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EIXO TEMÁTICO: CONHECIMENTO SOBRE O
CORPO
CAP.1 - ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
Hoje, pode-se afirmar que a grande
preocupação da população do mundo é com a saúde.
Saúde essa que segundo a OMS (Organização
Mundial da Saúde) é "um estado de completo bem-
estar físico, mental e social e não somente ausência
de afecções e enfermidades". Uma das formas que
utilizamos para ter saúde é por meio das atividades
físicas, que são qualquer movimento corporal,
produzido pelos músculos esqueléticos, que resulte
em um gasto energético maior que os níveis de
repouso, Caspersen (1985).
Sendo assim, não se pode somente fazer o
exercício físico sem ter um acompanhamento devido
e uma forma adequada para cada pessoa, aí entra o
profissional da educação física, que pode prescrever
exercícios físicos que são atividades
sistematizadas, que mantém ou aumentam a aptidão
física em geral e tem por objetivo alcançar a saúde
e também a recreação.
Assim, encontram-se dois tipos de atividade
física que a pessoa pode escolher para praticar. O
primeiro é os exercícios aeróbios que são de longa
duração, contínuos e de baixa a moderada
intensidade, havendo o uso de oxigênio. São
exemplos: caminhar, correr, andar, pedalar, nadar
(não competitivo), dançar. Outro tipo de exercício
são os anaeróbios, que utilizam uma forma de
energia que independe do uso do oxigênio, é de alta
intensidade e curta duração, envolvendo um esforço
intenso, como exemplos temos a corrida de 100
metros rasos, os saltos, o arremesso de peso,
exercícios resistidos (musculação).
Antes de fazer a escolha pelo o exercício
físico, as pessoas devem observar os seguintes
pontos.
1) Preferência pessoal: a pessoa deve gostar da
atividade física que vai fazer, caso isso não
aconteça ela desistirá rapidamente.
2) Aptidão necessária: a sua condição física deve
estar de acordo com o que a atividade necessita,
caso não esteja de acordo fisicamente, deve ser
observado um planejamento de melhoria da
capacidade física gradual.
3) Risco associado à atividade: deve ser observado o
risco que essa atividade pode trazer a seu
praticante, pois, o que poderia trazer benefícios a
saúde pode se tornar um problema de saúde.
Após a escolha da atividade, o aluno deve
primeiro deve fazer uma avaliação com o médico
para saber como anda a sua saúde, fazendo todos os
exames necessários que o médico solicite, após a
liberação ele deve procurar um avaliador físico. O
profissional de educação física irá aplicar uma
avaliação física para que o aluno faça as atividades
de acordo com os seus objetivos e suas condições
físicas, veremos esse tópico no próximo capítulo.
A atividade física pode trazer diversos
benefícios à saúde das pessoas em diversas áreas
como:
1) Músculo esquelético: Auxilia na melhoria da força
e do tônus muscular, Melhoria da flexibilidade,
Fortalecimento dos ossos e das articulações. (Ideal
para os idosos)
2) Saúde física: observamos perda de peso e da
porcentagem de gordura corporal, redução da
pressão arterial em repouso, redução do risco de
problemas cardíacos, melhora do diabetes,
diminuição do colesterol total e aumento do HDL-
colesterol (o "colesterol bom").
3) Saúde mental: melhora o fluxo de sangue para o
cérebro, ajuda na redução da ansiedade e do
estresse, e no tratamento da depressão, ajuda na
regulação das substâncias relacionadas ao sistema
nervoso, auxilia também na manutenção da
abstinência de drogas e na recuperação da auto-
estima. Também pode trazer benefícios em grupos
especiais como:
CRIANÇAS E JOVENS
1) Na aquisição de habilidades psicomotoras;
2) No desenvolvimento intelectual, favorecendo um
melhor desempenho escolar;
3) Melhor convívio social;
4) Liberação de energia para os hiperativos.
Fonte: http://www.belezapura.org
IDOSOS
1) Melhoria da capacidade funcional (dia-a-dia);
2) Melhoria da capacidade cardiovascular;
3) Massa muscular, força e flexibilidade;
4) Auto-estima, auto-confiança e socialização.
Fonte: http://www.vooz.com.br
GESTANTES
1) Melhoria da capacidade cardiorrespiratória,
executando melhor as rotinas de trabalho;
2) Melhoria no sistema músculo-esquelético,
melhorando assim a postura;
3) Relaxamento,diminuindo dores nas pernas e os
inchaços dos pés e mãos.
Fonte: http://sergionunespersonal.blogspot.com
DICAS
1) Evite fazer exercícios físicos sob o sol forte;
2) Tome água moderadamente antes, durante e
depois da atividade física;
3) Use roupas leves, claras e ventiladas;
4) Não faça exercícios em jejum, mas evite comer
demais antes da atividade física;
5) Use sapatos confortáveis e macios.
CAP.2 - AVALIAÇÃO FÍSICA
Graças ao DNA, nascemos uns diferentes
dos outros, e graças ao que acontece na nossa vida,
um dia após o outro, crescemos e nos desenvolvemos
de forma diferenciada. Exercício físico não é como
lanchonete de fast food padronizada, que vende
exatamente a mesma coisa para todos os clientes.
Exercício físico, que funciona, é necessariamente
personalizado, como qualquer tratamento de saúde.
Tanto quanto o médico, o profissional de
educação física precisa conhecer a situação da
pessoa de quem irá cuidar por meio de exames e
conversas, antes de prescrever o treinamento.
Inventar um treinamento qualquer sem considerar
as particularidades do seu aluno seria o mesmo que
prescrever um medicamento sem examinar o
paciente. Por isso existe na educação física a
avaliação física.
Avaliação física é um processo que utiliza
coleta de medidas objetivas e subjetivas, para
prescrever programas de treinamento adequados
para cada indivíduo, traçando perfil físico,
observando suas condições e limitações. É composta
por dados pessoais, anamnese, histórico de doenças
familiar e pessoal, dados antropométricos, análise
de postura, teste de flexibilidade, teste de
resistência
1) DADOS PESSOAIS: Neste tópico da avaliação
são utilizados dados que serão necessários para a
identificação do indivíduo, tais como: nome
(identificar os alunos com nome e sobrenome,
evitando apelidos), data de nascimento (necessário
para saber quando esse aluno nasceu, para que se
comemore seu aniversário e principalmente
levantamento de público que frequenta a academia),
idade (para montagem adequada de treino),
profissão (para saber como esse aluno se comporta
durante o dia, se sua rotina de vida é estressante ou
não), sexo (masculino ou feminino, às vezes
encontramos homens e mulheres com nomes
diferentes), data da avaliação e data da reavaliação
(avaliação pode ser feita a cada 2 ou 3 meses).
2) ANAMNESE: É uma entrevista feita com o aluno,
para que ele possa informar ao avaliador alguns
dados importantes para prescrição de treinamento.
Alguns deles são: objetivo (o que o aluno busca no
treinamento, aumentar massa magra, eliminar peso
gordo), rotina de vida diária (buscar saber do
cotidiano do aluno se ele consegue manter uma
rotina de treino), e freqüência de treinamento
(quantas vezes o aluno pretende ir a academia para
treinar por semana), número de refeições que o
indivíduo faz diariamente (saber se a alimentação
está correta e se o mesmo tem um acompanhamento
de um nutricionista), horas de sono diário (saber do
aluno se dorme bem, já que o sono é excelente para
a recuperação do organismo), tabagismo (nº de
cigarros /dia) e etilismo (ingestão de álcool).
3) HISTÓRICO FAMILIAR DE DOENÇAS:
Investiga-se o histórico familiar de doenças do
indivíduo, para saber se há herança de doenças como
cardiopatias, diabetes, hipertensão arterial e
câncer.
4) HISTÓRICO PESSOAL DE DOENÇAS:
Investiga-se o histórico pessoal de doenças do
indivíduo, para saber se ele tem algum problema que
o impeça de realizar atividade física, destacamos:
cirurgias, entorses, fraturas, lesões musculares,
doenças respiratórias, alergias, etc.
5) ANÁLISE POSTURAL:Tem como finalidade
prevenir e futuramente corrigir possíveis alterações
posturais existentes. Pode-se analisar as seguintes
posturas:
a) VISÃO ANTERIOR: Ombros assimétricos
(desnivelados), escolioses (curvaturas na coluna
vertebral), joelhos varo e valgo (com rotação
externa e interna), Assimetria e desvio de quadril,
pés adutos e abdutos (apontados para dentro e para
fora), pés cavos e planos.
b) VISÃO LATERAL: Hiperlordose lombar
(curvatura acentuada na região dorsal abaixo das
costelas), cifose (curvatura normalmente
encontrada na região torácica), geno flexo e geno
recurvato (joelhos levemente fletidos e
hiperextendidos respectivamente).
c) VISÃO POSTERIOR: pé varo,pé valgo, desnível
das escápulas.
6) DADOS ANTROPOMÉTRICOS: É o conjunto de
técnicas utilizadas para medir o corpo humano ou
suas partes, podemos dividir em:
a) Peso: utilizamos a balança antropométrica com
divisões de 100 gramas.
b) Estatura: utilizamos o estadiômetro ou uma fita
métrica na parede,
Balança com estadiômetro. Fonte: http://www.sanny.com.br/
c) Circunferência: são medidos os perímetros dos
membros com a fita métrica.
Trena ou fita métrica. Fonte: http://www.sanny.com.br/
d) Pregas cutâneas: utilizamos o adipômetro para
mensurar as dobras cutâneas.
Adipômetro. Fonte: http://www.sanny.com.br/
e) Pressão arterial: Para aferir a P.A do indivíduo
utilizamos o esfigmomanômetro ou esfigmo
(aparelho de pressão), juntamente com o
estetoscópio.
Aparelho de pressão estetoscópio
Fonte: http://www.sanny.com.br/
f) Freqüência cardíaca de repouso (FCR): Para
mensurar a FCR do indivíduo utilizamos um
frequencímetro ou monitor cardíaco.
Monitor cardíaco: Fonte: http://www.sanny.com.br/
7) TESTES DE RESISTÊNCIA: Utilizado para
verificar a resistência muscular do indivíduo,
podendo ser mensurado através dos testes abaixo:
a) Flexão de cotovelos ou apoio no solo: é o maior
número de repetições feitas em um minuto.
b) Abdominal: é o maior número de repetições de
abdominal feitas em um minuto.
8) TESTE DE FLEXIBILIDADE: Serve para
verificação da flexibilidade do indivíduo, com a
utilização destes equipamentos: o banco de Wells e
o flexímetro.
Banco de Wells. Fonte: http://www.fbv.br
Flexímetro. Fonte: http://www.sanny.com.br/
PRATICANDO CAP.1 e 2
1) Sobre a atividade aeróbica podemos dizer:
2- É uma atividade indicada para quem quer
aumentar a massa magra
3- Depende do uso de oxigênii
4- Cite 3 benefícios da atividade física em
gestantes e idosos.
5- Explique por que a atividade física é benéfica
para portadores de diabetes.
6- Quais instrumentos são utilizados para
diagnosticar a flexibilidade de um individuo na
Avaliação física?
7- Explique para que serve a anamnese na avaliação
física.
8- Cite dois problemas posturais que podem ser
encontrados na avaliação física
CAP.3 - CAPACIDADES FÍSICAS
Força, resistência, flexibilidade, velocidade
e equilíbrio são características normalmente
atribuídas aos atletas, mas que todo mundo tem,
sendo atleta ou não. São essas capacidades motoras
que permitem que uma pessoa realize qualquer tipo
de movimento. Elas são inatas.
No esporte, o rendimento do atleta está
intimamente ligado às capacidades motoras. É
preciso usar força muscular com velocidade
(potência) para dar uma sacada no tênis, é preciso
potência para chutar a bola para o gol, é preciso
potência para impulsionar o corpo para cima no salto
com vara. Esses mesmos movimentos também
requerem certa flexibilidade e velocidade. Portanto,
o treinamento das capacidades físicas usadas nos
esportes é de grande importância para que o atleta
possa durar “até o fim”. Mas o que são capacidades
físicas? São atributos treináveis do nosso
organismo. Que são:
1) FORÇA: habilidade que permite o músculo ou grupo
de músculos produzirem uma tensão e vencer ou
igualar-se a uma resistência na ação de empurrar,
tracionar ou elevar.
Fonte:www.google.com.br
TIPOS DE FORÇA
a) FORÇA ISOTÔNICA (DINÂMICA): é o tipo de
força que os músculos dos membros em movimento
suportando o peso do próprio corpo em movimentos
repetidos.
b) FORÇA ISOMÉTRICA (ESTÁTICA): é o tipo de
força que explica o fato de haver força produzindo
calor e não havendo produção de trabalho em forma
de movimento.
c) FORÇA EXPLOSIVA (POTÊNCIA): habilidade de
exercer o máximo de energia em um ato explosivo.(
P= Fdin x V, potência é igual a força dinâmica vezes
a velocidade).
2) FLEXIBILIDADE: é a capacidade de amplitude dos
movimentos das diferentes partes do corpo que
depende da elasticidade muscular e da mobilidade
articular. Portanto, a flexibilidade capacita as
pessoas a aumentarem a extensão dos movimentos,
em uma articulação determinada.
Fonte: http://www.trustsports.com.br/
3) RESISTÊNCIA: qualidade física que permite um
determinado esforço, durante um determinado
tempo.
TIPOS DE RESISTÊNCIA
a) RESISTÊNCIA AERÓBICA: permite manter por um
determinado período de tempo, um esforço em que o
consumo de O2 equilibra-se com a sua absorção,
sendo os esforços de média a baixa intensidade.
b) RESISTÊNCIA ANAERÓBICA: permite manter por
um determinado período de tempo em que o consumo
de O2 é superior a sua absorção, acarretando em
debito de O2 e que somente será recompensado em
repouso, sendo os esforços de alta intensidade.
c) RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA:
Capacidade individual de realizar em um maior
tempo possível a repetição de um determinado
movimento, em um mesmo ritmo e com a mesma
eficiência. É a capacidade de repetir várias vezes
uma mesma tarefa, utilizando-se baixos níveis de
força. Pode-se dizer também que é capacidade em
trabalhar contra uma resistência moderada durante
longos períodos de tempo.
4) VELOCIDADE: qualidade física particular do
músculo e das coordenadas neuromusculares, que
permite a execução de uma sucessão rápida de
gestos, em que seu encadeamento constitui uma só e
mesma ação, de intensidade máxima e duração breve
ou muito breve.
Fonte:www.google.com
TIPOS DE VELOCIDADE:
a) VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO: capacidade
máxima de uma pessoa deslocar-se de um ponto a
outro.
b) VELOCIDADE DE REAÇÃO: rapidez com a qual uma
pessoa é capaz de responder a um estímulo
(auditivo, tátil ou visual). Tempo requerido para ser
iniciada uma resposta a um estímulo recebido.
c) VELOCIDADE DE MEMBROS: capacidade de mover
membros superiores e inferiores o mais rápido
possível.
5) EQUILÍBRIO: capacidade para assumir e sustentar
qualquer posição do corpo contra a força da
gravidade.
Fonte: http://biraacarnedosdeuses.blogspot.com
TIPOS DE EQUILÍBRIO
a) ESTÁTICO: adquirido em determinada posição.
b) DINÂMICO: adquirido durante o movimento.
c) RECUPERADO: explica a recuperação do equilíbrio
após o corpo ter estado em movimento.
6) COORDENAÇÃO MOTORA: capacidade de realizar
movimentos complexos de modo conveniente, para
que possam ser realizados com o mínimo de esforço.
Constitui-se uma atividade psicomotora
indispensável em todos as atividades desportivas,
devendo ser trabalhada em todos os programas de
Educação Física desde os primeiros níveis. Podemos
dizer também que é o resultado de um trabalho
conjunto do sistema nervoso e o muscular,
mostrando-se os movimentos coordenados, amplos e
econômicos, sem desnecessárias contrações.
Fonte: http://alfabetizacaomagica-dressa.blogspot.com
7) AGILIDADE: habilidade que se tem para mover o
corpo no espaço. Habilidade do corpo inteiro, ou de
um segmento, em realizar um movimento, mudando a
direção, rápida e precisamente. Requer uma
combinação de qualidades físicas e, embora
dependa da carga hereditária, pode ser bastante
melhorada com o treinamento.
Fonte: http://www.google.com.br/
8) RITMO: é a ordenação dos movimentos. Sequência
de movimentos repetidos várias vezes de forma
equilibrada e harmônica.
Fonte: http://www.jogosdamenina.com/
9) DESCONTRAÇÃO: é um fenômeno neuromuscular,
resultante da redução de tensão na musculatura
esquelética.
Fonte: http://www.mundodastribos.com
a) DESCONTRAÇÃO TOTAL: capacita o indivíduo a
recuperar-se de esforços realizados. Relaxamento
de todos os músculos do corpo, o máximo possível.
b) DESCONTRAÇÃO DIFERENCIAL: diferenciação
entre os músculos são necessários para determinada
atividade e aqueles que não são. Qualidade física
que permite à descontração dos grupos musculares
que não são necessários a execução de um
movimento específico.
PRATICANDO CAP. 3
Conceitue e classifique a força citando exemplos
1) E
xplique como funciona a resistência aeróbica.
2) Q
uando observamos a coreografia de uma dança,
buscamos enxergar a ordenação dos movimentos.
Seqüência de movimentos repetidos várias vezes
de forma equilibrada e harmônica. Dessa forma
tratamos de que capacidade física? Justifique a
sua resposta
3) A
pós uma atividade física feita de intensa
utilizando os membros inferiores, qual o tipo de
descontração deve ser utilizado somente para as
pernas? Justifique sua resposta.
CAP.4 - SISTEMA ESQUELÉTICO
OSTEOLOGIA: É o ramo da anatomia que estuda a
estrutura, forma desenvolvimento dos ossos e das
articulações. (do grego Osteon: ossos e Logos:
estudo. É o estudo das formações intimamente
ligadas ou relacionadas com os ossos, formando com
eles um todo, O ESQUELETO: reunião de ossos.
SISTEMA ESQUELÉTICO: Conjunto de
cartilagens que se interligam para formar o
arcabouço do corpo do animal e desempenha várias
funções.
OSSOS: São peças rijas, de número, coloração e
formas variáveis, que quando unidos de forma
apropriada formam o esqueleto.
Figura A: osso laminar, B:osso irregular, C: osso
longo
FUNÇÕES DO ESQUELETO
1) Proteção: coração, pulmões e sistema nervoso
central (SNC)
2) Sustentação e conformação do corpo
3) Armazenamento íons Ca e P – gravidez
4) Sistema de alavancas – músculos (deslocamento
do corpo)
5) Local de produção de células do sangue
ESQUELETO HUMANO
Pode ser dividido em duas grandes porções ou em
duas grandes cinturas.
PORÇÕES
1) ESQUELETO AXIAL: Forma o eixo do corpo,
composto pela caixa craniana, coluna vertebral e
caixa torácica.
SISTEMA ESQUELÉTICO
OSTEOLOGIA: É o ramo da anatomia que estuda a
a desenvolvimento dos ossos e das
articulações. (do grego Osteon: ossos e Logos:
estudo. É o estudo das formações intimamente
ligadas ou relacionadas com os ossos, formando com
eles um todo, O ESQUELETO: reunião de ossos.
SISTEMA ESQUELÉTICO: Conjunto de ossos e
cartilagens que se interligam para formar o
arcabouço do corpo do animal e desempenha várias
OSSOS: São peças rijas, de número, coloração e
formas variáveis, que quando unidos de forma
laminar, B:osso irregular, C: osso
Proteção: coração, pulmões e sistema nervoso
Sustentação e conformação do corpo
gravidez
músculos (deslocamento
Local de produção de células do sangue
grandes porções ou em
ESQUELETO AXIAL: Forma o eixo do corpo,
composto pela caixa craniana, coluna vertebral e
2) ESQUELETO APENDICULAR: forma os
membros, apensa ao esqueleto axial.
Figura 1: esqueleto axial, figura 2: apendicular
Fonte: http://premedico.blogspot.com
CINTURAS
1) ESCAPULAR OU TORÁCICA
clavícula
2) PÉLVICA: ossos do quadril
Cintura escapular - fonte: http://fpslivroaberto.blogspot.com
Cintura pélvica-fonte: http://eli
NÚMERO DE OSSOS
1) No indivíduo adulto podemos admitir um número
de 206 ossos.
a) CABEÇA = 22 ossos (Crânio = 08 e Face = 14)
b) PESCOÇO = 8
APENDICULAR: forma os
bros, apensa ao esqueleto axial.
Figura 1: esqueleto axial, figura 2: apendicular
http://premedico.blogspot.com
ESCAPULAR OU TORÁCICA: escápula e
ossos do quadril (ílio, ísquio e pube)
fonte: http://fpslivroaberto.blogspot.com
fonte: http://eli-espacoyoga.blogspot.com
1) No indivíduo adulto podemos admitir um número
a) CABEÇA = 22 ossos (Crânio = 08 e Face = 14)
c) TÓRAX = 37 (24 costelas, 12 vértebras e 1
esterno)
d) ABDÔMEN = 7 (5 vértebras lombares, 1 sacro,1
cóccix.)
e) MEMBRO SUPERIOR= 32 (Cintura Escapular = 2,
Braço = 1, Antebraço = 2 Mão = 27)
f) MEMBRO INFERIOR = 31 (Cintura Pélvica =
1, Coxa = 1, Joelho = 1, Perna = 2 Pé = 26
g) OSSÍCULOS DO OUVIDO = 3
CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS
De acordo com a forma dos ossos:
a) OSSO LONGO: apresenta comprimento
consideravelmente maior do que a largura e a
espessura. EX.: ossos do esqueleto apendicular:
fêmur, rádio e ulna etc. Os ossos longos
apresentam: Duas extremidades chamadas de
epífises, um Corpo chamado de diáfise, Canal
medular no interior da diáfise e Cartilagem epifisal:
disco cartilaginoso entre a epífise e diáfise em
ossos jovens
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/
b) OSSO LAMINAR: apresenta comprimento e
largura equivalentes e maiores que a espessura. EX.:
ossos do crânio, escápula, ossos do quadril.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/
c) OSSO CURTO: apresenta equivalência das três
dimensões. EX.: ossos do carpo e tarso.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/
d) OSSO IRREGULAR: morfologia complexa sem
correspondência com formas geométricas
conhecidas. EX.: vértebras e osso temporal.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br
e) OSSO PNEUMÁTICO: apresenta uma ou mais
cavidades (sinus ou seios), com volume variável e
contendo ar. EX.: ossos do crânio: frontal, maxilar,
temporal, etmóide e esfenóide.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/
f) OSSO SESAMÓIDE: formam-se na substância
de certos tendões (intratendíneos) ou da cápsula
fibrosa fibrosa que envolve certas articulações
(peri-articulares). EX.: Patela
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/
TIPOS DE SUBSTÂNCIA ÓSSEA
a) Substância óssea compacta: lamínulas de tecido
ósseo fortemente aderidas umas às outras pelas
suas faces, sem que haja espaço livre. É mais denso
e rijo.
b) Substância óssea esponjosa: lamínulas mais
irregulares em forma e tamanho, deixando espaços
entre si, que se comunicam uns com os outros.
ELEMENTOS DESCRITIVOS DA SUPERFÍCIE
DOS OSSOS.
a) SALIÊNCIAS: articulam os ossos entre si
(superfícies articulares), para fixação de músculos,
ligamentos cartilagens, etc. EX.: cabeças, côndilos,
cristas, eminências, tubérculos, tuberosidades,
processos, linhas, espículas, trócleas, etc.
Cabeça do fêmur (fêmur)
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/
c) DEPRESSÕES: podem ser articulares ou não.
EX.: fossas, fossetas, impressões, sulcos,
recessos, etc.
Cavidade glenóide (escápula)
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/
d) ABERTURAS: em geral para passagem de nervos
ou vasos. EX.: forames, meatos, óstios, poros,
Etc.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br
PERIÓSTEO
Delicada membrana de tecido conjuntivo que
reveste os ossos (no vivente e no cadáver), com
exceção das superfícies articulares. Apresenta dois
folhetos: um superficial e um profundo em contato
direto com a superfície óssea, contendo células
osteogênicas, garantindo a constante renovação
óssea na superfície óssea.
As artérias que vascularizam o osso percorrem o
periósteo e penetram na substância deste através
de canais. Por esta razão quando o osso fica
desprovido de seu periósteo, perde a nutrição e
morre.
COLUNA VERTEBRAL: Forma o esqueleto do dorso,
sendo a principal porção do esqueleto axial. Portanto
constitui o eixo ósseo do corpo, oferecendo uma
rígida sustentação, porém com flexibilidade
necessária.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
FUNÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL
a) Postura
b) Sustentação
c) Locomoção – fixação de inúmeros músculos
d) Proteção à medula espinhal (alojada em seu
interior) e às raízes dos nervos espinhais
A coluna vertebral é composta por 33 ossos que são
denominados vértebras, estas são dispostas umas
sobre as outras no sentido longitudinal, formando
um conjunto que estende pela nuca, tórax, abdome e
pelve. Elas recebe então o nome de acordo com a
região em que estão atravessando, assim temos:
Sete vértebras cervicais, Doze torácicas, Cinco
lombares, Cinco sacrais – osso sacro, Quatro
coccígeas – osso coccígeo. Presença de um disco
intervertebral, fibro-cartilaginoso, depressível,
entre as vértebras, capaz de absorver a pressão dos
impactos sobre a coluna e conferir mobilidade entre
as vértebras adjacentes. Apresenta curvaturas no
sentido ântero-posterior, indispensáveis para a
manutenção do equilíbrio e postura ereta.
COMPOSIÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES
a) Cintura escapular: clavícula e escápula
b) Braço: úmero
c) Antebraço: rádio e ulna
d) Punho: carpo
e) Mão: metacarpo
f) Dedos: falanges
COMPOSIÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES
a) Quadril (cintura pélvica- íleo, ísquio e pube):
osso do quadril
b) Coxa: fêmur
c) Perna: tíbia, fíbula
d) Pé: tarso e metatarso
e) Dedos dos pés: falanges
f)
PRATICANDO CAP.4
1) Quanto à forma podemos classificar os
ossos de seis maneiras, como classificamos?
2) Podemos dividir o esqueleto humano em
duas grandes porções e em duas grandes
cinturas, cite como são formadas as porções e as
cinturas.
3) Explique três funções do esqueleto.
4) Para que servem as aberturas nos ossos?
5) Explique soco é a estrutura de um osso
longo destacando o seu centro.
6) Explique como é composta a coluna
vertebral destacando duas funções.
CAP.5 – SISTEMA MUSCULAR
1) MIOLOGIA: É parte da anatomia que estuda
os músculos e seus anexos.
