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espaço solidario Obra Diocesana de Promoção Social Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014 CUSTO: 0,01€ 50 anos de serviço ao próximo, com amor

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espaçosolidarioObra Diocesana de Promoção SocialAno IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

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STO

: 0,0

1€

50 anos de serviçoao próximo, com amor

Ficha Técnica

Administração: Américo Ribeiro, Helena Costa Almeida, Rui Cunha, Manuel Amial e Pedro PimentaDirecção/Redacção: Manuel Pereira AmialPropriedade/Editor: Obra Diocesana de Promoção SocialColaboradores: A. Pronzato, Américo Ribeiro, Ângelo Santos, António Coutinho, Aurora Rouxinol, Bernardino Chamusca, Chefe Hélio Loureiro, Confhic, Cónego Rui Osório, Cristina Figueiredo, D. Carlos Azevedo, D. João Lavrador, D. João Miranda, D. Manuel Clemente, D. Manuel Martins, D. Pio Alves, Diana Cancela, Elvira Almeida, Emanuel Cunha, Filipa Martins, Frei Bernardo Domingues, João Alves Dias, João Pratas, José Augusto Silva Vieira, Liliana Sofia Soares, Luísa Preto, Manuel Amial, Manuel Tavares, Manuela Botelho, Margarida Aguiar, Maria Amélia Rhotes, Maria Albina Padrão, Maria Anjos Pacheco, Maria Barroso Soares, Maria Isabel Cristina Vieira, Liliana Sofia Soares, Maria Lurdes Regedor, Maria Teresa Carvalho Lobão, Maria Teresa Souza-Cardoso, Monsenhor Victor Feytor Pinto, Mónica Taipa Carvalho, Padre Dr. Américo Aguiar, Padre Jardim Moreira, Padre José Maia, Padre Lino Maia, Padre Mário Salgueirinho, Paulo Lapa, Pedro Pimenta, Pedro Rhotes, Professor Daniel Serrão, Professor Eugénio da Fonseca, Professor Francisco Carvalho Guerra, Ricardo Azevedo, Rosa Maria Seabra, Rute Monteiro e Susana Carvalho. Gráfica - Lusoimpress, Artes Graficas, S.A.; www.lusoimpress.comPeriodicidade (2008): Trimestral; Tiragem 4.000 ex.; NIPC: 500849404; Depósito legal: 237275/06; Marca nacional: 398706; Registo ICS: 124901; Sócio AIC: 262; Sócio APDSI: 1000005; Postos de Difusão Porto: Casa Diocesana de Vilar; Edições Salesianas, Fundação Voz Portucalense, Livraria Fátima, Paulinas Multimédia, Ermesinde-Casa da JuventudeSede: Serviços Centrais da ODPS, R. D. Manuel II, 14, 4050-372 PORTO

Contactos: URL Geral: www.odps.org.pt; Mail: [email protected]; Telef. 223 393 040/ Fax. 222 086 555

04 - Editorial Manuel Amial

05 - escrevendo… Américo Ribeiro

06 - Re-encontrar a vida! Confhic

07 - Padre Lino Maia

08 - A idade do ouro Cónego Rui Osório

09 - Crise e criatividade Professor Daniel Serrão

10 - Cada vida pessoal iniciada é “Imortal”: Transforma-se, morre mas não acaba Frei Bernardo Domingues, O.P.

12 - Caminhando Maria Teresa Souza-Cardoso

16 - Histórias com gente dentro Diana Cancela

18 - Abril > Cooperação: A Aliança entre todos e para todos Centro Social Rainha D. Leonor

26 - Maio > Mês da Mãe, mês da Beleza e Afetividade de Maria Centro Social de São João de Deus

37 - Junho > Santos Populares: Toada e Cor da Alegria Centro Social de São Roque da Lameira

42 - Mensagens Espaço Solidário

43 - Amigos em crescendo

Sumário

3Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Edito

rial

Obra Diocesana Uma Instituição reconhecida de elevado potencial solidário.

Cumprido que está meio ano do ciclo comemorativo dos 50 Anos da

do que nunca, mobilizada nos seus objetivos e concentrada na sua Missão

de Servir.

Com um grande programa comemorativo de actividades, envolvendo

todos os seus Centros Sociais, podemos constatar o entusiasmo e a capaci-

dade mobilizadora dos seus colaboradores e dos seus utentes na apresenta-

do Espaço Solidário, nomeadamente na presente edição.

“50 Anos de Serviço ao Próximo, com Amor” é o lema das come-

morações, delineado pelo seu Conselho de Administração, que foi plenamente

interiorizado e assumido por toda a Instituição, fazendo sobressair o seu ele-

vado potencial solidário, como aliás tem sido reconhecido por todos aqueles

que têm participado nas suas iniciativas.

Também a atenção que a ODPS tem merecido à comunicação social é

bem demonstrativa do papel relevante que assume na comunidade portuense,

assumindo-se como um parceiro estratégico e preponderante na acção social

desta cidade.

O Espaço Solidário continuará a dar nota do decurso das actividades

comemorativas, relevando o grande labor sócio-caritativo que a ODPS realiza

diariamente na cidade do Porto.

Manuel Amial

Obra Diocesana de Promoção Social4

Pensando, refletindo, escrevendo…

A vida é a maior graça, a

mais eloquente dádiva, que DEUS

concedeu ao homem.

Cada pessoa deverá preser-

vá-la, amá-la e agradecê-la com a

sabedoria, que enche de esplendor

o seu coração e o dos seus seme-

lhantes.

A vida humana, nos seus múlti-

plos aspetos e dinâmica, indica, ensina,

abre perspetivas, motiva e anima o de-

senvolvimento pessoal, moral, familiar,

evolução integral de cada ser humano e

a aquisição do seu bem-estar, visando

alcançar a felicidade e a alegria, que

lhes dão sentido e alma.

Neste processo vital, conside-

rando as necessidades, os anseios e

as exigências do nosso tempo, a mu-

dança é um repto constante, é uma lei,

que acontece a cada passo, a cada

-

to humano. Este depende de muitos

fatores, intrínsecos e extrínsecos, os

quais são responsáveis pela resolu-

ção ou não resolução dos problemas,

independentemente da tipologia e ex-

tensão, que os envolve. Todos podem

encontrar solução, por impossível que

pareça, basta a aplicação correta e

amadurecida da inteligência, que não

se pode separar da vida, por forma, a

que esta utilize, com abrangência, as

suas capacidades de análise e de sín-

tese numa conjuntura equilibrada, har-

A psicologia do comporta-

mento diz que o homem precisa de

examinar, prudentemente, os seus

pensamentos, sentimentos, emoções,

motivações, personalidade, ideias, in-

bem, saber aceitar as contrariedades,

enfrentar as provações e com elas fa-

zer crescer a sua maturidade; para

aprender a encontrar o seu semelhan-

te e entrosá-lo no seu caminhar; para

proceder e viver em conformidade com

os paradigmas e os valores, que fazem

dele uma pessoa humilde, ponderada,

positiva, honesta, alegre e ética nas

suas relações interpessoais e no seu

contexto de vida.

as relações humanas, que resultam

da mútua interação interindividual e

coletiva, se se organizassem e proces-

sassem num clima de compreensão,

respeitabilidade, lealdade, dignidade e

não fossem postos, em primeiro lugar,

os interesses pessoais, sentimentos

perturbadores, rotinas egocêntricas,

tomadas de decisão precipitadas e de-

Somente o ser humano possui

a capacidade de fazer abstrações, de

-

cados. A abstração, a capacidade de

produzir modelos de conhecimento

através da linguagem, a razão, a cria-

tividade e todas as capacidades men-

tais constituem património admirável e

este universo de benefícios foi oferta-

do ao homem para ele viver e conviver

num enquadramento de felicidade e

de construção pessoal e grupal, já que

não pode ser feliz e autorrealizado, de

forma isolada.

Na arena da sua vida, o homem

é o principal ator, é o protagonista de

eleição. Na qualidade de livre opta pelo

papel, que deseja desempenhar. Então,

a escolha cabe a si próprio e, como é

lógico, deverá ser a melhor para ele e

para os outros nas diferentes magni-

tudes, daí a enorme responsabilidade,

que lhe é outorgada.

Perante tudo isto, salta a evi-

dência de que o percurso existencial

do ser humano deve ser um projeto o

mais perfeito possível, sem esquecer

nenhum detalhe, sem deixar para trás

ou aprimoramento, em que ele o ob-

serve, sob todos os prismas, e sinta,

pelo concreto e pelo imaterial ou me-

tafísico, pelo objetivo e pelo subjectivo,

a prestar contas e a ensinar aos outros

aquilo que o faz ter paz e gratidão.

É fazer da vida, que veio para

ser em abundância, uma contínua ação

de graças, vivendo, intensamente, cada

dia como uno e especial, como ocasião

ou espaço para sorrir, abraçar, beijar,

ajudar, elogiar, aprender, ensinar, con-

O agora é o tempo presente

e este é o que lembra ou prescreve o

viver com alegria e o viver a alegria na

ciência do amor no programa do Bem

e para o Bem.

Numa atitude de descoberta,

Agarrei-a e dei-lhe o presente

de a amar!

Américo RibeiroPresidente do Conselho de Administração da ODPS

5Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Re-encontrar a vida!

Espero pelo Verão como quem espera por uma outra vida!

Qual de nós não repetiu, nem que seja em silêncio, esta frase de Rilke? Qual de nós não vislumbra um tempo que

nos permita escutar e reencontrar a vida?

As férias são uma oportunidade privilegiada para nos maravilharmos com a beleza e a harmonia da natureza e nos

refazermos da fadiga de um ano cheio de esforços e apelos, exigências de trabalho e de estudo, de um ano de investimentos

constantes na realização de projectos queridos e assumidos.

No caminho de construção da vida, precisamos, que alguém nos visite e nos desperte com uma expressão, uma

Deus é o meu Sol e a minha Rocha! (Sl 83)

Hoje retomo e refaço a prece do salmista no ensejo de que ela seja um pequeno/grande apelo que dê consistência à

vida, à nossa vida cheia de surpresas e fragilidades.

Hoje retomo esta prece, no desejo de que o Sol que nos envolve e aquece, seja como que um ponto de referência

comum que nos permita encontrar-nos e sentir-nos acalentados por Deus- o grande Sol !

David Kundtz, na obra “Parar quando temos de prosseguir”, confessa:

«Parei apenas. E pelo simples facto de o fazer, encontrei novamente o meu caminho. Foi a melhor coisa que pude

fazer por mim mesmo. E só depois de o fazer, apercebi-me que parar é a melhor, talvez a única forma, de tomar consciência

e recordar quem sou».

-

mano. E porque seres de relação e de unidade, a dimensão espiritual é igualmente afectada e dói-nos o coração e a alma.

Perdidos em mil coisas falta-nos, a lucidez e a calma, para recordar a razão das nossas escolhas e o sentido das

nossas metas.

Como escreve João César das Neves: Vivemos num mundo de espelhos, numa fogueira de ilusões Consideramo-nos

informados e esclarecidos…mas nos assuntos sérios, nas opções estratégicas e problemas de fundo, temos que admitir que

estamos confusos. .A única forma de enfrentar esta sociedade mediática é enfrentá-la, como a um furacão: bem ancorados

nos valores superiores… escolhendo com cuidado (e eu diria retomando com ousadia) as razões que nos fazem prosseguir.

Pára por um momento e reconhece que Eu sou o teuDeus! (Sl.43)

Um convite de séculos com extrema actualidade!

Pára por um momento para prosseguires, com novo elan, a escalada da vida e regressar, com novo vigor, à imensa

seara que te aguarda e pede a ousadia de um mergulho ao mais íntimo de ti.

Não temas permanecer na zona dos fundamentos para poderes continuar a reconstruir a obra mais valiosa que tens

em mãos: a vida! A tua vida!

Pelo caminho, ousa levantar algumas questões fundamentais, cuja resposta te permitirá caminhar com mais lucidez

e mais sentido

Pára por um momento!Como quem espera por outra vida!

CONFHICCongregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras Imaculada Conceição

Obra Diocesana de Promoção Social6

Vida familiar e profissional

Para comemorar os 20 anos

do “Ano Europeu da Família”, o Parla-

mento Europeu designou 2014 como

o “Ano Europeu para a conciliação da

vida profissional e vida familiar”.

A família é o berço da nossa

sociedade e quanto mais saudável for

melhores pessoas formará e uma me-

lhor sociedade constituirá. Ela surge

como um lugar onde se aprende a vi-

ver, a ser e a estar. Também onde se

começa o processo de consciencia-

lização dos valores sociais inerentes

à sociedade e sem os quais esta não

consegue subsistir. Ela é o primeiro

espaço onde cada indivíduo se inse-

re e o espaço essencial na promoção

do ser pessoa. É neste contexto que

a pessoa se consciencializa, se inicia

no processo de socialização primária

e é levada à articulação com a comu-

nidade. É no seio familiar que se faz

a transmissão de valores, costumes

e tradições entre gerações. Daí o in-

vestimento e cuidado que a família

deve merecer a todos os responsá-

veis pelas políticas públicas.

O problema é que muitas fa-

mílias estão hoje doentes e a sofrer.

Estão a sofrer pela escassez ou mes-

mo ausência de recursos financeiros

para a satisfação de necessidades

básicas, pelo impacto psicológico de

situações de desemprego e a expe-

riência da incapacidade de cumpri-

rem mesmo as suas funções míni-

mas, enquanto assistem à carestia

dos meios de subsistência, desde a

alimentação à saúde, passando pe-

las despesas associadas à escolari-

dade, entre outros aspetos... E estão

doentes também pela inconstância

afetiva, pelo carácter efémero das

relações, pela indiferença mascarada

de tolerância, pelo desinvestimento

da permissividade, mas também pela

violência psicológica, verbal e física,

entre outros aspetos...

