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EIXO TEMÁTICO: CONHECIMENTO SOBRE O CORPO CAP.1 - ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE Hoje, pode-se afirmar que a grande preocupação da população do mundo é com a saúde. Saúde essa que segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) é "um estado de completo bem- estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades". Uma das formas que utilizamos para ter saúde é por meio das atividades físicas, que são qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulte em um gasto energético maior que os níveis de repouso, Caspersen (1985). Sendo assim, não se pode somente fazer o exercício físico sem ter um acompanhamento devido e uma forma adequada para cada pessoa, aí entra o profissional da educação física, que pode prescrever exercícios físicos que são atividades sistematizadas, que mantém ou aumentam a aptidão física em geral e tem por objetivo alcançar a saúde e também a recreação. Assim, encontram-se dois tipos de atividade física que a pessoa pode escolher para praticar. O primeiro é os exercícios aeróbios que são de longa duração, contínuos e de baixa a moderada intensidade, havendo o uso de oxigênio. São exemplos: caminhar, correr, andar, pedalar, nadar (não competitivo), dançar. Outro tipo de exercício são os anaeróbios, que utilizam uma forma de energia que independe do uso do oxigênio, é de alta intensidade e curta duração, envolvendo um esforço intenso, como exemplos temos a corrida de 100 metros rasos, os saltos, o arremesso de peso, exercícios resistidos (musculação). Antes de fazer a escolha pelo o exercício físico, as pessoas devem observar os seguintes pontos. 1) Preferência pessoal: a pessoa deve gostar da atividade física que vai fazer, caso isso não aconteça ela desistirá rapidamente. 2) Aptidão necessária: a sua condição física deve estar de acordo com o que a atividade necessita, caso não esteja de acordo fisicamente, deve ser observado um planejamento de melhoria da capacidade física gradual. 3) Risco associado à atividade: deve ser observado o risco que essa atividade pode trazer a seu praticante, pois, o que poderia trazer benefícios a saúde pode se tornar um problema de saúde. Após a escolha da atividade, o aluno deve primeiro deve fazer uma avaliação com o médico para saber como anda a sua saúde, fazendo todos os exames necessários que o médico solicite, após a liberação ele deve procurar um avaliador físico. O profissional de educação física irá aplicar uma avaliação física para que o aluno faça as atividades de acordo com os seus objetivos e suas condições físicas, veremos esse tópico no próximo capítulo. A atividade física pode trazer diversos benefícios à saúde das pessoas em diversas áreas como: 1) Músculo esquelético: Auxilia na melhoria da força e do tônus muscular, Melhoria da flexibilidade, Fortalecimento dos ossos e das articulações. (Ideal para os idosos) 2) Saúde física: observamos perda de peso e da porcentagem de gordura corporal, redução da pressão arterial em repouso, redução do risco de problemas cardíacos, melhora do diabetes, diminuição do colesterol total e aumento do HDL- colesterol (o "colesterol bom"). 3) Saúde mental: melhora o fluxo de sangue para o cérebro, ajuda na redução da ansiedade e do estresse, e no tratamento da depressão, ajuda na regulação das substâncias relacionadas ao sistema

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EIXO TEMÁTICO: CONHECIMENTO SOBRE O

CORPO

CAP.1 - ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE

Hoje, pode-se afirmar que a grande

preocupação da população do mundo é com a saúde.

Saúde essa que segundo a OMS (Organização

Mundial da Saúde) é "um estado de completo bem-

estar físico, mental e social e não somente ausência

de afecções e enfermidades". Uma das formas que

utilizamos para ter saúde é por meio das atividades

físicas, que são qualquer movimento corporal,

produzido pelos músculos esqueléticos, que resulte

em um gasto energético maior que os níveis de

repouso, Caspersen (1985).

Sendo assim, não se pode somente fazer o

exercício físico sem ter um acompanhamento devido

e uma forma adequada para cada pessoa, aí entra o

profissional da educação física, que pode prescrever

exercícios físicos que são atividades

sistematizadas, que mantém ou aumentam a aptidão

física em geral e tem por objetivo alcançar a saúde

e também a recreação.

Assim, encontram-se dois tipos de atividade

física que a pessoa pode escolher para praticar. O

primeiro é os exercícios aeróbios que são de longa

duração, contínuos e de baixa a moderada

intensidade, havendo o uso de oxigênio. São

exemplos: caminhar, correr, andar, pedalar, nadar

(não competitivo), dançar. Outro tipo de exercício

são os anaeróbios, que utilizam uma forma de

energia que independe do uso do oxigênio, é de alta

intensidade e curta duração, envolvendo um esforço

intenso, como exemplos temos a corrida de 100

metros rasos, os saltos, o arremesso de peso,

exercícios resistidos (musculação).

Antes de fazer a escolha pelo o exercício

físico, as pessoas devem observar os seguintes

pontos.

1) Preferência pessoal: a pessoa deve gostar da

atividade física que vai fazer, caso isso não

aconteça ela desistirá rapidamente.

2) Aptidão necessária: a sua condição física deve

estar de acordo com o que a atividade necessita,

caso não esteja de acordo fisicamente, deve ser

observado um planejamento de melhoria da

capacidade física gradual.

3) Risco associado à atividade: deve ser observado o

risco que essa atividade pode trazer a seu

praticante, pois, o que poderia trazer benefícios a

saúde pode se tornar um problema de saúde.

Após a escolha da atividade, o aluno deve

primeiro deve fazer uma avaliação com o médico

para saber como anda a sua saúde, fazendo todos os

exames necessários que o médico solicite, após a

liberação ele deve procurar um avaliador físico. O

profissional de educação física irá aplicar uma

avaliação física para que o aluno faça as atividades

de acordo com os seus objetivos e suas condições

físicas, veremos esse tópico no próximo capítulo.

A atividade física pode trazer diversos

benefícios à saúde das pessoas em diversas áreas

como:

1) Músculo esquelético: Auxilia na melhoria da força

e do tônus muscular, Melhoria da flexibilidade,

Fortalecimento dos ossos e das articulações. (Ideal

para os idosos)

2) Saúde física: observamos perda de peso e da

porcentagem de gordura corporal, redução da

pressão arterial em repouso, redução do risco de

problemas cardíacos, melhora do diabetes,

diminuição do colesterol total e aumento do HDL-

colesterol (o "colesterol bom").

3) Saúde mental: melhora o fluxo de sangue para o

cérebro, ajuda na redução da ansiedade e do

estresse, e no tratamento da depressão, ajuda na

regulação das substâncias relacionadas ao sistema

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nervoso, auxilia também na manutenção da

abstinência de drogas e na recuperação da auto-

estima. Também pode trazer benefícios em grupos

especiais como:

CRIANÇAS E JOVENS

1) Na aquisição de habilidades psicomotoras;

2) No desenvolvimento intelectual, favorecendo um

melhor desempenho escolar;

3) Melhor convívio social;

4) Liberação de energia para os hiperativos.

Fonte: http://www.belezapura.org

IDOSOS

1) Melhoria da capacidade funcional (dia-a-dia);

2) Melhoria da capacidade cardiovascular;

3) Massa muscular, força e flexibilidade;

4) Auto-estima, auto-confiança e socialização.

Fonte: http://www.vooz.com.br

GESTANTES

1) Melhoria da capacidade cardiorrespiratória,

executando melhor as rotinas de trabalho;

2) Melhoria no sistema músculo-esquelético,

melhorando assim a postura;

3) Relaxamento,diminuindo dores nas pernas e os

inchaços dos pés e mãos.

Fonte: http://sergionunespersonal.blogspot.com

DICAS

1) Evite fazer exercícios físicos sob o sol forte;

2) Tome água moderadamente antes, durante e

depois da atividade física;

3) Use roupas leves, claras e ventiladas;

4) Não faça exercícios em jejum, mas evite comer

demais antes da atividade física;

5) Use sapatos confortáveis e macios.

CAP.2 - AVALIAÇÃO FÍSICA

Graças ao DNA, nascemos uns diferentes

dos outros, e graças ao que acontece na nossa vida,

um dia após o outro, crescemos e nos desenvolvemos

de forma diferenciada. Exercício físico não é como

lanchonete de fast food padronizada, que vende

exatamente a mesma coisa para todos os clientes.

Exercício físico, que funciona, é necessariamente

personalizado, como qualquer tratamento de saúde.

Tanto quanto o médico, o profissional de

educação física precisa conhecer a situação da

pessoa de quem irá cuidar por meio de exames e

conversas, antes de prescrever o treinamento.

Inventar um treinamento qualquer sem considerar

as particularidades do seu aluno seria o mesmo que

prescrever um medicamento sem examinar o

paciente. Por isso existe na educação física a

avaliação física.

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Avaliação física é um processo que utiliza

coleta de medidas objetivas e subjetivas, para

prescrever programas de treinamento adequados

para cada indivíduo, traçando perfil físico,

observando suas condições e limitações. É composta

por dados pessoais, anamnese, histórico de doenças

familiar e pessoal, dados antropométricos, análise

de postura, teste de flexibilidade, teste de

resistência

1) DADOS PESSOAIS: Neste tópico da avaliação

são utilizados dados que serão necessários para a

identificação do indivíduo, tais como: nome

(identificar os alunos com nome e sobrenome,

evitando apelidos), data de nascimento (necessário

para saber quando esse aluno nasceu, para que se

comemore seu aniversário e principalmente

levantamento de público que frequenta a academia),

idade (para montagem adequada de treino),

profissão (para saber como esse aluno se comporta

durante o dia, se sua rotina de vida é estressante ou

não), sexo (masculino ou feminino, às vezes

encontramos homens e mulheres com nomes

diferentes), data da avaliação e data da reavaliação

(avaliação pode ser feita a cada 2 ou 3 meses).

2) ANAMNESE: É uma entrevista feita com o aluno,

para que ele possa informar ao avaliador alguns

dados importantes para prescrição de treinamento.

Alguns deles são: objetivo (o que o aluno busca no

treinamento, aumentar massa magra, eliminar peso

gordo), rotina de vida diária (buscar saber do

cotidiano do aluno se ele consegue manter uma

rotina de treino), e freqüência de treinamento

(quantas vezes o aluno pretende ir a academia para

treinar por semana), número de refeições que o

indivíduo faz diariamente (saber se a alimentação

está correta e se o mesmo tem um acompanhamento

de um nutricionista), horas de sono diário (saber do

aluno se dorme bem, já que o sono é excelente para

a recuperação do organismo), tabagismo (nº de

cigarros /dia) e etilismo (ingestão de álcool).

3) HISTÓRICO FAMILIAR DE DOENÇAS:

Investiga-se o histórico familiar de doenças do

indivíduo, para saber se há herança de doenças como

cardiopatias, diabetes, hipertensão arterial e

câncer.

4) HISTÓRICO PESSOAL DE DOENÇAS:

Investiga-se o histórico pessoal de doenças do

indivíduo, para saber se ele tem algum problema que

o impeça de realizar atividade física, destacamos:

cirurgias, entorses, fraturas, lesões musculares,

doenças respiratórias, alergias, etc.

5) ANÁLISE POSTURAL:Tem como finalidade

prevenir e futuramente corrigir possíveis alterações

posturais existentes. Pode-se analisar as seguintes

posturas:

a) VISÃO ANTERIOR: Ombros assimétricos

(desnivelados), escolioses (curvaturas na coluna

vertebral), joelhos varo e valgo (com rotação

externa e interna), Assimetria e desvio de quadril,

pés adutos e abdutos (apontados para dentro e para

fora), pés cavos e planos.

b) VISÃO LATERAL: Hiperlordose lombar

(curvatura acentuada na região dorsal abaixo das

costelas), cifose (curvatura normalmente

encontrada na região torácica), geno flexo e geno

recurvato (joelhos levemente fletidos e

hiperextendidos respectivamente).

c) VISÃO POSTERIOR: pé varo,pé valgo, desnível

das escápulas.

6) DADOS ANTROPOMÉTRICOS: É o conjunto de

técnicas utilizadas para medir o corpo humano ou

suas partes, podemos dividir em:

a) Peso: utilizamos a balança antropométrica com

divisões de 100 gramas.

b) Estatura: utilizamos o estadiômetro ou uma fita

métrica na parede,

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Balança com estadiômetro. Fonte: http://www.sanny.com.br/

c) Circunferência: são medidos os perímetros dos

membros com a fita métrica.

Trena ou fita métrica. Fonte: http://www.sanny.com.br/

d) Pregas cutâneas: utilizamos o adipômetro para

mensurar as dobras cutâneas.

Adipômetro. Fonte: http://www.sanny.com.br/

e) Pressão arterial: Para aferir a P.A do indivíduo

utilizamos o esfigmomanômetro ou esfigmo

(aparelho de pressão), juntamente com o

estetoscópio.

Aparelho de pressão estetoscópio

Fonte: http://www.sanny.com.br/

f) Freqüência cardíaca de repouso (FCR): Para

mensurar a FCR do indivíduo utilizamos um

frequencímetro ou monitor cardíaco.

Monitor cardíaco: Fonte: http://www.sanny.com.br/

7) TESTES DE RESISTÊNCIA: Utilizado para

verificar a resistência muscular do indivíduo,

podendo ser mensurado através dos testes abaixo:

a) Flexão de cotovelos ou apoio no solo: é o maior

número de repetições feitas em um minuto.

b) Abdominal: é o maior número de repetições de

abdominal feitas em um minuto.

8) TESTE DE FLEXIBILIDADE: Serve para

verificação da flexibilidade do indivíduo, com a

utilização destes equipamentos: o banco de Wells e

o flexímetro.

Banco de Wells. Fonte: http://www.fbv.br

Flexímetro. Fonte: http://www.sanny.com.br/

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PRATICANDO CAP.1 e 2

1) Sobre a atividade aeróbica podemos dizer:

2- É uma atividade indicada para quem quer

aumentar a massa magra

3- Depende do uso de oxigênii

4- Cite 3 benefícios da atividade física em

gestantes e idosos.

5- Explique por que a atividade física é benéfica

para portadores de diabetes.

6- Quais instrumentos são utilizados para

diagnosticar a flexibilidade de um individuo na

Avaliação física?

7- Explique para que serve a anamnese na avaliação

física.

8- Cite dois problemas posturais que podem ser

encontrados na avaliação física

CAP.3 - CAPACIDADES FÍSICAS

Força, resistência, flexibilidade, velocidade

e equilíbrio são características normalmente

atribuídas aos atletas, mas que todo mundo tem,

sendo atleta ou não. São essas capacidades motoras

que permitem que uma pessoa realize qualquer tipo

de movimento. Elas são inatas.

No esporte, o rendimento do atleta está

intimamente ligado às capacidades motoras. É

preciso usar força muscular com velocidade

(potência) para dar uma sacada no tênis, é preciso

potência para chutar a bola para o gol, é preciso

potência para impulsionar o corpo para cima no salto

com vara. Esses mesmos movimentos também

requerem certa flexibilidade e velocidade. Portanto,

o treinamento das capacidades físicas usadas nos

esportes é de grande importância para que o atleta

possa durar “até o fim”. Mas o que são capacidades

físicas? São atributos treináveis do nosso

organismo. Que são:

1) FORÇA: habilidade que permite o músculo ou grupo

de músculos produzirem uma tensão e vencer ou

igualar-se a uma resistência na ação de empurrar,

tracionar ou elevar.

Fonte:www.google.com.br

TIPOS DE FORÇA

a) FORÇA ISOTÔNICA (DINÂMICA): é o tipo de

força que os músculos dos membros em movimento

suportando o peso do próprio corpo em movimentos

repetidos.

b) FORÇA ISOMÉTRICA (ESTÁTICA): é o tipo de

força que explica o fato de haver força produzindo

calor e não havendo produção de trabalho em forma

de movimento.

c) FORÇA EXPLOSIVA (POTÊNCIA): habilidade de

exercer o máximo de energia em um ato explosivo.(

P= Fdin x V, potência é igual a força dinâmica vezes

a velocidade).

2) FLEXIBILIDADE: é a capacidade de amplitude dos

movimentos das diferentes partes do corpo que

depende da elasticidade muscular e da mobilidade

articular. Portanto, a flexibilidade capacita as

pessoas a aumentarem a extensão dos movimentos,

em uma articulação determinada.

Fonte: http://www.trustsports.com.br/

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3) RESISTÊNCIA: qualidade física que permite um

determinado esforço, durante um determinado

tempo.

TIPOS DE RESISTÊNCIA

a) RESISTÊNCIA AERÓBICA: permite manter por um

determinado período de tempo, um esforço em que o

consumo de O2 equilibra-se com a sua absorção,

sendo os esforços de média a baixa intensidade.

b) RESISTÊNCIA ANAERÓBICA: permite manter por

um determinado período de tempo em que o consumo

de O2 é superior a sua absorção, acarretando em

debito de O2 e que somente será recompensado em

repouso, sendo os esforços de alta intensidade.

c) RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA:

Capacidade individual de realizar em um maior

tempo possível a repetição de um determinado

movimento, em um mesmo ritmo e com a mesma

eficiência. É a capacidade de repetir várias vezes

uma mesma tarefa, utilizando-se baixos níveis de

força. Pode-se dizer também que é capacidade em

trabalhar contra uma resistência moderada durante

longos períodos de tempo.

4) VELOCIDADE: qualidade física particular do

músculo e das coordenadas neuromusculares, que

permite a execução de uma sucessão rápida de

gestos, em que seu encadeamento constitui uma só e

mesma ação, de intensidade máxima e duração breve

ou muito breve.

Fonte:www.google.com

TIPOS DE VELOCIDADE:

a) VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO: capacidade

máxima de uma pessoa deslocar-se de um ponto a

outro.

b) VELOCIDADE DE REAÇÃO: rapidez com a qual uma

pessoa é capaz de responder a um estímulo

(auditivo, tátil ou visual). Tempo requerido para ser

iniciada uma resposta a um estímulo recebido.

c) VELOCIDADE DE MEMBROS: capacidade de mover

membros superiores e inferiores o mais rápido

possível.

5) EQUILÍBRIO: capacidade para assumir e sustentar

qualquer posição do corpo contra a força da

gravidade.

Fonte: http://biraacarnedosdeuses.blogspot.com

TIPOS DE EQUILÍBRIO

a) ESTÁTICO: adquirido em determinada posição.

b) DINÂMICO: adquirido durante o movimento.

c) RECUPERADO: explica a recuperação do equilíbrio

após o corpo ter estado em movimento.

6) COORDENAÇÃO MOTORA: capacidade de realizar

movimentos complexos de modo conveniente, para

que possam ser realizados com o mínimo de esforço.

Constitui-se uma atividade psicomotora

indispensável em todos as atividades desportivas,

devendo ser trabalhada em todos os programas de

Educação Física desde os primeiros níveis. Podemos

dizer também que é o resultado de um trabalho

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conjunto do sistema nervoso e o muscular,

mostrando-se os movimentos coordenados, amplos e

econômicos, sem desnecessárias contrações.

Fonte: http://alfabetizacaomagica-dressa.blogspot.com

7) AGILIDADE: habilidade que se tem para mover o

corpo no espaço. Habilidade do corpo inteiro, ou de

um segmento, em realizar um movimento, mudando a

direção, rápida e precisamente. Requer uma

combinação de qualidades físicas e, embora

dependa da carga hereditária, pode ser bastante

melhorada com o treinamento.

Fonte: http://www.google.com.br/

8) RITMO: é a ordenação dos movimentos. Sequência

de movimentos repetidos várias vezes de forma

equilibrada e harmônica.

Fonte: http://www.jogosdamenina.com/

9) DESCONTRAÇÃO: é um fenômeno neuromuscular,

resultante da redução de tensão na musculatura

esquelética.

Fonte: http://www.mundodastribos.com

a) DESCONTRAÇÃO TOTAL: capacita o indivíduo a

recuperar-se de esforços realizados. Relaxamento

de todos os músculos do corpo, o máximo possível.

b) DESCONTRAÇÃO DIFERENCIAL: diferenciação

entre os músculos são necessários para determinada

atividade e aqueles que não são. Qualidade física

que permite à descontração dos grupos musculares

que não são necessários a execução de um

movimento específico.

PRATICANDO CAP. 3

Conceitue e classifique a força citando exemplos

1) E

xplique como funciona a resistência aeróbica.

2) Q

uando observamos a coreografia de uma dança,

buscamos enxergar a ordenação dos movimentos.

Seqüência de movimentos repetidos várias vezes

de forma equilibrada e harmônica. Dessa forma

tratamos de que capacidade física? Justifique a

sua resposta

3) A

pós uma atividade física feita de intensa

utilizando os membros inferiores, qual o tipo de

descontração deve ser utilizado somente para as

pernas? Justifique sua resposta.

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CAP.4 - SISTEMA ESQUELÉTICO

OSTEOLOGIA: É o ramo da anatomia que estuda a

estrutura, forma desenvolvimento dos ossos e das

articulações. (do grego Osteon: ossos e Logos:

estudo. É o estudo das formações intimamente

ligadas ou relacionadas com os ossos, formando com

eles um todo, O ESQUELETO: reunião de ossos.

SISTEMA ESQUELÉTICO: Conjunto de

cartilagens que se interligam para formar o

arcabouço do corpo do animal e desempenha várias

funções.

OSSOS: São peças rijas, de número, coloração e

formas variáveis, que quando unidos de forma

apropriada formam o esqueleto.

Figura A: osso laminar, B:osso irregular, C: osso

longo

FUNÇÕES DO ESQUELETO

1) Proteção: coração, pulmões e sistema nervoso

central (SNC)

2) Sustentação e conformação do corpo

3) Armazenamento íons Ca e P – gravidez

4) Sistema de alavancas – músculos (deslocamento

do corpo)

5) Local de produção de células do sangue

ESQUELETO HUMANO

Pode ser dividido em duas grandes porções ou em

duas grandes cinturas.

PORÇÕES

1) ESQUELETO AXIAL: Forma o eixo do corpo,

composto pela caixa craniana, coluna vertebral e

caixa torácica.

SISTEMA ESQUELÉTICO

OSTEOLOGIA: É o ramo da anatomia que estuda a

a desenvolvimento dos ossos e das

articulações. (do grego Osteon: ossos e Logos:

estudo. É o estudo das formações intimamente

ligadas ou relacionadas com os ossos, formando com

eles um todo, O ESQUELETO: reunião de ossos.

SISTEMA ESQUELÉTICO: Conjunto de ossos e

cartilagens que se interligam para formar o

arcabouço do corpo do animal e desempenha várias

OSSOS: São peças rijas, de número, coloração e

formas variáveis, que quando unidos de forma

laminar, B:osso irregular, C: osso

Proteção: coração, pulmões e sistema nervoso

Sustentação e conformação do corpo

gravidez

músculos (deslocamento

Local de produção de células do sangue

grandes porções ou em

ESQUELETO AXIAL: Forma o eixo do corpo,

composto pela caixa craniana, coluna vertebral e

2) ESQUELETO APENDICULAR: forma os

membros, apensa ao esqueleto axial.

Figura 1: esqueleto axial, figura 2: apendicular

Fonte: http://premedico.blogspot.com

CINTURAS

1) ESCAPULAR OU TORÁCICA

clavícula

2) PÉLVICA: ossos do quadril

Cintura escapular - fonte: http://fpslivroaberto.blogspot.com

Cintura pélvica-fonte: http://eli

NÚMERO DE OSSOS

1) No indivíduo adulto podemos admitir um número

de 206 ossos.

a) CABEÇA = 22 ossos (Crânio = 08 e Face = 14)

b) PESCOÇO = 8

APENDICULAR: forma os

bros, apensa ao esqueleto axial.

Figura 1: esqueleto axial, figura 2: apendicular

http://premedico.blogspot.com

ESCAPULAR OU TORÁCICA: escápula e

ossos do quadril (ílio, ísquio e pube)

fonte: http://fpslivroaberto.blogspot.com

fonte: http://eli-espacoyoga.blogspot.com

1) No indivíduo adulto podemos admitir um número

a) CABEÇA = 22 ossos (Crânio = 08 e Face = 14)

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c) TÓRAX = 37 (24 costelas, 12 vértebras e 1

esterno)

d) ABDÔMEN = 7 (5 vértebras lombares, 1 sacro,1

cóccix.)

e) MEMBRO SUPERIOR= 32 (Cintura Escapular = 2,

Braço = 1, Antebraço = 2 Mão = 27)

f) MEMBRO INFERIOR = 31 (Cintura Pélvica =

1, Coxa = 1, Joelho = 1, Perna = 2 Pé = 26

g) OSSÍCULOS DO OUVIDO = 3

CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS

De acordo com a forma dos ossos:

a) OSSO LONGO: apresenta comprimento

consideravelmente maior do que a largura e a

espessura. EX.: ossos do esqueleto apendicular:

fêmur, rádio e ulna etc. Os ossos longos

apresentam: Duas extremidades chamadas de

epífises, um Corpo chamado de diáfise, Canal

medular no interior da diáfise e Cartilagem epifisal:

disco cartilaginoso entre a epífise e diáfise em

ossos jovens

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/

b) OSSO LAMINAR: apresenta comprimento e

largura equivalentes e maiores que a espessura. EX.:

ossos do crânio, escápula, ossos do quadril.

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/

c) OSSO CURTO: apresenta equivalência das três

dimensões. EX.: ossos do carpo e tarso.

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/

d) OSSO IRREGULAR: morfologia complexa sem

correspondência com formas geométricas

conhecidas. EX.: vértebras e osso temporal.

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br

e) OSSO PNEUMÁTICO: apresenta uma ou mais

cavidades (sinus ou seios), com volume variável e

contendo ar. EX.: ossos do crânio: frontal, maxilar,

temporal, etmóide e esfenóide.

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/

f) OSSO SESAMÓIDE: formam-se na substância

de certos tendões (intratendíneos) ou da cápsula

fibrosa fibrosa que envolve certas articulações

(peri-articulares). EX.: Patela

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Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/

TIPOS DE SUBSTÂNCIA ÓSSEA

a) Substância óssea compacta: lamínulas de tecido

ósseo fortemente aderidas umas às outras pelas

suas faces, sem que haja espaço livre. É mais denso

e rijo.

b) Substância óssea esponjosa: lamínulas mais

irregulares em forma e tamanho, deixando espaços

entre si, que se comunicam uns com os outros.

ELEMENTOS DESCRITIVOS DA SUPERFÍCIE

DOS OSSOS.

a) SALIÊNCIAS: articulam os ossos entre si

(superfícies articulares), para fixação de músculos,

ligamentos cartilagens, etc. EX.: cabeças, côndilos,

cristas, eminências, tubérculos, tuberosidades,

processos, linhas, espículas, trócleas, etc.

Cabeça do fêmur (fêmur)

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/

c) DEPRESSÕES: podem ser articulares ou não.

EX.: fossas, fossetas, impressões, sulcos,

recessos, etc.

Cavidade glenóide (escápula)

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/

d) ABERTURAS: em geral para passagem de nervos

ou vasos. EX.: forames, meatos, óstios, poros,

Etc.

