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espaço solidario Obra Diocesana de Promoção Social Ano VI . n.º25 . Trimestral . Dezembro 2011 pessoas a sentirem pessoas CUSTO: 0,01€

espaço solidario · 2016. 2. 25. · 06 - Natal 2011 Confhic 07 - A vida, percurso de aprendizagem Américo Ribeiro 08 - Visita Secretário de Estado da Solidariedade Social João

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espaçosolidarioObra Diocesana de Promoção SocialAno VI . n.º25 . Trimestral . Dezembro 2011

pessoas a sentirem pessoas

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: 0,0

1€

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Obra em 3D

dignidade,determinaçãoe dinamismo

Obra Diocesana de Promoção Social2

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3Ano VI . n.º25 . Trimestral . Dezembro 2011

Ficha Técnica

Administração: Américo Ribeiro, Helena Costa Almeida, Rui Cunha, Manuel Amial e Pedro PimentaDirecção/Redacção: Manuel Pereira AmialPropriedade/Editor: Obra Diocesana de Promoção SocialColaboradores: A. Pronzato, Américo Ribeiro, Ângelo Santos, António Veiga, Aurora Rouxinol, Belmiro Teixeira, Bernardino Chamusca, Chefe Hélio Loureiro, Confhic, Cónego Rui Osório, D. João Lavrador, D. João Miranda, D. Manuel Clemente, D. Manuel Martins, D. Pio Alves, Dra. Maria Barroso Soares, Filipa Martins, Filomena Semana, Frei Bernardo Domingues, João Alves Dias, João Pratas, Manuel Amial, Manuel Tavares, Manuela Botelho, Margarida Aguiar, Maria Amélia Rhotes, Maria Anjos Pacheco, Maria Isabel Cristina Vieira, Maria Lurdes Regedor, Maria Teresa Carvalho Lobão, Maria Teresa Souza-Cardoso, Monsenhor Victor Feytor Pinto, Mónica Taipa Carvalho, Padre Dr. Américo Aguiar, Padre Jardim Moreira, Padre José Maia, Padre Lino Maia, Padre Mário Salgueirinho, Paulo Lapa, Pedro Moreira, Pedro Pimenta, Pedro Rhotes, Professor Daniel Serrão, Professor Eugénio da Fonseca, Professor Francisco Carvalho Guerra, Ricardo Azevedo, Rosa Maria Seabra, Sara Cardoso, Susana Carvalho e Tânia Pinto. Gráfica - Lusoimpress, Artes Graficas, Lda.; www.lusoimpress.comPeriodicidade (2008): Trimestral; Tiragem 4.000 ex.; NIPC: 500849404; Depósito legal: 237275/06; Marca nacional: 398706; Registo ICS: 124901; Sócio AIC: 262; Sócio APDSI: 1000005; Postos de Difusão Porto: Casa Diocesana de Vilar; Edições Salesianas, Fundação Voz Portucalense, Livraria Fátima, Paulinas Multimédia, Ermesinde-Casa da JuventudeSede: Serviços Centrais da ODPS, R. D. Manuel II, 14, 4050-372 PORTO

Contactos: URL Geral: www.odps.org.pt; Mail: [email protected]; Telef. 223 393 040/ Fax. 222 086 555

04 - Editorial Manuel Amial

05 - Mensagem do Bispo do Porto Sua Revª. D. Manuel Clemente

06 - Natal 2011 Confhic

07 - A vida, percurso de aprendizagem Américo Ribeiro

08 - Visita Secretário de Estado da Solidariedade Social João Pratas

09 - Corresponsabilidade na Esperança Padre Lino Maia

10 - As complexidades do diálogo Professor Daniel Serrão

12 - Obras de misericórdia Sua Reverendíssima D. Pio Alves

14 - Visita SER D. Pio Alves, Bispo Auxiliar do Porto João Pratas/Mónica Taipa de Carvalho

16 - Ser capaz aos 101 anos... Isabel Cristina Vieira

18 - Ano 2011 - Ano do Despertar Consciências Conselho de Administração

19 - Todos iguais... Todos diferentes Pedro Pimenta

20 - Ceia de Natal João Pratas/Mónica Taipa de Carvalho

26 - Festa de Natal dos Filhos dos Colaboradores da ODPS João Pratas/Mónica Taipa de Carvalho

28 - Nós acreditamos Maria Teresa Souza-Cardoso

32 - do nosso tempo Frei Bernardo Domingues, OP

34 - Mensagens Espaço Solidário…

35 - Amigos em crescendo!

Sumário

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4 Obra Diocesana de Promoção Social

EditorialNesta quadra natalícia os nossos corações estão ainda mais sensíveis às

necessidades dos nossos irmãos que sofrem as agruras da vida, como a fome e

a solidão.

Felizmente que as instituições particulares de solidariedade social, como

a Obra Diocesana de Promoção Social, têm um papel cada vez mais activo e

reconhecido para ajudar quem precisa, muitas vezes recorrendo à generosidade

dos cidadãos.

A União Europeia ao declarar o ano de 2011 como “Ano Europeu das Acti-

vidades Voluntárias que Promovam uma Cidadania Activa”, deu um forte estímulo

às atitudes cívicas que promovam o bem-estar social.

é importante transmitir também uma mensagem de amor, de vida e de esperança.

Como que o acender de uma luz que ilumine o coração das pessoas e lhe aponte

o caminho da paz e de uma esperança renovada.

Se conseguirmos isso, estaremos a interpretar o verdadeiro espírito de

Natal!

Manuel Amial

SEJAMOS SOLIDÁRIOS NA ESPERANÇA!

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O que podemos dizer, como mensagem,

aos membros da Obra Diocesana, neste Natal

2011, particularmente difícil para tanta gente?

Precisamente o que Deus nos disse há dois

milénios, no Natal do seu Filho neste mundo:

que está connosco, fazendo-se um de

nós compartilhando esta vida no que

A Obra é Diocesana, quer dizer da Igreja,

quer dizer de Cristo.

Digamos que é uma maneira particularmente opor-

cada Centro da Obra, transformado em presépio vivo.

Aí mesmo, onde acorrem novos pastores e magos,

nas pessoas que a Obra acolhe e serve, na Caridade de

Cristo.

Isto mesmo desejo: que cada Centro da

Obra seja um presépio vivo nesta nova Belém

E o Natal será todos os dias!

Convosco sempre,

+ Manuel Clemente

Mensagem D. Manuel ClementeBispo do Porto

5Ano VI . n.º25 . Trimestral . Dezembro 2011

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Obra Diocesana de Promoção Social6

CONFHICCongregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras Imaculada Conceição

Natal 2011

Espaços vivos!Para que a salvação acontecesse,

o que fez Deus senão procurar espaços vivos?

A Virgem de Nazaré foi este espaço

humano e divino,

dócil ao Espírito,

tornado Sim ao mistério da Encarnação de Deus.

Belém viu-a entrar,

mas… depois…

é Deus à procura do homem,

que ousa recusar o lugar!

O Natal, este tempo forte de procura,

faz emergir no mais íntimo de nós

a pergunta inquietante:

Onde está Deus?

Onde está o Deus que veio,

onde está o Deus que vem!

O Natal pede uma atitude:

que nos inclinemos

diante do mistério imenso de um Deus-Homem

e Homem-Deus

respeitador absoluto da liberdade oferecida

e jamais retirada!

Emanuel! O Deus connosco!

É o Deus que vem comunicar à humanidade,

a grandeza do Seu e do nosso mistério

e a Sua inédita forma de amar!

Natal!

Deus vem, amando…

e abre páginas novas, em cada vida,

o espaço vivo da Sua procura!

Vós sabeis...

Vós sabeis do acontecimento que se espalhou por toda a

Judeia

sobre Jesus de Nazaré, a quem Deus ungiu pelo Espírito, e

que passou pela terra fazendo o bem!

E nós somos testemunhas das suas obras! [Act.10, 37]

Esta é que é a grande notícia:

Jesus vem e revela-nos o amor de Deus

e como Deus entra no nosso mundo…

amando e propondo páginas novas para a vida de todos!

Sejamos neste Natal e em cada dia do Ano Novo, o

espaço vivo da Sua visita!

Um Novo e Feliz NatalNatal do Senhor 2011

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A vida, percurso de aprendizagem

Américo RibeiroPresidente do Conselho de Administração da ODPS

A vida é uma viagem de pro-

postas de sabedoria com incontáveis

contrastes de organização e reorgani-

zação, barreiras acessíveis e comple-

-

tes, desinteressantes, motivadores e

dolorosos, aventuras dignas de des-

crição e compartilha e aventuras, que

carecem de ser guardadas, para todo

o sempre, na “caixinha” individual dos

segredos e colocadas na memória

existencial para não serem facilmente

lidas e recordadas.

É um projecto de permanente

aprendizagem nos diferentes âmbitos

da existência humana: física, pessoal,

emocional e afectiva, social, moral e

-

gica… Uma nascente de crescimento

pluridimensional para favorecer, cons-

ciente e responsavelmente, o volume da

bagagem do Ser

-

tante da viagem, e o que nos acompa-

nhará um dia, quando esta chegar ao

A vida é um livro aberto e fe-

chado onde se encontram as histórias

da história, umas lindas e memoráveis,

outras carregadas de sede de justi-

sempre cores vivas e fortes, porque

os erros, os defeitos, as desventuras…

são também factores de alegria e re-

vigoramento, fazendo alertar e alterar

ou adequar procedimentos, comporta-

É uma montanha maravilhosa,

cujo cume oferece a contemplação

da mais bela paisagem natural e hu-

manizada e, por isso mesmo, tem de

ser escalada, mas contam os sonhos,

os sorrisos, o esforço e a ajuda, a de-

terminação e a compreensão, a deci-

são e a persistência, a tolerância e a

apreciação do belo, o elogio e a críti-

ca construtiva, o questionamento, a

responsabilidade e a criatividade, o

autoconhecimento e a humildade, a

capacidade de brincar e transcender

cada acontecimento, a alma do querer

o bem e somente o bem na sua ampla

abrangência.

