15
Roteiro: Experimento #8 Calibração de termômetro 1º Quadrimestre 2011 THE MORE YOU UNDERSTAND WHAT IS WRONG WITH A FIGURE, THE MORE VALUABLE THAT FIGURE BECOMES. (LORD KELVIN) Objetivos: Construir uma escala de temperatura em um capilar de vidro com mercúrio utilizando dois pontos fixos (ponto triplo e ponto de ebulição da água). Calibrar a escala de temperatura obtida a partir da comparação com um termômetro de mercúrio calibrado, gerando um fator de correção e sua incerteza, através do método dos mínimos quadrados. Aplicar a escala construída para determinar a temperatura ambiente e a temperatura de ebulição do álcool etílico e estimar as respectivas incertezas. 1- Introdução A noção de temperatura foi associada por muito tempo à noção de quente e frio. Por meio do tato é possível distinguir corpos quentes e frios, além de poder dispor os corpos em ordem de aquecimento, decidindo se A esta mais quente que B ou C. Apesar de simples, é um procedimento subjetivo para determinar a temperatura de um corpo e não

Experiencia 8 Calibração de termometro

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Experiencia 8 Calibração de termometro

Roteiro: Experimento #8Calibração de termômetro

1º Quadrimestre 2011

THE MORE YOU UNDERSTAND WHAT IS WRONG WITH A FIGURE, THE MORE VALUABLE THAT

FIGURE BECOMES. (LORD KELVIN)

Objetivos:

Construir uma escala de temperatura em um capilar de vidro com mercúrio utilizando dois pontos fixos (ponto triplo e ponto de ebulição da água).

Calibrar a escala de temperatura obtida a partir da comparação com um termômetro de mercúrio calibrado, gerando um fator de correção e sua incerteza, através do método dos mínimos quadrados.

Aplicar a escala construída para determinar a temperatura ambiente e a temperatura de ebulição do álcool etílico e estimar as respectivas incertezas.

1- Introdução

A noção de temperatura foi associada por muito tempo à noção de quente e frio.

Por meio do tato é possível distinguir corpos quentes e frios, além de poder dispor os

corpos em ordem de aquecimento, decidindo se A esta mais quente que B ou C. Apesar de

simples, é um procedimento subjetivo para determinar a temperatura de um corpo e não

serve para fins científicos. De fato, os sentidos podem facilmente enganar: coloque, por

exemplo, a mão numa superfície metálica e na madeira, você sentirá o metal mais frio do

que madeira; no entanto, ambos estão na mesma temperatura. Além disso, o intervalo de

temperatura em que podemos sentir a variação de temperatura é limitado.

É interessante observar que a grandeza Temperatura talvez tenha sido a primeira

grandeza termodinâmica a ser medida. Isto foi feito por Galileu em 1592 utilizando um

termoscópio de ar construído por ele. A partir do termoscópio de Galileu, diversos

termômetros foram construídos, dos quais vale a pena citar [1]:

Page 2: Experiencia 8 Calibração de termometro

Universidade Federal do ABCBC 1707 – Métodos Experimentais em Engenharia

- Em 1640, o grande duque Ferdinando II (1610-1670) da Toscana, um dos

fundadores da Academia Florentina do Experimento, constrói o primeiro termômetro de

álcool, cuja aplicação se dá nas áreas de medicina, agricultura e meteorologia;

- Em 1713, o alemão Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736), um operário de uma

fábrica de vidro, constrói um termômetro a álcool, que logo depois é substituído por um de

mercúrio. Ele também passa a trabalhar com pontos fixos de temperatura: a temperatura de

ebulição da água (que ele definiu como sendo 212° F) e o ponto de fusão do gelo (32° F),

que definem hoje em dia a escala conhecida como escala de Fahrenheit;

- Numa tentativa de aperfeiçoamento e na obtenção de medidas mais precisas, o

zoólogo francês René A. F de Réaumur (1683-1757) e o astrônomo sueco Anders Celsius

(1701-1744) estabeleceram as escalas de Réaumur e Celsius, respectivamente;

- Em 1817, o relojoeiro francês Abraham Louis Breguet (1747-1823) constrói

termômetros metálicos que deram origem aos termógrafos: termômetros registradores.

Todos os termômetros acima citados baseiam-se num mesmo processo:

- o aparelho entra em equilíbrio térmico com o sistema cuja temperatura se busca

medir (mesma temperatura);

- alguma grandeza física do elemento sensor é afetada pela temperatura (o volume

do líquido, no caso dos termômetros por princípio de dilatação; a resistência elétrica; a

diferença de potencial etc.);

Há outros termômetros que utilizam princípios diferentes, por exemplo, medindo a

energia irradiada pelo objeto que está aquecido.

2- Medida de temperatura

Existem diversas grandezas físicas que variam quando varia a nossa percepção

fisiológica de temperatura. Entre estas estão o volume de um líquido, o comprimento de

uma barra, a resistência elétrica de um fio, a pressão de um gás mantido a volume

constante, o volume de um gás mantido a pressão constante, a cor do filamento de uma

lâmpada. Qualquer uma destas grandezas pode ser usada para a construção de um

termômetro. Para isto é necessária a construção de uma escala termométrica.

