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PERCIA E ASSISTNCIA TCNICA JUDICIAL ANTONIO COLLET E SILVA FILHO Avenida Ministro Afrnio Costa, 255/503 MBA ADM.FIN.CONTABIL CREA-SP 43.283 INST.ENG.LEGAL 1385
22631-220 Barra Rio de Janeiro/RJ (21)2420-9239 [email protected]
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 00 VARA CVEL
PROCESSO: AO: COBRANA Expurgos Inflacionrios na Poupana
AUTOR: DEPOSITANTE
RU: BANCO MLTIPLO R: ASSOCIAO DE POUPANA E EMPRSTIMO
ANTONIO DE PDUA COLLET E SILVA FILHO, engenheiro civil, ps-graduado em economia, com curso de mestrado em administrao financeira e contbil, portador de identidade do CREA-SP sob n 43.283/D e membro do Instituto de Engenharia Legal sob n 1.385, muito honrado com sua nomeao como PERITO DO JUZO e tendo concludo seus trabalhos, vem solicitar para os devidos fins legais, seja juntado aos autos o presente:
LAUDO PERICIAL
1 OBJETO
Constitui objeto do presente, a produo da prova pericial para liquidao que requerida pelo Autor (fls.000) foi deferida pelo Juzo (fls.000/000), para avaliar expurgos inflacionrios praticados nas contas de poupana livre, decorrentes dos planos de estabilizao monetria em junho de 1987, janeiro de 1989 e maro de 1990, incluindo atualizao das quantias histricas, mediante anlises tcnicas levadas a efeito com clculos de matemtica financeira e atualizao monetria.
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2 RELATANDO OS AUTOS
O Autor ajuizou, em 00/00/0000, a presente Ao de Cobrana, esclarecendo a responsabilidade passiva da Associao R (2 Ru), cuja administrao das contas cabia ao Banco Ru (1 Ru), e questionando os expurgos inflacionrios praticados em sua(s) conta(s) de poupana no tocante aos crditos relativos aos meses de julho 1987 (Plano Bresser), janeiro e fevereiro de 1989 (Plano Vero), bem como em abril e maio de 1990 quanto parcela no bloqueada no Banco Central do Brasil (Plano Collor I).
Assim, requereu os crditos nas mencionadas ocasies com a parcela expurgada acrescida da remunerao e atualizao devida, bem como inverso do nus da prova para apresentao da movimentao de todas as contas-poupana vinculadas ao seu CPF, com os crditos praticados e relativos aquelas mesmas ocasies.
Citado por Aviso de Recebimento, em 00/00/0000 (fls.00), o Banco Ru contestou o feito (fls.00/00), postulando preliminarmente pela incompetncia deste Juzo em prol da Justia Federal, pelo envolvimento do Banco Central do Brasil (BACEN) e do Conselho Monetrio Nacional (CMN) nas instrues sobre a apropriao dos crditos nas contas de caderneta de poupana, bem como pela ilegitimidade passiva do Banco Ru, que apenas cumpriu com tais determinaes, e pela prescrio da correo e dos juros creditados.
No mais afastou as pretenses do Autor, pela inexistncia do direito adquirido de modo geral e para contas com aniversrio aps depois do dia 15, e a inverso do nus da prova, requerendo a improcedncia do pedido.
Citada por Aviso de Recebimento, em 00/00/0000 (fls.00), a Associao R contestou o feito (fls.00/00), postulando preliminarmente pela prescrio, pautando-se no prazo qinqenal, pela ilegitimidade passiva, por no ser instituio financeira, e pela necessidade de suspenso desta ao, por haver ao coletiva ajuizada pelo IBEDEC/DF.
No mais informou sobre a conta de titularidade do Autor (fls.000), afastou o pleito, contestou a gratuidade de justia e a inverso do nus da prova, requerendo a improcedncia do pedido.
Em rplica ao Banco Ru (fls.000/000), o Autor afastou as preliminares postuladas pelas rs e, quanto prescrio, pautou-se no prazo vintenrio e na descaracterizao da correo e juros da poupana, como acessrios, requerendo sua discriminao dos juros moratrios contados da citao, bem como no pleito da relao de consumo aplicvel matria. Desta feita manteve inalterados os pedidos de sua inicial, protestando pela juntada de documentos ali requerida.
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De forma praticamente similar, juntou rplica Associao R (fls.000/000), juntando cpia de IRPF para evidenciar a existncia e as suas contas em caderneta de poupana (fls.000/000).
Em provas (fls.000), o Autor requereu julgamento antecipado da lide (fls.000/000); a Associao R requereu prazo para manifestar-se sobre as contas do Autor e afastou aquelas identificadas nos IRPF, por estarem relacionadas a perodos posteriores ao pleito (fls.000/000 e fls.000/000), ao passo que o Banco Ru no se manifestou.