Aprendemos, continuamente, e

a vida com semente e fruto ensina-nos

que devemos ser pessoas abertas e

onde o mal não possa ter qualquer tipo

de guarida e onde a contribuição das

ciências do comportamento valendo-

-se da razão, emoção e da intuição nos

dizem que é preciso aprofundar o auto-

conhecimento para atingir a maturida-

de, que nos faz ser pessoas.

Está ao nosso alcance, se o

quisermos, um equilíbrio físico, mental

e espiritual, áreas que não se podem

dissociar nem truncar, pois são a totali-

dade que constitui o ser humano.

Uma vida integral depende de

cada um de nós e traduz-se na sabe-

doria que se usa no quotidiano, sinóni-

mo de competência, de competências.

Um acto fundamental é desco-

brir a beleza daquele, disto, daquilo, de

tudo… e reconhecer a gratidão pelo

exercício do olhar, do achar e do fazer

por si próprio e pelos outros!

Momento do Presidente

7Ano VI . n.º25 . Trimestral . Dezembro 2011

Uma vida integral depende de cada um de nós e traduz-se na sabedoria que se usa no quotidiano, sinónimo de competência, de competências.

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Obra Diocesana de Promoção Social8

João Miguel PratasDirector do Economato, Logística e ManutençãoNutricionista

Visita do Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança social

Num momento de reconheci-

mento e honra, a Obra Diocesana de

Promoção Social foi visitada, no dia 23

de Dezembro, por Sua Excelência Dr.

Marco António Costa, Secretário de

Estado da Solidariedade e Segurança

Social.

O Secretário de Estado pôde

observar, bem de perto, a realidade do

apoio social prestado pela Instituição

numa visita ao seu Centro Social da

Pasteleira. Crianças e idosos recebe-

ram este governante com um sorriso

e com uma alegria conta-giante, que

tornou ainda mais especial a quadra

natalícia. O Dr. Marco António Costa

fez questão de cumprimentar todos

os colaboradores e clientes e, num

expressivo gesto de proximidade,

chegou mesmo a partilhar algumas

brincadeiras com os mais novos.

Acompanharam a visita a Dr.ª

Andreia Neto, Deputada da Assem-

bleia da República pelo distrito do

Porto; o Dr. Manuel Sampaio Pimentel

e a Dr.ª Ana Cristina Venâncio, respec-

tivamente Director e Directora Adjunta

do Centro Distrital do Porto do Institu-

to da Segurança Social; e ainda a Dr.ª

Gabriela Queiroz, Presidente da Junta

de Freguesia de Lordelo do Ouro.

que é seu desígnio estabelecer con-

tactos directos com as instituições,

dado que pretende “perceber o que

se está a passar no terreno”. Por seu

lado, o Senhor Américo Ribeiro, Pre-

sidente do Conselho de Administra-

ção da Obra Diocesana, agradeceu a

disponibilidade do Dr. Marco António

Costa, reconhecendo que esta visita

era bastante motivadora para quem

dirige a Instituição, para os seus clien-

tes e colaboradores.

Num momento alto desta dig-

-

tado assinou o Livro de Honra da Ins-

tituição, aí deixando gentis palavras

de incentivo à acção solidária da Obra

Diocesana, elogiando “a força de uma

vontade férrea de socialmente servir”,

que possibilita que o “bem-estar seja

uma palavra com sentido na vida das

crianças, jovens e seniores”. Concluiu,

-

balho organizativo” realizado na Insti-

tuição.

A concluir a visita, o Senhor

Américo Ribeiro ofereceu ao Dr. Mar-

co António Costa uma imagem de

Nossa Senhora em cristal, ex-líbris da

Obra Diocesana.

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Corresponsabilidade na esperança

Com a sua gravidade chocan-

te, a crise actual veio tornar ainda mais

visíveis dramas sociais já antigos e

provocar outros que pareciam de todo

improváveis. A crise não só tornou

mais patentes as grandes carências

de pessoas e famílias, já pobres e ex-

cluídas, como aumentou, gravemente,

o número dessas pessoas que, por via

do desemprego, perderam os seus

níveis de rendimento e o seu estatuto

social, caindo em situações que, ou-

trora, não imaginavam possíveis. Por

esse ou outros motivos, mas sobre-

tudo por esse, aumentou, a um nível

preocupante, o número dos “novos

pobres” forçados à humilhação de se

exporem, uma situação que muitos

de superar.

Corresponsabilidade, na espe-

em cada dia.

Na verdade, todos somos cor-

responsáveis, em maior ou menor

grau, pelas causas da crise e pela sua

superação.

Na corresponsabilidade as-

sumida constrói-se a esperança e

às gerações futuras.

Na construção da esperança,

todas as políticas e todas as actuações

dos agentes políticos, económicos,

sociais e culturais são chamadas a in-

tervir. Tendo em conta várias tomadas

de posição, salientam-se, entre essas

políticas e actuações, as que dizem

particularmente respeito: à regulação

justa da economia e dos mercados

Europeia (UE) e nacional; à manuten-

ção, aprofundamento e adaptação do

«modelo social europeu» e do Estado

social; à estratégia de desenvolvimen-

to para toda a UE e, especialmente,

para o nosso país; ao combate às de-

sigualdades sociais e esforço sistemá-

tico para a erradicação da pobreza; à

promoção do desenvolvimento local e

lucrativos, e ao desenvolvimento da

democracia económica; à reforma do

conceito de empresa, nomeadamente

nas vertentes da participação interna

e da responsabilidade social, salva-

guardando sempre o cumprimento da

legislação; à interacção crescente e

sadia dos sectores público, privado e

cooperativo e social.

Todos os cidadãos, suas ins-

tituições, empresas e outras organi-

zações são sujeitos activos e desti-

natários da corresponsabilidade; e

a pessoa humana no centro das suas

motivações.

Defende-se a criação de uma

cadeia solidária de protecção social,

com esta ou outra designação. Não

se vê, nela, mais uma prestação do

sistema de segurança social, mas sim

um dinamismo permanente de soli-

dariedade local e nacional. Baseada

Padre Lino Maia

nas relações informais e institucionais,

esta cadeia solidária teria como cen-

tro cada pessoa e família carenciadas;

-

árias da acção local, reforçada pela

nacional.

A gravidade extrema da crise

actual e a nossa corresponsabilidade

perante ela tornam imperioso que o

diálogo social, a negociação colectiva

e a concertação desempenhem um

papel fundamental em todos os níveis

e sectores. Será através do diálogo,

da negociação e da concertação que

os diferentes interesses e pontos de

vista procederão ao esclarecimento

mútuo e à procura dos entendimen-

tos possíveis. Quanto mais se avançar

nesta procura de entendimentos e se

preservar o respeito mútuo, mais se

viabiliza a superação da crise e do de-

senvolvimento integral.

9Ano VI . n.º25 . Trimestral . Dezembro 2011

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Obra Diocesana de Promoção Social10

As complexidades do diálogo

Professor Daniel Serrão

1. De que estamos a falar quando fa-

lamos de diálogo?

Falamos de uma relação en-

tre pessoas. A relação entre institui-

ções ou países é sempre, em última

análise, uma relação entre pessoas.

Nos tempos actuais a relação entre a

Alemanha e a Grécia era um diálogo

entre Ângela Merkel e Papandreou.

Porque estas pessoas representa-

vam os países que cada um dirigia.

Como relação entre pessoas,

o diálogo tem de acontecer em clima

ético. Ou seja, tem de respeitar as

normas éticas fundamentais no rela-

cionamento interpessoal.

Desde logo, a verdade, pois

um diálogo sem verdade é um falso

diálogo. Cada pessoa que inicia uma

relação dialogal com outra pessoa

tem de fazer um esforço virtuoso

para saber qual é a verdade das suas

Mesmo o diálogo para comprar e

vender tem de ter este pressuposto

da verdade. Como diz o nosso Povo

não se pode vender gato por lebre.

Porque é uma mentira. Fernando

Pessoa escreveu ”detesto a mentira

porque é uma inexactidão” e estava

certo. Mesmo que não se coloque

a questão moral da obrigação de

sempre se falar verdade, a mentira

tem este componente de inexactidão

que a torna repugnante a um espírito

lógico. Apenas lógico, pois já basta

para a condenar.

Esta é a primeira comple-

xidade do diálogo interpessoal

Depois espera-se que, no

diálogo, os dialogantes se saibam

ouvir e compreender um ao outro.

Para conseguir este objectivo do

bom diálogo é necessária a virtude

da honestidade intelectual. Quem vai

para um diálogo munido de certezas

absolutas e de convicções imutáveis

não tem condições básicas para dia-

logar.

Quero dizer, com esta frase

-

De forma nenhuma. O que

como verdadeiramente absoluta

uma sua convicção tem o dever de a

apresentar ao outro com humildade

e sem a arrogância de quem sabe

tudo, de quem não tem dúvidas e de

quem exige que o outro se submeta

às suas convicções pessoais.

A verdade é oferecida ao ou-

tro como um fruto maravilhoso que

o outro acabará por gostar de expe-

rimentar e depois saborear. Não é

imposta como um alimento qualquer

que o outro é obrigado a comer, gos-

te ou não goste.

No campo religioso, onde a

Fé é um dado absoluto da consciên-

cia individual, gerou-se, no tempo,

uma linha de intransigência e funda-

mentalismo, em que os que tinham

Fé a impunham a todos os outros,

vidas “indignas de serem vividas” Foi

o que aconteceu no nosso tempo

em que o nazismo, uma fé política

na superioridade de um Povo, levou

à morte de milhões de seres huma-

nos. Mortes que não podem nunca

ser esquecidas.

Na Igreja Católica, outrora

acusada de fundamentalista, desa-

brochou um poderoso movimento

de diálogo ecuménico - que é como

quem diz universal - com os crentes,

que têm em comum muitas verten-

tes da Fé num Deus único, mas di-

vergem nas formas de o reconhecer

no mundo ou de o honrar em rituais

litúrgicos. Este movimento não pode,

contudo, ser só das hierarquias; tem

de ser igualmente das consciências

dos crentes. O ódio ao “Judeu”, ali-

mentado durante séculos e que ain-

da em 1506 levou a uma cruel ma-

tança de judeus, homens, mulheres

e crianças, em Lisboa por um motivo

fútil, vai terminando em todas as Co-

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11Ano VI . n.º25 . Trimestral . Dezembro 2011

munidades cristãs; e o povo hebrai-

co foi reconhecido por João Paulo II

e por Bento XVI como o Povo esco-

lhido por Deus para que nele e por

ele, em Jesus de Nazaré, se concre-

tizasse a promessa de salvação dos

seres humanos em paz e neste mun-

do. Não queiram alguns católicos

serem mais papistas que os Papas.