2) O QUE SÃO MÚSCULOS: São estruturas
anatômicas que apresentam a capacidade de se
contrair, sob estímulos. E são compostas por:
Ventre e Tendão.
a) VENTRE é a parte carnosa, constituída por
fibras musculares que se contraem.
b) TENDÃO é a parte não contrátil e está
localizado nas extremidades dos músculos. É
composto de tecido conjuntivo resistente e
esbranquiçado.
Fonte: http://www.sogab.com.br
3) SISTEMA MUSCULAR: É composto pelos
músculos e são responsáveis diretos pelo movimento,
Constituídos de inúmeras células musculares,
especializadas para a contração e relaxamento.
4) FUNÇÕES DO SISTEMA MUSCULAR
a) DINÂMICA DO CORPO: Os músculos fixam-se
por suas extremidades. Havendo contração de suas
fibras ocorre um encurtamento da distância entre
as extremidades, movendo então os segmentos do
corpo.
b) ESTÁTICA: Mantém unidas as peças ósseas,
determinando a posição e postura do esqueleto
c) TRABALHO MUSCULAR: Ação mecânica de um
Músculo que leva ao deslocamento de um segmento
do corpo. O ventre muscular não se prende ao
esqueleto e as extremidades, prendem-se em pelo
menos dois ossos cruzando uma articulação, onde
durante a contração as fibras musculares reduzem-
se em um 1/3 ou metade de seu tamanho inicial. O
trabalho muscular é diretamente proporcional ao
número de fibras (potência) e o grau de
encurtamento (amplitude) obtendo uma coordenação
motora
5) TIPOS DE MÚSCULOS
a) VOLUNTÁRIOS A sua contração resulta de
um ato de vontade. Possuem estrias transversais
(mm. Estriados) e pelo menos uma de suas
extremidades prende-se ao esqueleto (mm.
Esqueléticos).
b) INVOLUNTÁRIOS: A sua contração
resulta de um ato inconsciente. Não possuem
estriações transversais (mm lisos) e são
encontrados nas paredes das vísceras (mm
viscerais).
1) Tecido Muscular Estriados ou Esquelético:
Responsáveis pelos movimentos voluntários;
2) Tecido Muscular Liso ou Visceral: Pertence à vida
de nutrição (digestão, excreção, etc); involuntários;
3) Músculo Cardíaco ou Miocárdio
- Vermelho e estriado, porém, involuntário.
Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/
6) ESTRUTUTURA DO SISTEMA MÚSCULO
ESQUELÉTICO
A) FUNÇÕES MÚSCULO ESTRIADO
ESQUELÉTICO
1) Movimento e a manutenção da postura;
2) Produção de calor;
3) Proteção e a alteração da pressão para auxiliar a
circulação;
4) Absorventes de choques para proteger o corpo.
B) COMPONENTES DE UM MÚSCULO
ESTRIADO ESQUELÉTICO
Os músculos estriados esqueléticos são compostos
de três porções: uma média e extremidades
a) PORÇÃO MÉDIA: é o ventre muscular, vermelho
no vivente, vulgarmente chamado de carne. É a parte
ativa (contrátil) do músculo por possuir fibras
musculares.
b) EXTREMIDADES: são estruturas formadas por
tecido conjuntivo denso, rico em fibras colágenas,
esbranquiçadas e brilhantes, de grande resistência
e praticamente inextensíveis. O tecido muscular não
é constituído apenas por FIBRAS MUSCULARES.
Há também o TECIDO CONJUNTIVO que as
envolve e se prolongam, formando os TENDÕES (em
forma de fita ou cilindróide) e APONEUROSES
(Laminares) que fixam o músculo a um osso.
C) FÁSCIA MUSCULAR: É uma lâmina de tecido
conjuntivo que reveste cada músculo,
desempenhando várias funções: Bainha elástica de
contenção: limita os movimentos, deslizamento dos
músculos, pode contribuir na fixação dos músculos
ao esqueleto, e na formação de lojas musculares:
septos intermusculares.
D) ORIGEM E INSERÇÃO
1) PONTO DE ORIGEM: Extremidade do músculo
presa à peça óssea que não se desloca. É também
chamado de PONTO FIXO.
2) PONTO DE INSERÇÃO: Extremidade do músculo
presa á peça óssea que se desloca. É também
chamado de PONTO MÓVEL.
Fonte: http://www.poderdasmaos.com
7) PRINCIPAIS MOVIMENTOS REALIZADOS
PELOS SEGMENTOS DO CORPO
a) MOVIMENTOS ANGULARES: diminuição ou
aumento do ângulo entre o segmento que se desloca
e o que permanece fixo. São eles: a flexão
(diminuição do ângulo) e extensão (aumento do
ângulo).
Fonte: http://www.estudandoanatomia.com.br
b) ADUÇÃO E ABDUÇÃO: Respectivamente,
aproximação ou afastamento do plano mediano.
Fonte: http://www.estudandoanatomia.com.br
c) ROTAÇÃO: O segmento gira em torno de um eixo
longitudinal. Quando a face anterior gira em direção
ao plano mediano, há rotação medial. Quando ocorre
o contrário, há rotação lateral.
d) CIRCUNDAÇÃO: Combinação de movimentos
(adução, extensão, abdução e flexão)
8) CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS
* QUANTO A SITUAÇÃO
a) Superficiais ou Cutâneos: Estão logo abaixo da
pele e apresentam no mínimo uma de suas inserções
na camada profunda da derme. Estão localizados na
cabeça (crânio e face), pescoço e na mão (região
hipotenar). Exemplo: Platisma.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
b) Profundos ou Subaponeuróticos: São músculos
que não apresentam inserções na camada profunda
da derme, e na maioria das vezes, se inserem em
ossos. Estão localizados abaixo da fáscia superficial.
Exemplo: Pronador quadrado.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
* QUANTO FORMA
a) Longos: São encontrados especialmente nos
membros. Os mais superficiais são os mais longos,
podendo passar duas ou mais articulações. Exemplo:
Bíceps braquial.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
b) Largos: Caracterizam-se por serem
laminares. São encontrados nas paredes das
grandes cavidades (tórax e abdome). Exemplo:
Diafragma.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
c) Curtos: Encontram-se nas articulações cujos
movimentos têm pouca amplitude, o que não
exclui força nem especialização. Exemplo:
Músculos da mão.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
* QUANTO À DISPOSIÇÃO DA FIBRA:
a) Reto: Paralelo à linha média. Ex: Reto abdominal.
b) Transverso: Perpendicular à linha média. Ex:
Transverso abdominal.
c) Oblíquo: Diagonal à linha média. Ex: Oblíquo
externo.
* QUANTO A ORIGEM
Número de cabeças de origem
a) Bíceps: duas cabeças de origem. Ex.: Bíceps
Braquial
b) Tríceps: três cabeças de origem. Ex.: Tríceps
Braquial
c) Quadríceps: quatro cabeças de origem. Ex.:
Quadríceps
* QUANTO A INSERÇÃO
Número de tendões de inserção
a) Monocaudados: um tendão de inserção. Ex.:
Panturrilha
b) Bicaudado: dois tendões de inserção Ex.: Bíceps
Braquial
c) Policaudado: três tendões de inserção. Ex.:
extensor longo dos dedos
* QUANTO AO VENTRE MUSCULAR
Número de ventres musculares
a) Digástrico: dois ventres musculares / tendão
intermediário. Ex.: Músculo digástrico.
b) Poligástrico: três ou mais ventres / tendões
intermediários. Ex.: Reto do abdome
* QUANTO A AÇÃO
Tipos de movimento produzido: Extensor, Flexor,
Adutor, Abdutor, Flexor plantar, Flexor dorsal,
Pronador, Supinador
* QUANTO A ATIVIDADE PRINCIPAL
a) AGONISTA: Agente principal na execução de um
movimento. Ex.: Flexão do cotovelo: Bíceps braquial,
Braquial e Braquiorradial
b) ANTAGONISTA: Quando opõem-se ao trabalho
de um agonista seja para regular a rapidez ou a
potência deste. Ex.: Flexão do tronco: Agonista =
mm do abdome, Antagonista = mm eretores da
espinha
c) SINERGISTA: Atuam no sentido de eliminar
algum movimento indesejado ou estabilizar as partes
do corpo para tornar possível a ação principal.
d) FIXADORES/ POSTURAIS: mantém a postura.
PRATICANDO CAP.05
1) Diga como é composto um músculo.
2) Sobre as funções dos músculos cite 3, que
podem ser relacionadas a atividade física.
3) Explique qual a função da fáscia muscular.
4) Explique como o músculo pode se fixar em
uma peça óssea.
5) Diga como se classificam os músculos a
partir da distribuição de fibras paralelas e
obliquas.
EIXO TEMÁTICO: LUTAS
CAP.6 – LUTAS HISTÓRIA, CONCEITO E
CLASSIFICAÇÃO
São disputas em que os oponentes se
utilizam de técnicas e estratégias de desequilíbrio,
contusão, imobilização ou exclusão, de uma área de
combate, caracterizando-se por uma
regulamentação específica a fim de punir atitudes
de violência e deslealdade para o desenvolvimento
de ações de ataque e defesa (PCN’s 1998).
HISTÓRICO
A origem das lutas continua sendo uma
incógnita, mas o homem primitivo já lutava para
sobreviver, caçar e garantir seu espaço.
Observamos o seu aparecimento em diversas nações
no mundo e com diversos objetivos, os gregos
tinham uma forma de lutar, conhecida como
“pancrácio”, modalidade presente nos primeiros
jogos olímpicos da era antiga.
Em Roma os gladiadores eram escravos de
terras conquistadas e que participavam de torneios
de luta que serviam de entretenimento para os
Imperadores de Roma. Já naquela época, faziam o
uso de técnicas de luta a dois.
Na Índia e na China, surgiram os primeiros
indícios de formas organizadas de combate,
informações relatam que os sistemas de lutas
chegaram à China e à Índia, no século V a.C. Muitos
artistas marciais consideram a China como o berço
desta cultura. Países europeus após o século XIV
começaram suas expansões e descobertas de
territórios, tendo contato com a cultura de outros
países, assim conseguiram trazer desses locais
descobertos alguns tipos de lutas, onde
reproduziram as mesmas no seu continente e em
alguns casos adaptaram técnicas que que pudessem
sem melhoradas.
CLASSIFICAÇÃO DAS LUTAS
Quando vamos falar em classificação das
lutas podemos dividi-las em lutas de corpo a corpo e
lutas de distância. As lutas de corpo a corpo o
contato corporal é mais prolongado, utilizando
técnicas de desequilíbrio, projeções, imobilizações e
torções, além de outros. Como exemplos podemos
citar: Judô, Jiu-Jitsu, Sumô, Greco –Romana e Ai-
ki-Dô.
Nas lutas de distância, o contato corporal é
mais breve, podendo até mesmo não existir contato,
utilizam técnicas de contusão, socos, chutes,
joelhadas e outros. Como exemplos podemos
destacar: Capoeira, karatê, Kung-Fu, Esgrima, Boxe,
Taekwondo.
FUNDAMENTOS
Os fundamentos são práticas que auxiliam no
desenvolvimento das lutas tanto de corpo a corpo
quanto as de distância
Fundamento Características
Conseguir pegar, prender, deter, segurar com força
Derrubar Deixar ou fazer cair
Tombar, descer sobre a terra
Desequilibrar Desestabilizar, perder o equilíbrio
Imobilizar Impedir de mover-se, prender
Dar pancadas ou golpes
Defender Proteger-se ou resguadar-se contra um ataque
Desviar o corpo para evitar um golpe
LUTAS NA ESCOLA
Quando trabalhamos com o conteúdo lutas nas aulas
de educação física, buscamos trabalhar com a
cultura corporal dos alunos, levando os mesmos a
novas experiências corporais, portanto o objetivo
não é formar lutadores.
Para isso são utilizados os jogos de lutas como
forma de pedagógica de trabalhar este conteúdo.
Como exemplos temos jogos de imobilizar, de
conquista de objetos e de desequilíbrio.
Com o ensino das lutas, também podem
aparecer alguns problemas como o estimulo a
violência e como conseqüência disso a formação de
gangues.
CAP.7 - JUDÔ
"Caminho Suave" ou "Caminho da Suavidade" é um
desporto praticado como arte marcial, criado por
Jigoro Kano em 1882. Os seus principais objetivos
são fortalecer o físico, a mente e o espírito de
forma integrada, além de desenvolver técnicas de
defesa pessoal.
JIGORO KANO
Nasceu em 28/10/1860 em Mikage perto de Kobe
(Japão). Jovem de constituição física frágil, aos
dezessete anos iniciou a prática de artes marciais,
estudou muito e criou o judô a partir do Jiu-Jitsu.
Criou a Kodokan primeira escola de Judô (Kodokan
significa - Instituto do Caminho da Fraternidade),
já que "Ko" significa fraternidade, irmandade; "Do"
significa caminho, via; e "Kan", instituto.
Com a emergência do capitalismo o judô
passou por um processo de urbanização e
modernização. Passou a ser introduzido nas escolas
públicas com um sentido educacional, a partir da sua
filosofia e utilizando técnicas de rolamento e queda
visando amortecer o impacto do corpo com o solo,
para não machucar o oponente. O Judô foi
considerado desporto oficial no Japão nos finais do
século XIX, sendo praticado pela polícia nipônica que
introduziu-o nos seus treinos. O primeiro clube
judoca na Europa foi o Londrino Budokway (1918). A
vestimenta utilizada pelos seus praticantes é o
kimono.
JUDÔ NO BRASIL
Não se sabe exatamente quando o judô foi
introduzido no Brasil, mas certamente foi a partir
de 1908, com a chegada da primeira leva oficial de
imigrantes ao Brasil. Na década de 1910, Sack Miura
chegou a lecionar judô para a Marinha brasileira,
entretanto ele abandonou a arte ao ser derrotado
por um capoeirista. Posteriormente, ele fundou um
dos jornais da colônia japonesa do Brasil.
Década de 20 e 30 iniciou-se processo de
modernização no Brasil, o capitalismo urbano
industrial tomava força, com isso a vinda de
imigrantes, a chegada dos japoneses e com eles o
Judô. No início o judô era só para matar saudades
do Japão e manter as suas tradições. Com o
aparecimento do desemprego, alguns ficaram sem
dinheiro para sustentar as suas famílias, surgindo
assim às academias de Judô.
PRINCÍPIOS DO JUDÔ
Os princípios que inspiraram Jigoro Kano quando da
idealização do judô foram os três seguintes:
1- Princípio da Máxima Eficiência com o mínimo
de esforço (Seiryoku Zen’Yo)
2- Princípio da Prosperidade e Benefícios
Mútuos (Jita Kyoei)
3- Princípio da Suavidade, ou seja, o melhor uso
de energia (Ju)
GRADUAÇÕES
Os Judocas são classificados em duas graduações:
kiu e dan. No caso de promoção de
kiu(classificação), faixa branca a marrom é
outorgada pela associação, no caso de promoção as
graduações de dan, até 5º dan são realizadas pela
banca examinadora da Liga ou Federação Estadual,
as outras graduações superiores pela Confederação
Nacional.
a) Graduações Kiu
Há oito graus de kiu (cinco em Portugal), os quais se
distinguem pelas cores das faixas: Branca, amarela,
laranja, verde, azul, marrom e preta. Na Europa:
Branca, amarela, azul escura, laranja, verde, azul,
marrom e preta. No Brasil: Branca, cinza, azul,
amarela, laranja, verde, roxa, marrom e preta.
b) Graduações Dan
As graduações de dan, ao contrário das de kiu,
avançam de 1º dan (shoudan) para 10º dan (joudan),
o mais alto grau. Esses graus se diferenciam pelas
seguintes cores das faixas: 1º ao 5º Dan – faixa
preta, 6º ao 8º Dan – vermelha e branca e do 9º ao
10º Dan – vermelha.
PONTUAÇÕES
O objetivo é conseguir ganhar a luta valendo-se dos
seguintes pontos:
YUKO - um terço de um ponto. Um Yuko se realiza
quando o oponente cai de lado, ou quando é
imobilizado por 15 segundos
WAZARI - meio ponto, dois wazari valem um ippon e
termina o combate logo após o segundo wazari.Um
Wazari é um "Ippon" que não foi realizado com
perfeição, também ganha wazari, se conseguir
imobilizar o oponente por 20 à 24 segundos.
IPPON - ponto completo, o nocaute do judô, finaliza
o combate no momento deste golpe. Um Ippon
realiza-se quando o oponente cai com as costas no
chão, ao término de um movimento perfeito, quando
é finalizado por um estrangulamento, chave de
articulação, ou quando é imobilizado por 25
segundos.
PENALIZAÇÕES
SHIDO: Quando o atleta recebe 4 shidos, ele é
desclassificado da luta, quando o atleta usa objetos
metálicos, quando arrisca sua integridade física ou a
do adversários, aplique golpes não correspondentes
ao judô, e entre outras não citadas.
Segundo as novas regras de arbitragens da FIJ, o
primeiro shidô, não equivale a pontuação alguma,
apenas para advertência, a partir da segunda
pontuação, que vai equivaler ao yuko, o seguinte ao
wazari e o ultimo ao Ippon, então o shido se tornará
um Hansoku - make. Hansokomake =
Desclassificação do atleta como penalização.
COMO SENTAR NO TATAME
As duas formas corretas de sentar-se no
dojô são: sentar com as pernas cruzadas próximas
da região pélvica que é a forma menos cansativa e
sentado nos calcanhares.
A prática do judô é regida por cortesia, respeito e
amabilidade. A saudação é o expoente máximo
dessas virtudes sociais. Através dela expressamos
um respeito profundo aos nossos companheiros. No
judô, há duas formas de expressarmos: ritsu-rei
(quando em pé) e za-rei (quando de joelhos). Esta
última é conhecida por saudação de cerimônia.
CAP.8 - TAEKWONDO
Em sentido literário, taekwondo significa, de uma
forma muito geral, a "arte de usar os pés e mãos na
luta através da mente". Se quisermos aprofundar um
pouco, ou seja, traduzindo todas as palavras seriam:
"Tae" – pé / "Kwon" mão / "Do" caminho.
Em sentido global, taekwondo indica a técnica de
combate sem armas para defesa pessoal, envolvendo
destreza no emprego das mãos e punhos, de
pontapés voadores, de esquivas e intercepções de
golpes com as mãos, braços ou pés, para a rápida
destruição do oponente. Hoje em dia o taekwondo
tornou-se olímpico, e em muitas academias pratica-
se o taekwondo olímpico. Basicamente um esporte de
chutes com muita explosão.
HISTÓRICO
Desde os primórdios de sua existência,
independentemente de raça e local, o ser humano
precisava defender-se de grupos rivais ou de
animais através do uso do próprio corpo, dos punhos,
mãos e pés, o que acabou resultando em vários
estilos de lutas, com ou sem armas; que acabaram
transformando-se nas artes marciais e esportes do
presente. Isto através de um processo de
desenvolvimento baseado na experiência, filosofia e
imaginação.
A descoberta de desenhos de lutas na muralha do
Egito, por exemplo, no período de 4000 ~ 3000 a. C.,
comprovou também a existência da luta na Índia no
século VI e V a. C. e no templo de Shang Lin na
Elbina no ano 470. Soo Bak, Tekyon, Soobakhe,
Tukguli, Kwon Bub, Dang-soo, Gak-Jo são as lutas
que precederam o Taekwondo, atravessando um
longo e adverso período histórico de evolução do
povo coreano, como parte integrante da cultura.
No período do Século I, antes de Cristo, existiam na
Coréia três reinos, o mais rico Koguryo, o mais pobre
Silla e por último, Baek-Je; todos fundados por
lutadores influenciadores da popularização das
lutas, tidas como folclóricas. No Reino Koguryo foi
comprovado através de livro da época a prática do
Soo Bak nas festas de colheita e também foram
descobertos desenhos na muralha de Muyong-
Tchong na prosaica Hwando-San, Capital do reino,
desde o ano 200, onde se apresentam pinturas que
mostram cenas de pessoas lutando o Taekwondo,
melhor dizendo, uma espécie de ancestral desta
modalidade.
Podemos confirmar que o Taekwondo surgiu
aproximadamente há 1800 anos. O Reino Silla, o
menor de todos, sofria com as constantes invasões e
saques de seus vizinhos maiores. Foi então que um
grupo de jovens aristocratas e militares do reino de
Silla, formaram uma tropa de elite denominada
Hwarang-Do, Semelhantes aos samurais japoneses,
adestraram-se no uso do arco e flecha, lança e
espada, além da prática da disciplina mental e física.
Desenvolvendo-se ainda em forma de luta com os
pés e as mãos, o Tekyon.
Este grupo era regido por um rigoroso Código de
Honra, resumindo em cinco itens:
- Obediência ao rei;
- Respeito aos pais;
- Lealdade para com os amigos;
- Nunca recuar ante ao inimigo;
- Só matar quando não houvesse alternativa.
O Hwarang Do e seu código constituíram-se na
pedra fundamental para que o reino de Silla
conseguisse unificar a região, conquistando os reinos
vizinhos de Koguryo e BaeKJe , passando assim a se
chamar Korio (Coréia).
NO BRASIL
No Brasil em julho de 1970 em São Paulo, trazido
pelo mestre Sang Min Cho, enviado oficialmente pela
International Taekwondo Federation juntamente
vieram os mestres Sang Min Kim, Kun Mo Bang, e
depois outros como Kum Joon Kwon, Woo Jae Lee,
Kwang Soo Shin, Hee Song Kim, Yeong Hwan Park,
Soon Myong Choi, Ju Yol Oh, Te Bo Lee, Hong Soon
Kang, Sung Jang Hong, entre outros, também se
estabeleceram aqui no Brasil, proporcionando um
desenvolvimento maior da arte.
Natália Falavigna, uma das maiores e mais vitoriosas
lutadoras de artes marciais do mundo, é a brasileira
com maior número de medalhas internacionais no
taekwondo em toda história, única atleta no Brasil
campeã mundial de taekwondo nas categorias júnior,
adulta e universitária. Atualmente, o taekwondo é
uma luta muito praticada em varios locais do Brasil.
O Juramento do Taekwondo:
• Obedecer às regras do Taekwondo
• Respeitar mestres e meus superiores
• Nunca fazer mal uso do Taekwondo
• Ser campeão da liberdade e justiça
• Construir um mundo mais pacífico
Também faz parte da vida do praticante, não só na
academia como também na vida pessoal seguir os
princípios do taekwondo:
• Respeito por hierarquias
• Cortesia
• Integridade
• Perseverança
• Auto controle
• Faz parte das artes marciais coreanas.
FEDERAÇÕES
CHUNG DO KWAN
Conhecido como escola da onda azul, fundado por
Wan Kuk Lee. Sua filial no Brasil é Presidida pelo
Mestre Luis Cesar Nunes 7° DAN.
INTERNACIONAL TAEKWONDO FEDERATION
(ITF)
Primeira federação de Taekwon-do criada, criada
pelo General Choi Hong Hi
WORLD TAEKWONDO FEDERATION (WTF)
Federação que participas das olimpiadas, criada
após Hong Choi Hi mudar a sede da ITF para o
Canadá, por descontentamento com o governo
coreano. Atualmete, esse é o estilo mais treinado
em academias de TKD.
MOO DUK KWAN
Grão Mestre Jung Roul Kim chegou ao Brasil em
1971 em Salvador-BA, onde junto com seu amigo
Grão Mestre Jung Do Lim que chegou em agosto de
1968, na Bahia sediando-se em Cruz das Almas/Ba e
começou a difundir os ensinamentos do Taekwondo
na Faculdade de Agronomia. Gms. Jung Roul Kim
permaneceu por um ano em Salvador e em seguida
foi para Aracaju - SE e ficou um ano. Em 1973
chegou ao Rio de Janeiro.
TAEKWONDO SONGAHM
Criado pelo Grão Mestre Haeng Ung Lee, que
ensinava Taekwondo para tropas americanas na
Koréia, e se mudou para os Estados Unidos para
difundir a arte. Grão Mestre Haeng Ung Lee,
inicialmente ensinava o estilo Chang On, da ITF,
porém buscou aperfeiçoar o sistema de ensino,
acrescentando chutes já nas fórmulas mais básicas
e incluindo programas de treinamentos com armas
tradicionais orientais.
Hoje o sistema possui um currículo único dentre as
demais "escolas", com fórmulas próprias, sequencias
de luta, técnicas de defesas pessoais, armas, lutas
de solo, artes marciais mistas, evoluindo
constantemente, visando se tornar um estilo
completo, porém tradicional.
O estilo Songahm é difundido pela Songahm
Taekwondo Federation (STF), American Taekwondo
Association (ATA) e World Traditional Taekwondo
Union (WTTU), em diversos países do mundo, todos
comandados a partir da Casa Central em Little Rock,
capital do Arkansas, nos Estados Unidos.
GRAUS DE APERFEIÇOAMENTO
A caminhada do praticante de taekwondo é divida
inicialmente em gubs e em seguida em dans. Cada
gub corresponde a uma faixa colorida que são
divididas em 10(dez) gubs em ordem decrescente,
quanto menor o gub maior será o seu
desenvolvimento da humildade. Cada faixa colorida
tem sua simbolização e significado.
Cada dan corresponde a graduação de faixa preta
que são divididas em 10(dez) dans em ordem
crescente, quanto maior o dan maior será seu
desenvolvimento dos conhecimentos e
aprimoramentos da arte. A cor preta simboliza
dignidade dedicação, postura e liderança. OTi, é a
faixa que o praticante de taekwondo amarra na
cintura, por sobre o dobok, a vestimenta
característica dessa arte marcial. A sequência
tradicional é a seguinte: branca (10º gub), branca
ponta amarela (9º gub), amarela (8º gub), amarela
com verde (7º gub), verde (6º gub), verde ponta azul
(5º gub), azul 4º gub), azul ponta vermelha (3º gub),
vermelha (2º gub), vermelha ponta preta (1º gub),
preta (1º dan)
SIGNIFICADO DAS CORES DAS FAIXAS
BRANCA - Significa inocência, para um estudante
iniciante que não possui conhecimento anterior
sobre o taekwon-do.
AMARELA - Significa a Terra da qual uma planta
brota e começa a germinar, enquanto o alicerce do
Taekwon-Do está sendo construído.
VERDE - Significa o crescimento da planta,
enquanto as habilidades do Taekwon-Do estão se
desenvolvendo.
AZUL - Significa o Céu, através do qual a planta
cresce até tornar-se uma árvore frondosa, enquanto
o treinamento de Taekwon-Do progride.
VERMELHA - Significa perigo, advertindo o
estudante para exercitar o controle e alertando o
adversário para ficar longe.