2

Page 3: Experiencia 8 Calibração de termometro

Escala termométrica linear(dilatação de líquido)

0

20

40

60

80

100

0 50 100 150 200 250

mm

oC

Universidade Federal do ABCBC 1707 – Métodos Experimentais em Engenharia

A definição desta escala termométrica é feita admitindo-se uma relação monotônica

contínua entre a propriedade termométrica da substancia escolhida e a temperatura medida

em uma escala conhecida. Note que a escolha de uma substância e de sua propriedade

termométrica, juntamente com a relação admitida entre a propriedade e a temperatura,

conduz a uma escala termométrica específica. As figuras abaixo apresentam uma escala

linear e outra não linear.

Figura 1- Escala de dilatação de líquido Figura 2- Escala típica de termistor NTC [3]

2.1- Construção da escala termométrica

A escala de um instrumento de medição mostrador é definida no VIM [4] como um

conjunto ordenado de marcas, eventualmente associadas a valores de grandezas.

A construção da escala termométrica pode ser feita, entre outras formas:

- A partir de relações físicas conhecidas e de dados de projeto do termômetro. Por

exemplo, os termômetros baseados no princípio da termoeletricidade devem seguir normas

internacionais que definem, para cada tipo de termopar [5], a equação que relaciona a

tensão gerada com a diferença de temperatura medida. O projetista do termômetro deve

construir uma escala termométrica que converta as tensões medidas na temperatura

correspondente. Em termômetros de dilatação, os fabricantes são capazes de construir a

escala a partir dos dados de projeto do capilar e do líquido utilizado;

- A partir do ajuste de pontos experimentais utilizando-se pontos fixos (de

referência) como a temperatura do ponto triplo da água e o seu ponto de ebulição a pressão

conhecida. O projetista do termômetro neste caso deve, a partir dos resultados

experimentais, construir a escala termométrica;

3

Page 4: Experiencia 8 Calibração de termometro

Universidade Federal do ABCBC 1707 – Métodos Experimentais em Engenharia

- A partir do ajuste de pontos experimentais utilizando-se um termômetro padrão

como referência. Este método é semelhante ao da utilização dos pontos de referência,

podendo ajustar melhor escalas não lineares.

Termômetros de gás a volume constante são normalmente utilizados como

equipamentos padrão. Alguns pontos fixos clássicos são listados na tabela 1 (nas escala

Kelvin e Celsius).

Tabela 1 – Pontos fixos da escala termométrica internacional

Substância Estado Temperatura K Temperatura °CÁgua Ponto triplo 273,16 0,01Água Ponto de ebulição 373,15 100

Álcool Etílico Ponto de ebulição 351,65 78,5

2.2- Calibração de um termômetro

A construção de uma escala termométrica não garante que, durante a vida útil do

equipamento, este permanecerá sempre com os mesmos desvios em relação ao valor

verdadeiro da grandeza. Variações de propriedades dos materiais constituintes e de ajustes

internos do equipamento estão entre possíveis causas da variação de medida do

equipamento.

Para garantir que o equipamento se mantenha apropriado para o uso é necessário

manter o desvio em relação ao valor verdadeiro da grandeza, na sua classe de exatidão. Um

equipamento comprado com o objetivo de controlar a grandeza de um processo em um

intervalo +/- 1% deve manter desvios em um intervalo menor que este (tipicamente de

0,1% a 0,3%).

Assim, a confiança no uso do instrumento exige sua calibração periódica. A

periodicidade depende de:

- Tipo de instrumento. Por exemplo, raramente um sistema de qualidade de uma

indústria permite que um instrumento eletrônico seja calibrado em períodos maiores que

um ou dois anos. Um termômetro de vidro pode ter um período entre calibrações de 5 anos;

4

Page 5: Experiencia 8 Calibração de termometro

Universidade Federal do ABCBC 1707 – Métodos Experimentais em Engenharia

- Taxa de uso do instrumento. Um instrumento muito utilizado provavelmente sofre

mais desgaste do que um não utilizado. Por outro lado, este uso frequente em alguns

processos permite um acompanhamento contínuo do estado do equipamento;

- Ambiente de uso. Em laboratórios com temperatura e umidade controlados, a

instrumentação eletrônica, por exemplo, possui menor variabilidade de características ao

longo do tempo;

- Treinamento da equipe. A experiência da equipe na medição de uma determinada

grandeza pode permitir, por exemplo, que um determinado controle de processo seja feito

por dois instrumentos distintos quando necessário. Assim como uma verificação periódica

do instrumento, sempre necessária, feita de forma adequada, pode ampliar o seu período de

calibração;

- Processo monitorado pelo instrumento. Há processos no qual a instrumentação

utilizada não pode ser retirada com facilidade para calibração, e nestes casos, a grandeza é

medida de forma redundante. Há processos menos dependentes da grandeza medida do que

outros;

- Histórico do instrumento. Manutenção preditiva, verificações periódicas,

acompanhamento contínuo da história dos resultados de calibrações e manutenções podem

ampliar o período entre calibrações de instrumentos;

- Outros fatores: custo da calibração, disponibilidade de padrões para calibração,

métodos de calibração etc.

