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185 Mónica Romãozinho Evolução da habitação colectiva no início do séc. XX: um olhar sobre o Prédio de rendimento de Mendonça & Costa, projectado por Ernesto Korrodi Introdução No início do século XX assiste-se, de um modo geral, ao prolongamento do eclectismo que, a partir de então, teria que dar resposta a novas necessidades e aspirações. O programa funcional mas também simbólico, dependia do perfil do cliente. 1 As preocupações higienistas e respeitantes à salubridade das habitações são matérias particularmente debatidas. A revista A Construcção Moderna 2 (1900-1919) publicaria um resumo dos trabalhos discutidos no XIV.º Congresso internacional de hygiene e demographia. Um dos oradores, o professor Nussbaum, de Hanover, considerava essencial prever as seguintes divisões: uma “casa” para permanência habitual, uma cozinha-sala de jantar e um quarto de dormir, atribuindo-se a cada uma delas entre 15 a 22 m 2 de área assim como uma latrina, uma varanda, alguns armários e uma despensa. 3 Relativamente à circulação do ar, luz e isolamento, aconselhava o seguinte: “A altura das casas não deve ser muito elevada para facilitar o aquecimento. (…) As dimensões das janellas devem dar ensejo á penetração do ar e da luz, mas não demasiado grandes (aquecimento, resfriamento). Os materiaes de construcção para as paredes da casa devem estar garantidos contra a humidade do solo e a chuva fustigada (…). Os solhos tanto aquanto possível devem ser impermeáveis”. 4 Por fim, aconselhava-se a exigir nas habitações municipais instalações para canalização de águas potáveis e esgoto das águas caseiras, sistema hidráulico para as latrinas, condutas para o gás da cozinha e de iluminação ou para a corrente eléctrica, “fogões de combustão lenta ou fornos de cozinha tão perfeitamente dispostos quanto possivel, adaptados ao combustível barato de que se dispozer”. 5 O crescimento da habitação colectiva conduziu à formulação de regulamentação adequada e exemplo disso seria a Legislação das Construções, publicada pela mesma revista em 1906. Impunham- se pés-direitos mínimos: para o rés-do-chão e primeiro andar, 3.25m; para o segundo andar, 3m; para o terceiro andar, 2.85m; para o quarto e quinto andares, 2.75m. 6 As escadas deveriam permitir uma subida pouco fatigante e a sua iluminação e fácil ventilação também devia ser acautelada: “A caixa de escadas deve ter no seu eixo um espaço vasio, por onde desça a luz e suba ar para sair pelos ventiladores que deve haver nas clara-boias”. 7 Nas dependências, as janelas deviam ser amplas, correspondendo pelo menos a um décimo da superfície da sua área, devendo apresentar no mínimo 0.28 no caso dos quartos de dormir. 8 Relativamente ao saguão que garantia a iluminação sobretudo das divisões de serviço, exigia-se que tivesse pelo menos 30m 2 com largura mínima de 5m no caso de edifícios de altura inferior a 18m e 40m 2 de área com largura mínima de 5m quando a altura dos edifícios excedesse os 18m. 9 Sempre que se destinavam a iluminar e ventilar cozinhas teriam pelo menos 4m 2 , regra que se aplicava igualmente a vestíbulos, antecâmaras ou escadas. 10 Relativamente ao escoamento de águas, os tubos de queda das águas pluviais deveriam ser sempre separados dos que se destinam aos despejos e águas sujas. Os tubos de queda dos despejos caseiros deviam ser de preferência de grés cerâmico vidrado, por dentro e por fora, podendo também ser de ferro fundido, sendo admissível o chumbo ou outro material impermeável no caso dos que escoavam as águas pluviais e dos urinóis. 11 Exigia-se também que as pias fossem colocadas nas paredes exteriores e, sempre que possível, próximas de uma janela, devendo ser de grés cerâmico vidrado ou de calcário, feitas de uma só peça e integrando no fundo um orifício ligado ao tubo de queda por um sifão. 12 A higienização progressiva da habitação evidenciava-se mais à frente: “Em cada domicilio deve haver pelo menos uma latrina e uma pia de despejo, independentes uma da outra”. 13 A latrina podia ser colocada em espaço contíguo ao edifício, no lado de fora da parede exterior, ou então no interior da habitação, preferencialmente ao fundo de um corredor, em local ventilado por janela com 0.30mx0.50m no mínimo. 14 Por outro lado, para assegurar o asseio das bacias, sifões (que deviam estar acessíveis para limpeza) e canalizações das latrinas, devia haver nelas um depósito de água com autoclismo ou aparelho. 15 A instalação mais eficaz de canalizações e de esgotos fará com que as dependências húmidas se sobreponham e condicionem a localização dos restantes compartimentos. A habitação colectiva replica algumas funções da casa da aristocracia ou da burguesia, sendo contudo necessário partilhar o corredor, o vestíbulo e a escadaria monumental com vizinhos que não podiam ser escolhidos, o que causava algum incómodo à época. 16 Permanece uma divisão da casa em dependências do domínio masculino que simbolizam mais o universo do trabalho e sociabilidade (escritório, sala de bilhar, salão, sala de jantar) e do domínio feminino, associado ao papel maternal, à organização do lar, que se reflecte em divisões mais íntimas (saleta, costura, toilette). Há que destacar o contributo de arquitectos como Ventura Terra (1866-1919), Adães Bermudes (1864-1947), Norte Júnior (1878-1962), Álvaro Machado (1874- 1944), Nogueira Júnior (1883-1953), Raul Lino (1879-1974), entre outros. Evidencia-se a acção de profissionais estrangeiros que vieram ensinar nas escolas industriais na sequência da abertura de um concurso lançado Doutorada em Design Docente do Curso de Design de Interiores e Equipamento da ESART-IPCB Notas 1 “O assunto e a ocasião determinavam o estilo”. Rio-Carvalho, 1974, p.251. 2 A direcção técnica da revista A Construcção Moderna era formada pelo engenheiro civil José Maria de Mello de Matos (1856- 1915) e pelo arquitecto Rozendo Carvalheira (1863-1919). 3(20 Janeiro 1908).”XIV.º Congresso internacional de hygiene e demographia.” A Construcção Moderna, Anno VIII (n.º 247), p.148. 4 Ibidem. 5 Ibidem. 6 (10 Outubro 1906). Regulamento de Salubridade das edificações urbanas. A Construcção Moderna, Anno VII, (n.º201), p.67. 7Ibidem. 8Ibidem. 9 Ibidem, p.72. 10(20 Outubro 1906). “Regulamento de Salubridade das edificações urbanas.” A Construcção Moderna, Anno VII (n.º202), p.72. 11 (1 Novembro 1906). “Regulamento de Salubridade das edificações urbanas.” A Construcção Moderna, Anno VII (n.º203), p.82. 12 (10 Novembro 1906). “Regulamento de Salubridade das edificações urbanas”. A Construcção Moderna, Anno VII ( n.º204), p.91. 13Ibidem, p.90. 14 Ibidem. 15 Ibidem. 16 Roux, 1976, p.233.

Evolução da habitação colectiva no início do séc. XX: um ... · A latrina podia ser colocada em espaço contíguo ao edifício, no lado de fora da parede exterior, ou então

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185

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o V

III (

n.º

24

7),

p.1

48

.

