equação vo2

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  • 8/14/2019 equao vo2

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    Artigo Original: Fitness

    367

    Copyright 2007 por Colgio Brasileiro de Atividade Fsica Sade e Esporte.

    nov/dez 2007Fit Perf J Rio de Janeiro 6 6

    Endereo para correspondncia:

    Data de Recebimento: Data de Aprovao:

    ISSN 1519-9088

    Comparao de mtodos para

    a determinao da intensidade

    do treinamento aerbico para

    indivduos jovens

    Fernando Policarpo Barbosa1

    [email protected]

    Suzet T Cabral1

    [email protected]

    Asdrbla N Montenegro Neto1

    [email protected]

    Ricardo B Mayolino2

    [email protected]

    Maria Irany Knackfuss1

    [email protected]

    Paula Roquetti Fernandes3

    [email protected]

    Ricardo W Roquetti4

    [email protected]

    Jos

    Fernandes Filho5

    jff@cobrase .org.br

    1Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN - RN2Universidade Catlica de Braslia - UCB - DF3Universidade do Grande Rio - UNIGRANRIO - RJ4Instituto de Tecnologia da Aeronutica - ITA - SP5Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ - RJ

    Laboratrio de Biocincias da Motricidade Humana - Campus Universitrio - BR 101 s/n - Lagoa Nova - Natal - RN CEP 59072-970

    RESUMO: Introduo: A determinao da intensidade dos exerccios aerbicos tem como referenciais o limiar anaerbico e

    o ponto de compensao respiratrio. Esses marcadores fisiolgicos, em geral, esto situados aproximadamente a 50% e 80%

    do consumo mximo de oxignio (VO2mx

    ), respectivamente. O presente estudo teve por objetivo comparar os percentuais de

    50%, 60%, 70% e 80%, calculados pelas equaes FCR e VO2R com os percentuais de correspondncia do VO

    2mxem indivduos

    jovens ativos. Materiais e Mtodos: Foram avaliados 11 homens e 10 mulheres com 21,432,82 anos, massa corporal de

    64,8612,17kg e estatura de 170,059,12cm, que foram submetidos a teste de esforo incremental em esteira rolante com

    analise direta de gases de circuito aberto at a exausto. Resultados: as intensidades estudadas apresentaram diferena signi-

    ficativa (p>0,05) para todos os percentuais do VO2mx

    . Os valores calculados pela FCR subestimaram as intensidades, enquanto

    as intensidades determinadas pelo VO2R tenderam a superestimar. Concluso: Conclui-se que os dois mtodos para a determi-

    nao das intensidades de treinamento aerbico necessitam de ajustes nas equaes, em razo das diferenas observadas para

    os percentuais do VO2mx

    .

    Palavras-chave: consumo de oxignio, freqncia cardaca, teste cardiorrespiratrio.

    Maro / 2007 Agosto / 2007

    Barbosa FP, Montenegro Neto AN, Mayolino RB, Knackfuss MI, Fernandes PR, Roquetti RW. Comparao de mtodos para a deter-minao da intensidade do treinamento aerbico para indivduos jovens . Fit Perf J. 2007;6(6):367-70.

    367-70

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    ABSTRACT

    Comparison of methods for the determination of the intensity of the

    aerobic training for young individuals

    Introduction: In order to determine the intensity of aerobic exercises, the

    anaerobic threshold and the respiratory compensation are used as a reference.

    These physiological markers are generally located at nearly 50% and 80% of

    the maximum oxygen uptake (VO2max

    ). Objective: to compare the percentages

    of 50%, 60%, 70% and 80% calculated through the HRR and VO 2R equa-tions corresponding to the oxygen consumption obtained by using the direct

    method. Materials and Methods: the sample was composed of 11 men and 10

    women: aged 21.432.82 years, body weight, 64.8612.17kg, and stature,

    170.059.12cm, performing the maximum treadmill test and the oxygen

    consumption obtained by a metabolic analyzer. To determine the percentages,

    we used the mean values corresponding to the studied intensities according to

    the respective time interval relative to the percentage of oxygen consumption.

    Results: The measured intensities showed some significant difference (p>0.05)

    for all reference values. The mean values calculated by HRR showed a tendency

    to underestimate the intensities, while the values calculated by VO2R showed a

    tendency to overestimate the intensities. Conclusion: both intensity determination

    methods of aerobic training showed some significant difference, but they need

    to be adjusted in the equations. Thus, it is recommended the use of HRR in the

    determination of the intensities.

