trazido algumas variáveis que podem também estar influenciando preços e
oferta. O rebanho pode ser considerado um ativo de maior segurança em uma trajetória como a que passa
o país neste momento. E essa condição pode também estar colaborando para que os preços do bezerro
se mantenham altos e, como consequência, alimentando o mercado de boi gordo para patamares também
mais relevantes. Porém, certamente, o ponto central é o perfil da produção brasileira extremamente
ajustada ao consumo interno, frente à dificuldade de elevação do número de nascimentos de
bezerros. Note-se que o preço do bezerro saltou de R$ 800/900/cabeça no primeiro semestre de 2014
para R$ 1.100/1.200 no primeiro semestre de 2015, e estamos agora com níveis de R$
1.200/1.300/cabeça. Os preços do bezerro sobem devido à ausência de oferta ou à procura elevada. A
procura naturalmente é sempre maior. Então, preços firmes do bezerro continuam apontando para uma
fraca oferta ou em um ritmo discreto. Com pouco bezerro, o abate nacional não evolui. Em 2015, os
patamares mensais de abate explicam esse quadro, e a dificuldade que o Brasil vem tendo em acomodar
preços em plena recessão neste segundo semestre e para elevar as exportações”.
O Indicador de Preço do Bezerro de Corte ESALQ/BM&FBovespa (bezerro desmamado, macho, nelore,
com idade entre 8 e 12 meses) é uma média aritmética dos preços do bezerro nas principais regiões
produtoras do estado do Mato Grosso do Sul, sendo o animal cotado em reais por cabeça, diariamente.
Atualmente (2.015). O peso médio deste bezerro tem variado de 185 a 195 kg de peso vivo, cerca de 6,3
arrobas (50% de rendimento), em média. O gráfico 2 mostra a evolução, deste “Indicador”, durante 2014 e
2015.
Este gráfico mostra uma alta dos preços deste bezerro de cerca de 64,25% de janeiro de 2.014 (R$869,07)
a maio de 2.015 (R$1.427,45). E mesmo com a queda de 14,42% entre maio e agosto de 2.015
Jan. / 14Fev.
Mar.Abr.
Mai.Jun.
Jul.Ago.
Set.Out.
Nov.Dez.
Jan. / 15Fev.
Mar.Abr.
Mai.Jun.
Jul. Ago.
Set.Out.
Nov. / 15
850
900
950
1000
1050
1100
1150
1200
1250
1300
1350
1400
1450
GRAFICO 2 - COTAÇÃO BEZERRO DE CORTE NELORE - ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL
Indicador de Preços Bezerro de Corte Nelore ESALQ/BM&FBovespa
MÊS / ANO
CO
TA
ÇÃ
O B
EZ
ER
RO
(C
AB
.)
17
(R$1.221,67), o preço deste bezerro mostrou uma nova “recuperação” de 7,78%, atingindo a média de
R$1.316,45 durante a primeira quinzena de novembro de 2015.
Estes números explicam a análise feita pelo CEPEA de que “o poder de compra de pecuaristas de engorda
caiu em todas as regiões em 2015, em torno de 10% no Sudeste, Centro-Oeste e Norte e de 8% no Sul do
País. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário reflete a maior valorização do bezerro em
detrimento do boi gordo. Para amenizar o impacto do aumento dos custos decorrentes da valorização do
bezerro, levantamentos de campo do Cepea mostram que pecuaristas de recria-engorda têm intensificado
o uso de técnicas que proporcionam ganho de produtividade nesta etapa da produção. Há regiões em que
o sistema típico já é a integração lavoura-pecuária e, em maior escala, tem sido nítido o esforço para se
reduzir a idade de abate dos animais. Além disso, dados mostram que pecuaristas de cria também têm
conseguido ganhos de produtividade que, por sua vez, favorecem quem trabalha com a engorda. Entre o
ano passado e 2015, houve aumento de 0,7% no peso médio do bezerro de Mato Grosso do Sul, por
exemplo. Esse resultado reflete, entre outros fatores, investimentos em genética, que têm melhorado a
qualidade dos animais nos últimos anos, mesmo diante de intempéries climáticas”.