4 Ib

ide

m.

5 Ib

ide

m.

6 (

10

Ou

tub

ro 1

90

6).

Re

gu

lam

en

to d

e S

alu

bri

da

de

da

s e

di!

caçõ

es

urb

an

as.

A C

on

stru

cçã

o M

od

ern

a, A

nn

o V

II, (

n.º

20

1),

p.6

7.

7Ib

ide

m.

8Ib

ide

m.

9 Ib

ide

m, p

.72

.

10

(20

Ou

tub

ro 1

90

6).

“R

eg

ula

me

nto

de

Sa

lub

rid

ad

e d

as

ed

i!ca

çõe

s

urb

an

as.

” A

Co

nst

rucç

ão

Mo

der

na

, An

no

VII

(n

.º2

02

), p

.72

.

11

(1

No

vem

bro

19

06

). “

Re

gu

lam

en

to d

e S

alu

bri

da

de

da

s e

di!

caçõ

es

urb

an

as.

” A

Co

nst

rucç

ão

Mo

der

na

, An

no

VII

(n

.º2

03

), p

.82

.

12

(1

0 N

ove

mb

ro 1

90

6).

“R

eg

ula

me

nto

de

Sa

lub

rid

ad

e d

as

ed

i!ca

çõe

s u

rba

na

s”. A

Co

nst

rucç

ão

Mo

der

na

, An

no

VII

( n

.º2

04

), p

.91

.

13

Ibid

em

, p.9

0.

14

Ibid

em

.

15

Ibid

em

.

16

Ro

ux,

19

76

, p.2

33

.

Page 2: Evolução da habitação colectiva no início do séc. XX: um ... · A latrina podia ser colocada em espaço contíguo ao edifício, no lado de fora da parede exterior, ou então

pel

o G

ove

rno

. Ern

esto

Ko

rro

di (

1870

-194

4), a

rqu

itec

to s

uíç

o,

seri

a co

loca

do

em

188

9 n

a Es

cola

Ind

ust

rial

de

Bra

ga,

e e

m 1

894

na

Esco

la D

om

ing

os

Seq

uei

ra, e

m L

eiri

a, o

nd

e fo

i pro

fess

or

da

dis

cip

lina

de

Des

enh

o O

rnam

enta

l e M

od

elaç

ão.17

Est

a 'x

ação

em

Lei

ria

per

mit

iu-l

he

des

envo

lver

est

ud

os

arq

ueo

lóg

ico

s em

to

rno

do

mo

stei

ro d

e A

lco

baç

a e

das

ru

ínas

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Cas

telo

de

Leir

ia,

acab

and

o p

or

vir

a se

r re

spo

nsá

vel p

ela

reco

nst

ruçã

o d

este

ú

ltim

o.18

A s

ua

atit

ud

e é

par

ado

xalm

ente

ecl

écti

ca e

mo

der

na,

re

per

cuti

nd

o-s

e, p

or

um

lad

o, n

a re

inte

rpre

taçã

o d

e so

luçõ

es

refe

ren

ciad

as n

o p

erío

do

med

ieva

l ou

clá

ssic

o e

, po

r o

utr

o,

no

rec

urs

o a

fórm

ula

s p

rove

nie

nte

s d

os

mo

vim

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s A

rts

and

Cra

fts

ou

Pro

to-A

rte

No

va19

, Art

e N

ova

e S

eces

são

vie

nen

se.

À s

emel

han

ça d

e R

aúl L

ino

, fo

i in

>uen

ciad

o p

elo

s m

od

elo

s an

glo

-sax

ón

ico

s20. K

orr

od

i ass

inav

a re

vist

as in

tern

acio

nai

s co

mo

a A

cade

my

Arc

hit

ectu

re a

nd

Arc

hit

ectu

ral R

evie

w (1

895-

1914

) ou

a S

chw

eize

rish

e Ba

uze

itu

ng

(190

0-19

35),

pu

blic

ação

a

carg

o d

o In

stit

uto

Po

litéc

nic

o d

e Z

uri

qu

e, r

esp

on

sáve

is p

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dif

usã

o d

e p

roje

cto

s o

u a

rtig

os

de

auto

res

det

erm

inan

tes,

n

om

ead

amen

te B

ailli

e Sc

ott

(186

5-19

45).

Du

as o

bra

s d

a su

a au

tori

a re

ceb

eria

m o

Pré

mio

Val

mo

r: a

Cas

a d

e A

ntó

nio

Mac

ieir

a (A

ven

ida

Fon

tes

Pere

ira

de

Mel

o) e

m 1

910

e o

Pré

dio

de

Ren

dim

ento

da

viú

va E

stef

ânia

Mac

ieir

a (R

ua

Vir

iato

) em

191

7.21

Imag

em

1

ach

ada

do

pré

dio

da

Ru

a B

raam

cam

p. J

osé

Vic

ente

, 201

4. C

ML/

DM

C/D

PC

Imag

em

2. (

Em z

oo

m) P

orm

eno

r d

a fa

chad

a

O P

réd

io d

e r

en

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en

to d

e M

en

do

nça

& C

ost

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O p

réd

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end

on

ça &

Co

sta,

loca

lizad

o n

a R

ua

Bra

amca

mp

e

pro

ject

ado

em

191

4 (I

mag

em 1

), ap

on

ta n

ão s

ó a

ad

esão

a

mo

vim

ento

s in

tern

acio

nai

s m

as u

m n

ível

de

pre

ocu

paç

ões

mai

s ab

ran

gen

tes.

Na

fach

ada

ob

serv

a-se

um

a si

stem

atiz

ação

das

ca

nta

rias

e r

esp

ecti

vos

orn

amen

tos

(Im

agem

2),

cert

amen

te

exec

uta

do

s n

a o

'cin

a d

e ca

nta

ria

de

Ko

rro

di,

loca

lizad

a ju

nto

à

sua

casa

, Vill

a H

ort

ênci

a.22

O á

trio

su

bd

ivid

e-s

e em

du

as

zon

as: a

de

cheg

ada

e a

de

aces

so a

o e

leva

do

r (I

mag

em 3

). G

ran

des

pla

cas

de

lioz

cob

rem

as

par

edes

, rem

atad

as p

or

um

fr

iso

su

per

ior

e p

or

um

ro

dap

é em

már

mo

re n

egro

, mat

eria

l es

colh

ido

par

a o

pav

imen

to o

nd

e su

rge

alte

rnad

o c

om

a

ton

alid

ade

rosa

. A e

ster

eoto

mia

do

s p

avim

ento

s fo

i dev

idam

ente

es

tud

ada,

evi

tan

do

-se

cort

es, e

um

a m

old

ura

de

már

mo

re n

egro

ci

rcu

nsc

reve

o p

avim

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em

cau

sa, a

o m

esm

o t

emp

o q

ue

assi

nal

a a

div

isão

en

tre

as d

uas

áre

as r

efer

idas

. O c

on

tras

te c

laro

-es

curo

pro

voca

do

pel

o c

on

jun

to p

avim

ento

-lam

bri

l é d

ram

atiz

ado

p

ela

serr

alh

aria

Art

e N

ova

da

po

rta

de

entr

ada

(Im

agem

4).