Além disso, as famílias estão

também a desaparecer, tentando-se

recriar o conceito de família para as

fazer perseverar, tornando-o maxi-

mamente flexível e amplo para en-

volver uma disparidade de realidades

humanas que acabam por evidenciar

o processo mesmo de desagregação

da família.

As transformações sociais

resultantes dos novos modelos de

estrutura e vivência familiar, com

crescimento dos núcleos familiares

monoparentais, e os aspetos demo-

gráficos, derivados da baixa natalida-

de e do envelhecimento, dificultam a

conciliação entre a vida familiar e a

vida laboral, enquanto as tecnologias

de informação e a economia digital

abrem crescentes perspetivas sobre

uma organização de trabalho, mais

flexível, na gestão de tempos e ho-

rários.

Um ano dedicado ao tema po-

derá resultar num maior apoio às me-

didas de conciliação entre o trabalho

e a família e permitirá às mulheres e

aos homens, em todos os modelos

familiares, terem mais possibilidades

de escolha para equilibrar o emprego

e a vida familiar em função das suas

necessidades e preferências indivi-

duais, provocar respostas a desa-

fios prementes, como as alterações

demográficas, a crise económica e

financeira, o desemprego, a pobreza

e a exclusão social.

As políticas que apoiem a

conciliação do trabalho com a vida

familiar e instrumentos como o FSE

podem reduzir as desigualdades sa-

lariais entre os géneros e constituir

um elemento fundamental para o em-

prego sustentável e para uma recu-

peração baseada no rendimento, ter

um impacto positivo na demografia e

permitir àqueles que têm pessoas a

cargo desempenharem as suas res-

ponsabilidades.

Porém, não pode ser apenas

uma visão meramente economicista

a orientar a conciliação entre a vida

familiar e a vida profissional.

Não há futuro para Portugal

sem o apoio inequívoco à constitui-

ção da família, à sua estabilidade e

harmonia e sem a sua determinada

e determinante protecção. Quanto

maior for o investimento na família, na

sua valorização e na criação das con-

dições para o seu desenvolvimento,

mais humana, solidária e desenvolvi-

da será a sociedade.

Padre Lino Maia

7Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Cónego Rui OsórioJornalista e pároco da Foz do Douro

A idade do ouro

Tenho a idade sacerdotal da Obra Diocesana de Promoção Social (ODPS).

Nascemos em 1964. Eram tempos de renovação da Igreja, com as boas novas

que vinham da realização do Concílio Vaticano II (1962-1965), rico em orientações

teológicas e pastorais.

Anos antes, numa visão lúcida, D. António Ferreira Gomes – dos poucos

-

çado a iniciativa de um Instituto de Serviço Social, que viria a ter importância no

lançamento e desenvolvimento da ODPS, concretizada por iniciativa do Adminis-

trador Apostólico, D. Florentino de Andrade e Silva.

De Leão XIII a João XXIII a moderna Doutrina Social da Igreja não consen-

tia indiferença à miséria imerecida dos pobres. Era já um denso corpo doutrinal,

profética e moralmente seguro, para que a Igreja respondesse, com ciência e

Concílio: “Igreja, que dizes de ti mesma? Igreja, que tens a dizer ao Mundo?”.

A Igreja era convidada a deixar de ser uma fortaleza, que se julgava asse-

diada de inimigos por todos os lados, usando e abusando da estratégia defensiva

e sem adiando ou recusando a abertura aos sinais dos tempos que reclamavam

esclarecida orientação evangélica, para se abrir ao Mundo onde poderia e deveria

ser sacramento universal e salvação, não escondendo a luz debaixo do alqueire e

não consentindo que o sal perdesse a sua força.

Os bairros sociais do Porto, num ordenamento urbano nem sempre acer-

tado, careciam de acompanhamento social e cultural para que as populações

desenraizadas participassem no seu desenvolvimento e crescessem em relações

humanizadas, para uma integração às novas realidades.

bairros, com múltiplas iniciativas que têm perdurado no tempo, a atestar o seu valor.

A Igreja não o fez por veleidades de poder, mas numa louvável atitude de

serviço, como é da sua natureza e missão, seja na área profética, como mãe e

mestra; seja na ação litúrgica, onde alimenta os cristãos com a Palavra e o Pão,

e lhes dá cenário para a celebração da fé; seja na fantasia da caridade que tem

na pastoral sociocaritativa um vasto campo de presença e de testemunho, con-

vertendo as populações, desde as crianças de tenra idade aos idosos mais ido-

qualidade.

Como sacerdote e jornalista, acompanhei o desenvolvimento da ODPS,

reconhecendo a sua pedagogia e exemplaridade no campo sociocaritativo. Não

-

dade do voluntariado.

E tudo isso, e com qualidade, entre êxitos e fracassos, tem acontecido,

desde há 50 anos, na vida e ação da ODPS.

Parabéns e longa vida.

Obra Diocesana de Promoção Social8

Crise e criatividade

1. Um pensador português -

-

dor – disse, numa Conferência feita no

Liceu de Viseu, em 1 de Dezembro de

1909, e depois publicada no jornal “A

Folha”, estas frases: ”Ouve-se aí dizer a

cada passo, nas ruas, nas associações,

nas praças públicas, nos artigos dos

jornais oposicionistas, porque para os

outros isto vai sempre em mar de rosas,

que Portugal está decadente, que nós

caminhamos para o aniquilamento da

nossa nacionalidade.

Tudo fala em desgraças. Veem-

-se Jeremias demais por esse país cho-

rando com saudades do antigo templo:

mas notai, meus senhores que esses

Jeremias choram sentados: chora-se

de mais e trabalha-se de menos. “

Este pensador tinha então 20

anos de idade mas pôs um dedo certei-

ro nesta ferida nacional.

Nos tempos de crise, em que

nos encontramos presentemente, nós,

os Cristãos, não podemos nem devemos

chorar sentados como os tais Jeremias

portugueses de há quase 100 anos.

Não vamos perder tempo e

energia a discutir que Cavacos ou que

Sócrates nos arrastaram para esta si-

tuação de insolvência face aos bancos

credores que nos enviaram o dinheiro

que lhes pedimos emprestado; e que,

legitimamente, querem, pelo menos,

receber os juros devidos. Porque nada

ganharemos com esta mania portugue-

sa de encontrar sempre os bodes ex-

piatórios sobre os quais possamos des-

carregar a nossa cólera justiceira. Será,

de facto, tempo perdido. Os tribunais

que se ocupem deles, se for caso dis-

so. Estamos pobres e endividados até

2. Mas quem já decidiu que

-

das, levantou-se e compreendeu que a

resposta a esta crise, que “troicou” as

voltas aos políticos incompetentes, é a

criatividade.

Os portugueses sempre foram

peritos em criatividade, muita dela in-

sul-americano, por exemplo, foi fruto

de uma intuição com algum apoio em

conhecimentos da ciência da época,

ainda muito elementar. Leia-se a Car-

ta do Achamento das Terras de Santa

Cruz , de Pero Vaz, natural de Cami-

nha, que foi numa das Naus e conta

na carta enviada ao Rei D. Manuel o

que viu e como interpretou as coisas e

pessoas “achadas”; lemos e reconhe-

cemos quanto de intuitivo encaminhou

o Capitão, Pedro Álvares Cabral, para

esta viagem de sucesso.

A criatividade dos portugueses,

novos e séniores, tem de ser desperta,

não para descobrirem outros brasis mas

para descobrirem as novas formas de

produzir ideias que se transformem em

actividades produtivas que tragam feli-

cidade e sucesso. E sucesso é dinheiro

mas não é só dinheiro, é vida nova em

que as pessoas se sintam bem e se rea-

lizem como pessoas, como famílias e

como Agentes Activos de criação de va-

lor. Mesmo que, depois, o Governo, inca-

para os seus devaneios sociais quase

sempre injustos, de uma parte substanti-

va deste valor acrescentado (IVA).

3. Nós, que temos a Boa Nova

para anunciar, estaremos na primeira li-

nha desta criatividade. Porque nos ama-

mos uns aos outros, sabemos que só

choram sentados os que já nem forças

têm para se levantar. Pois, então, com

a nossa criatividade apoiada na Fé e na

Esperança, vamos descobrir as formas

de os ajudar a levantar-se. Por cada um

que se levante com a nossa ajuda ha-

verá mais alegria na terra de todos nós.

Temos de deixar a nossa área

de conforto e sair para a rua como

nos exorta o nosso Bispo, D. António

Francisco, com a imaginação intuitiva e

criativa bem desperta, deixando cair as

rotinas já gastas e inovando.

É ao nível local, paroquial, de

proximidade, que as boas soluções

criativas podem ser encontradas e pra-

ticadas. Que os centralistas, nas suas

secretárias de exercício do poder bu-

rocrático-administrativo, incomodem o

menos possível a criatividade dos que

não estão a chorar sentados à espera

das soluções centrais que nunca che-

garão a tempo.

Quanto menos o Governo agir

e intervir, menores serão as injustiças.

A máquina tributária de captação e de-

pois de distribuição de dinheiro é clara-

desperdiçando, por incompetência ou

corrupção, uma parte do que vai bus-

car ao bolso dos que trabalham e pro-

duzem riqueza.

Que o Governo deixe as Insti-

tuições de Solidariedade Social, muitas

de inspiração cristã, fazer o seu traba-

lho de proximidade, sem as oprimir com

leis restritivas e regulamentos minucio-

sos, alguns desligados da realidade que

se vive no terreno.

É o meu voto.

A Obra Diocesana de Promoção

Social, com os seus 50 anos de cria-

tividade, agradece que este voto seja

cumprido.

Professor Daniel SerrãoInstituto de Investigação Bioética - UCP

9Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Cada vida pessoal iniciada é “Imortal”:Transforma-se, morre mas não acaba

1. As palavras “mortal” e “imor-

tal” aplicam-se à pessoa humana. Des-

de que se desencadeia o processo de

ser pessoa, pelo encontro e fusão fa-

vorável do ovócito e do espermatozoi-

de, pelo impulso vital causal imanente,

desencadeia-se o processo evolutivo

original de ser pessoa no tempo e para

a eternidade. “Vital” e “mortal” indicam

que, no tempo e num espaço, desen-

volve-se uma “história” pessoal em que

o valor da “vida temporal” é delimitado

pela passagem para a “vida eterna” pelo

fenómeno “morte” como processo bio-

lógico imanente.

2. Há poios duas “experiên-

cias” comuns e universais, para todas

as pessoas – viver e morrer. Em tempo

“neutro” e em “circunstâncias” diversas,

cada pessoa é alguém original e irre-

petível; pela estrutura psicossomática,

aculturação e contexto em que lucida-

mente atualiza as potencialidades here-

ditárias, a caminho de ser em si e por si,

livre e responsável e com proporcional

mérito ou culpa, consoante a aplicação

dos talentos na arte de ser, decidir e agir

em vista do bem comum.

3. Democraticamente, nascer e

morrer, estão pois integrados no arco

da vida pessoal. O tempo é “neutra me-

dida” enquanto de vive, a caminho da

-

volve os dons recebidos e posteriores

méritos e eventuais culpas, consoante

as oportunidades e as capacidades são

geridas, com ou sem ciência e cons-

ciência ética esclarecida e coerente. A

“proporcionalidade” de culpa ou mérito

é pois relativa à “avaliação”, imanente e

transcendente de cada pessoa.

Aprender a viver segundo cri-

térios de unidade, verdade, bondade e

harmonia na vida familiar e cívica, con-

duz a pessoa a tornar-se competente,

honesta, verdadeira e solidária no res-

peito por si e pelos outros, diferentes e

complementares.

4. Porque ninguém é alguém

sozinho, a nossa história arqueológica

das árvores genealógicas dos progeni-

tores. A espécie humana, sendo única,

culturas e histórias contadas ou expe-

rimentadas, nos diversos contextos de

vida em desenvolvimento pessoal e se-

letiva assimilação.

Assim por estas transmissões,

biológica, psicológica, éticas e socio-

culturais, cada pessoa é sempre al-

guém que leva consigo “ uma presen-

ça” herdada, pessoalmente ampliada

e eventualmente inovadora. Para onde

formos levamos em nós a “presença”

de quem nos gerou e educou. Mesmo

sendo cada pessoa um “protótipo” está

integrada na dinâmica do causado “im-

pulso vital”, pela mediação dos proge-

Frei Bernardo Domingues, O.P.

nitores. As causas mediatas implicam a

“causa incausada” ou causa primeira do

“ser” e dos entes que integram a nature-

za, cada qual com o “saber” intrínseco

instintivo e os “saberes” desenvolvidos

pelos racionais.

5. Todos somos “história” e “pro-

jeto”: donde vimos, a quem devemos

a pessoal entidade e identidade, onde

estamos ou as “circunstâncias” psicos-

somáticas, ambientais e culturais envol-

ventes e “para onde” nos orientamos

ou a meta existencial pretendida, como

utopia ou realismo. Tudo depende de

fatores combinados e assumidos em

busca da verdade, da competência e

em relativa liberdade e responsabilida-

de para encontrar os critérios da justa

ordem dos valores, em vista da possível

unidade, verdade, bondade e harmonia,

para “ver” com verdade objetiva e “jul-

gar” ponderadamente a ordem do ser e

do ter para discernir o “decidir” os ob-

jetivos a atingir e os meios disponíveis

e corretos a utilizar aqui e agora. Na or-

denação da ordem de valores é preciso

ter efetivamente presente que a “vida” é

o fundamento da ordenação da ordem

dos valores, com ética, estética e espe-

rança.