CENÁRIO FUTURO O gráfico 3 mostra a “tendência” da evolução dos preços da arroba do boi gordo, para o período de
novembro/2.015 a maio/2.016, de acordo com os negócios realizados no dia 16 de novembro/2015, no
Mercado Futuro de Boi Gordo, da BM&FBovespa. Os números mostram, no momento atual, uma
tendência de estabilização dos preços da arroba do boi gordo, no curto prazo, em valores de
R$148,/150,00 por arroba, tendo como base o Estado de São Paulo.
ESALQ (1): Indicador de Preços do Boi Gordo (Estado de São Paulo)
FONTE: Esalq/BM&FBovespa, elaboração EMATER/MG.
ESALQ(1) NOV. / 15 DEZ. / 15 FEV. / 16 MAIO / 16147
148
149
150
151
148,05
148,37
148,92
150,01
148,00
GRÁFICO 3 -MERCADO FUTURO BOI GORDO BM&F/Bovespa R$/ARROBA Base São Paulo - Em 16/NOVEMBRO/2.015
18
Bernardino Cangussu Rodrigues Email: [email protected] Fone: (31) 3349‐8206/ Belo Horizonte ‐
CAFÉ
19
As alterações climáticas nas regiões produtoras influenciaram os preços do café arábica, principalmente a
preocupação quanto aos prejuízos causados pelas altas temperaturas e escassez de chuvas, que elevarão
os preços pagos. Com a chegada das chuvas no final de outubro, os preços tiveram quedas. Os
produtores não foram agressivos nas vendas, colocando no mercado cafés de menor qualidade e retendo
os cafés melhores, aguardando possíveis altas.
As chuvas que caíram nas regiões cafeeiras fizeram com que as previsões de safra subirem bastante, em
função de floradas muito boas.
A Fundação Prócafé emite alerta quanto a monitoramento de bicho-mineiro e ácaro Vermelho que estão
sendo constatados nas lavouras.
Com vários problemas nos países produtores, como ferrugem e baixa tecnologia de produção, atrelados a
um crescente aumento de consumo, o mercado está aguardando um melhor posicionamento da safra
brasileira 2016/17.
Os preços mundiais apresentaram ligeira alta em outubro, mas não houve estabilidade e voltaram a cair.
20
Fatores como a alta do dólar, desaceleração do crescimento na China e taxas de juros mais altas nos
Estados Unidos afetam o mercado de café.
Segundo a OIC as exportações mundiais sofreram a primeira queda nos últimos 5 anos, com uma redução
de 3,1%, chegando a 110,7 milhões de sacas. O único grupo que apresentou incremento nas exportações
foram os suaves colombianos com um aumento de 11,6% nos embarques.
A OIC estima uma safra mundial de 143,3 milhões de sacas para este ano, incrementado principalmente
pelo crescimento colombiano, com safra estimada em 13,3 milhões de sacas.
O Brasil, segundo o CECAFE deve exportar neste ano 36 milhões de sacas, com destaque para o conillon,
que com os problemas de oferta do Vietnã, cresceu em 48% as suas exportações. O arábica continua
liderando a nossa exportação , com 77,5% do café exportado pelo pais.
21
Luiz Fernando Chaves Mendes e-mail: luiz [email protected] Fone: (38) 3223-2130 Montes Claros – MG
Frangos e Ovos
22
Embarques de carne de frango têm início de mês promissor
As exportações de carne de frango iniciaram o mês de novembro com resultado bastante promissor, visto
que em apenas quatro dias úteis somaram 72.141 toneladas, volume que corresponde a uma média diária
de 18.035 toneladas.
Como mostra o gráfico abaixo, essa é a maior média diária de 2015 e sinaliza para a totalidade de
novembro volume próximo das 380 mil toneladas – o que, se confirmado, representaria aumento de cerca
de 27% tanto sobre o mês anterior como sobre o mesmo mês de 2014 (298,4 mil/t em outubro/15; 297,6
mil/t em outubro/14), além de corresponder ao segundo maior volume de carne de frango in natura já
exportado pelo setor (o recorde – 409.823 toneladas – foi registrado em julho passado).
Infelizmente – e como é comum nas exportações – a média da primeira semana do mês tende,
naturalmente, a se diluir no decorrer do período. Mas não só isso. O movimento dos caminhoneiros,
qualquer que seja seu desdobramento, vai afetar os embarques de novembro. Além disso, paira sobre a
atividade, a ameaça de retomada do movimento de paralisação dos fiscais federais agropecuários.