O t

ecto

est

uca

do

e p

inta

do

de

bra

nco

, ap

rese

nta

um

a su

cess

ão

de

mo

ldu

ras

exec

uta

das

em

est

uq

ue,

des

taca

nd

o-s

e d

uas

d

elas

: um

a co

mp

ost

a p

or

azei

ton

as e

folh

as d

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livei

ra23

, ou

tra

de

des

enh

o c

láss

ico

, fo

rmad

a p

or

óvu

los

e d

ard

os

(Im

agen

s 5

e 5A

). O

ele

vad

or

de

ori

gem

, da

mar

ca W

aygo

od

& O

ttis

(I

mag

em 6

), in

teg

rava

pai

néi

s al

mo

fad

ado

s e

um

esp

elh

o.

A c

ob

ertu

ra a

bo

bad

ada

per

mit

ia a

ilu

min

ação

nat

ura

l, co

mp

lem

enta

da

pel

a lu

z em

itid

a p

or

um

can

dee

iro

de

ferr

o

fun

did

o c

om

lipa

de

pas

ta d

e cr

ista

l (Im

agen

s 7

e 7A

). O

ar

mai

s p

uro

ass

oci

ado

a u

ma

mai

or

alti

tud

e, a

luz

e in

sola

ção

o e

xalt

ado

s p

elo

s tr

abal

ho

s so

bre

hig

ien

e e,

po

r su

a ve

z, o

as

cen

sor

vem

elim

inar

a fa

stid

iosa

su

bid

a p

elas

esc

adas

e h

abit

ar

um

an

dar

ele

vad

o n

ão é

mai

s d

esva

lori

zad

o s

oci

alm

ente

.24

Ram

alh

o O

rtig

ão a

nte

cip

ara

ou

tras

co

nse

qu

ênci

as d

eco

rren

tes

da

intr

od

uçã

o d

o e

leva

do

r: “

Pela

ad

opçã

o d

os a

scen

sore

s,

susc

eptí

veis

dos

mai

s lu

xuos

os d

esen

volv

imen

tos

de

apar

ato,

de

con

fort

o e

d’ a

rte,

a a

nti

ga e

scad

aria

sol

emn

e, fo

rços

amen

te d

e m

uit

os d

egra

us

por

ter d

e ga

lgar

os

mez

zan

inos

e d

ar a

cess

o d

o p

ortã

o ao

an

dar

nob

re, p

erd

erá

dia

a d

ia to

da

a su

a co

nsa

grad

a im

por

tân

cia.

(…) C

omo

mot

ivo

de

pom

pa

dec

orat

iva

a es

cad

aria

, ru

dim

enta

risa

da

pel

o as

cen

sor,

ced

erá

o se

u lo

gar a

o h

all”

.25

Imag

em

3

Vis

ta d

o e

leva

do

r e

arra

nq

ue

da

esca

dar

ia. N

o la

do

dir

eito

: co

rred

or

qu

e co

nd

uz

à es

cad

aria

de

serv

iço

. Jo

sé V

icen

te, 2

014.

CM

L/D

MC

/DP

C.

Imag

em

4

Port

a d

e en

trad

a.

José

Vic

ente

, 201

4. C

ML/

DM

C/D

PC

.

Imag

em

5

Porm

eno

r d

o t

ecto

. Jo

sé V

icen

te,

2014

. CM

L/D

MC

/DP

C.

Imag

em

5 A

Ram

os

de

oliv

eira

sim

ilare

s .

Han

db

oo

k o

f Orn

amen

t. [1

896]

Lo

nd

on

: Om

ega

Bo

oks

, 198

7, p

.45

187

186

Notas

17

Em

19

05

, Ko

rro

di f

oi n

om

ea

do

dir

ect

or

inte

rin

o d

a E

sco

la

Do

min

go

s S

eq

ue

ira

e, e

m 1

90

6, a

ssu

miu

a d

ire

cçã

o e

fect

iva

da

esc

ola

, ca

rgo

qu

e e

xerc

eri

a a

té 1

91

7. O

live

ira

, 2

00

5, p

.50

.

18

Em

18

98

, pu

blic

ou

a o

bra

Est

ud

os

de

Rec

on

stru

cçã

o s

ob

re o

Ca

stel

lo d

e Le

iria

: Rec

on

stit

uiç

ão

gra

ph

ica

de

um

no

táve

l exe

mp

lo

de

con

stru

cçã

o c

ivil

e m

ilita

r p

ort

ug

ues

a (Z

uri

qu

e: I

nst

itu

to

Po

lyg

rap

hic

o, 1

89

8),

gra

ças

ao

s q

ua

is lh

e s

eri

a a

trib

uíd

o,

sob

a p

rop

ost

a d

o M

inis

tro

e S

ecr

etá

rio

de

Est

ad

o d

as

Ob

ras

blic

as,

Co

rcio

e In

stri

a, o

tít

ulo

de

“Co

me

nd

ad

or

da

Re

al O

rde

m d

o M

éri

to c

ivil

”. O

live

ira

, 2

00

5, p

.57

.

19

Ma

dse

n d

efe

nd

e q

ue

a A

rte

No

va

ap

are

ceu

em

Ing

late

rra

e

atr

ibu

í-lh

e a

de

sig

na

ção

de

Pro

to-A

rt N

ou

vea

u. M

ad

sen

, 19

67

, p.1

4.

20

Ra

ul L

ino

e E

rne

sto

Ko

rro

di c

ruza

m-s

e e

m 1

92

6 n

o d

ia e

m

qu

e s

er-

lhe

s-ia

atr

ibu

ído

o t

ítu

lo d

e a

rqu

ite

cto

, na

se

qu

ên

cia

da

saíd

a d

e u

m d

ecr

eto

de

lei (

19

25

) q

ue

de

term

ina

va

qu

e n

ing

m

po

dia

usa

r a

de

sig

na

ção

de

arq

uit

ect

o s

em

te

r o

dip

lom

a o

%ci

al

de

um

a d

as

Esc

ola

s d

e B

ela

s-A

rte

s d

o p

aís

. E s

erá

Ra

ul L

ino

,

com

o p

resi

de

nte

da

Aca

de

mia

da

s B

ela

s-A

rte

s q

ue

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bo

rará

o

dis

curs

o p

óst

um

o q

ua

nd

o K

orr

od

i mo

rre

, pu

blic

ad

o n

a R

evis

ta

e B

ole

tim

da

Aca

dem

ia N

aci

on

al d

e B

ela

s-A

rtes

. N.º

13

(1

94

4).

21

De

sta

cam

-se

ou

tra

s e

nco

me

nd

as

pa

ra a

cid

ad

e d

e

Lis

bo

a, d

esi

gn

ad

am

en

te o

s p

réd

ios

de

re

nd

ime

nto

de

Joã

o L

ea

l & Ir

os

qu

e o

cup

am

um

a f

ren

te e

ga

ve

to

form

ad

o p

ela

ru

a S

ara

iva

de

Ca

rva

lho

e R

ua

Fe

rre

ira

Bo

rge

s e

qu

e s

eri

am

pro

ject

ad

os

en

tre

19

02

e 1

90

8.

Notas

22

Ofe

reci

a c

an

tari

as

de

ca

lcá

rio

e li

oz

da

reg

ião

de

Le

iria

. Oli

ve

ira

, 20

05

, p.5

0.

23

Mo

tiv

o a

qu

e K

orr

od

i re

corr

eu

no

pro

ject

o d

a C

asa

de

Do

min

go

s G

uie

iro

(Fa

ro, 1

91

2).