A honestidade intelectual

é a segunda complexidade do di-

álogo interpessoal

Finalmente não haverá diá-

logo efectivo se não houver sinceri-

dade na busca de um ponto de en-

contro.

Se os que partem para o diá-

logo não desejam limar arestas mas

cada um forçar o outro, esconden-

do, ambos, estas suas intenções, o

diálogo é uma farsa e não conduzirá

nunca a nenhum resultado. É o que

muitas vezes sucede no diálogo po-

lítico, quer de política geral, quer de

política laboral. O que tantas vezes

vemos à nossa volta, em especial

nestes tempos difíceis que se vivem

me Portugal, é a suprema hipocrisia

de uns e de outros, às vezes rotulada

de diálogo. Do qual, seguramente,

nada resulta

A sinceridade no diálogo

interpessoal é a terceira complexi-

2. Poderia enunciar outras

complexidades. Mas estas bastam

-

logo é difícil mas é necessário. Con-

frontar opiniões, pontos de vista ou,

mesmo, convicções é importante,

como garantia da paz social.

O diálogo é o terreno apro-

priado para este confronto. Mas tem

de ser ético. Tem de acontecer na

verdade, na honestidade intelectual

e na sinceridade humana.

O diálogo verdadeiro, hones-

to e sincero dá sempre resultados

positivos.

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Obras de misericórdia

Ao longo de três dias das úl-

timas semanas tive a oportunidade,

por amável convite do Presidente

do Conselho de Administração da

Obra Diocesana de Promoção Social

(ODPS), Senhor Américo Ribeiro, de

visitar todos os centros da ODPS:

Obra da responsabilidade da Diocese

do Porto. Para quem, como eu, tinha

apenas um conhecimento sumário da

Instituição, tratou-se de uma grata re-

velação: pela sua extensão, pela sua

qualidade.

São ao todo 12 Centros, re-

partidos pela cidade do Porto e sua

periferia com presença na generalida-

de dos chamados bairros sociais. Em

geral, em instalações cedidas pela

Câmara Municipal do Porto, as res-

postas cobrem as valências de cre-

che, pré-escolar, CATL, CAFAP, cen-

tro de dia, centro de convívio, apoio

domiciliário. Gerida por um Conselho

de Administração de voluntários, a

ODPS tem 420 colaboradores repar-

tidos pelos diferentes Centros, no

D. Pio AlvesBispo Auxiliar do Porto

exercício de funções administrativas e técnicas adequadas à especificidade

de cada valência. O total de utentes inscritos na ODPS é de 2.850.

A este extenso panorama de atenção social da responsabilidade directa

da Diocese haveria que somar as inúmeras iniciativas similares na cidade do

Porto e no todo da Diocese, geridas por paróquias e instituições com diferen-

tes vínculos à Igreja Católica.

Pode parecer inadequado gastar caracteres em Espaço Solidário para

oferecer sumariamente estes números a quem, supostamente, já os conhece.

Suspeito, contudo, que não se conheçam suficientemente!

Que vi durante estas visitas?

É patente um notável esforço do Conselho de Administração, coadju-

-vado por competentes e dedicados funcionários, para gerir, com critérios

profissionais, esta complexa Instituição: complexa pela sua extensão material

e funcional, pela sua dispersão, pela escassez de recursos. É notório o es-

forço por potenciar os “recursos partilhados” (recursos materiais e humanos).

Esta preocupação, além de garantir uma maior rentabilidade dos escassos

meios disponíveis, ajuda a minorar a tentação de isolamento individualista dos

Centros e a potenciar uma saudável consciência de unidade. Esta consciência

contribui para que todos os intervenientes se sintam mais membros activos

de uma grande (em todos os sentidos) Instituição, com o que isso implica de

orgulho pela causa e responsabilidade pessoal.

Como é óbvio, a identificação com o projecto é algo que sempre pode

crescer e é desejável que cresça. Mas detecta-se, facilmente, um alto grau

de adesão, em pormenores (ou pormaiores) como: o cuidado material das

instalações; a assunção do projecto educativo para este ano; a variedade, na

simplicidade, da decoração dos espaços; o conhecimento e o report discreto

Obra Diocesana de Promoção Social12

Obras de

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de situações pessoais mais complexas; a relação afectiva com crianças e

idosos. Penso que é objectivo poder-se dizer que há muita gente – utentes e

funcionários – a vestir a camisola da Instituição.

O rasto que tudo isto deixa na vida destas pessoas – crianças ou adul-

tos – não é mensurável. Mas é notório que é, e será, uma realidade positiva-

mente marcante. Senão, que outro significado poderiam ter os espontâneos

abraços de crianças que buscam, sem medo, um colo amigo ou as confissões

públicas de idosos que falam de remédio para o isolamento e a solidão? E as

muitas dezenas de pessoas que são atendidas nas suas casas e que têm nos

funcionários da ODPS a resposta para as suas necessidades mais elementa-

res e a conversa e o sorriso do dia?

Os Centros da ODPS, na sua qualidade de instituição da Igreja Cató-

lica, estão abertos a todas as pessoas, sem distinção de classes sociais ou

de opções religiosas. Este respeito não significa que a Obra prescinda da sua

identidade ou que a oculte. É apreciável, nos ambientes e na relação com

as crianças e com os adultos, a presença não invasiva de valores e elemen-

tos cristãos. Por exemplo: a sinalização explícita do Bispo da Diocese, uma

imagem de Nossa Senhora com uma vela acesa e, nesta quadra do ano, os

inúmeros e engenhosos presépios.

Em tempos financeiramente difíceis, como os que vivemos e que se

nos anunciam, todos os cuidados são poucos para garantir que esta complexa

estrutura continue a ter condições para responder a todas as solicitações so-

ciais e a manter os postos de trabalho. Esta sustentabilidade, contudo, depen-

de de todos: dos gestores, da Autarquia, dos utentes, dos funcionários. Neste

momento, não será pouco manter dignamente o que já existe. Mas nada im-

pede sonhar: com novas incorporações e com outras iniciativas que possam,

inclusivamente, garantir meios com-

plementares e alternativos de susten-

tabilidade. E porque esta Obra é da

Igreja Católica, mas aberta a toda a

Sociedade, é justo que esta, também

pela via da generosidade de pessoas

singulares, se lembre dela nos seus

donativos, nas suas quotas e inclusi-

vamente nos seus testamentos. A so-

lidariedade e a caridade não podem

ser palavras vazias, e não o são na

ODPS: não obstante as inevitáveis

limitações materiais e humanas, ca-

tálogo vivo das obras de misericórdia

13Ano VI . n.º25 . Trimestral . Dezembro 2011

misericórdia

Page 14: espaço solidario · 2016. 2. 25. · 06 - Natal 2011 Confhic 07 - A vida, percurso de aprendizagem Américo Ribeiro 08 - Visita Secretário de Estado da Solidariedade Social João

-

cado pelo início das visitas de Sua Ex-

celência Reverendíssima D. Pio Alves,

Bispo Auxiliar do Porto, à Obra Dioce-

sana de Pro-moção Social.

Nesse dia, D. Pio Alves conhe-

ceu os Centros Sociais de Fonte da

João Miguel PratasDirector do Economato, Logística e ManutençãoNutricionista

Mónica Taipa de CarvalhoDirectora dos Recursos Humanos e JurídicosAdvogada

Visita de Sua Excelência ReverendíssimaD. Pio Alves,Bispo Auxiliar do Porto

Moura, Lagarteiro, Machado Vaz, Rai-

nha D. Leonor, Regado e São João de

Deus.

A 15 de Novembro, Sua Exce-

lência Reverendíssima visitou os Cen-

tros Sociais do Carriçal, São Roque da

Lameira e São Tomé. Conheceu ainda

as instalações de Ermesinde, onde

funcionam o Armazém, a Lavandaria

e a Central de Costura. Aí, constatou

as diversas mais-valias resultantes da

centralização de processos praticada

na Instituição.

Finalmente, a 2 de Dezembro,

Obra Diocesana de Promoção Social14

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15Ano VI . n.º25 . Trimestral . Dezembro 2011

a deslocação aos Centros Sociais do

Cerco do Porto, Pasteleira e Pinheiro

Torres. Nesse dia foram também visi-

tados os Serviços Centrais, onde D.

Pio Alves pode constatar a orgânica da

Instituição, sedimentada no empenho

e compromisso do Conselho de Admi-

nistração.

Em todos os espaços contactou

com as crianças, idosos e colaborado-

res, sempre com uma palavra amiga e

gentil. Conheceu a realidade da Obra

Diocesana, materializada no seu apoio

social à população mais carenciada da

cidade do Porto.

Nas suas intervenções, D. Pio

Alves elogiou o papel da Obra Dioce-

como uma face visível da acção social

da Diocese do Porto.

Page 16: espaço solidario · 2016. 2. 25. · 06 - Natal 2011 Confhic 07 - A vida, percurso de aprendizagem Américo Ribeiro 08 - Visita Secretário de Estado da Solidariedade Social João

Obra Diocesana de Promoção Social16

Isabel Cristina Vieira

Ser capaz aos 101 anos…

No dia 25 de Novembro de

2011, a Obra Diocesana Promoção

Social, no C. S. Rainha D. Leonor, teve

o privilégio de festejar os 101 anos da

cliente Armanda Santos Machado de

Almeida.

um almoço convívio onde estiveram

presentes o Sr. Presidente do Con-

selho de Administração, Sr. Américo

Ribeiro, e dois Membros do Conselho

de Administração, Sr. Pedro Pimenta e

Sr. Rui Cunha.