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br

PERIÓSTEO

Delicada membrana de tecido conjuntivo que

reveste os ossos (no vivente e no cadáver), com

exceção das superfícies articulares. Apresenta dois

folhetos: um superficial e um profundo em contato

direto com a superfície óssea, contendo células

osteogênicas, garantindo a constante renovação

óssea na superfície óssea.

As artérias que vascularizam o osso percorrem o

periósteo e penetram na substância deste através

de canais. Por esta razão quando o osso fica

desprovido de seu periósteo, perde a nutrição e

morre.

COLUNA VERTEBRAL: Forma o esqueleto do dorso,

sendo a principal porção do esqueleto axial. Portanto

constitui o eixo ósseo do corpo, oferecendo uma

rígida sustentação, porém com flexibilidade

necessária.

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Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto

Alegre: Artmed, 2000.

FUNÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL

a) Postura

b) Sustentação

c) Locomoção – fixação de inúmeros músculos

d) Proteção à medula espinhal (alojada em seu

interior) e às raízes dos nervos espinhais

A coluna vertebral é composta por 33 ossos que são

denominados vértebras, estas são dispostas umas

sobre as outras no sentido longitudinal, formando

um conjunto que estende pela nuca, tórax, abdome e

pelve. Elas recebe então o nome de acordo com a

região em que estão atravessando, assim temos:

Sete vértebras cervicais, Doze torácicas, Cinco

lombares, Cinco sacrais – osso sacro, Quatro

coccígeas – osso coccígeo. Presença de um disco

intervertebral, fibro-cartilaginoso, depressível,

entre as vértebras, capaz de absorver a pressão dos

impactos sobre a coluna e conferir mobilidade entre

as vértebras adjacentes. Apresenta curvaturas no

sentido ântero-posterior, indispensáveis para a

manutenção do equilíbrio e postura ereta.

COMPOSIÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES

a) Cintura escapular: clavícula e escápula

b) Braço: úmero

c) Antebraço: rádio e ulna

d) Punho: carpo

e) Mão: metacarpo

f) Dedos: falanges

COMPOSIÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

a) Quadril (cintura pélvica- íleo, ísquio e pube):

osso do quadril

b) Coxa: fêmur

c) Perna: tíbia, fíbula

d) Pé: tarso e metatarso

e) Dedos dos pés: falanges

f)

PRATICANDO CAP.4

1) Quanto à forma podemos classificar os

ossos de seis maneiras, como classificamos?

2) Podemos dividir o esqueleto humano em

duas grandes porções e em duas grandes

cinturas, cite como são formadas as porções e as

cinturas.

3) Explique três funções do esqueleto.

4) Para que servem as aberturas nos ossos?

5) Explique soco é a estrutura de um osso

longo destacando o seu centro.

6) Explique como é composta a coluna

vertebral destacando duas funções.

CAP.5 – SISTEMA MUSCULAR

1) MIOLOGIA: É parte da anatomia que estuda

os músculos e seus anexos.

2) O QUE SÃO MÚSCULOS: São estruturas

anatômicas que apresentam a capacidade de se

contrair, sob estímulos. E são compostas por:

Ventre e Tendão.

a) VENTRE é a parte carnosa, constituída por

fibras musculares que se contraem.

b) TENDÃO é a parte não contrátil e está

localizado nas extremidades dos músculos. É

composto de tecido conjuntivo resistente e

esbranquiçado.

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Fonte: http://www.sogab.com.br

3) SISTEMA MUSCULAR: É composto pelos

músculos e são responsáveis diretos pelo movimento,

Constituídos de inúmeras células musculares,

especializadas para a contração e relaxamento.

4) FUNÇÕES DO SISTEMA MUSCULAR

a) DINÂMICA DO CORPO: Os músculos fixam-se

por suas extremidades. Havendo contração de suas

fibras ocorre um encurtamento da distância entre

as extremidades, movendo então os segmentos do

corpo.

b) ESTÁTICA: Mantém unidas as peças ósseas,

determinando a posição e postura do esqueleto

c) TRABALHO MUSCULAR: Ação mecânica de um

Músculo que leva ao deslocamento de um segmento

do corpo. O ventre muscular não se prende ao

esqueleto e as extremidades, prendem-se em pelo

menos dois ossos cruzando uma articulação, onde

durante a contração as fibras musculares reduzem-

se em um 1/3 ou metade de seu tamanho inicial. O

trabalho muscular é diretamente proporcional ao

número de fibras (potência) e o grau de

encurtamento (amplitude) obtendo uma coordenação

motora

5) TIPOS DE MÚSCULOS

a) VOLUNTÁRIOS A sua contração resulta de

um ato de vontade. Possuem estrias transversais

(mm. Estriados) e pelo menos uma de suas

extremidades prende-se ao esqueleto (mm.

Esqueléticos).

b) INVOLUNTÁRIOS: A sua contração

resulta de um ato inconsciente. Não possuem

estriações transversais (mm lisos) e são

encontrados nas paredes das vísceras (mm

viscerais).

1) Tecido Muscular Estriados ou Esquelético:

Responsáveis pelos movimentos voluntários;

2) Tecido Muscular Liso ou Visceral: Pertence à vida

de nutrição (digestão, excreção, etc); involuntários;

3) Músculo Cardíaco ou Miocárdio

- Vermelho e estriado, porém, involuntário.

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/

6) ESTRUTUTURA DO SISTEMA MÚSCULO

ESQUELÉTICO

A) FUNÇÕES MÚSCULO ESTRIADO

ESQUELÉTICO

1) Movimento e a manutenção da postura;

2) Produção de calor;

3) Proteção e a alteração da pressão para auxiliar a

circulação;

4) Absorventes de choques para proteger o corpo.

B) COMPONENTES DE UM MÚSCULO

ESTRIADO ESQUELÉTICO

Os músculos estriados esqueléticos são compostos

de três porções: uma média e extremidades

a) PORÇÃO MÉDIA: é o ventre muscular, vermelho

no vivente, vulgarmente chamado de carne. É a parte

ativa (contrátil) do músculo por possuir fibras

musculares.

b) EXTREMIDADES: são estruturas formadas por

tecido conjuntivo denso, rico em fibras colágenas,

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esbranquiçadas e brilhantes, de grande resistência

e praticamente inextensíveis. O tecido muscular não

é constituído apenas por FIBRAS MUSCULARES.

Há também o TECIDO CONJUNTIVO que as

envolve e se prolongam, formando os TENDÕES (em

forma de fita ou cilindróide) e APONEUROSES

(Laminares) que fixam o músculo a um osso.

C) FÁSCIA MUSCULAR: É uma lâmina de tecido

conjuntivo que reveste cada músculo,

desempenhando várias funções: Bainha elástica de

contenção: limita os movimentos, deslizamento dos

músculos, pode contribuir na fixação dos músculos

ao esqueleto, e na formação de lojas musculares:

septos intermusculares.

D) ORIGEM E INSERÇÃO

1) PONTO DE ORIGEM: Extremidade do músculo

presa à peça óssea que não se desloca. É também

chamado de PONTO FIXO.

2) PONTO DE INSERÇÃO: Extremidade do músculo

presa á peça óssea que se desloca. É também

chamado de PONTO MÓVEL.

Fonte: http://www.poderdasmaos.com

7) PRINCIPAIS MOVIMENTOS REALIZADOS

PELOS SEGMENTOS DO CORPO

a) MOVIMENTOS ANGULARES: diminuição ou

aumento do ângulo entre o segmento que se desloca

e o que permanece fixo. São eles: a flexão

(diminuição do ângulo) e extensão (aumento do

ângulo).

Fonte: http://www.estudandoanatomia.com.br

b) ADUÇÃO E ABDUÇÃO: Respectivamente,

aproximação ou afastamento do plano mediano.

Fonte: http://www.estudandoanatomia.com.br

c) ROTAÇÃO: O segmento gira em torno de um eixo

longitudinal. Quando a face anterior gira em direção

ao plano mediano, há rotação medial. Quando ocorre

o contrário, há rotação lateral.

d) CIRCUNDAÇÃO: Combinação de movimentos

(adução, extensão, abdução e flexão)

8) CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS

* QUANTO A SITUAÇÃO

a) Superficiais ou Cutâneos: Estão logo abaixo da

pele e apresentam no mínimo uma de suas inserções

na camada profunda da derme. Estão localizados na

cabeça (crânio e face), pescoço e na mão (região

hipotenar). Exemplo: Platisma.

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Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto

Alegre: Artmed, 2000.

b) Profundos ou Subaponeuróticos: São músculos

que não apresentam inserções na camada profunda

da derme, e na maioria das vezes, se inserem em

ossos. Estão localizados abaixo da fáscia superficial.

Exemplo: Pronador quadrado.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto

Alegre: Artmed, 2000.

* QUANTO FORMA

a) Longos: São encontrados especialmente nos

membros. Os mais superficiais são os mais longos,

podendo passar duas ou mais articulações. Exemplo:

Bíceps braquial.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto

Alegre: Artmed, 2000.

b) Largos: Caracterizam-se por serem

laminares. São encontrados nas paredes das

grandes cavidades (tórax e abdome). Exemplo:

Diafragma.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto

Alegre: Artmed, 2000.

c) Curtos: Encontram-se nas articulações cujos

movimentos têm pouca amplitude, o que não

exclui força nem especialização. Exemplo:

Músculos da mão.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto

Alegre: Artmed, 2000.

* QUANTO À DISPOSIÇÃO DA FIBRA:

a) Reto: Paralelo à linha média. Ex: Reto abdominal.

b) Transverso: Perpendicular à linha média. Ex:

Transverso abdominal.

c) Oblíquo: Diagonal à linha média. Ex: Oblíquo

externo.

* QUANTO A ORIGEM

Número de cabeças de origem

a) Bíceps: duas cabeças de origem. Ex.: Bíceps

Braquial

b) Tríceps: três cabeças de origem. Ex.: Tríceps

Braquial

c) Quadríceps: quatro cabeças de origem. Ex.:

Quadríceps

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* QUANTO A INSERÇÃO

Número de tendões de inserção

a) Monocaudados: um tendão de inserção. Ex.:

Panturrilha

b) Bicaudado: dois tendões de inserção Ex.: Bíceps

Braquial

c) Policaudado: três tendões de inserção. Ex.:

extensor longo dos dedos

* QUANTO AO VENTRE MUSCULAR

Número de ventres musculares

a) Digástrico: dois ventres musculares / tendão

intermediário. Ex.: Músculo digástrico.

b) Poligástrico: três ou mais ventres / tendões

intermediários. Ex.: Reto do abdome

* QUANTO A AÇÃO

Tipos de movimento produzido: Extensor, Flexor,

Adutor, Abdutor, Flexor plantar, Flexor dorsal,

Pronador, Supinador

* QUANTO A ATIVIDADE PRINCIPAL

a) AGONISTA: Agente principal na execução de um

movimento. Ex.: Flexão do cotovelo: Bíceps braquial,

Braquial e Braquiorradial

b) ANTAGONISTA: Quando opõem-se ao trabalho

de um agonista seja para regular a rapidez ou a

potência deste. Ex.: Flexão do tronco: Agonista =

mm do abdome, Antagonista = mm eretores da

espinha

c) SINERGISTA: Atuam no sentido de eliminar

algum movimento indesejado ou estabilizar as partes

do corpo para tornar possível a ação principal.

d) FIXADORES/ POSTURAIS: mantém a postura.

PRATICANDO CAP.05

1) Diga como é composto um músculo.

2) Sobre as funções dos músculos cite 3, que

podem ser relacionadas a atividade física.

3) Explique qual a função da fáscia muscular.

4) Explique como o músculo pode se fixar em

uma peça óssea.

5) Diga como se classificam os músculos a

partir da distribuição de fibras paralelas e

obliquas.

EIXO TEMÁTICO: LUTAS

CAP.6 – LUTAS HISTÓRIA, CONCEITO E

CLASSIFICAÇÃO

São disputas em que os oponentes se

utilizam de técnicas e estratégias de desequilíbrio,

contusão, imobilização ou exclusão, de uma área de

combate, caracterizando-se por uma

regulamentação específica a fim de punir atitudes

de violência e deslealdade para o desenvolvimento

de ações de ataque e defesa (PCN’s 1998).

HISTÓRICO

A origem das lutas continua sendo uma

incógnita, mas o homem primitivo já lutava para

sobreviver, caçar e garantir seu espaço.

Observamos o seu aparecimento em diversas nações

no mundo e com diversos objetivos, os gregos

tinham uma forma de lutar, conhecida como

“pancrácio”, modalidade presente nos primeiros

jogos olímpicos da era antiga.

Em Roma os gladiadores eram escravos de

terras conquistadas e que participavam de torneios

de luta que serviam de entretenimento para os

Imperadores de Roma. Já naquela época, faziam o

uso de técnicas de luta a dois.

Na Índia e na China, surgiram os primeiros

indícios de formas organizadas de combate,

informações relatam que os sistemas de lutas

chegaram à China e à Índia, no século V a.C. Muitos

artistas marciais consideram a China como o berço

desta cultura. Países europeus após o século XIV

começaram suas expansões e descobertas de

territórios, tendo contato com a cultura de outros

países, assim conseguiram trazer desses locais

descobertos alguns tipos de lutas, onde

reproduziram as mesmas no seu continente e em

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alguns casos adaptaram técnicas que que pudessem

sem melhoradas.

CLASSIFICAÇÃO DAS LUTAS

Quando vamos falar em classificação das

lutas podemos dividi-las em lutas de corpo a corpo e

lutas de distância. As lutas de corpo a corpo o

contato corporal é mais prolongado, utilizando

técnicas de desequilíbrio, projeções, imobilizações e

torções, além de outros. Como exemplos podemos

citar: Judô, Jiu-Jitsu, Sumô, Greco –Romana e Ai-

ki-Dô.

Nas lutas de distância, o contato corporal é

mais breve, podendo até mesmo não existir contato,

utilizam técnicas de contusão, socos, chutes,

joelhadas e outros. Como exemplos podemos

destacar: Capoeira, karatê, Kung-Fu, Esgrima, Boxe,

Taekwondo.

FUNDAMENTOS

Os fundamentos são práticas que auxiliam no

desenvolvimento das lutas tanto de corpo a corpo

quanto as de distância

Fundamento Características

Conseguir pegar, prender, deter, segurar com força

Derrubar Deixar ou fazer cair

Tombar, descer sobre a terra

Desequilibrar Desestabilizar, perder o equilíbrio

Imobilizar Impedir de mover-se, prender

Dar pancadas ou golpes

Defender Proteger-se ou resguadar-se contra um ataque

Desviar o corpo para evitar um golpe

LUTAS NA ESCOLA

Quando trabalhamos com o conteúdo lutas nas aulas

de educação física, buscamos trabalhar com a

cultura corporal dos alunos, levando os mesmos a

novas experiências corporais, portanto o objetivo

não é formar lutadores.

Para isso são utilizados os jogos de lutas como

forma de pedagógica de trabalhar este conteúdo.

Como exemplos temos jogos de imobilizar, de

conquista de objetos e de desequilíbrio.

Com o ensino das lutas, também podem

aparecer alguns problemas como o estimulo a

violência e como conseqüência disso a formação de

gangues.

CAP.7 - JUDÔ

"Caminho Suave" ou "Caminho da Suavidade" é um

desporto praticado como arte marcial, criado por

Jigoro Kano em 1882. Os seus principais objetivos

são fortalecer o físico, a mente e o espírito de

forma integrada, além de desenvolver técnicas de

defesa pessoal.

JIGORO KANO

Nasceu em 28/10/1860 em Mikage perto de Kobe

(Japão). Jovem de constituição física frágil, aos

dezessete anos iniciou a prática de artes marciais,

estudou muito e criou o judô a partir do Jiu-Jitsu.

Criou a Kodokan primeira escola de Judô (Kodokan

significa - Instituto do Caminho da Fraternidade),

já que "Ko" significa fraternidade, irmandade; "Do"

significa caminho, via; e "Kan", instituto.

Com a emergência do capitalismo o judô

passou por um processo de urbanização e

modernização. Passou a ser introduzido nas escolas

públicas com um sentido educacional, a partir da sua

filosofia e utilizando técnicas de rolamento e queda

visando amortecer o impacto do corpo com o solo,

para não machucar o oponente. O Judô foi

considerado desporto oficial no Japão nos finais do

século XIX, sendo praticado pela polícia nipônica que

introduziu-o nos seus treinos. O primeiro clube

judoca na Europa foi o Londrino Budokway (1918). A

vestimenta utilizada pelos seus praticantes é o

kimono.

JUDÔ NO BRASIL

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Não se sabe exatamente quando o judô foi

introduzido no Brasil, mas certamente foi a partir

de 1908, com a chegada da primeira leva oficial de

imigrantes ao Brasil. Na década de 1910, Sack Miura

chegou a lecionar judô para a Marinha brasileira,

entretanto ele abandonou a arte ao ser derrotado

por um capoeirista. Posteriormente, ele fundou um

dos jornais da colônia japonesa do Brasil.

Década de 20 e 30 iniciou-se processo de

modernização no Brasil, o capitalismo urbano

industrial tomava força, com isso a vinda de

imigrantes, a chegada dos japoneses e com eles o

Judô. No início o judô era só para matar saudades

do Japão e manter as suas tradições. Com o

aparecimento do desemprego, alguns ficaram sem

dinheiro para sustentar as suas famílias, surgindo

assim às academias de Judô.

PRINCÍPIOS DO JUDÔ

Os princípios que inspiraram Jigoro Kano quando da

idealização do judô foram os três seguintes:

1- Princípio da Máxima Eficiência com o mínimo

de esforço (Seiryoku Zen’Yo)

2- Princípio da Prosperidade e Benefícios

Mútuos (Jita Kyoei)

3- Princípio da Suavidade, ou seja, o melhor uso

de energia (Ju)

GRADUAÇÕES

Os Judocas são classificados em duas graduações:

kiu e dan. No caso de promoção de

kiu(classificação), faixa branca a marrom é

outorgada pela associação, no caso de promoção as

graduações de dan, até 5º dan são realizadas pela

banca examinadora da Liga ou Federação Estadual,

as outras graduações superiores pela Confederação

Nacional.

a) Graduações Kiu

Há oito graus de kiu (cinco em Portugal), os quais se

distinguem pelas cores das faixas: Branca, amarela,

laranja, verde, azul, marrom e preta. Na Europa:

Branca, amarela, azul escura, laranja, verde, azul,

marrom e preta. No Brasil: Branca, cinza, azul,

amarela, laranja, verde, roxa, marrom e preta.

b) Graduações Dan

As graduações de dan, ao contrário das de kiu,

avançam de 1º dan (shoudan) para 10º dan (joudan),

o mais alto grau. Esses graus se diferenciam pelas

seguintes cores das faixas: 1º ao 5º Dan – faixa

preta, 6º ao 8º Dan – vermelha e branca e do 9º ao

10º Dan – vermelha.

PONTUAÇÕES

O objetivo é conseguir ganhar a luta valendo-se dos

seguintes pontos:

YUKO - um terço de um ponto. Um Yuko se realiza

quando o oponente cai de lado, ou quando é

imobilizado por 15 segundos

WAZARI - meio ponto, dois wazari valem um ippon e

termina o combate logo após o segundo wazari.Um

Wazari é um "Ippon" que não foi realizado com

perfeição, também ganha wazari, se conseguir

imobilizar o oponente por 20 à 24 segundos.

IPPON - ponto completo, o nocaute do judô, finaliza

o combate no momento deste golpe. Um Ippon

realiza-se quando o oponente cai com as costas no

chão, ao término de um movimento perfeito, quando

é finalizado por um estrangulamento, chave de

articulação, ou quando é imobilizado por 25

segundos.

PENALIZAÇÕES

SHIDO: Quando o atleta recebe 4 shidos, ele é

desclassificado da luta, quando o atleta usa objetos

metálicos, quando arrisca sua integridade física ou a

do adversários, aplique golpes não correspondentes

ao judô, e entre outras não citadas.

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Segundo as novas regras de arbitragens da FIJ, o

primeiro shidô, não equivale a pontuação alguma,

apenas para advertência, a partir da segunda

pontuação, que vai equivaler ao yuko, o seguinte ao

wazari e o ultimo ao Ippon, então o shido se tornará

um Hansoku - make. Hansokomake =

Desclassificação do atleta como penalização.

COMO SENTAR NO TATAME

As duas formas corretas de sentar-se no

dojô são: sentar com as pernas cruzadas próximas

da região pélvica que é a forma menos cansativa e

sentado nos calcanhares.

A prática do judô é regida por cortesia, respeito e

amabilidade. A saudação é o expoente máximo

dessas virtudes sociais. Através dela expressamos

um respeito profundo aos nossos companheiros. No

judô, há duas formas de expressarmos: ritsu-rei

(quando em pé) e za-rei (quando de joelhos). Esta

última é conhecida por saudação de cerimônia.

CAP.8 - TAEKWONDO

Em sentido literário, taekwondo significa, de uma

forma muito geral, a "arte de usar os pés e mãos na

luta através da mente". Se quisermos aprofundar um

pouco, ou seja, traduzindo todas as palavras seriam:

"Tae" – pé / "Kwon" mão / "Do" caminho.

Em sentido global, taekwondo indica a técnica de

combate sem armas para defesa pessoal, envolvendo

destreza no emprego das mãos e punhos, de

pontapés voadores, de esquivas e intercepções de

golpes com as mãos, braços ou pés, para a rápida

destruição do oponente. Hoje em dia o taekwondo

tornou-se olímpico, e em muitas academias pratica-

se o taekwondo olímpico. Basicamente um esporte de

chutes com muita explosão.

HISTÓRICO

Desde os primórdios de sua existência,

independentemente de raça e local, o ser humano

precisava defender-se de grupos rivais ou de

animais através do uso do próprio corpo, dos punhos,

mãos e pés, o que acabou resultando em vários

estilos de lutas, com ou sem armas; que acabaram

transformando-se nas artes marciais e esportes do

presente. Isto através de um processo de

desenvolvimento baseado na experiência, filosofia e

imaginação.

A descoberta de desenhos de lutas na muralha do

Egito, por exemplo, no período de 4000 ~ 3000 a. C.,

comprovou também a existência da luta na Índia no

século VI e V a. C. e no templo de Shang Lin na

Elbina no ano 470. Soo Bak, Tekyon, Soobakhe,

Tukguli, Kwon Bub, Dang-soo, Gak-Jo são as lutas

que precederam o Taekwondo, atravessando um

longo e adverso período histórico de evolução do

povo coreano, como parte integrante da cultura.

No período do Século I, antes de Cristo, existiam na

Coréia três reinos, o mais rico Koguryo, o mais pobre

Silla e por último, Baek-Je; todos fundados por

lutadores influenciadores da popularização das

lutas, tidas como folclóricas. No Reino Koguryo foi

comprovado através de livro da época a prática do

Soo Bak nas festas de colheita e também foram

descobertos desenhos na muralha de Muyong-

Tchong na prosaica Hwando-San, Capital do reino,

desde o ano 200, onde se apresentam pinturas que

mostram cenas de pessoas lutando o Taekwondo,

melhor dizendo, uma espécie de ancestral desta

modalidade.

Podemos confirmar que o Taekwondo surgiu

aproximadamente há 1800 anos. O Reino Silla, o

menor de todos, sofria com as constantes invasões e

saques de seus vizinhos maiores. Foi então que um

grupo de jovens aristocratas e militares do reino de

Silla, formaram uma tropa de elite denominada

Hwarang-Do, Semelhantes aos samurais japoneses,

adestraram-se no uso do arco e flecha, lança e

espada, além da prática da disciplina mental e física.

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Desenvolvendo-se ainda em forma de luta com os

pés e as mãos, o Tekyon.

Este grupo era regido por um rigoroso Código de

Honra, resumindo em cinco itens:

- Obediência ao rei;

- Respeito aos pais;

- Lealdade para com os amigos;

- Nunca recuar ante ao inimigo;

- Só matar quando não houvesse alternativa.

O Hwarang Do e seu código constituíram-se na

pedra fundamental para que o reino de Silla

conseguisse unificar a região, conquistando os reinos

vizinhos de Koguryo e BaeKJe , passando assim a se

chamar Korio (Coréia).

NO BRASIL

No Brasil em julho de 1970 em São Paulo, trazido

pelo mestre Sang Min Cho, enviado oficialmente pela

International Taekwondo Federation juntamente

vieram os mestres Sang Min Kim, Kun Mo Bang, e

depois outros como Kum Joon Kwon, Woo Jae Lee,

Kwang Soo Shin, Hee Song Kim, Yeong Hwan Park,

Soon Myong Choi, Ju Yol Oh, Te Bo Lee, Hong Soon

Kang, Sung Jang Hong, entre outros, também se

estabeleceram aqui no Brasil, proporcionando um

desenvolvimento maior da arte.

Natália Falavigna, uma das maiores e mais vitoriosas

lutadoras de artes marciais do mundo, é a brasileira

com maior número de medalhas internacionais no

taekwondo em toda história, única atleta no Brasil

campeã mundial de taekwondo nas categorias júnior,

adulta e universitária. Atualmente, o taekwondo é

uma luta muito praticada em varios locais do Brasil.

O Juramento do Taekwondo:

• Obedecer às regras do Taekwondo

• Respeitar mestres e meus superiores

• Nunca fazer mal uso do Taekwondo

• Ser campeão da liberdade e justiça

• Construir um mundo mais pacífico

Também faz parte da vida do praticante, não só na

academia como também na vida pessoal seguir os

princípios do taekwondo:

• Respeito por hierarquias

• Cortesia

• Integridade

• Perseverança

• Auto controle

• Faz parte das artes marciais coreanas.

FEDERAÇÕES

CHUNG DO KWAN

Conhecido como escola da onda azul, fundado por

Wan Kuk Lee. Sua filial no Brasil é Presidida pelo

Mestre Luis Cesar Nunes 7° DAN.

INTERNACIONAL TAEKWONDO FEDERATION

(ITF)

Primeira federação de Taekwon-do criada, criada

pelo General Choi Hong Hi

WORLD TAEKWONDO FEDERATION (WTF)

Federação que participas das olimpiadas, criada

após Hong Choi Hi mudar a sede da ITF para o

Canadá, por descontentamento com o governo

coreano. Atualmete, esse é o estilo mais treinado

em academias de TKD.

MOO DUK KWAN

Grão Mestre Jung Roul Kim chegou ao Brasil em

1971 em Salvador-BA, onde junto com seu amigo

Grão Mestre Jung Do Lim que chegou em agosto de

1968, na Bahia sediando-se em Cruz das Almas/Ba e

começou a difundir os ensinamentos do Taekwondo

na Faculdade de Agronomia. Gms. Jung Roul Kim

permaneceu por um ano em Salvador e em seguida

foi para Aracaju - SE e ficou um ano. Em 1973

chegou ao Rio de Janeiro.

TAEKWONDO SONGAHM

Criado pelo Grão Mestre Haeng Ung Lee, que

ensinava Taekwondo para tropas americanas na

Koréia, e se mudou para os Estados Unidos para

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difundir a arte. Grão Mestre Haeng Ung Lee,

inicialmente ensinava o estilo Chang On, da ITF,

porém buscou aperfeiçoar o sistema de ensino,

acrescentando chutes já nas fórmulas mais básicas

e incluindo programas de treinamentos com armas

tradicionais orientais.