A o

liv

eir

a e

ra s

ag

rad

a

em

Ate

na

s e

os

ram

os

de

oli

ve

ira

era

m o

s p

rém

ios

de

vit

óri

a n

os

jog

os

olí

mp

ico

s. O

ra

mo

de

oli

ve

ira

sim

bo

liza

a p

az.

Ch

ev

ali

er;

Ch

ee

rbra

nt,

19

94

, p.4

86

.

24

Ele

b &

De

ba

rre

,19

95

, p.4

04

.

25

Ort

igã

o, J

an

eir

o1

90

8, p

.1.

Page 3: Evolução da habitação colectiva no início do séc. XX: um ... · A latrina podia ser colocada em espaço contíguo ao edifício, no lado de fora da parede exterior, ou então

189

188

O n

ovo

asc

enso

r o

cup

a o

mes

mo

loca

l, em

bo

ra t

enh

a si

do

pre

serv

ada

a b

alau

stra

da

de

mad

eira

e o

rtic

o d

e en

trad

a, q

ue

apre

sen

ta o

mb

reir

as e

stri

adas

, ass

im c

om

o u

m

fro

ntã

o in

terr

om

pid

o, l

adea

do

po

r p

inác

ulo

s (I

mag

em 8

). O

ar

ejam

ento

e il

um

inaç

ão d

a es

cad

aria

pri

nci

pal

e d

a ca

ixa

de

esca

das

de

serv

iço

são

gar

anti

do

s p

or

jan

elõ

es c

om

ver

ga

rect

ilín

ea o

u e

m a

rco

ab

atid

o c

om

vid

ros

colo

rid

os

(Im

agem

9)

. A v

enti

laçã

o e

ra u

ma

com

po

nen

te fu

nd

amen

tal,

se

pen

sarm

os

na

pro

fun

did

ade

qu

e lo

tes

com

o e

ste

atin

gia

m.

Imag

em

6

Vis

ta d

a ca

mp

ânu

la e

nvi

dra

çad

a. J

osé

Vic

ente

, 201

4 C

ML/

DM

C/D

PC

.Im

age

m 7

Porm

eno

r d

a ca

mp

ânu

la e

nvi

dra

çad

a. J

osé

Vic

ente

, 201

4. C

ML/

DM

C/D

PC

.Im

age

m 8

Elev

ado

r at

ual

. Jo

sé V

icen

te, 2

014.

CM

L/D

MC

/DP

C.

Imag

em

9

Jan

ela

de

ven

tila

ção

da

esca

da.

Jo

sé V

icen

te, 2

014.

CM

L/D

MC

/DP

C.

Imag

em

6A

An

un

cio

da

R.W

ayg

oo

d &

Co

. Qu

e m

ais

tard

e se

jun

tari

a à

Oti

s,

nas

cen

do

a W

ayg

oo

d &

Oti

l, Lt

d. (

Jan

uar

y-Ju

ne1

901)

.A

cad

emy

Arc

hit

ectu

re a

nd

Arc

hit

ectu

ral R

evie

w, V

ol.1

9.

O p

rog

ram

a d

om

ést

ico

: org

an

iza

ção

esp

aci

al,

solu

çõe

s fu

nci

on

ais

e d

eco

rati

va

s

A o

rgan

izaç

ão d

as c

asas

re>

ecte

um

pro

gra

ma

do

més

tico

co

mp

leto

mas

co

mp

acta

do

. Dep

arám

o-n

os

com

um

a ve

rsão

in

terc

alar

de

pla

nta

do

pis

o t

érre

o (I

mag

em 1

0), o

nd

e o

ap

arta

men

to m

aio

r ap

rese

nta

va u

m p

equ

eno

hal

l de

form

a q

uas

e h

exag

on

al a

par

tir

do

qu

al s

e ac

edia

à s

ala,

a u

ma

ante

câm

ara

qu

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á ac

esso

ao

WC

e b

anh

o, s

ob

a fo

rma

ain

da

de

com

par

tim

ento

s se

par

ado

s, e

ao

toile

tte.

26 O

ace

sso

a u

m

qu

arto

e à

co

zin

ha

imp

licav

a o

atr

aves

sam

ento

da

casa

de

jan

tar.

Ou

tra

vers

ão d

e p

lan

ta, d

atad

a d

e 19

14, e

spel

ha

um

a n

ova

org

aniz

ação

fun

cio

nal

, em

qu

e a

pró

pri

a es

cad

a d

e se

rviç

o

é tr

ansf

erid

a p

ara

o n

úcl

eo c

entr

al d

o p

réd

io e

ilu

min

ada

pel

o

sag

uão

igu

alm

ente

cen

tral

izad

o q

ue,

à s

emel

han

ça d

o la

tera

l, co

rres

po

nd

e já

a u

ma

vers

ão p

róxi

ma

à 'n

al (I

mag

em 1

1). O

q

uar

to p

rin

cip

al p

assa

a in

teg

rar

a fr

on

tari

a d

a ca

sa, s

ub

sist

ind

o

um

a an

tecâ

mar

a d

e ac

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a e

ste

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toile

tte.

O c

orr

edo

r p

revi

sto

su

bsi

stir

á n

a ve

rsão

'n

al. B

anh

o e

WC

co

nti

nu

am a

es

tar

sep

arad

os

do

co

rred

or

po

r m

eio

de

um

a an

tecâ

mar

a.

A d

esp

ensa

ocu

pa

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su

a lo

caliz

ação

de'

nit

iva

e u

ma

cop

a co

nst

itu

ía-s

e co

mo

zo

na

de

tran

siçã

o e

ntr

e co

zin

ha

e sa

la d

e ja

nta

r. A

loca

lizaç

ão d

e am

bas

ser

ia in

vert

ida

nas

tel

as '

nai

s. O

q

uar

to p

rin

cip

al e

a s

ala

de

jan

tar

surg

em il

um

inad

as p

or

um

a b

ay

win

dow

, so

luçã

o in

gle

sa fr

equ

ente

men

te a

do

pta

da

pel

o a

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r. N

o p

roje

cto

'n

al a

ssis

tim

os

a u

ma

sim

etri

a fu

nci

on

al e

ntr

e o

s d

ois

fog

os

(Im

agem

12)

. As

du

as c

asas

qu

e vi

sitá

mo

s p

erte

nce

m

à m

esm

a al

a.27

O h

all,

de

peq

uen

a d

imen

são

, ch

anfr

ado

na

zon

a d

a en

trad

a, c

on

du

z às

dep

end

ênci

as d

e re

cep

ção

, ao

qu

arto

d

os

do

no

s d

a ca

sa, t

od

as e

las

inte

rco

mu

nic

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s, c

on

'nan

tes

com

a fa

chad

a p

rin

cip

al e

ori

enta

das

a n

asce

nte

, e a

o to

ilett

e d

o d

on

o d

a ca

sa q

ue

fun

cio

na

com

o a

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câm

ara

do

qu

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p

rin

cip

al, i

lum

inad

o p

elo

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uão

late

ral.

A z

on

a d

e ci

rcu

laçã

o

con

sist

e em

do

is c

orr

edo

res

qu

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rmam

um

“T”.