6. A complexidade da combina-

ção da “qualidade” e da “quantidade#,

do “ser” e do “ter”, por vezes desenvol-

vem sentimentos, comportamentos que

Obra Diocesana de Promoção Social10

perturbam a pessoal arte de ser em si,

por si e com a consciência da pessoal

imortalidade e do sentido, tendo como

consequência a desorientação e a per-

turbação da responsabilidade moral.

Pelo “impulso vital”, imanente,

reconhecido e assimilado das atitu-

H. Bergson. Por sua conta e risco, S.

Freud desenvolve a teoria do pessoal

“tanatos”, o impulso da morte que nos

ou hipocondria, inclinação para a desa-

gregação natural, com comportamen-

tos doentios e negativos.

O que parece sadio será apren-

der a viver com coerências e consistên-

cia, reconhecendo o sentido total da

vida pessoal imanente, com potenciali-

dades e limitações a desenvolver, com

coragem e realismo, no tempo e cir-

cunstâncias, a caminho da “morte” que

é a eternidade feliz.

7. Combinando, de modo per-

experiencias de vida, confrontadas e

avaliadas, é possível caminhar para a

sabedoria de bem apreciar o que é pro-

meios ajustados e aplicados a viver com

sentido e respeito, por si e pelos outros,

em partilha fraterna e complementar

alegria.

A chave mestra, para viver com

sentido, é a consciência bem formada

e informada, de que sou responsável

pelas decisões e respetivas conse-

quências de que o futuro prepara-se

hoje e aqui. Os “adiamentos” insensa-

tos ou as “decisões” sem ponderação,

são ocasiões para vivermos aquém do

verdadeiro, justo e oportuno e causa de

frustrações sem solução. E é frequente

vivermos com “desculpas” ou até senti-

mento de raiva, sem provocar uma per-

tinente “revisão de vida” para “remediar”

a dinâmica pessoal.

8. Só tem vantagens “libertar-se”

dos ressentimentos, dos medos e frus-

trações e buscar sim os “porquês” dos

fracassos e elaborar e elaborar realista

“regra de vida” para ativar os talentos

pessoais e tornar-me alguém que escu-

-

ração e os riscos medidos.

A prudência envolve a arte de

aprender com o passado, de bem ava-

liar o presente e avançar para o futuro

que está sempre a vir ter connosco e a

tornar-se história. E porque o tempo só

se vive uma vez, é básico aproveitá-lo

sensatamente. A autoaceitação escla-

recida deve implicar que, experimental-

mente, sei donde venho, para onde pre-

tendo ir e com que ritmo devo proceder

para acertar o passo da vida pessoal,

tendo em justa conta os “deveres” a de-

sempenhar, com consciência que devo

“cumprir a vida”.

Devo assimilar a proposta de

a pessoa está sempre desperta para

aprender, aprofundar e inovar, de acor-

se culpar ou desculpar com a questão

da “sorte”. Esta resulta como conse-

quência da competência, honestidade,

verdade e aplicação esclarecida, persis-

tente e pertinente às tarefas bem sele-

cionadas.

9. Somos nós que devemos

“criar as oportunidades” para ser, viver

e produzir com a qualidade possível. É

essencial aprender a perdoar e a reco-

meçar, aprendendo com os fracassos

do passado. É bom aprender com os

próprios erros, mas é menos oneroso

aprender com os outros, desde que

tenha encontrado a chave da emenda

-

na chamada “intuição de esperteza sa-

loia”. O ponto de chegada duma missão

bem conseguida deve iluminar o futuro.

A memória ou tradição positiva são fon-

te de inspiração, mas não de repetição.

É que a meta afasta-nos do ponto de

partida. Inovar com riscos ponderados

é viver bem, e com esperança temporal

é investir na eternidade.

11Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Maria Teresa de Souza-CardosoEducadora de Infância

“Vivemos numa sociedade plural, o que sem dúvida é um ganho. Mas

ouvimo-nos pouco, o que certamente é uma perda. Por isso mesmo, a pes-

soas ou instituições, importa estar, ouvir e falar; testemunhar, em suma. A

nossa Obra Diocesana de Promoção Social está, ouve e fala. Está nalgumas

zonas da cidade onde poucos mais estão, em termos de solidariedade prática.

Aí está todos os dias, em mil e uma acções de acompanhamento e serviço.

E isto há ‘cinquenta’ anos já, com a consistência que só um estar continua-

do permite e oferece. Cada colaborador(a) da Obra Diocesana trabalha em

frentes que requerem presença ‘de alma e coração’, e é assim mesmo que

persiste e (con)vence. A Obra Diocesana ouve: ouve a cidade, no que esta

exprime de expectativa e anseio, material, humano e espiritual. Ouve como só

o faz quem se aproxima e dispõe a ouvir. Como os seus colaboradores nos

centros ou no serviço domiciliário, escutando o que poucos escutam, pois só

CaminhandoNos bastidores da Obra Diocesana

Obra Diocesana de Promoção Social12

se capta acolhendo o outro ou indo ao seu encontro. E, porque está e ouve, a

Obra Diocesana fala. Ou melhor, canta o mais belo poema de cantar, que é o

da solidariedade humana, da caridade cristã!”

É assim que nos resenha, da forma clarividente a que nos habituou, a

nossa Obra Diocesana, o nosso querido Patriarca, D. Manuel Clemente.

E se todos os colaboradores da nossa Obra Diocesana sabem dar sem

receber nada em troca, e ficam felizes por isso, hoje sinto que devo realçar

uma faceta menos visível e menos conhecida da nossa Obra, mas nem por

isso menos importante.

E diria mesmo vital, alicerce indispensável, para que todo o apoio e

toda a presença da nossa Obra na nossa Cidade sejam exequíveis.

Refiro-me, naturalmente, aos nossos serviços de armazém e distribui-

ção, de lavandaria e central de costura.

Este grupo de colaboradores, da responsabilidade directa do nosso

tão eficiente e prestável Dr. João Miguel Pratas e bem coadjuvado pelo Senhor

Vitor Valente e restantes colaboradores, constitui o motor bem oleado de toda

a nossa Obra Diocesana.

Desde muito cedo a azáfama é tremenda como pudemos testemunhar:

há que entregar atempadamente, e imaginem o trânsito entre Ermesinde e os

doze Bairros onde se inserem os nossos Centros, as encomendas do Banco

Alimentar, o material de desgaste tão necessário para as nossas crianças po-

derem trabalhar e aprender, os bolos tão saborosos e económicos, confec-

cionados com mão de mestre na cozinha da nossa Sede (o nosso 14), para

felicitar alguma das nossas crianças, cliente sénior ou colaborador, etc., etc.

Refere-nos o Senhor Vitor: “Trabalhar na Obra Diocesana de Promoção

Social, é um enriquecer todos os dias, é servir a pobreza e consolar os tristes

que por diversas razões estão sós e abandonados. São estes que nos dão

mais alento e nos cativam para que no dia-a-dia nos entreguemos de alma e

coração.

Quando cruzamos com estes clientes com as faces marcadas pela

tristeza, uma simples saudação nossa, transfigura seus olhares com sorrisos

tímidos e emocionados.

Na Obra Diocesana de Promoção Social, não é só trabalhar, mas sim

servir, servir o próximo com amor e carinho.

A plataforma logística de Ermesinde está inserida nas actividades dos

50 Anos ODPS, na Campanha de recolha de latas de alumínio com o duplo

objectivo de sensibilização ambiental e angariação de fundos.

13Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Esta plataforma é constituída por cinco motoristas, um empregado de

armazém, duas costureiras e nove lavadeiras.

Todos os dias úteis, são executados diversos serviços, como lavar e

passar a roupa dos clientes e dos Centros Sociais, confecção de batas, len-

çóis, babetes, entre outros.

A logística desloca-se várias vezes por dia aos Centros Sociais, exe-

cutando serviços diversos como a recolha de roupa para higienizar e entrega

higienizada, entrega de bolos, fruta, mercearia, correio interno, etc.

Pessoas a sentirem pessoas. Eu + Tu = Nós.”

Não há dúvida que é uma equipa profissional mas discreta, sempre

presente sem nos darmos conta, sempre com um sorriso e uma dedicação

extremas à nossa Obra. Tendo já sido realizadas algumas visitas a Ermesin-

de, quer pelas crianças quer pelos seniores, dá gosto constatar a alegria e o

empenho com que nos falam do seu trabalho, dos seus serviços e das suas

instalações.

Como nos refere uma das nossas clientes:

“ No passado mês de Dezembro de 2013 visitei aqueles que para nós

trabalham e dos quais poucas vezes nos lembramos, e quando nos lembra-

mos é para dizer que a roupa está em falta. Após a chegada a Ermesinde

percebi que mais do que uma visita aquele era mais um dia de partilha, num

local onde por mais improvável que possa parecer também transmite em cada

canto e recanto os sentimentos, princípios e carinho do local e das pessoas

que connosco lidam todos os dias.

A visita ao Armazém Central, Lavandaria e Costura Central fez-me

perceber que ali está mais uma extensão da humanidade, carinho e cuidado

da O.D.P.S.

Foi bom saber como se acondicionam os alimentos e se trata a rou-

pa, mas mais importante foi perceber que cada cliente é importante.

Parabéns a todos por nos mostrarem que até na organização de bens,

os sentimentos podem existir.”

A Lavandaria central lida com números impressionantes: processa cer-

ca de 2.000 kg de roupa por dia (nas nossas casas a capacidade máxima nor-

mal das nossas máquinas são 6/7 kg) ou seja cerca de 500.000 kg de roupa

por ano; toda a roupa dos 12 Centros da Obra Diocesana, como toalhas de

mesa, lençóis, babetes, edredões, batas, aventais, etc., bem como a roupa

dos clientes das respostas sociais da terceira idade correspondente ao servi-

ço de Apoio Domiciliário, Centro de Dia e Centro de Convívio: em muitos casos

Obra Diocesana de Promoção Social14

roupa interior, camisas, saias, calças, roupa de dormir, lençóis e cobertores,

cortinas e tapeçarias, enfim, um sem fim de roupas que sofrem um tratamento

adequado. E agora imaginem o tratamento logístico inerente: o transporte e

a triagem das roupas; o seu tratamento diferenciado e personalizado, a sua

catalogação, a sua devolução e entrega, e tudo isto diariamente!

Como constata o nosso Presidente Senhor Américo Ribeiro: “Se a fe-

licidade dos outros, em especial dos mais desprotegidos depende, em

grande parte, de acções magnânimas cobertas de vontade forte, de

convicções positivas, tem de haver mentes a pensar e braços a produ-

zir com a certeza de que vale a pena descobrir, através das mesmas o

amor caritativo, o amor ao próximo.”

E é também este entusiasmo que o nosso Presidente nos incute, o

amor ao próximo que com todos partilha, que a todos motiva e que até ao nos-

so Presidente da República, Prof. Dr. Cavaco Silva não passou despercebido:

e isso é da maior importância.

E por isso penso Senhor Américo Ribeiro que o Senhor é merecedor,

tal como aqueles que consigo colaboram, de uma grande salva de palmas.”

São, pois, também estes colaboradores com uma motivação e um

amor à nossa Obra inexcedíveis que tornam possível o nosso dia-a-dia

Não nos apercebemos verdadeiramente, mas sempre que há um even-

to, um passeio, uma festa, um idoso a dormir em roupa lavada, uma cami-

sa, uma bata devidamente cosidas, umas cortinas novas, temos a equipa do

nosso Dr. João Miguel Pratas presente, sempre de forma verdadeiramente

profissional e inexcedível e sempre com Jesus presente, a velar pelo bom

desempenho do seu trabalho.

Era da maior importância que todos os colaboradores e clientes da

nossa Obra conhecessem e visitassem estes nossos serviços para valoriza-

rem da forma que o merece este tão nítido e claro amor ao próximo, onde se

fundem verdadeiramente o servir e o afecto, onde se vivem as palavras do

Senhor Américo Ribeiro em plenitude:

“Serviço e afectos fazem mudança em busca da felicidade, ser-

viço e afectos acompanham a verdade, serviço e afectos prometem

e comprometem cada sentimento, cada impulso e cada acto humano

fazem destes um prado verdejante de gentileza, lucidez, companhei-

rismo e humildade!

São a força motriz do tempo e do coração!”

15Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Diana Cancela

Histórias com gente dentro

na sua indiferença para com outros

seres humanos. A solidão em que mui-

tos idosos são deixados a (sobre) viver é

uma das maiores epidemias dos tempos

modernos e daquelas coisas em que

pensamos enquanto nos encaminha-

mos para o conforto das nossas casas,

onde sabemos que temos sempre al-

guém à nossa espera. Por um lado por-

que projectamos aquela solidão no nos-

so futuro e na possibilidade de também

nós acabarmos sós e por outro, porque

a solidão é talvez aquilo que mais so-

frimento causa a um idoso, causando

uma corrosão interior tão dolorosa que

a morte emocional é inevitável. E a pior

solidão é aquela que não é solidão,

mas sim abandono (porque há a so-

lidão que é quase obrigatória, quan-

do não existem familiares vivos, por

exemplo).

arranjam para não estarem presentes na

vida dos pais e as desculpas que os pró-

prios pais arranjam para a ausência dos

resumindo, os idosos estão abandona-

o são, e esquecem que, algures, o pai

e/ou a mãe estão abandonados e entre-

gues a si próprios, a viverem sabe-se lá

uma questão apenas: “mas estes não

são os seus pais?” Não deveria isto,

-

O nosso trabalho diário com

idosos (e seus familiares) oferece-nos

imensas oportunidades de aprendiza-

gem e, acima de tudo, inestimáveis li-

ções de vida. Pessoalmente, costumo

que carrego cá dentro muitas vidas, vi-

das que não são minhas mas que me

ensinam o que só a experiência e as

vivências nos podem ensinar. As vidas

que trago cá dentro são vidas feitas

de histórias com gente dentro, gen-

te essa que muitas vezes a sociedade

discrimina, afasta, encosta a um canto.