PRETA - Ao contrário da branca, significa
maturidade e habilidade no Taekwon-Do. Também
indica a imunidade à obscuridade e ao medo.
PRATICANDO CAP.6,7,8
1) Conceitue as lutas de acordo com os
parâmetros curriculares nacionais, analise esse
conceito e crie o seu.
2) Explique como o judô chegou no brasil
3) Diga como se classificam as lutas
4) Diga qual a importância da prática de
lutas na escola, justificando a sua resposta.
5) Observando o nascimento do judô, diga
porque ele foi utilizado na policia japonesa.
6) Explique como acontecem as pontuações no
judô
7) Qual o significado da palavra tae kwon do
e como ele chegou no Brasil?
8) Qual o significado das cores azul e
amarela nop TKD?
EIXO TEMÁTICO: JOGOS
CAP.9 – JOGOS CONCEITOS, ORIGEM E
CLASSIFICAÇÃO
Falar sobre o jogo, enquanto manifestação da
cultura corporal significa traçar o que tal Conteúdo
Estruturante foi desde sua constituição até a
atualidade, para refletir sobre as possibilidades de
recriá-lo por meio de uma intervenção consciente.
Quando se pronuncia a palavra jogo, cada um pode
entendê-la de modo diferente. Além disso, existe
uma associação muito forte do seu conceito com o
termo brincadeira, pelo fato de a palavra jogo se
originar do vocábulo latino “iocus”, que significa
diversão, brincadeira.
Os jogos existem desde a pré-história e
seus registros indicam as mais variadas formas de
jogar, nas diversas partes do mundo. Como forma de
manifestação da cultura de povos na Ásia, na
América précolombiana, na África, na Austrália e
entre os indígenas das ilhas mais longínquas do
Oceano Pacífico, foram encontrados jogos de
expressão utilitária, recreativa e religiosa (RAMOS,
1982, p.56). Alguns jogos passaram por alterações e
muitos deles vieram compor um elenco de
modalidades que mais tarde foram disputadas nos
Jogos Olímpicos da Grécia antiga. Este último
evento tinha, em sua origem, como um dos princípios,
a finalidade de aclamar os deuses do Olímpo.
Jogo é toda e qualquer atividade em que as regras
são feitas ou criadas num ambiente restrito ou até
mesmo de imediato. (...) são atividades estruturadas
ou semi-estruturadas, normalmente praticadas com
fins recreativos e, em alguns casos, como
instrumento educacional.
Podemos dizer também que o jogo é uma atividade
livre que deve ser realizada sem o caráter da
obrigatoriedade. Possibilita a liberdade e a criação,
permitindo o surgimento de outras formas de jogar,
implica um sentido e um significado que, com o
tempo, passam a fazer parte da cultura do grupo,
comunidade, povo ou nação que o inventou.
2. ORIGEM
- A arqueologia registra a presença dos jogos na
humanidade desde 2600 a.C, fazendo este parte da
vida do homem mesmo que de forma intuitiva.
- Pré-história: jogos presentes como forma de lazer
e de representar atividades cotidianas, além de
servir como instrumento para passar herança
cultural e conhecimentos entre as gerações.
- Idade Média: jogos proibidos pela Igreja de serem
praticados na escola.
- Renascimento: com a Pedagogia Moderna, que
estava baseada na participação lúdica e afetiva do
aluno, mostra a importância do jogo no processo de
ensino – aprendizagem.
- Ludwig Wittigenstein: 1º filósofo acadêmico a
criar uma definição pra jogos (1989), como a criação
do termo “Jogos de linguagem”, considerando que o
jogo não pode ser agrupado por uma única definição,
mas por um conjunto de definições que
compartilham características entre si.
- Atualidade: o jogo apresenta várias funções:
instrumento educativo, meio de lazer, meio de
expressar sentimentos e emoções, etc.
3. CARACTERÍSTICAS DO JOGO (CALLOIS):
1) Livre implica ser o jogo uma atividade voluntária,
não imposta;
2) Que todo jogo acontece em espaço e tempo
delimitados pela própria brincadeira;
3) Que o resultado do jogo é sempre imprevisto e
incerto, pois o destaque está no prazer de jogar, na
ludicidade;
4) Que a natureza improdutiva do jogo significa
não estar este vinculado à aquisição de bens, nem à
produção de trabalho;
5) Que seu desenvolvimento se dá pela existência
de regras (implícitas ou explícitas);
6) Que jogar significa acessar o mundo imaginário,
fictício.
4. CLASSIFICAÇÃO DOS JOGOS
CONCEITO EXEMPLOS
Ação que se desenvolve no ato de jogar.
Aprendizado cultural que se expressa de diversas
formas. A brincadeira é um estado existencial das
pessoas em diversas situações das suas vidas (SÃO
LUÍS, 2004).
Manifesta-se nos jogos, brinquedos em
forma de objetos, cultura popular,
reuniões de amigos, montagem ou
confecção de brinquedos entre outros
(SÃO LUÍS, 2004 ).
A função desse tipo de atividade lúdica "consiste em
satisfazer o eu por meio de uma transformação do
real em função dos desejos", ou seja, tem como
função assimilar a realidade. A criança tende a
reproduzir nesses jogos as relações predominantes
no seu meio ambiente e assimilar dessa maneira a
realidade e uma maneira de se auto-expressar (
PIAGET APUD RIZ 1997 ).
Brincadeiras ou jogos de faz- de-
conta, de papeis ou de representações
(SÃO LUÍS, 2004).
[...] contêm alguns fundamentos de modalidades
esportivas em que as regras são alteradas e/ou
criadas de outra forma (MATO GROSSO, 1998, p.
22).
Basquetão, futebol de cadeira, futebol
em duplas, tênisbol, câmbio, 10 passes,
volençol, etc.
São aqueles conhecidos também como jogos de rua
ou jogos tradicionais, que não exigem recursos
materiais mais sofisticados, pois sua gênese está na
cultura popular.
Queimado, amarelinha, rouba bandeira,
boca- de - forno, mãe da rua, chuta
lata, manchete, tacobol, etc.
São aqueles em que o jogador depreende menos
energia por parte da movimentação corporal,
realizado em ambientes mais fechados (salas),
usando-se tabuleiros e pequenas peças para
representação dos jogadores, em que suas regras
são pré-determinadas. Na atualidade muitos desses
jogos são pré-fabricados /industrializados (SOUZA
JR.; TAVARES, 2007).
Dama, xadrez, ludo dominó, pega-
vareta, palavras cruzadas, baralho,
desapareceu alguém, transformação de
palavras, etc.
Jogos
Cooperativos
Os jogos cooperativos são jogos de compartilhar,
unir pessoas, despertar a coragem para assumir
riscos, tendo pouca preocupação com o fracasso e o
sucesso em si mesmos. Eles reforçam a confiança
pessoal e interpessoal, uma vez que, ganhar e perder
são apenas referências para o contínuo
aperfeiçoamento de todos. Dessa forma os jogos
cooperativos resultam no envolvimento total, em
sentimentos de aceitação e vontade de continuar
jogando.
Amigos de jó, estamos todos no mesmo
saco, cesta de frutas, dominó
cooperativo, etc
5. JOGO COMPETITIVO X JOGO
COOPERATIVO
A competitividade se desenvolve ao longo da vida, de
acordo com as experiências e a forma como somos
estimulados a competir? Como era a competição
antes do modo de produção capitalista? Até que
ponto a competição que se estabeleceu na sociedade
capitalista – em que a disputa pelas melhores
posições sociais, econômicas e culturais – pode nos
tornar individualistas, sem a preocupação com
interesses coletivos? Será que a escola tornou-se
um ambiente que também promove a competição
egoísta, valorizando apenas aqueles que se
sobressaem?
Uma forma de oportunizar a participação
coletiva nas aulas, sem que a competição torne-se o
principal objetivo, pode se dar através dos jogos
cooperativos. Assim como outras formas de jogo, os
jogos cooperativos também apresentam registros
em vários continentes.
6. JOGO NA ESCOLA
Quando falamos dos jogos na escola,
buscamos trabalhá-lo na perspectiva da cultura
corporal, onde são apresentadas a espontaneidade,
flexibilidade, descompromisso, criatividade e
expressividade representadas de diversas formas
próprias de cada cultura.
PRATICANDO CAP.9
1) Relembre a sua infância e diga qual a
brincadeira que você mais gostava e como
podemos classificá-la.
2) Conceitue jogos esportivizados e jogos de
são e cite dois exemplos de cada um.
3) Faça uma entrevista com seus pais e com
seus avós perguntando quais as brincadeiras que
eles mais gostavam e peça para que eles
descrevam a você.
EIXO TEMÁTICO: DANÇA
CAP.10 – DANÇA
CONCEITO, HISTÓRICO
E CLASSIFICAÇÃO
A dança é uma das três
principais artes cênicas da
Antiguidade, ao lado do
teatro e da música.
Caracteriza-se pelo uso do
corpo seguindo movimentos
previamente estabelecidos
(coreografia) ou
improvisados (dança livre).
Na maior parte dos casos, a
dança, com passos
cadenciados é acompanhada
ao som e compasso de
música e envolve a
expressão de sentimentos potenciados por ela, mas,
não é somente através do som de uma música que se
pode dançar, pois os movimentos podem acontecer
independentes do som que se ouve, e até mesmo sem
ele. Podemos dizer então que a dança é a arte de
mexer o corpo, através de uma cadência de
movimentos e ritmos, criando uma harmonia própria.
A história da dança retrata que seu
surgimento se deu ainda na pré-história, quando os
homens batiam os pés no chão. Aos poucos, foram
dando mais intensidade aos sons, descobrindo que
podiam fazer outros ritmos, conjugando os passos
com as mãos, através das palmas.
O surgimento das danças em grupo aconteceu
através dos rituais religiosos, onde as pessoas
faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o sol e
a chuva. Os primeiros registros dessas danças
mostram que as mesmas surgiram no Egito, há dois
mil anos antes de Cristo.
Mais tarde, já perdendo o costume religioso, as
danças apareceram na Grécia, em virtude das
JOGO COMPETITIVO JOGO COOPERATIVO
Divertido para todos
se perdedores Todos sentem-se ganhadores
Alguns são excluídos por falta de habilidade Todos envolvem-se de acordo com as habilidades
Estimula a desconfiança e o egoísmo Estimula o compartilhar e confiar
Cria barreiras entre as pessoas Cria pontes entre as pessoas
Os perdedores saem e observam Os jogadores ficam juntos e desenvolvem suas
capacidades
Estimula o individualismo e o desejo que o outro Ensina a ter senso de unidade e solidariedade
Reforçam sentimentos de depreciação, rejeição,
incapacidade, inferioridade, etc.
Desenvolvem e reforçam os conceitos de nível AUTO
(auto-estima, auto-aceitação, etc.)
Fortalece o desejo de desistir frente às Fortalece a perseverar frente às dificuldades
Poucos são bem sucedidos Todos encontram um caminho para crescer e se
desenvolver
comemorações aos jogos olímpicos. O Japão
preservou o caráter religioso das danças, onde as
mesmas são feitas até hoje, nas cerimônias dos
tempos
primitiv
os. Em
Roma,
as
danças
se
voltara
m para
as
formas
sensuais
, em
homenagem ao deus Baco (deus do vinho), onde se
dançava em festas e bacanais.
Nas cortes do período renascentista, as danças
voltaram a ter caráter teatral, que estava se
perdendo no tempo, pois ninguém a praticava com
esse propósito. Praticamente daí foi que surgiram o
sapateado e o balé, apresentados como espetáculos
teatrais, onde passos, música, vestuário, iluminação
e cenário compõem sua estrutura. No século XVI
surgiram os primeiros registros das danças, onde
cada localidade apresentava características
próprias.
No século XIX surgiram as danças feitas em pares,
como a valsa, a polca, o tango, dentre outras. Estas,
a princípio, não foram aceitas pelos mais
conservadores, até que no século XX surgiu o rock’n
roll, que revolucionou o estilo musical e,
conseqüentemente, os ritmos das danças.
Assim como a mistura dos povos foram acontecendo,
os aspectos culturais foram se difundindo. O
maracatu, o samba e a rumba são prova disso, pois
através das danças vindas dos negros, dos índios e
dos europeus esses ritmos se originaram. Hoje em
dia as danças voltaram-se muito para o lado da
sensualidade, sendo mais divulgadas e aceitas por
todo o mundo. Nos países do oriente médio a dança
do ventre é muito difundida e no Brasil, o funk e o
samba. Além desses, o Strip-tease tem tido grande
repercussão, principalmente se unido à dança
inglesa, pole dance, mais conhecida como a dança do
cano.
CLASSIFICAÇÃO
QUANTO
AO MODO DE
DANÇAR
Dança solo (ex.: coreografia de solista no balé, sapateado);
Dança em dupla (ex.: tango, salsa, valsa, forró etc);
Dança em grupo (ex.: danças de roda, sapateado).
QUANTO
A ORIGEM
Dança folclórica (ex.: catira, carimbó, reisado etc);
Dança histórica (ex.: sarabanda, bourré, gavota etc);
Dança cerimonial (ex.: danças rituais indianas);
Dança étnica (ex.: danças tradicionais de países ou regiões).
QUANTO
A FINALIDADE
dança erótica (ex.: can can, striptease, pole dancing);
dança cênica ou performática (ex.: balé, dança do ventre, sapateado);
dança social (ex.: dança de salão, axé)
dança religiosa/dança profética
(ex.: dança sufi).
DANÇA NA ESCOLA
A Dança na escola, associada à Educação Física,
deverá ter um papel fundamental enquanto atividade
pedagógica e despertar no alunado uma relação
concreta sujeito-mundo. Deverá propiciar atividades
geradoras de ação e compreensão, favorecendo a
estimulação para ação e decisão no desenrolar das
mesmas, e também reflexão sobre os resultados de
suas ações, para assim, poder modificá-las defronte
a algumas dificuldades que possam aparecer e
através dessas mesmas atividades, reforçar a auto-
estima, a auto-imagem, a auto-confiança e o auto-
conceito. Não devemos nos preocupar com a
quantidade de atividades que iremos oferecer para
os alunos, mas sim, qualidade, adequação e
principalmente uma participação espontânea, que
acima de tudo proporcione prazer, para não cairmos
num processo instrucional mecanicista.
Através das atividades de Dança, pretendemos que
o aluno evolua quanto ao domínio de seu corpo,
desenvolvendo e aprimorando suas possibilidades de
movimentação, descobrindo novos espaços, novas
formas, superação de suas limitações e condições
para enfrentar novos desafios quanto aos aspectos
motores, sociais, afetivos e cognitivos. Abaixo
seguem quadros sobre benefícios que adquirimos
com a dança.
a) Domínios do Comportamento Humano.
Desenvolvimento
Cognitivo
Desenvolvimento
Motor
Desenvolvimento
sócio-afetivo
Desenvolvimento
das capacidades
Perceptivas
Motoras e
Conceitos
Desenvolvimento
das capacidades
Perceptivas
Motoras e
Conceitos
Formação de um
auto-conceito e
sociabilização.
Acadêmicos. Acadêmicos.
b) Variação no tempo-espaço, objeto e eixos do
movimento.
Tempo Espaço Objeto Noções de
Movimento
lento
moderado
acelerando
acelerado
desacelerando
direção:
frente,
atraz,lado,
subindo e
descendo.
níveis:
alto,
médio e
baixo.
planos:
sagital,
frontal e
horizontal.
extensões:
pequena e
grande.
corda
jornal
bola
arco
lençol
instrumentos
musicais
sucatas,
e outros.
Vivenciar
movi-mentos
das
articulações
da cabeça,
cintura
escapular,
cintura
pélvica,
cotovelo e
outras.
c) Habilidades e Capacidades físico-motoras.
Velocidade Promover atividade que permita uma
sucessão rápida de gestos.
Força
Atividades que possibilite o músculo
vencer uma resistência ou produzir
uma tensão.
Equilíbrio Atividades que promovam equilíbrio
dinâmico, estático e recuperado.
Agilidade Atividades que exijam num menor
tempo possível, o aluno conseguir
mudar o corpo de posição.
Resistência
Atividades aeróbicas, que promovam
melhora da capacidade cardio-
vascular, respiratória e aumento da
capacidade das fibras musculares.
Coordenação
Promover movimentos com várias
ações musculares numa seqüência de
movimento.
Ritmo Atividades com variação de ritmo (do
lento ao rápido).
Flexibilidade
Atividades que evidencie amplitude
dos movimentos das diferentes
partes do corpo.
CAP.11 - DANÇAS DO MARANHÃO
01. BUMBA-MEU-BOI:
No Maranhão, o Bumba-meu-boi representa o ponto
alto das chamadas festas juninas, que giram em
torno das figuras de São João, São Pedro, Santo
Antônio e São Marçal, envolvendo intensamente a
cidade de São Luís e o interior do Estado.
Tradicionalmente, o Bumba-meu-boi maranhense é
realizado na intenção de São João, a partir da
crença de que agrada a esse santo e organizar um
Boi ou brincar num que já esteja organizado. Dentro
desse contexto, identifica-se, na “brincadeira”, uma
forte marca religiosa, em que o boi funciona como
elemento de ligação entre o santo e os devotos,
inclusive para pagamento de “promessas”.
O Bumba-meu-boi é considerado uma dança
dramática, tendo como ponto central um “auto”, no
qual se encenava uma comédia, um drama, através de
falas-diálogos, e de cantigas-toadas. Essa
representação, assumida por um conjunto de
personagens, constituía-se na antiga “matança” do
boi, cujo cenário era uma fazenda, onde se
desenrolava uma trama em torno da vida, peripécias,
morte e ressurgimento de um boi. Atualmente, essa
forma tradicional de apresentação do bumba é
raramente feita na sua integridade, dando-se a sua
substituição por uma simplificada “meia-lua”, onde
predominam as “toadas” e a “tropeada”, no caso, o
batuque dos instrumentos.
Nessa perspectiva, na forma de apresentação ora
utilizada, o destaque é dado a uma seqüência de
toadas, que têm um repertório anual, marcado por
certa ordem crescente, iniciando-se com a toada do
“guarnecer” (a preparação do grupo para entrar em
ação) e prosseguindo com “o lá vai” (o aviso de que a
“brincadeira” está a caminho). Vem depois a
“chegada” (o anúncio da presença do novilho no
terreiro), ganha pique com as “toadas de cordão”
(cantigas de temas livres, em torno de assuntos
variados), pode passar pela encenação de um
arremedo do “auto”, dá ênfase à toada do “urrou” (o
grito de renovação da vida do boi) e termina com a
“despedida” (uma retirada melancólica e romântica).
O Bumba-meu-boi maranhense apresenta uma
dinâmica de funcionamento específica, - o chamado
Ciclo da Festa - com determinadas etapas: os
ensaios (que começam no Sábado de Aleluia e hoje
vão até o Sábado mais próximo do dia de Santo
Antonio – 13 de junho); o batismo (que ocorre na
véspera do aniversário de São João – 23 de junho);
as apresentações públicas (realizadas no período de
24 a 30 de junho, dia de São Marçal, com “pique” no
dia de São Pedro – 29 de junho) e a morte do boi
(que acontece nos finais de semana dos meses de
julho a setembro). Não se pode deixar de falar,
atualmente, nas apresentações extra-época, que são
feitas por certos grupos fora do tempo peculiar à
“boiada”, ou seja, em qualquer época do ano, para
atender, sobretudo, as exigências do turismo.
Os Bois maranhenses estão divididos em “sotaques”,
que representam os estilos, as formas, a maneira de
ser predominante nos grupos. Os “sotaques” provêm
de diversas regiões do Estado, ocorrendo entre eles
variações quanto ao ritmo, ao bailado, aos
instrumentos, ao guarda-roupa, às toadas, ao
“auto”... Embora ocorram diferenças de opiniões
entre os entendidos a respeito da classificação dos
“sotaques”, quatro deles podem ser apontados como
principais: matraca, zabumba, orquestra e da
Baixada. O “sotaque de matraca” é peculiar aos “bois
da ilha” de São Luís, caracterizando-se pelas
matracas, (duas tabuinhas de madeira que, batidas
uma contra a outra, causam um som estridente), ao
lado dos pandeirões e dos tambores-onças.
O “sotaque de zabumba” tem características mais
africanas, ressaltando-se a presença dos tantãs
(tambores enormes, de percussão rústica),
apresentando um ritmo mais socado.
O “sotaque de orquestra” é marcado por um
conjunto de instrumentos sonoros: clarinetes,
banjos, saxofones, pistons, entre outros, tendo um
ritmo mais alegre e suave.
O “sotaque de Pindaré” advém da região da Baixada
Maranhense e nele se destacam o guarda-roupa rico
e exuberante, com grandes chapéus de penas,
bordados e fitas, além de matracas e pandeiros
menores que os usados nos “bois da ilha”, daí o seu
ritmo mais lento.
02. TAMBOR DE CRIOULA
O Tambor de Crioula originou-se na costa do
Maranhão, trazido pelos primeiros escravos que ali
chegaram para o trabalho e, posteriormente,
formaram o primeiro quilombo da região, o Quilombo
de Frechal. Constitui-se numa dança popular
maranhense, marcada por uma grande influência
negra, cujos traços estão presentes nos seus vários
elementos, ou seja, no ritmo, na música, nos cantos,
na coreografia, nos instrumentos e no guarda-roupa.
Inicialmente, o tambor era utilizado para
comunicação, para o treinamento da capoeira e, com
o tempo, foi adotado para as festas e brincadeiras
daqueles que ali residiam.
Nessa dança, transparece um sentimento religioso
aliado a um caráter profano. A religiosidade
concentra-se em torno da figura de Benedito, São
Benedito, o Santo Preto, escravo cozinheiro que
trabalhava na casa grande e que costumava roubar
comida da cozinha, para alimentar e ajudar os
negros que estavam sendo castigados nos troncos e
nas festas de tambor (de prática de capoeira), que
aconteciam nas senzalas. Por seus feitos corajosos,
driblando feitores e senhores de escravos, depois
de sua morte foi transformado em santo e em
padroeiro do Tambor de Crioula.
Tradicionalmente, se dança o tambor, podendo essa
homenagem ser estendida a outros santos, inclusive
como forma de pagamento de promessa. O lado
profano aparece na característica que tem o tambor
de ser uma diversão para os seus brincantes, por
ocasião de uma festa de aniversário, matança de
bumba-meu-boi, nascimento de uma criança, chegada
ou despedida de parente ou amigo, comemoração
pela vitória de um time de futebol, ou num final de
semana de lua cheia, sendo a dança um motivo de
diversão, uma forma de extravasamento das
preocupações com a dura luta pela sobrevivência,
enfrentada pelas camadas populares.
Sim, porque o Tambor de Crioula é comumente
dançado por pessoas inseridas nas camadas
populares, tanto da cidade de São Luís, como de
diversos municípios do interior do estado do
Maranhão. Os participantes organizam-se em grupos
de pessoas predominantemente negras de ambos os
sexos, embora haja o exercício de funções
diferentes por parte de mulheres e homens no
decorrer da dança.
O Tambor de Crioula é dançado, geralmente, ao ar
livre, na porta de uma casa, numa rua, num pátio,
numa praça, ou em qualquer outro lugar que permita
a livre movimentação do grupo, dando vazão a uma
coreografia solta e variada.
Para dançar o tambor, forma-se uma roda, um
círculo, ficando de uma lado as mulheres, que são as
dançantes, uma junto da outra, e, de outro lado, os
homens, que são tocadores e cantadores. As
mulheres, chamadas de “coreiras”, vão se revezando
para dançar, uma de cada vez, diante dos tambores,
fazendo, inicialmente, uma reverência a estes para
depois desenvolverem, de maneira graciosa e
faceira, uma dança que mexe com todo o seu corpo.
O revezamento se dá através da “punga”, uma batida
rápida de barriga da mulher que está dançando no
meio da roda em outra companheira, como um
convite para que esta a substitua.
Enquanto isso, os homens, chamados de “coureiros”,
ficam cantando as toadas, tocando os tambores e
também dançando, com um movimento mais pesado,
parecido com a capoeira. Pelo lado de fora da roda
fica a “assistência”, formada pelos parentes, amigos,
acompanhantes e o público em geral, que é
conclamado a participar, cantando o refrão das
toadas e movimentando o corpo com os passos da
dança.
Quanto aos instrumentos, utilizam-se três tambores
feitos de madeira ou, mais modernamente, de
grossos canos, cobertos de couro. Esses tambores
têm tamanhos diferentes: o tambor grande é
chamado de roncador ou rufador, o médio de meião,
socador ou chamador e o pequeno de perengue,
merengue ou crivador.
Os tambores são tocados com as mãos, sendo que
cada tocador coloca o tambor entre as pernas e nele
vai batendo num ritmo quente e envolvente. No caso
do tambor grande, verifica-se, ainda, que um outro
tocador bate, na parte posterior, com paus de
madeira, - “as matracas”. Para melhor afinação,
durante a dança, os tambores são esquentados no
fogo. As “coreiras” usam saias coloridas,
estampadas, blusas com bordados e rendas, colares
e pulseiras em cores variadas, e os “coureiros”
vestem camisas também coloridas, que podem ter
estampas semelhantes às das mulheres, e chapéus
de palha. Em São Luís, atualmente, o Tambor de
Crioula é dançado em qualquer época do ano, embora
sua maior incidência seja no carnaval e no período
das festas juninas.
03. DANÇA DO CACURIÁ
São várias as denominações da Dança do Cacuriá:
Bambaê de Caixa, Carimbó de Caixa e Baile de Caixa
(Penalva). Originalmente, a dança faz parte da Festa
do Divino Espírito Santo e acontece por ocasião da
derrubada do mastro, sendo praticada por um grupo
de homens e mulheres. Algumas destas são as
responsáveis pelo toque das caixas que são os únicos
instrumentos musicais que acompanham a dança - e,
por isso, são chamadas de “caixeiras”. Ao tocar,
entoam versos espontâneos ou já conhecidos, cada
qual com sua característica própria. Os demais
dançantes se dividem em casais para a execução da
coreografia, que depende das músicas cantadas,
sendo estas profanas na sua totalidade. A dança
pode ser realizada ao redor do mastro do Divino, em
local fechado ou no próprio salão da festa do Divino.
Atualmente, a Dança do Cacuriá acontece fora do
ciclo do Divino, constituindo isto uma inovação.
O Cacuriá foi criado há aproximadamente 32 anos
no interior da capital e levada para a cidade de São
Luís, por Dona Florinda e o Senhor Lauriano, mais
conhecidos como: Filoca e Lauro. O Cacuriá foi
criado a partir do carimbó de caixa (instrumento de
batuque), que era tocado com a caixa da Festa do
Divino Espírito Santo.