    Keywords: oxygen consumption, heart rate, aerobic exercise.

    RESUMEN

    Comparacin de mtodos para la determinacin de la intensidad del

    entrenamiento aerbico para individuos jvenes

    Introduccin: La determinacin de la intensidad de los ejercicios aerbicos tiene

    como referenciales el umbral anaerbico y el punto de compensacin respiratorio.

    Esos marcadores fisiolgicos, en general, estn situados aproximadamente a 50%

    y 80% del consumo mximo de oxgeno (VO2mx

    ), respectivamente. El presente

    estudio tuvo por objetivo comparar los porcentuales del 50%, 60%, 70% y 80%,calculados por las ecuaciones FCR y VO

    2R con los porcentuales de corresponden-

    cia del VO2mx

    en individuos jvenes activos. Materiales y Mtodos: Fueron

    evaluados 11 hombres y 10 mujeres con 21,432,82 aos, masa corporal de

    64,8612,17kg y estatura de 170,059,12cm, que fueron sometidos a test de

    esfuerzo incremental en esteira rodante con analice directa de gases de circuito

    abierto hasta el agotamiento.Resultados: las intensidades estudiadas presen-

    taron diferencia significativa (p>0,05) para todos los porcentuales del VO2mx

    .

    Los valores calculados por la FCR subestimaron las intensidades, mientras las

    intensidades determinadas por el VO2R tendieron a superestimar. Conclusin:

    Se concluye que los dos mtodos para la determinacin de las intensidades de

    entrenamiento aerbico necesitan de ajustes en las ecuaciones, en razn de las

    diferencias observadas para los porcentuales del VO2mx

    .

    Palabras clave: consumo de oxgeno, frecuencia cardaca, test cardior-

    respiratorio.

    INTRODUO

    Segundo as diretrizes do American College of Sports Medicine(ACSM)1 de 1998, a determinao dos exerccios fsicos deve estarfundamentada em parmetros funcionais que permitam adequaodas cargas de treinamento ao nvel de aptido fsica do indivduo.

    Geralmente as intensidades so determinadas por mtodos indi-retos2,3,4,5,6,7. No final dcada de noventa, incorporado s dire-trizes do ACSM o mtodo indireto, que recomenda a utilizao da

    reserva do consumo de oxignio (VO2R)8. Estando essa, adequadapara a determinao das intensidades dos exerccios aerbicospara indivduos sedentrios e/ou grupos especiais. No entanto,estudos posteriores em indivduos ativos9 e em cardiopatas11,apresentam divergncias. Swain et al.11 citam que os percentuaisdo VO2R apresentam melhor equivalncia com os percentuais dafreqncia cardaca de reserva (FCR), contrapondo-se aos estudosanteriores que descrevem a correlao entre os percentuais do

    VO2mx e os percentuais estimados pela FCR12. O propsito do

    presente estudo comparar a freqncia cardaca relativa aospercentuais de 50%, 60%, 70% e 80% do VO2mx com a freqnciacardaca correspondente, calculada pelos mtodos indiretos do

    VO2R e da FCR em indivduos ativos saudveis.

    MATERIAIS E MTODOS

    Esta pesquisa tem uma caracterstica transversal de abordagem des-critiva comparativa13, visando verificar a relao entre mtodos indi-retos na determinao da intensidade de exerccio aerbico, tendocomo referncia os %VO2mx obtidos em teste de esforo mximoincremental com anlise direta de gases. Foram selecionados 21voluntrios acadmicos do curso de Educao Fsica, 11 homense 10 mulheres, saudveis, engajados em programas semanaisde exerccios fsicos com intensidade de moderada a vigorosa. A

    seleo foi feita por meio de questionrio, onde se adotou comocritrio de incluso os indivduos que no relataram problemas desade. Os voluntrios receberam as informaes referentes aosriscos envolvidos na realizao do teste de esforo mximo e foramconvidados a assinar o termo de consentimento livre e esclarecidode participao, em conformidade com a Resoluo n. 196 de1996 do Conselho Nacional de Sade. Este estudo foi aprovado

    pelo Comit de tica da Universidade Castelo Branco.Todos os voluntrios foram submetidos ao eletrocardiograma derepouso (ECG), visando verificar possveis distrbios cardacos.Para tanto, os indivduos permaneceram deitados por 5min, sendoaferida a presso arterial de repouso em seguida. Para tanto,utilizou-se o esfigmomanmetro Becton Dickinson. O ECGfoi realizado pelo eletrocardiograma MARQUETTE HELLIGE,Medical Sistems, modelo CardioSmart verso 3.0 CS-MI. Apso exame clnico, os voluntrios foram liberados pelo mdico.