Para nós, que lidamos com o bom e o

menos bom da vida e do envelhecer os

provavelmente, também é isso que nos

alimenta os dias e nos faz gostar verda-

deiramente daquilo que fazemos.

Em pleno ano de 2014, numa

época em que tudo o que no século

passado parecia utopia já aconteceu

ontem, continuamos a encontrar

idosos sem as condições mínimas

de subsistência, como por exemplo,

sem luz ou água quente, e que, ainda

assim, resistem às nossas tentativas de

ajuda ou sugestões de alteração do seu

estilo de vida – coisas simples como

deslocarem-se ao centro de dia para

tomar banho quando não têm água

quente, aceitarem apoio para resolução

de situações de corte de luz de há mais

“Quando a vida se torna frágil, nos anos da velhice, não perde o seu valor e a sua dignidade: cada um de nós, em

qualquer etapa da existência, é querido, é amado por Deus, cada um é importante e necessário.”

(cfr Homilia pelo início do Ministério Petrino, 24 de abril de 2005, Papa Bento XVI)

de 10 anos ou realização de higiene ha-

situações, que na sua maioria são com-

plicadíssimas, não só pela dita resistên-

cia do idoso, mas também pela escas-

sez de respostas sociais imediatas, é

necessário alterar mentalidades e

representações mentais, já que para

estas pessoas estas condições são

tidas como “normais” e perfeitamen-

te aceitáveis. Não me recordo de ter

conhecido algum idoso a viver nestas

condições desumanas que alguma vez

tivesse reconhecido que viver no meio

de lixo simplesmente não é viver e que

merece muito mais do que isto. Acima

de tudo é preciso respeitá-los, mas não

desistir destes idosos, nem nos aco-

tudo o que podíamos”, porque há sem-

pre algo mais que podemos fazer pela

qualidade de vida de alguém que, muito

provavelmente, já perdeu toda a vonta-

de de viver.

A questão que se impõe é: onde

está a família nestas situações? A

frieza, distanciamento e ausência de

sentimentos com que algumas famílias

tratam os seus (que acabam por ser

mais nossos) idosos é das coisas que

mais me revolta no meu trabalho. Quase

diariamente me deparo com exemplos

vergonhosos que me fazem questionar

até onde o ser humano é capaz de ir

Obra Diocesana de Promoção Social16

exemplo, a visitar familiares de clientes

já falecidos ou a convidá-los para parti-

cipar em algumas das nossas activida-

des. E é também essa prestação de um

serviço de qualidade a responsável pela

angariação de novos clientes, já que o

“passa palavra” ainda é uma das me-

lhores formas de divulgar um serviço.

É bastante agradável para todos os co-

laboradores, vermos chegar-nos novos

clientes encaminhados pela sugestão

bastante satisfeitos com o nosso traba-

lho, assim como é muito motivador ouvir

diariamente os nossos clientes ou fami-

liares elogiarem e agradecerem o nosso

trabalho. Apenas um breve exemplo:

recentemente realizei com os idosos de

centro de dia uma actividade que con-

sistia em elaborar uma carta de agrade-

cimento a alguém por algo de bom que

nos fez/faça. Curiosamente, ou talvez

não, alguns dos nossos idosos dirigiram

essa carta aos nossos colaboradores…

Julgo que a ODPS está no

bom caminho no que a mudar/mar-

car as vidas de quem mais precisa

diz respeito. É de dedicação huma-

na que os nossos idosos precisam.

E mais do que isso, o que temos de

dar aos nossos idosos diariamente

é um comprimido que não se vende

na farmácia – o afecto. Como o Papa

Bento XVI disse um dia “Quem aco-

lhe os idosos, acolhe a vida”. Tra-

balhemos juntos, diariamente, para

que a ODPS seja uma casa cheia de

vida para os nossos idosos.

ca falharmos no amor e dedicação? E

como se não bastasse, temos ainda os

próprios idosos, os pais, a desculparem

-

ções de quem não quer acreditar que

foi abandonado. Quantas vezes aqueles

pais anularam as suas vidas para esta-

mudarem uma fralda, para passarem

uma noite em branco à espera que a fe-

bre baixasse, para terem o que lhes dar

de comer e vestir... quanto sacrifício não

-

rem essas pessoas cheias de afazeres

e cargos importantes que nem lhes dei-

xam tempo para visitar quem lhes deu o

mundo? Apenas um desabafo…

-

tro do desemprego, que também afecta

os nossos idosos. O aumento do de-

passem a viver “à custa” dos pais (ido-

sos), uns por não existir qualquer outra

solução e outros porque esta parece

ser a solução mais fácil e menos pesa-

rosa. Apesar de em algumas situações

isto representar a possibilidade de uma

maior proximidade e união entre pais

maior assistência aos idosos que pas-

situações representa um foco de pro-

blemas para o idoso, problemas esses

-

familiares ao seu encargo) aos psicoló-

gicos e emocionais, já que o idoso pas-

sa a viver angustiado pela sua situação

de maiores despesas e pela situação

de dependência dos pais e se recusam

a procurar emprego.

Paralelamente, é comum nestas

situações e nos idosos em geral, a famí-

lia optar por retirar ao idoso o controlo

seu bem-estar emocional e psicológico.

Os idosos encaram esta situação como

um claro sinal de perda de autonomia

e capacidade cognitiva para realizarem

uma das tarefas básicas para a sua

sobrevivência, já que a maioria deles

sempre esteve habituado a fazer um

controlo regrado e autónomo das suas

Envelhecer é bonito. Mas

para alguns não é fácil.

Então, o que podemos fazer

para tornar esta fase da vida, que é

plena?

A fórmula é simples: a presta-

ção de um serviço de qualidade a todos

os nossos clientes deverá ser um pilar

diário da instituição, primeiro porque

é essa uma das principais obrigações

de todos os colaboradores da ODPS e

porque um serviço de qualidade deixa

a nossa marca nas pessoas, mesmo

depois de suspensos os serviços. É

essa marca que permite a criação de

uma relação, que se transforma em la-

ços afectivos, que vão muito para além

da mera prestação de serviços e que

é a responsável por continuarmos, por

17Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Comemorações dos 50 Anos da ODPS

Abril > Cooperação: A Aliança entre todos e para todos Centro Social Rainha D. Leonor

50 Anos de serviço ao próximo, com

amor.

O Centro Social de Rainha D.

Leonor teve o privilégio de dinamizar

durante o mês de Abril atividades su-

bordinadas ao tema de trabalho “Coo-

peração: A Aliança entre todos e para

todos”, envolvendo a participação das

nossas crianças e seniores, a família,

colaboradores, a comunidade e todos

os outros Centros Sociais da ODPS.

Esta atividade realizada no dia

1 de Abril estava inicialmente planeada

para se fazer pelo exterior do Centro

Social de Rainha D. Leonor, contudo

devido às más condições climatéricas

não foi possível concretizar-se conforme

inicialmente previsto.

Não baixámos os braços e reali-

-

tro com a colaboração de alguns ele-

mentos do grupo de precursão “A Obra

a Rufar” que criou momentos de alegria,

entusiasmo e divertimento para todos

os nossos clientes e familiares.

As nossas crianças, idosos e

colaboradores recriaram momentos

alusivos à corte, vestindo trajes de reis,

rainhas, príncipes e princesas, bobos

da corte entre outros, elaborados pelas

crianças, idosos, educadoras e famílias

mostrando a criatividade e a cor que é

possível conseguir com materiais reci-

cláveis.

Visita do Sr. Padre Domingos Olivei-

ra ao Centro de Dia

No dia 1 de Abril recebemos

também a visita do Sr. Padre Domingos

Oliveira da Paróquia da Nossa Senhora

da Ajuda e de Lordelo do Ouro que veio

rezar o Evangelho do dia.

Foi um momento de partilha dos

nossos idosos com o padre da fregue-

sia, referência eclesiástica para estes,

“Que antes de despertar o amor nos outros, possamos acordar o amor que dorme dentro de nós próprios. Só assim

poderemos atrair o afeto, entusiasmo e o respeito.”

Manuscrito encontrado em Accra

Obra Diocesana de Promoção Social18

nomeadamente para os mais debilita-

deslocar-se à Igreja.

Visitas ao nosso Centro Social

De forma a envolvermos os ou-

tros Centros Sociais da ODPS convi-

damos um grupo de quatro idosos de

cada centro a passar um dia connosco.

Assim durante as três semanas do mês

recebemos um grupo de 12 idosos cor-

respondente a três Centros Sociais.

Por volta das 10 horas eram

recebidos no nosso Centro de Dia pe-

los nossos idosos e seguiam viagem

pela nossa “Corte”. Tiveram uma breve

explicação sobre a nossa história im-

pressa no nosso Mural e visitaram as

nossas instalações partilhando mo-

mentos com os nossos bebés, e com

as nossas crianças mais crescidas.

Após a visita seguia-se uma apresen-

tação de uma peça de teatro “Meninos

de todas as cores” dramatizada pelas

crianças do pré-escolar e creche e um

momento musical também realizado

pelas nossas crianças. Estas ativida-

des proporcionaram um momento de

partilha entre gerações e o convívio

com as crianças é muito valorizado pe-

los nossos seniores.

O almoço partilhado com os

nossos seniores num ambiente de fes-

ta e alegria onde estes conversavam e

partilhavam experiências. Alguns ido-

sos, amigos de longa data, reencontra-

ram-se nestas visitas.

As tardes foram animadas pelos

grupos da comunidade: Orfeão da Foz

do Douro, Grupo de Cantares do Norte

-

sas clientes de Centro de Convívio, Sr.

Eduardo Oliveira que gentilmente, ao

som da sua viola e da sua voz, animou

uma destas tardes deliciando os idosos

com belas melodias.

Foi notória a felicidade estampa-

da nos rostos dos idosos cantarolando

as canções que iam ouvindo e dançan-

do com alegria.

Após o lanche e na hora da des-

pedida cada grupo recebeu um peque-

no girassol elaborado pelas crianças e

o símbolo da Cooperação – uma mão

valor da nossa Instituição.

No dia 24 de Abril tivemos o pri-

vilégio de ter connosco o Conselho de

Administração da ODPS na pessoa do

Sr. Pedro Pimenta que nos presenteou

com a sua presença acompanhando to-

das as atividades desenvolvidas ao lon-

go do dia e testemunhando o ambiente

de alegria e entusiasmo.

Alguns testemunhos recebidos:

“Esta iniciativa foi uma prova da

capacidade de unir, mobilizar e trans-

formar simples momentos em algo

19Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Comemorações dos 50 Anos da ODPS

inesquecível. O tema do mês Coopera-

ção esteve bem vincado nas atividades

propostas (… ) os idosos do Centro So-

cial de São João de Deus sentiram-se

acarinhados na companhia dos idosos

e crianças deste centro, prova da união

existente numa instituição una e onde

o valor da cooperação esteve sempre

presente.”

Centro Social de São João de Deus

“ (…) Houve grande alegria dos

nossos seniores pela receção calorosa

que crianças e idosos proporcionaram.

(…) Gostei muito (…) Dou muito valor a

tudo que foi feito.”

Centro Social do Cerco do Porto

“Gostei muito das crianças e do

senhor que cantou músicas antigas do

nosso tempo. Passei o dia muito bem”

Maria Euride - 80 anos

“Estivemos a ouvir musica e

gostei da vista para o rio. O Centro está

bem situado e fomos muito bem rece-

bidos”

Emília Costa – 88 Anos

Centro Social de Fonte da Moura

“Os idosos que participaram

nesta atividade regressaram bastante

satisfeitos. Foi um dia em que a coope-

ração esteve realmente presente”

“ Senti-me em casa, fomos mui-

to bem recebidos (…)

Manuel Silva – 84 anos

Centro Social de Pinheiro Torres

“(…) Uma boa recordação, um

dia muito animado e tiveram oportuni-

dade de rever amigas de outros tem-

pos”

Centro Social da Pasteleira

“Foi uma maravilha, pena não

ser assim todos os dias (…) Fomos mui-

to bem recebidos, rimos e cantamos

durante todo o dia (…) Adoramos o

grupo de cantares era muito animado e

a vista é maravilhosa”

Centro Social de Machado Vaz

Visitas Domiciliárias

Durante o mês as nossas crian-

ças do Pré-escolar e do CATL visitaram

os idosos do SAD levando uma peque-

na lembrança elaborada por estes.

Esta prática é já comum neste

visitas para que estes se sentissem

participantes no mês que estava a de-

correr.

Com estas visitas pretendeu-

-se dar mais colorido ao dia de alguns

idosos que vivem sozinhos para que

estes se sintam mais acarinhados. Um

Obra Diocesana de Promoção Social20

sorriso de uma criança, um gesto, uma

palavra confortam a solidão em que es-

tes vivem.

Ação de sensibilização

No dia 14 de Abril o enfermeiro

António Coutinho realizou uma palestra

de saúde cujo tema foi “Cuidados a ter

com o calor”, destinada aos idosos des-

te Centro.