Hoje o sistema possui um currículo único dentre as

demais "escolas", com fórmulas próprias, sequencias

de luta, técnicas de defesas pessoais, armas, lutas

de solo, artes marciais mistas, evoluindo

constantemente, visando se tornar um estilo

completo, porém tradicional.

O estilo Songahm é difundido pela Songahm

Taekwondo Federation (STF), American Taekwondo

Association (ATA) e World Traditional Taekwondo

Union (WTTU), em diversos países do mundo, todos

comandados a partir da Casa Central em Little Rock,

capital do Arkansas, nos Estados Unidos.

GRAUS DE APERFEIÇOAMENTO

A caminhada do praticante de taekwondo é divida

inicialmente em gubs e em seguida em dans. Cada

gub corresponde a uma faixa colorida que são

divididas em 10(dez) gubs em ordem decrescente,

quanto menor o gub maior será o seu

desenvolvimento da humildade. Cada faixa colorida

tem sua simbolização e significado.

Cada dan corresponde a graduação de faixa preta

que são divididas em 10(dez) dans em ordem

crescente, quanto maior o dan maior será seu

desenvolvimento dos conhecimentos e

aprimoramentos da arte. A cor preta simboliza

dignidade dedicação, postura e liderança. OTi, é a

faixa que o praticante de taekwondo amarra na

cintura, por sobre o dobok, a vestimenta

característica dessa arte marcial. A sequência

tradicional é a seguinte: branca (10º gub), branca

ponta amarela (9º gub), amarela (8º gub), amarela

com verde (7º gub), verde (6º gub), verde ponta azul

(5º gub), azul 4º gub), azul ponta vermelha (3º gub),

vermelha (2º gub), vermelha ponta preta (1º gub),

preta (1º dan)

SIGNIFICADO DAS CORES DAS FAIXAS

BRANCA - Significa inocência, para um estudante

iniciante que não possui conhecimento anterior

sobre o taekwon-do.

AMARELA - Significa a Terra da qual uma planta

brota e começa a germinar, enquanto o alicerce do

Taekwon-Do está sendo construído.

VERDE - Significa o crescimento da planta,

enquanto as habilidades do Taekwon-Do estão se

desenvolvendo.

AZUL - Significa o Céu, através do qual a planta

cresce até tornar-se uma árvore frondosa, enquanto

o treinamento de Taekwon-Do progride.

VERMELHA - Significa perigo, advertindo o

estudante para exercitar o controle e alertando o

adversário para ficar longe.

PRETA - Ao contrário da branca, significa

maturidade e habilidade no Taekwon-Do. Também

indica a imunidade à obscuridade e ao medo.

PRATICANDO CAP.6,7,8

1) Conceitue as lutas de acordo com os

parâmetros curriculares nacionais, analise esse

conceito e crie o seu.

2) Explique como o judô chegou no brasil

3) Diga como se classificam as lutas

4) Diga qual a importância da prática de

lutas na escola, justificando a sua resposta.

5) Observando o nascimento do judô, diga

porque ele foi utilizado na policia japonesa.

6) Explique como acontecem as pontuações no

judô

7) Qual o significado da palavra tae kwon do

e como ele chegou no Brasil?

8) Qual o significado das cores azul e

amarela nop TKD?

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EIXO TEMÁTICO: JOGOS

CAP.9 – JOGOS CONCEITOS, ORIGEM E

CLASSIFICAÇÃO

Falar sobre o jogo, enquanto manifestação da

cultura corporal significa traçar o que tal Conteúdo

Estruturante foi desde sua constituição até a

atualidade, para refletir sobre as possibilidades de

recriá-lo por meio de uma intervenção consciente.

Quando se pronuncia a palavra jogo, cada um pode

entendê-la de modo diferente. Além disso, existe

uma associação muito forte do seu conceito com o

termo brincadeira, pelo fato de a palavra jogo se

originar do vocábulo latino “iocus”, que significa

diversão, brincadeira.

Os jogos existem desde a pré-história e

seus registros indicam as mais variadas formas de

jogar, nas diversas partes do mundo. Como forma de

manifestação da cultura de povos na Ásia, na

América précolombiana, na África, na Austrália e

entre os indígenas das ilhas mais longínquas do

Oceano Pacífico, foram encontrados jogos de

expressão utilitária, recreativa e religiosa (RAMOS,

1982, p.56). Alguns jogos passaram por alterações e

muitos deles vieram compor um elenco de

modalidades que mais tarde foram disputadas nos

Jogos Olímpicos da Grécia antiga. Este último

evento tinha, em sua origem, como um dos princípios,

a finalidade de aclamar os deuses do Olímpo.

Jogo é toda e qualquer atividade em que as regras

são feitas ou criadas num ambiente restrito ou até

mesmo de imediato. (...) são atividades estruturadas

ou semi-estruturadas, normalmente praticadas com

fins recreativos e, em alguns casos, como

instrumento educacional.

Podemos dizer também que o jogo é uma atividade

livre que deve ser realizada sem o caráter da

obrigatoriedade. Possibilita a liberdade e a criação,

permitindo o surgimento de outras formas de jogar,

implica um sentido e um significado que, com o

tempo, passam a fazer parte da cultura do grupo,

comunidade, povo ou nação que o inventou.

2. ORIGEM

- A arqueologia registra a presença dos jogos na

humanidade desde 2600 a.C, fazendo este parte da

vida do homem mesmo que de forma intuitiva.

- Pré-história: jogos presentes como forma de lazer

e de representar atividades cotidianas, além de

servir como instrumento para passar herança

cultural e conhecimentos entre as gerações.

- Idade Média: jogos proibidos pela Igreja de serem

praticados na escola.

- Renascimento: com a Pedagogia Moderna, que

estava baseada na participação lúdica e afetiva do

aluno, mostra a importância do jogo no processo de

ensino – aprendizagem.

- Ludwig Wittigenstein: 1º filósofo acadêmico a

criar uma definição pra jogos (1989), como a criação

do termo “Jogos de linguagem”, considerando que o

jogo não pode ser agrupado por uma única definição,

mas por um conjunto de definições que

compartilham características entre si.

- Atualidade: o jogo apresenta várias funções:

instrumento educativo, meio de lazer, meio de

expressar sentimentos e emoções, etc.

3. CARACTERÍSTICAS DO JOGO (CALLOIS):

1) Livre implica ser o jogo uma atividade voluntária,

não imposta;

2) Que todo jogo acontece em espaço e tempo

delimitados pela própria brincadeira;

3) Que o resultado do jogo é sempre imprevisto e

incerto, pois o destaque está no prazer de jogar, na

ludicidade;

4) Que a natureza improdutiva do jogo significa

não estar este vinculado à aquisição de bens, nem à

produção de trabalho;

5) Que seu desenvolvimento se dá pela existência

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de regras (implícitas ou explícitas);

6) Que jogar significa acessar o mundo imaginário,

fictício.

4. CLASSIFICAÇÃO DOS JOGOS

CONCEITO EXEMPLOS

Ação que se desenvolve no ato de jogar.

Aprendizado cultural que se expressa de diversas

formas. A brincadeira é um estado existencial das

pessoas em diversas situações das suas vidas (SÃO

LUÍS, 2004).

Manifesta-se nos jogos, brinquedos em

forma de objetos, cultura popular,

reuniões de amigos, montagem ou

confecção de brinquedos entre outros

(SÃO LUÍS, 2004 ).

A função desse tipo de atividade lúdica "consiste em

satisfazer o eu por meio de uma transformação do

real em função dos desejos", ou seja, tem como

função assimilar a realidade. A criança tende a

reproduzir nesses jogos as relações predominantes

no seu meio ambiente e assimilar dessa maneira a

realidade e uma maneira de se auto-expressar (

PIAGET APUD RIZ 1997 ).

Brincadeiras ou jogos de faz- de-

conta, de papeis ou de representações

(SÃO LUÍS, 2004).

[...] contêm alguns fundamentos de modalidades

esportivas em que as regras são alteradas e/ou

criadas de outra forma (MATO GROSSO, 1998, p.

22).

Basquetão, futebol de cadeira, futebol

em duplas, tênisbol, câmbio, 10 passes,

volençol, etc.

São aqueles conhecidos também como jogos de rua

ou jogos tradicionais, que não exigem recursos

materiais mais sofisticados, pois sua gênese está na

cultura popular.

Queimado, amarelinha, rouba bandeira,

boca- de - forno, mãe da rua, chuta

lata, manchete, tacobol, etc.

São aqueles em que o jogador depreende menos

energia por parte da movimentação corporal,

realizado em ambientes mais fechados (salas),

usando-se tabuleiros e pequenas peças para

representação dos jogadores, em que suas regras

são pré-determinadas. Na atualidade muitos desses

jogos são pré-fabricados /industrializados (SOUZA

JR.; TAVARES, 2007).

Dama, xadrez, ludo dominó, pega-

vareta, palavras cruzadas, baralho,

desapareceu alguém, transformação de

palavras, etc.

Jogos

Cooperativos

Os jogos cooperativos são jogos de compartilhar,

unir pessoas, despertar a coragem para assumir

riscos, tendo pouca preocupação com o fracasso e o

sucesso em si mesmos. Eles reforçam a confiança

pessoal e interpessoal, uma vez que, ganhar e perder

são apenas referências para o contínuo

aperfeiçoamento de todos. Dessa forma os jogos

cooperativos resultam no envolvimento total, em

sentimentos de aceitação e vontade de continuar

jogando.

Amigos de jó, estamos todos no mesmo

saco, cesta de frutas, dominó

cooperativo, etc

5. JOGO COMPETITIVO X JOGO

COOPERATIVO

A competitividade se desenvolve ao longo da vida, de

acordo com as experiências e a forma como somos

estimulados a competir? Como era a competição

antes do modo de produção capitalista? Até que

ponto a competição que se estabeleceu na sociedade

capitalista – em que a disputa pelas melhores

posições sociais, econômicas e culturais – pode nos

tornar individualistas, sem a preocupação com

interesses coletivos? Será que a escola tornou-se

um ambiente que também promove a competição

egoísta, valorizando apenas aqueles que se

sobressaem?

Uma forma de oportunizar a participação

coletiva nas aulas, sem que a competição torne-se o

principal objetivo, pode se dar através dos jogos

cooperativos. Assim como outras formas de jogo, os

jogos cooperativos também apresentam registros

em vários continentes.

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6. JOGO NA ESCOLA

Quando falamos dos jogos na escola,

buscamos trabalhá-lo na perspectiva da cultura

corporal, onde são apresentadas a espontaneidade,

flexibilidade, descompromisso, criatividade e

expressividade representadas de diversas formas

próprias de cada cultura.

PRATICANDO CAP.9

1) Relembre a sua infância e diga qual a

brincadeira que você mais gostava e como

podemos classificá-la.

2) Conceitue jogos esportivizados e jogos de

são e cite dois exemplos de cada um.

3) Faça uma entrevista com seus pais e com

seus avós perguntando quais as brincadeiras que

eles mais gostavam e peça para que eles

descrevam a você.

EIXO TEMÁTICO: DANÇA

CAP.10 – DANÇA

CONCEITO, HISTÓRICO

E CLASSIFICAÇÃO

A dança é uma das três

principais artes cênicas da

Antiguidade, ao lado do

teatro e da música.

Caracteriza-se pelo uso do

corpo seguindo movimentos

previamente estabelecidos

(coreografia) ou

improvisados (dança livre).

Na maior parte dos casos, a

dança, com passos

cadenciados é acompanhada

ao som e compasso de

música e envolve a

expressão de sentimentos potenciados por ela, mas,

não é somente através do som de uma música que se

pode dançar, pois os movimentos podem acontecer

independentes do som que se ouve, e até mesmo sem

ele. Podemos dizer então que a dança é a arte de

mexer o corpo, através de uma cadência de

movimentos e ritmos, criando uma harmonia própria.

A história da dança retrata que seu

surgimento se deu ainda na pré-história, quando os

homens batiam os pés no chão. Aos poucos, foram

dando mais intensidade aos sons, descobrindo que

podiam fazer outros ritmos, conjugando os passos

com as mãos, através das palmas.

O surgimento das danças em grupo aconteceu

através dos rituais religiosos, onde as pessoas

faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o sol e

a chuva. Os primeiros registros dessas danças

mostram que as mesmas surgiram no Egito, há dois

mil anos antes de Cristo.

Mais tarde, já perdendo o costume religioso, as

danças apareceram na Grécia, em virtude das

JOGO COMPETITIVO JOGO COOPERATIVO

Divertido para todos

se perdedores Todos sentem-se ganhadores

Alguns são excluídos por falta de habilidade Todos envolvem-se de acordo com as habilidades

Estimula a desconfiança e o egoísmo Estimula o compartilhar e confiar

Cria barreiras entre as pessoas Cria pontes entre as pessoas

Os perdedores saem e observam Os jogadores ficam juntos e desenvolvem suas

capacidades

Estimula o individualismo e o desejo que o outro Ensina a ter senso de unidade e solidariedade

Reforçam sentimentos de depreciação, rejeição,

incapacidade, inferioridade, etc.

Desenvolvem e reforçam os conceitos de nível AUTO

(auto-estima, auto-aceitação, etc.)

Fortalece o desejo de desistir frente às Fortalece a perseverar frente às dificuldades

Poucos são bem sucedidos Todos encontram um caminho para crescer e se

desenvolver

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comemorações aos jogos olímpicos. O Japão

preservou o caráter religioso das danças, onde as

mesmas são feitas até hoje, nas cerimônias dos

tempos

primitiv

os. Em

Roma,

as

danças

se

voltara

m para

as

formas

sensuais

, em

homenagem ao deus Baco (deus do vinho), onde se

dançava em festas e bacanais.

Nas cortes do período renascentista, as danças

voltaram a ter caráter teatral, que estava se

perdendo no tempo, pois ninguém a praticava com

esse propósito. Praticamente daí foi que surgiram o

sapateado e o balé, apresentados como espetáculos

teatrais, onde passos, música, vestuário, iluminação

e cenário compõem sua estrutura. No século XVI

surgiram os primeiros registros das danças, onde

cada localidade apresentava características

próprias.

No século XIX surgiram as danças feitas em pares,

como a valsa, a polca, o tango, dentre outras. Estas,

a princípio, não foram aceitas pelos mais

conservadores, até que no século XX surgiu o rock’n

roll, que revolucionou o estilo musical e,

conseqüentemente, os ritmos das danças.

Assim como a mistura dos povos foram acontecendo,

os aspectos culturais foram se difundindo. O

maracatu, o samba e a rumba são prova disso, pois

através das danças vindas dos negros, dos índios e

dos europeus esses ritmos se originaram. Hoje em

dia as danças voltaram-se muito para o lado da

sensualidade, sendo mais divulgadas e aceitas por

todo o mundo. Nos países do oriente médio a dança

do ventre é muito difundida e no Brasil, o funk e o

samba. Além desses, o Strip-tease tem tido grande

repercussão, principalmente se unido à dança

inglesa, pole dance, mais conhecida como a dança do

cano.

CLASSIFICAÇÃO

QUANTO

AO MODO DE

DANÇAR

Dança solo (ex.: coreografia de solista no balé, sapateado);

Dança em dupla (ex.: tango, salsa, valsa, forró etc);

Dança em grupo (ex.: danças de roda, sapateado).

QUANTO

A ORIGEM

Dança folclórica (ex.: catira, carimbó, reisado etc);

Dança histórica (ex.: sarabanda, bourré, gavota etc);

Dança cerimonial (ex.: danças rituais indianas);

Dança étnica (ex.: danças tradicionais de países ou regiões).

QUANTO

A FINALIDADE

dança erótica (ex.: can can, striptease, pole dancing);

dança cênica ou performática (ex.: balé, dança do ventre, sapateado);

dança social (ex.: dança de salão, axé)

dança religiosa/dança profética

(ex.: dança sufi).

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DANÇA NA ESCOLA

A Dança na escola, associada à Educação Física,

deverá ter um papel fundamental enquanto atividade

pedagógica e despertar no alunado uma relação

concreta sujeito-mundo. Deverá propiciar atividades

geradoras de ação e compreensão, favorecendo a

estimulação para ação e decisão no desenrolar das

mesmas, e também reflexão sobre os resultados de

suas ações, para assim, poder modificá-las defronte

a algumas dificuldades que possam aparecer e

através dessas mesmas atividades, reforçar a auto-

estima, a auto-imagem, a auto-confiança e o auto-

conceito. Não devemos nos preocupar com a

quantidade de atividades que iremos oferecer para

os alunos, mas sim, qualidade, adequação e

principalmente uma participação espontânea, que

acima de tudo proporcione prazer, para não cairmos

num processo instrucional mecanicista.

Através das atividades de Dança, pretendemos que

o aluno evolua quanto ao domínio de seu corpo,

desenvolvendo e aprimorando suas possibilidades de

movimentação, descobrindo novos espaços, novas

formas, superação de suas limitações e condições

para enfrentar novos desafios quanto aos aspectos

motores, sociais, afetivos e cognitivos. Abaixo

seguem quadros sobre benefícios que adquirimos

com a dança.

a) Domínios do Comportamento Humano.

Desenvolvimento

Cognitivo

Desenvolvimento

Motor

Desenvolvimento

sócio-afetivo

Desenvolvimento

das capacidades

Perceptivas

Motoras e

Conceitos

Desenvolvimento

das capacidades

Perceptivas

Motoras e

Conceitos

Formação de um

auto-conceito e

sociabilização.

Acadêmicos. Acadêmicos.

b) Variação no tempo-espaço, objeto e eixos do

movimento.

Tempo Espaço Objeto Noções de

Movimento

lento

moderado

acelerando

acelerado

desacelerando

direção:

frente,

atraz,lado,

subindo e

descendo.

níveis:

alto,

médio e

baixo.

planos:

sagital,

frontal e

horizontal.

extensões:

pequena e

grande.

corda

jornal

bola

arco

lençol

instrumentos

musicais

sucatas,

e outros.

Vivenciar

movi-mentos

das

articulações

da cabeça,

cintura

escapular,

cintura

pélvica,

cotovelo e

outras.

c) Habilidades e Capacidades físico-motoras.

Velocidade Promover atividade que permita uma

sucessão rápida de gestos.

Força

Atividades que possibilite o músculo

vencer uma resistência ou produzir

uma tensão.

Equilíbrio Atividades que promovam equilíbrio

dinâmico, estático e recuperado.

Agilidade Atividades que exijam num menor

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tempo possível, o aluno conseguir

mudar o corpo de posição.

Resistência

Atividades aeróbicas, que promovam

melhora da capacidade cardio-

vascular, respiratória e aumento da

capacidade das fibras musculares.

Coordenação

Promover movimentos com várias

ações musculares numa seqüência de

movimento.

Ritmo Atividades com variação de ritmo (do

lento ao rápido).

Flexibilidade

Atividades que evidencie amplitude

dos movimentos das diferentes

partes do corpo.

CAP.11 - DANÇAS DO MARANHÃO

01. BUMBA-MEU-BOI:

No Maranhão, o Bumba-meu-boi representa o ponto

alto das chamadas festas juninas, que giram em

torno das figuras de São João, São Pedro, Santo

Antônio e São Marçal, envolvendo intensamente a

cidade de São Luís e o interior do Estado.

Tradicionalmente, o Bumba-meu-boi maranhense é

realizado na intenção de São João, a partir da

crença de que agrada a esse santo e organizar um

Boi ou brincar num que já esteja organizado. Dentro

desse contexto, identifica-se, na “brincadeira”, uma

forte marca religiosa, em que o boi funciona como

elemento de ligação entre o santo e os devotos,

inclusive para pagamento de “promessas”.

O Bumba-meu-boi é considerado uma dança

dramática, tendo como ponto central um “auto”, no

qual se encenava uma comédia, um drama, através de

falas-diálogos, e de cantigas-toadas. Essa

representação, assumida por um conjunto de

personagens, constituía-se na antiga “matança” do

boi, cujo cenário era uma fazenda, onde se

desenrolava uma trama em torno da vida, peripécias,

morte e ressurgimento de um boi. Atualmente, essa

forma tradicional de apresentação do bumba é

raramente feita na sua integridade, dando-se a sua

substituição por uma simplificada “meia-lua”, onde

predominam as “toadas” e a “tropeada”, no caso, o

batuque dos instrumentos.

Nessa perspectiva, na forma de apresentação ora

utilizada, o destaque é dado a uma seqüência de

toadas, que têm um repertório anual, marcado por

certa ordem crescente, iniciando-se com a toada do

“guarnecer” (a preparação do grupo para entrar em

ação) e prosseguindo com “o lá vai” (o aviso de que a

“brincadeira” está a caminho). Vem depois a

“chegada” (o anúncio da presença do novilho no

terreiro), ganha pique com as “toadas de cordão”

(cantigas de temas livres, em torno de assuntos

variados), pode passar pela encenação de um

arremedo do “auto”, dá ênfase à toada do “urrou” (o

grito de renovação da vida do boi) e termina com a

“despedida” (uma retirada melancólica e romântica).

O Bumba-meu-boi maranhense apresenta uma

dinâmica de funcionamento específica, - o chamado

Ciclo da Festa - com determinadas etapas: os

ensaios (que começam no Sábado de Aleluia e hoje

vão até o Sábado mais próximo do dia de Santo

Antonio – 13 de junho); o batismo (que ocorre na

véspera do aniversário de São João – 23 de junho);

as apresentações públicas (realizadas no período de

24 a 30 de junho, dia de São Marçal, com “pique” no

dia de São Pedro – 29 de junho) e a morte do boi

(que acontece nos finais de semana dos meses de

julho a setembro). Não se pode deixar de falar,

atualmente, nas apresentações extra-época, que são

feitas por certos grupos fora do tempo peculiar à

“boiada”, ou seja, em qualquer época do ano, para

atender, sobretudo, as exigências do turismo.

Os Bois maranhenses estão divididos em “sotaques”,

que representam os estilos, as formas, a maneira de

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ser predominante nos grupos. Os “sotaques” provêm

de diversas regiões do Estado, ocorrendo entre eles

variações quanto ao ritmo, ao bailado, aos

instrumentos, ao guarda-roupa, às toadas, ao

“auto”... Embora ocorram diferenças de opiniões

entre os entendidos a respeito da classificação dos

“sotaques”, quatro deles podem ser apontados como

principais: matraca, zabumba, orquestra e da

Baixada. O “sotaque de matraca” é peculiar aos “bois

da ilha” de São Luís, caracterizando-se pelas

matracas, (duas tabuinhas de madeira que, batidas

uma contra a outra, causam um som estridente), ao

lado dos pandeirões e dos tambores-onças.

O “sotaque de zabumba” tem características mais

africanas, ressaltando-se a presença dos tantãs

(tambores enormes, de percussão rústica),

apresentando um ritmo mais socado.

O “sotaque de orquestra” é marcado por um

conjunto de instrumentos sonoros: clarinetes,

banjos, saxofones, pistons, entre outros, tendo um

ritmo mais alegre e suave.

O “sotaque de Pindaré” advém da região da Baixada

Maranhense e nele se destacam o guarda-roupa rico

e exuberante, com grandes chapéus de penas,

bordados e fitas, além de matracas e pandeiros

menores que os usados nos “bois da ilha”, daí o seu

ritmo mais lento.

02. TAMBOR DE CRIOULA

O Tambor de Crioula originou-se na costa do

Maranhão, trazido pelos primeiros escravos que ali

chegaram para o trabalho e, posteriormente,

formaram o primeiro quilombo da região, o Quilombo

de Frechal. Constitui-se numa dança popular

maranhense, marcada por uma grande influência

negra, cujos traços estão presentes nos seus vários

elementos, ou seja, no ritmo, na música, nos cantos,

na coreografia, nos instrumentos e no guarda-roupa.

Inicialmente, o tambor era utilizado para

comunicação, para o treinamento da capoeira e, com

o tempo, foi adotado para as festas e brincadeiras

daqueles que ali residiam.

Nessa dança, transparece um sentimento religioso

aliado a um caráter profano. A religiosidade

concentra-se em torno da figura de Benedito, São

Benedito, o Santo Preto, escravo cozinheiro que

trabalhava na casa grande e que costumava roubar

comida da cozinha, para alimentar e ajudar os

negros que estavam sendo castigados nos troncos e

nas festas de tambor (de prática de capoeira), que

aconteciam nas senzalas. Por seus feitos corajosos,

driblando feitores e senhores de escravos, depois

de sua morte foi transformado em santo e em

padroeiro do Tambor de Crioula.

Tradicionalmente, se dança o tambor, podendo essa

homenagem ser estendida a outros santos, inclusive

como forma de pagamento de promessa. O lado

profano aparece na característica que tem o tambor

de ser uma diversão para os seus brincantes, por

ocasião de uma festa de aniversário, matança de

bumba-meu-boi, nascimento de uma criança, chegada

ou despedida de parente ou amigo, comemoração

pela vitória de um time de futebol, ou num final de

semana de lua cheia, sendo a dança um motivo de

diversão, uma forma de extravasamento das

preocupações com a dura luta pela sobrevivência,

enfrentada pelas camadas populares.

Sim, porque o Tambor de Crioula é comumente

dançado por pessoas inseridas nas camadas

populares, tanto da cidade de São Luís, como de

diversos municípios do interior do estado do

Maranhão. Os participantes organizam-se em grupos

de pessoas predominantemente negras de ambos os

sexos, embora haja o exercício de funções

diferentes por parte de mulheres e homens no

decorrer da dança.

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O Tambor de Crioula é dançado, geralmente, ao ar

livre, na porta de uma casa, numa rua, num pátio,

numa praça, ou em qualquer outro lugar que permita

a livre movimentação do grupo, dando vazão a uma

coreografia solta e variada.

Para dançar o tambor, forma-se uma roda, um

círculo, ficando de uma lado as mulheres, que são as

dançantes, uma junto da outra, e, de outro lado, os

homens, que são tocadores e cantadores. As

mulheres, chamadas de “coreiras”, vão se revezando

para dançar, uma de cada vez, diante dos tambores,

fazendo, inicialmente, uma reverência a estes para

depois desenvolverem, de maneira graciosa e

faceira, uma dança que mexe com todo o seu corpo.

O revezamento se dá através da “punga”, uma batida

rápida de barriga da mulher que está dançando no

meio da roda em outra companheira, como um

convite para que esta a substitua.

Enquanto isso, os homens, chamados de “coureiros”,

ficam cantando as toadas, tocando os tambores e

também dançando, com um movimento mais pesado,

parecido com a capoeira. Pelo lado de fora da roda

fica a “assistência”, formada pelos parentes, amigos,

acompanhantes e o público em geral, que é

conclamado a participar, cantando o refrão das

toadas e movimentando o corpo com os passos da

dança.

Quanto aos instrumentos, utilizam-se três tambores

feitos de madeira ou, mais modernamente, de

grossos canos, cobertos de couro. Esses tambores

têm tamanhos diferentes: o tambor grande é

chamado de roncador ou rufador, o médio de meião,

socador ou chamador e o pequeno de perengue,

merengue ou crivador.