O h

all d

a ca

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pre

sen

ta t

rata

men

to d

eco

rati

vo a

o n

ível

do

tec

to q

ue

inte

gra

um

co

nju

nto

de

qu

atro

fris

os

qu

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rmam

sin

gel

as

mo

ldu

ras,

atr

aves

sad

os

po

r lin

has

tra

nsv

ersa

is e

co

m r

emat

es

esfé

rico

s, a

ssim

co

mo

um

mo

tivo

cir

cula

r q

ue

reap

arec

erá

em o

utr

os

tect

os.

O s

olh

o d

e es

pin

had

o p

erm

itir

á u

ma

dis

tin

ção

em

rel

ação

às

ou

tras

dep

end

ênci

as, o

nd

e o

so

alh

o

tam

bém

à in

gle

sa s

e d

isp

õe

sem

pre

na

mes

ma

dir

ecçã

o.

Um

a sa

la s

ob

rep

õe

-se

ao v

estí

bu

lo d

o p

réd

io.

Ind

epen

den

tem

ente

do

an

dar

em

cau

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sta

sala

su

rge

sem

pre

co

mp

lem

enta

da

po

r u

ma

vara

nd

a, m

ais

amp

la n

o ú

ltim

o a

nd

ar,

veri

'can

do

-se

mu

taçõ

es a

o n

ível

da

cara

cter

izaç

ão d

o

Imag

em

10

Pla

nta

do

Rés

-do

-ch

ão, c

orr

esp

on

den

te a

um

a fa

se d

e es

tud

o. S

.d. A

DLR

A-P

SS-E

KO

-C

-A-0

06-0

26-0

01-0

0005

_000

2. F

un

do

Ern

esto

Ko

rro

di,

Arq

uiv

o D

istr

ital

de

Leir

ia.

Imag

em

11

Pla

nta

par

a d

uas

mo

rad

as e

m c

ada

pav

imen

to. 1

914.

AD

LRA

-PSS

-EK

O-

C-A

-006

-026

-001

-000

05_0

005.

Fu

nd

o E

rnes

to K

orr

od

i, A

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ivo

Dis

trit

al d

e Le

iria

.Im

age

m 1

2

Pla

nta

do

3.º

pav

imen

to. S

.d. A

DLR

A-P

SS-E

KO

-C-A

-006

-026

-001

-000

05_0

010.

Fu

nd

o E

rnes

to K

orr

od

i, A

rqu

ivo

Dis

trit

al d

e Le

iria

.

Notas

26

Pla

nta

do

s-d

o-c

o, c

orr

esp

on

de

nte

a u

ma

fase

de

est

ud

o. S

.d. A

rqu

ivo

Dis

trit

al d

e L

eir

ia.

27

O t

rab

alh

o d

e c

am

po

fo

i po

ssív

el

gra

ças

à d

isp

on

ibil

ida

de

da

Dr.

ª R

aq

ue

l Co

sta

(Ad

min

istr

açã

o d

o c

on

do

mín

io d

o P

réd

io

da

Ru

a B

raa

mca

mp

) e

do

s m

ora

do

res.

Page 4: Evolução da habitação colectiva no início do séc. XX: um ... · A latrina podia ser colocada em espaço contíguo ao edifício, no lado de fora da parede exterior, ou então

190

tect

o e

stu

cad

o. N

o c

aso

ap

rese

nta

do

, est

e ce

ntr

a-se

em

mo

tivo

s d

isp

ost

os

de

mo

do

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ânic

o, e

mb

ora

sem

pre

su

bm

etid

os

a su

per

fíci

es p

on

tuai

s as

soci

adas

a r

emat

es. A

o n

ível

do

fris

o d

e m

aio

r es

pes

sura

, os

gir

assó

is e

as

rosa

s si

lves

tres

são

tem

as q

ue

Ko

rro

di v

olt

a a

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lora

r, se

mp

re e

nvo

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s em

folh

agen

s e

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on

du

lan

tes.

O fr

iso

mai

s in

teri

or

apre

sen

ta a

can

tos

qu

e se

en

rola

m

em t

orn

o d

este

co

mo

se

foss

e u

ma

cord

a. O

eix

o lo

ng

itu

din

al

do

tec

to é

rem

atad

o p

or

form

as c

ircu

lare

s cu

jo c

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torn

o s

e en

trel

aça,

inte

rlig

and

o-s

e co

m o

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o li

so m

ais

inte

rio

r. O

eix

o

tran

sver

sal é

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o p

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losa

ng

os

de

con

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arq

uea

do

s cu

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cen

tro

ap

rese

nta

um

a m

arg

arid

a es

tiliz

ada.

O c

entr

o d

o t

ecto

é

con

stit

uíd

o p

or

um

a co

mp

osi

ção

de

acan

tos

e >o

res

vist

as d

e p

er'l

, eve

ntu

alm

ente

mar

gar

idas

. To

do

o t

rab

alh

o d

e b

oise

rie

con

sist

e em

mo

ldu

ras

rect

ang

ula

res,

tra

bal

ho

co

mp

lem

enta

do

p

or

um

ro

dap

é al

to q

ue

se r

epet

irá

nas

div

isõ

es s

egu

inte

s.O

esc

ritó

rio

ap

rese

nta

um

tec

to c

om

mo

tivo

s 't

om

ór'

cos

(Im

agen

s 13

, 14

e 14

A).

A c

om

po

siçã

o é

des

envo

lvid

a a

par

tir

de

do

is e

ixo

s q

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div

idem

est

e p

lan

o e

m p

arte

s ig

uai

s e

qu

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rese

nta

m c

írcu

los

no

s se

us

rem

ates

e n

o c

entr

o d

o t

ecto

. D

esco

rtin

am-s

e n

a su

a co

mp

osi

ção

pri

ncí

pio

s as

soci

ado

s à

Art

e N

ova

. Ram

os

de

rosa

s si

lves

tres

(tem

a am

pla

men

te e

xplo

rad

o p

or

Ko

rro

di),

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etri

cam

ente

po

sici

on

ado

s, t

ran

scen

dem

os

limit

es

do

du

plo

tra

çad

o c

ircu

lar

mas

a r

egu

lari

dad

e d

esta

co

mp

osi

ção

é

abal

ada

pel

a as

sim

etri

a d

os

cau

les

qu

e se

en

trel

açam

de

mo

do

o

rgân

ico

e s

e d

ob

ram

par

a p

assa

r d

ebai

xo d

a m

old

ura

cir

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r e

emer

gir

no

vam

ente

so

b a

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a d

e u

m p

equ

eno

bo

tão

esf

éric

o.

O fr

iso

mai

s la

rgo

qu

e p

erco

rre

tod

o o

tec

to é

co

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ost

o d

e ro

sas

silv

estr

es e

mal

meq

uer

es d

isp

ost

os

de

mo

do

nat

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rofu

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faze

nd

o le

mb

rar

os

tect

os

neo

-geo

rgia

no

s. A

s p

ared

es in

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ram

m

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ura

s em

mad

eira

pin

tad

a d

e m

ar'm

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anto

s se

mi-

circ

ula

res.