Também a equipa de proximida-

de da PSP realizou uma ação de sen-

sibilização no âmbito de prevenção e

segurança dos idosos no nosso Centro

de Dia.

O objectivo foi sensibilizar

para alguns cuidados e comporta-

mentos adequados a terem em situa-

ções de perigo, como por exemplo

burlas, quedas, violência doméstica

entre outras.

Esta ação promoveu o envolvi-

mento ativo dos idosos transmitindo al-

guns conselhos uteis, partilha de infor-

mação reforçando assim o sentimento

de segurança.

Visita do Centro Ambiental da

Quinta do Covelo

E porque a cooperação faz-

-se envolvendo toda a comunidade,

tivemos a visita do Centro Ambiental

da Quinta do Covelo que veio pre-

sentear as nossas crianças e senio-

res com uma história “O Dragão cus-

pia flores”.

Esta dramatização foi feita por

dois técnicos ambientais. O cenário e

as personagens eram feitos de mate-

riais recicláveis.

A moral desta história fez-nos

ambiente e a reutilização de materiais.

Foi uma tarde muito bem pas-

sada, divertida e as crianças deliraram

com as travessuras do Dragão.

Demostração Cinotécnica no Par-

que Ambiental da Pasteleira

O Comando Metropolitano da

Polícia da Segurança Pública do Porto

no âmbito do programa Escola Segura

brindou as crianças dos Centros So-

ciais da Obra Diocesana com a realiza-

ção de uma atividade cinotécnica.

Atividade destinada a todas as

crianças da sala dos 5 anos da Obra,

e para as crianças da sala dos 5 anos

do Centro Social da Paróquia de Nos-

sa Senhora da Ajuda que prontamente

aceitou o nosso convite e trouxe as suas

crianças a assistir a esta fantástica de-

monstração. Estiveram presentes cerca

de 200 crianças.

Esta atividade decorreu no Par-

que Urbano da Pasteleira, onde os cães

polícias devidamente treinados nos

presentearam com varias simulações,

nomeadamente situações de roubo, de

perigo entre outras. Foi uma atividade

21Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Comemorações dos 50 Anos da ODPS

bastante enriquecedora para as crian-

ças até porque estas também puderam

interagir com os cães e com os elemen-

tos da polícia.

Concerto da Banda de Musica da

PSP do Porto

Esta atividade foi destinada a

todos os idosos da ODPS, envolvendo

também os idosos do Centro Social

da Arrábida e da Casa do Lordelo. De-

correu no auditório do Centro Social

da Pasteleira, local onde foi possível

juntar cerca de 300 idosos e cerca de

35 crianças do pré-escolar deste Cen-

tro, estando o auditório praticamente

lotado.

A música marcou presença nes-

te dia envolvendo várias gerações (dos

4 aos 95 anos) permitindo despertar

emoções e sentimentos.

Contamos com as presenças

do Presidente do Conselho de Adminis-

tração, Sr. Américo Ribeiro e Sr. Pedro

Pimenta e do Dr. Carlos Pereira, Diretor

Técnico da Instituição.

O Presidente da Obra Dioce-

sana saudou e agradeceu a presen-

ça e a cooperação dos elementos da

Banda da PSP proferindo palavras de

enaltecimento ao trabalho que tem sido

desenvolvido pelos Centros Sociais no

âmbito das comemorações dos 50

anos ODPS. Realçou o papel dos co-

laboradores na elaboração do plano

de atividades da comemoração dos 50

anos da Obra.

O amor ao próximo, a partilha,

a inovação e o empenhamento foram

valores que têm estado presentes em

todas as atividades referindo que estes

valores são a chave do sucesso de uma

Instituição cuja missão são “pessoas a

sentirem pessoas.”

Para os seniores este aconte-

cimento foi uma experiencia única pois

permitiu-lhes sair da rotina, conhecer

outras realidades, despertar interesses

e fortalecer os laços sociais.

Atividade Troca de Funções

Troca de funções foi a atividade

por nós escolhida para ser trabalhada

em todos os centros sociais, envolven-

do todos os colaboradores da Obra

Diocesana de Promoção Social.

Todos nós sabemos que de

uma forma geral é já uma prática co-

mum em todos os centros a interajuda,

a cooperação, a polivalência, o trabalho

em equipa, etc., entre as diversas res-

postas sociais, nos serviços de limpeza,

nas cozinhas, mas quisemos reforçar

a importância e valorizar este gesto de

ajudar o outro que é, tão e somente,

nosso(a) colega.

A nossa proposta foi no senti-

do de sensibilizar os colaboradores a

dar mais importância às respostas so-

Obra Diocesana de Promoção Social22

ciais do apoio domiciliário e do centro

de dia, focalizando a troca de funções

nas necessidades dos idosos, uma vez

que estes são os mais desprotegidos

e muitas vezes abandonados quer pela

família quer pela própria sociedade.

Esta atividade foi organizada de

acordo com a dinâmica de cada Cen-

tro Social, sendo da responsabilidade

qual o horário mais adequado, tendo

em conta que deveria estar assegura-

do o bom funcionamento do serviço.

Alguns exemplos que seguimos:

O almoço dos idosos no Centro

de Dia teve o apoio de uma Educadora

de Infância;

A cozinha teve a ajuda de uma

Ajudante de Ação Educativa;

A sala dos 3 anos teve a ajuda

da Cozinheira;

A sala dos bebés teve a ajuda da

Administrativa;

A ajuda no arranjo das frutas;

A ajuda a trazer os idosos para

o interior do Centro depois de efectuado

o transporte;

Ajuda para acompanhar um

cliente senior à casa de banho;

Entre muitos outros.

Foi sem dúvida uma experiên-

cia muito enriquecedora para todos e

todos os colaboradores partilhavam

com satisfação e orgulho de estar a

contribuir com o seu trabalho em áreas

de trabalho não comuns no dia-a-dia.

“PARA COOPERAR É PRECISO

ESTAR DE OLHOS ABERTOS E VER

COM O CORAÇÃO”

Alguns testemunhos recebidos:

“A cooperação é uma aprendi-

zagem, estando presente diariamente

nas nossas funções. Nesta apren-

funções que além de funcionar como

uma ajuda para outras categorias pro-

-

cessidades e contrariedades diárias

das mesmas”

“Muitas vezes esquecemo-nos

e horas, ou de alguns idosos que de-

moram a chegar ao interior do Centro

depois de efectuado o transporte”

Centro Social de São João de Deus

“A Cooperação leva à união de

esforços e de pensamentos. Pressu-

põe-se que trabalhando em equipa o

resultado se aprimore e seja muito mais

rico em conteúdos”

Centro Social do Lagarteiro

“O respeito pelo outro e pela

hierarquia, a compreensão, a solidarie-

dade, a colaboração, a complementari-

dade, o espirito de equipa e de grupo

23Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Comemorações dos 50 Anos da ODPS

são organizadores que defendem o

trabalho em conjunto. Só um conjunto

harmonioso e equilibrado dará o fruto

pretendido”

Centro Social do Cerco do Porto

Celebração da Páscoa

O mês de Abril foi repleto de ati-

vidades de cooperação envolvendo os

clientes da Obra Diocesana.

Na Igreja de Nossa Senhora da

Ajuda celebrou-se uma Eucaristia an-

tecedendo a festa da Páscoa. Nesta

celebração estiveram presentes ido-

sos de todos os Centros Sociais.

A Igreja estava repleta com os

nossos clientes seniores, crianças, al-

guns familiares e colaboradores da Ins-

tituição.

Esta Eucaristia foi celebrada

pelo Sr. Padre Domingos Oliveira e

agraciada com a atuação do Grupo

Coral da Paróquia que gentilmente

acedeu ao nosso convite e cooperou

connosco. Foi um momento bonito que

emocionou os nossos seniores.

Seguiu-se o Almoço de Pás-

coa realizado em cada Centro Social,

onde por mais um ano nos juntamos e

festejamos esta época tão especial na

vida cristã dos nossos clientes.

Neste almoço contamos com

a presença do membro do Conselho

de Administração da ODPS, Sr. Pe-

dro Pimenta e do Pároco Domingos

Oliveira.

Construção do Puzzle

No decorrer do mês de Abril,

durante as quatro semanas enviamos

quatro peças de um puzzle para cada

mês conseguíssemos completar o pu-

zzle e desvendar a mensagem que este

nos transmitia.

O objectivo desta iniciativa foi

que deverá ser vivenciado no dia-a-dia

de qualquer Instituição.

Construção da Tela – símbolo de

Cooperação

No mês da cooperação (Abril),

o Centro Social de Rainha D. Leonor

pretendeu criar um trabalho global

que expresse o tema “Cooperação: A

Aliança entre todos e para todos”

Uma tela previamente dividida

em 12 espaços percorreu cada centro

social.

Cada espaço correspondeu a

um Centro Social previamente defini-

do que com inovação e criatividade

expressou o que para si é a Coope-

ração.

bonita, inovadora e criativa, um ver-

dadeiro exemplo de cooperação entre

todos os centros sociais.

Obra Diocesana de Promoção Social24

Encerramento do mês - Passagem de

testemunho

No último dia do mês de Abril

recebemos o Centro Social São João

de Deus para efetuarmos a passagem

união entre todos.

Neste dia estiveram presentes

os idosos de São João de Deus que

vieram partilhar com os nossos idosos

e crianças uma tarde diferente e anima-

da. A abrilhantar a tarde esteve presen-

te a Academia de Danças e Cantares

do Norte de Portugal.

Projetamos uma pequena apre-

sentação com os momentos mais sig-

Contamos com a presença do

Conselho de Administração da ODPS,

Presidente da Instituição, Sr. Américo

Ribeiro, e Sr. Pedro Pimenta.

O Sr. Américo Ribeiro proferiu

algumas palavras, iniciando a sua inter-

venção elogiando e enaltecendo todo o

trabalho realizado em prol dos nossos

clientes.

Para encerrarmos o nosso mês

foi entregue o testemunho ao Centro

Social de São João de Deus na pes-

soa do seu coordenador Dr. Emanuel

Cunha. No mês de Maio cabe a este

Centro desenvolver atividades no âm-

bito das comemorações dos 50 anos

ODPS subordinado ao tema “Maria,

Beleza e Afetividade”.

No encerramento ofereceu-se

a tela elaborada com a cooperação de

todos os Centros ao Conselho de Ad-

ministração da ODPS símbolo de EU +

TU = NÓS

Especiais Agradecimentos:

A todos que connosco colabo-

raram o que permitiu termos um mês

repleto de atividades com criatividade

e inovação.

O nosso obrigado ao Conse-

lho de Administração que nos lançou e

É de enaltecer a cooperação e

o empenhamento que todos os cola-

boradores do Centro Social de Rainha

D. Leonor demonstraram na concreti-

zação destas atividades ao longo do

mês de Abril.

25Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Comemorações dos 50 Anos da ODPS

Maio > Mês da Mãe, mês da Beleza e Afetividade de Maria Centro Social de São João de Deus

Maio – Mês da Mãe, mês da

Beleza e Afetividade de Maria – este

foi o tema com que o Centro Social de

São João de Deus celebrou de modo

especial os 50 Anos da Obra Diocesana

de Promoção Social.

Dia da Mãe

No mês de Maio, as comemo-

rações dos 50 anos da ODPS, no Cen-

tro Social de São João de Deus, com o

tema atribuído de “Maria Beleza e Afe-

tividade” iniciaram com uma espantosa

atividade programada para o Dia da

Mãe. No dia 5 de Maio e contando com

a animada colaboração da Professora

Diana, professora de dança da Múltipla

Escolha, as mães e utentes da terceira

idade do nosso Centro e dos restantes

Centros Sociais da Instituição participa-

ram numa mega aula de Zumba ao ar

livre. Mães, crianças, avós e colabora-

dores, através da dança, experiencia-

ram momentos de partilha, de alegria,

de união e felicidade.

O próprio Conselho de Adminis-

tração, muito bem representado pelo

Sr. Pedro Pimenta, sempre pronto a

cooperar, como foi o caso, envolveu-se

também na atividade onde de forma ex-

cecional não deixou de participar.

Foi um momento único, de en-

volvência total, quer de colaboradores,

mas principalmente dos participantes,

onde foi notória toda a adesão da co-

munidade de pais, familiares das crian-

ças e também de muitos clientes, não

só de São João de Deus, bem como

todos os Centros Sociais da ODPS.

Todo este esforço a dançar foi

depois recompensado com um lanche

convívio entre todos os intervenientes.

Visitas ao Domicílio de Clientes do

SAD

Neste mês de Maria, de afetos e

de celebração, de novo crianças e ido-

sos uniram esforços com o Coordena-

dor de Centro, bem como com restante

equipa técnica (Psicólogo e Enfermeira),

proporcionando aos clientes do Serviço

de Apoio Domiciliário (SAD) momentos

de alegria, de presença amiga, de parti-

lha de sentimentos e emoções.

Através de canções, de oração

e de conversa amena impulsionou-se

em cada pessoa visitada a força de vi-

ver, de se unir ao outro, numa corrente

de amor e solidariedade.

Aproveitou-se também por

Obra Diocesana de Promoção Social26

observar os vasos anteriormente ofe-

recidos pelo Centro, numa iniciativa

promovida pelo serviço de Psicologia

no âmbito das comemorações dos 50

anos da Instituição.

Foi nosso desejo com estas vi-

sitas, que ocorreram em diversos dias

do mês de Maio, levar um gesto de par-

tilha, de envolvimento nesta comemora-

ção, de forma a transportá-la além das

“portas” do Centro, junto daqueles que

muitas vezes apenas usufruem da nos-

sa companhia, do nosso sorriso e da

nossa responsabilidade.