-

lha da aniversariante e alguns clientes

questão de se associar à homenagem

prestada à D. Armanda, assim como as

crianças da sala dos 5 anos, que lhe

cantaram os parabéns e lhe oferece-

Ser capaz aos 101 anos de ler,

fazer bainha aberta, bordar, costurar,

em suma de estar em plenas capa-

cidades mentais, é uma “bênção”. A

cliente mostra uma atitude positiva

perante a vida, “sorrindo para ela”.

Um exemplo em poucos, de

como se pode viver em plenitude,

apesar da idade. A aniversariante es-

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17Ano VI . n.º25 . Trimestral . Dezembro 2011

101 Anos de vida

São outros tantos d’história

Duma vida repartida

Entre a saudade e a memória

Mil desejos de futuro

Ocupam-lhe o pensamento

Que do passado mais escuro

Tristezas leva-as o vento

Faz tudo aquilo que pode

E até a roupa que veste

É feita pela sua mão

Com agulhas de aventura

Faz rendas que são ternura

Ditadas pelo coração

Por isso em dia de anos

Que felizes festejamos

Como a tradição nos manda

Com amor e amizade

Cantemos os parabens

À amiga d. Armanda

Com votos de longa idade

Fernando Campos de Castro

tava feliz com todo o acolhimento que

lhe foi feito.

Foi-lhe oferecido uma vela

simbolizando os 101 anos elaborada

pelos seus colegas de Centro de Dia,

Conselho de Administração presen-

teou-a com uma bonita écharpee um

Foi com emoção que neste dia

tão especial, o Sr. Campos homena-

geou também a colega, dedicando-

(Fernando Campos).

O Sr. Américo Ribeiro dirigiu à

aniversariante palavras de carinho e

enaltecimento, agradecendo a todos

os presentes (colaboradores e clien-

tes) a homenagem prestada.

-

vam extasiadas com tantas demons-

trações de carinho e atenção.

A cooperação, o empenhamen-

to e a personalização foram valores

que neste dia foram enaltecidos e vi-

venciados por todos os colaboradores

e clientes do C. S. Rainha D. Leonor.

Page 18: espaço solidario · 2016. 2. 25. · 06 - Natal 2011 Confhic 07 - A vida, percurso de aprendizagem Américo Ribeiro 08 - Visita Secretário de Estado da Solidariedade Social João

Obra Diocesana de Promoção Social18

Ano 2011 – Ano do Despertar ConsciênciasConselho de Administração

Gerentes (Conselho de Administração,

Assistente Eclesiástico e Conselho Fiscal)

para o triénio 2011-2013

Hélio Loureiro como Presidente da Liga

dos Amigos

com a realização de três espectáculos in-

titulados “Carnaval Mágico – Viagem aos

Contos de Fadas”

Chefe Hélio Loureiro

-

vidades” da Obra Diocesana no Palácio

de Cristal com exposição e venda de tra-

balhos

Contos de Fadas”

-

ção do sistema HACCP

-

tos Internos e dos Contratos de Presta-

ção de Serviços das diversas respostas

sociais

-

cal Acção Social do Porto (Rede Social)

-

movidas pela CNIS, UDIPSS-Porto e

REAPN

Pastoral Social em Fátima

CNIS “Rumo Solidário” em Santarém

com Banco Alimentar Contra a Fome –

Porto (incluindo participação nas campa-

nhas de recolha de alimentos), Fundação

Porto Social, Lactogal, Fundação Vítor

Baía, etc.

com a Universidade Católica Portuguesa

– ciências da saúde, psicologia e serviço

comunitário

“Memórias com Sabor” e “Arca de Natal”

organizadas pela Câmara Municipal do

Porto

Espaço Solidário

destinada aos clientes das respostas so-

ciais de Infância

“Férias de Páscoa” e “Férias de Natal”

destinadas aos clientes das respostas so-

ciais de Infância

extra-curriculares para as crianças

-

versão Sénior” destinada aos clientes da

terceira idade com diversas iniciativas –

passeios, actividades físicas e recreativas

para todos os idosos na Senhora da Saú-

de, Carvalhos, comemorativa dos Santos

Populares

-

cional do Idoso com almoço convívio em

todos os Centros Sociais

D. Duarte de Bragança à Obra Diocesana

roupa, calçado e alimentos a agregados

familiares carenciados

-

cursão “A Obra a Rufar” em diversas ac-

tuações

quadros da Instituição

de formação destinadas aos colaborado-

res da Instituição

para os quadros da Instituição

-

-

res (Novas Oportunidades)

-

mação para a comunidade (Formação

para a Inclusão)

para transporte de clientes e serviço de

apoio domiciliário

a Câmara Municipal do Porto para a rea-

-lização de obras de conservação nos

edifícios municipais cedidos à Obra Dio-

cesana

reabilitação nos Centros Sociais do Cer-

co do Porto, Fonte da Moura, Pasteleira,

São João de Deus, São Roque da La-

meira e Serviços Centrais

-

co de detecção de incêndios e detecção

de gás em vários edifícios

-

mento hoteleiro

de controlo de assiduidade

-

-juvenis no âmbito do Plano Nacional de

Leitura

voluntários romenos, com visita a vários

Centros Sociais

-

rendíssima D. Pio Alves, Bispo Auxiliar do

Porto, a todos os espaços da Obra Dio-

cesana

para os Filhos dos Colaboradores

para a criação de residências seniores no

Porto, 31 de Dezembro de 2011

O Conselho de Administração

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19Ano VI . n.º25 . Trimestral . Dezembro 2011

Este tema é tão antigo e verda-

certeza que estamos perante “uma ver-

dade de La Palisse”.

De facto, como seres humanos,

somos todos iguais quando nascemos,

quando morremos e, quer em Portugal

quer na maioria das democracias do

mundo, também o somos perante a

Constituição.

Porém, bem sabemos que não

somos todos iguais nos mais variadíssi-

mos aspectos.

Assim:

Somos homens ou mulheres, ri-

cos ou pobres, saudáveis ou doentes,

amigos ou inimigos, patrões ou empre-

gados, dirigentes ou dirigidos, brancos

ou de outra raça, crentes ou ateus,

bonitos ou feios, heróis ou cobardes,

valentes ou fracos, amados ou despre-

zados, etc., etc…

e poderíamos continuar enume-

-

tentes. Infelizmente, como podemos

constatar, as diferenças, na sua esma-

gadora maioria, acentuam algo de mau

por oposição a algo de bom.

E é por isso que tanto e tanto se

luta, em todo o Mundo, para que seja-

mos cada vez mais iguais. É bem ver-

dade o que diz o velho refrão: “Somos

todos iguais, porém uns mais iguais

do que outros”, servindo esta frase

para demonstrar o descontentamento

generalizado por tantas diferenças

(entenda-se por tantas desigualda-

des).

Na verdade, devemos potenciar

o lado positivo de sermos todos iguais

mas todos diferentes e tirar melhor

partido disso.

Sim, também nós na ODPS

somos TODOS IGUAIS – TODOS DI-

FERENTES, porque ocupamos cargos

diferentes, como:

Somos Conselho de Adminis-

tração ou Ajudantes de Acção Directa,

Directores ou Ajudantes de Acção Edu-

cativa, Coordenadores de Centro ou

Cozinheiras, Administrativos ou Educa-

doras de Infância, Educadoras Sociais

ou Trabalhadores Auxiliares, etc., etc….

Compete-nos a TODOS NÓS

demonstrar que a nossa actuação na

ODPS faz com que sejamos, no essen-

cial, TODOS IGUAIS .

Para isso devemos seguir e

aplicar os valores da nossa Instituição:

Qualidade, Inovação, Cooperação, Em-

penhamento, Compromisso, Transpa-

rência, Responsabilidade e Personali-

zação.

-

mos, nestes tempos difíceis de Crise,

para dar resposta ao que nos é solicita-

do, diariamente, por tantos e tantos que

nos procuram.

Queremos ser DIFERENTES

SIM pela nossa postura na sociedade,

pela nossa solidariedade, pelo AMOR

que colocamos ao serviço desta Ins-

tituição que tantos e tantos benefícios

proporciona à população que servimos.

De facto é por sermos TODOS

TÃO IGUAIS MAS TÃO DIFERENTES

que vos convido a meditar na maravi-

lhosa frase da escritora norte ameri-

cana Hellen Keller, com que termino

estas minhas palavras, no sentido de

continuarmos esta caminhada e, assim,

contribuirmos para a existência de um

Mundo Melhor.

Todos iguais... Todos diferentes

Pedro PimentaVogal do Conselho de Administração da ODPS

“Lembre-se: A melhor maneira de realizar os seus sonhos é ajudar o maior número de pessoas a realizar os delas”

Robert Schinyashiki

“Sozinhos fazemos tão pouco, juntos podemos fazer muito”Hellen Keller

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Obra Diocesana de Promoção Social20

João Miguel PratasDirector do Economato, Logística e ManutençãoNutricionista

Mónica Taipa de CarvalhoDirectora dos Recursos Humanos e JurídicosAdvogada

Com a chegada da época natalí-

cia, chega também a altura da grande fa-

mília da Obra Diocesana reunir e celebrar

uma noite de convívio, partilha e alegria.

Assim, no passado dia 17 de

Dezembro, decorreu a Ceia de Natal da

Obra Diocesana de Promoção Social.

Pelo terceiro ano consecutivo, a Quinta

do Vieira, em Paranhos, foi o local esco-

lhido para esta realização.

Numa das mais emblemáticas

iniciativas da Instituição ao longo de todo

o ano, os colaboradores da Obra Dioce-

sana, os seus Órgãos de Gestão, a Liga

Ceia de Natal 2011

dos Amigos, entidades religiosas e civis,

beneméritos, fornecedores e amigos reu-

niram-se, sob a presidência de Sua Exce-

lência Reverendíssima D. Pio Alves, Bispo

Auxiliar da Diocese do Porto.

A Ceia contou com a presença da

Câmara Municipal do Porto, através da

Prof.ª Doutora Guilhermina Rego, Verea-

dora do Pelouro do Conhecimento e Co-

esão Social, do Pe. Lino Maia, Presidente

da CNIS – Confederação Nacional das

Instituições de Solidariedade e simultane-

amente Assistente Eclesiástico da Obra

Diocesana e do Pe. Dr. Américo Aguiar,

Chefe do Gabinete Episcopal e Vigário

Geral da Diocese do Porto.