D

uas

po

rtas

du

pla

s e

alm

ofa

dad

as d

e lig

ação

à s

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ante

rio

r e

ao q

uar

to d

os

do

no

s, e

m m

adei

ra p

inta

da

de

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'm,

apre

sen

tam

um

a b

and

eira

. O e

scri

tóri

o é

ilu

min

ado

po

r u

m v

ão

gem

inad

o e

, nes

te s

enti

do

, co

nst

atam

os

qu

e ca

da

dep

end

ênci

a er

a ilu

min

ada

de

mo

do

dife

ren

ciad

o e

qu

e o

des

enh

o d

os

vão

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fria

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iaçõ

es n

os

do

is ú

ltim

os

pis

os,

pas

san

do

a s

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com

ple

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os

po

r u

ma

vara

nd

a o

u p

or

um

a g

aler

ia m

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exte

nsa

, co

mu

m à

sal

a. O

qu

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do

s d

on

os

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ado

, no

ca

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o s

egu

nd

o e

últ

imo

pis

os,

po

r u

m v

ão d

e sa

cad

a si

mp

les

e p

or

ou

tro

tam

bém

de

saca

da,

po

rém

em

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ura

do

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r u

m a

rco

ab

atid

o '

liad

o n

a es

téti

ca A

rt N

ouve

au (I

mag

ens

15 e

15

A).

Imag

em

13

Escr

itó

rio

, po

rmen

or

do

tet

o d

o e

scri

tóri

o. J

osé

Vic

ente

, 201

4. C

ML/

DM

C/D

PC

.Im

age

m 1

4

Tect

o d

o e

scri

tóri

o s

imila

r a

estu

qu

es p

rese

nte

s em

pro

ject

os

ing

lese

s. J

osé

Vic

ente

, 201

4. C

ML/

DM

C/D

PC

.Im

age

m 1

4 A

Sala

de

reu

niõ

es n

a Th

ames

Ho

use

, Sta

nle

y H

amp

. (Ju

ly-D

ecem

ber

191

3).

Aca

dem

y A

rch

itec

ture

an

d A

rch

itec

tura

l Rev

iew

, Vo

l.44,

p.6

8.

191

Imag

em

15

Qu

arto

do

s d

on

os

(nes

te c

aso

, co

nve

rtid

o e

m e

scri

tóri

o) .

Jo

sé V

icen

te, 2

014.

CM

L/D

MC

/DP

C.

Imag

em

15

A

Qu

arto

do

s d

on

os.

Jo

sé V

icen

te, 2

014.

CM

L/D

MC

/DP

C.

Page 5: Evolução da habitação colectiva no início do séc. XX: um ... · A latrina podia ser colocada em espaço contíguo ao edifício, no lado de fora da parede exterior, ou então

Imag

em

18

Sala

de

jan

tar.

José

Vic

ente

, 20

14. C

ML/

DM

C/D

PC

.

Imag

em

19

A

Porm

eno

r d

o t

rab

alh

o d

e b

ois

erie

ao

nív

el d

as p

ared

es.

José

Vic

ente

, 201

4. C

ML/

DM

C/D

PC

.19

2

Imag

em

19

Sala

de

jan

tar.

Ch

arle

s P

lum

et e

t To

ny

Selm

ersh

eim

. (J

anvi

er-J

uin

190

0). A

rt e

t D

éco

rati

on

, T. V

II, p

.20.

O c

orr

edo

r m

ais

lon

go

per

mit

e ac

eder

ao

s q

uar

tos

ilum

inad

os

pel

o s

agu

ão c

entr

al, à

cas

a d

e b

anh

o e

ao

toile

tte

da

do

na

da

casa

. To

ilett

es, d

ifere

nci

ado

s se

gu

nd

o o

gén

ero

, e q

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tos

inte

rlig

am-

se a

trav

és d

e p

ort

as s

imp

les

com

ban

dei

ra e

alm

ofa

dad

as.

O W

C c

om

un

ica

com

am

bas

. O c

orr

edo

r (I

mag

ens

16 e

17)

q

ue

per

mit

e o

ace

sso

a t

od

as e

stas

dep

end

ênci

as d

e ca

ráct

er

pri

vad

o, é

ilu

min

ado

pel

o s

agu

ão c

entr

al e

co

nd

uz

ao c

orr

edo

r tr

ansv

ersa

l qu

e d

á ac

esso

à c

asa

de

cost

ura

, à s

ala

de

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tar,

à co

zin

ha

e à

“dis

pen

sa”.

A p

equ

ena

div

isão

qu

e em

pla

nta

an

tece

dia

a c

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ura

ser

ia a

bo

lida,

per

mit

ind

o a

co

nst

ruçã

o

de

um

a sa

leta

mai

or

em c

om

un

icaç

ão c

om

a s

ala

de

jan

tar.

À s

emel

han

ça d

o q

ue

veri

'cám

os

em o

utr

os

pro

ject

os

de

Ko

rro

di,

a sa

la d

e ja

nta

r (I

mag

em 1

8) s

erá

um

a d

as d

epen

dên

cias

m

ais

apro

fun

dad

as. A

gra

nd

e ja

nel

a d

e sa

cad

a p

inta

da

de

bra

nco

, ap

rese

nta

um

du

plo

arc

o d

e vo

lta

per

feit

a e

um

jog

o

de

vid

rin

ho

s d

e fo

rmas

hex

ago

nai

s em

azu

l e a

mar

elo

ou

o

cto

go

nai

s em

vid

ro s

imp

les,

sim

ilare

s ao

s d

a p

ort

a d

o to

ilett

e d

o d

on

o, q

ue

'ltr

am a

luz

de

Poen

te, i

dea

l par

a a

ho

ra d

e ja

nta

r.28 U

ma

rela

ção

de

inti

mid

ade

com

a p

aisa

gem

era

vis

ível

n

os

inte

rio

res

ing

lese

s re

pre

sen

tati

vos

do

Dom

esti

c Re

viva

l, m

as

com

a A

rte

No

va o

s vã

os

lon

git

ud

inai

s, a

os

qu

ais

se a

sso

ciav

am

asse

nto

s 'x

os,

são

su

bst

itu

ído

s p

or

envi

dra

çad

os

mai

s va

sto

s,

em a

rco

ab

atid

o e

mu

nid

os

de

vitr

ais:

“Jan

elas

orn

adas

de

vitr

ais

colo

rido

s, a

pres

enta

m n

o se

u c

entr

o se

ja o

sím

bol

o d

a ca

sa, s

ejam

os

retr

atos

his

tóri

cos

ou a

s pa

isag

ens,

pás

saro

s e

/ore

s, v

endo

-se

mes

mo

arm

ário

s, s

empr

e qu

e os

pos

sa s

up

orta

r, pr

odu

zin

do b

om e

feit

o; u

m c

orti

nad

o re

laci

onad

o co

m o

est

ilo

adop

tado

, art

isti

cam

ente

dis

pos

to, c

ompl

eta

a or

nam

enta

ção

da ja

nel

a”.2

9 O

lam

bri

l é s

ub

stit

uíd

o p

or

um

ro

dap

é e

um

a co

rnija

ass

ente

em

cac

ho

rro

s q

ue

serv

iria

de

sup

ort

e p

ara

a ex

po

siçã

o d

e p

orc

elan

as o

u p

equ

eno

s o

bje

cto

s d

eco

rati

vos,

tr

adiç

ão s

ob

retu

do

ob

serv

ável

a p

arti

r d

o R

enas

cim

ento

e

qu

e é

rein

terp

reta

da

na

Art

e N

ova

(Im

agen

s 19

e 1

9 A

).