Os sorrisos que se evidenciaram

nos clientes e também nos participan-

tes (Crianças e colaboradores da Infân-

cia e Idosos e colaboradores do Centro

de Dia e SAD) levaram também uma pa-

lavra de compromisso e de solidarieda-

de, mostrando toda a ligação existente,

entre outros clientes e colaboradores,

para que nunca se sintam esquecidos

sentindo que todas as suas vivências e

experiências da vida valeram a pena.

Estes momentos de partilha

são também muito importantes para

as crianças, seniores e colaboradores,

pois permitem deixar nos corações de

todos a semente da partilha, do serviço

e do amor ao próximo.

Toda a equipa envolveu-se, sem

exceções, na criação e apresentação

da Obra Diocesana de Promoção So-

cial, que decorreu no polivalente do

Centro Social da Pasteleira de 12 a 21

de Maio.

A exposição apresentada per-

mitiu evidenciar o trabalho realizado

nestes 50 anos de trabalho e de ser-

viço e que dão a maior razão à frase:

“50 Anos de Serviço ao Próximo, com

Amor”.

Nesta exposição mostraram-se

todos os valores defendidos acerrima-

mente pela Instituição, bem como a

motivação pessoal dos clientes, a par-

tilha de problemas e a busca de solu-

ções. Não foi esquecido o desígnio de

proporcionar às crianças e jovens um

crescimento em harmonia e saúde. Foi,

igualmente, evidenciado o trabalho com

os idosos e recordação da sua a vida

com sorrisos e satisfação.

O Centro Social de São João de

Deus, ao realizar uma exposição com

toda esta fantástica e meritória ação so-

cial em prol de todos quantos dela ne-

cessitaram e necessitam, nos diversos

bairros sociais da cidade do Porto.

A ODPS disse sempre “sim” às

populações mais carentes. Alguns, ca-

rentes de bens materiais e carentes de

saúde, mas sobretudo carentes de afe-

tos, de sorrisos, de amor. Esse amor,

27Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Comemorações dos 50 Anos da ODPS

traduzido num serviço cada vez mais

presente, mais atento, mais personaliza-

do foi a resposta ao longo dos últimos

50 anos.

E foi esse amor que as fotogra-

-

tuações e atividades vividas por utentes

e colaboradores.

-

bém assim uma singela homenagem a

todos os colaboradores que ao longo

deste tempo disseram igualmente “sim”

aos outros com um sorriso e com o seu

trabalho ao serviço do próximo.

Da mesma forma, estiveram ex-

postos todos os projetos criados pela

Instituição e todas as atividades que

marcaram os nossos colaboradores ao

longo destes anos de serviço.

A presença da imagem de Nossa

Senhora e dos quadros com as fotogra-

acompanharam a Obra Diocesana des-

de a sua fundação testemunhou a liga-

ção forte e intrínseca da nossa Instituição

à Igreja Diocesana, sob a mão protetora

de Maria, mãe de Jesus e nossa mãe.

A inauguração solene foi presi-

dida pelo Sr. Américo Ribeiro. na pre-

sença de clientes, colaboradores e

pais do Centro Social de São João de

Deus, do Sr. Pedro Pimenta, de Coor-

denadores de Centro, de membros das

equipas de Enfermagem e Psicologia e

de clientes e colaboradores do Centro

Social da Pasteleira, que amavelmente

cedeu o espaço. Durante toda a expo-

sição, o interesse e entusiasmo genuíno

de todos os visitantes, pequenos e não

tão pequenos, ao visualizar as fotos por

entre as torres e no “bolo” dos 50 anos,

encheram de alegria os clientes e cola-

boradores de São João de Deus. E isso

porque o nosso objetivo era proporcio-

nar algo em que todos experienciassem

o sentimento de pertença.

à sua mãe, como símbolo do amor de

Maria por todos nós. Os seniores faziam

um bouquet, que era levado para cada

Centro Social, mas também com o

Cabe também aqui um sincero e

caloroso obrigado do Centro Social de

São João de Deus às famílias e clientes

seniores que tanto contribuíram para a

Da mesma forma, agradecemos a toda

a equipa da Direção de Economato,

Logística e Manutenção, que de forma

solicita e organizada nos possibilitou a

realização desta exposição.

Presidente do Conselho de Administra-

ção, Senhor Américo Ribeiro, pela for-

ma como aceitou esta exposição, des-

de a primeira pedra lançada.

Obra Diocesana de Promoção Social28

Festa da Familia

pela presença no Centro Social de fa-

miliares dos nossos clientes. Tratou-se

de uma tarde onde as crianças e idosos

puderem receber os seus familiares,

bem como integrá-los na dinâmica do

quotidiano da Instituição.

Foi uma alegria enorme uma

vez que, para muitos, tratou-se de uma

surpresa inesperada e onde a alegria

misturada com a emoção permitiu a en-

volvência que se previa.

Os nossos idosos reviveram

-

tos, sabendo antecipadamente que

muitas vezes este contacto não é diá-

rio. Este facto, aliado à possibilidade de

partilha de um momento com o familiar

que se encontra diariamente nos nos-

sos serviços, permitiu que os familiares

percebessem a importância destas vi-

sitas, bem como a consequente alegria

gerada e a necessidade de repetir estas

iniciativas.

As nossas crianças, também

surpresas, partilharam uma tarde de

convívio com vários familiares, como

pais, tios e avós, mostrando o trabalho

que diariamente desenvolvem nas suas

salas. Para além disso incentivarem os

seus familiares a brincadeiras tão pró-

prias daquelas idades e que muitas ve-

zes, nas suas casas, por falta de tempo

ou outra causa, não lhes permite uma

atenção tão centrada e que eles tanto

valorizam.

Dramatização

Na preparação do plano de

atividades para o mês de Maio: Maria,

Beleza e Afetividade surgiu a ideia de

uma dramatização que retratasse a vida

daquela que foi escolhida por Deus para

receber no seu ventre e dar à luz o seu

amado Filho, Jesus, de seu nome Maria.

Tendo em conta a sensibilidade

que os nossos clientes do Centro de Dia

têm sobre o tema, decidimos convidar

alguns para encarnar as personagens

dos principais episódios da vida de Ma-

ria.

Pronta e alegremente abraçaram

este projeto com a sua participação, de-

dicação e elaboração do mesmo. Des-

de ajudar na confeção dos adereços ao

cenário, passando pela seriedade com

que se empenharam nos ensaios.

A cooperação, o empenhamen-

to, o compromisso e a responsabilidade

foram alguns dos valores da ODPS cla-

ramente visíveis neste projeto.

A colaboração do Sr. Pedro Pi-

menta, como narrador, enriqueceu todo

este trabalho que se tornou um suces-

so nas três apresentações aos Centros

Sociais convidados.

A emoção transmitida pelos se-

niores de todos os Centros Sociais da

29Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Comemorações dos 50 Anos da ODPS

Obra Diocesana, sempre presentes em

cada um dos dias desta dramatização

(de 26 a 28 de Maio), chegou aos cora-

ções de todos, superando as expetati-

vas de todos nós.

As comemorações do 50.º ani-

versário da Obra Diocesana de Promo-

ção Social (ODPS), que se prolongam

pelo ano de 2014, foram o cenário per-

feito para a oitava edição do Jantar de

Tal como em anos transatos, o

Porto Palácio Hotel foi o local escolhido

para acolher os amigos e beneméritos

da Instituição. Nesse agradável espaço

foram recebidas cerca de duzentas e

cinquenta pessoas que, ano após ano,

manifestam, também desta forma, o

seu apoio à ODPS e convivem à luz dos

valores da partilha, da comunhão e de

uma omnipresente solidariedade.

A concretização do Jantar de

-

penhamento do Conselho de Adminis-

tração e da Liga dos Amigos da Obra

Diocesana, presidida pelo Senhor Hélio

Loureiro e que, desde 2007, o patrocina.

O jantar foi presidido por Sua

Excelência Reverendíssima D. António

Francisco dos Santos, Bispo do Por-

to. Marcaram presença diversas indi-

vidualidades, nomeadamente o Padre

Lino Maia, Presidente da Confederação

Nacional das Instituições de Solidarie-

dade (CNIS) e Assistente Eclesiástico

da ODPS; o Padre José Baptista, Presi-

dente da União Distrital das Instituições

Particulares de Solidariedade Social –

Porto; a Eng.ª Raquel Castello-Branco,

Administradora Executiva da Fundação

Porto Social; os Professores Doutores

Daniel Serrão e Francisco Carvalho

Guerra; representantes da Junta de Fre-

guesia de Campanhã; e Vítor Baía e An-

dreia Santos. De igual modo, estiveram

presentes os membros do Conselho

de Administração e Conselho Fiscal da

Obra Diocesana, fornecedores e cola-

boradores da Instituição.

O Presidente do Conselho de Ad-

ministração, Senhor Américo Ribeiro, diri-

giu palavras de agradecimento a todos os

presentes neste encontro solidário.

Expressou “um carinho muito

peculiar para a Igreja do Porto na pes-

soa de Sua Excelência Reverendíssima

D. António Francisco dos Santos”, Bispo

do Porto e Patrono da Instituição. Nesse

contexto, frisou a honra e grande satis-

fação que a presença de “tão ilustre e

-

da o quão importante é esta “presen-

ça e proximidade, pois falam de olhar,

acompanhamento e reconhecimento

atentos, justos e merecidos”.

Ao longo da sua intervenção

enalteceu igualmente a Câmara Munici-

Obra Diocesana de Promoção Social30

-

go, a cooperação e o empenhamento”,

e o Centro Distrital do Porto do Instituto

de Segurança Social. Referindo-se ao

Padre Lino Maia, elogiou-o com pala-

vras de “alegria, apreço e admiração”.

Deixou ainda uma mensagem de re-

conhecimento ao Senhor Hélio Lourei-

ro, Presidente da Liga dos Amigos da

ODPS, pela sua constante “preocupa-

ção com os outros”.

De seguida, agradeceu aos pa-

trocinadores do jantar, com especial

destaque para Senhora Eng.ª Filomena

Pires, responsável pela decoração do

espaço, e para a Adega Cooperativa de

Favaios, que contribuiu com os vinhos

servidos ao longo da noite.

Na sequência da sua interven-

ção, o Presidente da ODPS frisou que

esta é “uma Instituição da Igreja Por-

tuense” que, há meio século, “está ao

seu serviço, colaborando na missão de

solidarizar, entusiasmar e abrir sentido

de existência” à população mais debi-

profundo agradecimento aos “Amigos

em Crescendo”, isto é, à Liga dos Ami-

gos, por todas as aquisições e melho-

ramentos que têm proporcionado ao

longo dos seus nove anos de existência.

Concluiu, declarando que tal se consti-

tui como um verdadeiro “tesouro”.

Seguiu-se a intervenção do Se-

nhor Hélio Loureiro. O Presidente da Liga

dos Amigos começou por dar as boas-

-vindas ao Bispo do Porto, tendo rogado

que “Deus o conserve por muitos e bons

anos nesta Diocese, que seja o pastor

que todos nós precisamos e que o seu

báculo abra novos caminhos na evange-

lização desta cidade dedicada a Maria”.

O seu discurso continuou com

um singelo momento de homenagem

ao Senhor Américo Ribeiro, a quem

apelidou de “rosto visível” da Obra Dio-

cesana, aquele que “faz com que todos

os dias seja possível que esta máquina

funcione”. Nesse contexto, lembrou que

o Presidente da Instituição segue a má-

xima de Santo Agostinho – “a medida

do amor é o amor sem medida”. Para

simbolizar este momento, o Presidente

da Liga dos Amigos ofertou ao Senhor

Américo Ribeiro um terço trazido de

Roma e benzido pelo Santo Padre.

Aproveitando o seu momento,

o Senhor Hélio Loureiro apresentou pu-

blicamente a Dr.ª Andreia Santos como

nova Vice-Presidente da Liga dos Ami-

gos, a que deu a responsabilidade de a

“rejuvenescer” e dar seguimento ao seu

trabalho.

O Bispo do Porto, D. António Fran-

cisco dos Santos, encerrou o momento

das intervenções. Numa referência ao

discurso anterior, começou por apelar à

bênção e à proteção da Virgem Maria para

tudo o que na Obra Diocesana se faz.

31Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Comemorações dos 50 Anos da ODPS

Seguidamente agradeceu a

Deus o bem realizado, ao longo de 50

anos, pela Instituição. Nesse âmbito,

evocou todos aqueles que “desde o

berço acalentaram este sonho, deci-

diram e ajudaram a dar os primeiros

passos, consolidaram esta Obra e nela

trabalharam e serviram, trabalham e

servem, com dedicação, com zelo e

com generosidade”. Salientou que este

trajeto de serviço e de bem, realizado a

favor daqueles que mais precisam”.

Num outro raciocínio, agradeceu

a presença de todos, que integra um si-

nónimo de generosidade, evidenciando

que uma Instituição como a ODPS, “com

o seu carisma e a sua dimensão, com o

seu horizonte e a sua missão, não se faz

apenas com aqueles que ali trabalham

e servem”. “Faz-se”, prosseguiu, “de um

modo abrangente e alargado com todos

os amigos e beneméritos”.

Prosseguiu com um desejo que

a ODPS saiba, no futuro, “trilhar cami-

nhos que respondam às exigências e

cada tempo e em cada lugar, continuam

a bater à porta da Igreja”.