Os tambores são tocados com as mãos, sendo que

cada tocador coloca o tambor entre as pernas e nele

vai batendo num ritmo quente e envolvente. No caso

do tambor grande, verifica-se, ainda, que um outro

tocador bate, na parte posterior, com paus de

madeira, - “as matracas”. Para melhor afinação,

durante a dança, os tambores são esquentados no

fogo. As “coreiras” usam saias coloridas,

estampadas, blusas com bordados e rendas, colares

e pulseiras em cores variadas, e os “coureiros”

vestem camisas também coloridas, que podem ter

estampas semelhantes às das mulheres, e chapéus

de palha. Em São Luís, atualmente, o Tambor de

Crioula é dançado em qualquer época do ano, embora

sua maior incidência seja no carnaval e no período

das festas juninas.

03. DANÇA DO CACURIÁ

São várias as denominações da Dança do Cacuriá:

Bambaê de Caixa, Carimbó de Caixa e Baile de Caixa

(Penalva). Originalmente, a dança faz parte da Festa

do Divino Espírito Santo e acontece por ocasião da

derrubada do mastro, sendo praticada por um grupo

de homens e mulheres. Algumas destas são as

responsáveis pelo toque das caixas que são os únicos

instrumentos musicais que acompanham a dança - e,

por isso, são chamadas de “caixeiras”. Ao tocar,

entoam versos espontâneos ou já conhecidos, cada

qual com sua característica própria. Os demais

dançantes se dividem em casais para a execução da

coreografia, que depende das músicas cantadas,

sendo estas profanas na sua totalidade. A dança

pode ser realizada ao redor do mastro do Divino, em

local fechado ou no próprio salão da festa do Divino.

Atualmente, a Dança do Cacuriá acontece fora do

ciclo do Divino, constituindo isto uma inovação.

O Cacuriá foi criado há aproximadamente 32 anos

no interior da capital e levada para a cidade de São

Luís, por Dona Florinda e o Senhor Lauriano, mais

conhecidos como: Filoca e Lauro. O Cacuriá foi

criado a partir do carimbó de caixa (instrumento de

batuque), que era tocado com a caixa da Festa do

Divino Espírito Santo.

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A representante mais conhecida do cacuriá é Dona

Teté uma percussionista maranhense muitas vezes

creditada como uma das criadoras do ritmo e

considerada responsável pela introdução dos novos

instrumentos.

04. DANÇA DO LELÊ

Com a denominação de Dança do Péla (de péla

porco), essa manifestação folclórica é encontrada

na cidade de Rosário, em povoados desse município e

de outros que lhe são próximos. Seus brincantes

são, geralmente, lavradores de ambos os sexos,

pessoas maduras ou idosas, de onde vem a

designação de “dança de velhos”. De origem

européia, essa dança de salão assemelha-se à

quadrilha e apresenta coreografia e cantos bastante

variados. É acompanhado por um conjunto musical,

que tem o violão, o cavaquinho e o pandeiro são

instrumentos básicos, embora outros dele façam

parte: a rebeca, o pífano e as castanholas. A Dança

do Lelê se divide em quatro partes:

O Chorado: é a parte que inicia a festa e em que os

brincantes escolhem seus pares, formando os

cordões. É uma espécie de convite à dança, expresso

em estrofes cantadas de seis versos, que saúdam a

platéia, apresentam os cantadores e os tocadores,

louvam os santos, criticam os presentes, etc.

A Dança Grande: É a parte mais longa da festa na

qual os brincantes, já muito animados, apresentam

uma coreografia diversificada, cujos passos

recebem nomes especiais. Cantam-se estrofes de

quatro versos envolvendo temas satíricos e diálogos

entre os cantadores.

A Talavera: dançada na madrugada, com os

brincantes sempre de braços dados. Os cantos,

feitos em estrofes de quatro versos, falam dos

motivos de estar na festa, sendo as abordagens

geralmente românticas.

O Cajueiro: dançado ao alvorecer, quando os

brincantes cantam estrofes de quatro versos,

saudando os músicos, o dono da casa e os

espectadores. No final do Cajueiro, a coreografia é

muito variada, sendo conhecida como “juntar

castanha e entregar o caju”. Embora possa

acontecer em qualquer época do ano, a Dança do

Lelê costuma ser apresentada por ocasião das

festas católicas (São Benedito, Nossa Senhora do

Rosário, Nossa Senhora da Conceição, Divino

Espírito Santo, etc) e até na época do carnaval.

Apesar do seu vigor, no seio da população rural dos

municípios citados, essa manifestação folclórica

pode desaparecer no futuro.

05. DANÇA-DO-CÔCO

Conhecida como Dança-do-coco-babaçu, Dança-do-

côco-ariri, Dança-do-côco ou simplesmente Coco, é

um folguedo tradicional, ligado ao trabalho escravo.

Dele se tem notícias a partir de 1828, em Alagoas,

com o nome de Coco Praiano. É dançado por grupos

de pessoas, geralmente da periferia da cidade ou da

zona rural, constituídos por homens, mulheres e

crianças, grupos esses que podem ter até mais de

100 participantes.

A origem africana do Coco é evidenciada nas

umbigadas, nas batidas de palmas, de pés, nos

meneios do corpo, enquanto a influência portuguesa

ou indígena se manifesta no seu movimento de roda.

A dança é praticada no mês de junho, durante os

festejos juninos, e no período natalino, em algumas

regiões. Tendo sido, por algum tempo, uma dança de

salão, passou, com o correr dos anos, a ser

representada unicamente a céu aberto, ou seja, em

praças ou ruas, enfeitadas com ariris e

bandeirinhas. A coreografia do Coco caracteriza-se

pela pequena movimentação, organizando-se os

dançantes em círculo, onde se alternam homens e

mulheres. No meio do círculo fica o marcador ou

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mandador do Coco, que comanda as músicas, faz as

marcações e tira os improvisos, sendo o líder do

grupo desde os ensaios até a última apresentação.

Há ainda os coordenadores, encarregados de manter

a ordem no cordão, observar quem está cantando ou

dançando bem e orientar os mais novos no grupo. Há

um momento especial na brincadeira: o da comédia

ou enredo, variável conforme o Coco, embora seja

sempre o mesmo no Coco babaçu. Nesse momento, o

grupo que representa a comédia ocupa o centro do

círculo, ficando os demais brincantes acocorados

até o final da dramatização, após o que voltam a

cantar e dançar. A toada é sempre a mesma,

enquanto os versos, improvisados pelos cantadores,

retratam as coisas e os fatos do dia-a-dia,

apresentando um conteúdo satírico. Se a

brincadeira é feita como pagamento de uma

promessa, podem revelar um conteúdo religioso.

Os instrumentos utilizados na Dança-do-Coco são os

seguintes: saxofone, pistom, trombone, banjo,

pandeiro, triângulo de ferro, maracá-de-lata e

tambor-surdo, que formam uma pequena orquestra.

Os homens usam calças e sapatos do cotidiano,

camisas iguais, listradas ou estampadas e um facão

na cintura. As mulheres usam vestidos da mesma

fazenda estampada, com babados e rendas.

Enfeitam-se com brincos, colares, chapéus e rosas

nos cabelos e calçam tamancos. Na cintura amarram

um pequeno cofo com amêndoas e levam na mão a

imitação de um machado. A coreografia das

mulheres imita os gestos do trabalho cotidiano. O

facão, carregado pelos homens, simboliza o papel do

desbravador de caminhos; o cofo com amêndoas

traduz as relações de produção entre o proprietário

e os coletores de coco.

Quando o grupo é liderado por pessoa ligada à

Umbanda ou ao Candomblé, a forma de dançar e o

conteúdo dos cantos sofrem influências dessas

religiões. O calendário das apresentações do Coco é

rigorosamente cumprido, havendo a crença de que,

se ele for desrespeitado, advirão castigos para os

brincantes.

06. DANÇA DO CAROÇO

Praticada na cidade de Tutóia, vizinha do Estado do

Piauí, a Dança do Caroço é, segundo alguns

depoimentos, de origem africana, segundo outros,

de origem indígena. Trata-se de uma dança livre,

pouco ou nada ritualizada, cujos participantes, de

ambos os sexos e de qualquer idade, apresentam

uma coreografia bastante variada. E que depende

dos cantos, cuja letra leva os brincantes às

respostas, expressas na dança e nas toadas que

improvisam. Essas toadas são feitas em versos e

envolvem fatos e coisas do cotidiano de Tutóia

Velha, isto é, a relação dos seus habitantes com a

natureza: o mar, os rios, a vegetação, os animais, a

pesca etc. Uma das brincantes, a que melhor dança e

canta, faz a puxada da brincadeira. É a Rainha do

Caroço, que exerce uma certa liderança no grupo, no

qual há um “representante do prefeito”, que leva a

este os pedidos do pessoal e avisa os participantes,

sempre que essa autoridade marca uma dança.

Nesta podem tomar parte até os assistentes, mas

são sempre os melhores cantores do grupo que

puxam a música, respondendo os demais elementos

com as estrofes. Os instrumentos utilizados são:

quatro caixas (tambores) e uma curica (cabaça

envolta por um trançado de sementes).

Quanto ao traje dos brincantes, vê-se que já foi

modernizado: as mulheres usam vestidos de corpo

baixo em cor branca, mangas em folhos de fazenda

estampada, a mesma da saia, que é curta e tem três

folhos; os homens vestem calça branca, de boca

estreita, um pouco arregaçada e camisa do mesmo

tecido estampado da saia das mulheres.

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Os caixeiros (homens e mulheres) calçam sandálias

japonesas e os brincantes (homens e mulheres)

dançam descalços. Fazendo parte da vida dos

brincantes de Tutóia, o Caroço é, no seu próprio

dizer, uma “brincadeira”, que pode acontecer quando

“dá vontade”, por ocasião de aniversários ou festas

religiosas.

Apesar de sua espontaneidade, essa dança vem

sofrendo, como é natural, algumas mudanças ao

longo do tempo. Basta dizer que ela é,

constantemente, apresentada para turistas, em

concursos ou através de contratos com particulares.

07. DANÇA DE SÃO GONÇALO

A dança de São Gonçalo, baile de São Gonçalo, ou

simplesmente São Gonçalo é realizada em quase

todo o Estado do Maranhão, assumindo

características diversas em cada região ou mesmo

em cada município. Dela participam lavradores,

pescadores, operários, donas de casa, estudantes.

Os instrumentos utilizados são o violino, a viola ou o

violão.

A dança se realiza em espaço fechado, previamente

decorado para tal finalidade, dentro de casa ou em

tendas reservadas a festas religiosas. Na frente do

salão é colocado um altar com as imagens de São

Gonçalo, São Benedito e de outros santos, ao lado do

qual permanece o dono da festa, sentado numa

cadeira, durante toda a apresentação.

A dança é distribuída em dois cordões de igual

número: um formado por homens e outro por

mulheres, colocados um ao lado do outro, ficando um

espaço no meio para a movimentação, que ocorre

com um passo para a direita e outro para a

esquerda. Cada casal desenvolve uma série de passos

trocados e vai se deslocando até o altar, onde

presta a sua reverência ao santo, volta para o

cordão, sempre em movimento, cantando músicas

religiosas próprias da dança e recitando versos,

acompanhados pelos instrumentos musicais.

Ao final, todos se colocam diante o altar, oferecem

flores ao santo e, com a platéia, rezam uma ladainha

oferecida a São Gonçalo.

08. DANÇA DO PAGODE

Encontrada na cidade de Buriti-Bravo, a Dança do

Pagode é, segundo fontes orais, uma brincadeira

espontânea, praticada por pessoas humildes, que,

sem constituírem um grupo organizado, podem

reunir-se, em qualquer noite, para o folguedo. Este

pode acontecer também em datas festivas, na praça

da cidade ou noites de lua, frente à casa de quem o

promove. Basta o convite se espalhar pelas ruas para

os brincantes aparecerem. São homens e mulheres

de qualquer idade, sem predominância de cor,

trajados normalmente, como para uma festa.

Dança essencialmente profana, o pagode lembra as

festas de salão européias, sobretudo a quadrilha,

sendo-lhe concorrente em criatividade e beleza

coreográfica. Os brincantes se dividem em duas

colunas de igual número: uma de homens e outra de

mulheres, que ficam de frente uns para os outros.

Na ponta das duas colunas fica o líder, mandador ou

comandante (homem ou mulher) que, Ao sinal da

marcação, feita por meio de palmas, as pessoas

cantam e dançam, viram para um lado e para o outro,

gingam e batem com os pés calçados com tamancos.

Utilizando um par de castanholas, dirige a dança

com gestos e cantos. Ao lado e próximo dos

dançantes, ficam sentados dois instrumentistas: um

violeiro (cantor-improvisador) e um percussionista,

que desempenha o seu papel com uma simples lata

(tipo a do leite ninho), contendo alguns grãos de

feijão.

A coreografia, difícil e variada, tem como principal

característica o sapateado, que se mantém durante

todo o tempo de duração da música, com os pares

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trocando de lugar em sua própria coluna e com a

coluna de frente. Essa troca de posição entre as

duas colunas se processa, igualmente, durante o

tempo de duração da música, garantindo a intensa

dinâmica coreográfica do Pagode.

09. A DANÇA DA MANGABA

A Mangaba, dança de origem africana, veio para o

Maranhão, principalmente para o Vale do Mearim,

através da gente do Piauí. Antigamente, a Mangaba

era denominada Baião, o que a faz ser conhecida até

hoje, em algumas regiões, por este nome.

Seus brincantes são de ambos os sexos e de idade

variada, embora haja predominância de jovens. As

pessoas que praticam a Dança da Mangaba, não

constituem um grupo organizado; são as que a

conhecem e sabem dançá-la, incluindo aí os cantores

e os músicos. O acompanhamento dessa dança é,

principalmente, de percussão. Em algumas regiões,

onde ela se manifesta, são utilizados caixões de

madeira. Em outras regiões, há também o uso de

tambores e taróis. Originalmente, faziam parte

dessa instrumentação a rabeca e a viola, que

desapareceram em virtude da dificuldade de se

encontrar quem as toque.

A Dança da Mangaba tem um ritmo contagiante. Sua

coreografia apresenta evoluções, formando, no

entanto, um núcleo comum. Todos os passos são

feitos em redor de uma formação, tomada ao iniciar

a brincadeira (a forma do número oito). Mesmo com

toda a movimentação da dança, há a exigência de

manter a forma do número oito no decorrer do

espetáculo. A Mangaba se constitui, principalmente,

num divertimento, num lazer, sendo dançada, com

mais freqüência, na época junina.

A presença desse folguedo na realidade cultural

maranhense demonstra que ele tem conseguido se

manter vivo através do tempo, podendo, no entanto,

como ocorreu com outras manifestações,

desaparecer no futuro, de onde vem a preocupação

com o seu registro.

10. A MARUJADA

A Dança do Marujo ou Marujada, também conhecida

como Chegança do Marujo, Barca Fandango, os

Fandangos, Nau Clarineta ou apenas Chegança, é de

origem portuguesa que se espalhou por todo o Brasil.

Chegou ao Maranhão pelo Piauí e fixou-se em Caxias.

Os brincantes são do sexo masculino, de idade que

varia de 13 a 50 anos e, geralmente, são

açougueiros, magarefes e feirantes. A Dança do

Marujo apresenta uma coreografia simples, formada

por dois cordões de participantes, que pouco falam

ou cantam, mas respondem em forma de coro e

dançam imitando as ondas do mar. Arrumam-se em

forma de barco, ficando, em uma extremidade, o rei

Mouro e seus embaixadores (muçulmanos) e, na

outra, o chefe de divisão e seus tripulantes

(cristãos). O grupo sai cantando do local de ensaio

para o de apresentação, entoando uma música

denominada cantiga de rua. Dependendo do local de

apresentação, os brincantes fazem saudações ao

dono da casa ou a algum santo, de preferência São

Benedito, e à platéia. A dança é companhada apenas

por maracás de latas. A Dança do Marujo, em

Caxias, é composta de sete partes independentes

entre sí, que são apresentadas com diálogos

cantados ou falados. Essas partes são: Mora (Rei

Mouro), Piloto, Chiquito, Capitão-General, Rizinga,

Mestre-Patrão e Bandereiro. A dança inicia-se pela

saída da nau portuguesa do porto (Mora ou Rei

Mouro). Nessa parte há o confronto entre o chefe

de divisão e os embaixadores, na tentativa destes

serem convertidos ao cristianismo. Finaliza com o

batizado dos embaixadores.

A partir da parte do Piloto, a dança gira em torno do

navio que fica à deriva, danificado. O piloto

embriaga-se. Surge uma série de brigas a

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desentendimentos, em que estão envolvidos: o

piloto, o mestre-patrão, o calafatinho, o contra-

mestre, o chefe de divisão, o guarda-marinha e o

doutor. O doutor consegue salvar a vida do contra-

mestre, que foi esfaqueado pelo piloto, e este, já

sóbrio, pede desculpas e é perdoado.

Na parte do Chiquito, este, como personagem

central, se apresenta com uma luneta na mão à

procura de terra; os demais marujos vivem um

período de desolação. Na fase final ou Bandeireiro,

a dança apresenta a parte mais curta e o espetáculo

fica por conta da coreografia. Ao encerrar a dança,

os participantes cantam uma melodia de despedida.

A dança do Marujo faz parte das festas natalinas,

podendo prolongar-se até 15 de janeiro. De acordo

com informações de Enóquio Sousa, esse folguedo

encontra-se, hoje, totalmente desativado e,

portanto, em fase de completa extinção.

PRATICANDO CAP.11

1) Conceitue a dança e explique como ela

surgiu na história

2) Diga como podemos classificar as danças

3) Explique resumidamente a história do

bumba-meu-boi no maranhão e cite dois de seus

sotaques.

4) Sobre o cacuriá, diga como ele surgiu no

maranhão e que são seus criadores.

5) Cite o nome dos 3 tambores utilizados na

roda de tambor de crioula,

6) Quem foi são Benedito no tambor de

crioula.

EIXO TEMÁTICO: GINÁSTICA

CAP.12 – GINÁSTICA CONCEITO, HISTÓRIA E

CLASSIFICAÇÃO

A história da Ginástica confunde-se com a história

do homem. A Ginástica entendida por Ramos (1982:

15) como a prática do exercício físico “vem da Pré-

história, afirma-se na Antigüidade, estaciona na

Idade Média, fundamenta-se na Idade Moderna e

sistematiza-se nos primórdios da Idade

Contemporânea”. No homem pré-histórico a

atividade física tinha papel relevante para sua

sobrevivência, expressa principalmente na

necessidade vital de atacar e defender-se. O

exercício físico de caráter utilitário e

sistematizado de forma rudimentar era transmitido

através das gerações e fazia parte dos jogos,

rituais e festividades.

Na Antigüidade, principalmente no Oriente, os

exercícios físicos aparecem nas várias formas de

luta, na natação, no remo, no hipismo, na arte de

atirar com o arco, como exercícios utilitários, nos

jogos, nos rituais religiosos e na preparação

guerreira de maneira geral.

Na Grécia nasceu o ideal da beleza humana, o qual

pode ser observado nas obras de arte espalhadas

pelos museus em todo o mundo, onde a prática do

exercício físico era altamente valorizada como

educação corporal em Atenas e como preparação

para a guerra em Esparta. O fato de ser a Grécia o

berço dos Jogos Olímpicos, disputados 293 vezes

durante quase 12 séculos (776 a. C-393 d. C),

demonstra a importância da atividade física nesta

época. Em Roma, o exercício físico tinha como

objetivo principal a preparação militar e num

segundo plano a prática de atividades desportivas

como as corridas de carros e os combates de

gladiadores que estavam sempre ligados às questões

bélicas. Recordações das magníficas instalações

esportivas desta época como as termas, o circo, o

estádio, ainda hoje impressionam quem As visita

pela magnitude de suas proporções.

Na Idade Média os exercícios físicos foram a base

da preparação militar dos soldados, que durante os

séculos XI, XII e XIII lutaram nas Cruzadas

empreendidas pela igreja. Entre os nobres eram

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valorizadas a esgrima e a equitação como requisitos

para a participação nas Justas e Torneios, jogos que

tinham como objetivo “enobrecer o homem e fazê-lo

forte e apto” (Ramos, 1982). Há ainda registros de

outras atividades praticadas neste período como o

manejo do arco e flecha, a luta, a escalada, a

marcha, a corrida, o salto, a caça e a pesca e jogos

simples e de pelota, um tipo de futebol e jogos de

raqueta.

O exercício físico na Idade Moderna, considerada

simbolicamente a partir de 1453, quando da tomada

de Constantinopla pelos turcos, passou a ser

altamente valorizado como agente de educação.

Vários estudiosos da época, entre eles inúmeros

pedagogos, contribuíram para a evolução do

conhecimento da Educação Física com a publicação

de obras relacionadas à pedagogia, à fisiologia e à

técnica. A partir daí surgiu um grande movimento de

sistematização da Ginástica.

Segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua

Portuguesa, a palavra Ginástica vem do grego

Gymnastiké e significa a “Arte ou ato de exercitar o

corpo para fortificá-lo e dar-lhe agilidade.

A ginástica é um conceito que engloba modalidades

competitivas e não competitivas e envolve a prática

de uma série de movimentos exigentes de força,

flexibilidade e coordenação motora para fins únicos

de aperfeiçoamento físico e mental.

Podemos dizer também que é o conjunto de

exercícios corporais sistematizados, realizados no

solo ou com auxílio de aparelhos e aplicados com

objetivos educativos, competitivos, terapêuticos,

etc.

MÉTODOS GINÁSTICOS

A) MÉTODO DE GINÁSTICA SUÉCA:

Perh Henrik Ling (Pedro Enrique Ling), poeta e

educador, representa no campo das atividades

físicas um nome inconfundível. Sua obra “A Ginástica

Sueca ou de Ling”, evoluiu extraordinariamente,

constituindo hoje em dia, um verdadeiro monumento

educacional. Contrariando as idéias dominantes da

época, estabeleceu novos rumos à prática dos

exercícios físicos, a fim de regenerar o povo sueco,

minado pela tuberculose, o raquitismo e o alcoolismo.

Suas são as seguintes palavras: “se não tenho razão

minha obra perecerá, se tenho ela vencerá apesar

dos gritos” Ling foi influenciada pelos antigos

filósofos e médicos gregos (buscou ensinamentos

que o levarão a dirigir a razão humana para

estabelecer um sistema de acordo com a ciência), e

pelos educadores europeus que o precederam

(sábios preceitos pedagógicos, metodológicos e

técnicos que fundamentaram sua obra, onde é

estabelecido que a educação deve ter em vista o

indivíduo de uma maneira integral) tais como: Locke,

Schelling, Rousseau, Guthsmuts, Nachtegall, Vieth,

Jahn e Pestalozzi.

Em 1808, a Suécia deu os primeiros passos da

ginástica escolar com um regulamento que

determinou que em todos os centros de educação

fossem criadas condições favoráveis para a prática

de exercícios de escalada, saltos, acrobacias,

natação, etc., sob a direção de um monitor. Em 1826,

um novo regulamento estabeleceu: “nenhum jovem

deve ser dispensado da ginástica, salvo se provar

que ela lhe é nociva”.

Em 1813, em prosseguimento a sua grandiosa obra,

Ling fundou o Instituo de Estocolmo “Instituo

Central de Ginástica –GCI” Com a morte de Ling em

1839, a ginástica sueca pedagogia se estagnou, pois

seu sucessor, Branting, pouco se preocupou com ela,

interessado exclusivamente com a ginástica médica.

Entretanto, mais tarde, já na direção do Instituo, o

filho de Ling, Hjalmar Ling, retomou a ginástica

pedagógica ou higiênica o seu devido lugar. Em 1944

o Instituo deu um passo decisivo, transferindo-se

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para local mais adequado, onde foi completamente

modernizado.

Ling estabeleceu idéias gerais, princípios e

exercícios sistematizados, que deram a sua obra

valor incontestável, assim como: Os movimentos

ginásticos devem basear-se nas necessidades e nas

leis do organismo humano.

A ginástica deve desenvolver harmonicamente o

corpo, atuando sobre as suas diferentes partes.

Todo movimento necessita ter uma forma

determinada, isto é, uma posição de partida, certo

desenvolvimento e uma posição final. Os exercícios

pedagógicos devem ser convenientemente

selecionados, tendo em vista exercer um efeito

corretivo sobre a atitude, e precisam ser simples e

atraente.

A ginástica deve desenvolver gradualmente o corpo

por meio de exercícios de intensidade e dificuldade

crescente, levando em conta a capacidade do

praticante. A ginástica visa tanto o corpo como o

espírito, de tal maneira que a sua prática seja

sempre acompanhada de prazer. A ginástica precisa

sempre combinar a teoria com a prática. A saúde é

necessária aos dois sexos, possivelmente mais a

mulher porque a sua vida dará origem à outra vida.

Estabelecidos os princípios, passou Ling a criar os

diferentes exercícios do sistema, concebidos

dentro de uma base anatômica.

Atualmente nada mais tem haver o Instituo com a

formação de militares especializados e com a parte

da ginástica médica, sendo então para a preparação

única de professores (diretores de ginástica) para

as necessidades de ginástica escolar e extra-

escolares de especialidade.

Muitos se passaram após Ling, porém, o mais

importante depois dele foi Josef Gottfrid Thulin,

que com seus estudos teóricos sobre os movimentos

em geral, incorporou: o ritmo e a música na educação

física da mulher, testes coletivos e individuais na

verificação dos resultados ginásticos, organizou

cursos em campos internacionais e explorou sessões

estoriadas nas práticas infantis. Portanto, colocou a

Ginástica Sueca no seu verdadeiro lugar, como meio

poderoso de revigoramento físico e de educação

integral.

B) MÉTODO DE GINÁSTICA FRANCÊS

A Escola de Joinville-le-Pont foi fundada em 15 de

julho de 1852, no mesmo local onde ainda se

encontra. A sua verificou quando o Marechal Soult,

que alimentava idéias favoráveis à educação física,

era Ministro da Guerra contando com a colaboração

do Comandante D’Argy, antigo secretário e discípulo

de Amoros e Napoleão Laisné, suboficial de

engenharia e que também fora discípulo de Amoros.

A Escola adotou então o Regulamento Francês de

Ginástica, aprovado em 24 de agosto de 1846, pelo

Ministro da Guerra, como o título “Instrução para o

Ensino da Ginástica nos Corpos de Tropa e nos

Estabelecimentos Militares”, que foi elaborado por

uma comissão: General Aupik, Coronel Amoros,

Capitão D’Argy, Napoleão Laisné e outros. Em 1815 o

comandante D’Argy publicou “Instruções para o

Ensino da Ginástica”, que se fazia acompanhar de um

plano e de uma relação de aparelhos usados no

exército.

A 22 de dezembro de 1904, por decreto do

Presidente da República Francesa, foi instituída uma

comissão interministerial para tratar da unificação

dos métodos nas escolas, ginásios e regimentos,

onde presidiu o General Castex e outros 13

membros, resultando no “Manual d’Exercices

Physiques et de Jeux Scolaires”.