Carne de frango: Principais importadores no ano
As baixas exportações de outubro reduziram o índice de aumento que vinha sendo registrado no volume
exportado e aumentado a perda na receita cambial, o quadro dos principais importadores de carne de
23
frango nos dez primeiros meses de 2015 permanece inalterado em relação aos meses anteriores mais
recentes.
Os três primeiros países continuam absorvendo pouco mais de um terço do total exportado (mais
exatamente, 35,45%). Mas esse índice sobe para 41% se, às importações chinesas, forem adicionadas as
compras de Hong Kong.
Somem-se a esses quatro os seis demais integrantes do grupo dos 10 e tem-se o destino de 66% das
exportações brasileiras. Que, em relação ao mesmo período do ano passado, aumentaram perto de 5,5%,
índice alcançado graças, principalmente, à Arábia Saudita (aumento de quase 17% no volume adquirido),
África do Sul (perto de 30%) e Coreia do Sul (pouco mais de 84%).
Responsáveis pelos restantes 33,98% do volume exportado, os demais clientes brasileiros (134 países,
93% do total de países importadores) aumentaram suas compras em apenas 0,68%.
24
VARIAÇÃO NAS COTAÇÕES DE FRANGOS E OVOS – 17/11/15
PRODUTO ATACADO FOB. GRANJA (R$/Kg)
Frango Abatido Resfriado/Atacado 4,90
Frango Vivo com ICMS 3,20
Fonte: AVIMIG
OVOS VALOR R$/CX/30 Dz – CEASA -MG
Ovos Extra Grandes 78,00
Ovos Grandes 77,00
Ovos Médios 75,00
Ovos Pequenos 71,00
Ovos Vermelhos. 85,00
25
Preço do limão tahiti se enfraquece, mas segue em patamar recorde
Os preços da lima ácida tahiti se enfraqueceram na primeira quinzena de novembro no mercado mineiro e
paulista, principalmente devido à entrada de frutas de baixo calibre comungando com o tempo seco,
seguido de altas temperaturas e baixa precipitações. Contexto que deve ser verificado também nos
próximos dias. A média de preço no último mês para o produto foi histórico, assim, a fruta tem sido
negociada a patamares recordes.
Neste mês, o preço da caixa de 20 kg registra preço de R$ 90,00 o maior patamar nominal da série história
do Cepea e também CEASAMINAS, iniciada em 1996. Em termos reais, a média de outubro é a maior
desde novembro/04 (valores foram deflacionados pelo IPCA de set/15). O Cepea chegou a coletar
negócios a R$ 120,00/cx de 27 kg no mês de outubro.
Últimos Preços Cotados na CeasaMinas
Unidade de Contagem
Pesquisa do dia:
16/11/2015
Produto/Variedade Embalagem Preço (R$)
LIMAO TAHITI
EXTRA CX 20 KG 90
LIMAO TAHITI
ESPECIAL CX 20 KG 60
LIMAO TAHITI
EXTRA SC 20 KG 60
LIMAO TAHITI
ESPECIAL SC 20 KG 30
Pesquisa realizada de segunda à sexta-feira e
disponível após às 14:00 horas.
Fonte: CEASAMINAS e Cepea/Esalq
27
SOJA
Willy Gustavo de La Piedra Mesones E‐mail: [email protected] Tel: (34) 3338‐5156 ‐ Uberaba/MG
28
Colheita de soja dos EUA na reta final e com estimativas crescentes de produção
Conforme avançam as operações de colheita da nova safra norte-americana de soja de
2015/2016, também estão sendo realizados novos ajustes, para cima, no volume final de
produção a ser obtido e que vai se aproximando cada vez mais do recorde de 106 milhões e 870
mil toneladas produzido na safra anterior. Hoje, de acordo com o Departamento de Agricultura
dos Estados Unidos/USDA, os indicativos são de que esse país deve produzir 106 milhões e 470
mil toneladas, que representa um crescimento de 6% sobre a estimativa do mês anterior e este
acréscimo vem a ser consequência, de uma maneira geral, do bom comportamento do clima na
maior parte da região produtora dos Estados Unidos durante o ciclo de desenvolvimento da
cultura e também durante as operações de colheita e os indicativos apontam que 64% das
lavouras foram classificadas como de condições boas a excelentes, permitindo uma
produtividade estimada em 3.194 kg/ha em uma área total a ser colhida da ordem de 33 milhões
e 340 mil hectares que seria pouco abaixo dos 33 milhões e 342 mil hectares colhidos na safra
anterior. Vale ressaltar que algumas empresas de consultoria, como a Informa Economics,
avaliam a safra norte-americana como de maior volume ainda, com previsões que chegam a 107
milhões e 560 mil toneladas que se constituiria em novo recorde naquele país.