D. António Francisco dos Santos

-

cidas e problemas aumentados” acarre-

ta a imperiosa necessidade da Igreja se

instituir na vanguarda da missão. Des-

sa forma, a Obra Diocesana terá que

ser “este rosto e este olhar atento, que

acolhe e acarinha os mais pobres, que

ajuda os mais necessitados, que leva

conforto, ânimo e esperança àqueles

que mais precisam”.

amizade e a generosidade de todos os

presentes, que, dessa forma, partilha-

ram da missão da Obra Diocesana de

Promoção Social.

Boa noite e bem-vindos ao encontro solidário de 2014

Representando o Conselho de Ad-ministração da Obra Diocesana de Pro-moção Social, Instituição que tão carinho-samente reconhecem e acolhem, saudamos todos, com penhorado afeto e gratidão.

Evocamos também aqueles Ami-gos, que por motivos inadiáveis não puderam

-zeram de outra forma, evidenciando a sua es-tima por esta caminhada de Bem aos outros.

Desejamos que passem um serão agradável e de são convívio e que levem da-qui mais uma marca de solidariedade, com-panheirismo e união, reforçando os laços da linda amizade cultivada.

Um carinho muito peculiar para a Igreja do Porto na pessoa de Sua Excelên-cia Reverendíssima, D. António Fran-cisco dos Santos, Nosso Bispo e Nosso Patrono.

É uma honra e uma grande satisfa-

tão ilustre e querida entidade. É muito impor-tante esta presença e proximidade, pois falam de olhar, acompanhamento e reconhecimento atentos, justos e merecidos, o que nos deixa bastante felizes.

Á Excelentíssima Câmara Munici-pal do Porto o nosso reconhecimento e gra-tidão pela parceria nestes 50 Anos de vida da

Intervenção do Presidente do C.A.

Obra Diocesana de Promoção Social32

cooperação e o empenhamento para a criação de qualidade e bem-estar em todos os nossos utentes.

Ao Centro Distrital da Segurança Social do Porto um palavra de apreço pela

acompanhado e apoiado ao longo dos anos.Para o Reverendo Padre Lino

Maia, nosso Assistente Eclesiástico, aquela palavra de amplo apreço, de alegria e de admiração pela sua pessoa e personali-dade e pelo notável trabalho, que desenvolve, revestido de afetividade, entusiasmo, autentici-dade e cunho singulares até ao nível da notorie-dade, mostrando como ela se deve apresentar.

Ao Presidente da Liga dos Ami-gos da ODPS, Senhor Hélio Loureiro, o expressivo reconhecimento por tudo o que efetiva a favor desta questão social e humana, que nos move e nos sensibiliza. É um homem, que sempre se preocupa com os outros, nas diferentes magnitudes, levando e oferecendo os seus préstimos e nestes destaco visão e disponibilidade, sempre prontas e solícitas.

E a todos quantos tornaram possível esta realização, em especial à Eng.ª Filome-na Pires pela decoração, pelo alindamento do espaço e à Administração da Adega Coo-perativa de Favaios pelo seu contributo para o enriquecimento deste jantar.

Um obrigado, pleno de memória in-delével.

A Obra Diocesana é uma instituição

da Igreja Portuense, que está ao seu servi-ço, colaborando na missão de solidarizar, entusiasmar e abrir sentido de existência e é neste propósito, há muitos anos, precisa-mente há meio século, que ajuda e promove a comunidade mais debilitada nos diferentes âmbitos da vida, através de dinâmica estrutura-da, organizada, rigorosa e contextualizada no tempo e nas suas exigências, numa simbiose, que deseja ser a mais ajustada, entre servir e construir.

pois propõe-se a agir no terreno e a participar, de forma ativa e diligente, ajudando a trans-formar a realidade concreta de pessoas e de famílias, onde a história particular e coletiva en-sombra a felicidade, que todos os seres como sujeitos anseiam e a que têm direito.

A Liga dos Amigos, isto é, os Ami-gos em Crescendo, que contam com nove anos de existência, têm proporcionado aquisi-ções e melhoramentos à ODPS de tal propor-ção, que não representam uma mais-valia, mas sim um verdadeiro “tesouro”, que ofereceu resposta apetecida a várias situações cruciais.

Começando nas relações interpes-soais e chegando à amizade, concluir-se-á que se trata de um processo interessante e bastan-te dinâmico. Todo ele segmenta conhecimento,

se fundem vão ao encontro do senso da coo-

peração e gera-se o altruísmo, a disposição e a forte vontade de derrubar muros e divisões entre as pessoas, de atenuar as disparidades sociais e de colaborar na razão, que conduz ao exercício do Bem, num autêntico espírito cristão, onde a caridade, a cidadania e a equidade se entrelaçam e se fortalecem.

Foi o que aconteceu e que muito nos orgulha.

Parabéns aos Amigos!-

creve páginas bonitas aos olhos da solida-riedade humana e faz conteúdo exemplar não só na vida da Obra Diocesana de Pro-moção Social.

Todos os amigos, todos os elemen-tos por muitos que pareçam, revelam-se sem-

Cada qual, no seu espaço e na sua função, é um bocadinho do grupo, que tem uma pretensão, que tem uma intencionalida-de, que trabalha, coeso e dedicado, para um único, mas abrangente objetivo, o de colabo-rar, pela voz e efeito do Amor ao Próximo, na construção de um mundo melhor, na construção do Reino de DEUS.

Tudo é fácil e bonito, quando a tua força e o teu sorriso são expressão de Amor!

Muito obrigado.Américo Ribeiro

33Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Comemorações dos 50 Anos da ODPS

Procissão

O dia 30 de Maio marcou o en-

cerramento das comemorações dos 50

anos, do mês de Maio, no Centro Social

de São João de Deus.

Foi um momento de emoção e de

dedicação de todos, desde clientes a co-

laboradores, tendo estado bem patente a

envolvência registada por todos.

O andor presente na procissão foi

cedido através de uma cliente do Centro

de Convívio, sendo que, após um grupo

entusiasta de pais e de utentes da tercei-

ra idade ter angariado dinheiro para as

para serem eles encarregues de decorar

o andor de Maria. Foi um prazer vê-los

executar esta tarefa, tal era o entusiasmo

e dedicação.

Foi ainda elaborado um tapete de

que partia da entrada do Centro e percor-

ria grande parte da rampa do mesmo.

Para esta atividade foram con-

vidados os pais, tios, avós das crianças

do Centro, utentes da terceira idade e

clientes dos restantes Centros Sociais

da ODPS, tendo todos participação com

bastante devoção e emoção.

As colaboradoras vestiram as

camisolas azuis dos 50 Anos da Institui-

ção e transportaram o andor, com orgu-

lho e felicidade, atrás do Reverendíssimo

Senhor Padre Diz e do Senhor Pedro

Pimenta (em representação do Conselho

de Administração). A procissão foi acom-

panhada por vários cantos que todos fo-

ram entoando em uníssono.

-

do o simbólico lanche a todos os parti-

cipantes, deu-se o encerramento das ati-

vidades do mês de Maio e consequente

entrega do testemunho ao Centro Social

de São Roque da Lameira, na pessoa da

Dra. Ilda Monteiro, Centro responsável

pelas atividades do mês de Junho.

Esta sessão contou com a tão

desejada presença do Senhor Américo

Ribeiro, Presidente do Conselho de Ad-

ministração.

O Sr. Presidente reconheceu o

trabalho de todos e a envolvência para to-

das as atividades apresentadas. Agrade-

ceu também e mais uma vez a presença

do Rev. Sr. Padre Diz, bem como a sua

disponibilidade constante neste tipo de

celebrações.

Fez questão de referir o quanto é

importante o sentimento de pertença de

todos os colaboradores, para que estas ati-

vidades sejam contínuas no futuro e que a

participação de todos os clientes seja sem-

pre evidente como aconteceu neste dia.

Peregrinação a Fátima

No âmbito das comemorações

do 50.º Aniversário da Obra Diocesana de

Promoção Social, no dia 22 de Maio (quin-

ta-feira), um grupo de mais de 350 idosos

Obra Diocesana de Promoção Social34

e colaboradores reformados da Instituição

deslocou-se, em peregrinação, a Fátima.

No programa desse dia tão es-

pecial e espiritual constou a celebração

de uma missa na Igreja da Santíssima

Trindade, pelas 11 horas. A cerimónia foi

concelebrada pelo Rev. Pe. Lino Maia,

Presidente da CNIS – Confederação Na-

cional das Instituições de Solidariedade e

simultaneamente Assistente Eclesiástico

da Obra Diocesana.

Após esta cerimónia religiosa foi

servido um almoço-convívio repleto de

alegria, partilha e amizade.

Foi um dia particularmente sim-

bólico para os seniores da Instituição, que

permitiu aliar a devoção a Nossa Senhora

de Fátima a uma componente mais lúdi-

ca, onde imperou o convívio e a diversão.

Concerto Coral Instrumental

Na noite do passado dia 30 de

Maio, a Obra Diocesana de Promoção

Social promoveu um Concerto Coral Ins-

trumental. Teve a participação do Coro

da Sé Catedral do Porto, de solistas e de

uma orquestra de sopros, com órgão.

Este evento, enquadrado nas co-

memorações do 50.º Aniversário da Ins-

tituição, foi especialmente dedicado aos

seus colaboradores, utentes e amigos.

A Sé Catedral do Porto encheu-se para

mais este concerto do Coro que tem o

seu nome.

O programa teve algumas no-

vidades: a reunião de obras de diversas

épocas e características, desde o século

XVI, quase até ao século XX; a utilização

de um conjunto instrumental de sopros

numa adaptação da composição orques-

tral para a Missa em Ré Maior, de Antonin

Dvorak (1841-1904). O concerto foi dirigi-

do pelo Cónego Dr. António Ferreira dos

Santos, que, desde o primeiro momento,

acarinhou e apoiou esta iniciativa.

do Conselho de Administração da Obra

Diocesana ofereceu a cada membro do

Coro exemplares das últimas obras publi-

cadas sobre a história da Instituição.

O programa completo foi o se-

guinte:

1. J. Haydn (1732-1809), n.º 11 da Criação: “Stimmt an die Saiten”2. A. Dvorak (1841-1904), Missa em Ré Maior: Kyrie3. A. Dvorak, Missa: Gloria4. T. Victoria (1548-1611): O quam gloriosum5. G. Aichinger (1664-1628): Factus est repente6. A. Dvorak, Missa: Credo7. A. Bruckner (1824-1896): Tantum ergo8. G. P. Palestrina (1525-1594): Sicut cervus9. A. Dvorak, Missa: Sanctus10. A. Dvorak, Missa: Agnus Dei11. A. Bruckner: Locus iste12. T. Victoria: Ave Maria13. J. Haydn, n.º 29 da Criação: “Vollendet ist das grosse Werk”

Solistas instrumentais:Olavo Barros,Nuno Sousa, clarineteRoberto Sousa, oboéNuno Costa, trompaJosé Costa, fagoteTiago Ferreira, órgão

Solistas vocais:Andreia Pinheiro, sopranoCarlos Pinto, tenorSara Rodrigues, altoJoaquim Marçal, barítono

35Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Comemorações dos 50 Anos da ODPS

Dia Mundial da Criança

Em 2014 o Dia Mundial da

Criança festejou-se na Obra Diocesana

de Promoção Social de uma forma mui-

to especial.

O Conselho de Administração

proporcionou a todas as crianças das

salas dos 5 anos dias plenos de alegria

e diversão. Neste contexto, os nossos

utentes mais jovens incorporaram a

Festa da Criança promovida pelo Visio-

narium (em Santa Maria da Feira).

Ao longo de três dias – 29 e 30

de Maio e 2 de Junho – foram quase

200 pessoas a celebrar este dia tão má-

gico para os mais pequenos.

O programa contemplou inúme-

ras atividades, das quais se destacam:

banho perfeito, tampa voadora, à volta

do caracol, cores mágicas.

• Atividades lúdicas – air bun-

gee

carrinhos, pinturas e música.

A interligação destas duas com-

ponentes – diversão e pedagogia – fo-

ram amplamente reconhecidas e valo-

rizadas, quer pelas crianças, quer pelas

respetivas equipas educativas.

Esta jornada iniciou-se com o vi-

a vida e a evolução da ciência. Foi um

momento que potenciou a atenção e a

curiosidade.

Seguiu-se o contacto com

alguns animais, nomeadamente in-

setos, répteis, aves e mamíferos. As

crianças puderam interagir com al-

guns deles, o que constituiu um dos

momentos mais emocionantes da

visita. Algumas tocaram num grande

réptil e referiram: “a pele é macia mas

um bocadinho dura” e “apesar de ser

feio, até é meiguinho”.

-

ram o passo seguinte. Os miúdos des-

cobriram como se fazem sais de banho

coloridos e perfumados, como é possí-

vel alterar a cor dos líquidos de forma

rápida e com produtos de utilização

doméstica, experimentaram a reação

entre o vinagre e o bicarbonato de só-

dio e perceberam o motivo pelo qual

as rolhas das garrafas de champanhe

corrida de caracóis. Nesta experiência,

as crianças visualizaram e perceberam

como um pequeno caracol consegue

arrastar objetos com um peso muito

superior ao seu.

seguiram-se as atividades lúdicas que

permitiram uma explosão de energia.

gaivota permitiram encerrar em beleza

Depoimentos:

“Gostei de mexer no lagarto, do

experiência dos sais pintados e lavei os

(Isaac, 5 anos)

“Adorei de andar nas gaivotas,

senti-me muito feliz e queria andar até

de noite. Quero ir mais vezes.”

“Foi giro. Fizemos corridas com

os caracóis. Nas experiências vimos

água a mudar de cor e as tampas a sal-

Gostei muito.”