De destacar também as presen-

ças do representante da União Distrital

das Instituições Particulares de Solidarie-

dade Social – Porto, Pe. José Baptista; e

do Presidente do Banco Alimentar Contra

a Fome – Porto, Eng. Rui Leite de Castro.

O ilustre Professor Doutor Daniel

Serrão, grande Amigo da Instituição, o

Chefe Hélio Loureiro, Presidente da Liga

dos Amigos da Instituição, a Eng.ª Raquel

Castello-Branco, Administradora Executi-

va da Fundação Porto Social e o Pe. Dr.

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21Ano VI . n.º25 . Trimestral . Dezembro 2011

Manuel Correia Fernandes, Director da

-

vamente marcar presença neste convívio.

Antigos membros dos órgãos

de gestão e vários representantes das

Juntas de Freguesia da cidade estiveram

igualmente presentes.

A Ceia de Natal teve início com

a Invocação proferida pelo Presidente

do Conselho de Administração, Senhor

Américo Ribeiro. Seguiu-se o Momento

autoria do Pe. Mário Salgueirinho, intitula-

do “Não Morreu”.

-

gustação de uma reinterpretação do

clássico prato de bacalhau à Zé do Pipo,

uma criação da Quinta do Vieira para este

evento da Obra Diocesana e que fez as

delícias de todos os convivas.

No Momento do Presidente do

Conselho de Administração, o Senhor

Américo Ribeiro, iniciou a sua interven-

ção recordando o ano que agora estava

a terminar, tendo destacado a constante

inovação sentida e vivida na Instituição,

sempre em prol dos seus clientes – crian-

ças e idosos.

Realçou os tempos difíceis que

-

nidade. Referiu que a actual conjuntura

política, social e económica também se

O Senhor Américo Ribeiro lem-

brou que “um posto de trabalho exibe

um tesouro para guardar e preser-

var”. Como tal, apelou ao máximo pro-

da Instituição. Reiterou ainda a sua cren-

ça num futuro em que a vitória advém da

comunhão de vontades.

Na sua intervenção, o Senhor

Presidente apelou às Entidades parceiras

da Obra Diocesana no sentido de “assu-

mirem compromisso e responsabilização

nesta causa e neste projecto de elevado

interesse particular e colectivo”.

Continuou, dirigindo-se ao Presi-

dente da Liga dos Amigos, Chefe Hélio

Loureiro, a quem agradeceu a função

que abraçou, salientando que “na agen-

da dos seus afazeres constam propó-

sitos, perspectivando iniciativas que

contribuam para activar a luz da obra da

nossa Instituição”.

concluído com um profundo desejo de

alegria, paz e felicidade para todos os

presentes e votos de plena concretização

das realizações previstas para 2012.

No programa da Ceia de Natal,

seguiram-se dois momentos importantes:

o Espaço da Gratidão e o Espaço do Re-

conhecimento.

No Espaço da Gratidão, o Con-

selho de Administração homenageou as

colaboradoras que completaram 25 anos

ao serviço da Obra Diocesana. Cada uma

foi presenteada com a imagem de Nossa

Senhora, uma peça em cristal, ex-líbris da

Instituição.

No Espaço do Reconhecimento,

foi agraciado um casal amigo da Obra

Diocesana –

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Obra Diocesana de Promoção Social22

-

ria da Glória Santos, que receberam

a imagem de Maria pelas mãos de Sua

Excelência Reverendíssima, D. Pio Alves.

Estes beneméritos viram reconhecida

toda a sua “sensibilidade e altruísmo que

têm vindo a oferecer à Obra Diocesana de

Promoção Social”.

Ao longo do jantar, todos os con-

vidados presenteados com uma oferta do

Conselho de Administração – um anjinho

– uma pequena lembrança realizado pe-

los idosos do Centro Social de Rainha D.

Leonor.

Ao longo do jantar, num bonito

gesto de proximidade e cordialidade, D.

Pio Alves fez questão de percorrer todas

as mesas e cumprimentar os convidados,

desejando-lhes umas boas festas.

O período das intervenções ini-

ciou-se com as palavras do Chefe Hélio

Loureiro, em representação da Liga dos

Amigos, que se comprometeu com a

Instituição, reconhecendo que “não há

maior pobreza no Mundo do que a falta

de amor e nisso a Obra Diocesana é ri-

irá tentar que “aqueles que têm mais

se disponibilizem a ajudar”, sendo que

esse será o seu trabalho para o ano de

2012, através da angariação de donativos

que “abram corações”, na perspectiva de

ajudar quem mais precisa.

O Prof. Doutor Daniel Serrão,

grande amigo da Instituição, foi o próximo

a usar da palavra. Numa brilhante e bem-

-disposta intervenção, o ilustre Professor

centrou o seu discurso num tema – “Um

Natal Diferente”.

Enfatizou que a celebração do

Natal e do renascimento de Cristo não se

deve fazer “comendo e bebendo, inva-

dindo os centros comerciais para gastar

dinheiro em inutilidades que vão parar ao

lixo, voando para as praias do Brasil ou

esgotando os hotéis do Algarve”. Negou

que essa seja a celebração dos cristãos,

pois estes celebram o nascimento Da-

quele que disse “Amai-vos uns aos outros

e sereis felizes neste Mundo”. Salientou

-

messa e viver na certeza de uma vida feliz

e em paz.

Acrescentou que a celebração do

Natal pelos cristãos “não é uma questão

de palavras, mas é uma questão de ac-

tos”, sendo que devemos “acolher os que

estão nus, sem as roupas da protecção

das suas pessoas e dos seus bens, e que

nós vamos vestir”. É igualmente “visitar

os que estão presos à sua iniquidade e

que nós vamos ajudar a sair dessa pri-

são para que tenham vida e a tenham em

abundância” e “ouvir os que têm fome e

sede de justiça e que nós vamos ajudar a

receber esse alimento no seu corpo e no

seu espírito”.

Realçou que os cristãos devem

sair “da sua comodidade no sofá em

frente à televisão a ver uns ridículos falsos

velhos de barbas brancas”, cujo grande

-

mou que, em vez disso, deveriam “ir para

a rua, para os bairros pobres, onde tantas

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23Ano VI . n.º25 . Trimestral . Dezembro 2011

famílias humildes e sem trabalho e sem

recursos vão passar fome neste Natal e

entregue, com alegria, o que tantas vezes

não é mais do que migalhas que caem da

mesa do banquete festivo”.

Renovou a necessidade de ce-

lebrarmos o “Natal de forma diferente,

resistindo à paganização, ao egoísmo e

à indiferença pelos outros”. Completou,

Obra Diocesana “celebra diariamente nos

bairros pobres do Porto, junto de mulhe-

res e homens vulneráveis”.

Num elogio directo ao Senhor

Concluiu, dirigindo-se a D. Pio Alves, pe-

diu que Sua Excelência Reverendíssima

distinga a Obra Diocesana, pois constitui

uma verdadeira “Obra Apostólica”, cujos

funcionários são na verdade “Apóstolos

do amor e Apóstolos do bem”.

Em nome da Câmara Municipal

do Porto, seguiu-se a intervenção da

Vereadora do Pelouro do Conhecimento

e Coesão Social, Prof.ª Doutora Guilher-

mina Rego. Começou por dizer que era

“um privilégio, uma honra” estar no jantar

de Natal de uma Instituição como a Obra

Diocesana, que “muito tem contribuído

para a coesão social da nossa cidade,

com os vastos projectos que tem vindo

a implementar, nomeadamente junto de

uma comunidade muitas vezes desfavo-

recida, vítima de violência doméstica e

violência social”. Fruto dessa intervenção,

reconheceu que se promoviam melho-

res condições de vida para a população

apoiada pela Instituição.

Aludindo aos actuais momentos

de crise, enalteceu o papel das institui-

ções na promoção de uma “sociedade

verdadeiramente justa e solidária”. De-

clarou que a coesão social estabelece-se

como um eixo prioritário da actividade do

Município ao longo dos últimos anos, o

que permite que o Porto seja “uma cidade

solidária, confortável e justa”.

-

venção de D. Pio Alves, Bispo Auxiliar do

Porto.

Sua Excelência Reverendíssima

começou por desejar um Santo Natal a

todos os presentes, frisando que um San-

to Natal é aquilo que cada colaborador da

Obra Diocesana, no seu dia-a-dia, faz

com as crianças e com os idosos.

Numa alusão às suas recentes

visitas à Instituição, D. Pio Alves elogiou a

dedicação e o carinho que observou nos

colaboradores, pedindo-lhes que esses

importantes valores sejam uma constante

seu “grande coração continue a abrir-se

a todos os que diariamente passam pela

Instituição”.

Depois de uma noite plena de

momentos de consagração, de testemu-

nho e de partilha, o Senhor Américo Ri-

beiro encerrou a Ceia de Natal, desejando

a todos votos de “um Natal vivido com fé,

esperança, alegria e paz e um novo ano

de 2012 com trabalho, dedicação, espírito

de amor ao próximo”.

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Obra Diocesana de Promoção Social24

Invocação

Vivemos, intensamente, o tempo do Advento e, como

tal, também esperamos, com alegria e renovação, a

em toda a sua abrangência e solicitude, que é preparar,

partilhar, socorrer e alegrar.

Exortamos o ajudar numa interacção ou permuta de

oferecer e receber!

É a nossa missão!

Oferecer, com alegria e bem, a quem o deseja ardente-

mente, num horizonte e perspectiva sem fronteiras nem

limites.

Recebemos a festa de o poder fazer, para encher a

caminha numa peregrinação aturdida para encontrar

alguma saída e serenidade!

Que o Senhor Jesus nos anime e nos possibilite o ca-

minho do servir, sempre sustentado no Amor e no qual

se incluem as pessoas, o próximo e toda a Natureza!

AR

NÃO MORREU!...

Levanta o olhar para lá das nuvens

da tristeza e da saudade e solidão…

Verás que aquele que amas continua teu,

porque está vivo!...

Adormeceu…

Rasga o nevoeiro denso da amargura

com os faróis da Fé e da Esperança

e verás que aquele que amas continua teu,

porque está vivo!...