A representante mais conhecida do cacuriá é Dona
Teté uma percussionista maranhense muitas vezes
creditada como uma das criadoras do ritmo e
considerada responsável pela introdução dos novos
instrumentos.
04. DANÇA DO LELÊ
Com a denominação de Dança do Péla (de péla
porco), essa manifestação folclórica é encontrada
na cidade de Rosário, em povoados desse município e
de outros que lhe são próximos. Seus brincantes
são, geralmente, lavradores de ambos os sexos,
pessoas maduras ou idosas, de onde vem a
designação de “dança de velhos”. De origem
européia, essa dança de salão assemelha-se à
quadrilha e apresenta coreografia e cantos bastante
variados. É acompanhado por um conjunto musical,
que tem o violão, o cavaquinho e o pandeiro são
instrumentos básicos, embora outros dele façam
parte: a rebeca, o pífano e as castanholas. A Dança
do Lelê se divide em quatro partes:
O Chorado: é a parte que inicia a festa e em que os
brincantes escolhem seus pares, formando os
cordões. É uma espécie de convite à dança, expresso
em estrofes cantadas de seis versos, que saúdam a
platéia, apresentam os cantadores e os tocadores,
louvam os santos, criticam os presentes, etc.
A Dança Grande: É a parte mais longa da festa na
qual os brincantes, já muito animados, apresentam
uma coreografia diversificada, cujos passos
recebem nomes especiais. Cantam-se estrofes de
quatro versos envolvendo temas satíricos e diálogos
entre os cantadores.
A Talavera: dançada na madrugada, com os
brincantes sempre de braços dados. Os cantos,
feitos em estrofes de quatro versos, falam dos
motivos de estar na festa, sendo as abordagens
geralmente românticas.
O Cajueiro: dançado ao alvorecer, quando os
brincantes cantam estrofes de quatro versos,
saudando os músicos, o dono da casa e os
espectadores. No final do Cajueiro, a coreografia é
muito variada, sendo conhecida como “juntar
castanha e entregar o caju”. Embora possa
acontecer em qualquer época do ano, a Dança do
Lelê costuma ser apresentada por ocasião das
festas católicas (São Benedito, Nossa Senhora do
Rosário, Nossa Senhora da Conceição, Divino
Espírito Santo, etc) e até na época do carnaval.
Apesar do seu vigor, no seio da população rural dos
municípios citados, essa manifestação folclórica
pode desaparecer no futuro.
05. DANÇA-DO-CÔCO
Conhecida como Dança-do-coco-babaçu, Dança-do-
côco-ariri, Dança-do-côco ou simplesmente Coco, é
um folguedo tradicional, ligado ao trabalho escravo.
Dele se tem notícias a partir de 1828, em Alagoas,
com o nome de Coco Praiano. É dançado por grupos
de pessoas, geralmente da periferia da cidade ou da
zona rural, constituídos por homens, mulheres e
crianças, grupos esses que podem ter até mais de
100 participantes.
A origem africana do Coco é evidenciada nas
umbigadas, nas batidas de palmas, de pés, nos
meneios do corpo, enquanto a influência portuguesa
ou indígena se manifesta no seu movimento de roda.
A dança é praticada no mês de junho, durante os
festejos juninos, e no período natalino, em algumas
regiões. Tendo sido, por algum tempo, uma dança de
salão, passou, com o correr dos anos, a ser
representada unicamente a céu aberto, ou seja, em
praças ou ruas, enfeitadas com ariris e
bandeirinhas. A coreografia do Coco caracteriza-se
pela pequena movimentação, organizando-se os
dançantes em círculo, onde se alternam homens e
mulheres. No meio do círculo fica o marcador ou
mandador do Coco, que comanda as músicas, faz as
marcações e tira os improvisos, sendo o líder do
grupo desde os ensaios até a última apresentação.
Há ainda os coordenadores, encarregados de manter
a ordem no cordão, observar quem está cantando ou
dançando bem e orientar os mais novos no grupo. Há
um momento especial na brincadeira: o da comédia
ou enredo, variável conforme o Coco, embora seja
sempre o mesmo no Coco babaçu. Nesse momento, o
grupo que representa a comédia ocupa o centro do
círculo, ficando os demais brincantes acocorados
até o final da dramatização, após o que voltam a
cantar e dançar. A toada é sempre a mesma,
enquanto os versos, improvisados pelos cantadores,
retratam as coisas e os fatos do dia-a-dia,
apresentando um conteúdo satírico. Se a
brincadeira é feita como pagamento de uma
promessa, podem revelar um conteúdo religioso.
Os instrumentos utilizados na Dança-do-Coco são os
seguintes: saxofone, pistom, trombone, banjo,
pandeiro, triângulo de ferro, maracá-de-lata e
tambor-surdo, que formam uma pequena orquestra.
Os homens usam calças e sapatos do cotidiano,
camisas iguais, listradas ou estampadas e um facão
na cintura. As mulheres usam vestidos da mesma
fazenda estampada, com babados e rendas.
Enfeitam-se com brincos, colares, chapéus e rosas
nos cabelos e calçam tamancos. Na cintura amarram
um pequeno cofo com amêndoas e levam na mão a
imitação de um machado. A coreografia das
mulheres imita os gestos do trabalho cotidiano. O
facão, carregado pelos homens, simboliza o papel do
desbravador de caminhos; o cofo com amêndoas
traduz as relações de produção entre o proprietário
e os coletores de coco.
Quando o grupo é liderado por pessoa ligada à
Umbanda ou ao Candomblé, a forma de dançar e o
conteúdo dos cantos sofrem influências dessas
religiões. O calendário das apresentações do Coco é
rigorosamente cumprido, havendo a crença de que,
se ele for desrespeitado, advirão castigos para os
brincantes.
06. DANÇA DO CAROÇO
Praticada na cidade de Tutóia, vizinha do Estado do
Piauí, a Dança do Caroço é, segundo alguns
depoimentos, de origem africana, segundo outros,
de origem indígena. Trata-se de uma dança livre,
pouco ou nada ritualizada, cujos participantes, de
ambos os sexos e de qualquer idade, apresentam
uma coreografia bastante variada. E que depende
dos cantos, cuja letra leva os brincantes às
respostas, expressas na dança e nas toadas que
improvisam. Essas toadas são feitas em versos e
envolvem fatos e coisas do cotidiano de Tutóia
Velha, isto é, a relação dos seus habitantes com a
natureza: o mar, os rios, a vegetação, os animais, a
pesca etc. Uma das brincantes, a que melhor dança e
canta, faz a puxada da brincadeira. É a Rainha do
Caroço, que exerce uma certa liderança no grupo, no
qual há um “representante do prefeito”, que leva a
este os pedidos do pessoal e avisa os participantes,
sempre que essa autoridade marca uma dança.
Nesta podem tomar parte até os assistentes, mas
são sempre os melhores cantores do grupo que
puxam a música, respondendo os demais elementos
com as estrofes. Os instrumentos utilizados são:
quatro caixas (tambores) e uma curica (cabaça
envolta por um trançado de sementes).
Quanto ao traje dos brincantes, vê-se que já foi
modernizado: as mulheres usam vestidos de corpo
baixo em cor branca, mangas em folhos de fazenda
estampada, a mesma da saia, que é curta e tem três
folhos; os homens vestem calça branca, de boca
estreita, um pouco arregaçada e camisa do mesmo
tecido estampado da saia das mulheres.
Os caixeiros (homens e mulheres) calçam sandálias
japonesas e os brincantes (homens e mulheres)
dançam descalços. Fazendo parte da vida dos
brincantes de Tutóia, o Caroço é, no seu próprio
dizer, uma “brincadeira”, que pode acontecer quando
“dá vontade”, por ocasião de aniversários ou festas
religiosas.
Apesar de sua espontaneidade, essa dança vem
sofrendo, como é natural, algumas mudanças ao
longo do tempo. Basta dizer que ela é,
constantemente, apresentada para turistas, em
concursos ou através de contratos com particulares.
07. DANÇA DE SÃO GONÇALO
A dança de São Gonçalo, baile de São Gonçalo, ou
simplesmente São Gonçalo é realizada em quase
todo o Estado do Maranhão, assumindo
características diversas em cada região ou mesmo
em cada município. Dela participam lavradores,
pescadores, operários, donas de casa, estudantes.
Os instrumentos utilizados são o violino, a viola ou o
violão.
A dança se realiza em espaço fechado, previamente
decorado para tal finalidade, dentro de casa ou em
tendas reservadas a festas religiosas. Na frente do
salão é colocado um altar com as imagens de São
Gonçalo, São Benedito e de outros santos, ao lado do
qual permanece o dono da festa, sentado numa
cadeira, durante toda a apresentação.
A dança é distribuída em dois cordões de igual
número: um formado por homens e outro por
mulheres, colocados um ao lado do outro, ficando um
espaço no meio para a movimentação, que ocorre
com um passo para a direita e outro para a
esquerda. Cada casal desenvolve uma série de passos
trocados e vai se deslocando até o altar, onde
presta a sua reverência ao santo, volta para o
cordão, sempre em movimento, cantando músicas
religiosas próprias da dança e recitando versos,
acompanhados pelos instrumentos musicais.
Ao final, todos se colocam diante o altar, oferecem
flores ao santo e, com a platéia, rezam uma ladainha
oferecida a São Gonçalo.
08. DANÇA DO PAGODE
Encontrada na cidade de Buriti-Bravo, a Dança do
Pagode é, segundo fontes orais, uma brincadeira
espontânea, praticada por pessoas humildes, que,
sem constituírem um grupo organizado, podem
reunir-se, em qualquer noite, para o folguedo. Este
pode acontecer também em datas festivas, na praça
da cidade ou noites de lua, frente à casa de quem o
promove. Basta o convite se espalhar pelas ruas para
os brincantes aparecerem. São homens e mulheres
de qualquer idade, sem predominância de cor,
trajados normalmente, como para uma festa.
Dança essencialmente profana, o pagode lembra as
festas de salão européias, sobretudo a quadrilha,
sendo-lhe concorrente em criatividade e beleza
coreográfica. Os brincantes se dividem em duas
colunas de igual número: uma de homens e outra de
mulheres, que ficam de frente uns para os outros.
Na ponta das duas colunas fica o líder, mandador ou
comandante (homem ou mulher) que, Ao sinal da
marcação, feita por meio de palmas, as pessoas
cantam e dançam, viram para um lado e para o outro,
gingam e batem com os pés calçados com tamancos.
Utilizando um par de castanholas, dirige a dança
com gestos e cantos. Ao lado e próximo dos
dançantes, ficam sentados dois instrumentistas: um
violeiro (cantor-improvisador) e um percussionista,
que desempenha o seu papel com uma simples lata
(tipo a do leite ninho), contendo alguns grãos de
feijão.
A coreografia, difícil e variada, tem como principal
característica o sapateado, que se mantém durante
todo o tempo de duração da música, com os pares
trocando de lugar em sua própria coluna e com a
coluna de frente. Essa troca de posição entre as
duas colunas se processa, igualmente, durante o
tempo de duração da música, garantindo a intensa
dinâmica coreográfica do Pagode.
09. A DANÇA DA MANGABA
A Mangaba, dança de origem africana, veio para o
Maranhão, principalmente para o Vale do Mearim,
através da gente do Piauí. Antigamente, a Mangaba
era denominada Baião, o que a faz ser conhecida até
hoje, em algumas regiões, por este nome.
Seus brincantes são de ambos os sexos e de idade
variada, embora haja predominância de jovens. As
pessoas que praticam a Dança da Mangaba, não
constituem um grupo organizado; são as que a
conhecem e sabem dançá-la, incluindo aí os cantores
e os músicos. O acompanhamento dessa dança é,
principalmente, de percussão. Em algumas regiões,
onde ela se manifesta, são utilizados caixões de
madeira. Em outras regiões, há também o uso de
tambores e taróis. Originalmente, faziam parte
dessa instrumentação a rabeca e a viola, que
desapareceram em virtude da dificuldade de se
encontrar quem as toque.
A Dança da Mangaba tem um ritmo contagiante. Sua
coreografia apresenta evoluções, formando, no
entanto, um núcleo comum. Todos os passos são
feitos em redor de uma formação, tomada ao iniciar
a brincadeira (a forma do número oito). Mesmo com
toda a movimentação da dança, há a exigência de
manter a forma do número oito no decorrer do
espetáculo. A Mangaba se constitui, principalmente,
num divertimento, num lazer, sendo dançada, com
mais freqüência, na época junina.
A presença desse folguedo na realidade cultural
maranhense demonstra que ele tem conseguido se
manter vivo através do tempo, podendo, no entanto,
como ocorreu com outras manifestações,
desaparecer no futuro, de onde vem a preocupação
com o seu registro.
10. A MARUJADA
A Dança do Marujo ou Marujada, também conhecida
como Chegança do Marujo, Barca Fandango, os
Fandangos, Nau Clarineta ou apenas Chegança, é de
origem portuguesa que se espalhou por todo o Brasil.
Chegou ao Maranhão pelo Piauí e fixou-se em Caxias.
Os brincantes são do sexo masculino, de idade que
varia de 13 a 50 anos e, geralmente, são
açougueiros, magarefes e feirantes. A Dança do
Marujo apresenta uma coreografia simples, formada
por dois cordões de participantes, que pouco falam
ou cantam, mas respondem em forma de coro e
dançam imitando as ondas do mar. Arrumam-se em
forma de barco, ficando, em uma extremidade, o rei
Mouro e seus embaixadores (muçulmanos) e, na
outra, o chefe de divisão e seus tripulantes
(cristãos). O grupo sai cantando do local de ensaio
para o de apresentação, entoando uma música
denominada cantiga de rua. Dependendo do local de
apresentação, os brincantes fazem saudações ao
dono da casa ou a algum santo, de preferência São
Benedito, e à platéia. A dança é companhada apenas
por maracás de latas. A Dança do Marujo, em
Caxias, é composta de sete partes independentes
entre sí, que são apresentadas com diálogos
cantados ou falados. Essas partes são: Mora (Rei
Mouro), Piloto, Chiquito, Capitão-General, Rizinga,
Mestre-Patrão e Bandereiro. A dança inicia-se pela
saída da nau portuguesa do porto (Mora ou Rei
Mouro). Nessa parte há o confronto entre o chefe
de divisão e os embaixadores, na tentativa destes
serem convertidos ao cristianismo. Finaliza com o
batizado dos embaixadores.
A partir da parte do Piloto, a dança gira em torno do
navio que fica à deriva, danificado. O piloto
embriaga-se. Surge uma série de brigas a
desentendimentos, em que estão envolvidos: o
piloto, o mestre-patrão, o calafatinho, o contra-
mestre, o chefe de divisão, o guarda-marinha e o
doutor. O doutor consegue salvar a vida do contra-
mestre, que foi esfaqueado pelo piloto, e este, já
sóbrio, pede desculpas e é perdoado.
Na parte do Chiquito, este, como personagem
central, se apresenta com uma luneta na mão à
procura de terra; os demais marujos vivem um
período de desolação. Na fase final ou Bandeireiro,
a dança apresenta a parte mais curta e o espetáculo
fica por conta da coreografia. Ao encerrar a dança,
os participantes cantam uma melodia de despedida.
A dança do Marujo faz parte das festas natalinas,
podendo prolongar-se até 15 de janeiro. De acordo
com informações de Enóquio Sousa, esse folguedo
encontra-se, hoje, totalmente desativado e,
portanto, em fase de completa extinção.
PRATICANDO CAP.11
1) Conceitue a dança e explique como ela
surgiu na história
2) Diga como podemos classificar as danças
3) Explique resumidamente a história do
bumba-meu-boi no maranhão e cite dois de seus
sotaques.
4) Sobre o cacuriá, diga como ele surgiu no
maranhão e que são seus criadores.
5) Cite o nome dos 3 tambores utilizados na
roda de tambor de crioula,
6) Quem foi são Benedito no tambor de
crioula.
EIXO TEMÁTICO: GINÁSTICA
CAP.12 – GINÁSTICA CONCEITO, HISTÓRIA E
CLASSIFICAÇÃO
A história da Ginástica confunde-se com a história
do homem. A Ginástica entendida por Ramos (1982:
15) como a prática do exercício físico “vem da Pré-
história, afirma-se na Antigüidade, estaciona na
Idade Média, fundamenta-se na Idade Moderna e
sistematiza-se nos primórdios da Idade
Contemporânea”. No homem pré-histórico a
atividade física tinha papel relevante para sua
sobrevivência, expressa principalmente na
necessidade vital de atacar e defender-se. O
exercício físico de caráter utilitário e
sistematizado de forma rudimentar era transmitido
através das gerações e fazia parte dos jogos,
rituais e festividades.
Na Antigüidade, principalmente no Oriente, os
exercícios físicos aparecem nas várias formas de
luta, na natação, no remo, no hipismo, na arte de
atirar com o arco, como exercícios utilitários, nos
jogos, nos rituais religiosos e na preparação
guerreira de maneira geral.
Na Grécia nasceu o ideal da beleza humana, o qual
pode ser observado nas obras de arte espalhadas
pelos museus em todo o mundo, onde a prática do
exercício físico era altamente valorizada como
educação corporal em Atenas e como preparação
para a guerra em Esparta. O fato de ser a Grécia o
berço dos Jogos Olímpicos, disputados 293 vezes
durante quase 12 séculos (776 a. C-393 d. C),
demonstra a importância da atividade física nesta
época. Em Roma, o exercício físico tinha como
objetivo principal a preparação militar e num
segundo plano a prática de atividades desportivas
como as corridas de carros e os combates de
gladiadores que estavam sempre ligados às questões
bélicas. Recordações das magníficas instalações
esportivas desta época como as termas, o circo, o
estádio, ainda hoje impressionam quem As visita
pela magnitude de suas proporções.
Na Idade Média os exercícios físicos foram a base
da preparação militar dos soldados, que durante os
séculos XI, XII e XIII lutaram nas Cruzadas
empreendidas pela igreja. Entre os nobres eram
valorizadas a esgrima e a equitação como requisitos
para a participação nas Justas e Torneios, jogos que
tinham como objetivo “enobrecer o homem e fazê-lo
forte e apto” (Ramos, 1982). Há ainda registros de
outras atividades praticadas neste período como o
manejo do arco e flecha, a luta, a escalada, a
marcha, a corrida, o salto, a caça e a pesca e jogos
simples e de pelota, um tipo de futebol e jogos de
raqueta.
O exercício físico na Idade Moderna, considerada
simbolicamente a partir de 1453, quando da tomada
de Constantinopla pelos turcos, passou a ser
altamente valorizado como agente de educação.
Vários estudiosos da época, entre eles inúmeros
pedagogos, contribuíram para a evolução do
conhecimento da Educação Física com a publicação
de obras relacionadas à pedagogia, à fisiologia e à
técnica. A partir daí surgiu um grande movimento de
sistematização da Ginástica.
Segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua
Portuguesa, a palavra Ginástica vem do grego
Gymnastiké e significa a “Arte ou ato de exercitar o
corpo para fortificá-lo e dar-lhe agilidade.
A ginástica é um conceito que engloba modalidades
competitivas e não competitivas e envolve a prática
de uma série de movimentos exigentes de força,
flexibilidade e coordenação motora para fins únicos
de aperfeiçoamento físico e mental.
Podemos dizer também que é o conjunto de
exercícios corporais sistematizados, realizados no
solo ou com auxílio de aparelhos e aplicados com
objetivos educativos, competitivos, terapêuticos,
etc.
MÉTODOS GINÁSTICOS
A) MÉTODO DE GINÁSTICA SUÉCA:
Perh Henrik Ling (Pedro Enrique Ling), poeta e
educador, representa no campo das atividades
físicas um nome inconfundível. Sua obra “A Ginástica
Sueca ou de Ling”, evoluiu extraordinariamente,
constituindo hoje em dia, um verdadeiro monumento
educacional. Contrariando as idéias dominantes da
época, estabeleceu novos rumos à prática dos
exercícios físicos, a fim de regenerar o povo sueco,
minado pela tuberculose, o raquitismo e o alcoolismo.
Suas são as seguintes palavras: “se não tenho razão
minha obra perecerá, se tenho ela vencerá apesar
dos gritos” Ling foi influenciada pelos antigos
filósofos e médicos gregos (buscou ensinamentos
que o levarão a dirigir a razão humana para
estabelecer um sistema de acordo com a ciência), e
pelos educadores europeus que o precederam
(sábios preceitos pedagógicos, metodológicos e
técnicos que fundamentaram sua obra, onde é
estabelecido que a educação deve ter em vista o
indivíduo de uma maneira integral) tais como: Locke,
Schelling, Rousseau, Guthsmuts, Nachtegall, Vieth,
Jahn e Pestalozzi.
Em 1808, a Suécia deu os primeiros passos da
ginástica escolar com um regulamento que
determinou que em todos os centros de educação
fossem criadas condições favoráveis para a prática
de exercícios de escalada, saltos, acrobacias,
natação, etc., sob a direção de um monitor. Em 1826,
um novo regulamento estabeleceu: “nenhum jovem
deve ser dispensado da ginástica, salvo se provar
que ela lhe é nociva”.
Em 1813, em prosseguimento a sua grandiosa obra,
Ling fundou o Instituo de Estocolmo “Instituo
Central de Ginástica –GCI” Com a morte de Ling em
1839, a ginástica sueca pedagogia se estagnou, pois
seu sucessor, Branting, pouco se preocupou com ela,
interessado exclusivamente com a ginástica médica.
Entretanto, mais tarde, já na direção do Instituo, o
filho de Ling, Hjalmar Ling, retomou a ginástica
pedagógica ou higiênica o seu devido lugar. Em 1944
o Instituo deu um passo decisivo, transferindo-se
para local mais adequado, onde foi completamente
modernizado.
Ling estabeleceu idéias gerais, princípios e
exercícios sistematizados, que deram a sua obra
valor incontestável, assim como: Os movimentos
ginásticos devem basear-se nas necessidades e nas
leis do organismo humano.
A ginástica deve desenvolver harmonicamente o
corpo, atuando sobre as suas diferentes partes.
Todo movimento necessita ter uma forma
determinada, isto é, uma posição de partida, certo
desenvolvimento e uma posição final. Os exercícios
pedagógicos devem ser convenientemente
selecionados, tendo em vista exercer um efeito
corretivo sobre a atitude, e precisam ser simples e
atraente.
A ginástica deve desenvolver gradualmente o corpo
por meio de exercícios de intensidade e dificuldade
crescente, levando em conta a capacidade do
praticante. A ginástica visa tanto o corpo como o
espírito, de tal maneira que a sua prática seja
sempre acompanhada de prazer. A ginástica precisa
sempre combinar a teoria com a prática. A saúde é
necessária aos dois sexos, possivelmente mais a
mulher porque a sua vida dará origem à outra vida.
Estabelecidos os princípios, passou Ling a criar os
diferentes exercícios do sistema, concebidos
dentro de uma base anatômica.
Atualmente nada mais tem haver o Instituo com a
formação de militares especializados e com a parte
da ginástica médica, sendo então para a preparação
única de professores (diretores de ginástica) para
as necessidades de ginástica escolar e extra-
escolares de especialidade.
Muitos se passaram após Ling, porém, o mais
importante depois dele foi Josef Gottfrid Thulin,
que com seus estudos teóricos sobre os movimentos
em geral, incorporou: o ritmo e a música na educação
física da mulher, testes coletivos e individuais na
verificação dos resultados ginásticos, organizou
cursos em campos internacionais e explorou sessões
estoriadas nas práticas infantis. Portanto, colocou a
Ginástica Sueca no seu verdadeiro lugar, como meio
poderoso de revigoramento físico e de educação
integral.
B) MÉTODO DE GINÁSTICA FRANCÊS
A Escola de Joinville-le-Pont foi fundada em 15 de
julho de 1852, no mesmo local onde ainda se
encontra. A sua verificou quando o Marechal Soult,
que alimentava idéias favoráveis à educação física,
era Ministro da Guerra contando com a colaboração
do Comandante D’Argy, antigo secretário e discípulo
de Amoros e Napoleão Laisné, suboficial de
engenharia e que também fora discípulo de Amoros.
A Escola adotou então o Regulamento Francês de
Ginástica, aprovado em 24 de agosto de 1846, pelo
Ministro da Guerra, como o título “Instrução para o
Ensino da Ginástica nos Corpos de Tropa e nos
Estabelecimentos Militares”, que foi elaborado por
uma comissão: General Aupik, Coronel Amoros,
Capitão D’Argy, Napoleão Laisné e outros. Em 1815 o
comandante D’Argy publicou “Instruções para o
Ensino da Ginástica”, que se fazia acompanhar de um
plano e de uma relação de aparelhos usados no
exército.
A 22 de dezembro de 1904, por decreto do
Presidente da República Francesa, foi instituída uma
comissão interministerial para tratar da unificação
dos métodos nas escolas, ginásios e regimentos,
onde presidiu o General Castex e outros 13
membros, resultando no “Manual d’Exercices
Physiques et de Jeux Scolaires”.
Após várias tentativas, ensaios em alguns novos
regulamentos, baseados sempre nos anteriores, com
pequenas modificações, que fizeram parte Tissié e
Herbert, com a experiência da guerra de 1914-18,
então surgiu em 1919 um complemento ao “Manual
d’Exercices Physiques et de Jeux Scolaires”. Era um
manual completamente novo de título “Projet de
Réglement General d’Education Physique”. Tal
projeto foi consolidado em 1927, sendo reeditado
em 1932.
Podemos analisar este método da seguinte forma:
Bases Fisiológicas – A educação física deverá ser
orientada pelos princípios de fisiologia. Durante a
infância a educação física deve visar ao
desenvolvimento harmônico do corpo, enquanto na
idade adulta o seu papel é manter e melhorar o
funcionamento dos órgãos, aumentar o poder do
coração e dos vasos sangüíneos, o valor funcional do
aparelho respiratório, a precisão e eficácia dos
movimentos e pelo conjunto desses meios, assegurar
a saúde.
Bases Pedagógicas – segundo a definição do método,
a educação física compreende o conjunto de
exercícios cuja prática racional e metódica é
susceptível de fazer o homem atingir o mais alto
grau de aperfeiçoamento físico, compatível com sua
natureza, e utilizando-se de várias formas de
trabalho: jogos, assouplissements (flexionamentos),
4 exercícios educativos, aplicações (as grandes
famílias - marchar, trepar, saltar, levantar e
transportar, correr, lançar e atacar, e defender-
se), desportos individuais, desportos coletivos.