(Mariana, 6 anos)

“Gostei de ser cientista e de

(Tiago, 6 anos)

Obra Diocesana de Promoção Social36

Junho > Santos Populares: Toada e Cor da Alegria Centro Social de São Roque da Lameira

Foi com muita Cor e Alegria que

o Centro Social São Roque da Lameira

iniciou as suas atividades no âmbito das

comemorações dos 50 Anos ODPS.

Sob a inspiração dos Santos Populares,

vivenciamos um mês de Junho cheio de

emoções e partilha.

Com muita sumptuosidade,

procedemos á abertura das atividades,

com o descerrar dos placares alusivos

-

ção da amizade.

Concerto Musical

No dia 3 de Junho, realizamos

na “sala de espetáculos” do Centro So-

cial Cerco do Porto, um concerto musi-

cal proporcionado pelo Quarteto Vocal

da Orquestra Didática da Foco Musical.

Para além das nossas crianças

de Creche e Pré-escolar, contámos

com a presença dos nossos amigos do

Centro Social São João de Deus e do

Centro Social do Cerco, contabilizando

cerca de 125 crianças.

Foi um momento cultural intera-

tivo, muito bonito que nos proporcionou

uma tarde diferente e animada.

Construção da Cascata de São João

trabalho aos encarregados de educa-

-

plamente alcançado dado o entusiasmo

e adesão de todos.

As crianças construíram em

suas casas, juntamente com os pais, os

vários elementos que compõem a Cas-

cata de São João, que foi mais tarde ar-

mada em local de destaque, na entrada

do Centro.

Foi também construído um

manjerico gigante, que contou com a

colaboração de todos os Centros, atra-

vés da criação de bandeirinhas com

quadras alusivas aos 50 Anos da Insti-

tuição.

Festa de Finalistas

No dia 21 de Junho teve lugar

palco do Pavilhão Rosa Mota, recebe-

ram da mão do Presidente da Obra Dio-

cesana, Sr. Américo Ribeiro, o diploma

de honra que marca a sua passagem

pela Instituição.

Num recinto com cerca de duas

mil pessoas, entre utentes, colabora-

dores e familiares, vivemos uma tarde

37Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Comemorações dos 50 Anos da ODPS

repleta de surpresas e emoções, com

atuações deslumbrantes de todos os

-

blico presente.

-

listas foram presentadas com os dois

livros publicados pela ODPS:

- Obra Diocesana, 40 Anos de

Promoção Social

- Nos Alvores da Obra Diocesa-

na

Obralândia

Nos dias 25 e 26 de Junho, o

Centro Social São Roque teve a satis-

fação de receber nas suas instalações,

as crianças dos cinco anos de todos os

Centros Sociais ODPS.

Foram dois dias plenos de ale-

gria, muita cor e cheios de atividades.

As cerca de 200 crianças que

nos visitaram, tiveram a oportunidade

de participar em vários ateliers, cada

um mais apelativo que o outro.

Atelier da Ciência: onde todos

puderam participar em experiencias di-

vertidas e criar alguns brinquedos.

Atelier da Natureza: no qual as

crianças cultivaram algumas plantas.

Atelier de Pinturas Faciais:

Ateliers Balões mágicos: oferta

de balões, com várias formas, a todos

os presentes.

Barraquinha das Pipocas: Con-

feção e oferta de pipocas a todos.

escolha, e que a todos proporcionou

grande contentamento e

Corda dos Desejos: Este atelier

contou com a cooperação de todos os

Centros ODPS. Foi proposto a cada sala

dos cinco anos a criação de tiras de te-

cido, no qual cada criança colocaria um

desejo que gostaria de realizar. Essas

tiras cheias de desejos e decoradas ao

gosto de cada um, foram trazidas para

o Centro de São Roque e criada uma

Corda dos Desejos Gigante, com espe-

rança de todas as nossas crianças ve-

rem o desejo de serem felizes realizado.

-

tiva a todas crianças, e que a todos con-

vidava a saltar, dar cambalhotas e sorrir

sem parar.

Sardinhada – 27 Junho

A comemoração do São João,

nos Carvalhos, com a tradicional Sardi-

nhada, foi um momento ansiosamente

aguardado por todos nós.

As crianças da sala dos 5 anos

e CATL, revelaram profundo empenho e

dedicação na atuação que prepararam

para os utentes de terceira idade.

Foi comovente assistir á sua

apresentação e ao afeto que transmiti-

ram aos nossos idosos.

As crianças tiveram ainda o gos-

Obra Diocesana de Promoção Social38

to e alegria de oferecer a todos os pre-

de manjerico.

Encerramento

Foi já com alguma nostalgia,

que chegamos ao último dia do mês de

Junho e procedemos ao encerramento

ODPS.

Uma vez mais, as nossas crian-

ças de Pré-escolar e CATL, brindaram-

-nos com uma apresentação musical,

plena de encanto.

-

trabalho e dedicação, preparamos um

delicioso lanche convívio para todos.

Connosco, tivemos os nos-

sos amigos seniores do Centro Social

Machado Vaz e do Centro Social São

Tomé.

Ao Centro Social São Tomé, ti-

vemos a honra de passar o testemunho

para um próximo mês de Julho certa-

mente recheado de grandes surpresas.

todos que contribuíram e possibilitaram

a concretização dos nossos sonhos:

Às nossas crianças

Aos nossos colaboradores

Aos Encarregados de Educação

À Obra Diocesana de Promoção

Social

E aos nossos Amigos,

Um Muito Obrigado.

Logotipo

A simbologia do nosso logotipo

remete-nos para a música de Rodrigo

Leão intitulada “O Encontro”.

Encontro de pessoas, encontro

de gerações onde o Amor, a Partilha, a

Tolerância, a Solidariedade e a Verdade

são por todos vividos na nossa querida

Obra.

Encontro, sendo Compromisso,

-

Amor.

Obra do dia-a-dia onde o tra-

balho é feito com Responsabilidade,

com Empenho e com Qualidade onde o

Compromisso e a Transparência preva-

lecem sempre de forma Inovadora.

A nossa Obra está em festa e

nós em festa com ela pois ela é para

todos nós parte integrante das nossas

vidas – a Obra é também nossa família.

E foi nesta perspetiva de família

que crianças, pais, idosos e colabora-

dores se juntaram para enaltecer a nos-

sa Instituição

Centro Social Carriçal / Centro

Social de São Tomé

39Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Comemorações dos 50 Anos da ODPS

Festa de Finalistas

Obra Diocesana de Promoção Social40

41Ano IX . n.º35 . Trimestral . Junho 2014

Dá-nos o Teu coração para amarmos os Teus irmãos,

que são também os nossos…

E dá-nos fôlego.

Para não nos sentirmos sufocados a meio do caminho,

para nos ajudar a avançar para o dia de amanhã,

sem olhar para trás, nem poupar esforços.

Fôlego para podermos fazer face

a tudo o que os homens – e Tu portanto – esperam de nós.

Fôlego para termos uma esperança nova,

como se a vida começasse esta manhã mesmo;

para esperarmos contra ventos e mares

por causa da Tua presença e da Tua promessa.

Levando em nós todas as esperanças dos homens,

mas, também, todos os seus sofrimentos.

Dá-nos fôlego, ou antes, o Teu fôlego:

Aquele que nos enviaste da parte do Pai,

o Teu Espírito, o Espírito que sopra onde quer…

Senhor, preciso dos Teus olhos,

dá-me uma fé viva.

Preciso do Teu coração,

dá-me uma caridade a toda a prova.

Preciso do Teu Fôlego,

dá-me a Tua esperança, para mim e para a Tua Igreja.

Para que a Igreja de hoje

seja um testemunho para o mundo

e que este reconheça cristãos

pelo seu olhar luminoso e sereno,

pelo calor do seu coração e por esse optimismo indefectível

que emerge

da nascente escondida e inalterável

da sua alegre esperança.

Dá-nos olhos…, um coração novo, um fôlego vigoroso

para caminharmos com o Senhor ao longo dos dias

e do ano que vem…

Frei. Bernardo Domingues, O.P.

Exmo. Senhor Presidente

Américo Joaquim Costa Ribeiro

Obra Diocesana de Promoção Social

Antes de mais, gostaria de renovar os meus agradecimentos pelo convite que me foi endereçado para participar no Jantar Comemorativo do 50º. Aniversário da Obra Diocesana de Promoção Social.

Como na oportunidade tive o gosto de referir, a Obra Diocesana de Promoção Social é uma Insti-tuição Social de referência no nosso País e na cidade do Porto, com um trabalho muito importante em múltiplas respostas sociais. Daí ter endereçado os meus sinceros parabéns à Obra Diocesana de Promoção Social, a todos os seus Corpos Gerentes e, em particular, ao seu Presidente, que renovo.

Por último, queria ainda, agradecer o envio do último número da vossa revista “Espaço Solidário”.

Bem hajam pelo trabalho, que todos os dias, realizam, em prol dos mais desfavorecidos.

Continuem porque a vossa missão é muito importante para aqueles que servem e para todos quantos trabalham na Obra Diocesana de Promoção Social.

Ao vosso dispor e com os melhores cumprimentos

Agostinho Branquinho

Secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social

Senhor Presidente,

Recebi o nº. 34 da Revista Espaço Solidário, que agradeço.

Felicitando a Obra Diocesana de Promoção Social, cordialmente apresento a expressão da minha consideração.

+ Rino Passigato

Núncio Apostólico

Caro Senhor Américo Ribeiro,

Presidente da Obra Diocesana de Promoção Social

Em nome dos Padres e Diáconos da Cidade do Porto quero agradecer o apoio que nos foi dado no dia de convívio que tivemos em Amarante, com o Bispo D. António Francisco e D. Pio Gonçalo, no dia 4 de Junho, 4ª. feira.

Como tem acontecido, desde há alguns anos, o apoio do vosso autocarro tem sido de interesse para nós, poiso com o vosso motorista, além da competência do serviço, sentimo-nos “em casa”.

Quero sublinhar, mais uma vez, que tudo isto reforça a especial relação que todas as pa-róquias devem ter para com a ODPS, pois responde a carências que as paróquias não conseguem preencher.

Agradecemos já ao Sr. Acácio e, mais uma vez, permitam que deixemos para a Obra (cheque de CGD nº. 7270289589)… o que nos sobrou: apenas 125 €! É pouco mas

que damos.

A Assembleia dos Padres da Cidade, pre-sidida pelos Padres Fernando Milheiro, Almi-ro Mendes e Agostinho Pedroso, manifesta a sua gratidão. Por todos os Padres e Diáconos do Porto, especialmente pelos que que parti-ciparam no encontro, muito grato

Padre Fernando Milheiro

Assembleia dos Padres da Cidade do Porto

espaçosolidariomensagens recebidas sobre o novo

Obra Diocesana de Promoção Social42

Liga dos Amigos da Obra DiocesanaJá se fez Amigo da Liga?

Contribua com um DonativoPode ser Mensal, Anual ou Único

Envie por cheque à ordem de OBRA DIOCESANA DE PROMOÇÃO SOCIAL ou através do NIB - 007900002541938010118

Sabia que o seu donativo é dedutível no IRS (Decreto-Lei 442-A/88, art. 56º., nº.2, alínea B e nº. 1 RC (artº. 40º., nº. 3)

Obrigado!

AMR 40,00 €

Academia do Bacalhau do Porto 120,00 €

Alberto Carlos de Castro da Silva Lopes, Eng. 145,86 €

Ana Cristina Simões Rodrigues Correia 100,00 €

António Moreira Milhomens 100,00 €

António Ramos Rodrigues 100,00 €

António Vieira Rocha 150,00 €

Artur Lima 100,00 €

Assembleia de Padres da Cidade do Porto 125,00 €

Auto Reparadora de Arnelas, Lda. 150,00 €

Banco BIC Português, S.A. 500,00 €

Banco Espírito Santo 250,00 €

Clínica Dentária Célia Portela Sousa, Lda. 200,00 €

Distribui, Comércio e Dist. Produtos Alim., Lda. 100,00 €

Francisco Ribeiro da Siva, Prof. Doutor 50,00 €

Gonçalo Furtado de Mendonça 75,00 €

Horácio Magalhães, Lda. 50,00 €

Hugo Miguel Barbosa Santos 50,00 €

Jorge Filipe Oliveira Costa Ribeiro, Dr. 100,00 €

José Alves Pais 50,00 €

José António Soares Pedro Almeida, Dr. 50,00 €

José Armando Dias Férrinha 200,00 €

José Augusto da Silva Vieira, Dr. 162,00 €

Luís Leite Soares Resende, Dr. 50,00 €

Luís Libório Santos Guimarães 100,00 €

Luís Nunes da Silva II, Lda 100,00 €

MADP 50,00 €

Manuel Machado Rodrigues. Dr. 100,00 €

Manuel Pereira Amial 100,00 €

MAOR 40,00 €

Margarida Aguiar Monteiro 50,00 €

Maria Paula Salvador Martinez Lora, Dra. 50,00 €

Maria Teresa Pais Quelhas Lima Souza-Cardoso, Dra. 50,00 €

Megavale Informática, Lda. 100,00 €

METAL 88 - Comércio e Indústria, Lda. 100,00 €

MGC Transportes - Moreira, Gomes & Costas, S.A. 75,00 €

Moreira & Carneiro, Lda. 250,00 €

ORTIGAMAR - Comércio de Bens Alimentares, Lda. 100,00 €

Padaria São Pedro 100,00 €

Rui Miguel Morais Lopes, Dr. 100,00 €

50,00 €

Totalsafe 50,00 €

Amigos em crescendo!

Descrição Contribuição Descrição Contribuição

Donativos de 23 de Abril a 08 de Julho de 2014

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