Adormeceu…

E quando transpuseres a curva da morte

na caminhada veloz para os céus,

reencontrarás aquele que partiu e amas

eternamente vivo,

Na Vida de Deus…

Mário Salgueirinho

A vossa presença aqui, hoje,

neste ajuntamento, nesta confraterniza-

ção, em que celebramos mais um Na-

tal de Jesus, o enfoque salientável,

e também mais um ano de trabalho e

da Obra Diocesana de Promoção

Social, naturalmente, que traduz alegria,

Vivemos tempos difíceis, que

Envolvidos, forçosamente, num

seio de nuvens cinzentas e sombrias

e que não o podemos negar nem nos

alhearmos de tal, pois é a realidade visí-

vel e constatável, temos de avançar para

que o sol volte a aquecer e a iluminar.

Mesmo com negrume, será pos-

-

-

vas e canalizarmos a nossa acção para o

sentido, que trará o caminho adequado

ou até mesmo certo dentro do quadro,

Nada melhor para educar que

uma vivência adversa, a qual gera a

conversão do menos bom em sau-

dável, se soubermos interpretar e

-

correm da conjuntura política, social,

Obra

Diocesana também as sente, amarga-

mente, com a certeza de que a tendên-

cia recai para o agravamento.

Neste entendimento, toda a sua

gestão passa por uma ainda mais minu-

ciosa atenção, extremo rigor e assídua

Intervenção do Presidente do Conselho de Administração

Page 25: espaço solidario · 2016. 2. 25. · 06 - Natal 2011 Confhic 07 - A vida, percurso de aprendizagem Américo Ribeiro 08 - Visita Secretário de Estado da Solidariedade Social João

25Ano VI . n.º25 . Trimestral . Dezembro 2011

O trabalho desenvolvido na Obra Diocesana reveste-se de dedicação,

sensibilidade e espírito missão, pois a sua abrangência envolve pessoas a cuida-

rem de pessoas especiais.

25 Anos de serviço, um quarto de século, onde a entrega marca particu-

laridade, merece ser destacado, enaltecido.

Parabéns e muita força para o futuro!

Ao Excelentíssimo Senhor Engenheiro Alberto Lopes e sua Digníssima Es-

posa, um extremo reconhecimento pela escuta, sensibilidade e altruísmo que têm

vindo a oferecer à Obra Diocesana de Promoção Social.

A sabedoria da vida inscreve, na sua essência, a dádiva para que o outro

possa sorrir!

Os Senhores dão-nos esse exemplo!

Obrigado por esse coração!

A nossa lembrança expressa esse obrigado!

monitorização, procedimentos muito

importantes e imprescindíveis para que

o bem, espalhado por esta grande ins-

tituição de solidariedade social continue

não só necessários como desejados.

Neste bem, inclui-se a reci-

procidade respeitante à valorização

pessoal, humana, social, ética e es-

piritual de todos quantos aqui traba-

-

lismo, que deve contar como factor

No cenário, que se experien-

cia, um posto de trabalho exibe um

Tenho a certeza de que conta-

remos com a máxima união e compre-

ensão, valores de extrema relevância,

no agora e no amanhã, de todos para

que quaisquer reformas ou reestruturas

a efectuar sejam encaradas como in-

dispensáveis, visando, sempre, não só

a manutenção da Instituição, no seu

-

Não poderia deixar de aproveitar

o momento para expor estas notas, que

as embrulho num presente de Natal, pois

acredito, veemente, no futuro, ainda que

muitas sinergias e vontades tenham de

ser credenciadas para vencermos.

Apelamos às Entidades, que

assumem compromisso e responsabili-

zação nesta causa e neste projecto de

elevado interesse particular e colectivo.

Admitimos que elas saberão per-

ceber e actuar por forma a que o per-

curso da Obra Diocesana suceda dentro

dos parâmetros favoráveis a um quoti-

diano normal, equilibrado e feliz.

À Liga dos Amigos da Obra

Diocesana, na pessoa do seu Presiden-

te, o nosso amigo, Senhor Hélio Loureiro,

dirijo uma palavra de apreço pela função

que abraçou e, conhecendo-o, sei que

na agenda dos seus afazeres constam

propósitos, perspectivando iniciativa ou

iniciativas, a qual ou as quais contribui-

rão para activar a luz da obra da nossa

Instituição.

A atitude, que sustenta o seu

-

dância no ser e, por isso mesmo, aguar-

damos sem reservas.

A noite é de festa e ela tem de

Nesta visão e consentimento ti-

remos partido de tudo o que nos rodeia

e alegra e façamos lição de vida para a

vida, num sentimento sustentado nos

valores supremos, onde o sujeito cons-

trói Natal, oferecendo a cada um parcela

espontânea e justa de Amor!

Para todos o mais expressivo

Obrigado

Américo Ribeiro

Espaço de Gratidão

Espaço do Reconhecimento

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Obra Diocesana de Promoção Social26

-

proporcionou uma tarde de festa e diversão dirigida a todas estas crianças.

Como é habitual, a festa decorreu no auditório da Casa Diocesana – Seminá-

rio de Vilar, que foi generosamente decorado pelo Animador Cultural Ângelo Santos.

Na sua sexta edição, as crianças tiveram inúmeras surpresas, das quais se

destacam a presença da boneca Pipi das Meias Altas, encarnada pela colaborado-

ra Lucy Costa que incansavelmente adornou os rostos dos miúdos com delicadas

sua originalidade, colorido e criatividade, cativou a atenção de todos.

Depois destes momentos de convívio e brincadeira foi a vez do grupo de

João Miguel PratasDirector do Economato, Logística e ManutençãoNutricionista

Mónica Taipa de CarvalhoDirectora dos Recursos Humanos e JurídicosAdvogada

Festa de Natal dos filhos dos colaboradores

percussão “A Obra a Rufar” evidenciar

os seus dotes musicais. Esta actuação

continuou até ao auditório, tendo aberto

mais uma tarde de espectáculo.

Seguidamente, o Presidente

do Conselho de Administração, Senhor

Américo Ribeiro dirigiu algumas palavras

a todos, agradecendo a sua presença e

lembrando que esta festa pretende reavi-

var o espírito de Natal e de família no seio

da Obra Diocesana de Promoção Social.

Enfatizou igualmente que nesta tarde são

Page 27: espaço solidario · 2016. 2. 25. · 06 - Natal 2011 Confhic 07 - A vida, percurso de aprendizagem Américo Ribeiro 08 - Visita Secretário de Estado da Solidariedade Social João

privados da companhia dos seus pais,

A festa continuou com a actua-

ção do trio “Vozes Trinadas”, que surpre-

endeu os presentes com a sua encan-

tadora música popular, reinterpretando

temas conhecidos do grande público,

bem como originais dos seus membros –

Lino Lobão, Paulo Tadeu e Sérgio Castro.

Todos estes momentos foram

apenas um prelúdio para a actuação mais

esperada da tarde – o Palhaço Pintaro-

las. À semelhança dos anos transactos,

este nosso amigo conseguiu, com o seu

acutilante sentido de humor, divertir miúdos e graúdos. Este ano, a história intitulou-

todos divertiu. Para o sucesso deste momento, contribuiu a participação de alguns dos

elementos do público que interpretaram diversas personagens de um hilariante enredo.

Finda a história, chegou o momento mais desejado por todas as crianças – a

com o Pai Natal. Quase 200 crianças subiram ao palco com uma alegria contagiante,

correndo para a sua prenda que rapidamente desembrulharam.

da Festa de Natal também os pais das crianças aproveitaram para partilhar alguns

momentos de convívio.

A festa terminou com uma palavra de encerramento do Senhor Presidente

que desejou a todos um santo Natal e um Feliz 2012.

27Ano VI . n.º25 . Trimestral . Dezembro 2011

Page 28: espaço solidario · 2016. 2. 25. · 06 - Natal 2011 Confhic 07 - A vida, percurso de aprendizagem Américo Ribeiro 08 - Visita Secretário de Estado da Solidariedade Social João

Obra Diocesana de Promoção Social28

Maria Teresa de Souza-CardosoEducadora de Infância

Nós Acreditamos!Obra em Movimento!

Um Projecto compreende sempre um conjunto de intenções, de motivações

e de diferentes interesses. Sendo por essência aberto a alterações, a novos estí-

mulos e a aceitar os reajustes que vão surgindo como necessários, ele é veiculador

de um processo vivo e dinâmico, condição primeira para o seu próprio sucesso.

Como o próprio nome indica, projectar é lançar para a frente: representan-

do a ligação entre o presente e o futuro, ele é, intrinsecamente, movimento.

Neste ano lectivo 2011/2012 o Projecto Pedagógico, que será tra-

balhado por todos os Centros Sociais da Obra Diocesana de Promoção Social,

intitula-se “Os Quatro Elementos”.

E se facilmente se depreende a intenção de despertar e cimentar a com-

preensão da Natureza, a sua espiritualidade e a necessidade premente da sua pre-

servação, compete-nos revelar a enorme virtualidade que este Projecto conseguiu,

ao unir todos os 12 Centros da Obra Diocesana em torno de um objectivo comum,

mas vivido de forma tão original e variada, tão rica e tão cheia de alma:

Dado ter constatado no ano transacto, o pouco conhecimento demonstra-

do pelas crianças e algumas Famílias relativamente ao nosso País, seus costumes

e tradições, a Equipa Educativa dos Centros Sociais do Carriçal / S.Tomé resolveu

trabalhar o subtema “ Na Alma de Portugal – os 4 elementos”.

suas tradições, no seu artesanato e na sua gastronomia, na forma como transforma

o que a natureza lhe dá e que a Portugal deu um sol invejável, deu um mar a perder

de vista, deu uma terra generosa e o ar de uma limpidez desarmante, os Centros

Sociais do Carriçal e S. Tomé irão à descoberta da riqueza do nosso País, tendo

sempre presente o quanto generoso foi Deus para com ele.

Os seus objectivos gerais são então:

- Sensibilizar para a importância dos 4 elementos da Natureza.

- Descobrir Portugal como privilégio dos 4 elementos.