A colheita da safra norte-americana de soja está praticamente no seu final nos principais estados
produtores e, se considerarmos, que até o inicio de novembro já tinha sido colhida mais de 90%
da área total de produção e, ainda, que as condições climáticas estão se mostrando favoráveis
ao trabalho das colhedoras, podemos contabilizar como uma supersafra já definida, pelo
segundo ano consecutivo com mais de 100 milhões de toneladas produzidas. As operações de
colheita que já foram encerradas em alguns principais estados produtores, como Minnesota,
podem ser consideradas, de certa forma, como em ritmo acelerado se levarmos em conta que,
de uma forma geral, na safra anterior o percentual de colheita era de 81% e na média dos
últimos cinco anos é de 88%, para o mesmo período de avaliação.
Semeadura no Brasil avança após problemas climáticos
Até o final da primeira semana de novembro, o Brasil já tinha semeado em torno de 42%
da área estimada para o plantio da safra 2015/2016, em que os indicativos apontam para
uma área de 33 milhões de hectares e que, de certa forma, pode-se considerar que o
plantio está um pouco atrasado levando em conta que neste mesmo período do ano
29
passado já tinha sido semeado 46% e, mais ainda, com relação aos 57% da média dos
últimos cinco anos. Este retardamento está relacionado ao atraso das chuvas,
principalmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste assim como também nas regiões
Norte e Nordeste. Período chuvoso, nesse período, somente na região Sul, com
excessos no Rio Grande do Sul e satisfatório no Paraná. Já, bem no final de outubro e
inicio de novembro, começaram a ocorrer precipitações no Centro-Oeste e Sudeste e
intervalos sem chuva no Sul, que motivaram o poder decisório para o plantio pelos
produtores, mas ainda com persistência de seca no Norte/Nordeste. Face a estes
indicativos, iniciou-se um ritmo acelerado de plantio no Oeste e Sudeste, principalmente
nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Minas Gerais.
Enquanto no Paraná a semeadura já atinge 77% neste inicio de novembro, muito próximo da
média de 79% para os últimos cinco anos para o mesmo período, os outros dois estados do Sul
enfrentaram alguns problemas com excesso de chuvas e assim, o Rio Grande do Sul semeou
somente 6% contra uma media quinquenal de 24% e Santa Catarina plantou 35% para uma
média de 45% nos últimos cinco anos para o mesmo período. No Centro-Oeste, em que as
chuvas atrasaram, o estado do Mato Grosso plantou 60% da área prevista contra uma média dos
últimos cinco anos de 79% para o mesmo período, no Mato Grosso do Sul o plantio atingiu 72%
enquanto sua média para os últimos cinco anos é de 82% e por último o estado de Goiás que
semeou 32% da área estimada para uma média de 63% no mesmo período. Já para os dois
estados que exploram a cultura de soja na região Sudeste, temos que São Paulo semeou 35%
contra uma média de 52% para os últimos cinco anos e Minas Gerais que plantou 21% da área
prevista enquanto na safra anterior, que também sofreu com atraso das chuvas, somente tinha
plantado 15% no período mas, como média nos últimos cinco anos, o percentual é de 33%. E,
por fim, as regiões Norte e Nordeste que sofrem com a falta de chuvas regulares estão com
dificuldades para as operações de plantio de forma gradual e consistente como por exemplo na
Bahia que neste período somente semeou 5% da área prevista enquanto a média dos últimos
cinco anos é de 18%.