Instados a especificarem as provas e se pronunciarem sobre audincia
preliminar (fls.000), o Autor manteve-se requerendo o julgamento antecipado da lide e no se ops audincia (fls.000/000). A Associao R manifestou desinteresse na audincia e declarou nada ter a produzir, requerendo tambm o julgamento antecipado da lide (fls.000). O Banco Ru requereu a prova pericial e no se ops audincia (fls.000).
A Audincia de Conciliao, em 00/00/0000 (fls.000), restou infrutfera
com as partes repetindo os pleitos mencionados acima, incluindo jurisprudncia juntada pelo Autor (fls.000/000).
Em deciso datada de 00/00/0000 (fls.000), o Juzo requereu do Autor documento sobre a existncia da conta e movimentaes na poca questionada, bem como dos rus com a respectiva confirmao.
O Autor juntou cpia das declaraes do IRPF relativo aos exerccios de 1993 e 1994 (fls.000/000). A Associao R juntou movimentao da conta 000000-X, entre 30/04/90 e 01/03/1991 (fls.000/000). O Banco Ru declarou que o Autor no possua conta de poupana junto quela instituio (fls.000).
A Associao R juntou extratos das seguintes contas-poupana: 7.028-9 entre junho e julho de 1987; 121.294 entre junho e julho de 1987; 482623 entre abril de 1990 e janeiro de 1992; 688158 de janeiro e fevereiro de 1989 at novembro de 1992 e; 802632 de janeiro e fevereiro de 1989 e maro e abril de 1990 (fls.000/000). O Autor juntou documentos sobre outras contas existentes em pocas mais recentes do que aquelas questionadas (fls.000/000).
Marcada outra Audincia de Conciliao (fls.000). Em 00/00/000, esta tambm restou infrutfera, com as partes requerendo julgamento da lide, declarando nada mais ter a produzir e os rus protestando pela apreciao das preliminares argidas (fls.000).
Instado (fls.000), o Autor requereu a liquidao do valor devido com as devidas correes (fls.000).
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Em deciso datada de 00/00/0000 (fls.000/000), o Juzo rejeitou as preliminares suscitadas pelas rs, pautando-se na competncia deste Juzo, na prescrio vintenria e na descaracterizao acessria da correo e juros da poupana, deferindo a prova pericial e facultando a formulao de quesitos e indicao de assistentes tcnicos pelas partes. Assim, determinou o clculo dos expurgos, mantidos em caderneta de poupana (juros remuneratrios) e acrescidos dos juros moratrios contados da citao.
O Banco Ru apenas juntou quesitos (fls.000/000). O Autor se manifestou quanto deciso, acatando-a (fls.000/000). A Associao R juntou quesitos e indicou assistente tcnico (fls.000/000), juntando os pertinentes extratos (fls.000/000).
Propostos os honorrios para elaborao dos clculos conforme documentos juntados aos autos (fls.000), o Autor providenciou o respectivo depsito (fls.000/000), dando-se incio prova. 3 DILIGENCIAMENTO
Os trabalhos foram desenvolvidos com base nos seguintes extratos identificados pelas respectivas contas-poupana:
Conta 007.028-9 movimentada entre 01/06/87 e 25/06/92 =>fls. Conta 121.294-0 movimentada entre 03/06/87 e 30/11/92 =>fls. Conta 688.158-0 movimentada entre 09/01/89 e 07/01/91 =>fls. Conta 802.632-7 movimentada entre 01/02/89 e 02/05/90 =>fls. Conta 482.623-X movimentada entre 30/04/90 e 01/03/91 =>fls.
As informaes repetem-se s fls.000/000 e constam da relao relativa a poupana livre juntada pelo Autor na sua declarao ao IRPF em 1990/1991 (fls.000), salvo para a conta 121.294-0.
A lide exclui as parcelas das mencionadas contas em caderneta de poupana transferidas, em cruzados novos e bloqueados no Banco Central:
Conta 451.761-X bloqueada no BACEN em 31/12/1991 =>fls. Conta 007.028-9 bloqueada no BACEN em 31/12/1991 =>fls. Conta 802.632-7 bloqueada no BACEN em 31/12/1991 =>fls. Conta 688.158-0 bloqueada no BACEN em 31/12/1991 =>fls. Conta 013.553-4 bloqueada no BACEN em 31/12/1991 =>fls. Conta 595.221-2 bloqueada no BACEN em 31/12/1991 =>fls. Conta 121.294-X bloqueada no BACEN em 31/12/1991 =>fls.
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4 AVALIANDO OS EXPURGOS HISTRICOS
Trata-se do questionamento dos expurgos inflacionrios praticados em contas de caderneta de poupana, decorrentes de aplicao retroativa da legislao, nos perodos aquisitivos (aniversrios) anteriores a promulgao, ou lapso de regulamentao legal, com determinaes as operacionais desconstitudas de fundamento legal.