Existiam algumas regras para a aplicação
deste método são elas:
1) Grupamento dos Indivíduos – baseado na
fisiologia e na experiência, adotou a classificação
racional em grupos de valor fisiológico
sensivelmente equivalente: educação física
elementar ou pré-pubertária (crianças de 4 a 13
anos); educação física secundária ou pubertária e
pós-pubertária (adolescentes de 13 a 18 anos);
educação física superior ou desportiva e atlética
(adultos de ambos os sexos de 18 a 35 anos); e
ginástica de conservação para a idade madura
(adultos de ambos os sexos com mais de 35 anos).
2) Adaptação ao Exercício – o regime de
trabalho físico a que serão submetidos depende: do
fim a atingir, da dificuldade e da intensidade dos
exercícios e das qualidades que estes exercícios são
susceptíveis de desenvolver ou de aperfeiçoar. Para
compor o programa de exercícios foram elaborados
quadros de exercícios por ciclos (elementar,
secundário e superior) e que constava de:
grupamento, fim a atingir (objetivo), o programa de
exercício e regime de trabalho.
3) Atração do Exercício – os exercícios físicos
devem ser higiênicos e salutar quanto maior o
prazer com que for praticado. O instrutor deverá
esforçar-se para tornar a sessão atraente, pela
escolha judiciosa dos exercícios que variará,
frequentemente, pela introdução de jogos em
momento oportuno no decorrer da lição e,
principalmente, pela emulação e disposição para o
trabalho que provocará em sua classe.
4) Verificação Periódica da Instrução – a
verificação periódica dos exercícios físicos é
realizada pelo médico e pelo professor e repousa
nos exames fisiológicos e práticos. A verificação
médica é efetuada no início e final do ano letivo,
seguido de exame prático de dificuldade compatível
com o valor físico dos concorrentes.
UMA SESSÃO COMPREENDE TRÊS PARTES
1. Preparatória – duração de 2/10 do tempo
total da sessão. Comporta evoluções e
flexionamentos dos braços, pernas, tronco,
combinados, assimétricos e de caixa torácica.
2. Lição Propriamente Dita – duração de 7/10
da sessão. Abrange exercícios grupados nas sete
famílias: marchar, trepar e equilibrar-se, saltar,
levantar e transportar, correr, lançar e atacar e
defender-se.
3. Volta á Calma – duração de 1/10 da sessão.
Contém: marcha lenta com exercícios respiratórios,
marcha com canto ou assobio e exercícios de ordem.
C) MÉTODO DE GINÁSTICA CALISTÊNICA
CARACTERÍSTICAS
A calistenia representa uma série de exercícios
localizados, com fins corretivos, fisiológicos e
pedagógicos. Dada a sua mobilidade e simplicidade,
adapta-se a qualquer tipo humano, podendo ser
considerada como uma ginástica eclética.
A calistenia não é um sistema, mas poderá integrar
qualquer sistema de ginástica. Sua flexibilidade
ecletismo adaptam-se sempre as circunstâncias e
evolui de acordo com as tendências e
características humanas, sem perder seu objetivo
central: a arte de exercitar os músculos, com o fim
de adquirir saúde, força, elegância de porte e
movimento.
Calistenia vem do termo grego “Kallistenés” que
significa cheio de vigor ou força harmoniosa (Kallós
= belo, sthenos = força). Para os helenos, dizer cheio
de vigor significava dizer saúde integral, isto é,
física, mental e espiritual. Para o grego clássico, a
harmonia da força estava justamente no equilíbrio
de sua manifestação: força física, força mental e
força espiritual (Platão foi um grande esportista e
campeão muitas vezes). Modernamente, calistenia é
uma série de exercícios físicos executados sem
aparelhos, com a finalidade de produzir saúde,
força, elegância e bem estar geral. Os exercícios
calistênicos afetam principalmente as grandes
massas musculares que colaboram na manutenção
ereta do tronco e facilitam as atividades dos órgãos
vegetativos, base importante da saúde, enquanto o
corpo adquire uma atitude esbelta e natural
CLASSIFICAÇÃO DA GINÁSTICA
1- Ginástica de Condicionamento Físico:
Englobam todas as modalidades que têm por
objetivo de aquisição ou a manutenção da condição
física do indivíduo normal e/ou do atleta, como
exemplos temos Ginástica aeróbia, hidroginástica,
localizada com aparelhos, localizada sem aparelhos,
etc.
2- Ginásticas de Competição: Reúnem todas as
modalidades competitivas. Exemplos: Ginástica
artística/olímpica, Ginástica rítmica,, Ginástica
acrobática, Tumbling.
FUNDAMENTOS DA
GINÁSTICA
CONCEITOS
Saltar Desprender-se da ação da gravidade, manter-se no ar e cair sem machucar-
se.
Equilibrar Permanecer ou deslocar-se numa superfície limitada, vencendo a ação da
gravidade.
Rolar/girar Dar volta sobre o eixo do próprio corpo
Trepar/subir Subir em suspensão pelo braço, com ou sem ajuda das pernas, em superfícies
verticais ou inclinadas.
Balançar/embalar Impulsionar-se e dar ao corpo um movimento de “vaivém” tal qual um
pêndulo.
3- Ginásticas Fisioterápicas: Responsáveis
pela utilização do exercício físico na prevenção ou
tratamento de doenças. Exemplo Pilates.
4- Ginástica de Conscientização Corporal:
Reúnem as Novas propostas de abordagem do corpo,
também conhecidas por Técnicas alternativas, ou
que foram introduzidas no Brasil a partir da década
de 70, tendo como pioneira a Anti-Ginástica. A
grande maioria destes trabalhos tiveram origem na
busca da solução de problemas físicos e posturais.
Como exemplos temos, Yoga, pilates, treinamento
funcional.
5- Ginásticas de Demonstração: Sua principal
característica é a não-competitividade, tendo como
função principal a interação social isto é, a formação
integral do indivíduo nos seus aspectos: motor,
cognitivo, afetivo e social. Exemplo: Ginástica Geral.
PRATICANDO CAP.12
1) Conceitue a ginástica contando um pouco
da sua história especificamente na Grécia.
2) Cite 3 fundamentos da ginástica que
podemos utilizar na dança.
3) Analisando a história da ginástica quais os
métodos mais utilizados e como funcionava cada
um?
4) Sobre a classificação da ginástica explique
como funciona a de competição citando 3
exemplos
EIXO TEMÁTICO: ESPORTES
CAP.13 - ATLETISMO
A história do atletismo é muito bonita, pois se inicia
com a própria história da humanidade, quando o
homem primitivo praticava suas atividades naturais
para sobrevivência. O homem das cavernas, de
forma natural, praticava uma série de movimentos,
nas atividades de caça, em sua defesa própria etc.
Ele saltava, corria, lançava, enfim desenvolvia uma
série de habilidades relacionadas com as diversas
provas de uma competição de atletismo.
Podemos verificar que as provas de atletismo são
atividades naturais e fundamentais do homem: o
andar, o correr, o saltar e o arremessar. Por esta
razão, é considerado o atletismo o “esporte base” e
suas provas competitivas compõem-se de marchas,
corridas, saltos e arremessos. Além disso, o
desenvolvimento dessas habilidades são necessárias
à prática de outras modalidades esportivas.
O atletismo, sob forma de competição, teve sua
origem na Grécia. A palavra atletismo foi derivada
da raiz grega, “ATHI, competição”, o princípio do
heroísmo sagrado grego, o espirito de disputa, o
ideal do belo etc. – o que se chamou de espírito
agonístico. Surgiram então as competições que
foram perdendo o caráter de religiosidade e
assumindo exclusivamente o caráter esportivo.
Podemos conceituar o atletismo como um conjunto
de atividades esportivas (corrida, saltos e
arremessos), que tem a origem nas primeiras
Olimpíadas realizadas na Grécia Antiga. Nos
primeiros Jogos Olímpicos, realizados em 776 a.C,
eram realizadas provas de corridas e arremessos de
peso.
CLASSIFICAÇÃO DO ATLETISMO
Hoje em dia o atletismo é dividido em modalidades
de: provas de pista e campo, corridas de rua, cross-
country, e marcha atlética.
As provas de pista e campo são disputadas em pista
de atletismo e reúnem: corridas rasas, corridas com
barreiras ou com obstáculos. Já as provas de campo
englobam saltos, arremesso e lançamentos. Há ainda
as provas combinadas, como o Decatlo e Heptatlo.
Atualmente as provas oficiais são:
CORRIDAS
As corridas são, em certo sentido, as formas de
expressão atlética mais pura que o homem já
desenvolveu. Embora exista algo de estratégia e
uma técnica implícita, a corrida é uma prática que
envolve basicamente o bom condicionamento físico
do atleta. As corridas dividem-se em curta distância
ou velocidade (tiro rápido), que nas competições
oficiais vão até os 400 metros inclusive; média
distância ou de meio fundo (800 metros e 1 500
metros); e longa distância ou de fundo (3 000
metros ou mais, chegando até às ultra maratonas de
100 quilômetros). Podem ser divididas também de
acordo com a existência ou não de obstáculos
(barreiras) colocados no percurso.
Nas corridas de curta distância, a explosão
muscular na largada é determinante no resultado
obtido pelo atleta. Por isso, existe um
posicionamento especial para a largada, que consiste
em apoiar os pés sobre um bloco de partida (fixado
na pista) e apoiar o tronco sobre as mãos
encostadas no chão (posição de quatro apoios). São
frequentes as falsas partidas, quando o atleta sai
antes do tiro de partida, que é o sinal dado para
começar a prova. Qualquer atleta que dê uma falsa
partida será desclassificado. Contudo, nas provas
combinadas (ex decatlo) cada atleta tem direito a
uma falsa partida.
Nas provas mais longas a partida não tem um papel
tão decisivo, e os atletas saem para a corrida em
uma posição mais natural, em pé, sem poder colocar
as mãos no chão. Uma das provas de corrida é a
maratona é uma corrida de longa distância ou de
fundo, realizada parcialmente ou totalmente fora do
estádio, ou seja em estrada. A distância que,
segundo a lenda, teria percorrido um soldado grego,
Filípides, para anunciar que os helenos haviam
vencido uma batalha contra os persas. O trecho
teria sido entre a planície de Maratona (o local da
batalha) até a cidade de Atenas.
A maratona é uma prova que envolve grande
resistência física, sendo seu percurso estabelecido
em 42 quilômetros e 195 metros (aceite tolerância
por excesso de + 42 metros). Organizam-se ainda
corridas de cross country ou um "corta-mato" de
campo e de montanha. Em pista podemos ainda
assistir a corridas de barreiras e de obstáculos
SALTOS
As provas de salto podem ser divididas em provas
de salto vertical e de salto horizontal. Dentre as
provas de salto vertical, temos o salto em altura e o
salto com vara. As provas de salto horizontal
envolvem o salto em distância chamado também de
salto em comprimento e o salto triplo ou triplo salto.
Os atletas tomam impulso numa pequena pista de
balanço, objetivando maior distância no salto. O
salto em altura, que tem por objetivo ultrapassar
uma barra horizontal (fasquia), é realizado mediante
tentativas. A fasquia é colocada em determinada
altura à qual os atletas devem tentar saltar. Se
conseguirem, os atletas progridem para a próxima
altura a que os Juízes colocarem a fasquia.
Qualquer atleta que realize três derrubes da
fasquia (3 ensaios nulos), será impedido de
continuar, sendo creditado com a marca
correspondente à maior altura em que conseguiu
realizar uma ensaio válido. O salto com vara
funciona do mesmo modo, mas neste salto, o atleta
tem o apoio de uma vara. Em ambos os saltos, há um
colchão para amortecer a queda do atleta após o
salto.
No salto em distância e no salto triplo / triplo salto,
o atleta faz sua aterrissagem numa caixa de areia.
Há uma tábua de chamada na pista que indica o
limite máximo de corrida de balanço antes do salto;
caso o atleta ultrapasse ou toque nessa marca,
realizará um ensaio nulo. Caso tenha saltado antes
da tábua de chamada, a distância do ensaio será
considerada apenas entre o limite na tábua de
chamada até o local onde aterrissou. É importante
destacar que vale o ponto de aterrissagem mais
próximo à tábua de chamada.
ARREMESSOS E LANÇAMENTOS
As disciplinas oficiais de lançamento envolvem o
arremesso de peso, o lançamento de martelo, o
lançamento de disco e lançamento do dardo.
O arremesso de peso no Brasil consiste no
arremesso de uma esfera metálica que pesa 7,26 kg
para os homens adultos e 4 kg para as mulheres. O
martelo é similar a essa esfera, mas possui um cabo,
o que permite imprimir movimento linear à esfera e
assim atingir uma distância maior. Já o disco é um
pouco mais leve, pesando 1 quilograma para as
mulheres e 2 quilogramas para os homens. E o dardo
pesa 600 gramas para as mulheres e 800 gramas
para os homens.
Os lançamentos são executados dentro de áreas
limitadas, são círculos demarcado no solo para o
arremesso ou lançamento de peso, de martelo e
disco, e antes de uma linha demarcada no solo para o
lançamento do dardo. A partir dessas marcas é que
é contada a distância dos lançamentos.
Normalmente as competições envolvem várias
tentativas por parte dos atletas, que aproveitam as
melhores marcas obtidas nessas tentativas. As
provas de lançamento são normalmente praticadas
no espaço interior à pista das corridas.
A origem desta atividade é também irlandesa, pois
nos jogos Tailteanos, no início da Era de Cristo, os
celtas disputavam uma prova de arremesso de pedra
que pelas descrições se assemelhavam à prova atual.
Alias, é interessante notar que na Península Ibérica,
nas províncias onde ainda se encontram
concentrações humanas etnicamente celtas, Galiza
na Espanha e Trás-os-Montes em Portugal, ainda se
disputa uma competição chamada de “arremesso do
calhau”, que se assemelha ao nosso moderno
arremesso do peso. De qualquer forma, a
codificação da prova, tal como ela é hoje, é
totalmente britânica, inclusive o peso do
implemento, 7,256 kg, correspondente a 16 libras
inglesas, que era precisamente o que pesavam os
projéteis dos famosos canhões britânicos do início
do século XIX.
As primeiras marcas registradas pertencem ao
inglês Herbert Williams, que em Londres, em 28 de
maio de 1860, lançou o peso a 10,91 m, e o da Era
IAAF ao americano Ralph Rose, que em 21 de agosto
de 1909 arremessou 15,54 m em São Francisco.
William Parry O’ Brien revolucionou esta prova,
criando um novo estilo, no qual o atleta começa o
movimento de costas para o local do arremesso.
Parry O’ Brien venceu os Jogos Olímpicos de
Helsinque e Melbourne, ganhou a prata em Roma e
ainda se classificou em 4º lugar em Tóquio 12 anos
depois de iniciar a sua carreira olímpica. Foi também
o primeiro atleta a vencer mais de 100 competições
consecutivas. No Brasil, o primeiro recorde
reconhecido foi do atleta E. Engelke, vencedor do
primeiro Campeonato Brasileiro de 1925, com a
marca de 11,81 metros.
Algumas competições esportivas envolvem uma
combinação de várias modalidades, no intuito de
consagrar um atleta mais completo. As provas
oficiais do decatlo (para os homens) e do heptatlo
(para as mulheres) combinam corridas, saltos e
lançamentos. Os atletas pontuam de acordo com as
suas marcas nas provas individuais (tendo por base
uma tabela de conversão de marcas por pontos), e
esses pontos são somados para definir o vencedor.
A PISTA
A pista de corrida normalmente contém 8 raias,
cada uma com 1 metro e 22 centímetros que são os
caminhos pelos quais os atletas devem correr. Deste
modo, a largura da pista é de no mínimo 10 metros,
com algum espaço além das raias interna e externa.
Uma pista oficial de atletismo é constituída de duas
retas e duas curvas, possuindo raias concêntricas;
tem o comprimento de 400 metros na raia interna
(mais próxima ao centro). A raia mais externa é
mais longa, possuindo 449 metros. Nas corridas de
curta distância, os atletas devem permanecer nas
raias a partir das quais largaram. Nas corridas de
média e longa distância, os atletas não precisam
correr nas raias, e geralmente se encaminham para a
raia mais interior, evitando percorrer distâncias
maiores.
As barreiras têm 1,06 metros, nas competições para
homens, e de 84 centímetros, nas competições para
mulheres. Se o atleta derrubar as barreiras
enquanto corre, não é desclassificado - conquanto
perca tempo substancial. As corridas com barreiras
têm 10 obstáculos. Embora a maratona seja
disputada nas ruas de uma cidade ou em um local
externo, o seu trajeto é estabelecido de modo que a
chegada se dê num estádio ou pista de atletismo,
PROVAS OFICIAIS
• Corridas de velocidade: 100 metros, 200
metros, 400 metros
• Corridas de revezamento: 4x100 metros -
4x400 metros
• Corridas com barreiras ou obstáculos: 100
metros c/barreiras feminino - 110 metros com
barreiras c/barreiras masculino - 400 metros
c/barreiras - 3.000 m.c/obstáculo
• Corridas de meio-fundo: 800 metros - 1.500
metros
• Corridas de fundo: 5.000 metros - 10.000
metros
Saltos: Salto em altura, salto triplo, salto em
distância, salto com vara
• Arremessos e lançamentos: arremesso de
peso, arremesso de disco, arremesso do martelo,
lançamento de dardo
• Provas combinadas: Heptatlo (para mulheres:
100m c/barreiras, salto em altura, 200 metros,
santo em distância, lançamento de dardo e 800
metros) Decatlo (para homens: 100 metros, salto em
distância, arremesso de peso, salto em altura, 400
metros, 110 m c/barreiras, arremesso de disco,
salto com vara, arremesso de dardo, 1.500 metros).
PRATICANDO CAP.13
1) Quantos quilos pesam a bola de peso para
homens e mulheres no atletismo
2) Sobre as provas de salto em distância
onde nossa maior representante é Maurren Higa
Maggi, temos uma obrigatoriedade, que é a saída
do atleta da caixa de areia que deve ser feita de
que forma?
3) Quanto mede a pista de atletismo? E suas
raias?
4) Cite 4 provas oficiais do atletismo de
pista
5) Nas provas de revezamento qual a única
obrigação na hora da passagem do bastão?
CAP.14 - BASQUETEBOL
O nome vem do basketball, que significa
literalmente "bola na cesta”. É um das modalidades
mais populares do mundo.
o basquetebol tem como caracteristica principal é
passar a bola por um aro e com esse propósito
existiram vários jogos, como: pok-ta-pok, cauderale,
chlachli, korfball. nett-ball e el pato, que podemos
considerar os predecessores do basquetebol.
o basquetebol apareceu no cenário esportivo não por
acaso, mas por esforços de pessoas de uma
entidade, a YCMA (young men’s christian association
– associação cristã de moços). Que foi fundada pelo
jovem george Willians em 06 de junho de 1844, em
londres na inglaterra. Esta entidade foi trazida para
as américas em 25 de novembro de 1951, em
montreal no canadá, um mês depois no dia 29 de
dezembro na cidade de Boston nos EUA.
Na américa do sul, a ACM (associação cristã de
moços) foi fundada em 04 de julho de 1893, na
cidade do Rio de Janeiro, por Myron Clark. Em
seguida surgiram em outros paises como argentina e
méxico em 1901, no uruguai em 109, no chile em 1912
e em outros paises num total de 26 sedes.
O CRIADOR E O “NOVO JOGO”
Em 1890, quando o professor James Naismith
ingressou na YMCA (Associação Cristã de Moços de
Springfield, Massachussets, nos Estados Unidos)
para ministrar aulas de educação física, praticava-
se apenas alguns jogos coletivos, tais como, Rubgy,
Beisebol e muito pouco o Futebol, sendo que a partir
da época em que paravam de praticar o Rubgy no fim
de outono, até o início do verão, os alunos eram
obrigados a praticar ginástica em aparelhos ou
ginástica calistênica.
Precisavam de um tipo de jogo que fosse
interessante, agradável e pudesse ser praticado no
inverno em recinto fechado. Diante desses fatos, o
Dr.Gulick (diretor do colégio Springfield College),
solicitou ao professor Naismith que procurasse
criar um novo jogo.
Naismith então se pôs a pensar em que tipo de jogo
poderia criar, que, dentre outras qualidades,
pudesse ser motivante, e que não provocasse muito
contato físico e que tivesse um sentido coletivo.
Idealizou então as seguintes situações: a partir de
um grupo de dezoito alunos que lhe fora atribuído,
grupo este muito descontente com o fato de
praticar apenas atividades ginásticas durante todo o
inverno, Naismith arrumou uma câmera de bola de
futebol e solicitou a um funcionário da ACM duas
caixas com mais ou menos 45cm de diâmetro. Como
não havia, lhe foram arrumados dois cestos velhos
de colher pêssegos, que Naismith pediu para serem
colocados a uma altura de 10 pés (3,05cm).
O grupo então foi divididos em dois, cada um com
nove alunos, e as seguintes regras transmitidas
foram: o início do jogo seria no meio do campo com
dois jogadores saltando para tocar a bola, a bola só
poderia se deslocar através de passes entre os
companheiros e o objetivo final era o de arremessar
a bola na cesta do adversário. Venceria o jogo quem
acertasse mais arremessos.
Conta à história que o maior problema deste
primeiro jogo (realizado em dezembro de 1891) foi
fazer com que os alunos parassem de jogá-lo. A
partir de então, iniciou-se um processo de
popularização do basquetebol, primeiramente dentro
dos EUA e logo após, por outros países da Europa e
das Américas.
O BASQUETEBOL NO BRASIL
O Brasil foi o quinto país do mundo e o primeiro da
América do Sul a conhecer o basquetebol, cinco anos
após a sua invenção, em 1896 através da chegada do
professor Auguste Farnham Shaw no colégio
Mackenzie de São Paulo, localizado no cruzamento
das ruas Maria Antonia e Itambé. Vindo dos EUA,
ele trouxe uma bola (já oficial do esporte), o que
ensejou a prática no referido colégio
Shaw nasceu em Clayville, Nova Iorque,
EUA, no dia 31 de dezembro de 1865 estudou no
Wellsboro High Scholl e no Phillips-Andover
academy antes de receber grau de bacharel em
artes na Yale University.
No Brasil a modalidade foi praticada primeiramente
pelas alunas internas da escola americana
Mackenzie, logo depois o jogo passou a ser praticado
pelas alunas do instituto de Educação Caetano de
Campos – Escola Normal da Praça- para onde foi
levado pelo professor Oscar Thompson. O basquete
era considerado naquela época como modalidade
para mulheres, assim como o futebol era para os
homens, já que tinha sido trazida por Charles Miller
em 1894. podemos observar um trecho da 1ª
publicação da época no Brasil, com data de junho de
1905, impresso pela editora Siqueira, Nagel & CIA
em 1911 e que Federação Paulista de Basketball
publicou em 1962. “Além dos benefícios physicos
que o Basketball proporciona aos jogadores,
desenvolve em alto gráu a coragem, a paciência, a
vivacidade de espírito e a virtude de subordinar á
Victoria do team a vontade individual. É o Basketball
para as mulheres assim como o foot-ball para os
homens”.
BASQUETEBOL MARANHENSE
O basquetebol no maranhão passou a ser
praticado por jovens e adultos na década de 50.
Nessa época surgiram algumas equipes com nome de
clubes como o Moto Club, o Grêmio 8 de Maio, o
Vera Cruz, e General Sampaio que era do exercito e
uma equipe da policia militar, ambas jogavam em uma
quadra pertencente ao Moto Club na Fabril (antiga
fabrica de tecidos).
Já a nível escolar o basquetebol passou a ser
desenvolvido apenas a partir da década de 60 pelo
professor Rubem Gulart e posteriormente pelo
professor Dimas. Algumas escolas e clubes nessa
época passaram se destacar como: Colégios Batista,
Marista, São Luís, CEMA e nos clubes Lítero e
Jaguarema.
Um fato marcante no basquetebol maranhense
aconteceu na década de 70 com o aparecimento dos
Jogos escolares Brasileiros (JEB’S), despertando o
interesse em alguns alunos que já praticavam o
basquete como: Paulo e Carlos Tinoco, Miranda e
outros, fazendo com que o basquetebol maranhense
aparecesse no cenário nacional com equipes
masculinas e femininas com atletas inclusive nas
Seleções Brasileiras masculinas e femininas.
CARACTERISTICAS DO BASQUETEBOL
De acordo com De Rose Jr, FERREIRA A.E.X
(1987) “o basquetebol é constituído por uma soma
de habilidades que, unidas, compõe o jogo”, sendo
que podemos completar esse raciocínio com as
palavras de Daiuto (1983) “é um esporte completo”.
Como é completo nós podemos observar que
o basquetebol nos oferece varias qualidades nos
planos físico e motor, técnico, tático, cognitivo e
afetivo-social. No físico observamos as capacidades
físicas básicas que envolvem os fundamentos como:
coordenação, velocidade, equilíbrio, força, agilidade,
ritmo, flexibilidade e resistência cardiorespiratória
(aeróbia e anaeróbia). No técnico podemos observar
ao longo da caminhada de treinos de nossos alunos a
melhoria na execução dos fundamentos do
basquetebol como passes, arremessos, dribles, no
tático e cognitivo observamos o poder de
concentração para o aprendizado, raciocínio rápido
para tomada de decisões dentro do jogo, visão
periférica com percepção espaço-temporal tanto no
ataque quanto na defesa.
No aspecto afetivo podemos destacar a
sociabilização, o espírito de luta e ajuda ao próximo,
controle da ansiedade e auto-estima.
POSIÇÕES DO BASQUETEBOL
São usadas, geralmente, no basquete, três posições:
alas, pivôs e armador. Na maioria das equipes temos
dois alas, dois pivôs e um armador.]
Armador ou base é como o cérebro da equipa.
Planeja as jogadas e geralmente começa com a bola.
Em inglês essa posição é conhecida como point guard
ou simplesmente PG.
Ala e ala/armador ou extremos jogam pelos cantos.
A função do ala muda bastante. Ele pode ajudar o
base, ou fazer muitas cestas. Em inglês essas
posições são conhecidas como small forward ou
simplesmente SF e shooting guard ou simplesmente
SG, respectivamente.
Ala/pivô e Pivô ou postes são, na maioria das vezes,
os mais altos e mais fortes. Com a sua altura, pegam
muitos rebotes, fazem muitos afundaços
(enterradas) e bandejas, e na defesa ajudam muito
com os tocos. Em inglês essas posições são
conhecidas como power forward ou simplesmente PF
e center ou simplesmente C.
REGULAMENTO (FIBA)
Equipe - Existem duas equipes que são compostas
por 5 jogadores cada (em jogo), mais 7 reservas.
Início do jogo – O Jogo começa com o lançamento
da bola ao ar, pelo árbitro, entre dois jogadores
adversários no círculo central e esta só pode ser
tocada quando atingir o ponto mais alto. A equipe
que não ganhou a posse de bola fica com a seta a seu
favor.