Após várias tentativas, ensaios em alguns novos

regulamentos, baseados sempre nos anteriores, com

pequenas modificações, que fizeram parte Tissié e

Herbert, com a experiência da guerra de 1914-18,

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então surgiu em 1919 um complemento ao “Manual

d’Exercices Physiques et de Jeux Scolaires”. Era um

manual completamente novo de título “Projet de

Réglement General d’Education Physique”. Tal

projeto foi consolidado em 1927, sendo reeditado

em 1932.

Podemos analisar este método da seguinte forma:

Bases Fisiológicas – A educação física deverá ser

orientada pelos princípios de fisiologia. Durante a

infância a educação física deve visar ao

desenvolvimento harmônico do corpo, enquanto na

idade adulta o seu papel é manter e melhorar o

funcionamento dos órgãos, aumentar o poder do

coração e dos vasos sangüíneos, o valor funcional do

aparelho respiratório, a precisão e eficácia dos

movimentos e pelo conjunto desses meios, assegurar

a saúde.

Bases Pedagógicas – segundo a definição do método,

a educação física compreende o conjunto de

exercícios cuja prática racional e metódica é

susceptível de fazer o homem atingir o mais alto

grau de aperfeiçoamento físico, compatível com sua

natureza, e utilizando-se de várias formas de

trabalho: jogos, assouplissements (flexionamentos),

4 exercícios educativos, aplicações (as grandes

famílias - marchar, trepar, saltar, levantar e

transportar, correr, lançar e atacar, e defender-

se), desportos individuais, desportos coletivos.

Existiam algumas regras para a aplicação

deste método são elas:

1) Grupamento dos Indivíduos – baseado na

fisiologia e na experiência, adotou a classificação

racional em grupos de valor fisiológico

sensivelmente equivalente: educação física

elementar ou pré-pubertária (crianças de 4 a 13

anos); educação física secundária ou pubertária e

pós-pubertária (adolescentes de 13 a 18 anos);

educação física superior ou desportiva e atlética

(adultos de ambos os sexos de 18 a 35 anos); e

ginástica de conservação para a idade madura

(adultos de ambos os sexos com mais de 35 anos).

2) Adaptação ao Exercício – o regime de

trabalho físico a que serão submetidos depende: do

fim a atingir, da dificuldade e da intensidade dos

exercícios e das qualidades que estes exercícios são

susceptíveis de desenvolver ou de aperfeiçoar. Para

compor o programa de exercícios foram elaborados

quadros de exercícios por ciclos (elementar,

secundário e superior) e que constava de:

grupamento, fim a atingir (objetivo), o programa de

exercício e regime de trabalho.

3) Atração do Exercício – os exercícios físicos

devem ser higiênicos e salutar quanto maior o

prazer com que for praticado. O instrutor deverá

esforçar-se para tornar a sessão atraente, pela

escolha judiciosa dos exercícios que variará,

frequentemente, pela introdução de jogos em

momento oportuno no decorrer da lição e,

principalmente, pela emulação e disposição para o

trabalho que provocará em sua classe.

4) Verificação Periódica da Instrução – a

verificação periódica dos exercícios físicos é

realizada pelo médico e pelo professor e repousa

nos exames fisiológicos e práticos. A verificação

médica é efetuada no início e final do ano letivo,

seguido de exame prático de dificuldade compatível

com o valor físico dos concorrentes.

UMA SESSÃO COMPREENDE TRÊS PARTES

1. Preparatória – duração de 2/10 do tempo

total da sessão. Comporta evoluções e

flexionamentos dos braços, pernas, tronco,

combinados, assimétricos e de caixa torácica.

2. Lição Propriamente Dita – duração de 7/10

da sessão. Abrange exercícios grupados nas sete

famílias: marchar, trepar e equilibrar-se, saltar,

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levantar e transportar, correr, lançar e atacar e

defender-se.

3. Volta á Calma – duração de 1/10 da sessão.

Contém: marcha lenta com exercícios respiratórios,

marcha com canto ou assobio e exercícios de ordem.

C) MÉTODO DE GINÁSTICA CALISTÊNICA

CARACTERÍSTICAS

A calistenia representa uma série de exercícios

localizados, com fins corretivos, fisiológicos e

pedagógicos. Dada a sua mobilidade e simplicidade,

adapta-se a qualquer tipo humano, podendo ser

considerada como uma ginástica eclética.

A calistenia não é um sistema, mas poderá integrar

qualquer sistema de ginástica. Sua flexibilidade

ecletismo adaptam-se sempre as circunstâncias e

evolui de acordo com as tendências e

características humanas, sem perder seu objetivo

central: a arte de exercitar os músculos, com o fim

de adquirir saúde, força, elegância de porte e

movimento.

Calistenia vem do termo grego “Kallistenés” que

significa cheio de vigor ou força harmoniosa (Kallós

= belo, sthenos = força). Para os helenos, dizer cheio

de vigor significava dizer saúde integral, isto é,

física, mental e espiritual. Para o grego clássico, a

harmonia da força estava justamente no equilíbrio

de sua manifestação: força física, força mental e

força espiritual (Platão foi um grande esportista e

campeão muitas vezes). Modernamente, calistenia é

uma série de exercícios físicos executados sem

aparelhos, com a finalidade de produzir saúde,

força, elegância e bem estar geral. Os exercícios

calistênicos afetam principalmente as grandes

massas musculares que colaboram na manutenção

ereta do tronco e facilitam as atividades dos órgãos

vegetativos, base importante da saúde, enquanto o

corpo adquire uma atitude esbelta e natural

CLASSIFICAÇÃO DA GINÁSTICA

1- Ginástica de Condicionamento Físico:

Englobam todas as modalidades que têm por

objetivo de aquisição ou a manutenção da condição

física do indivíduo normal e/ou do atleta, como

exemplos temos Ginástica aeróbia, hidroginástica,

localizada com aparelhos, localizada sem aparelhos,

etc.

2- Ginásticas de Competição: Reúnem todas as

modalidades competitivas. Exemplos: Ginástica

artística/olímpica, Ginástica rítmica,, Ginástica

acrobática, Tumbling.

FUNDAMENTOS DA

GINÁSTICA

CONCEITOS

Saltar Desprender-se da ação da gravidade, manter-se no ar e cair sem machucar-

se.

Equilibrar Permanecer ou deslocar-se numa superfície limitada, vencendo a ação da

gravidade.

Rolar/girar Dar volta sobre o eixo do próprio corpo

Trepar/subir Subir em suspensão pelo braço, com ou sem ajuda das pernas, em superfícies

verticais ou inclinadas.

Balançar/embalar Impulsionar-se e dar ao corpo um movimento de “vaivém” tal qual um

pêndulo.

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3- Ginásticas Fisioterápicas: Responsáveis

pela utilização do exercício físico na prevenção ou

tratamento de doenças. Exemplo Pilates.

4- Ginástica de Conscientização Corporal:

Reúnem as Novas propostas de abordagem do corpo,

também conhecidas por Técnicas alternativas, ou

que foram introduzidas no Brasil a partir da década

de 70, tendo como pioneira a Anti-Ginástica. A

grande maioria destes trabalhos tiveram origem na

busca da solução de problemas físicos e posturais.

Como exemplos temos, Yoga, pilates, treinamento

funcional.

5- Ginásticas de Demonstração: Sua principal

característica é a não-competitividade, tendo como

função principal a interação social isto é, a formação

integral do indivíduo nos seus aspectos: motor,

cognitivo, afetivo e social. Exemplo: Ginástica Geral.

PRATICANDO CAP.12

1) Conceitue a ginástica contando um pouco

da sua história especificamente na Grécia.

2) Cite 3 fundamentos da ginástica que

podemos utilizar na dança.

3) Analisando a história da ginástica quais os

métodos mais utilizados e como funcionava cada

um?

4) Sobre a classificação da ginástica explique

como funciona a de competição citando 3

exemplos

EIXO TEMÁTICO: ESPORTES

CAP.13 - ATLETISMO

A história do atletismo é muito bonita, pois se inicia

com a própria história da humanidade, quando o

homem primitivo praticava suas atividades naturais

para sobrevivência. O homem das cavernas, de

forma natural, praticava uma série de movimentos,

nas atividades de caça, em sua defesa própria etc.

Ele saltava, corria, lançava, enfim desenvolvia uma

série de habilidades relacionadas com as diversas

provas de uma competição de atletismo.

Podemos verificar que as provas de atletismo são

atividades naturais e fundamentais do homem: o

andar, o correr, o saltar e o arremessar. Por esta

razão, é considerado o atletismo o “esporte base” e

suas provas competitivas compõem-se de marchas,

corridas, saltos e arremessos. Além disso, o

desenvolvimento dessas habilidades são necessárias

à prática de outras modalidades esportivas.

O atletismo, sob forma de competição, teve sua

origem na Grécia. A palavra atletismo foi derivada

da raiz grega, “ATHI, competição”, o princípio do

heroísmo sagrado grego, o espirito de disputa, o

ideal do belo etc. – o que se chamou de espírito

agonístico. Surgiram então as competições que

foram perdendo o caráter de religiosidade e

assumindo exclusivamente o caráter esportivo.

Podemos conceituar o atletismo como um conjunto

de atividades esportivas (corrida, saltos e

arremessos), que tem a origem nas primeiras

Olimpíadas realizadas na Grécia Antiga. Nos

primeiros Jogos Olímpicos, realizados em 776 a.C,

eram realizadas provas de corridas e arremessos de

peso.

CLASSIFICAÇÃO DO ATLETISMO

Hoje em dia o atletismo é dividido em modalidades

de: provas de pista e campo, corridas de rua, cross-

country, e marcha atlética.

As provas de pista e campo são disputadas em pista

de atletismo e reúnem: corridas rasas, corridas com

barreiras ou com obstáculos. Já as provas de campo

englobam saltos, arremesso e lançamentos. Há ainda

as provas combinadas, como o Decatlo e Heptatlo.

Atualmente as provas oficiais são:

CORRIDAS

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As corridas são, em certo sentido, as formas de

expressão atlética mais pura que o homem já

desenvolveu. Embora exista algo de estratégia e

uma técnica implícita, a corrida é uma prática que

envolve basicamente o bom condicionamento físico

do atleta. As corridas dividem-se em curta distância

ou velocidade (tiro rápido), que nas competições

oficiais vão até os 400 metros inclusive; média

distância ou de meio fundo (800 metros e 1 500

metros); e longa distância ou de fundo (3 000

metros ou mais, chegando até às ultra maratonas de

100 quilômetros). Podem ser divididas também de

acordo com a existência ou não de obstáculos

(barreiras) colocados no percurso.

Nas corridas de curta distância, a explosão

muscular na largada é determinante no resultado

obtido pelo atleta. Por isso, existe um

posicionamento especial para a largada, que consiste

em apoiar os pés sobre um bloco de partida (fixado

na pista) e apoiar o tronco sobre as mãos

encostadas no chão (posição de quatro apoios). São

frequentes as falsas partidas, quando o atleta sai

antes do tiro de partida, que é o sinal dado para

começar a prova. Qualquer atleta que dê uma falsa

partida será desclassificado. Contudo, nas provas

combinadas (ex decatlo) cada atleta tem direito a

uma falsa partida.

Nas provas mais longas a partida não tem um papel

tão decisivo, e os atletas saem para a corrida em

uma posição mais natural, em pé, sem poder colocar

as mãos no chão. Uma das provas de corrida é a

maratona é uma corrida de longa distância ou de

fundo, realizada parcialmente ou totalmente fora do

estádio, ou seja em estrada. A distância que,

segundo a lenda, teria percorrido um soldado grego,

Filípides, para anunciar que os helenos haviam

vencido uma batalha contra os persas. O trecho

teria sido entre a planície de Maratona (o local da

batalha) até a cidade de Atenas.

A maratona é uma prova que envolve grande

resistência física, sendo seu percurso estabelecido

em 42 quilômetros e 195 metros (aceite tolerância

por excesso de + 42 metros). Organizam-se ainda

corridas de cross country ou um "corta-mato" de

campo e de montanha. Em pista podemos ainda

assistir a corridas de barreiras e de obstáculos

SALTOS

As provas de salto podem ser divididas em provas

de salto vertical e de salto horizontal. Dentre as

provas de salto vertical, temos o salto em altura e o

salto com vara. As provas de salto horizontal

envolvem o salto em distância chamado também de

salto em comprimento e o salto triplo ou triplo salto.

Os atletas tomam impulso numa pequena pista de

balanço, objetivando maior distância no salto. O

salto em altura, que tem por objetivo ultrapassar

uma barra horizontal (fasquia), é realizado mediante

tentativas. A fasquia é colocada em determinada

altura à qual os atletas devem tentar saltar. Se

conseguirem, os atletas progridem para a próxima

altura a que os Juízes colocarem a fasquia.

Qualquer atleta que realize três derrubes da

fasquia (3 ensaios nulos), será impedido de

continuar, sendo creditado com a marca

correspondente à maior altura em que conseguiu

realizar uma ensaio válido. O salto com vara

funciona do mesmo modo, mas neste salto, o atleta

tem o apoio de uma vara. Em ambos os saltos, há um

colchão para amortecer a queda do atleta após o

salto.

No salto em distância e no salto triplo / triplo salto,

o atleta faz sua aterrissagem numa caixa de areia.

Há uma tábua de chamada na pista que indica o

limite máximo de corrida de balanço antes do salto;

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caso o atleta ultrapasse ou toque nessa marca,

realizará um ensaio nulo. Caso tenha saltado antes

da tábua de chamada, a distância do ensaio será

considerada apenas entre o limite na tábua de

chamada até o local onde aterrissou. É importante

destacar que vale o ponto de aterrissagem mais

próximo à tábua de chamada.

ARREMESSOS E LANÇAMENTOS

As disciplinas oficiais de lançamento envolvem o

arremesso de peso, o lançamento de martelo, o

lançamento de disco e lançamento do dardo.

O arremesso de peso no Brasil consiste no

arremesso de uma esfera metálica que pesa 7,26 kg

para os homens adultos e 4 kg para as mulheres. O

martelo é similar a essa esfera, mas possui um cabo,

o que permite imprimir movimento linear à esfera e

assim atingir uma distância maior. Já o disco é um

pouco mais leve, pesando 1 quilograma para as

mulheres e 2 quilogramas para os homens. E o dardo

pesa 600 gramas para as mulheres e 800 gramas

para os homens.

Os lançamentos são executados dentro de áreas

limitadas, são círculos demarcado no solo para o

arremesso ou lançamento de peso, de martelo e

disco, e antes de uma linha demarcada no solo para o

lançamento do dardo. A partir dessas marcas é que

é contada a distância dos lançamentos.

Normalmente as competições envolvem várias

tentativas por parte dos atletas, que aproveitam as

melhores marcas obtidas nessas tentativas. As

provas de lançamento são normalmente praticadas

no espaço interior à pista das corridas.

A origem desta atividade é também irlandesa, pois

nos jogos Tailteanos, no início da Era de Cristo, os

celtas disputavam uma prova de arremesso de pedra

que pelas descrições se assemelhavam à prova atual.

Alias, é interessante notar que na Península Ibérica,

nas províncias onde ainda se encontram

concentrações humanas etnicamente celtas, Galiza

na Espanha e Trás-os-Montes em Portugal, ainda se

disputa uma competição chamada de “arremesso do

calhau”, que se assemelha ao nosso moderno

arremesso do peso. De qualquer forma, a

codificação da prova, tal como ela é hoje, é

totalmente britânica, inclusive o peso do

implemento, 7,256 kg, correspondente a 16 libras

inglesas, que era precisamente o que pesavam os

projéteis dos famosos canhões britânicos do início

do século XIX.

As primeiras marcas registradas pertencem ao

inglês Herbert Williams, que em Londres, em 28 de

maio de 1860, lançou o peso a 10,91 m, e o da Era

IAAF ao americano Ralph Rose, que em 21 de agosto

de 1909 arremessou 15,54 m em São Francisco.

William Parry O’ Brien revolucionou esta prova,

criando um novo estilo, no qual o atleta começa o

movimento de costas para o local do arremesso.

Parry O’ Brien venceu os Jogos Olímpicos de

Helsinque e Melbourne, ganhou a prata em Roma e

ainda se classificou em 4º lugar em Tóquio 12 anos

depois de iniciar a sua carreira olímpica. Foi também

o primeiro atleta a vencer mais de 100 competições

consecutivas. No Brasil, o primeiro recorde

reconhecido foi do atleta E. Engelke, vencedor do

primeiro Campeonato Brasileiro de 1925, com a

marca de 11,81 metros.

Algumas competições esportivas envolvem uma

combinação de várias modalidades, no intuito de

consagrar um atleta mais completo. As provas

oficiais do decatlo (para os homens) e do heptatlo

(para as mulheres) combinam corridas, saltos e

lançamentos. Os atletas pontuam de acordo com as

suas marcas nas provas individuais (tendo por base

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uma tabela de conversão de marcas por pontos), e

esses pontos são somados para definir o vencedor.

A PISTA

A pista de corrida normalmente contém 8 raias,

cada uma com 1 metro e 22 centímetros que são os

caminhos pelos quais os atletas devem correr. Deste

modo, a largura da pista é de no mínimo 10 metros,

com algum espaço além das raias interna e externa.

Uma pista oficial de atletismo é constituída de duas

retas e duas curvas, possuindo raias concêntricas;

tem o comprimento de 400 metros na raia interna

(mais próxima ao centro). A raia mais externa é

mais longa, possuindo 449 metros. Nas corridas de

curta distância, os atletas devem permanecer nas

raias a partir das quais largaram. Nas corridas de

média e longa distância, os atletas não precisam

correr nas raias, e geralmente se encaminham para a

raia mais interior, evitando percorrer distâncias

maiores.

As barreiras têm 1,06 metros, nas competições para

homens, e de 84 centímetros, nas competições para

mulheres. Se o atleta derrubar as barreiras

enquanto corre, não é desclassificado - conquanto

perca tempo substancial. As corridas com barreiras

têm 10 obstáculos. Embora a maratona seja

disputada nas ruas de uma cidade ou em um local

externo, o seu trajeto é estabelecido de modo que a

chegada se dê num estádio ou pista de atletismo,

PROVAS OFICIAIS

• Corridas de velocidade: 100 metros, 200

metros, 400 metros

• Corridas de revezamento: 4x100 metros -

4x400 metros

• Corridas com barreiras ou obstáculos: 100

metros c/barreiras feminino - 110 metros com

barreiras c/barreiras masculino - 400 metros

c/barreiras - 3.000 m.c/obstáculo

• Corridas de meio-fundo: 800 metros - 1.500

metros

• Corridas de fundo: 5.000 metros - 10.000

metros

Saltos: Salto em altura, salto triplo, salto em

distância, salto com vara

• Arremessos e lançamentos: arremesso de

peso, arremesso de disco, arremesso do martelo,

lançamento de dardo

• Provas combinadas: Heptatlo (para mulheres:

100m c/barreiras, salto em altura, 200 metros,

santo em distância, lançamento de dardo e 800

metros) Decatlo (para homens: 100 metros, salto em

distância, arremesso de peso, salto em altura, 400

metros, 110 m c/barreiras, arremesso de disco,

salto com vara, arremesso de dardo, 1.500 metros).

PRATICANDO CAP.13

1) Quantos quilos pesam a bola de peso para

homens e mulheres no atletismo

2) Sobre as provas de salto em distância

onde nossa maior representante é Maurren Higa

Maggi, temos uma obrigatoriedade, que é a saída

do atleta da caixa de areia que deve ser feita de

que forma?

3) Quanto mede a pista de atletismo? E suas

raias?

4) Cite 4 provas oficiais do atletismo de

pista

5) Nas provas de revezamento qual a única

obrigação na hora da passagem do bastão?

CAP.14 - BASQUETEBOL

O nome vem do basketball, que significa

literalmente "bola na cesta”. É um das modalidades

mais populares do mundo.

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o basquetebol tem como caracteristica principal é

passar a bola por um aro e com esse propósito

existiram vários jogos, como: pok-ta-pok, cauderale,

chlachli, korfball. nett-ball e el pato, que podemos

considerar os predecessores do basquetebol.

o basquetebol apareceu no cenário esportivo não por

acaso, mas por esforços de pessoas de uma

entidade, a YCMA (young men’s christian association

– associação cristã de moços). Que foi fundada pelo

jovem george Willians em 06 de junho de 1844, em

londres na inglaterra. Esta entidade foi trazida para

as américas em 25 de novembro de 1951, em

montreal no canadá, um mês depois no dia 29 de

dezembro na cidade de Boston nos EUA.

Na américa do sul, a ACM (associação cristã de

moços) foi fundada em 04 de julho de 1893, na

cidade do Rio de Janeiro, por Myron Clark. Em

seguida surgiram em outros paises como argentina e

méxico em 1901, no uruguai em 109, no chile em 1912

e em outros paises num total de 26 sedes.

O CRIADOR E O “NOVO JOGO”

Em 1890, quando o professor James Naismith

ingressou na YMCA (Associação Cristã de Moços de

Springfield, Massachussets, nos Estados Unidos)

para ministrar aulas de educação física, praticava-

se apenas alguns jogos coletivos, tais como, Rubgy,

Beisebol e muito pouco o Futebol, sendo que a partir

da época em que paravam de praticar o Rubgy no fim

de outono, até o início do verão, os alunos eram

obrigados a praticar ginástica em aparelhos ou

ginástica calistênica.

Precisavam de um tipo de jogo que fosse

interessante, agradável e pudesse ser praticado no

inverno em recinto fechado. Diante desses fatos, o

Dr.Gulick (diretor do colégio Springfield College),

solicitou ao professor Naismith que procurasse

criar um novo jogo.

Naismith então se pôs a pensar em que tipo de jogo

poderia criar, que, dentre outras qualidades,

pudesse ser motivante, e que não provocasse muito

contato físico e que tivesse um sentido coletivo.

Idealizou então as seguintes situações: a partir de

um grupo de dezoito alunos que lhe fora atribuído,

grupo este muito descontente com o fato de

praticar apenas atividades ginásticas durante todo o

inverno, Naismith arrumou uma câmera de bola de

futebol e solicitou a um funcionário da ACM duas

caixas com mais ou menos 45cm de diâmetro. Como

não havia, lhe foram arrumados dois cestos velhos

de colher pêssegos, que Naismith pediu para serem

colocados a uma altura de 10 pés (3,05cm).

O grupo então foi divididos em dois, cada um com

nove alunos, e as seguintes regras transmitidas

foram: o início do jogo seria no meio do campo com

dois jogadores saltando para tocar a bola, a bola só

poderia se deslocar através de passes entre os

companheiros e o objetivo final era o de arremessar

a bola na cesta do adversário. Venceria o jogo quem

acertasse mais arremessos.

Conta à história que o maior problema deste

primeiro jogo (realizado em dezembro de 1891) foi

fazer com que os alunos parassem de jogá-lo. A

partir de então, iniciou-se um processo de

popularização do basquetebol, primeiramente dentro

dos EUA e logo após, por outros países da Europa e

das Américas.

O BASQUETEBOL NO BRASIL

O Brasil foi o quinto país do mundo e o primeiro da

América do Sul a conhecer o basquetebol, cinco anos

após a sua invenção, em 1896 através da chegada do

professor Auguste Farnham Shaw no colégio

Mackenzie de São Paulo, localizado no cruzamento

das ruas Maria Antonia e Itambé. Vindo dos EUA,

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ele trouxe uma bola (já oficial do esporte), o que

ensejou a prática no referido colégio

Shaw nasceu em Clayville, Nova Iorque,

EUA, no dia 31 de dezembro de 1865 estudou no

Wellsboro High Scholl e no Phillips-Andover

academy antes de receber grau de bacharel em

artes na Yale University.

No Brasil a modalidade foi praticada primeiramente

pelas alunas internas da escola americana

Mackenzie, logo depois o jogo passou a ser praticado

pelas alunas do instituto de Educação Caetano de

Campos – Escola Normal da Praça- para onde foi

levado pelo professor Oscar Thompson. O basquete

era considerado naquela época como modalidade

para mulheres, assim como o futebol era para os

homens, já que tinha sido trazida por Charles Miller

em 1894. podemos observar um trecho da 1ª

publicação da época no Brasil, com data de junho de

1905, impresso pela editora Siqueira, Nagel & CIA

em 1911 e que Federação Paulista de Basketball

publicou em 1962. “Além dos benefícios physicos

que o Basketball proporciona aos jogadores,

desenvolve em alto gráu a coragem, a paciência, a

vivacidade de espírito e a virtude de subordinar á

Victoria do team a vontade individual. É o Basketball

para as mulheres assim como o foot-ball para os

homens”.

BASQUETEBOL MARANHENSE

O basquetebol no maranhão passou a ser

praticado por jovens e adultos na década de 50.

Nessa época surgiram algumas equipes com nome de

clubes como o Moto Club, o Grêmio 8 de Maio, o

Vera Cruz, e General Sampaio que era do exercito e

uma equipe da policia militar, ambas jogavam em uma

quadra pertencente ao Moto Club na Fabril (antiga

fabrica de tecidos).

Já a nível escolar o basquetebol passou a ser

desenvolvido apenas a partir da década de 60 pelo

professor Rubem Gulart e posteriormente pelo

professor Dimas. Algumas escolas e clubes nessa

época passaram se destacar como: Colégios Batista,

Marista, São Luís, CEMA e nos clubes Lítero e

Jaguarema.

Um fato marcante no basquetebol maranhense

aconteceu na década de 70 com o aparecimento dos

Jogos escolares Brasileiros (JEB’S), despertando o

interesse em alguns alunos que já praticavam o

basquete como: Paulo e Carlos Tinoco, Miranda e

outros, fazendo com que o basquetebol maranhense

aparecesse no cenário nacional com equipes

masculinas e femininas com atletas inclusive nas

Seleções Brasileiras masculinas e femininas.

CARACTERISTICAS DO BASQUETEBOL

De acordo com De Rose Jr, FERREIRA A.E.X

(1987) “o basquetebol é constituído por uma soma

de habilidades que, unidas, compõe o jogo”, sendo

que podemos completar esse raciocínio com as

palavras de Daiuto (1983) “é um esporte completo”.

Como é completo nós podemos observar que

o basquetebol nos oferece varias qualidades nos

planos físico e motor, técnico, tático, cognitivo e

afetivo-social. No físico observamos as capacidades

físicas básicas que envolvem os fundamentos como:

coordenação, velocidade, equilíbrio, força, agilidade,

ritmo, flexibilidade e resistência cardiorespiratória

(aeróbia e anaeróbia). No técnico podemos observar

ao longo da caminhada de treinos de nossos alunos a

melhoria na execução dos fundamentos do

basquetebol como passes, arremessos, dribles, no

tático e cognitivo observamos o poder de

concentração para o aprendizado, raciocínio rápido

para tomada de decisões dentro do jogo, visão

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periférica com percepção espaço-temporal tanto no

ataque quanto na defesa.

No aspecto afetivo podemos destacar a

sociabilização, o espírito de luta e ajuda ao próximo,

controle da ansiedade e auto-estima.

POSIÇÕES DO BASQUETEBOL

São usadas, geralmente, no basquete, três posições:

alas, pivôs e armador. Na maioria das equipes temos

dois alas, dois pivôs e um armador.]