193

Imag

em

16

Vis

ta d

a p

rin

cip

al a

rtér

ia d

e d

istr

ibu

ição

da

casa

. Sa

la d

e ja

nta

r ao

fun

do

. Jo

sé V

icen

te, 2

014.

CM

L/D

MC

/DP

C.

Imag

em

17

Porm

eno

r d

o r

eves

tim

ento

dec

ora

tivo

do

co

rred

or.

José

Vic

ente

, 201

4. C

ML/

DM

C/D

PC

.

Notas

28

No

se

gu

nd

o p

iso

, um

pa

ssa

diç

o e

sta

be

lece

a li

ga

ção

en

tre

a v

ara

nd

a p

ost

eri

or

e o

jard

im

loca

liza

do

na

s tr

ase

ira

s d

o p

réd

io.

29

«D

es

fen

êtr

es

orn

ée

s d

e v

itra

ux

de

co

ule

ur,

po

rta

nt

à le

ur

cen

tre

so

it le

ch

i�re

de

la m

ais

on

,

soit

de

s p

ort

rait

s h

isto

riq

ue

s o

u d

es

pa

ysa

ge

s, d

es

ois

ea

ux

et

de

s �

eu

rs, v

oir

e m

êm

e d

es

arm

oir

ies,

qu

an

d o

n e

st e

n d

roit

d’e

n p

ort

er,

pro

du

ise

nt

bo

n

e�

et;

un

e t

en

ture

en

ra

pp

ort

ave

c le

sty

le a

do

pté

,

art

iste

me

nt

jeté

e, c

om

plè

te l’

orn

em

en

tati

on

de

la f

en

êtr

e. »

Ris

-Pa

qu

ot,

18

94

, p.1

97

.

Page 6: Evolução da habitação colectiva no início do séc. XX: um ... · A latrina podia ser colocada em espaço contíguo ao edifício, no lado de fora da parede exterior, ou então

A e

sco

lha

do

mo

bili

ário

dec

orr

ia e

ssen

cial

men

te d

a vo

nta

de

do

cl

ien

te, e

o fa

cto

des

tas

peç

as t

erem

per

sist

ido

até

à a

ctu

alid

ade

aju

da-

no

s a

com

pre

end

er c

om

o e

sta

dep

end

ênci

a er

a vi

ven

ciad

a à

épo

ca.30

Um

bu

fete

(Im

agem

20)

co

m e

lem

ento

s A

rte

No

va:

con

torn

os

curv

ilín

eos

das

gav

etas

, ap

on

tam

ento

s 't

om

ór'

cos

qu

e m

arca

m a

s p

ort

adas

do

co

rpo

infe

rio

r, p

és d

e re

cort

e o

nd

ula

nte

, ar

cos

abat

ido

s q

ue

rem

atam

o c

orp

o s

up

erio

r e

qu

e ap

rese

nta

m

on

dea

do

s va

zad

os,

lin

has

en

trel

açad

as q

ue

con

stit

uem

a

bas

e d

os

bal

aúst

res.

Est

es ú

ltim

os

mo

tivo

s in

teg

ram

a p

arte

in

feri

or

do

esp

ald

ar d

as c

adei

ras

qu

e fa

zem

lem

bra

r m

od

elo

s h

ola

nd

eses

bar

roco

s p

elo

s se

us

sup

ort

es d

ian

teir

os

form

ado

s p

ela

just

apo

siçã

o d

e b

alaú

stre

s, d

isco

s e

cub

os,

pel

a p

reg

aria

m

etál

ica

do

s es

tofo

s em

vel

ud

o, p

elo

s re

mat

es e

nta

lhad

os

(>o

res

e ca

ule

s, n

ão m

ais

mas

carõ

es) d

os

mo

nta

nte

s d

o e

nco

sto

. A

dja

cen

te à

sal

a d

e ja

nta

r si

tua-

se a

co

zin

ha,

qu

e ta

mb

ém

com

un

ica

com

a v

aran

da

po

ster

ior

(Im

agem

21)

. So

b a

ch

amin

é em

lio

z su

rge

inte

gra

da

um

a b

anca

da

no

mes

mo

m

ater

ial q

ue

con

tém

um

du

plo

lava

-lo

iça,

e u

ma

ban

cad

a m

ais

bai

xa q

ue

fun

cio

na

com

o e

sco

rred

or.

A p

ia d

e d

esp

ejo

s lo

caliz

a-se

em

co

mp

arti

men

to a

cess

ível

atr

avés

da

vara

nd

a,

em c

on

form

idad

e co

m a

leg

isla

ção

. O p

avim

ento

, pro

du

zid

o

pel

a Fá

bri

ca d

e Lo

uça

de

Saca

vém

, é c

on

stit

uíd

o p

or

mo

saic

o

hid

ráu

lico

ver

mel

ho

e b

ran

co, d

e fo

rmat

o h

exag

on

al31

, qu

e co

ntr

asta

co

m o

mo

vim

ento

on

du

lan

te d

os

bo

tões

de

rosa

e

vag

ens

do

fris

o d

o s

ilhar

, em

faia

nça

azu

l e b

ran

ca.

Co

ncl

usã

o

A o

rgan

izaç

ão e

spac

ial e

spel

ha

um

esb

atim

ento

gra

du

al d

a d

ivis

ão e

ntr

e es

fera

blic

a e

pri

vad

a. P

oré

m, m

antê

m-s

e as

d

epen

dên

cias

lig

adas

ao

gén

ero

mas

culin

o o

u fe

min

ino

. Não

h

á m

ais

um

lug

ar p

riva

do

de

soci

abili

dad

e, c

om

o e

ra o

bou

doir

, e

a sa

la d

e ja

nta

r ap

roxi

ma-

se d

a co

zin

ha,

ten

do

sid

o b

anid

a a

cop

a. O

s co

rred

ore

s n

ão s

ão m

ais

iso

lad

os

po

r p

ort

as, o

qu

e fa

z co

m q

ue

pes

soal

do

més

tico

e fa

míli

a se

cru

zem

em

bo

ra

per

sist

a a

po

rta

de

serv

iço

. O p

róp

rio

qu

arto

da

cria

da

enco

ntr

a-se

lig

ado

ao

co

rred

or

pri

nci

pal

. Est

amo

s p

eran

te e

spaç

os

inte

rio

res

mai

s p

rag

mát

ico

s o

nd

e o

tra

tam

ento

dec

ora

tivo

co

nti

nu

a a

con

trib

uir

par

a a

iden

tid

ade

de

cad

a d

epen

dên

cia.

O

s p

roje

cto

s d

e Er

nes

to K

orr

od

i rev

elar

iam

um

a ap

licaç

ão

prá

tica

de

con

ceit

os

e p

ress

up

ost

os

esp

acia

is, c

orr

esp

on

den

te

em a

lgu

ns

caso

s a

ante

cip

açõ

es d

a m

od

ern

idad

e, n

a m

edid

a em

qu

e ac

om

pan

hav

am o

co

nte

xto

inte

rnac

ion

al.

194

Imag

em

20

Cad

eira

e b

ufe

te d

e sa

la d

e ja

nta

r (M

ón

ica

Ro

mão

zin

ho

). À

dir

eita

: Bu

fete

em

no

gu

eira

en

cera

da.

(1 S

etem

bro

190

5).