Duração do jogo – Quatro períodos de 10 minutos
de tempo útil cada (Na NBA, são 12 minutos), com
um intervalo de meio tempo entre o segundo e o
terceiro período com uma duração de 15 minutos, e
com intervalos de dois minutos entre o primeiro e o
segundo período e entre o terceiro e o quarto
período. O cronómetro só avança quando a bola se
encontra em jogo, isto é, sempre que o árbitro
interrompe o jogo, o tempo é parado de imediato.
Reposição da bola em jogo - Depois da marcação de
uma falta, o jogo recomeça por um lançamento fora
das linhas laterais, excepto no caso de lances livres.
Após a marcação de ponto, o jogo prossegue com um
passe realizado atrás da linha do campo da equipa
que defende.
Como jogar a bola - A bola é sempre jogada com as
mãos. Não é permitido andar com a bola nas mãos ou
provocar o contacto da bola com os pés ou pernas.
Também não é permitido driblar com as duas mãos
ao mesmo tempo.
Pontuação - Um cesto é válido quando a bola entra
pelo aro, por cima. Um cesto de campo vale 2 pontos,
a não ser que tenha sido conseguido para além da
linha dos 3 pontos, situada a 6,25 m (valendo,
portanto, 3 pontos); um cesto de lance livre vale 1
ponto.
Empate – Os jogos não podem terminar empatados.
O desempate processa-se através de períodos
suplementares de 5 minutos.Exceptuando torneios
cujo regulamento obrigue a mais que uma mão, todos
os clubes de possíveis torneios devem concordar
previamente com o regulamento. Assim como jogos
particulares, após o término do tempo regulamentar
se ambas as equipas concordarem podem dar a
partida por terminada.
Resultado – O jogo é ganho pela equipa que marcar
maior número de pontos no tempo regulamentar.
Lançamento livre – Na execução, os vários
jogadores, ocupam os respectivos espaços ao longo
da linha de marcação, não podem deixar os seus
lugares até que a bola saia das mãos do executante
do lance livre (A6); não podem tocar a bola na sua
trajectória para o cesto, até que esta toque no aro.
Penalizações de faltas pessoais – Se a falta for
cometida sobre um jogador que não está em acto de
lançamento, a falta será cobrada por forma de uma
reposição de bola lateral, desde que a equipa(e) não
tenha cometido mais do que 4 (quatro) faltas
coletivas durante o período, caso contrário é
concedido ao jogador que sofreu a falta o direito a
dois lances livres. Se a falta for cometida sobre um
jogador no acto de lançamento, o cesto conta e
deve, ainda, ser concedido um lance livre. No caso
do lançamento não tiver resultado cesto, o lançador
irá executar o(s) lance(s) livres correspondentes às
penalidades (2 ou 3 lances livres, conforme se trate
de uma tentativa de lançamento de 2 ou 3 pontos).
Regra dos 5 segundos - Um jogador que está sendo
marcado não pode ter a bola em sua posse (sem
driblar) por mais de 5 segundos.
Regra dos 3 segundos - Um jogador não pode
permanecer mais de 3 segundos dentro da área
restritiva (garrafão) do adversário, enquanto a sua
equipe esteja na posse da bola.
Regra dos 8 segundos - Quando uma equipa ganha a
posse da bola na sua zona de defesa, deve, dentro
de 8 segundos, fazer com que a bola chegue à zona
de ataque.
Regra dos 24 segundos - Quando uma equipe está
de posse da bola, dispõe de 24 segundos para a
lançar ao cesto do adversário.
Bola presa – Considera-se bola presa quando dois ou
mais jogadores (um de cada equipa pelo menos)
tiverem uma ou ambas as mãos sobre a bola, ficando
esta presa. A posse de bola será da equipa que tiver
a seta a seu favor.
Transição de campo – Um jogador cuja equipe está
na posse de bola, na sua zona de ataque, não pode
provocar a ida da bola para a sua zona de defesa
(retorno).
Dribles - Quando se dribla pode-se executar o n.º
de passos que pretender. O jogador não pode bater
a bola com as duas mãos simultaneamente, nem
efectuar dois dribles consecutivos (bater a bola,
agarrá-la com as duas mãos e voltar a batê-la).
Passos – O jogador não pode executar mais de dois
passos com a bola na mão.
Faltas pessoais – É uma falta que envolve contacto
com o adversário, e que consiste nos seguintes
parâmetros: Obstrução, Carregar, Marcar pela
retaguarda, Deter, Segurar, Uso ilegal das mãos,
Empurrar.
Falta antidesportiva – Falta pessoal que, no
entender do árbitro, foi cometida intencionalmente,
com objectivo de prejudicar a equipa adversária.
Falta técnica – Falta cometida por um jogador sem
envolver contacto pessoal com o adversário, como,
por exemplo, contestação das decisões do árbitro,
usando gestos, atitudes ou vocabulário ofensivo, ou
mesmo quando não levantar imediatamente o braço
quando solicitado pelo árbitro, após lhe ser
assinalada falta.
Falta da equipe – Se uma equipa cometer num
período, um total de quatro faltas, para todas as
outras faltas pessoais sofrerá a penalização de dois
lançamentos livres.
Número de faltas – Um jogador que cometer cinco
faltas está desqualificado da partida.
Altura do aro - A altura do aro até o solo é de 3,05
metros. Sendo na liga norte americana a NBA a
altura é de 3,10 metros.
Fundamentos
Empunhadura geral
É feita com os dedos e a parte calosa das mãos,
polegares um de frente para o outro nas laterais da
bola. Não é correto segurar a bola com as palmas da
mão.
Manejo de corpo
São movimentos corporais utilizado no basquete que
visam facilitar a aprendizagem dos fundamentos
com a bola. Esses movimentos incluem: finta, giro,
mudança de direção, mudança de ritmo e parada
brusca.
Finta
Pela frente, por trás, reversão, por baixo das
pernas e em passe livre.
Giros ou rotações
Para frente e para trás.
Falando sobre tempo, você não pode: No 1º,2º e 3º
período pode 1 tempo de 1 min. no 4º período, 2
tempos de 1 min. Os intervalos entre cada período
são de 2 minutos, mas entre o 2º e 3º há um
intervalo de 15 minutos. Não é permitido ficar
dentro do garrafão por mais de 3 segundos com ou
sem posse de bola. Não é permitido ficar (com a
bola) mais de 8 segundos na zona (lado da quadra)
de defesa. Após os 8 segundos mencionados acima,
você tem 24 segundos para arremessar a bola (zona
de ataque). Quando há um marcador a menos de 1m
de distância do atacante, o mesmo, não pode segurar
a bola por mais de 5 segundos
Paradas
A um tempo e a dois tempos. Podendo ser chamado
de jump, uma jogada ao qual o atleta da um tempo no
ar para executar um arremesso.
Corridas
De frente, lateral, de costas, zigue-zague e
perseguições.
Drible
Drible de progressão – Utilizado fundamentalmente
para sair de uma zona congestionada e avançar no
terreno.
Drible de proteção - Serve fundamentalmente para
abrir linhas de passe e para garantir a posse de
bola. É um tipo de drible, que face a uma maior
proximidade do defesa, o jogador tem de dar maior
atenção à protecção da bola. "Roubar" a bola do
adversário é considerado um drible de proteção.
Drible pedalada - Pique a bola no chão e faça o
movimento da pedalada do futebol por cima da bola.
Regras de Drible
Um jogador não poderá tirar o pé-de-pivô do chão
para iniciar uma progressão sem antes executar um
drible. Um jogador poderá tirar o pé-de-pivô do
chão para executar um passe ou um arremesso, mas
a bola deverá deixar sua mão antes que o pé retorne
ao solo.
O pé-de-pivô é determinado da seguinte forma:
Jogador recebe a bola com um dos pés no chão:
Aquele pé é o pé-de-pivô.
Jogador recebe a bola com os dois pés no chão:
Quando retirar um dos pés, o outro será
considerado pé-de-pivô.
Jogador recebe a bola no ar e um dos pés toca o
solo antes do outro: o pé que primeiro toca o solo é
o pé-de-pivô.
Jogador recebe a bola no ar e cai com os dois pés ao
mesmo tempo: Quando retirar um dos pés, o outro
será considerado pé-de-pivô.
Um jogador que esteja driblando ou receba um
passe durante uma progressão (ou seja, correndo),
pode executar dois tempos rítmicos e, a seguir,
arremessar ou passar a bola; isso não significa
necessariamente dois passos (como é mais
comumente executado), pois o jogador pode, por
exemplo, executar dois saltos consecutivos; desde
que mantenha o mesmo ritmo.
Mas o esquema dos passos não é a única restrição.
Você também não pode: driblar a bola, pegá-la com
as mãos e driblá-la novamente; Não pode driblar a
bola com ambas as mãos; Não pode apoiar a bola por
baixo, ou seja, conduzir a bola levando a mão sob a
bola. Todos estes aspectos são considerados drible
ilegal e tem a mesma penalidade da caminhada.
Passe O passe tem como objetivo a colocação da
bola num companheiro que se encontre em melhor
posição, para a criação de situações de finalização
ou para a progressão no terreno de jogo. Existem
vários tipos de passe: peito, picado, por cima com 2
mãos, lateral com 1 mão, por trás das costas, etc.
Passe com uma mão
Usado para lançar a bola mais longe.
Técnicas determinantes:
1. jogue a bola com uma mão.
Passe de peito
Como o nome indica, com a bola à altura do peito é
arremessada frontalmente na direcção do alvo.
Neste movimento os polegares é que darão força ao
passe e as palmas das mãos deverão apontar para
fora no final do gesto técnico.
Técnicas determinantes:
1. Colocar os cotovelos junto ao corpo;
2. Avançar um dos apoios;
3. Executar um movimento de repulsão com os
braços;
4. Executar a rotação dos pulsos;
5. Após a execução do passe, deve-se ficar
com as palmas das mãos viradas para fora e os
polegares a apontar para dentro e para baixo.
Passe picado ou quicado
Muito semelhante ao passe de peito, tendo em conta
que o alvo inicial é o solo; O ressalto da bola terá um
objetivo comum ao do passe de peito, isto é, a mão
alvo do colega ou as zonas próximas do peito.
Técnicas determinantes:
1. Colocar os cotovelos junto ao corpo;
2. Avançar um dos apoios;
3. Executar um movimento de repulsão com os
braços.
Passe de ombro (ou de basebol)
É utilizado nas situações que solicitam um passe
comprido. A bola é lançada como no lançamento de
uma bola no baseball (daí o nome). É um tipo de
passe com uma trajectória linear (sem arco), e em
direcção ao alvo.
Técnicas determinantes:
1. Segurar a bola com as duas mãos e por cima
do ombro;
2. Colocar o cotovelo numa posição levantada;
3. Avançar o corpo e a perna do lado da bola;
4. Fazer a extensão do braço e finalizar o
passe para as distancias maiores.
Passe por cima da cabeça
É usado quando existe um adversário entre dois
jogadores da mesma equipe.
Técnicas determinantes:
1. Elevar os braços acima da cabeça;
2. Avançar um dos apoios;
3. Executar o passe com o movimento dos
pulsos e dos dedos.
Utilização dos passes
Passes de peito e picado ou quicado
Utilizado em curtas e médias distâncias.
Passe por cima da cabeça
Também utilizado em curtas e médias distâncias,
sendo mais específicos para o pivô.
Passe de ombro
Utilizado em médias e longas distâncias, sendo muito
utilizados em contra ataques.
Arremesso
Driblar e jogar a bola na cesta.
Bandeja
É um arremesso que tem que dar dois passos:o
primeiro de equilíbrio e o segundo de distância. Que
pode ser feito em movimento com passe ou
driblando.
Com uma das mãos
Partindo da posição fundamental, com o peso do
corpo na perna da frente, a bola na altura do peito,
o jogador flexionará as pernas simultaneamente a
elevação da bola acima da cabeça.
Jump
Driblando em direção a cesta e parando numa
posição de equilíbrio, flexionando as pernas,saltar
elevando a bola acima e à frente da cabeça com
ambas as mãos e executar o arremesso no momento
mais alto do pulo.
Rebote
É a recuperação da bola após um arremesso não
convertido.
Assistência
Assistência é um passe certeiro que encontra outro
companheiro de equipe, livre de marcação, e acaba
convertido em cesto. O jogador que faz a
assistência é tão importante como o jogador que
marca o cesto.
Enterradas
É movimento que conjuga o salto e a colocação com
firmeza da bola diretamente na cesta.
Ponte-aérea
É quando um jogador lança a bola diretamente a um
de seus parceiros, que pula recebe a bola e finaliza a
jogada arremessando a bola antes de tocar o chão.
Também pode ser feita com um jogador
arremessando a bola na tabela com outro jogador
pegando o rebote e finalizando a jogada
imediatamente em seguida com arremesso ou
enterrada.Esta jogada é conhecida como alley-oop
na NBA.
PRATICANDO CAP.14
1) Como surgiu o basquete? Nos conte essa
história destacando quando aconteceu a primeira
partida oficial
2) Após o surgimento nos estados unidos,
após quantos anos o Brasil conheceu o Basquete e
quem foi o responsável por ele ter chegado em
nosso pais?
3) Sobre as primeiras regras utilizadas no
basquete destaque as 3 e diga se ainda hoje
essas são usadas.
4) Como funciona a regra dos 3 segundos no
basquete?
5) Destaque e explique 3 fundamentos no
basquete.
CAP.15 - VOLEIBOL
O vôlei foi criado em 1895, pelo americano William
G. Morgan, então diretor de educação física da
Associação Cristã de Moços (ACM) na cidade de
Holyoke, em Massachusetts, nos Estados Unidos. O
primeiro nome deste esporte que viria se tornar um
dos maiores do mundo foi mintonette.
Naquela época, o esporte da moda era o
basquetebol, criado apenas quatro anos antes, mas
que tivera uma rápida difusão. Era, no entanto, um
jogo muito cansativo para pessoas de idade. Por
sugestão do pastor Lawrence Rinder, Morgan
idealizou um jogo menos fatigante para os
associados mais velhos da ACM e colocou uma rede
semelhante à de tênis, a uma altura de 1,98 metros,
sobre a qual uma câmara de bola de basquete era
batida, surgindo assim o jogo de vôlei.
A primeira bola usada era muito pesada e, por isso,
Morgan solicitou à firma A.G. Spalding & Brothers a
fabricação de uma bola para o Referido esporte.
No início, o mintonette ficou restrito à cidade de
Holyoke e ao ginásio onde Morgan era diretor. Um
ano mais tarde, numa conferência no Springfield's
College, entre diretores de educação física dos
Holyoke fizeram uma demonstração e assim o jogo
começou a se difundir por Springfield e outras
cidades de Massachussetts e Nova Inglaterra.
Em Springfield, o Dr. A.T. Halstead sugeriu que o
seu nome fosse trocado para volley ball, tendo em
vista que a idéia básica do jogo era jogar a bola de
um lado para outro, por sobre a rede, com as mãos.
Em 1896, foi publicado o primeiro artigo sobre o
volley ball, escrito por J.Y. Cameron na edição do
"Physical Education" na cidade de Búfalo, Nova
Iorque. Este artigo trazia um pequeno resumo sobre
o jogo e de suas regras de maneira geral. No ano
seguinte, estas regras foram incluídas oficialmente
no primeiro handbook oficial da Liga Atlética da
Associação Cristã de Moços da América do Norte.
A primeira quadra de Voleibol tinha as seguintes
medidas: 15,24m de comprimento por 7,62m de
largura. A rede tinha a largura de 0,61m. O
comprimento era de 8,235m, sendo a altura de
1,98m (do chão ao bordo superior). A bola era feita
de uma câmara de borracha coberta de couro ou
lona de cor clara e tinha por circunferência de 63,7
a 68,6 cm e seu peso era de 252 a 336g.
O volley ball foi rapidamente ganhando novos
adeptos, crescendo vertiginosamente no cenário
mundial ao decorrer dos anos. Em 1900, o esporte
chegou ao Canadá (primeiro país fora dos Estados
Unidos), sendo posteriormente desenvolvido em
outros países, como na China, Japão (1908), Filipinas
(1910), México entre outros países europeus,
asiáticos, africanos e sul americanos.
Na América do Sul, o primeiro país a conhecer o
volley ball foi o Peru, em 1910, através de uma
missão governamental que tinha a finalidade de
organizar a educação primária do país.
O primeiro campeonato sul-americano foi
patrocinado pela Confederação Brasileira de
Desportos (CBD), com o apoio da Federação Carioca
de Volley Ball e aconteceu no ginásio do Fluminense,
no Rio, entre 12 e 22 de setembro de 1951, sendo
campeão o Brasil, no masculino e no feminino.
A Federação Internacional de Volley Ball (FIVB) foi
fundada em 20 de abril de 1947, em Paris, sendo seu
primeiro presidente o francês Paul Libaud e tendo
como fundadores os seguintes países: Brasil, Egito,
França, Holanda, Hungria, Itália, Polônia, Portugal,
Romênia, Tchecoslováquia, Iugoslávia, Estados
Unidos e Uruguai.
O primeiro campeonato mundial foi disputado em
Praga, na Tchecoslováquia, em 1949, vencido pela
Rússia.
Em setembro de 1962, no Congresso de Sofia, o
volley ball foi admitido como esporte olímpico e a
sua primeira disputa foi na Olimpíada de Tóquio, em
1964, com a presença de 10 países no masculino -
Japão, Romênia, Rússia, Tchecoslováquia, Bulgária,
Hungria, Holanda, Estados Unidos, Coréia do Sul e
Brasil. O primeiro campeão olímpico de volley ball
masculino foi a Rússia; a Tchecoslováquia foi a vice e
a medalha de bronze ficou com o Japão.
No feminino, o campeão foi o Japão, ficando a
Rússia em segundo e a Polônia em terceiro.
O criador do volley ball, Willian Morgan, conhecido
pelo apelido de "armário", devido ao seu porte
físico, morreu em 27 de dezembro de 1942, aos 72
anos de idade.
Regras
Para se jogar voleibol são necessários 12 jogadores
divididos igualmente em duas equipes de seis
jogadores cada.
As equipes são divididas por uma rede que fica no
meio da quadra. O jogo começa com um dos times
que devem sacar.Logo depois do saque a bola deve
ultrapassar a rede e seguir ao campo do adversário
onde os jogadores tentam evitar que a bola entre no
seu campo usando qualquer parte do corpo (antes
não era válido usar membros da cintura para baixo,
mas as regras foram mudadas). O jogador pode
rebater a bola para que ela passe para o campo
adversário sendo permitidos dar três toques na bola
antes que ela passe, sempre alternando os jogadores
que dão os toques. Caso a bola caia é ponto do time
adversário.
O jogador pode encostar na rede (desde que não
interfira no andamento do jogo), exceto na borda
superior, caso isso ocorra o ponto será para o outro
time. O mesmo jogador não pode dar 2 ou mais
toques seguidos na bola, exceção no caso do toque
de Bloqueio.
O campo
É retangular, com a dimensão de 18 x 9 metros, com
uma rede no meio colocada a uma altura variável,
conforme o sexo e a categoria dos jogadores
(exemplo dos séniores e juniores: masculino -2,43 m;
femininos 2,24 m).
Há uma linha de 3 metros em direção do campo para
a rede, dos dois lados e uma distância de 6 metros
até o fim da quadra. Fazendo uma quadra de
extensão de 18 metros de ponta a ponta e 9 metros
de lado a lado.
A equipe
É constituída por 12 jogadores: -6 jogadores
efectivos -6 jogadores suplentes -Até 2 líberos
Equipamento.
As partidas de voleibol são confrontos envolvendo
duas equipes disputados em ginásio coberto ou ao ar
livre conforme desejado.
O campo mede 18 metros de comprimento por 9 de
largura (18 x 9 metros), e é dividido por uma linha
central em um dos lados de nove metros que
constituem as quadras de cada time. O objetivo
principal é conquistar pontos fazendo a bola
encostar na sua quadra ou sair da área de jogo após
ter sido tocada por um oponente.
Acima da linha central, é postada uma rede de
material sintético a uma altura de 2,43 m para
homens ou 2,24 m para mulheres (no caso de
competições juvenis, infanto-juvenis e mirins, as
alturas são diferentes). Cada quadra é por sua vez
dividida em duas áreas de tamanhos diferentes
(usualmente denominadas "rede" e "fundo") por uma
linha que se localiza, em cada lado, a três metros da
rede ("linha de 25 metros").
No voleibol, todas as linhas delimitadoras são
consideradas parte integrante do campo. Deste
modo, uma bola que toca a linha é considerada
"dentro" (válida), e não "fora" (inválida). Acima da
quadra, o espaço aéreo é delimitado no sentido
lateral por duas antenas postadas em cada uma das
extremidades da rede. No sentido vertical, os
únicos limites são as estruturas físicas do ginásio.
Caso a bola toque em uma das antenas ou nas
estruturas físicas do ginásio, o ponto vai
automaticamente para o oponente do último jogador
que a tocou.
A bola empregada nas partidas de voleibol é
composta de couro ou couro sintético e mede
aproximadamente 65 cm de perímetro. Ela pesa em
torno de 270g e deve ser inflada com ar comprimido
a uma pressão de 0,30 kg/cm².
Pontos
Existem basicamente duas formas de marcar pontos
no voleibol. A primeira consiste em fazer a bola
aterrissar sobre a quadra adversária como
resultado de um ataque, de um bloqueio bem
sucedido ou, mais raramente, de um saque que não
foi corretamente recebido. A segunda ocorre
quando o time adversário comete um erro ou uma
falta.
Diversas situações são consideradas erros:
1 A bola toca em qualquer lugar exceto em um
dos doze atletas que estão em quadra, ou no campo
válido de jogo ("bola fora").
2 O jogador toca consecutivamente duas vezes
na bola ("dois toques")
3 O jogador empurra a bola, ao invés de
acertá-la. Este movimento é denominado "carregar
ou condução".
4 A bola é tocada mais de três vezes antes de
retornar para o campo adversário.
5 A bola toca a antena, ou passa sobre ou por
fora da antena em direção à quadra adversária.
6 O jogador encosta na borda superior da
rede.
7 Um jogador que está no fundo da quadra
realiza um bloqueio.
8 Um jogador que está no fundo da quadra pisa
na linha de três metros ou na área frontal antes de
fazer contato com a bola acima do bordo superior
da rede ("invasão do fundo").
9 Postado dentro da zona de ataque da quadra
ou tocando a linha de três metros, o líbero realiza
um levantamento de toque que é posteriormente
atacado acima da altura da rede.
10 O jogador bloqueia o saque adversário.
11 O jogador está fora de posição no momento
do saque.
12 O jogador saca quando não está na posição 1.
13 O jogador toca a bola no espaço aéreo acima
da quadra adversária em uma situação que não se
configura como um bloqueio ("invasão por cima").
14 O jogador toca a quadra adversária por
baixo da rede com qualquer parte do corpo exceto
as mãos ou os pés ("invasão por baixo").
15 O jogador leva mais de oito segundos para
sacar
16 No momento do saque, os jogadores que
estão na rede pulam e/ou erguem os braços, com o
intuito de esconder a trajetória da bola dos
adversários. Esta falta é denominada screening
17 Os "dois toques" são permitidos no primeiro
contato do time com a bola, desde que ocorram em
uma "ação simultânea" - a interpretação do que é ou
não "simultâneo" fica a cargo do arbitro.
18 A não ser no bloqueio. O toque da bola no
bloqueio não é contabilizado.
19 A invasão por baixo de mãos e pés é
permitida apenas se uma parte dos membros
permanecer em contato com a linha central.
Fundamentos
Um time que deseja competir em nível internacional
precisa dominar um conjunto de seis habilidades
básicas, denominadas usualmente sob a rubrica
"fundamentos". Elas são: saque, passe,
levantamento, ataque, bloqueio e defesa. A cada um
destes fundamentos compreende um certo número
de habilidades e técnicas que foram introduzidas ao
longo da história do voleibol e são hoje consideradas
prática comum no esporte.
Saque ou serviço
O saque ou serviço marca o início de uma disputa de
pontos no voleibol. Um jogador posta-se atrás da
linha de fundo de sua quadra, estende o braço e
acerta a bola, de forma a fazê-la atravessar o
espaço aéreo acima da rede delimitado pelas
antenas e aterrissar na quadra adversária. Seu
principal objetivo consiste em dificultar a recepção
de seu oponente controlando a aceleração e a
trajetória da bola.
Existe a denominada área de saque, que é
constituída por duas pequenas linhas nas laterais da
quadra, o jogador não pode sacar de fora desse
limite.
Um saque que a bola aterrissa diretamente sobre a
quadra do adversário sem ser tocada pelo
adversário - é denominado em voleibol "ace", assim
como em outros esportes tais como o tênis.
No voleibol contemporâneo, foram desenvolvidos
muitos tipos diferentes de saques:
Saque por baixo ou por cima: indica a forma como
o saque é realizado, ou seja, se o jogador acerta a
bola por baixo, no nível da cintura, ou primeiro
lança-a no ar para depois acertá-la acima do nível do
ombro. A recepção do saque por baixo é usualmente
considerada muito fácil, e por esta razão esta
técnica não é mais utilizada em competições de alto
nível.
Jornada nas estrelas: um tipo específico de saque
por baixo, em que a bola é acertada de forma a
atingir grandes alturas (em torno 25 metros). O
aumento no raio da parábola descrito pela trajetória
faz com que a bola desça quase em linha reta, e em
velocidades da ordem de 70 km/h. Popularizado na
década de 1980 pela equipe brasileira,
especialmente pelo ex-jogador Bernard Rajzman, ele
hoje é considerado ultrapassado, e já não é mais
empregado em competições internacionais.
Saque com efeito: denominado em inglês "spin
serve", trata-se de um saque em que a bola ganha
velocidade ao longo da trajetória, ao invés de perdê-
la, graças a um efeito produzido dobrando-se o
pulso no momento do contato.
Saque flutuante ou saque sem peso: saque em que a
bola é tocada apenas de leve no momento de
contato, o que faz com que ela perca velocidade
repentinamente e sua trajetória se torne
imprevisível.
Viagem ao fundo do mar: saque em que o jogador
lança a bola, faz a aproximação em passadas como no
momento do ataque, e acerta-a com força em
direção à quadra adversária. Supõe-se que este
saque já existisse desde a década de 1960, e tenha
chegado ao Brasil pelas mãos do jogador Feitosa. De
todo modo, ele só se tornou popular a partir da
segunda metade dos anos 1980.