Armador ou base é como o cérebro da equipa.

Planeja as jogadas e geralmente começa com a bola.

Em inglês essa posição é conhecida como point guard

ou simplesmente PG.

Ala e ala/armador ou extremos jogam pelos cantos.

A função do ala muda bastante. Ele pode ajudar o

base, ou fazer muitas cestas. Em inglês essas

posições são conhecidas como small forward ou

simplesmente SF e shooting guard ou simplesmente

SG, respectivamente.

Ala/pivô e Pivô ou postes são, na maioria das vezes,

os mais altos e mais fortes. Com a sua altura, pegam

muitos rebotes, fazem muitos afundaços

(enterradas) e bandejas, e na defesa ajudam muito

com os tocos. Em inglês essas posições são

conhecidas como power forward ou simplesmente PF

e center ou simplesmente C.

REGULAMENTO (FIBA)

Equipe - Existem duas equipes que são compostas

por 5 jogadores cada (em jogo), mais 7 reservas.

Início do jogo – O Jogo começa com o lançamento

da bola ao ar, pelo árbitro, entre dois jogadores

adversários no círculo central e esta só pode ser

tocada quando atingir o ponto mais alto. A equipe

que não ganhou a posse de bola fica com a seta a seu

favor.

Duração do jogo – Quatro períodos de 10 minutos

de tempo útil cada (Na NBA, são 12 minutos), com

um intervalo de meio tempo entre o segundo e o

terceiro período com uma duração de 15 minutos, e

com intervalos de dois minutos entre o primeiro e o

segundo período e entre o terceiro e o quarto

período. O cronómetro só avança quando a bola se

encontra em jogo, isto é, sempre que o árbitro

interrompe o jogo, o tempo é parado de imediato.

Reposição da bola em jogo - Depois da marcação de

uma falta, o jogo recomeça por um lançamento fora

das linhas laterais, excepto no caso de lances livres.

Após a marcação de ponto, o jogo prossegue com um

passe realizado atrás da linha do campo da equipa

que defende.

Como jogar a bola - A bola é sempre jogada com as

mãos. Não é permitido andar com a bola nas mãos ou

provocar o contacto da bola com os pés ou pernas.

Também não é permitido driblar com as duas mãos

ao mesmo tempo.

Pontuação - Um cesto é válido quando a bola entra

pelo aro, por cima. Um cesto de campo vale 2 pontos,

a não ser que tenha sido conseguido para além da

linha dos 3 pontos, situada a 6,25 m (valendo,

portanto, 3 pontos); um cesto de lance livre vale 1

ponto.

Empate – Os jogos não podem terminar empatados.

O desempate processa-se através de períodos

suplementares de 5 minutos.Exceptuando torneios

cujo regulamento obrigue a mais que uma mão, todos

os clubes de possíveis torneios devem concordar

previamente com o regulamento. Assim como jogos

particulares, após o término do tempo regulamentar

se ambas as equipas concordarem podem dar a

partida por terminada.

Resultado – O jogo é ganho pela equipa que marcar

maior número de pontos no tempo regulamentar.

Lançamento livre – Na execução, os vários

jogadores, ocupam os respectivos espaços ao longo

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da linha de marcação, não podem deixar os seus

lugares até que a bola saia das mãos do executante

do lance livre (A6); não podem tocar a bola na sua

trajectória para o cesto, até que esta toque no aro.

Penalizações de faltas pessoais – Se a falta for

cometida sobre um jogador que não está em acto de

lançamento, a falta será cobrada por forma de uma

reposição de bola lateral, desde que a equipa(e) não

tenha cometido mais do que 4 (quatro) faltas

coletivas durante o período, caso contrário é

concedido ao jogador que sofreu a falta o direito a

dois lances livres. Se a falta for cometida sobre um

jogador no acto de lançamento, o cesto conta e

deve, ainda, ser concedido um lance livre. No caso

do lançamento não tiver resultado cesto, o lançador

irá executar o(s) lance(s) livres correspondentes às

penalidades (2 ou 3 lances livres, conforme se trate

de uma tentativa de lançamento de 2 ou 3 pontos).

Regra dos 5 segundos - Um jogador que está sendo

marcado não pode ter a bola em sua posse (sem

driblar) por mais de 5 segundos.

Regra dos 3 segundos - Um jogador não pode

permanecer mais de 3 segundos dentro da área

restritiva (garrafão) do adversário, enquanto a sua

equipe esteja na posse da bola.

Regra dos 8 segundos - Quando uma equipa ganha a

posse da bola na sua zona de defesa, deve, dentro

de 8 segundos, fazer com que a bola chegue à zona

de ataque.

Regra dos 24 segundos - Quando uma equipe está

de posse da bola, dispõe de 24 segundos para a

lançar ao cesto do adversário.

Bola presa – Considera-se bola presa quando dois ou

mais jogadores (um de cada equipa pelo menos)

tiverem uma ou ambas as mãos sobre a bola, ficando

esta presa. A posse de bola será da equipa que tiver

a seta a seu favor.

Transição de campo – Um jogador cuja equipe está

na posse de bola, na sua zona de ataque, não pode

provocar a ida da bola para a sua zona de defesa

(retorno).

Dribles - Quando se dribla pode-se executar o n.º

de passos que pretender. O jogador não pode bater

a bola com as duas mãos simultaneamente, nem

efectuar dois dribles consecutivos (bater a bola,

agarrá-la com as duas mãos e voltar a batê-la).

Passos – O jogador não pode executar mais de dois

passos com a bola na mão.

Faltas pessoais – É uma falta que envolve contacto

com o adversário, e que consiste nos seguintes

parâmetros: Obstrução, Carregar, Marcar pela

retaguarda, Deter, Segurar, Uso ilegal das mãos,

Empurrar.

Falta antidesportiva – Falta pessoal que, no

entender do árbitro, foi cometida intencionalmente,

com objectivo de prejudicar a equipa adversária.

Falta técnica – Falta cometida por um jogador sem

envolver contacto pessoal com o adversário, como,

por exemplo, contestação das decisões do árbitro,

usando gestos, atitudes ou vocabulário ofensivo, ou

mesmo quando não levantar imediatamente o braço

quando solicitado pelo árbitro, após lhe ser

assinalada falta.

Falta da equipe – Se uma equipa cometer num

período, um total de quatro faltas, para todas as

outras faltas pessoais sofrerá a penalização de dois

lançamentos livres.

Número de faltas – Um jogador que cometer cinco

faltas está desqualificado da partida.

Altura do aro - A altura do aro até o solo é de 3,05

metros. Sendo na liga norte americana a NBA a

altura é de 3,10 metros.

Fundamentos

Empunhadura geral

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É feita com os dedos e a parte calosa das mãos,

polegares um de frente para o outro nas laterais da

bola. Não é correto segurar a bola com as palmas da

mão.

Manejo de corpo

São movimentos corporais utilizado no basquete que

visam facilitar a aprendizagem dos fundamentos

com a bola. Esses movimentos incluem: finta, giro,

mudança de direção, mudança de ritmo e parada

brusca.

Finta

Pela frente, por trás, reversão, por baixo das

pernas e em passe livre.

Giros ou rotações

Para frente e para trás.

Falando sobre tempo, você não pode: No 1º,2º e 3º

período pode 1 tempo de 1 min. no 4º período, 2

tempos de 1 min. Os intervalos entre cada período

são de 2 minutos, mas entre o 2º e 3º há um

intervalo de 15 minutos. Não é permitido ficar

dentro do garrafão por mais de 3 segundos com ou

sem posse de bola. Não é permitido ficar (com a

bola) mais de 8 segundos na zona (lado da quadra)

de defesa. Após os 8 segundos mencionados acima,

você tem 24 segundos para arremessar a bola (zona

de ataque). Quando há um marcador a menos de 1m

de distância do atacante, o mesmo, não pode segurar

a bola por mais de 5 segundos

Paradas

A um tempo e a dois tempos. Podendo ser chamado

de jump, uma jogada ao qual o atleta da um tempo no

ar para executar um arremesso.

Corridas

De frente, lateral, de costas, zigue-zague e

perseguições.

Drible

Drible de progressão – Utilizado fundamentalmente

para sair de uma zona congestionada e avançar no

terreno.

Drible de proteção - Serve fundamentalmente para

abrir linhas de passe e para garantir a posse de

bola. É um tipo de drible, que face a uma maior

proximidade do defesa, o jogador tem de dar maior

atenção à protecção da bola. "Roubar" a bola do

adversário é considerado um drible de proteção.

Drible pedalada - Pique a bola no chão e faça o

movimento da pedalada do futebol por cima da bola.

Regras de Drible

Um jogador não poderá tirar o pé-de-pivô do chão

para iniciar uma progressão sem antes executar um

drible. Um jogador poderá tirar o pé-de-pivô do

chão para executar um passe ou um arremesso, mas

a bola deverá deixar sua mão antes que o pé retorne

ao solo.

O pé-de-pivô é determinado da seguinte forma:

Jogador recebe a bola com um dos pés no chão:

Aquele pé é o pé-de-pivô.

Jogador recebe a bola com os dois pés no chão:

Quando retirar um dos pés, o outro será

considerado pé-de-pivô.

Jogador recebe a bola no ar e um dos pés toca o

solo antes do outro: o pé que primeiro toca o solo é

o pé-de-pivô.

Jogador recebe a bola no ar e cai com os dois pés ao

mesmo tempo: Quando retirar um dos pés, o outro

será considerado pé-de-pivô.

Um jogador que esteja driblando ou receba um

passe durante uma progressão (ou seja, correndo),

pode executar dois tempos rítmicos e, a seguir,

arremessar ou passar a bola; isso não significa

necessariamente dois passos (como é mais

comumente executado), pois o jogador pode, por

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exemplo, executar dois saltos consecutivos; desde

que mantenha o mesmo ritmo.

Mas o esquema dos passos não é a única restrição.

Você também não pode: driblar a bola, pegá-la com

as mãos e driblá-la novamente; Não pode driblar a

bola com ambas as mãos; Não pode apoiar a bola por

baixo, ou seja, conduzir a bola levando a mão sob a

bola. Todos estes aspectos são considerados drible

ilegal e tem a mesma penalidade da caminhada.

Passe O passe tem como objetivo a colocação da

bola num companheiro que se encontre em melhor

posição, para a criação de situações de finalização

ou para a progressão no terreno de jogo. Existem

vários tipos de passe: peito, picado, por cima com 2

mãos, lateral com 1 mão, por trás das costas, etc.

Passe com uma mão

Usado para lançar a bola mais longe.

Técnicas determinantes:

1. jogue a bola com uma mão.

Passe de peito

Como o nome indica, com a bola à altura do peito é

arremessada frontalmente na direcção do alvo.

Neste movimento os polegares é que darão força ao

passe e as palmas das mãos deverão apontar para

fora no final do gesto técnico.

Técnicas determinantes:

1. Colocar os cotovelos junto ao corpo;

2. Avançar um dos apoios;

3. Executar um movimento de repulsão com os

braços;

4. Executar a rotação dos pulsos;

5. Após a execução do passe, deve-se ficar

com as palmas das mãos viradas para fora e os

polegares a apontar para dentro e para baixo.

Passe picado ou quicado

Muito semelhante ao passe de peito, tendo em conta

que o alvo inicial é o solo; O ressalto da bola terá um

objetivo comum ao do passe de peito, isto é, a mão

alvo do colega ou as zonas próximas do peito.

Técnicas determinantes:

1. Colocar os cotovelos junto ao corpo;

2. Avançar um dos apoios;

3. Executar um movimento de repulsão com os

braços.

Passe de ombro (ou de basebol)

É utilizado nas situações que solicitam um passe

comprido. A bola é lançada como no lançamento de

uma bola no baseball (daí o nome). É um tipo de

passe com uma trajectória linear (sem arco), e em

direcção ao alvo.

Técnicas determinantes:

1. Segurar a bola com as duas mãos e por cima

do ombro;

2. Colocar o cotovelo numa posição levantada;

3. Avançar o corpo e a perna do lado da bola;

4. Fazer a extensão do braço e finalizar o

passe para as distancias maiores.

Passe por cima da cabeça

É usado quando existe um adversário entre dois

jogadores da mesma equipe.

Técnicas determinantes:

1. Elevar os braços acima da cabeça;

2. Avançar um dos apoios;

3. Executar o passe com o movimento dos

pulsos e dos dedos.

Utilização dos passes

Passes de peito e picado ou quicado

Utilizado em curtas e médias distâncias.

Passe por cima da cabeça

Também utilizado em curtas e médias distâncias,

sendo mais específicos para o pivô.

Passe de ombro

Utilizado em médias e longas distâncias, sendo muito

utilizados em contra ataques.

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Arremesso

Driblar e jogar a bola na cesta.

Bandeja

É um arremesso que tem que dar dois passos:o

primeiro de equilíbrio e o segundo de distância. Que

pode ser feito em movimento com passe ou

driblando.

Com uma das mãos

Partindo da posição fundamental, com o peso do

corpo na perna da frente, a bola na altura do peito,

o jogador flexionará as pernas simultaneamente a

elevação da bola acima da cabeça.

Jump

Driblando em direção a cesta e parando numa

posição de equilíbrio, flexionando as pernas,saltar

elevando a bola acima e à frente da cabeça com

ambas as mãos e executar o arremesso no momento

mais alto do pulo.

Rebote

É a recuperação da bola após um arremesso não

convertido.

Assistência

Assistência é um passe certeiro que encontra outro

companheiro de equipe, livre de marcação, e acaba

convertido em cesto. O jogador que faz a

assistência é tão importante como o jogador que

marca o cesto.

Enterradas

É movimento que conjuga o salto e a colocação com

firmeza da bola diretamente na cesta.

Ponte-aérea

É quando um jogador lança a bola diretamente a um

de seus parceiros, que pula recebe a bola e finaliza a

jogada arremessando a bola antes de tocar o chão.

Também pode ser feita com um jogador

arremessando a bola na tabela com outro jogador

pegando o rebote e finalizando a jogada

imediatamente em seguida com arremesso ou

enterrada.Esta jogada é conhecida como alley-oop

na NBA.

PRATICANDO CAP.14

1) Como surgiu o basquete? Nos conte essa

história destacando quando aconteceu a primeira

partida oficial

2) Após o surgimento nos estados unidos,

após quantos anos o Brasil conheceu o Basquete e

quem foi o responsável por ele ter chegado em

nosso pais?

3) Sobre as primeiras regras utilizadas no

basquete destaque as 3 e diga se ainda hoje

essas são usadas.

4) Como funciona a regra dos 3 segundos no

basquete?

5) Destaque e explique 3 fundamentos no

basquete.

CAP.15 - VOLEIBOL

O vôlei foi criado em 1895, pelo americano William

G. Morgan, então diretor de educação física da

Associação Cristã de Moços (ACM) na cidade de

Holyoke, em Massachusetts, nos Estados Unidos. O

primeiro nome deste esporte que viria se tornar um

dos maiores do mundo foi mintonette.

Naquela época, o esporte da moda era o

basquetebol, criado apenas quatro anos antes, mas

que tivera uma rápida difusão. Era, no entanto, um

jogo muito cansativo para pessoas de idade. Por

sugestão do pastor Lawrence Rinder, Morgan

idealizou um jogo menos fatigante para os

associados mais velhos da ACM e colocou uma rede

semelhante à de tênis, a uma altura de 1,98 metros,

sobre a qual uma câmara de bola de basquete era

batida, surgindo assim o jogo de vôlei.

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A primeira bola usada era muito pesada e, por isso,

Morgan solicitou à firma A.G. Spalding & Brothers a

fabricação de uma bola para o Referido esporte.

No início, o mintonette ficou restrito à cidade de

Holyoke e ao ginásio onde Morgan era diretor. Um

ano mais tarde, numa conferência no Springfield's

College, entre diretores de educação física dos

Holyoke fizeram uma demonstração e assim o jogo

começou a se difundir por Springfield e outras

cidades de Massachussetts e Nova Inglaterra.

Em Springfield, o Dr. A.T. Halstead sugeriu que o

seu nome fosse trocado para volley ball, tendo em

vista que a idéia básica do jogo era jogar a bola de

um lado para outro, por sobre a rede, com as mãos.

Em 1896, foi publicado o primeiro artigo sobre o

volley ball, escrito por J.Y. Cameron na edição do

"Physical Education" na cidade de Búfalo, Nova

Iorque. Este artigo trazia um pequeno resumo sobre

o jogo e de suas regras de maneira geral. No ano

seguinte, estas regras foram incluídas oficialmente

no primeiro handbook oficial da Liga Atlética da

Associação Cristã de Moços da América do Norte.

A primeira quadra de Voleibol tinha as seguintes

medidas: 15,24m de comprimento por 7,62m de

largura. A rede tinha a largura de 0,61m. O

comprimento era de 8,235m, sendo a altura de

1,98m (do chão ao bordo superior). A bola era feita

de uma câmara de borracha coberta de couro ou

lona de cor clara e tinha por circunferência de 63,7

a 68,6 cm e seu peso era de 252 a 336g.

O volley ball foi rapidamente ganhando novos

adeptos, crescendo vertiginosamente no cenário

mundial ao decorrer dos anos. Em 1900, o esporte

chegou ao Canadá (primeiro país fora dos Estados

Unidos), sendo posteriormente desenvolvido em

outros países, como na China, Japão (1908), Filipinas

(1910), México entre outros países europeus,

asiáticos, africanos e sul americanos.

Na América do Sul, o primeiro país a conhecer o

volley ball foi o Peru, em 1910, através de uma

missão governamental que tinha a finalidade de

organizar a educação primária do país.

O primeiro campeonato sul-americano foi

patrocinado pela Confederação Brasileira de

Desportos (CBD), com o apoio da Federação Carioca

de Volley Ball e aconteceu no ginásio do Fluminense,

no Rio, entre 12 e 22 de setembro de 1951, sendo

campeão o Brasil, no masculino e no feminino.

A Federação Internacional de Volley Ball (FIVB) foi

fundada em 20 de abril de 1947, em Paris, sendo seu

primeiro presidente o francês Paul Libaud e tendo

como fundadores os seguintes países: Brasil, Egito,

França, Holanda, Hungria, Itália, Polônia, Portugal,

Romênia, Tchecoslováquia, Iugoslávia, Estados

Unidos e Uruguai.

O primeiro campeonato mundial foi disputado em

Praga, na Tchecoslováquia, em 1949, vencido pela

Rússia.

Em setembro de 1962, no Congresso de Sofia, o

volley ball foi admitido como esporte olímpico e a

sua primeira disputa foi na Olimpíada de Tóquio, em

1964, com a presença de 10 países no masculino -

Japão, Romênia, Rússia, Tchecoslováquia, Bulgária,

Hungria, Holanda, Estados Unidos, Coréia do Sul e

Brasil. O primeiro campeão olímpico de volley ball

masculino foi a Rússia; a Tchecoslováquia foi a vice e

a medalha de bronze ficou com o Japão.

No feminino, o campeão foi o Japão, ficando a

Rússia em segundo e a Polônia em terceiro.

O criador do volley ball, Willian Morgan, conhecido

pelo apelido de "armário", devido ao seu porte

físico, morreu em 27 de dezembro de 1942, aos 72

anos de idade.

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Regras

Para se jogar voleibol são necessários 12 jogadores

divididos igualmente em duas equipes de seis

jogadores cada.

As equipes são divididas por uma rede que fica no

meio da quadra. O jogo começa com um dos times

que devem sacar.Logo depois do saque a bola deve

ultrapassar a rede e seguir ao campo do adversário

onde os jogadores tentam evitar que a bola entre no

seu campo usando qualquer parte do corpo (antes

não era válido usar membros da cintura para baixo,

mas as regras foram mudadas). O jogador pode

rebater a bola para que ela passe para o campo

adversário sendo permitidos dar três toques na bola

antes que ela passe, sempre alternando os jogadores

que dão os toques. Caso a bola caia é ponto do time

adversário.

O jogador pode encostar na rede (desde que não

interfira no andamento do jogo), exceto na borda

superior, caso isso ocorra o ponto será para o outro

time. O mesmo jogador não pode dar 2 ou mais

toques seguidos na bola, exceção no caso do toque

de Bloqueio.

O campo

É retangular, com a dimensão de 18 x 9 metros, com

uma rede no meio colocada a uma altura variável,

conforme o sexo e a categoria dos jogadores

(exemplo dos séniores e juniores: masculino -2,43 m;

femininos 2,24 m).

Há uma linha de 3 metros em direção do campo para

a rede, dos dois lados e uma distância de 6 metros

até o fim da quadra. Fazendo uma quadra de

extensão de 18 metros de ponta a ponta e 9 metros

de lado a lado.

A equipe

É constituída por 12 jogadores: -6 jogadores

efectivos -6 jogadores suplentes -Até 2 líberos

Equipamento.

As partidas de voleibol são confrontos envolvendo

duas equipes disputados em ginásio coberto ou ao ar

livre conforme desejado.

O campo mede 18 metros de comprimento por 9 de

largura (18 x 9 metros), e é dividido por uma linha

central em um dos lados de nove metros que

constituem as quadras de cada time. O objetivo

principal é conquistar pontos fazendo a bola

encostar na sua quadra ou sair da área de jogo após

ter sido tocada por um oponente.

Acima da linha central, é postada uma rede de

material sintético a uma altura de 2,43 m para

homens ou 2,24 m para mulheres (no caso de

competições juvenis, infanto-juvenis e mirins, as

alturas são diferentes). Cada quadra é por sua vez

dividida em duas áreas de tamanhos diferentes

(usualmente denominadas "rede" e "fundo") por uma

linha que se localiza, em cada lado, a três metros da

rede ("linha de 25 metros").

No voleibol, todas as linhas delimitadoras são

consideradas parte integrante do campo. Deste

modo, uma bola que toca a linha é considerada

"dentro" (válida), e não "fora" (inválida). Acima da

quadra, o espaço aéreo é delimitado no sentido

lateral por duas antenas postadas em cada uma das

extremidades da rede. No sentido vertical, os

únicos limites são as estruturas físicas do ginásio.

Caso a bola toque em uma das antenas ou nas

estruturas físicas do ginásio, o ponto vai

automaticamente para o oponente do último jogador

que a tocou.

A bola empregada nas partidas de voleibol é

composta de couro ou couro sintético e mede

aproximadamente 65 cm de perímetro. Ela pesa em

torno de 270g e deve ser inflada com ar comprimido

a uma pressão de 0,30 kg/cm².

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Pontos

Existem basicamente duas formas de marcar pontos

no voleibol. A primeira consiste em fazer a bola

aterrissar sobre a quadra adversária como

resultado de um ataque, de um bloqueio bem

sucedido ou, mais raramente, de um saque que não

foi corretamente recebido. A segunda ocorre

quando o time adversário comete um erro ou uma

falta.

Diversas situações são consideradas erros:

1 A bola toca em qualquer lugar exceto em um

dos doze atletas que estão em quadra, ou no campo

válido de jogo ("bola fora").

2 O jogador toca consecutivamente duas vezes

na bola ("dois toques")

3 O jogador empurra a bola, ao invés de

acertá-la. Este movimento é denominado "carregar

ou condução".

4 A bola é tocada mais de três vezes antes de

retornar para o campo adversário.

5 A bola toca a antena, ou passa sobre ou por

fora da antena em direção à quadra adversária.

6 O jogador encosta na borda superior da

rede.

7 Um jogador que está no fundo da quadra

realiza um bloqueio.

8 Um jogador que está no fundo da quadra pisa

na linha de três metros ou na área frontal antes de

fazer contato com a bola acima do bordo superior

da rede ("invasão do fundo").

9 Postado dentro da zona de ataque da quadra

ou tocando a linha de três metros, o líbero realiza

um levantamento de toque que é posteriormente

atacado acima da altura da rede.

10 O jogador bloqueia o saque adversário.

11 O jogador está fora de posição no momento

do saque.

12 O jogador saca quando não está na posição 1.

13 O jogador toca a bola no espaço aéreo acima

da quadra adversária em uma situação que não se

configura como um bloqueio ("invasão por cima").

14 O jogador toca a quadra adversária por

baixo da rede com qualquer parte do corpo exceto

as mãos ou os pés ("invasão por baixo").

15 O jogador leva mais de oito segundos para

sacar

16 No momento do saque, os jogadores que

estão na rede pulam e/ou erguem os braços, com o

intuito de esconder a trajetória da bola dos

adversários. Esta falta é denominada screening

17 Os "dois toques" são permitidos no primeiro

contato do time com a bola, desde que ocorram em

uma "ação simultânea" - a interpretação do que é ou

não "simultâneo" fica a cargo do arbitro.

18 A não ser no bloqueio. O toque da bola no

bloqueio não é contabilizado.

19 A invasão por baixo de mãos e pés é

permitida apenas se uma parte dos membros

permanecer em contato com a linha central.

Fundamentos

Um time que deseja competir em nível internacional

precisa dominar um conjunto de seis habilidades

básicas, denominadas usualmente sob a rubrica

"fundamentos". Elas são: saque, passe,

levantamento, ataque, bloqueio e defesa. A cada um

destes fundamentos compreende um certo número

de habilidades e técnicas que foram introduzidas ao

longo da história do voleibol e são hoje consideradas

prática comum no esporte.

Saque ou serviço

O saque ou serviço marca o início de uma disputa de

pontos no voleibol. Um jogador posta-se atrás da

linha de fundo de sua quadra, estende o braço e

acerta a bola, de forma a fazê-la atravessar o

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espaço aéreo acima da rede delimitado pelas

antenas e aterrissar na quadra adversária. Seu

principal objetivo consiste em dificultar a recepção

de seu oponente controlando a aceleração e a

trajetória da bola.

Existe a denominada área de saque, que é

constituída por duas pequenas linhas nas laterais da

quadra, o jogador não pode sacar de fora desse

limite.

Um saque que a bola aterrissa diretamente sobre a

quadra do adversário sem ser tocada pelo

adversário - é denominado em voleibol "ace", assim

como em outros esportes tais como o tênis.

No voleibol contemporâneo, foram desenvolvidos

muitos tipos diferentes de saques:

Saque por baixo ou por cima: indica a forma como

o saque é realizado, ou seja, se o jogador acerta a

bola por baixo, no nível da cintura, ou primeiro

lança-a no ar para depois acertá-la acima do nível do

ombro. A recepção do saque por baixo é usualmente

considerada muito fácil, e por esta razão esta

técnica não é mais utilizada em competições de alto

nível.

Jornada nas estrelas: um tipo específico de saque

por baixo, em que a bola é acertada de forma a

atingir grandes alturas (em torno 25 metros). O

aumento no raio da parábola descrito pela trajetória

faz com que a bola desça quase em linha reta, e em

velocidades da ordem de 70 km/h. Popularizado na

década de 1980 pela equipe brasileira,

especialmente pelo ex-jogador Bernard Rajzman, ele

hoje é considerado ultrapassado, e já não é mais

empregado em competições internacionais.

Saque com efeito: denominado em inglês "spin

serve", trata-se de um saque em que a bola ganha

velocidade ao longo da trajetória, ao invés de perdê-

la, graças a um efeito produzido dobrando-se o

pulso no momento do contato.