Assim, com as chuvas se regularizando no Centro-Oeste e Sudeste, as operações de
semeadura começam a ganhar bom ritmo nestas regiões recuperando aos poucos o atraso do
plantio e, se confirmando as boas condições climáticas, há boas chances de não se verificarem
perdas de produtividade, embora em alguns locais deverá ocorrer ações de replantio. Já no sul
do país, a semeadura continua num ritmo regular, sendo que as maiores preocupações estariam
nas regiões Norte e Nordeste com a falta de chuvas que, aparentemente, estão confirmando um
30
comportamento de clima típico de anos em que há manifestação do fenômeno El Niño, como é o
caso atual, embora as previsões são auspiciosas com relação à ocorrência de chuvas na
segunda quinzena de novembro nestas regiões.
Preços da soja no Brasil sustentados pela valorização do dólar
O andamento do plantio da safra 2015/2016 na América do Sul, e principalmente no
Brasil, se constituem como foco da atenção do mercado agora que a colheita da soja
norte-americana está entrando em sua reta final. E este foco vem fortemente
influenciado pelas quatro “c”, que seriam o comportamento do “clima”, a instabilidade do
“câmbio”, a alta do “custo” de produção e por último o tamanho da demanda de produto
pela “China”. A irregularidade do clima no Brasil com excesso de chuva no Sul, atrasos
no Centro-Oeste e Sudeste e falta de umidade no Norte e Nordeste provocam alterações
no cronograma normal de semeadura e consequentemente de colheita em cada região,
assim como na diminuição de plantio de cultivares precoces que permitiriam a
implantação de culturas de milho e sorgo safrinha. O câmbio, com a valorização do dólar
frente ao real, criou uma situação paradoxal pois enquanto há uma queda nos preços na
Bolsa de Futuros de Chicago/CBOT que motiva os produtores norte-americanos a não
vender sua produção à espera de melhores preços, por outro lado estimula os
produtores brasileiros a incrementarem as vendas antecipadas da safra 2015/2016 em
função do dólar mais alto compensando a baixa de preços na CBOT a ponto de o
produtor vender a preço 38% maior que no mesmo período do ano passado. Com
relação ao custo de produção, na presente safra, este apresenta uma alta significativa
em função da valorização cambial já que boa parte dos principais insumos são
importados, tanto como matéria-prima como na forma pronta industrializada, onerando a
implantação da cultura e que, dependendo da região e do sistema de produção utilizado,
varia de 58% a 90% do valor da produção. A influência da demanda de soja por parte da
China é muito significativa, pois este país é o maior comprador mundial, importando
principalmente do Brasil, dos Estados Unidos e da Argentina, sendo que já comprou um
volume que representa 13% maior que para o mesmo período do ano passado. Por isso
a preocupação com a desaceleração da economia chinesa, principalmente entre os
produtores dos Estados Unidos que estão ultimando as operações de colheita e estão na
expectativa de um crescimento desta demanda e por isso segurando um pouco as
vendas.
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Internamente, no Brasil, os preços que estão sendo praticados se sustentam
principalmente na valorização cambial do dólar frente ao real pois o mercado
internacional apresenta uma tendência de queda de preços e assim, em moeda
brasileira, as cotações da soja estão acima da média dos preços praticados no mesmo
período do ano passado, mas já apresentando certo decréscimo em função do bom
andamento das operações de plantio no Brasil no obstante a persistência das
irregularidades climáticas no Norte e Nordeste e das especulações sobre os efeitos que
El Niño pode trazer daqui em diante.
Preços praticados em diferentes regiões no Brasil
Local Preços praticados R$/saca 60 kg
13/11/2015 1 semana atrás 1 mês atrás 1 ano atrás
Passo Fundo/RS 81,50 80,50 82,00 66,50
Rondonópolis/MT 69,00 70,50 75,00 61,00
Rio Verde/GO 78,00 74,00 75,00 63,00
Santos/SP 81,50 79,00 80,00 59,50
Uberlândia/MG 79,00 76,50 78,00 58,00
Unaí/MG 77,00 74,50 76,00 55,00
Adaptado de Safras&Mercado
Fonte: Safras & Mercado, Conab, Embrapa, Emater-MG
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Escoamento pode prejudicar o setor:
SUÍNOS
Inácio de Oliveira E‐mail: [email protected] Tel: (38) 3531‐3674 ‐ Diamantina/MG
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A paralisação de caminhoneiros volta a preocupar o setor de proteína animal, que já enfrentou esse
mesmo tipo de protesto no primeiro semestre e também greve dos fiscais agropecuários em setembro.