    A determinao da massa corporal foi efetuada por meio dabalana digital Toledo, com acuidade de 50g. A mensuraoda estatura foi feita pelo estadimetro Country Tecnology modelo67034 (INC, Gays Mills, Wl) com escala em cm.

    Para determinao do VO2mx

    , os voluntrios foram submetidosa um teste de esforo incremental em uma esteira rolante mo-delo Super ATL da (Inbramed, Porto Alegre, RS), com velocidadeinicial de 4 km/h para uma inclinao igual a 0% e velocidadefinal de 16 km/h para uma inclinao de 6%, sendo o intervaloentre os estgios de 1min. Para anlise das trocas respiratriasutilizou-se o analizador VO2000 (Aerosport Medgraphics USA), com coletas e anlise dos gases expirados realizadas nointervalo de tempo de 10s. O analisador de gases foi calibradoantes dos testes com um gs de composio conhecida (17%de O2 e 5% de CO2), com balano de nitrognio, seguindo as

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    especificaes do fabricante. Para a monitorizao da freqnciacardaca utilizou-se o eletrocardiograma da Micromed em umcanal CM5. Tanto a esteira rolante, quanto o analisador de gasese o eletrocardiograma estavam conectados e controlados pelosoftware ERGOPC Elite verso 2.0 da Micromed.

    Para anlise das possveis diferenas entre os percentuais estudados,foram adotados os seguintes tratamentos estatsticos: a) teste deanlise de varincia One-Way ANOVA com o post-hoc de Tukey; c)correlao de Pearson; e d) analise dos escores residuais de Blande Altman e do erro padro de estimativa (EPE). Usou-se um nvelde significncia de p0,05). Os percentuais calcula-dos pela FCR subestimaram as intensidades, enquanto que osdeterminados pelo VO2R passaram a superestimar os intervalosestudados. Os percentuais calculados pela FCR mantiveram-sedentro do mesmo intervalo de confiana para 95% dos valoresde referncia FC_VO2, enquanto todos os intervalos calculadospelo VO2R encontravam-se acima do intervalo de confiana (Ta-bela 2). Sendo o comportamento confirmado pelo erro constante

    Tabela 1 - Caractersticas gerais da amostra (n=21)

    homens mulheres

    idade (anos) 22,452,07 20,303,20

    estatura (cm) 176,725,61 162,716,03

    massa corporal (kg) 73,5810,07 55,274,62

    IMC (kg/m2

    ) 23,331,96 20,741,19FC repouso (bpm) 7611,50 82,904,70

    Ventilao mx (L) 170,7323,00 104,1513,85

    VO2mx (ml.kg-1.min-1) 60,998,42 50,583,74

    FCmx (bpm) 193,828,59 194,806,32

    Tabela 2 - Caractersticas fisiolgicas de repouso e de esforo da amostra (n=21)

    intervalo de confiana 95%mdiadp EPE limite inferior limite superior

    50% VO2 (ml.kg-1.min-1) 28,032,17 -----50% VO2R (ml.kg-1.min-1)FC_VO2_50% (bpm) 143,010,1 2,2 138,4 147,5FCR_50% (bpm) 136,65,3 1,2 134,2 139,0

    VO2R_50% (bpm) 148,911,7 2,6 140,1 145,560% VO2 (ml.kg-1.min-1) 33,625,03 -----60% VO2R (ml.kg-1.min-1)FC_VO2_60% (bpm) 155,410,0 2,2 150,9 160,0FCR_60% (bpm) 148,15,4** 1,2 145,7 150,6FC_VO2R_60% (bpm) 158,911,2** 2,4 153,8 164,070% VO2 (ml.kg-1.min-1) 39,225,87 -----70% VO2R (ml.kg-1.min-1)FC_VO2_70% (bpm) 165,78,7 1,9 161,7 169,6

    FCR_70% (bpm) 159,75,7** 1,2 157,1 162,3FC_VO2R_70% (bpm) 168,69,3** 2,0 164,4 172,880% VO2 (ml.kg-1.min-1) 44,836,70 -----80% VO2R (ml.kg-1.min-1)FC_VO2_80% (bpm) 176,58,0 1,8 172,9 180,2FCR_80% (bpm) 171,26,2 1,3 168,4 174,0FC_VO2R_80% (bpm) 178,59,1 2,0 174,3 182,6

    VO2

    (ml.kg-1.min-1) = consumo de oxignio relativo; FC_VO2

    = freqncia cardaca relativa ao consumo de oxignio intensidade; FCR = freqnciacardaca de reserva relativa a intensidade; FC_VO

    2R = freqncia cardaca relativa ao consumo de oxignio de reserva intensidade; dp = desvio padro;

    EPE = erro padro de estimativa; ** p>0,001.