Saque flutuante ou saque sem peso: saque em que a

bola é tocada apenas de leve no momento de

contato, o que faz com que ela perca velocidade

repentinamente e sua trajetória se torne

imprevisível.

Viagem ao fundo do mar: saque em que o jogador

lança a bola, faz a aproximação em passadas como no

momento do ataque, e acerta-a com força em

direção à quadra adversária. Supõe-se que este

saque já existisse desde a década de 1960, e tenha

chegado ao Brasil pelas mãos do jogador Feitosa. De

todo modo, ele só se tornou popular a partir da

segunda metade dos anos 1980.

Saque oriental: o jogador posta-se na linha de

fundo de perfil para a quadra, lança a bola no ar e

acerta-a com um movimento circular do braço

oposto. O nome deste saque provém do fato de que

seu uso contemporâneo restringe-se a algumas

equipes de voleibol feminino da Ásia.

Passe

Também chamado recepção, o passe é o primeiro

contato com a bola por parte do time que não está

sacando e consiste, em última análise, em tentativa

de evitar que a bola toque a sua quadra, o que

permitiria que o adversário marcasse um ponto.

Além disso, o principal objetivo deste fundamento é

controlar a bola de forma a fazê-la chegar

rapidamente e em boas condições nas mãos do

levantador, para que este seja capaz de preparar

uma jogada ofensiva.

O fundamento passe envolve basicamente duas

técnicas específicas: a "manchete", em que o

jogador empurra a bola com a parte interna dos

braços esticados, usualmente com as pernas

flexionadas e abaixo da linha da cintura; e o "toque",

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em que a bola é manipulada com as pontas dos dedos

acima da cabeça.

Quando, por uma falha de passe, a bola não

permanece na quadra do jogador que está na

recepção, mas atravessa por cima da rede em

direção à quadra da equipe adversária, diz-se que

esta pessoa recebeu uma "bola de graça".

Manchete

É uma técnica de recepção realizada com as mãos

unidas e os braços um pouco separados e

estendidos, o movimento da manchete tem início nas

pernas e é realizado de baixo para cima numa

posição mais ou menos cômoda, é importante que a

perna seja flexionada na hora do movimento,

garantindo maior precisão e comodidade no

movimento. Ela é usada em bolas que vem em baixa

altura, e que não tem chance de ser devolvida com o

toque.

É considerada um dos fundamentos da defesa, sendo

o tipo de defesa do saque e de cortadas mais usado

no jogo de voleibol. É uma das técnicas essenciais

para o líbero mas também é empregada por alguns

levantadores para uma melhor colocação da bola

para o atacante.

Levantamento

O levantamento é normalmente o segundo contato

de um time com a bola. Seu principal objetivo

consiste em posicioná-la de forma a permitir uma

ação ofensiva por parte da equipe, ou seja, um

ataque.

A exemplo do passe, pode-se distinguir o

levantamento pela forma como o jogador executa o

movimento, ou seja, como "levantamento de toque" e

"levantamento de manchete". Como o primeiro

usualmente permite um controle maior, o segundo só

é utilizado quando o passe está tão baixo que não

permite manipular a bola com as pontas dos dedos,

ou no voleibol de praia, em que as regras são mais

restritas no que diz respeito à infração de

"carregar".

Também costuma-se utilizar o termo "levantamento

de costas", em referência à situação em que a bola é

lançada na direção oposta àquela para a qual o

levantador está olhando.

Quando o jogador não levanta a bola para ser

atacada por um de seus companheiros de equipe,

mas decide lançá-la diretamente em direção à

quadra adversária numa tentativa de conquistar o

ponto rapidamente, diz-se que esta é uma "bola de

segunda".

Ataque

O ataque é, em geral, o terceiro contato de um time

com a bola. O objetivo deste fundamento é fazer a

bola aterrissar na quadra adversária, conquistando

deste modo o ponto em disputa. Para realizar o

ataque, o jogador dá uma série de passos contados

("passada"), salta e então projeta seu corpo para a

frente, transferindo deste modo seu peso para a

bola no momento do contato.

O voleibol contemporâneo envolve diversas técnicas

individuais de ataque:

Ataque do fundo: ataque realizado por um jogador

que não se encontra na rede, ou seja, por um

jogador que não ocupa as posições 2-4. O atacante

não pode pisar na linha de três metros ou na parte

frontal da quadra antes de tocar a bola, embora

seja permitido que ele aterrisse nesta área após o

ataque.

Diagonal ou Paralela: indica a direção da trajetória

da bola no ataque, em relação às linhas laterais da

quadra. Uma diagonal de ângulo bastante

pronunciado, com a bola aterrissando na zona

frontal da quadra adversária, é denominada

"diagonal curta".

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Cortada ou Remate: refere-se a um ataque em que a

bola é acertada com força, com o objetivo de fazê-

la aterrissar o mais rápido possível na quadra

adversária. Uma cortada pode atingir velocidades de

aproximadamente 200 km/h.

Largada: refere-se a um ataque em que jogador não

acerta a bola com força, mas antes toca-a

levemente, procurando direcioná-la para uma região

da quadra adversária que não esteja bem coberta

pela defesa.

Explorar o bloqueio: refere-se a um ataque em que

o jogador não pretende fazer a bola tocar a quadra

adversária, mas antes atingir com ela o bloqueio

oponente de modo a que ela, posteriormente,

aterisse em uma área fora de jogo.

Ataque sem força: o jogador acerta a bola mas

reduz a força e conseqüentemente sua aceleração,

numa tentativa de confundir a defesa adversária.

Bola de xeque: refere-se à cortada realizada por

um dos jogadores que está na rede quando a equipe

recebe uma "bola de graça" (ver passe, acima).

Bloqueio

O bloqueio refere-se às ações executadas pelos

jogadores que ocupam a parte frontal da quadra

(posições 2-3-4) e que têm por objetivo impedir ou

dificultar o ataque da equipe adversária. Elas

consistem, em geral, em estender os braços acima

do nível da rede com o propósito de interceptar a

trajetória ou diminuir a velocidade de uma bola que

foi cortada pelo oponente.

Denomina-se "bloqueio ofensivo" à situação em que

os jogadores têm por objetivo interceptar

completamente o ataque, fazendo a bola permanecer

na quadra adversária. Para isto, é necessário saltar,

estender os braços para dentro do espaço aéreo

acima da quadra adversária e manter as mãos

viradas em torno de 45-60° em direção ao punho.

Um bloqueio ofensivo especialmente bem executado,

em que bola é direcionada diretamente para baixo

em uma trajetória praticamente ortogonal em

relação ao solo, é denominado "toco".

Um bloqueio é chamado, entretanto, "defensivo" se

tem por objetivo apenas tocar a bola e deste modo

diminuir a sua velocidade, de modo a que ela possa

ser melhor defendida pelos jogadores que se situam

no fundo da quadra. Para a execução do bloqueio

defensivo, o jogador reduz o ângulo de penetração

dos braços na quadra adversária, e procura manter

as palmas das mãos voltadas em direção à sua

própria quadra.

O bloqueio também é classificado, de acordo com o

número de jogadores envolvidos, em "simples",

"duplo" e "triplo".

Defesa

A defesa consiste em um conjunto de técnicas que

têm por objetivo evitar que a bola toque a quadra

após o ataque adversário. Além da manchete e do

toque, já discutidos nas seções relacionadas ao

passe e ao levantamento, algumas das ações

específicas que se aplicam a este fundamento são:

Peixinho: o jogador atira-se no ar, como se estivesse

mergulhando, para interceptar uma bola, e termina o

movimento sob o próprio abdômen.

Rolamento: o jogador rola lateralmente sobre o

próprio corpo após ter feito contato com a bola.

Esta técnica é utilizada, especialmente, para

minimizar a possibilidade de contusões após a queda

que é resultado da força com que uma bola fora

cortada pelo adversário.

Martelo: o jogador acerta a bola com as duas mãos

fechadas sobre si mesmas, como numa oração. Esta

técnica é empregada, especialmente, para

interceptar a trajetória de bolas que se encontram

a uma altura que não permite o emprego da

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manchete, mas para as quais o uso do toque não é

adequado, pois a velocidade é grande demais para a

correta manipulação com as pontas dos dedos.

PRATICANDO CAP.15

1) Como surgiu o voleibol? Nos conte essa

história destacando quando aconteceu a primeira

partida oficial. Que público estava participando?

2) Após o surgimento nos estados unidos,

após quantos anos o Brasil conheceu o voleibol e

quem foi o responsável por ele ter chegado em

nosso pais?

3) Quais as dimensões da quadra e altura da

rede usados no voleibol quando foi criado?

4) Explique como um líbero participa de uma

partida de voleibol?

5) Destaque e explique 3 fundamentos no

voleibol.

CAP.16 – HANDEBOL

Atribui-se a invenção do Handebol ao professor Karl

Schellenz, da Escola Normal de Educação Física de

Berlim, durante a primeira guerra mundial. No início,

o Handebol era praticado apenas por moças e as

primeiras partidas foram realizadas nos arredores

de Berlim. Os campos tinham 40x20m. Pouco depois

em campos de dimensões maiores, o esporte passou

a ser praticado por homens e logo se espalhou por

toda a Europa.

Em 1927 foi criada a Federação Internacional de

Handebol Amador, F.I.H.A. Mas, em 1946, durante o

congreso de Copenhague (10 a 13 de julho), os

suecos oficializaram seu Handebol de Salão para

apenas 7 jogadores por equipe, passando a F.I.H.A. a

denominar-se Federação Internacional de Handebol,

F.I.H., e o jogo de 11 jogadores em segundo plano.

Em 1933 foi criada a federação alemã que, três anos

depois, introduzia o Handebol nos Jogos Olímpicos

de Berlim. Em 1954, a F.I.H. contava com 25 nações.

No dia 26 de Fevereiro de 1940 foi fundada, em São

Paulo, a Federação Paulista de Handebol, mas o

esporte já era praticado no Brasil desde 1930. Até

1950, a sede da F.I.H. era na Suécia. Transferiu-se

no ano seguinte para a Suíça.

A primeira vez que o Handebol foi disputado em uma

olimpíada foi em 1936, depois foi retirado e voltou

em 1972, já na sua nova versão (de 7 jogadores) e

em 1976 o Handebol feminino também passou a

fazer parte dos Jogos Olímpicos.

A Origem do Handebol

O Handebol é um dos esportes mais antigos de que

que se tem notícia. Ele ja apresentou uma grande

variedade de formas até a praticada atualmente.

Um jogo com bola foi descrito por Homero em "A

Odisséia", onde a bola era jogada com as mãos e o

objetivo era ultrapassar o oponente, através de

passes, isto está gravado em uma pedra na cidade

de Atenas e data de 600 A.C..

De acordo com as escritas do médico Romano,

Claudius Galenus (130-200 D.C.), os Romanos

possuiam um jogo de Handebol chamado

"Harpaston". Na Idade Média, as legiões de

cavaleiros jogavam um jogo de bola, o qual era

fundamentado em passes e metas, isto foi descrito

por Walther von der Vogelwide (1170-1230), que o

chamou de "Jogo de Pegar Bola", que é precursor do

atual jogo de Handebol. Na França, Rabelais(1494-

1533), fala sobre um jogo de Handebol em que "Eles

jogam bola, usando a palma da mão".

O Supervisor de Educação Física Alemão, Holger

Nielsen, adaptou o "Haanbold-Spiel" (Jogo de

Handebol) para ser jogado em quadras, na cidade de

Ortrup em 1848, remodelando as regras e método

como o jogo deveria ser praticado. Eventualmente

os alemães desenvolveram o esporte e finalisaram as

regras em 1897, onde atualmente é baseado o

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Handebol de Quadra (Indoor) e o Handebol

Olímpico.

Era uma forma de 7 jogadores por time, em uma

quadra pouco maior do que a de Basquete, com gols

de Futebol de 2m de altura por 2,5m de

comprimento.

Na Suécia, em 1910, G. Wallstrom foi quem

introduziu o Handebol. Na Alemanha, em 1912,

Hirschmann (O Secretário Geral Alemão da

Associação Internaciona de Futebol) tentou

introduzir o Handebol em um jogo de "campo",

seguindo as regras do Futebol. Durante 1915-1917, o

Supervisor de Educação Física Max Heiser (1879-

1921), introduziu o Handebol de Campo para as

mulheres, sendo considerado o real criador do

esporte, assim como Karl Schelenz (1890-1956), um

professor de esportes da Escola Superior de

Educação Física é considerado o fundador do

Handebol. Karl Schelenz foi o responsável pelo

desenvolvimento do Handebol na Alemanha, Austria

e Suiça, onde ele foi treinador.

Em 13 de Setembro de 1920, Carl Diem, o Diretor

da Escola Superior de Educação Física Alemã,

completou o estabelecimento do esporte no cenário

mundial, reconhecendo-o oficialmente como esporte.

O jogo era praticado em campos de Futebol com

traves do mesmo tamanho. O primeiro jogo

internacional foi disputado em 3 de Setembro de

1925, com vitória da Alemanha sobre a Austria por

6 a 3.

A Era Pioneira do Handebol

Durante seu desenvolvimento, o jogo de Handebol

não era reconhecido como um esporte independente,

assim como o Basquete e o Vôlei, era representado

pelas Associações de Educação Física e Associações

Atléticas Nacionais. Em um nível internacional, a

Federação Atlética Amadora Internacional (FAAI)

observou os interesses do Handebol desde 1928. Um

Comitê Especial foi formado no VII Congresso da

FAAI na Holanda, em 1926, para organizar os países

que praticavam Handebol para formar "regras

básicas" para eventos internacionais.

A FAAI estava preparando e organizando a

formação de uma associação internacional

independente e exclusiva ao Handebol. O congresso

se formou em 4 de Agosto de 1928 em Amsterdam,

Holanda, onde 11 países criaram a Federação

Internacional de Handebol Amador (FIHA). O

Handebol se tornou um esporte internacional em

1934, sendo jogado por 25 membros da FIHA. O

primeiro "grande" evento internacional de Handebol

ocorreu em 1936, nos Jogos Olímpicos de Berlim, e

no 10° aniversário da FIHA, o primeiro Campeonato

Mundial de Handebol, realizado em 1938.

Após o término da II Guerra Mundial, o jogo

cresceu rapidamente no âmbito internacional e em

1946, após a FIHA ser considerada extinta, foi

fundada a atual Federação Internacional de

Handebol (FIH), na Dinamarca.

A partir de 1952, o Handebol de Campo era

dominante nas nações participantes. O Handebol de

Quadra (Indoor) era mais praticado por países do

Norte Europeu. No entanto, devido a condições

climáticas e o fato de que após o "Hóckey no Gelo",

o Handebol de Quadra era o esporte mais rápido

existente, este começou a ganhar muita

popularidade pelo mundo.

Com regras de outros esportes introduzidas e

maiores punições à faltas violentas, o jogo se tornou

mais seguro, simples de se jogar e mais emocionante

de se observar. O Handebol se tornou um esporte

de inverno, levando o espectador a sair do frio e se

emocionar com mais ação e maiores placares do que

o Futebol. A partir de 1960 o Handebol de Campo

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perdeu rapidamente sua popularidade e o último

Campeonato Mundial foi disputado em 1966.

O Handebol sempre foi dominado por nações

Européias. Nos anos em que estava se praticando o

Handebol de Campo, Alemanha, Áustria e Dinamarca

dominaram o cenário mundial, também pelo fato de

não ter muitas nações fora da Europa que

praticavam o esporte.

História Olímpica

O Handebol fez sua estréia nos Jogos Olímpicos de

Berlim, em 1936. Na época era mais popular e mais

divulgado o Handebol de Campo. Este era praticado

em campos de grama com dimensões e gols similares

aos do Futebol, com 11 jogadores por equipe. Houve

apenas competições masculinas e esta foi a única

vez que este tipo de Handebol participou das

Olimpíadas (atualmente não se pratica mais esta

variável do Handebol, ocorrem ocasionalmente

apenas alguns jogos em eventos ou por antigos

admiradores).

Sendo reintroduzido nos Jogos Olímpicos de

Munique, em 1972, o Handebol voltou ao cronograma

olímpico mas com outra modalidade, o Handebol de

Quadra (conhecido atualmente apenas por

Handebol). Este possui times com 7 jogadores, é

praticado em quadras de 40m por 20m e gols de 2m

por 3m. Em 1972 apenas ocorreram competições

masculinas. As competições femininas foram

introduzidas nos Jogos Olímpicos de Montreal, em

1976. A partir desta data não houveram mudanças

significativas do Handebol nas Olimpíadas.

NO MUNDO

O Handebol não foi criado ou inventado A bola é sem

dúvida um dos instrumentos desportivos mais

antigos do mundo e vem cativando o homem há

milênios. O jogo de "Urânia", praticado na antiga

Grécia com uma bola do tamanho de uma maçã,

usando as mãos mas sem balizas, é citado por

Homero na Odisséia. Também os Romanos, segundo

Cláudio Galeno (130-200 DC), conheciam um jogo

praticado com as mãos, o "Harpastum". Mesmo

durante a idade média, eram os jogos com bola

praticados como lazer por rapazes e moças. Na

França, Rabelais (1494-1533) citava uma espécie de

handebol (esprés jouaiant â la balle, à la paume).

Em meados do século passado (1848), o professor

dinamarquês Holger Nielsen criou, no Instituto de

Ortrup, um jogo denominado "Haandbold",

determinando suas regras. Na mesma época, os

Tchecos conheciam jogo semelhante denominado

"Hazena". Fala-se também de um jogo similar na

Irlanda e no "El Balon" do uruguaio Gualberto

Valetta, como precursores do handebol.

Todavia o Handebol, como se joga hoje, foi

introduzido na última década do século passado, na

Alemanha, como "Raftball". Quem o levou para o

campo, em 1912, foi o alemão Hirschmann, então

Secretário da Federação lnternacional de Futebol.

O período da I Grande Guerra (1915-1918) foi

decisivo para o desenvolvimento do jogo, quando um

professor de ginástica, o berlinense Max Heiser,

criou um jogo ao ar livre para as operárias da

Fábrica Siemens, derivado do "Torball", e quando os

homens começaram a praticá-lo, o campo foi

aumentado para as medidas do futebol.

Em 1919, o professor alemão Karl Schelenz

reformulou o "Torball", alterando seu nome para

"Handball" com as regras publicadas pela Federação

Alemã de Ginástica para o jogo com 11 jogadores.

Schelenz levou o jogo como competitivo para a

Áustria, Suíça, além da Alemanha. Em 1920, o

Diretor da Escola de Educação Física da Alemanha

tornou o jogo desporto oficial.

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A divulgação na Europa deste novo desporto não foi

difícil, visto que Karl Schelenz era professor na

então famosa Universidade de Berlim onde seus

alunos, principalmente os estrangeiros, difundiram

as regras então propostas para vários países.

Por sua vez, existia na Tchecoslováquia desde 1892

um jogo praticado num campo de 45x30m e com 7

jogadores que também era jogado com as mãos e o

gol era feito em balizas de 3x2m. Este jogo, o

"Hazena", segundo os livros, foi regulamentado pelo

Professor Kristof Antonin, porém, somente em 1921

suas regras foram publicadas e divulgadas por toda

a Europa. Mas, foi o Handebol jogado no campo de

futebol, que chamamos de "Handebol de Campo", que

teve maior popularização, tanto que foi incluído nos

Jogos Olímpicos realizados em Berlim em 1936.

Com o grande crescimento do futebol com quem

dividia o espaço de jogo, com as dificuldades do

rigoroso inverno, muitos meses de frio e neve, o

Handebol de Campo foi paulatinamente sendo

substituído pelo Hazena que passou a ser o

"Handebol a 7", chamado de "Handebol de Salão",

que mostrou-se mais veloz e atrativo. Em 1972, nos

Jogos Olímpicos realizados em Munique-Alemanha, o

Handebol (não mais era necessário o complemento

"de salão") foi incluído na categoria masculina,

reafirmou-se em Montreal-Canadá em 1976

(masculino e feminino) e não mais parou de crescer.

NO BRASIL

O Handebol no Brasil Após a I Grande Guerra

Mundial, um grande número de imigrantes alemães

vieram para o Brasil estabelecendo-se na região sul

por conta das semelhanças climáticas.

Dessa forma os brasileiros passaram a ter um maior

contato com a cultura, tradição folclórica e por

extensão as atividades recreativas e desportivas

por eles praticadas, dentre os quais o então

Handebol de Campo. Foi em São Paulo que ele teve

seu maior desenvolvimento, principalmente quando

em 26 de fevereiro de 1940 foi fundada a

Federação Paulista de Handebol, tendo como seu 1 °

Presidenta Otto Schemelling.

O Handebol de Salão somente foi oficializado em

1954 quando a Federação Paulista de Handebol

instituiu o I Torneio Aberto de Handebol que foi

jogado em campo improvisado ao lado do campo de

futebol do Esporte Clube Pinheiros, campo esse

demarcado com cal (40x20m e balizas com caibros

de madeira 3x2m).

Este Handebol praticado com 7 jogadores e em um

espaço menor agradou de tal maneira que a

Confederação Brasileira de Desportos - CBD órgão

que congregava os Desportos Amadores a nível

nacional, criou um departamento de Handebol

possibilitando assim a organização de torneios e

campeonatos brasileiros nas várias categorias

masculina e feminina.

Contudo, a grande difusão do Handebol em todos os

Estados adveio com a sua inclusão nos III Jogos

Estudantis Brasileiros realizado em Belo Horizonte-

MG em julho de 1971 como também nos Jogos

Universitários Brasileiros realizado em Fortaleza-

CE em julho de 1972. Como ilustração, nos JEB's/72

o Handebol teve a participação de aproximadamente

10 equipes femininas e 12 masculinas, já em 1973

nos IV JEB's em Maceió-AL tivemos cerca de 16

equipes femininas e 20 masculinas.

A atual Confederação Brasileira de Handebol -

CBHb foi fundada em 1º de junho de 1979, tendo

como primeira sede São Paulo e o primeiro

Presidente foi o professor Jamil André.

Quadra

A quadra deve ser retangular, com um comprimento

de 38 a 44m e uma largura de 18 a 22m (mas por

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convenção fala-se que as quadras de Handebol

possuem comprimento de 40m e largura de 20m). A

área privativa do goleiro será determinada por um

semi-círculo cujo raio medirá 6m, desde o centro do

gol. Nesta área somente o goleiro pode ficar,

atacantes e defensores devem ficar fora dela (não é

permitido nem pisar na linha, entretanto pode-se

pula-la de fora para dentro, desde que se solte a

bola enquanto estiver no ar). O outro semi-círculo

será colocado a 9m, este sendo tracejado e

determinando a linha do tiro livre (de onde

geralmente são cobradas as faltas realizadas pela

defesa). A baliza possui largura interior de 3m e

altura de 2m. Em frente e ao meio de cada baliza, e

a uma distância de 7m, traça-se uma linha paralela à

do gol, de 1m de comprimento e chamada de marca

dos 7m (penalidade máxima), este lance apenas é

ordenado com a execução de uma falta grave sobre

o adversário enquanto este atacava a meta da

defesa.

O Jogo

Em cada jogo confrontam-se duas equipes. Estas

devem estar devidamente uniformizadas, a

numeração dos jogadores deve ser visível e

obrigatória. Cada equipe é composta por 12

jogadores, dos quais 6 de quadra, 1 goleiro e o

restante na reserva. A duração de cada tempo é de

30 minutos, com intervalo de 10 minutos (Nas

olimpíadas de Atlanta foi permitido a utilização de

tempo, como no Voleibol).

O número de substituições é ilimitado, mas deve ser

feito em um espaço de 4,45m, partindo da linha

central da quadra (não é nescessário parar o jogo

para realizar as substituições, e estas apenas podem

se realizar após que o jogoador a ser substituído

saia completamente da quadra).

Seu objetivo básico é ultrapassar o adversário

através de toques de bola até atingir a meta

adversária, marcando um ponto caso a bola

ultrapasse a linha de gol. Para realizar tal coisa

nescessita-se de muita habilidade e agilidade, pois o

jogo é muito rápido e exige que os reflexos estegem

bem apurados. Com o auxílio de jogadas "ensaiadas"

(previamente treinadas) é possível confundir a

defesa adversária e encantar o público.

Bola de Handebol

Existem três tamanhos de bolas de Handebol, cada

uma possui um certo peso pré-determinado e

representa uma categoria específica. São

denominados por H3, H2 e H1. Elas tem que ser de

couro e não escorregadias. (Para uma melhor

aderência e maior liberdade nas jogadas usa-se uma

cola especial para Handebol, aplicando-a nas pontas

dos dedos).

H3 Esta é usada para a categoria Adulto Masculino

(sendo a maior bola de Handebol), deve medir no

início da partida, 58,4cm de circunferência e pesar

453,6 gramas.

H2 Esta bola é usada nas categorias Adulto Feminio

e Juvenil Masculino (possuindo um tamanho

intermediário), deve medir no início da partida

56,4cm de circunferência e pesar 368,5 gramas.

H1 Esta bola é usada nas categorias Infantis

Masculino e Feminino e Juvenil Feminino.

POSIÇÕES

No ataque, o time é dividido em: Pontas, Meias,

Armador (conhecido também como Central), Pivô e

Goleiro.

Armador

É a "locomotiva" do time no ataque. Este jogador

esta no centro do ataque e comanda o curso e o

tempo do mesmo. Este é geralmente o mais

experiente jogador do time, deve saber arremesar

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com força e ter um grande repertório de passes.

Deve possuir grande visão de jogo para se adaptar

as mudanças na defesa adversária. Força,

concentração, tempo de jogo e passes certos são o

que destacam um bom armador.

Meia

O "combustível" do time no ataque. Os meias

geralmente possuem os mais fortes arremessos e

são, geralmente, os mais altos jogadores do time.

(No masculino variam de 180cm a 210cm e no

feminino variam de 175cm a 190cm). Entratanto

existem exepcionais jogadores que são menores que

a média, mas possuem arremessos poderosos e

técnica muito apurada. Estes são geralmente os

jogadores mais perigosos durante o ataque, pois os

arremessos costumam partir deles ou de outro

jogador o qual tenha recebido um passe dele.

Ponta

Geralmente são eles que começam as jogadas de

ataque. Os pontas são velozes e ageis; e devem

possuir a capacidade de arremessar em ângulos

fechados. O destaque no arremesso não é a força,

mas a habilidade e mira, podendo mudar o destino da

bola apenas momentos antes de soltá-la em direção

ao gol. Estes jogadores também são muito

importantes nos contra-ataques, apoiados em sua

velocidade e posicionamento.

Pivô

O "coringa" do time no ataque. Se posicionam entre

as linhas de 6m e a de 9m. Seu objetivo é abrir

espaço na defesa adversária para que seus

companheiros possam arremessar de uma distância

menor, ou se posicionar estrategicamente para que

ele mesmo possa receber a bola e arremessar em

direção ao gol. O pivô possui o maior repertório de

arremessos do time, pois ele deve passar pelo

goleiro e marcar o gol geralmente sem muita força,

impulsão ou velocidade, e em jogadas geralmente

rápidas.