Podem ocorrer problemas no transporte e na comercialização tanto de insumos quanto de animais vivos e
de carnes. Segundo alguns pesquisadores, para o mercado suinícola, a questão é especialmente grave
porque pode dificultar o escoamento da carne neste momento em que está competitiva frente à bovina e
de frango. Além disso, nas próximas semanas, atacadistas devem iniciar a formação de estoques para o
final do ano. Do lado produtor, atrasos na entrega dos principais insumos utilizados na alimentação de
suínos e aves (milho e farelo de soja) podem prejudicar a engorda dos animais e/ou elevar os custos de
produção. Entre os frigoríficos, o receio é que, com possíveis atrasos no recebimento de suínos para
serem abatidos, as vendas venham a se concentrar num mesmo período, elevando estoques e
pressionando os valores. (Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br)
Indicadores do Suíno Vivo:
Estado Vr. a vista Vr. mínimo Vr. máximo Var./dia
13/11/2015 MG 4,12 3,91 4,30 -0,01
13/11/2015 PR 3,60 3,39 3,85 -0,15
13/11/2015 RS 3,41 3,29 3,56 -0,01
13/11/2015 SC 3,45 3,31 3,52 0,00
13/11/2015 SP 3,97 3,90 4,16 -0,30
Fonte: CEPEA
• Preço recebido pelo produtor R$/Kg sem ICMS
Preços da Carcaça Comum: Média Var./dia
13/11/2015 5,97 0,00
12/11/2015 5,97 0,48
11/11/2015 5,94 0,09
10/11/2015 5,94 -1,36
09/11/2015 6,02 -0,15
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Georgeton S. R. Silveira E-mail: [email protected] Tel: (31) 3349-8148 - Belo Horizonte/MG TOMATE
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COMPORTAMENTO
No mês de novembro, os preços médios do tomate in natura praticados no atacado de acordo com a
Ceasaminas, no entreposto de Contagem foi:
Tomate tipo AA do grupo Longa Vida foi comercializado a R$ 23,58 e Santa Clara R$ 20,41, preço
médio da caixa com 20 kg.
Tomate tipo A do grupo Longa Vida foi comercializado a R$ 11,91 e Santa Clara R$ 9,41, preço
médio da caixa com 20 kg.
Na Ceagesp, os preços do tomate comercializado no atacado, tipo AA dos grupos Longa Vida e Santa
Clara tiveram uma cotação média de R$ 77,00 a caixa de 20 Kg e R$ 62,40 a caixa de 20 kg do tipo A,
sendo estes valores referentes à primeira semana de novembro.
Segundo pesquisa de preços realizada no varejo pela Ceasaminas do dia 11/11 a 13/11 os valores do
quilo do tomate in natura praticados nos hipermercados e supermercados da grande BH, obtiveram um
preço médio de R$ 6,64 e nos sacolões foi de R$ 6,00 sendo o preço médio no varejo de R$ 6,34. No
atacado, no mesmo período, o preço pago pelo quilo foi de R$ 2,07. O preço no varejo em relação ao
atacado obteve uma variação de 206,30%. Portanto a caixa de 20 kg vendida no atacado neste período,
em média por R$ 41,40, foi revendida no varejo em média por R$ 126,80.
O mês de outubro registrou até o momento o menor preço no atacado até o momento (veja gráfico). A
avaliação que no mês de outubro houve um maior impacto do produto na inflação não faz sentido, se
observarmos o que ocorreu com os preços no atacado. A explicação mais evidente nesse caso é a
margem de lucro que o mercado varejista está praticando e assim causando o inflacionamento de preços
do fruto.
TENDÊNCIAS
Com a elevação das temperaturas, a tendência é que haja um maior consumo de tomate in natura,
principalmente na forma de saladas, além da diminuição da oferta do fruto nas praças atacadistas, reflexo
do período de entressafra da cultura, onde há menor oferta do produto, a expectativa é que os preços
praticados nas praças atacadistas sejam maiores que os observados em outubro.
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Veja no gráfico abaixo, o comportamento dos preços médios pagos no atacado, na caixa de 20 Kg de
tomate, na Ceasaminas entreposto de Contagem até o mês de outubro:
JaneiroFevereiro
MarçoAbril
Maio Junho
JulhoAgosto
SetembroOutubro
0
10
20
30
40
50
60
70
Meses
Pre
ço/c
aix
a d
e 2
0kg
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