- Proporcionar às crianças um encontro com a cultura dos Pais e Avós in-

centivando a partilha de saberes.

- Valorizar as suas raízes consciencializando-se da sua identidade pessoal,

social e cultural

- Conhecer os diferentes usos, costumes e tradições de Portugal, valori-

zando-as.

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Centro Social do Cerco do Porto Também a Equipa Educativa do Centro Social do Cerco do Porto tem co-

locado todo o seu empenho e esforço neste Projecto, de modo a levá-lo a bom

porto. Nesse sentido, têm dinamizado várias actividades inovadoras e visitas de

estudo, tendo sempre em vista o desenvolvimento global das crianças, como a

visita à Estação Litoral da Aguda, actividades de preservação da natureza e de

pintura ao vento.

Centro Social de Fonte da MouraSão várias as práticas Pedagógico/Educativas, que vão decorrendo desde

Setembro transacto. Na primeira reunião de pais, inicial, partilharam o tema com

Centro.

Começaram em “Casa” envolvendo e sensibilizando as crianças com dis-

cursos e actividades referentes ao tema:

A exposição de poemas e pinturas, alusivas a Água; a separação de resí-

duos no ecoponto do recreio; a pesquisa em livros; a aplicação de símbolos (para

poupança de energia) colocados por cima dos interruptores; a construção de

brinquedos (cavalos de madeira) e outro material para exposições, tudo com ma-

terial de desperdício; a visualização de imagens reais (em suporte enciclopédico)

e animações (inter-salas/valências) de histórias.

Fora das portas do Centro, mantém actividades que fazem parte dos

seus planos há alguns anos, nomeadamente: Projecto “Horta – pedagógica”;

Intercâmbio com a escola do 1º ciclo da Fonte da Moura, onde as crianças são

recebidas na biblioteca num ambiente acolhedor, com dezenas de histórias à

sua espera, etc.

Centro Social do LagarteiroSendo os 4 elementos essenciais à vida, são trabalhados, no Centro So-

cial do Lagarteiro, de variadas formas, de acordo com as diferentes faixas etárias.

Numa primeira fase o tema tem sido abordado de forma natural, como por exemplo,

com as estações do ano que vão surgindo, e dando ênfase às alterações naturais

que vão decorrendo, nos vários elementos da Natureza.

trabalhos de expressão plástica, jogos e observação directa nos parques que vi-

sitaram.

Durante o restante ano lectivo irão realizar várias actividades de acordo com

o tema proposto, como, por exemplo, a elaboração de um livro por sala sobre os

4 elementos, que posteriormente irá ser compilado e trabalhado pelas crianças,

através da sua ilustração e dramatização. Realizarão também experiências, visitas

de estudo, ateliês de plástica e dramatizações de acordo com o tema.

Os 4 elementos servirão também como base para promover na criança uma

consciência ambiental. A educação ambiental tende a fomentar na criança uma

dupla atitude de respeito, por si próprio e pelo meio em que vive. Trabalharão a

reciclagem, reutilização e reaproveitamento de materiais de desperdício e naturais,

para que o meio em que estamos inseridos se torne mais amigo do ambiente.

29Ano VI . n.º25 . Trimestral . Dezembro 2011

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Centro Social da PasteleiraO Centro Social da Pasteleira tem como base uma teia (baseada na teoria

de Lilian Katz) que esquematiza o trabalho a desenvolver em cada valência durante

o ano lectivo. A teia da imagem mostra as ideias da Equipa Educativa que serão

completadas com as propostas das crianças.

Neste momento a creche está a desenvolver diversas actividades acerca da

água. O grupo dos três anos tem descoberto os animais aquáticos e suas caracte-

rísticas; o grupo dos quatro anos está empenhado em saber mais acerca das aves

e os cinco anos andam motivados com todas as descobertas relacionadas com o

Sistema Solar.

Num trabalho intergeracional entre ATL e Terceira Idade explora-se o tema

“Terra”, concretamente a agricultura que culminará na criação de um boletim, tipo

Borda-d’água.

Centro Social de Pinheiro TorresO Centro Social Pinheiro Torres optou por abordar primeiramente o tema

“Terra”, uma vez que o Outono apela à mesma. Ao elaborar motivos alusivos a esta

de uvas em papel crepe) que serviram também para decorar o espaço do Centro

de dia. Elaboraram também pequenas árvores que vão servir posteriormente para

centros das mesas e serão transformadas em pinheiros de Natal.

-

postópolis – A Cidade da Compostagem”.

Projectando já a próxima estação do ano (Inverno) e pensando na aborda-

gem ao próximo tema (Água) já elaboraram gotas de água que estão penduradas

Água “Os Oceanos – um património para o Futuro”

Na entrada do Centro estão a construir um painel alusivo ao tema do Pro-

jecto, onde vão estar representados os quatro elementos, de forma a quem os

visitar saber os temas abordados e trabalhados para este ano.

Este Centro tem vindo a trabalhar a Terra e o Mar em parceria com os pais.

Tiveram uma participação activa das Famílias com a dádiva de frutos da

crianças pudessem conhecer / explorar e até experimentar.

No dia 4 de Outubro comemoraram o dia do animal, tendo as Famílias con-

tribuído com alimentos e agasalhos para a associação MIDAS, que aproveitou para

visitar o Centro.

No dia do Mar, 16 de Novembro, existiu uma partilha de trabalhos / saberes

entre valências do qual resultou um placard de parede.

Centro Social do RegadoEste Centro resolveu fazer uma analogia do tema do Projecto, com as 4

estações, nascendo, então, o Projecto do Centro “4 estações versus 4 elementos”.

O seu objectivo é, partindo das 4 estações, observando-as e explorando-

Obra Diocesana de Promoção Social30

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-as, sensibilizar todos os seus clientes, para o respeito e preservação do meio

ambiente,

Para a educação ambiental e ecológica, e, sobretudo, para a sustentabili-

dade dos 4 elementos.

Este Projecto sendo para todos, a todos envolve – colaboradores, clientes,

famílias e comunidade.

Foram já feitas, no âmbito do Projecto, inúmeras actividades, de que desta-

camos a visita ao Pavilhão da Água que deu azo a inúmeras experiências, “ a Horta

pedagógica”, “ Do velho se faz novo”, “Ecopontos”, trabalhos com material natural –

ramos, pinhas, folhas, etc., e foi estabelecida uma parceria com o Parque do Amial,

Centro Social de São João de DeusO Centro Social de S. João de Deus está a viver e a trabalhar o tema do Pro-

jecto Pedagógico deste ano lectivo “Os 4 elementos” numa perspectiva da compre-

ensão e preservação do Planeta Terra.

Todas as salas da valência do pré-escolar estão a viver com intensidade

este Projecto.

Através de experiências com diversos materiais, investigação e exploração

de livros temáticos e de actividades alusivas ao Projecto Pedagógico com diversas

actividades de expressão plástica, conseguem que as crianças interiorizem melhor

o tema.

A vivência do Projecto dentro das salas é notória nos placards e em alguns

quadros, como o dos aniversários e das presenças, sendo de salientar a adesão

que teve a construção de um ecoponto.

Centros Sociais de São Roque da Lameira / Machado VazÉ no Jardim-de-infância que as crianças de hoje crescem, vivem novas ex-

periências. Aprendem a partilhar, a conviver e a trabalhar com os outros.

No âmbito do Projecto deste ano lectivo, “Os 4 elementos”, foi mais uma

vez, solicitado a colaboração das Famílias que corresponderam e contribuíram para

a construção de um mural alusivo ao tema que por nós está a ser trabalhado.

Cada sala de acordo com o tema, e ao ritmo de cada grupo, tem explo-

rado o tema e assim, proporcionado diferentes actividades ao nível da formação

pessoal e social (vivências entre salas), expressão, comunicação e conhecimento

do mundo.

Vindo pois de encontro às necessidades da comunidade, o Projecto Pe-

dagógico da Obra Diocesana de Promoção Social aparece mais uma vez, respon-

dendo às suas exigências de desenvolvimento interno, como aposta seguramente

ganha, pelo seu Conselho de Administração que, personalizado pelo seu Presi-

dente Senhor Américo Ribeiro, consegue imprimir um ritmo de rigor e de alegria

no trabalho que a todos contagia, e de forte empenhamento e verdadeira

A todos um Santo Natal

Que seja um Santo Natal, para todos nós!

31Ano VI . n.º25 . Trimestral . Dezembro 2011

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Obra Diocesana de Promoção Social32

Frei Bernardo Domingues

Alguns Desafios e Contradições do Nosso Tempo

Efectivamente nesta fase da

globalização, em que se depositam

muitas esperanças no terceiro milénio,

deparamos com graves contradições

notando-se a tentação consumista de

alguns e a miséria que atinge gran-

de parte da humanidade. Realmente

torna-se, cada vez mais, marcada a

diferença entre os ricos e os pobres,

os esbanjadores que exploram os que

não têm voz nem vez, nomeadamente,

os habitantes do terceiro mundo.

-

táveis avanços tecnológicos, sobre-

tudo em vista da exploração astral,

prevenção dos incêndios e das ca-

tástrofes naturais que ocorrem por

toda a parte do globo.

Dispondo de estudos sobre

a dinâmica sustentada da economia,

de repente entramos em queda livre

generalizada, com graves riscos de

emprego remunerado, falta de alimentos, problemas energéticos graves e o mais

Neste contexto que pode desencadear imprevisível violência é essen-

bem decidir sobre alguns aspectos básicos:

Como participo no desenvolvimento do bem comum que a to-

dos deve envolver no trabalho, riscos e benefícios equitativamente

usufruídos;

É fundamental desenvolver a fraternidade na base da verdade,

lealdade e a partilha responsável de tarefas;

O fundamental consiste em promover a felicidade pela pro-

moção da qualidade recíproca, a aceitação das diferenças e

a participação ajustada na produtividade, gastando menos do que é

produzido;

Devemos estar vigilantes para que todos sejam envolvidos na

vida comunitária, segundo a lei da “proporcionalidade” que impli-

ca: cada um produza o que pode e deve

o que necessitam, sem promover ao parasitismo ou o subsídio-de-

O esforço e os bons resultados devem ser recompensados ex-

plicitamente, mas nunca fazendo do dinheiro o Absoluto, que pode

arruinar a justiça comutativa, distributiva na perspectiva da comple-

mentar solidariedade.

sobriedade ... promover a ... promover a

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33Ano VI . n.º25 . Trimestral . Dezembro 2011

-

cipamos e promover a sobriedade consciente porque as capacidades da

natureza são limitadas. Parece sensato não comprometer as gerações futuras

com os abusos no presente.