A C

on

stru

cção

Mo

der

na.

An

o V

I (n

.º17

6), p

.155

. 19

5

Imag

em

21

Fog

ão d

a co

zin

ha

com

can

tari

a em

lio

z. J

osé

Vic

ente

, 201

4. C

ML/

DM

C/D

PC

.

Notas

30

Um

po

uco

ma

is t

ard

iam

en

te, m

ais

esp

eci

�ca

me

nte

em

19

33

, da

ta e

m q

ue

o p

ai d

o

act

ua

l in

qu

ilin

o, d

e o

rig

em

be

lga

, ve

m m

ora

r

pa

ra L

isb

oa

a �

m d

e t

rab

alh

ar

nu

ma

em

pre

sa.

31

Co

mp

osi

ção

n.º

12

7, D

es-

19

04

,

ma

s se

m b

ord

ad

ura

. Arq

uiv

o d

a

Fáb

rica

de

Lo

iça

de

Sa

cav

ém

.

Page 7: Evolução da habitação colectiva no início do séc. XX: um ... · A latrina podia ser colocada em espaço contíguo ao edifício, no lado de fora da parede exterior, ou então

197

196

No

tas

1 “O

ass

un

to e

a o

casi

ão d

eter

min

avam

o

esti

lo”.

Rio

-Car

valh

o, 1

974,

p.2

51.

2 A

dir

ecçã

o t

écn

ica

da

revi

sta

A C

onst

rucç

ão M

ode

rna

era

form

ada

pel

o e

ng

enh

eiro

civ

il Jo

sé M

aria

de

Mel

lo d

e M

ato

s (1

856-

1915

) e p

elo

arq

uit

ecto

Ro

zen

do

Car

valh

eira

(186

3-19

19).

3(20

Jan

eiro

190

8).”X

IV.º

Co

ng

ress

o in

tern

acio

nal

de

hyg

ien

e e

dem

og

rap

hia

.” A

Con

stru

cção

Mod

ern

a, A

nn

o V

III (n

.º 2

47),

p.1

48.

4 Ib

idem

.5

Ibid

em.

6 (1

0 O

utu

bro

190

6). R

egu

lam

ento

de

Salu

bri

dad

e d

as e

di'

caçõ

es

urb

anas

. A C

onst

rucç

ão M

oder

na,

An

no

VII,

(n.º

201)

, p.6

7.7

Ibid

em.

8 Ib

idem

.9

Ibid

em, p

.72.

10

(20

Ou

tub

ro 1

906)

. “R

egu

lam

ento

de

Salu

bri

dad

e d

as e

di'

caçõ

es u

rban

as.”

A C

onst

rucç

ão

Mod

ern

a, A

nn

o V

II (n

.º20

2), p

.72.

11

(1 N

ove

mb

ro 1

906)

. “R

egu

lam

ento

de

Salu

bri

dad

e d

as e

di'

caçõ

es u

rban

as.”

A C

onst

rucç

ão

Mo

dern

a, A

nn

o V

II (n

.º20

3), p

.82.

12

(10

No

vem

bro

190

6). “

Reg

ula

men

to d

e Sa

lub

rid

ade

das

ed

i'ca

ções

urb

anas

”. A

Con

stru

cção

M

oder

na,

An

no

VII

( n.º

204)

, p.9

1.1

3 Ib

idem

, p.9

0.1

4 Ib

idem

.1

5 Ib

idem

.1

6 R

ou

x, 1

976,

p.2

33.

17

Em

190

5, K

orr

od

i fo

i no

mea

do

dir

ecto

r in

teri

no

da

Esco

la

Do

min

go

s Se

qu

eira

e, e

m 1

906,

ass

um

iu a

dir

ecçã

o e

fect

iva

da

esco

la, c

arg

o q

ue

exer

ceri

a at

é 19

17. O

livei

ra ,

2005

, p.5

0.1

8 E

m 1

898,

pu

blic

ou

a o

bra

Est

udo

s de

Rec

onst

rucç

ão s

obre

o

Cas

tello

de

Leir

ia: R

econ

stit

uiç

ão g

raph

ica

de u

m n

otáv

el e

xem

plo

de c

onst

rucç

ão c

ivil

e m

ilita

r por

tugu

esa

(Zu

riq

ue:

Inst

itu

to

Poly

gra

ph

ico

, 189

8), g

raça

s ao

s q

uai

s lh

e se

ria

atri

bu

ído

, so

b a

pro

po

sta

do

Min

istr

o e

Sec

retá

rio

de

Esta

do

das

Ob

ras

Púb

licas

, Co

mér

cio

e In

stri

a, o

tít

ulo

de

“Co

men

dad

or

da

Rea

l Ord

em d

o M

érit

o c

ivil”

. Oliv

eira

, 20

05, p

.57.

19

Mad

sen

def

end

e q

ue

a A

rte

No

va a

par

eceu

em

Ing

late

rra

e at

rib

uí-

lhe

a d

esig

naç

ão d

e Pr

oto

-Art

Nou

veau

. Mad

sen

, 196

7, p

.14.

20

Rau

l Lin

o e

Ern

esto

Ko

rro

di c

ruza

m-s

e em

192

6 n

o d

ia e

m

qu

e se

r-lh

es-i

a at

rib

uíd

o o

tít

ulo

de

arq

uit

ecto

, na

seq

uên

cia

da

saíd

a d

e u

m d

ecre

to d

e le

i (19

25) q

ue

det

erm

inav

a q

ue

nin

gu

ém

po

dia

usa

r a

des

ign

ação

de

arq

uit

ecto

sem

ter

o d

iplo

ma

o'c

ial

de

um

a d

as E

sco

las

de

Bel

as-A

rtes

do

paí

s. E

ser

á R

aul L

ino

, co

mo

pre

sid

ente

da

Aca

dem

ia d

as B

elas

-Art

es q

ue

elab

ora

rá o

d

iscu

rso

stu

mo

qu

and

o K

orr

od

i mo

rre,

pu

blic

ado

na

Rev

ista

e

Bole

tim

da

Aca

dem

ia N

acio

nal

de

Bela

s-A

rtes

. N.º

13 (1

944)

. 2

1 D

esta

cam

-se

ou

tras

en

com

end

as p

ara

a ci

dad

e d

e Li

sbo

a, d

esig

nad

amen

te o

s p

réd

ios

de

ren

dim

ento

de

João

Lea

l & Ir

mão

s q

ue

ocu

pam

um

a fr

ente

e g

avet

o

form

ado

pel

a ru

a Sa

raiv

a d

e C

arva

lho

e R

ua

Ferr

eira

B

org

es e

qu

e se

riam

pro

ject

ado

s en

tre

1902

e 1

908.

22

Ofe

reci

a ca

nta

rias

de

calc

ário

e li

oz

da

reg

ião

de

Leir

ia. O

livei

ra, 2

005,

p.5

0.2

3 M

oti

vo a

qu

e K

orr

od

i rec

orr

eu n

o p

roje

cto

da

Cas

a d

e D

om

ing

os

Gu

ieir

o (F

aro

, 191

2). A

oliv

eira

era

sag

rad

a em

Ate

nas

e o

s ra

mo

s d

e o

livei

ra e

ram

os

pré

mio

s d

e vi

tóri

a n

os

jog

os

olím

pic

os.

O r

amo

de

oliv

eira

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