Goleiro

Se o goleiro defender um arremesso ou conseguir

um tiro livre, ele deve ter a habilidade e o raciocínio

rápido para observar se algum jogador se encontra

em uma posição de contra-ataque, fazendo assim o

lançamento que deve ser rápido e certeiro. O goleiro

não é apenas um jogador de defesa, mas um

importante armador de contra-ataques.

Defesa

Os jogadores na defesa precisam trabalhar em

equipe. Comunicação é absolutamente vital. Onde

está o pivô? Quem está marcando quem? Aonde está

o foco do ataque? No nível de elite do Handebol,

existem times que possuem jogadores

especializados na defesa, que são físicamente

grandes, muito fortes, rápidos e com muita

concentração. Esses jogadores ainda possuem a

habilidade de detectar o foco do ataque e se

adaptar as mudanças nas jogadas. Defensores

situados no meio precisam ser muito fortes e altos

para impedir os ataques dos meias e conter os pivôs.

O goleiro é vital na defesa. Um bom goleiro pode

representar mais de 50% da performance de um

time. Quando a defesa é penetrada, o goleiro é a

ultima barreira ao atacante. Ele precisa ter um

reflexo rápido, boa antecipação de onde o atacante

pretende arremessar e habilidade de ajustar força,

reflexos e total concentração (eliminado qualquer

coisa que não seja referente ao jogo) focando seu

objetivo final, a defesa. O goleiro também deve se

comunicar com seu time, (pois possui maior visão de

jogo por estar fora dos lances de ataque)

incentivando e alertando a defesa; e auxiliando e

orientando seus companheiros no ataque.

PRATICANDO CAP.16

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1) Como surgiu o handebol? Nos conte essa

história destacando quando em que pais aconteceu

e quem foi o seu criador.

2) Após o surgimento, após quantos anos o

Brasil conheceu o handebol e quem foi o

responsável por ele ter chegado em nosso pais?

3) Quais as dimensões da quadra de handebol

hoje e o tamanho da bola usada peo jogadores

adultos do sexo masculino?

4) Explique quais as posições dos jogadores

no handebol destacando o posicionamento

“trocado” dos pontas

5) Destaque e explique 3 fundamentos no

handebol.

CAP.17 - FUTEBOL

O futebol é um dos esportes mais populares no

mundo. Praticado em centenas de países, este

esporte desperta tanto interesse em função de sua

forma de disputa atraente. O futebol é um esporte

coletivo jogado, como o seu próprio nome diz

(foot=pés; Ball= bola), principalmente com os pés. Os

jogadores deslocam-se conduzindo ou tocando a bola

com qualquer parte do corpo, exceto as mãos.

Embora não se tenha muita certeza sobre os

primórdios do futebol, historiadores descobriram

vestígios dos jogos de bola em várias culturas

antigas. Estes jogos de bola ainda não eram o

futebol, pois não havia a definição de regras como

há hoje, porém demonstram o interesse do homem

por este tipo de esporte desde os tempos antigos.

O futebol tornou-se tão popular graças a seu jeito

simples de jogar. Basta uma bola, equipes de

jogadores e as traves, para que, em qualquer espaço,

crianças e adultos possam se divertir com o futebol.

Na rua, na escola, no clube, no campinho do bairro ou

até mesmo no quintal de casa, desde cedo jovens de

vários cantos do mundo começam a praticar o

futebol.

Na China Antiga, por volta de 3000 a.C, os militares

chineses praticavam um jogo que na verdade era um

treino militar. Após as guerras, formavam equipes

para chutar a cabeça dos soldados inimigos. Com o

tempo, as cabeças dos inimigos foram sendo

substituídas por bolas de couro revestidas com

cabelo. Formavam-se duas equipes com oito

jogadores e o objetivo era passar a bola de pé em pé

sem deixar cair no chão, levando-a para dentro de

duas estacas fincadas no campo. Estas estacas eram

ligadas por um fio de cera.

Origens do futebol no Japão Antigo

No Japão Antigo, foi criado um esporte muito

parecido com o futebol atual, porém se chamava

Kemari. Praticado por integrantes da corte do

imperador japonês, o kemari acontecia num campo

de aproximadamente 200 metros quadrados. A bola

era feita de fibras de bambu e entre as regras, o

contato físico era proibido entre os 16 jogadores (8

para cada equipe). Historiadores do futebol

encontraram relatos que confirmam o

acontecimento de jogos entre equipes chinesas e

japonesas na antiguidade.

Origens do futebol na Grécia e Roma

Os gregos criaram um jogo por volta do século I a.C

que se chamava Episkiros. Neste jogo, soldados

gregos dividiam-se em duas equipes de nove

jogadores cada e jogavam num terreno de formato

retangular. Na cidade grega de Esparta, os

jogadores, também militares, usavam uma bola feita

de bexiga de boi cheia de areia ou terra.

O campo onde se realizavam as partidas, em

Esparta, eram bem grandes, pois as equipes eram

formadas por quinze jogadores.Quando os romanos

dominaram a Grécia, entraram em contato com a

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cultura grega e acabaram assimilando o Episkiros,

porém o jogo tomou uma conotação muito mais

violenta.

O FUTEBOL NA IDADE MÉDIA

Há relatos de um esporte muito parecido com o

futebol, embora usava-se muito a violência. O Soule

ou Harpastum era praticado na Idade Média por

militares que dividiam-se em duas equipes:

atacantes e defensores. Era permitido usar socos,

pontapés, rasteiras e outros golpes violentos. Há

relatos que mostram a morte de alguns jogadores

durante a partida. Cada equipe era formada por 27

jogadores, onde grupos tinham funções diferentes

no time: corredores, dianteiros, sacadores e

guarda-redes.

Na Itália Medieval apareceu um jogo denominado

gioco del calcio. Era praticado em praças e os 27

jogadores de cada equipe deveriam levar a bola até

os dois postes que ficavam nos dois cantos extremos

da praça. A violência era muito comum, pois os

participantes levavam para campo seus problemas

causados, principalmente por questões sociais

típicas da época medieval.

O barulho, a desorganização e a violência eram tão

grandes que o rei Eduardo II teve que decretar uma

lei proibindo a prática do jogo, condenando a prisão

os praticantes. Porém, o jogo não terminou, pois

integrantes da nobreza criaram um nova versão dele

com regras que não permitiam a violência. Nesta

nova versão, cerca de doze juízes deveriam fazer

cumprir as regras do jogo.

O futebol chega à Inglaterra

Pesquisadores concluíram que o gioco de calcio saiu

da Itália e chegou a Inglaterra por volta do século

XVII. Na Inglaterra, o jogo ganhou regras

diferentes e foi organizado e sistematizado. O

campo deveria medir 120 por 180 metros e nas duas

pontas seriam instalados dois arcos retangulares

chamados de gol. A bola era de couro e enchida com

ar. Com regras claras e objetivas, o futebol começou

a ser praticado por estudantes e filhos da nobreza

inglesa.

Aos poucos foi se popularizando. No ano de 1848,

numa conferência em Cambridge, estabeleceu-se um

único código de regras para o futebol. No ano de

1871 foi criada a figura do guarda-redes (goleiro)

que seria o único que poderia colocar as mãos na

bola e deveria ficar próximo ao gol para evitar a

entrada da bola. Em 1875, foi estabelecida a regra

do tempo de 90 minutos e em 1891 foi estabelecido

o pênalti, para punir a falta dentro da área.

Somente em 1907 foi estabelecida a regra do

impedimento.

O profissionalismo no futebol foi iniciado somente

em 1885 e no ano seguinte seria criada, na

Inglaterra, a International Board, entidade cujo

objetivo principal era estabelecer e mudar as regras

do futebol quando necessário. No ano de 1897, uma

equipe de futebol inglesa chamada Corinthians fez

uma excursão fora da Europa, contribuindo para

difundir o futebol em diversas partes do mundo

Em 1888, foi fundada a Football League com o

objetivo de organizar torneios e campeonatos

internacionais. No ano de 1904, foi criada a FIFA (

Federação Internacional de Futebol Association )

que organiza até hoje o futebol em todo mundo. É a

FIFA que organiza os grandes campeonatos de

seleções ( Copa do Mundo ) de quatro em quatro

anos. Em 2006, aconteceu a Copa do Mundo da

Alemanha, que teve a Itália como campeã e a França

como vice.A FIFA também organiza campeonatos de

clubes como, por exemplo, a Copa Libertadores da

América, Copa da UEFA, Liga dos Campeões da

Europa, Copa Sul-Americana, entre outros.

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No começo do século XX a popularidade do futebol

em todo o mundo levou à

criação, em 1904, de uma organização internacional,

a Federação Internacional de Futebol Association

(FIFA).

Foram sete os países fundadores: Bélgica,

Dinamarca, França, Países Baixos, Espanha, Suécia e

Suíça. A FIFA tem como metas principais a

uniformização das regras do jogo, elaboradas pela

International Board, e a organização de um torneio

internacional entre as entidades afiliadas -- a Copa

do Mundo, disputada a partir de 1930.

Desde sua fundação, a FIFA teve os seguintes

presidentes: Robert Guérin (1904-1906), D. B.

Woolfall (1906-1921), Jules Rimet (1921- 1954), R.

W. Seeldrayers (1954-1955), Arthur Drewry (1955-

1961), Stanley Ford Rous (1961-1974) e João

Havelange, a partir de 1974.

HISTÓRIA DO FUTEBOL NO BRASIL

Nascido no bairro paulistano do Brás, Charles Miller

viajou para Inglaterra aos nove anos de idade para

estudar. Lá tomou contato com o futebol e, ao

retornar ao Brasil em 1894, trouxe na bagagem a

primeira bola de futebol e um conjunto de regras.

Podemos considerar Charles Miller como sendo o

precursor do futebol no Brasil.

O primeiro jogo, de futebol no Brasil foi realizado

em 15 de abril de 1895 entre funcionários de

empresas inglesas que atuavam em São Paulo. Os

funcionários também eram de origem inglesa. Este

jogo foi entre FUNCIONÁRIOS DA COMPANHIA

DE GÁS X CIA. FERROVIARIA SÃO PAULO

RAILWAY. O primeiro time a se formar no Brasil

foi o SÃO PAULO ATHLETIC, fundado em 13 de

maio de 1888.

No início, o futebol era praticado apenas por

pessoas da elite, sendo vedada a participação de

negros em times de futebol. A partir dessa

iniciativa, vários clubes se formaram: em 1898, o

São Paulo Athletic Club e, no ano seguinte, a

Associação Atlética Mackenzie College e o Sport

Club Germânia. No Rio de Janeiro, o pioneiro foi

Oscar Cox, que estudou na Europa e trouxe de lá

material esportivo. Depois de organizar partidas

entre uma equipe criada por ele e o Rio Cricket and

Athletic Association, de Niterói, Cox tornou-se um

dos líderes do movimento que resultou na fundação

do Fluminense Futebol Clube, em 1902.

De uma dissidência neste clube, nasceu, em 1911, o

departamento de futebol do Clube de Regatas do

Flamengo. Embora reunisse os melhores jogadores

da época, que haviam sido campeões no ano anterior,

o Flamengo perdeu seu primeiro jogo para os que

ficaram no Fluminense, por 3 a 2, o que gerou a

célebre rivalidade do Fla x Flu.

Na década de 1910, surgiram clubes e federações

por todo o Brasil, cada estado começou a realizar

seu próprio campeonato e cresceu o interesse do

público e da imprensa pelo esporte. Em 1914, criou-

se a Federação

Brasileira de Sports e, dois anos depois, a

Confederação Brasileira de Desportos (CBD).

Em 1919, o Brasil sagrou-se campeão sul-americano

de futebol ao vencer o Uruguai por 1 a 0 no Rio de

Janeiro. Com a difusão do esporte por todo o país

foi realizado, em 1922, o primeiro campeonato de

seleções estaduais. Durante quase quarenta anos o

futebol foi exercido no Brasil por amadores --

estudantes, empregados de companhias e jovens de

nível social elevado.

Em 1933, oficializou-se, no Rio de Janeiro e em São

Paulo, o profissionalismo, até então praticado de

forma disfarçada. Após um período de transição, em

que os jogadores hesitaram em aceitar o novo

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regime, teve início a fase de afirmação do futebol

brasileiro, em 1938, ano da primeira Copa em que o

Brasil chegou às semifinais e ficou em terceiro

lugar.

As arrecadações das partidas aumentaram e

estimulou a construção de estádios, o maior dos

quais foi o Maracanã, inaugurado no Rio de Janeiro

em 1950, para a IV Copa do Mundo. Em 1959, nasceu

a Taça Brasil, um

campeonato interclube de âmbito nacional,

disputada em eliminatórias pelos campeões

estaduais. Em 1971, o torneio foi oficializado como

Campeonato Brasileiro de Clubes, cujos vencedores

disputam com clubes de outros países sul-

americanos a Taça Libertadora da América.

Em 1950, a Copa do Mundo foi realizada no Brasil,

sendo que a seleção brasileira perdeu o título, em

pleno Maracanã, para a seleção Uruguaia (Uruguai 2

x Brasil 1). Em 2014, a Copa do Mundo de Futebol

será realizada novamente no Brasil.

CARACTERISTICAS DO FUTEBOL

O futebol permite ao praticante o desenvolvimento

de habilidades no manejo da bola com o corpo todo.

Uma partida de futebol é disputada por duas

equipes, cada uma composta por 11 jogadores, um

dos quais é o goleiro. O número de reservas pode

variar. As equipes devem se apresentar

uniformizadas com calção, camisas, meias e

chuteiras próprias para o jogo sobre campo

gramado. Além dos 22 jogadores, participam do jogo

também quatro oficiais de arbitragem: um árbitro,

dois bandeirinhas (auxiliares) e um 4º árbitro

(representante), que faz anotações.

Oficialmente uma partida de futebol é composta de

dois tempos de 45 minutos cada, com um intervalo

de quinze para descanso. Antes de iniciar a partida,

o árbitro faz o sorteio entre as duas equipes e

decide quem terá a posse de bola e quem terá o

direito de escolher o campo. A partida é iniciada no

centro do campo, com as duas equipes no seu campo

defensivo.

Após o apito do árbitro, o jogador encarregado de

dar o toque inicial, dentro do circulo central, chuta a

bola para seu companheiro. Para receber ou passar a

bola pode se usar qualquer parte do corpo, menos as

mãos com exceção dos goleiros: cabeça, peito, coxa,

pés.

Os demais jogadores da equipe avançam para o

campo adversário, colocando-se em posições que

permitem ao companheiro de posse da bola enxergá-

los. O objetivo do jogo de futebol é marcar gols e

impedir que o adversário faça o mesmo. Para isso, é

necessário que a bola seja deslocada pelos

jogadores, que a passam entre si, conduzindo-a e

progredindo até chegar a uma posição que lhe

permita arremessar ou chutar contra o gol

adversário.

Vence a partida a equipe que fizer mais gols. Pode

haver situações de empate com ou sem gols

marcados. O campo de futebol é retangular e deve

ter de 45 a 90 metros de largura por 90 a 120

metros de comprimento. O campo de futebol é

limitado pelas linhas laterais e de fundo. È dividido

ao meio pala linha de meio campo. O circulo central

serve para indicar a posição dos jogadores no início

do jogo.

FUNDAMENTOS

Podemos dividir os fundamentos técnicos em dois

tipos de ações:

a) MOVIMENTOS SEM BOLA (corrida com

mudança, saltos, giros, etc.);

b) MOVIMENTOS COM BOLA (recepção, passe,

chute, etc.).

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De acordo com essa divisão, pretendemos

desenvolver aqui somente as técnicas básicas do

futebol pertencentes ao grupo b (movimentos com

bola), executando as ações específicas

desenvolvidas pelos jogadores que ocupam a posição

de goleiro.

Para uma melhor prática do futebol, faz-se

necessário o conhecimento e domínio de algumas

técnicas básicas, tais como: condução, passe, chute,

drible ou finta, recepção, cabeceio e arremesso

lateral.

O cabeceio e o arremesso lateral serão abordados

como elementos pertencentes a outros fundamentos

técnicos, ou seja, o arremesso lateral seria

considerado uma forma de passe, e o cabeceio,

dentro dos demais fundamentos. As técnicas serão

abordadas na seguinte seqüência: definição e

conceituação do termo, descrição da técnica e as

possíveis variações e formas.

1) CONDUÇÃO: é o ato de deslocar-se pelos

espaços possíveis do jogo, tendo consigo o passe de

bola.

Técnica de condução de bola: posicionar o corpo e

movimentá-lo de maneira a facilitar o tipo de

condução desejada, manter a bola numa distancia

que facilite a seqüência da condução, bem como as

variações necessárias de acordo com exigência da

situação; utilizar o tipo de toque adequado à

situação; postura adequada à movimentação, com o

centro de gravidade um pouco mais baixo, quando

necessário um melhor domínio e mais alto, quando

conduzir em alta velocidade; distribuir a atenção na

bola, no espaço e nos demais jogadores.

2) PASSE: é um elemento técnico inerente ao

fundamento chute, que se caracteriza pelo ato de

impulsionar a bola para um companheiro.

Técnica do passe: posicionamento do corpo de

maneira favorável a sua execução; pé de apoio ao

lado (atrás ou à frente) da bola; projeção da perna

(membro inferior direito ou esquerdo) a ser

utilizada em direção à bola; toque propriamente dito

(durante a execução do movimento, o braço ajuda no

coordenação e equilíbrio).

3) CHUTE: É o ato de golpear a bola, desviando ou

dando trajetória à mesma, estando ela parada ou em

movimento.

Técnica do chute: é semelhante à técnica do passe,

sendo o objetivo das ações sua grande diferença. O

chute tem como objetivo finalizar uma ação para o

gol ou impedir o prosseguimento das ações do

adversário.

4) DRIBLE OU FINTA: é o ato que o jogador,

estando ou não em posse da bola, tenta ludibriar o

seu adversário o drible, de acordo com a sua origem

inglesa (dribbling), seria a progressão com a bola.

Entretanto, no cotidiano do futebol, o drible é

entendido como a forma de ludibriar o adversário. O

termo correto para a ação de

desvencilhar-se de um adversário seria finta, mas,

como a palavra drible tornou-se muito utilizada

neste sentido, consideraremos os dois como

sinônimos.

Técnica do drible ou finta: posicionar o corpo de

maneira favorável ao drible (ou finta) desejado;

manter a bola próxima ao corpo e o centro de

gravidade baixo, permitindo assim um melhor

domínio sobre a mesma; utilizar o tipo de toque e

movimentação adequados ao drible desejado, de

acordo com a situação; na execução do drible, a

atenção é dirigida para a movimentação do

adversário para o espaço e para a bola.

5) RECEPÇÃO: Se o aluno não consegue Ter a posse

da bola quando tenta interromper a trajetória da

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mesma, dizemos que houve uma má recepção. Este

mesmo fundamento aparece na literatura como os

seguintes sinônimos: abafamento, amortecimento,

travar ou dominar a bola. Lembre-se que,

cotidianamente, o domínio de bola é entendido como

recepção. Entretanto, consideramos que o domínio

ou controle da bola

expressam um nível de referencia quanto ao

“desenvolvimento” das capacidades coordenativas de

condução e adaptação do movimento, sendo que o

domínio pode manifestar-se com mais evidencia nas

técnicas de condução, recepção e drible.

Técnicas da recepção: posicionamento do corpo de

maneira favorável a recepção, com a parte do corpo

a realizar o contato voltad0 para a bola; ao

aproximar-se da bola, amortecê-la, tentando

inicialmente, diminuir a sua velocidade, manter a

bola próxima ao corpo, favorecendo assim, o seu

domínio.

6) CABECEIO: é o ato de impulsionar a bola

utilizando a cabeça. Esse gesto técnico é bastante

utilizado durante o jogo e pode ser aplicado, tanto

para ações ofensivas como defensivas. O cabeceio

apresenta-se como uma das alternativas para a

realização de outros fundamentos, tais como: passe,

chute, recepção, etc. O cabeceio poderá ser

executado parado ou em movimento, estando ou não

em suspensão. Aconselha-se principalmente, o uso da

testa como a região da cabeça que irá realizar o

contato com a bola. Existem duas posições básicas

do tronco em relação à bola, no momento da

execução do gesto técnico: frontal ou lateral.

7) DOMINIO DE BOLA: Para receber ou dominar

(matar) a bola, podem ser usadas diferentes

partes do corpo. Estes domínios podem ser

definidos de técnicas de futebol.

1- Quando a bola vem alta, ela amortecida com um

movimento de recuo da cabeça na hora do toque.

2- Quando a bola é enviada na altura do peito,

procura-se amortecê-la com um movimento de recuo

no peito, que forma uma concavidade, ajudada com a

projeção dos braços para frente.

3- A bola rasteira, no entanto, é recebida com os

pés e, dependendo da maneira como ela chega, é

recebida pelas partes interna, externa ou pela

planta dos pés.

4- Quando a bola vem em uma altura média, abaixo

da cintura, a recepção é feita palas coxas. Condução

da bola

A bola deverá ser conduzida com o lado externo do

pé, colocada ao lado do corpo sempre em posição de

chute.

Durante uma partida de futebol, dominando a bola, o

jogador levanta a cabeça e observa a posição de

seus companheiros. Como não estão bem colocados

ou fortemente marcados, o jogador conduz a bola

em direção a meta do adversário. Mantém a cabeça

erguida para observar os companheiros e os

adversários, procurando uma oportunidade para

passar a bola.

8) FINTA Finta Muitas vezes, durante uma partida

de futebol, o jogador está conduzindo a bola e é

bloqueado por um adversário. Neste caso, a

ultrapassagem fica difícil e o jogador é obrigado a

aplicar uma finta. Já vimos que fintas são

movimentos que o jogador realiza para confundir ou

ultrapassar o adversário.

No futebol, pode ser aplicada com as partes

internas ou externas dos pés. Também pode ser

dada pelo alto ou apenas com um movimento de

corpo. Como a finta é uma maneira de desequilibrar

o adversário e passar por ele antes que tenha tempo

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de se recuperar, deve ser aplicada rapidamente,

antes que perceba nossa intenção.

CAP.18 - OUTRAS VARIEDADE DO FUTEBOL

FUTSAL

O futebol de salão ou futsal é jogado entre duas

equipes de 5 jogadores cada uma, sendo um deles o

goleiro. É disputado em dois tempos de 20 minutos

cada um. Cada jogo é realizado sobre uma superfície

de material sólido com cerca de 40 por 20 metros.

As outras regras são praticamente iguais às do

futebol tradicional, com poucas diferenças, como a

ausência do impedimento e o uso dos pés para

cobrar os arremessos laterais.

Desde 1989 é realizado o Campeonato Mundial de

Futsal, equivalente à Copa do Mundo FIFA para este

desporto, que também é organizado pela FIFA.

FUTEBOL DE AREIA

Assim como o futsal, o futebol de areia possui

grandes semelhanças com o futebol tradicional.

Participam duas equipes de cinco jogadores cada

uma, sendo um deles o goleiro. Joga-se num campo

de cerca de 35 por 25 metros, que é coberto

inteiramente por areia.

Cada partida é constituída de três tempos de 12

minutos cada um e, diferentemente de outras

variantes do futebol, o tempo para quando o árbitro

marca um tiro livre, marca um pênalti ou consta que

um jogador está fazendo o tempo passar de forma

inapropriada. Todos os tiros livres são diretos e sem

barreira da equipe adversária. Se um jogador

recebe dois cartões amarelos, receberá um cartão

azul e deverá sair do campo de jogo por 2 minutos,

sem poder ser substituído por outro jogador. Se um

jogador recebe um cartão vermelho ou três

amarelos, será expulso e não poderá ser substituído

por outro. Os arremessos laterais podem ser

executados com os pés. As outras regras são

praticamente iguais às do futebol tradicional.

A competição mais importante atualmente é a Copa

do Mundo de Futebol de Areia, que é disputada

desde 1995, ainda que somente a partir de 2005 sob

a organização da FIFA.

SHOWBOL

O Showbol é muito parecido com o futsal, mas em

um campo menor. Foi criado em 2007 e, ainda que

não é muito conhecido pelo mundo, na América do

Sul ganhou muitos adeptos. A ideia foi divulgada

pelos ex-jogadores Diego Armando Maradona

(argentino) e Iván Zamorano (chileno). Basicamente

é uma espécie de "Show" a base do futebol; onde os

jogadores são reconhecidos ex-jogadores de

futebol tradicional.

Há várias seleções de Showbol, destacando-se a

argentina, a chilena, a peruana, a uruguaia, a

brasileira e a mexicana.

BOSSABALL

Outras variantes Um jogador efetua uma bicicleta

durante um jogo de bossaball na Espanha.

À parte de todas as variantes supracitadas, existem

outros desportos que possuem grandes semelhanças

com o futebol tradicional ou que mesmo combinam

aspectos de outros desportos, ainda que as regras

dos mesmos variam de acordo com o local onde são

jogados e aos meios disponíveis.

O jogo denominado bossaball ou futevôlei inflável

combina aspectos do futebol tradicional e do

voleibol. Baseado nas regras do voleibol, é jogado

sobre uma superfície de colchões infláveis e camas

elásticas, o que permite maior número de toques e

uma maior disputa pelos pontos nos saltos. Joga-se

entre duas equipes de até 5 jogadores, que devem

passar a bola por cima da rede utilizando qualquer

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parte de seu corpo, mas com um número limitado de

toques.

FUTETÊNIS

O futetênis, como o nome indica, combina aspectos

do futebol tradicional e o ténis. É jogado sobre um

terreno similar ou igual ao campo de ténis, onde

cada uma das duas equipes deve passar a bola por

cima da rede utilizando a cabeça e os pés. A altura

da rede pode variar, com que o terreno poderia ser

substituído por uma quadra de voleibol.

Variações Independentes

Futebol Society: Variação jogada em campos

gramados (ou artificiais) menores, com pelo menos

sete metros de cada lado. Já existem campeonatos

amadores na América do Sul.

Futebol de Salão Fifusa: Muitíssimo parecido com

o Futsal, é decorrente de uma rixa entre a FIFA e a

FIFUSA que era a única federação internacional de

futebol de salão, As regras são consideradas mais

clássicas, tendo a bola um pouco menor e mais

pesada, entre outras diferenças.

Rush goalie: Praticado na Europa, Basicamente é um

futebol Society onde a posição de guarda-redes não

é definida podendo ser desempenhada por qualquer

um dos jogadores mas não ao mesmo tempo. Em

algumas variedades o guarda-redes temporário tem

de avisar com um grito que está assumindo a

posição.

PRATICANDO CAP.17 E 18

1) A partir de que outro esporte também

com bola podemos dizer que foi criado o futebol?

2) Explique como surgiu o futebol no

BRASIL? Destacando a criação de dois clubes de

futebol carioca flamengo e fluminense.

3) Cite 3 fundamentos do futebol, explicando

cada um deles

4) Faça uma pesquisa, onde você vai

descobrir como surgiu o seu time do coração.

5) Cite 3 outros tipos de tipos praticados

hoje de futebol.

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