Aproveitando as vantagens da reciclagem devemos desenvolver a

solidariedade, no respeito efectivo pelos membros da espécie humana, parti-

A economia e os investimentos devem estar submetidos à ra-

cionalidade em vista a servir as pessoas, sem excluir sistematicamente os

mais frágeis, mas antes cuidar deles como precisarem e nós somos pondera-

damente capazes.

Devemos valorizar o trabalho como participantes na criação de

riqueza e no desenvolvimento da natureza o que exige competência actu-

É correcto desenvolver a consciência do papel instrumental de

dinheiro e da economia, que devem estar ao serviço das pessoas, cons-

cientes de que há um bem comum universal porque somos todos interdepen-

dentes neste mundo globalizante e violento.

É essencial a educação das pessoas para que assumam a cons-

ciência do dever cívico, da partilha, das tarefas e a missão de bem com-

binar as funções complementares do capital e do trabalho competente, ho-

nesto e produtivo, sem esquecer a correcta partilha dos benefícios.

Na dinâmica de “homo viator” ou de peregrinação é fundamental

que todos assumam a própria mis-

são de colocar o ter e o poder ao

serviço da política, da cooperação

fraterna, par cuidar dos mais caren-

ciados sem parasitismo.

A felicidade fundamenta-

-se na arte de ser o máximo pos-

sível com fraternidade, partilhan-

do o que se é e, instrumentalmente,

o que se possui.

Tudo isto supõe civismo e

respeito por si e pelos outros a

partir de códigos, de regras ajusta-

das às circunstâncias envolventes,

eventualmente negativas, para os

mais frágeis segundo os critérios da

caridade na verdade.

consciente..sobriedade coa sobriedade consciente...

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Tenho a honra de acusar a recepção

da carta de V.Exª., datada de 30 de Se-

tembro de 2011, dirigida a Sua Excelên-

cia o Presidente da República, envian-

do o exemplar nº. 24, Ano VI, da Revista

“Espaço Solidário”, que se agradece.

Cumpre-me informar que o assunto

mereceu a melhor atenção.

Com os melhores cumprimentos

Assessor para os Assuntos Sociais

Encarrega-me o Senhor Primeiro Mi-

nistro de acusar a recepção da carta

de V.Exª., data de 30 de Setembro, e

de agradecer o exemplar da Revista

“Espaço Solidário”, que amavelmente

lhe fez chegar e que lhe mereceu a

melhor atenção.

Com os melhores cumprimentos,

Encarrega-me a Senhora Presidente,

Doutora Maria de Jesus Barroso Soa-

res, de acusar a recepção e agradecer

a V.Exª. o envio do número 24 da Re-

vista Espaço Solidário, que muito con-

tribui para o enriquecimento do nosso

Centro de Documentação.

Com os melhores cumprimentos

Yolanda Merout

Encarrega-me Sua Excelência o Minis-

tro da Solidariedade e da Segurança

Social de acusar a recepção da carta

de 30.09.2011 e agradecer a V.Exª. o

envio da Revista “Espaço Solidário”.

Com os melhores cumprimentos,

O Reitor da Universidade de Lisboa

com os melhores cumprimentos agra-

dece a publicação enviada da Revista

“Espaço Solidário”.

Com os melhores cumprimentos

Apresento respeitosos cumprimentos

à Exma. Administração e remeto o

cheque aqui incluído… de partilha e

solidariedade.

MTDTM

Bom e Estimado Amigo Américo Ribeiro,

Este ano, aqueles que vivem com

mais humanidade e preocupação, as

nada têm, são ainda mais elevadas as

-

felizmente são cada vez mais.

É pensando neste grande problema

do País, em que nós somos também

uma classe que o sentimos na pele e,

por isso, não podemos ser tão gene-

rosos como muito desejamos. Mas,

manda-nos a nossa consciência para

partilharmos, ainda que pouco seja,

porque se houver muitas mais vonta-

des, certamente se juntando muitas

migalhas, dará para minimizar as ca-

rências e o sofrimento de muitos.

Entretanto, gostaria de aproveitar a

oportunidade para, na sua pessoa e

de sua Iminência Reverendíssima D.

Manuel Clemente, Ilustre Bispo da

Diocese do Porto, um Santo e Feliz

Natal junto de todos quantos prote-

-

laboradores nessa fabulosa Obra de

bem-fazer, bem como um Ano Novo

repleto de muitos sucessos e muita

felicidade.

Com muita Amizade e elevada consi-

deração

Abel Ribeiro e Família

Com os nossos desejos de Feliz Na-

tal e Bom Ano Novo para todos que

ao longo do ano trabalham para que a

Obra se realize.

O nosso Bem Haja por toda a atenção

dispensada.

Elisa e Horácio Magalhães

Exmo. Senhor Américo Ribeiro,

que respeita às profecias de desgraça

que, diariamente, nos anunciam, rou-

bando motivos para a acção e ador-

mecendo a capacidade de reagir, será

o NATAL e “… a esperança do aco-

lhimento e do bem pelo bem” que

melhores perspectivas de futuro nos

podem assegurar. Este BEM existe e

ninguém o pode cortar.

Que não continuemos, sozinhos, a

olhar o passado. Nós, que até nos

orgulhamos dele. Ignorá-lo, como os

“envergonhados”, será pior receita

para prevenir e melhorar o futuro.

Junto um donativo de 73,00 €, amea-

lhado da forma habitual, como ajuda

Instituição que, superiormente, dirige.

Para Vexa, família, amigos e colabora-

dores da ODPS, um Santo e Feliz Na-

tal e um Ano Novo de progresso,

Festas Felizes com Amizade

Domingos Gomes Oliveira - Santa Maria da Feira

Obra Diocesana de Promoção Social34

espaçosolidariomensagens recebidas sobre o novo

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35Ano VI . n.º25 . Trimestral . Dezembro 2011

Senhor Américo Ribeiro,

Há muito que não comunicamos. A vida tem destas coisas.

Estes dois meses foram muito cheios e exigiram tempo e disponibilidade para servir e para dar.

Hoje retomo o Espaço Solidário, todo ele permeado de alertas e apelos aos tempos difíceis que atravessamos todos de uma

forma ou outra.

Como diz o Prof. Daniel Serrão “estamos em tempos de apelo à criatividade”.

Eu diria em tempos de re-inventar a sempre nova “fantasia da Caridade” na linguagem do saudoso Papa João Paulo II.

Tenho lido ultimamente artigos que me provocam e mexem.

“A Bondade abre caminhos para a solução da crise” da Dra. Manuela Silva e “Feitos para a Bondade!” do Bispo

Anglicano D. Tutu.

E de facto a crise é mais funda.

E é de dentro de nós que havemos de cavar para que brote o sentido e brotem os sentidos que nos farão abraçar com mais

vigor, os pobres e os sem esperança neste caminhar sinuoso como refere no seu espaço de “Sentidos e sentidos!”, que

saboreei com atenção.

Quando Deus quer e o ser humano permite, os amigos são em crescendo como vejo, com alegria, na última página.

O abrir apenas o Espaço Solidário convida-nos a dar as mãos!

Que se abram mais e mais os corações hospitaleiros da ternura e da dádiva.

Como sempre fazem os mais pobres porque ricos em generosidade que nos contagia.

Continue. Temos de permanecer!

Uma saudação de Paz e Bem ao jeito de Francisco.

e a sábia evangelizadora dos ricos no serviço da Hospitalidade!Irmã Maria Amélia Costa - CONFHIC

Amigos em crescendo!

Abel Ferreira Ribeiro 600,00 €ACA - Confecções, Lda. 100,00 €Américo Joaquim da Costa Ribeiro 500,00 €AMR 30,00 €Anónimo 50,00 €Anónimo 50,00 €

Anónimo 20,00 €

António José Fernandes Coutinho 5,00 €

António Neves Ribeiro Coutinho 15,00 €Armando José Fonseca Pinto, Dr. 300,00 €

CASB 10,00 €C. Social de Fonte da Moura - Prémio Cascatas de S. João 875,00 €Construções GNS, Lda. 400,00 €Delfim Adérito Martins Castro 160,00 €Domingos Gomes Oliveira 73,00 €

EGA 500,00 €

Horácio Magalhães, Lda. 500,00 €Isaura Carneiro 5,00 €

Jorge Manuel Silva Viana Magalhães 100,00 €José António Soares Pedro Almeida, Dr. 200,00 €José Santos e Laura, Lda. 300,00 €

Lactogal - Produtos Alimentares, S.A. 2.695,37 €Libório Almeida Pimpão 250,00 €Manuel Augusto Silva Coelho 50,00 €Manuel Pedro Penafort Ribeiro 100,00 €

MAR 30,00 €Margarida Barroso Coelho 50,00 €Maria das Boas Novas 600,00 €Maria de Jesus Pinto 100,00 €

Maria de Jesus Rodrigues Sousa 25,00 €

Maria Helena Vidigal Pinto da Silva Torres, Dra. 300,00 €MMSC 100,00 €Moreira & Carneiro 2.000,00 €

MTDTM 150,00 €

Rui Manuel Silva Álvares da Cunha 200,00 €

Descrição Contribuição Descrição Contribuição

35Ano VI . n.º24 . Trimestral . Setembro 2011

Liga dos Amigos da Obra Diocesana | Já se fez Amigo da Liga?Contribua com um Donativo | Pode ser Mensal, Anual ou Único | Envie por cheque à ordem de OBRA DIOCESANA DE PROMOÇÃO SOCIAL ou através do NIB - 007900002541938010118Sabia que o seu donativo é dedutível no IRS (Decreto-Lei 442-A/88, art. 56º., nº.2, alínea B e nº. 1 RC (artº. 40º., nº. 3)

Obrigado!

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