Saque oriental: o jogador posta-se na linha de
fundo de perfil para a quadra, lança a bola no ar e
acerta-a com um movimento circular do braço
oposto. O nome deste saque provém do fato de que
seu uso contemporâneo restringe-se a algumas
equipes de voleibol feminino da Ásia.
Passe
Também chamado recepção, o passe é o primeiro
contato com a bola por parte do time que não está
sacando e consiste, em última análise, em tentativa
de evitar que a bola toque a sua quadra, o que
permitiria que o adversário marcasse um ponto.
Além disso, o principal objetivo deste fundamento é
controlar a bola de forma a fazê-la chegar
rapidamente e em boas condições nas mãos do
levantador, para que este seja capaz de preparar
uma jogada ofensiva.
O fundamento passe envolve basicamente duas
técnicas específicas: a "manchete", em que o
jogador empurra a bola com a parte interna dos
braços esticados, usualmente com as pernas
flexionadas e abaixo da linha da cintura; e o "toque",
em que a bola é manipulada com as pontas dos dedos
acima da cabeça.
Quando, por uma falha de passe, a bola não
permanece na quadra do jogador que está na
recepção, mas atravessa por cima da rede em
direção à quadra da equipe adversária, diz-se que
esta pessoa recebeu uma "bola de graça".
Manchete
É uma técnica de recepção realizada com as mãos
unidas e os braços um pouco separados e
estendidos, o movimento da manchete tem início nas
pernas e é realizado de baixo para cima numa
posição mais ou menos cômoda, é importante que a
perna seja flexionada na hora do movimento,
garantindo maior precisão e comodidade no
movimento. Ela é usada em bolas que vem em baixa
altura, e que não tem chance de ser devolvida com o
toque.
É considerada um dos fundamentos da defesa, sendo
o tipo de defesa do saque e de cortadas mais usado
no jogo de voleibol. É uma das técnicas essenciais
para o líbero mas também é empregada por alguns
levantadores para uma melhor colocação da bola
para o atacante.
Levantamento
O levantamento é normalmente o segundo contato
de um time com a bola. Seu principal objetivo
consiste em posicioná-la de forma a permitir uma
ação ofensiva por parte da equipe, ou seja, um
ataque.
A exemplo do passe, pode-se distinguir o
levantamento pela forma como o jogador executa o
movimento, ou seja, como "levantamento de toque" e
"levantamento de manchete". Como o primeiro
usualmente permite um controle maior, o segundo só
é utilizado quando o passe está tão baixo que não
permite manipular a bola com as pontas dos dedos,
ou no voleibol de praia, em que as regras são mais
restritas no que diz respeito à infração de
"carregar".
Também costuma-se utilizar o termo "levantamento
de costas", em referência à situação em que a bola é
lançada na direção oposta àquela para a qual o
levantador está olhando.
Quando o jogador não levanta a bola para ser
atacada por um de seus companheiros de equipe,
mas decide lançá-la diretamente em direção à
quadra adversária numa tentativa de conquistar o
ponto rapidamente, diz-se que esta é uma "bola de
segunda".
Ataque
O ataque é, em geral, o terceiro contato de um time
com a bola. O objetivo deste fundamento é fazer a
bola aterrissar na quadra adversária, conquistando
deste modo o ponto em disputa. Para realizar o
ataque, o jogador dá uma série de passos contados
("passada"), salta e então projeta seu corpo para a
frente, transferindo deste modo seu peso para a
bola no momento do contato.
O voleibol contemporâneo envolve diversas técnicas
individuais de ataque:
Ataque do fundo: ataque realizado por um jogador
que não se encontra na rede, ou seja, por um
jogador que não ocupa as posições 2-4. O atacante
não pode pisar na linha de três metros ou na parte
frontal da quadra antes de tocar a bola, embora
seja permitido que ele aterrisse nesta área após o
ataque.
Diagonal ou Paralela: indica a direção da trajetória
da bola no ataque, em relação às linhas laterais da
quadra. Uma diagonal de ângulo bastante
pronunciado, com a bola aterrissando na zona
frontal da quadra adversária, é denominada
"diagonal curta".
Cortada ou Remate: refere-se a um ataque em que a
bola é acertada com força, com o objetivo de fazê-
la aterrissar o mais rápido possível na quadra
adversária. Uma cortada pode atingir velocidades de
aproximadamente 200 km/h.
Largada: refere-se a um ataque em que jogador não
acerta a bola com força, mas antes toca-a
levemente, procurando direcioná-la para uma região
da quadra adversária que não esteja bem coberta
pela defesa.
Explorar o bloqueio: refere-se a um ataque em que
o jogador não pretende fazer a bola tocar a quadra
adversária, mas antes atingir com ela o bloqueio
oponente de modo a que ela, posteriormente,
aterisse em uma área fora de jogo.
Ataque sem força: o jogador acerta a bola mas
reduz a força e conseqüentemente sua aceleração,
numa tentativa de confundir a defesa adversária.
Bola de xeque: refere-se à cortada realizada por
um dos jogadores que está na rede quando a equipe
recebe uma "bola de graça" (ver passe, acima).
Bloqueio
O bloqueio refere-se às ações executadas pelos
jogadores que ocupam a parte frontal da quadra
(posições 2-3-4) e que têm por objetivo impedir ou
dificultar o ataque da equipe adversária. Elas
consistem, em geral, em estender os braços acima
do nível da rede com o propósito de interceptar a
trajetória ou diminuir a velocidade de uma bola que
foi cortada pelo oponente.
Denomina-se "bloqueio ofensivo" à situação em que
os jogadores têm por objetivo interceptar
completamente o ataque, fazendo a bola permanecer
na quadra adversária. Para isto, é necessário saltar,
estender os braços para dentro do espaço aéreo
acima da quadra adversária e manter as mãos
viradas em torno de 45-60° em direção ao punho.
Um bloqueio ofensivo especialmente bem executado,
em que bola é direcionada diretamente para baixo
em uma trajetória praticamente ortogonal em
relação ao solo, é denominado "toco".
Um bloqueio é chamado, entretanto, "defensivo" se
tem por objetivo apenas tocar a bola e deste modo
diminuir a sua velocidade, de modo a que ela possa
ser melhor defendida pelos jogadores que se situam
no fundo da quadra. Para a execução do bloqueio
defensivo, o jogador reduz o ângulo de penetração
dos braços na quadra adversária, e procura manter
as palmas das mãos voltadas em direção à sua
própria quadra.
O bloqueio também é classificado, de acordo com o
número de jogadores envolvidos, em "simples",
"duplo" e "triplo".
Defesa
A defesa consiste em um conjunto de técnicas que
têm por objetivo evitar que a bola toque a quadra
após o ataque adversário. Além da manchete e do
toque, já discutidos nas seções relacionadas ao
passe e ao levantamento, algumas das ações
específicas que se aplicam a este fundamento são:
Peixinho: o jogador atira-se no ar, como se estivesse
mergulhando, para interceptar uma bola, e termina o
movimento sob o próprio abdômen.
Rolamento: o jogador rola lateralmente sobre o
próprio corpo após ter feito contato com a bola.
Esta técnica é utilizada, especialmente, para
minimizar a possibilidade de contusões após a queda
que é resultado da força com que uma bola fora
cortada pelo adversário.
Martelo: o jogador acerta a bola com as duas mãos
fechadas sobre si mesmas, como numa oração. Esta
técnica é empregada, especialmente, para
interceptar a trajetória de bolas que se encontram
a uma altura que não permite o emprego da
manchete, mas para as quais o uso do toque não é
adequado, pois a velocidade é grande demais para a
correta manipulação com as pontas dos dedos.
PRATICANDO CAP.15
1) Como surgiu o voleibol? Nos conte essa
história destacando quando aconteceu a primeira
partida oficial. Que público estava participando?
2) Após o surgimento nos estados unidos,
após quantos anos o Brasil conheceu o voleibol e
quem foi o responsável por ele ter chegado em
nosso pais?
3) Quais as dimensões da quadra e altura da
rede usados no voleibol quando foi criado?
4) Explique como um líbero participa de uma
partida de voleibol?
5) Destaque e explique 3 fundamentos no
voleibol.
CAP.16 – HANDEBOL
Atribui-se a invenção do Handebol ao professor Karl
Schellenz, da Escola Normal de Educação Física de
Berlim, durante a primeira guerra mundial. No início,
o Handebol era praticado apenas por moças e as
primeiras partidas foram realizadas nos arredores
de Berlim. Os campos tinham 40x20m. Pouco depois
em campos de dimensões maiores, o esporte passou
a ser praticado por homens e logo se espalhou por
toda a Europa.
Em 1927 foi criada a Federação Internacional de
Handebol Amador, F.I.H.A. Mas, em 1946, durante o
congreso de Copenhague (10 a 13 de julho), os
suecos oficializaram seu Handebol de Salão para
apenas 7 jogadores por equipe, passando a F.I.H.A. a
denominar-se Federação Internacional de Handebol,
F.I.H., e o jogo de 11 jogadores em segundo plano.
Em 1933 foi criada a federação alemã que, três anos
depois, introduzia o Handebol nos Jogos Olímpicos
de Berlim. Em 1954, a F.I.H. contava com 25 nações.
No dia 26 de Fevereiro de 1940 foi fundada, em São
Paulo, a Federação Paulista de Handebol, mas o
esporte já era praticado no Brasil desde 1930. Até
1950, a sede da F.I.H. era na Suécia. Transferiu-se
no ano seguinte para a Suíça.
A primeira vez que o Handebol foi disputado em uma
olimpíada foi em 1936, depois foi retirado e voltou
em 1972, já na sua nova versão (de 7 jogadores) e
em 1976 o Handebol feminino também passou a
fazer parte dos Jogos Olímpicos.
A Origem do Handebol
O Handebol é um dos esportes mais antigos de que
que se tem notícia. Ele ja apresentou uma grande
variedade de formas até a praticada atualmente.
Um jogo com bola foi descrito por Homero em "A
Odisséia", onde a bola era jogada com as mãos e o
objetivo era ultrapassar o oponente, através de
passes, isto está gravado em uma pedra na cidade
de Atenas e data de 600 A.C..
De acordo com as escritas do médico Romano,
Claudius Galenus (130-200 D.C.), os Romanos
possuiam um jogo de Handebol chamado
"Harpaston". Na Idade Média, as legiões de
cavaleiros jogavam um jogo de bola, o qual era
fundamentado em passes e metas, isto foi descrito
por Walther von der Vogelwide (1170-1230), que o
chamou de "Jogo de Pegar Bola", que é precursor do
atual jogo de Handebol. Na França, Rabelais(1494-
1533), fala sobre um jogo de Handebol em que "Eles
jogam bola, usando a palma da mão".
O Supervisor de Educação Física Alemão, Holger
Nielsen, adaptou o "Haanbold-Spiel" (Jogo de
Handebol) para ser jogado em quadras, na cidade de
Ortrup em 1848, remodelando as regras e método
como o jogo deveria ser praticado. Eventualmente
os alemães desenvolveram o esporte e finalisaram as
regras em 1897, onde atualmente é baseado o
Handebol de Quadra (Indoor) e o Handebol
Olímpico.
Era uma forma de 7 jogadores por time, em uma
quadra pouco maior do que a de Basquete, com gols
de Futebol de 2m de altura por 2,5m de
comprimento.
Na Suécia, em 1910, G. Wallstrom foi quem
introduziu o Handebol. Na Alemanha, em 1912,
Hirschmann (O Secretário Geral Alemão da
Associação Internaciona de Futebol) tentou
introduzir o Handebol em um jogo de "campo",
seguindo as regras do Futebol. Durante 1915-1917, o
Supervisor de Educação Física Max Heiser (1879-
1921), introduziu o Handebol de Campo para as
mulheres, sendo considerado o real criador do
esporte, assim como Karl Schelenz (1890-1956), um
professor de esportes da Escola Superior de
Educação Física é considerado o fundador do
Handebol. Karl Schelenz foi o responsável pelo
desenvolvimento do Handebol na Alemanha, Austria
e Suiça, onde ele foi treinador.
Em 13 de Setembro de 1920, Carl Diem, o Diretor
da Escola Superior de Educação Física Alemã,
completou o estabelecimento do esporte no cenário
mundial, reconhecendo-o oficialmente como esporte.
O jogo era praticado em campos de Futebol com
traves do mesmo tamanho. O primeiro jogo
internacional foi disputado em 3 de Setembro de
1925, com vitória da Alemanha sobre a Austria por
6 a 3.
A Era Pioneira do Handebol
Durante seu desenvolvimento, o jogo de Handebol
não era reconhecido como um esporte independente,
assim como o Basquete e o Vôlei, era representado
pelas Associações de Educação Física e Associações
Atléticas Nacionais. Em um nível internacional, a
Federação Atlética Amadora Internacional (FAAI)
observou os interesses do Handebol desde 1928. Um
Comitê Especial foi formado no VII Congresso da
FAAI na Holanda, em 1926, para organizar os países
que praticavam Handebol para formar "regras
básicas" para eventos internacionais.
A FAAI estava preparando e organizando a
formação de uma associação internacional
independente e exclusiva ao Handebol. O congresso
se formou em 4 de Agosto de 1928 em Amsterdam,
Holanda, onde 11 países criaram a Federação
Internacional de Handebol Amador (FIHA). O
Handebol se tornou um esporte internacional em
1934, sendo jogado por 25 membros da FIHA. O
primeiro "grande" evento internacional de Handebol
ocorreu em 1936, nos Jogos Olímpicos de Berlim, e
no 10° aniversário da FIHA, o primeiro Campeonato
Mundial de Handebol, realizado em 1938.
Após o término da II Guerra Mundial, o jogo
cresceu rapidamente no âmbito internacional e em
1946, após a FIHA ser considerada extinta, foi
fundada a atual Federação Internacional de
Handebol (FIH), na Dinamarca.
A partir de 1952, o Handebol de Campo era
dominante nas nações participantes. O Handebol de
Quadra (Indoor) era mais praticado por países do
Norte Europeu. No entanto, devido a condições
climáticas e o fato de que após o "Hóckey no Gelo",
o Handebol de Quadra era o esporte mais rápido
existente, este começou a ganhar muita
popularidade pelo mundo.
Com regras de outros esportes introduzidas e
maiores punições à faltas violentas, o jogo se tornou
mais seguro, simples de se jogar e mais emocionante
de se observar. O Handebol se tornou um esporte
de inverno, levando o espectador a sair do frio e se
emocionar com mais ação e maiores placares do que
o Futebol. A partir de 1960 o Handebol de Campo
perdeu rapidamente sua popularidade e o último
Campeonato Mundial foi disputado em 1966.
O Handebol sempre foi dominado por nações
Européias. Nos anos em que estava se praticando o
Handebol de Campo, Alemanha, Áustria e Dinamarca
dominaram o cenário mundial, também pelo fato de
não ter muitas nações fora da Europa que
praticavam o esporte.
História Olímpica
O Handebol fez sua estréia nos Jogos Olímpicos de
Berlim, em 1936. Na época era mais popular e mais
divulgado o Handebol de Campo. Este era praticado
em campos de grama com dimensões e gols similares
aos do Futebol, com 11 jogadores por equipe. Houve
apenas competições masculinas e esta foi a única
vez que este tipo de Handebol participou das
Olimpíadas (atualmente não se pratica mais esta
variável do Handebol, ocorrem ocasionalmente
apenas alguns jogos em eventos ou por antigos
admiradores).
Sendo reintroduzido nos Jogos Olímpicos de
Munique, em 1972, o Handebol voltou ao cronograma
olímpico mas com outra modalidade, o Handebol de
Quadra (conhecido atualmente apenas por
Handebol). Este possui times com 7 jogadores, é
praticado em quadras de 40m por 20m e gols de 2m
por 3m. Em 1972 apenas ocorreram competições
masculinas. As competições femininas foram
introduzidas nos Jogos Olímpicos de Montreal, em
1976. A partir desta data não houveram mudanças
significativas do Handebol nas Olimpíadas.
NO MUNDO
O Handebol não foi criado ou inventado A bola é sem
dúvida um dos instrumentos desportivos mais
antigos do mundo e vem cativando o homem há
milênios. O jogo de "Urânia", praticado na antiga
Grécia com uma bola do tamanho de uma maçã,
usando as mãos mas sem balizas, é citado por
Homero na Odisséia. Também os Romanos, segundo
Cláudio Galeno (130-200 DC), conheciam um jogo
praticado com as mãos, o "Harpastum". Mesmo
durante a idade média, eram os jogos com bola
praticados como lazer por rapazes e moças. Na
França, Rabelais (1494-1533) citava uma espécie de
handebol (esprés jouaiant â la balle, à la paume).
Em meados do século passado (1848), o professor
dinamarquês Holger Nielsen criou, no Instituto de
Ortrup, um jogo denominado "Haandbold",
determinando suas regras. Na mesma época, os
Tchecos conheciam jogo semelhante denominado
"Hazena". Fala-se também de um jogo similar na
Irlanda e no "El Balon" do uruguaio Gualberto
Valetta, como precursores do handebol.
Todavia o Handebol, como se joga hoje, foi
introduzido na última década do século passado, na
Alemanha, como "Raftball". Quem o levou para o
campo, em 1912, foi o alemão Hirschmann, então
Secretário da Federação lnternacional de Futebol.
O período da I Grande Guerra (1915-1918) foi
decisivo para o desenvolvimento do jogo, quando um
professor de ginástica, o berlinense Max Heiser,
criou um jogo ao ar livre para as operárias da
Fábrica Siemens, derivado do "Torball", e quando os
homens começaram a praticá-lo, o campo foi
aumentado para as medidas do futebol.
Em 1919, o professor alemão Karl Schelenz
reformulou o "Torball", alterando seu nome para
"Handball" com as regras publicadas pela Federação
Alemã de Ginástica para o jogo com 11 jogadores.
Schelenz levou o jogo como competitivo para a
Áustria, Suíça, além da Alemanha. Em 1920, o
Diretor da Escola de Educação Física da Alemanha
tornou o jogo desporto oficial.
A divulgação na Europa deste novo desporto não foi
difícil, visto que Karl Schelenz era professor na
então famosa Universidade de Berlim onde seus
alunos, principalmente os estrangeiros, difundiram
as regras então propostas para vários países.
Por sua vez, existia na Tchecoslováquia desde 1892
um jogo praticado num campo de 45x30m e com 7
jogadores que também era jogado com as mãos e o
gol era feito em balizas de 3x2m. Este jogo, o
"Hazena", segundo os livros, foi regulamentado pelo
Professor Kristof Antonin, porém, somente em 1921
suas regras foram publicadas e divulgadas por toda
a Europa. Mas, foi o Handebol jogado no campo de
futebol, que chamamos de "Handebol de Campo", que
teve maior popularização, tanto que foi incluído nos
Jogos Olímpicos realizados em Berlim em 1936.
Com o grande crescimento do futebol com quem
dividia o espaço de jogo, com as dificuldades do
rigoroso inverno, muitos meses de frio e neve, o
Handebol de Campo foi paulatinamente sendo
substituído pelo Hazena que passou a ser o
"Handebol a 7", chamado de "Handebol de Salão",
que mostrou-se mais veloz e atrativo. Em 1972, nos
Jogos Olímpicos realizados em Munique-Alemanha, o
Handebol (não mais era necessário o complemento
"de salão") foi incluído na categoria masculina,
reafirmou-se em Montreal-Canadá em 1976
(masculino e feminino) e não mais parou de crescer.
NO BRASIL
O Handebol no Brasil Após a I Grande Guerra
Mundial, um grande número de imigrantes alemães
vieram para o Brasil estabelecendo-se na região sul
por conta das semelhanças climáticas.
Dessa forma os brasileiros passaram a ter um maior
contato com a cultura, tradição folclórica e por
extensão as atividades recreativas e desportivas
por eles praticadas, dentre os quais o então
Handebol de Campo. Foi em São Paulo que ele teve
seu maior desenvolvimento, principalmente quando
em 26 de fevereiro de 1940 foi fundada a
Federação Paulista de Handebol, tendo como seu 1 °
Presidenta Otto Schemelling.
O Handebol de Salão somente foi oficializado em
1954 quando a Federação Paulista de Handebol
instituiu o I Torneio Aberto de Handebol que foi
jogado em campo improvisado ao lado do campo de
futebol do Esporte Clube Pinheiros, campo esse
demarcado com cal (40x20m e balizas com caibros
de madeira 3x2m).
Este Handebol praticado com 7 jogadores e em um
espaço menor agradou de tal maneira que a
Confederação Brasileira de Desportos - CBD órgão
que congregava os Desportos Amadores a nível
nacional, criou um departamento de Handebol
possibilitando assim a organização de torneios e
campeonatos brasileiros nas várias categorias
masculina e feminina.
Contudo, a grande difusão do Handebol em todos os
Estados adveio com a sua inclusão nos III Jogos
Estudantis Brasileiros realizado em Belo Horizonte-
MG em julho de 1971 como também nos Jogos
Universitários Brasileiros realizado em Fortaleza-
CE em julho de 1972. Como ilustração, nos JEB's/72
o Handebol teve a participação de aproximadamente
10 equipes femininas e 12 masculinas, já em 1973
nos IV JEB's em Maceió-AL tivemos cerca de 16
equipes femininas e 20 masculinas.
A atual Confederação Brasileira de Handebol -
CBHb foi fundada em 1º de junho de 1979, tendo
como primeira sede São Paulo e o primeiro
Presidente foi o professor Jamil André.
Quadra
A quadra deve ser retangular, com um comprimento
de 38 a 44m e uma largura de 18 a 22m (mas por
convenção fala-se que as quadras de Handebol
possuem comprimento de 40m e largura de 20m). A
área privativa do goleiro será determinada por um
semi-círculo cujo raio medirá 6m, desde o centro do
gol. Nesta área somente o goleiro pode ficar,
atacantes e defensores devem ficar fora dela (não é
permitido nem pisar na linha, entretanto pode-se
pula-la de fora para dentro, desde que se solte a
bola enquanto estiver no ar). O outro semi-círculo
será colocado a 9m, este sendo tracejado e
determinando a linha do tiro livre (de onde
geralmente são cobradas as faltas realizadas pela
defesa). A baliza possui largura interior de 3m e
altura de 2m. Em frente e ao meio de cada baliza, e
a uma distância de 7m, traça-se uma linha paralela à
do gol, de 1m de comprimento e chamada de marca
dos 7m (penalidade máxima), este lance apenas é
ordenado com a execução de uma falta grave sobre
o adversário enquanto este atacava a meta da
defesa.
O Jogo
Em cada jogo confrontam-se duas equipes. Estas
devem estar devidamente uniformizadas, a
numeração dos jogadores deve ser visível e
obrigatória. Cada equipe é composta por 12
jogadores, dos quais 6 de quadra, 1 goleiro e o
restante na reserva. A duração de cada tempo é de
30 minutos, com intervalo de 10 minutos (Nas
olimpíadas de Atlanta foi permitido a utilização de
tempo, como no Voleibol).
O número de substituições é ilimitado, mas deve ser
feito em um espaço de 4,45m, partindo da linha
central da quadra (não é nescessário parar o jogo
para realizar as substituições, e estas apenas podem
se realizar após que o jogoador a ser substituído
saia completamente da quadra).
Seu objetivo básico é ultrapassar o adversário
através de toques de bola até atingir a meta
adversária, marcando um ponto caso a bola
ultrapasse a linha de gol. Para realizar tal coisa
nescessita-se de muita habilidade e agilidade, pois o
jogo é muito rápido e exige que os reflexos estegem
bem apurados. Com o auxílio de jogadas "ensaiadas"
(previamente treinadas) é possível confundir a
defesa adversária e encantar o público.
Bola de Handebol
Existem três tamanhos de bolas de Handebol, cada
uma possui um certo peso pré-determinado e
representa uma categoria específica. São
denominados por H3, H2 e H1. Elas tem que ser de
couro e não escorregadias. (Para uma melhor
aderência e maior liberdade nas jogadas usa-se uma
cola especial para Handebol, aplicando-a nas pontas
dos dedos).
H3 Esta é usada para a categoria Adulto Masculino
(sendo a maior bola de Handebol), deve medir no
início da partida, 58,4cm de circunferência e pesar
453,6 gramas.
H2 Esta bola é usada nas categorias Adulto Feminio
e Juvenil Masculino (possuindo um tamanho
intermediário), deve medir no início da partida
56,4cm de circunferência e pesar 368,5 gramas.
H1 Esta bola é usada nas categorias Infantis
Masculino e Feminino e Juvenil Feminino.
POSIÇÕES
No ataque, o time é dividido em: Pontas, Meias,
Armador (conhecido também como Central), Pivô e
Goleiro.
Armador
É a "locomotiva" do time no ataque. Este jogador
esta no centro do ataque e comanda o curso e o
tempo do mesmo. Este é geralmente o mais
experiente jogador do time, deve saber arremesar
com força e ter um grande repertório de passes.
Deve possuir grande visão de jogo para se adaptar
as mudanças na defesa adversária. Força,
concentração, tempo de jogo e passes certos são o
que destacam um bom armador.
Meia
O "combustível" do time no ataque. Os meias
geralmente possuem os mais fortes arremessos e
são, geralmente, os mais altos jogadores do time.
(No masculino variam de 180cm a 210cm e no
feminino variam de 175cm a 190cm). Entratanto
existem exepcionais jogadores que são menores que
a média, mas possuem arremessos poderosos e
técnica muito apurada. Estes são geralmente os
jogadores mais perigosos durante o ataque, pois os
arremessos costumam partir deles ou de outro
jogador o qual tenha recebido um passe dele.
Ponta
Geralmente são eles que começam as jogadas de
ataque. Os pontas são velozes e ageis; e devem
possuir a capacidade de arremessar em ângulos
fechados. O destaque no arremesso não é a força,
mas a habilidade e mira, podendo mudar o destino da
bola apenas momentos antes de soltá-la em direção
ao gol. Estes jogadores também são muito
importantes nos contra-ataques, apoiados em sua
velocidade e posicionamento.
Pivô
O "coringa" do time no ataque. Se posicionam entre
as linhas de 6m e a de 9m. Seu objetivo é abrir
espaço na defesa adversária para que seus
companheiros possam arremessar de uma distância
menor, ou se posicionar estrategicamente para que
ele mesmo possa receber a bola e arremessar em
direção ao gol. O pivô possui o maior repertório de
arremessos do time, pois ele deve passar pelo
goleiro e marcar o gol geralmente sem muita força,
impulsão ou velocidade, e em jogadas geralmente
rápidas.
Goleiro
Se o goleiro defender um arremesso ou conseguir
um tiro livre, ele deve ter a habilidade e o raciocínio
rápido para observar se algum jogador se encontra
em uma posição de contra-ataque, fazendo assim o
lançamento que deve ser rápido e certeiro. O goleiro
não é apenas um jogador de defesa, mas um
importante armador de contra-ataques.