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    calculado pelos escores residuais onde, em mdia, os percentuais

    calculados pelo mtodo da FCR apresentam uma diferena de 6bpm e os calculados pelo VO

    2R em -4 bpm.

    O resultado do EPE da mdia, observado para os percentuaisestudados, foi inferior a 10 bpm quando estimado pelo mtododo VO

    2R (EPE=2 bpm) e, para os percentuais calculados pelo

    mtodo FCR, foi de 1 bpm em mdia, demonstrando uma boaestimativa (Tabela 2). Tanto os percentuais do VO

    2mxquanto

    os percentuais do VO2R apresentaram correlao significativa

    com os percentuais da FCR. No entanto, os resultados foram demoderado a forte, pois os resultados estatsticos oscilaram emtorno de r=0,56 a r=0,61 para p

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    Copyright 2007 por Colgio Brasileiro de Atividade Fsica Sade e Esporte.

    nov/dez 2007Fit Perf J Rio de Janeiro 6 6

    Endereo para correspondncia:

    Data de Recebimento: Data de Aprovao:

    ISSN 1519-9088

    Correlao entre o consumo mximo

    de oxignio de idosos obtido por

    mensuraes indiretas com e sem

    exerccio fsico

    Alberito Rodrigo de Carvalho1, 2

    [email protected]

    Aline Tais Salvatti1

    [email protected]

    Michelle Guiot Mesquita3

    [email protected]

    Ana Cristina Lopes Y Glria Barreto3

    [email protected]

    Arnaldo Tenrio da Cunha Jr5

    [email protected]

    Estlio Henrique Martin Dantas3

    [email protected]

    1

    Universidade Estadual do Oeste do Paran - UNIOESTE - PR2Universidade Paranaense - UNIPAR - PR3Universidade Castelo Branco - UCB - RJ5Universidade do Contestado - UnC - PR

    Clnica Escola de Fisioterapia da UNIPAR Av Santos Dumont, 2171 - Centro - Toledo - PR CEP 85900-010

    RESUMO: Objetivos: Correlacionar o consumo mximo de oxignio (VO2mx) de idosos, estimado pelo teste de esforo

    (TE), com outro estimado por um modelo sem exerccio, observando a concordncia entre os mtodos. Materiais e Mtodos: A

    amostra comps-se por 150 idosos, de ambos os sexos, com mdia de idade de 67,15,11 anos. Foram includos na amostra

    os voluntrios encaminhados para realizao do teste de esforo pelo Protocolo de Bruce e foram excludos aqueles que no

    realizaram o teste de esforo em conseqncia de contra-indicaes para tal, bem como os indivduos com comprometimento

    cognitivo. O VO2mx foi ento predito, sem exerccio atravs da aplicao de um questionrio que se baseou nos dados clnicos

    coletados rotineiramente, sendo estes: idade, peso, ndice de massa corprea, freqncia cardaca de repouso e atividade fsica

    auto-relatada. Posteriormente realizou-se o teste de esforo com o mdico responsvel. A correlao foi realizada atravs do teste

    Spearman Rank Correlation (=0,05) e o nvel de concordncia atravs do teste de Kappa. Resultados: Encontrou-se correlao

    alta (r=0,77) e concordncia geral fraca (Kappa=0,292). Concluses: Conclui-se que houve correlao entre os 2 instrumentos

    de predio de VO2mx e houve fraca concordncia geral entre eles.

    Palavras-chave: teste de esforo, consumo de oxignio, aptido fsica.

    Setembro / 2007 Novembro / 2007

    371-6

    De Carvalho AR, Salvatti AT, Mesquita MG, Barreto ACLG, Cunha Jr AT, Dantas EHM. Correlao entre o consumo mximo de oxignio de idososobtido por mensuraes indiretas com e sem exerccio fsico . Fit Perf J. 2007;6(6):371-6.