Defesa
Os jogadores na defesa precisam trabalhar em
equipe. Comunicação é absolutamente vital. Onde
está o pivô? Quem está marcando quem? Aonde está
o foco do ataque? No nível de elite do Handebol,
existem times que possuem jogadores
especializados na defesa, que são físicamente
grandes, muito fortes, rápidos e com muita
concentração. Esses jogadores ainda possuem a
habilidade de detectar o foco do ataque e se
adaptar as mudanças nas jogadas. Defensores
situados no meio precisam ser muito fortes e altos
para impedir os ataques dos meias e conter os pivôs.
O goleiro é vital na defesa. Um bom goleiro pode
representar mais de 50% da performance de um
time. Quando a defesa é penetrada, o goleiro é a
ultima barreira ao atacante. Ele precisa ter um
reflexo rápido, boa antecipação de onde o atacante
pretende arremessar e habilidade de ajustar força,
reflexos e total concentração (eliminado qualquer
coisa que não seja referente ao jogo) focando seu
objetivo final, a defesa. O goleiro também deve se
comunicar com seu time, (pois possui maior visão de
jogo por estar fora dos lances de ataque)
incentivando e alertando a defesa; e auxiliando e
orientando seus companheiros no ataque.
PRATICANDO CAP.16
1) Como surgiu o handebol? Nos conte essa
história destacando quando em que pais aconteceu
e quem foi o seu criador.
2) Após o surgimento, após quantos anos o
Brasil conheceu o handebol e quem foi o
responsável por ele ter chegado em nosso pais?
3) Quais as dimensões da quadra de handebol
hoje e o tamanho da bola usada peo jogadores
adultos do sexo masculino?
4) Explique quais as posições dos jogadores
no handebol destacando o posicionamento
“trocado” dos pontas
5) Destaque e explique 3 fundamentos no
handebol.
CAP.17 - FUTEBOL
O futebol é um dos esportes mais populares no
mundo. Praticado em centenas de países, este
esporte desperta tanto interesse em função de sua
forma de disputa atraente. O futebol é um esporte
coletivo jogado, como o seu próprio nome diz
(foot=pés; Ball= bola), principalmente com os pés. Os
jogadores deslocam-se conduzindo ou tocando a bola
com qualquer parte do corpo, exceto as mãos.
Embora não se tenha muita certeza sobre os
primórdios do futebol, historiadores descobriram
vestígios dos jogos de bola em várias culturas
antigas. Estes jogos de bola ainda não eram o
futebol, pois não havia a definição de regras como
há hoje, porém demonstram o interesse do homem
por este tipo de esporte desde os tempos antigos.
O futebol tornou-se tão popular graças a seu jeito
simples de jogar. Basta uma bola, equipes de
jogadores e as traves, para que, em qualquer espaço,
crianças e adultos possam se divertir com o futebol.
Na rua, na escola, no clube, no campinho do bairro ou
até mesmo no quintal de casa, desde cedo jovens de
vários cantos do mundo começam a praticar o
futebol.
Na China Antiga, por volta de 3000 a.C, os militares
chineses praticavam um jogo que na verdade era um
treino militar. Após as guerras, formavam equipes
para chutar a cabeça dos soldados inimigos. Com o
tempo, as cabeças dos inimigos foram sendo
substituídas por bolas de couro revestidas com
cabelo. Formavam-se duas equipes com oito
jogadores e o objetivo era passar a bola de pé em pé
sem deixar cair no chão, levando-a para dentro de
duas estacas fincadas no campo. Estas estacas eram
ligadas por um fio de cera.
Origens do futebol no Japão Antigo
No Japão Antigo, foi criado um esporte muito
parecido com o futebol atual, porém se chamava
Kemari. Praticado por integrantes da corte do
imperador japonês, o kemari acontecia num campo
de aproximadamente 200 metros quadrados. A bola
era feita de fibras de bambu e entre as regras, o
contato físico era proibido entre os 16 jogadores (8
para cada equipe). Historiadores do futebol
encontraram relatos que confirmam o
acontecimento de jogos entre equipes chinesas e
japonesas na antiguidade.
Origens do futebol na Grécia e Roma
Os gregos criaram um jogo por volta do século I a.C
que se chamava Episkiros. Neste jogo, soldados
gregos dividiam-se em duas equipes de nove
jogadores cada e jogavam num terreno de formato
retangular. Na cidade grega de Esparta, os
jogadores, também militares, usavam uma bola feita
de bexiga de boi cheia de areia ou terra.
O campo onde se realizavam as partidas, em
Esparta, eram bem grandes, pois as equipes eram
formadas por quinze jogadores.Quando os romanos
dominaram a Grécia, entraram em contato com a
cultura grega e acabaram assimilando o Episkiros,
porém o jogo tomou uma conotação muito mais
violenta.
O FUTEBOL NA IDADE MÉDIA
Há relatos de um esporte muito parecido com o
futebol, embora usava-se muito a violência. O Soule
ou Harpastum era praticado na Idade Média por
militares que dividiam-se em duas equipes:
atacantes e defensores. Era permitido usar socos,
pontapés, rasteiras e outros golpes violentos. Há
relatos que mostram a morte de alguns jogadores
durante a partida. Cada equipe era formada por 27
jogadores, onde grupos tinham funções diferentes
no time: corredores, dianteiros, sacadores e
guarda-redes.
Na Itália Medieval apareceu um jogo denominado
gioco del calcio. Era praticado em praças e os 27
jogadores de cada equipe deveriam levar a bola até
os dois postes que ficavam nos dois cantos extremos
da praça. A violência era muito comum, pois os
participantes levavam para campo seus problemas
causados, principalmente por questões sociais
típicas da época medieval.
O barulho, a desorganização e a violência eram tão
grandes que o rei Eduardo II teve que decretar uma
lei proibindo a prática do jogo, condenando a prisão
os praticantes. Porém, o jogo não terminou, pois
integrantes da nobreza criaram um nova versão dele
com regras que não permitiam a violência. Nesta
nova versão, cerca de doze juízes deveriam fazer
cumprir as regras do jogo.
O futebol chega à Inglaterra
Pesquisadores concluíram que o gioco de calcio saiu
da Itália e chegou a Inglaterra por volta do século
XVII. Na Inglaterra, o jogo ganhou regras
diferentes e foi organizado e sistematizado. O
campo deveria medir 120 por 180 metros e nas duas
pontas seriam instalados dois arcos retangulares
chamados de gol. A bola era de couro e enchida com
ar. Com regras claras e objetivas, o futebol começou
a ser praticado por estudantes e filhos da nobreza
inglesa.
Aos poucos foi se popularizando. No ano de 1848,
numa conferência em Cambridge, estabeleceu-se um
único código de regras para o futebol. No ano de
1871 foi criada a figura do guarda-redes (goleiro)
que seria o único que poderia colocar as mãos na
bola e deveria ficar próximo ao gol para evitar a
entrada da bola. Em 1875, foi estabelecida a regra
do tempo de 90 minutos e em 1891 foi estabelecido
o pênalti, para punir a falta dentro da área.
Somente em 1907 foi estabelecida a regra do
impedimento.
O profissionalismo no futebol foi iniciado somente
em 1885 e no ano seguinte seria criada, na
Inglaterra, a International Board, entidade cujo
objetivo principal era estabelecer e mudar as regras
do futebol quando necessário. No ano de 1897, uma
equipe de futebol inglesa chamada Corinthians fez
uma excursão fora da Europa, contribuindo para
difundir o futebol em diversas partes do mundo
Em 1888, foi fundada a Football League com o
objetivo de organizar torneios e campeonatos
internacionais. No ano de 1904, foi criada a FIFA (
Federação Internacional de Futebol Association )
que organiza até hoje o futebol em todo mundo. É a
FIFA que organiza os grandes campeonatos de
seleções ( Copa do Mundo ) de quatro em quatro
anos. Em 2006, aconteceu a Copa do Mundo da
Alemanha, que teve a Itália como campeã e a França
como vice.A FIFA também organiza campeonatos de
clubes como, por exemplo, a Copa Libertadores da
América, Copa da UEFA, Liga dos Campeões da
Europa, Copa Sul-Americana, entre outros.
No começo do século XX a popularidade do futebol
em todo o mundo levou à
criação, em 1904, de uma organização internacional,
a Federação Internacional de Futebol Association
(FIFA).
Foram sete os países fundadores: Bélgica,
Dinamarca, França, Países Baixos, Espanha, Suécia e
Suíça. A FIFA tem como metas principais a
uniformização das regras do jogo, elaboradas pela
International Board, e a organização de um torneio
internacional entre as entidades afiliadas -- a Copa
do Mundo, disputada a partir de 1930.
Desde sua fundação, a FIFA teve os seguintes
presidentes: Robert Guérin (1904-1906), D. B.
Woolfall (1906-1921), Jules Rimet (1921- 1954), R.
W. Seeldrayers (1954-1955), Arthur Drewry (1955-
1961), Stanley Ford Rous (1961-1974) e João
Havelange, a partir de 1974.
HISTÓRIA DO FUTEBOL NO BRASIL
Nascido no bairro paulistano do Brás, Charles Miller
viajou para Inglaterra aos nove anos de idade para
estudar. Lá tomou contato com o futebol e, ao
retornar ao Brasil em 1894, trouxe na bagagem a
primeira bola de futebol e um conjunto de regras.
Podemos considerar Charles Miller como sendo o
precursor do futebol no Brasil.
O primeiro jogo, de futebol no Brasil foi realizado
em 15 de abril de 1895 entre funcionários de
empresas inglesas que atuavam em São Paulo. Os
funcionários também eram de origem inglesa. Este
jogo foi entre FUNCIONÁRIOS DA COMPANHIA
DE GÁS X CIA. FERROVIARIA SÃO PAULO
RAILWAY. O primeiro time a se formar no Brasil
foi o SÃO PAULO ATHLETIC, fundado em 13 de
maio de 1888.
No início, o futebol era praticado apenas por
pessoas da elite, sendo vedada a participação de
negros em times de futebol. A partir dessa
iniciativa, vários clubes se formaram: em 1898, o
São Paulo Athletic Club e, no ano seguinte, a
Associação Atlética Mackenzie College e o Sport
Club Germânia. No Rio de Janeiro, o pioneiro foi
Oscar Cox, que estudou na Europa e trouxe de lá
material esportivo. Depois de organizar partidas
entre uma equipe criada por ele e o Rio Cricket and
Athletic Association, de Niterói, Cox tornou-se um
dos líderes do movimento que resultou na fundação
do Fluminense Futebol Clube, em 1902.
De uma dissidência neste clube, nasceu, em 1911, o
departamento de futebol do Clube de Regatas do
Flamengo. Embora reunisse os melhores jogadores
da época, que haviam sido campeões no ano anterior,
o Flamengo perdeu seu primeiro jogo para os que
ficaram no Fluminense, por 3 a 2, o que gerou a
célebre rivalidade do Fla x Flu.
Na década de 1910, surgiram clubes e federações
por todo o Brasil, cada estado começou a realizar
seu próprio campeonato e cresceu o interesse do
público e da imprensa pelo esporte. Em 1914, criou-
se a Federação
Brasileira de Sports e, dois anos depois, a
Confederação Brasileira de Desportos (CBD).
Em 1919, o Brasil sagrou-se campeão sul-americano
de futebol ao vencer o Uruguai por 1 a 0 no Rio de
Janeiro. Com a difusão do esporte por todo o país
foi realizado, em 1922, o primeiro campeonato de
seleções estaduais. Durante quase quarenta anos o
futebol foi exercido no Brasil por amadores --
estudantes, empregados de companhias e jovens de
nível social elevado.
Em 1933, oficializou-se, no Rio de Janeiro e em São
Paulo, o profissionalismo, até então praticado de
forma disfarçada. Após um período de transição, em
que os jogadores hesitaram em aceitar o novo
regime, teve início a fase de afirmação do futebol
brasileiro, em 1938, ano da primeira Copa em que o
Brasil chegou às semifinais e ficou em terceiro
lugar.
As arrecadações das partidas aumentaram e
estimulou a construção de estádios, o maior dos
quais foi o Maracanã, inaugurado no Rio de Janeiro
em 1950, para a IV Copa do Mundo. Em 1959, nasceu
a Taça Brasil, um
campeonato interclube de âmbito nacional,
disputada em eliminatórias pelos campeões
estaduais. Em 1971, o torneio foi oficializado como
Campeonato Brasileiro de Clubes, cujos vencedores
disputam com clubes de outros países sul-
americanos a Taça Libertadora da América.
Em 1950, a Copa do Mundo foi realizada no Brasil,
sendo que a seleção brasileira perdeu o título, em
pleno Maracanã, para a seleção Uruguaia (Uruguai 2
x Brasil 1). Em 2014, a Copa do Mundo de Futebol
será realizada novamente no Brasil.
CARACTERISTICAS DO FUTEBOL
O futebol permite ao praticante o desenvolvimento
de habilidades no manejo da bola com o corpo todo.
Uma partida de futebol é disputada por duas
equipes, cada uma composta por 11 jogadores, um
dos quais é o goleiro. O número de reservas pode
variar. As equipes devem se apresentar
uniformizadas com calção, camisas, meias e
chuteiras próprias para o jogo sobre campo
gramado. Além dos 22 jogadores, participam do jogo
também quatro oficiais de arbitragem: um árbitro,
dois bandeirinhas (auxiliares) e um 4º árbitro
(representante), que faz anotações.
Oficialmente uma partida de futebol é composta de
dois tempos de 45 minutos cada, com um intervalo
de quinze para descanso. Antes de iniciar a partida,
o árbitro faz o sorteio entre as duas equipes e
decide quem terá a posse de bola e quem terá o
direito de escolher o campo. A partida é iniciada no
centro do campo, com as duas equipes no seu campo
defensivo.
Após o apito do árbitro, o jogador encarregado de
dar o toque inicial, dentro do circulo central, chuta a
bola para seu companheiro. Para receber ou passar a
bola pode se usar qualquer parte do corpo, menos as
mãos com exceção dos goleiros: cabeça, peito, coxa,
pés.
Os demais jogadores da equipe avançam para o
campo adversário, colocando-se em posições que
permitem ao companheiro de posse da bola enxergá-
los. O objetivo do jogo de futebol é marcar gols e
impedir que o adversário faça o mesmo. Para isso, é
necessário que a bola seja deslocada pelos
jogadores, que a passam entre si, conduzindo-a e
progredindo até chegar a uma posição que lhe
permita arremessar ou chutar contra o gol
adversário.
Vence a partida a equipe que fizer mais gols. Pode
haver situações de empate com ou sem gols
marcados. O campo de futebol é retangular e deve
ter de 45 a 90 metros de largura por 90 a 120
metros de comprimento. O campo de futebol é
limitado pelas linhas laterais e de fundo. È dividido
ao meio pala linha de meio campo. O circulo central
serve para indicar a posição dos jogadores no início
do jogo.
FUNDAMENTOS
Podemos dividir os fundamentos técnicos em dois
tipos de ações:
a) MOVIMENTOS SEM BOLA (corrida com
mudança, saltos, giros, etc.);
b) MOVIMENTOS COM BOLA (recepção, passe,
chute, etc.).
De acordo com essa divisão, pretendemos
desenvolver aqui somente as técnicas básicas do
futebol pertencentes ao grupo b (movimentos com
bola), executando as ações específicas
desenvolvidas pelos jogadores que ocupam a posição
de goleiro.
Para uma melhor prática do futebol, faz-se
necessário o conhecimento e domínio de algumas
técnicas básicas, tais como: condução, passe, chute,
drible ou finta, recepção, cabeceio e arremesso
lateral.
O cabeceio e o arremesso lateral serão abordados
como elementos pertencentes a outros fundamentos
técnicos, ou seja, o arremesso lateral seria
considerado uma forma de passe, e o cabeceio,
dentro dos demais fundamentos. As técnicas serão
abordadas na seguinte seqüência: definição e
conceituação do termo, descrição da técnica e as
possíveis variações e formas.
1) CONDUÇÃO: é o ato de deslocar-se pelos
espaços possíveis do jogo, tendo consigo o passe de
bola.
Técnica de condução de bola: posicionar o corpo e
movimentá-lo de maneira a facilitar o tipo de
condução desejada, manter a bola numa distancia
que facilite a seqüência da condução, bem como as
variações necessárias de acordo com exigência da
situação; utilizar o tipo de toque adequado à
situação; postura adequada à movimentação, com o
centro de gravidade um pouco mais baixo, quando
necessário um melhor domínio e mais alto, quando
conduzir em alta velocidade; distribuir a atenção na
bola, no espaço e nos demais jogadores.
2) PASSE: é um elemento técnico inerente ao
fundamento chute, que se caracteriza pelo ato de
impulsionar a bola para um companheiro.
Técnica do passe: posicionamento do corpo de
maneira favorável a sua execução; pé de apoio ao
lado (atrás ou à frente) da bola; projeção da perna
(membro inferior direito ou esquerdo) a ser
utilizada em direção à bola; toque propriamente dito
(durante a execução do movimento, o braço ajuda no
coordenação e equilíbrio).
3) CHUTE: É o ato de golpear a bola, desviando ou
dando trajetória à mesma, estando ela parada ou em
movimento.
Técnica do chute: é semelhante à técnica do passe,
sendo o objetivo das ações sua grande diferença. O
chute tem como objetivo finalizar uma ação para o
gol ou impedir o prosseguimento das ações do
adversário.
4) DRIBLE OU FINTA: é o ato que o jogador,
estando ou não em posse da bola, tenta ludibriar o
seu adversário o drible, de acordo com a sua origem
inglesa (dribbling), seria a progressão com a bola.
Entretanto, no cotidiano do futebol, o drible é
entendido como a forma de ludibriar o adversário. O
termo correto para a ação de
desvencilhar-se de um adversário seria finta, mas,
como a palavra drible tornou-se muito utilizada
neste sentido, consideraremos os dois como
sinônimos.
Técnica do drible ou finta: posicionar o corpo de
maneira favorável ao drible (ou finta) desejado;
manter a bola próxima ao corpo e o centro de
gravidade baixo, permitindo assim um melhor
domínio sobre a mesma; utilizar o tipo de toque e
movimentação adequados ao drible desejado, de
acordo com a situação; na execução do drible, a
atenção é dirigida para a movimentação do
adversário para o espaço e para a bola.
5) RECEPÇÃO: Se o aluno não consegue Ter a posse
da bola quando tenta interromper a trajetória da
mesma, dizemos que houve uma má recepção. Este
mesmo fundamento aparece na literatura como os
seguintes sinônimos: abafamento, amortecimento,
travar ou dominar a bola. Lembre-se que,
cotidianamente, o domínio de bola é entendido como
recepção. Entretanto, consideramos que o domínio
ou controle da bola
expressam um nível de referencia quanto ao
“desenvolvimento” das capacidades coordenativas de
condução e adaptação do movimento, sendo que o
domínio pode manifestar-se com mais evidencia nas
técnicas de condução, recepção e drible.
Técnicas da recepção: posicionamento do corpo de
maneira favorável a recepção, com a parte do corpo
a realizar o contato voltad0 para a bola; ao
aproximar-se da bola, amortecê-la, tentando
inicialmente, diminuir a sua velocidade, manter a
bola próxima ao corpo, favorecendo assim, o seu
domínio.
6) CABECEIO: é o ato de impulsionar a bola
utilizando a cabeça. Esse gesto técnico é bastante
utilizado durante o jogo e pode ser aplicado, tanto
para ações ofensivas como defensivas. O cabeceio
apresenta-se como uma das alternativas para a
realização de outros fundamentos, tais como: passe,
chute, recepção, etc. O cabeceio poderá ser
executado parado ou em movimento, estando ou não
em suspensão. Aconselha-se principalmente, o uso da
testa como a região da cabeça que irá realizar o
contato com a bola. Existem duas posições básicas
do tronco em relação à bola, no momento da
execução do gesto técnico: frontal ou lateral.
7) DOMINIO DE BOLA: Para receber ou dominar
(matar) a bola, podem ser usadas diferentes
partes do corpo. Estes domínios podem ser
definidos de técnicas de futebol.
1- Quando a bola vem alta, ela amortecida com um
movimento de recuo da cabeça na hora do toque.
2- Quando a bola é enviada na altura do peito,
procura-se amortecê-la com um movimento de recuo
no peito, que forma uma concavidade, ajudada com a
projeção dos braços para frente.
3- A bola rasteira, no entanto, é recebida com os
pés e, dependendo da maneira como ela chega, é
recebida pelas partes interna, externa ou pela
planta dos pés.
4- Quando a bola vem em uma altura média, abaixo
da cintura, a recepção é feita palas coxas. Condução
da bola
A bola deverá ser conduzida com o lado externo do
pé, colocada ao lado do corpo sempre em posição de
chute.
Durante uma partida de futebol, dominando a bola, o
jogador levanta a cabeça e observa a posição de
seus companheiros. Como não estão bem colocados
ou fortemente marcados, o jogador conduz a bola
em direção a meta do adversário. Mantém a cabeça
erguida para observar os companheiros e os
adversários, procurando uma oportunidade para
passar a bola.
8) FINTA Finta Muitas vezes, durante uma partida
de futebol, o jogador está conduzindo a bola e é
bloqueado por um adversário. Neste caso, a
ultrapassagem fica difícil e o jogador é obrigado a
aplicar uma finta. Já vimos que fintas são
movimentos que o jogador realiza para confundir ou
ultrapassar o adversário.
No futebol, pode ser aplicada com as partes
internas ou externas dos pés. Também pode ser
dada pelo alto ou apenas com um movimento de
corpo. Como a finta é uma maneira de desequilibrar
o adversário e passar por ele antes que tenha tempo
de se recuperar, deve ser aplicada rapidamente,
antes que perceba nossa intenção.
CAP.18 - OUTRAS VARIEDADE DO FUTEBOL
FUTSAL
O futebol de salão ou futsal é jogado entre duas
equipes de 5 jogadores cada uma, sendo um deles o
goleiro. É disputado em dois tempos de 20 minutos
cada um. Cada jogo é realizado sobre uma superfície
de material sólido com cerca de 40 por 20 metros.
As outras regras são praticamente iguais às do
futebol tradicional, com poucas diferenças, como a
ausência do impedimento e o uso dos pés para
cobrar os arremessos laterais.
Desde 1989 é realizado o Campeonato Mundial de
Futsal, equivalente à Copa do Mundo FIFA para este
desporto, que também é organizado pela FIFA.
FUTEBOL DE AREIA
Assim como o futsal, o futebol de areia possui
grandes semelhanças com o futebol tradicional.
Participam duas equipes de cinco jogadores cada
uma, sendo um deles o goleiro. Joga-se num campo
de cerca de 35 por 25 metros, que é coberto
inteiramente por areia.
Cada partida é constituída de três tempos de 12
minutos cada um e, diferentemente de outras
variantes do futebol, o tempo para quando o árbitro
marca um tiro livre, marca um pênalti ou consta que
um jogador está fazendo o tempo passar de forma
inapropriada. Todos os tiros livres são diretos e sem
barreira da equipe adversária. Se um jogador
recebe dois cartões amarelos, receberá um cartão
azul e deverá sair do campo de jogo por 2 minutos,
sem poder ser substituído por outro jogador. Se um
jogador recebe um cartão vermelho ou três
amarelos, será expulso e não poderá ser substituído
por outro. Os arremessos laterais podem ser
executados com os pés. As outras regras são
praticamente iguais às do futebol tradicional.
A competição mais importante atualmente é a Copa
do Mundo de Futebol de Areia, que é disputada
desde 1995, ainda que somente a partir de 2005 sob
a organização da FIFA.
SHOWBOL
O Showbol é muito parecido com o futsal, mas em
um campo menor. Foi criado em 2007 e, ainda que
não é muito conhecido pelo mundo, na América do
Sul ganhou muitos adeptos. A ideia foi divulgada
pelos ex-jogadores Diego Armando Maradona
(argentino) e Iván Zamorano (chileno). Basicamente
é uma espécie de "Show" a base do futebol; onde os
jogadores são reconhecidos ex-jogadores de
futebol tradicional.
Há várias seleções de Showbol, destacando-se a
argentina, a chilena, a peruana, a uruguaia, a
brasileira e a mexicana.
BOSSABALL
Outras variantes Um jogador efetua uma bicicleta
durante um jogo de bossaball na Espanha.
À parte de todas as variantes supracitadas, existem
outros desportos que possuem grandes semelhanças
com o futebol tradicional ou que mesmo combinam
aspectos de outros desportos, ainda que as regras
dos mesmos variam de acordo com o local onde são
jogados e aos meios disponíveis.
O jogo denominado bossaball ou futevôlei inflável
combina aspectos do futebol tradicional e do
voleibol. Baseado nas regras do voleibol, é jogado
sobre uma superfície de colchões infláveis e camas
elásticas, o que permite maior número de toques e
uma maior disputa pelos pontos nos saltos. Joga-se
entre duas equipes de até 5 jogadores, que devem
passar a bola por cima da rede utilizando qualquer
parte de seu corpo, mas com um número limitado de
toques.
FUTETÊNIS
O futetênis, como o nome indica, combina aspectos
do futebol tradicional e o ténis. É jogado sobre um
terreno similar ou igual ao campo de ténis, onde
cada uma das duas equipes deve passar a bola por
cima da rede utilizando a cabeça e os pés. A altura
da rede pode variar, com que o terreno poderia ser
substituído por uma quadra de voleibol.
Variações Independentes
Futebol Society: Variação jogada em campos
gramados (ou artificiais) menores, com pelo menos
sete metros de cada lado. Já existem campeonatos
amadores na América do Sul.
Futebol de Salão Fifusa: Muitíssimo parecido com
o Futsal, é decorrente de uma rixa entre a FIFA e a
FIFUSA que era a única federação internacional de
futebol de salão, As regras são consideradas mais
clássicas, tendo a bola um pouco menor e mais
pesada, entre outras diferenças.
Rush goalie: Praticado na Europa, Basicamente é um
futebol Society onde a posição de guarda-redes não
é definida podendo ser desempenhada por qualquer
um dos jogadores mas não ao mesmo tempo. Em
algumas variedades o guarda-redes temporário tem
de avisar com um grito que está assumindo a
posição.
PRATICANDO CAP.17 E 18
1) A partir de que outro esporte também
com bola podemos dizer que foi criado o futebol?
2) Explique como surgiu o futebol no
BRASIL? Destacando a criação de dois clubes de
futebol carioca flamengo e fluminense.
3) Cite 3 fundamentos do futebol, explicando
cada um deles
4) Faça uma pesquisa, onde você vai
descobrir como surgiu o seu time do coração.
5) Cite 3 outros tipos de tipos praticados
hoje de futebol.