Há várias maneiras de se calibrar um instrumento. Um dos mais utilizados é o

método de comparação no qual a grandeza medida pelo instrumento é medida ao mesmo

tempo por um instrumento padrão, de maior exatidão.

Algumas calibrações resultam em uma tabela de correção de valores que auxilia o usuário

do instrumento a reduzir as incertezas do processo de medição.

A tabela 2 acompanhada das Observações transcritas abaixo representa um certificado de

calibração típico brasileiro (da Rede Brasileira de Calibração, RBC).

5

Page 6: Experiencia 8 Calibração de termometro

Universidade Federal do ABCBC 1707 – Métodos Experimentais em Engenharia

Tabela 2: Exemplo de certificado de calibração

V.I. V V CErro de

indicaçãoIncerteza

Expandidaleitura oC oC oC oC00.0 0,0 0,22 -0,22 0,7530.0 30,0 30,60 -0,60 0,7560.0 60,0 60,96 -0,96 0,7590.0 90,0 91,35 -1,35 0,75120. 120 121,78 -1,78 0,75

Observações:- O fator de conversão da leitura do instrumento para a unidade do S.I foi 1 oC/l.- Não houve ajuste.- V.I.: Valor indicado no instrumento na sua unidade.- V V C: Valor verdadeiro convencional- Erro de indicação: V.I. – VVC- A Incerteza Expandida é baseada em uma incerteza padrão combinada, multiplicada por um fator de abrangência de k = 2, para um nível de confiança de aproximadamente 95 %.

O processo de calibração por comparação é um processo experimental e, portanto, sujeito a desvios experimentais. Na tabela acima, estes desvios são estimados e resultam na incerteza expandida.

Neste experimento será apresentado um processo de calibração que gera um fator de correção. A incerteza deste fator será também estudada (Ver Apêndice).

3- Parte Experimental

3.1- Lista de Equipamentos e Material

Termômetros de mercúrio com e sem escala Béquer (2) Placa de aquecimento Água quente, gelo e álcool etílico Régua Caneta com ponta fina

3.2- Construção de escala termométrica

1 - Coloque (gelo + água) em um béquer e espere até que o sistema entre em equilíbrio térmico. A temperatura deste sistema será considerada a referência 1: Tmin=0oC, temperatura de fusão da água.

6

Page 7: Experiencia 8 Calibração de termometro

Universidade Federal do ABCBC 1707 – Métodos Experimentais em Engenharia

2 - Quando o sistema estiver em equilíbrio térmico, coloque o termômetro sem escala no béquer e marque a altura da coluna de mercúrio (corresponde à marca M1)3 - Em outro béquer, coloque 100 ml de água e coloque para aquecer na chapa quente.4 - Quando a água começar a ferver (referência 2: Tmax= 100oC= temperatura de ebulição da água), coloque o termômetro sem escala no béquer e marque a altura da coluna de mercúrio (marca M2).

A partir da relação entre a altura da coluna de mercúrio (isto é, a distância entre M1 e M2) e as referências dos pontos fixos utilizados, construa uma escala termométrica para este termômetro. Esta escala pode ser obtida fazendo-se um gráfico da temperatura como função da altura de Hg, e realizando-se um ajuste linear da curva obtida.

3.3- Calibração da escala termométrica

Após a construção da escala, ela será calibrada com o seguinte procedimento:

1 - Aqueça um béquer com água na chapa quente até uma temperatura de aproximadamente 58° C aguarde de 5 a 10 minutos para que a temperatura da água se estabilize.2 - Mergulhe no banho o termômetro de mercúrio padrão TC e o termômetro a ser calibrado TK.3 - Retire a água da chapa quente.4 - Conforme a água do recipiente for resfriando, anote um determinado número n de temperaturas (n ~10) e com intervalos iguais entre um valor e outro, por exemplo: ~2 ° C) do termômetro padrão e faça as marcas das alturas correspondentes no termômetro a ser calibrado.5 - Anote os valores em uma tabela, converta os valores de altura em temperatura (utilizando a calibração feita na etapa anterior do experimento) e calcule os parâmetros de correção conforme descrito no anexo.

3.4- Medidas de temperatura

Após a identificação dos fatores de correção, aplique-os a dois pontos experimentais: a temperatura ambiente e a temperatura do ponto de ebulição do álcool etílico:

1 - Meça a altura da coluna de Hg no termômetro que foi calibrado, quando mergulhado no béquer com água à temperatura ambiente. Utilize a temperatura da água, medida com o termômetro padrão como referência para comparar resultados

2 - Em outro béquer, coloque álcool etílico (~ 20 ml) (anote o valor de sua concentração), e coloque para aquecer na chapa quente. Quando este começar a ferver, meça a altura da coluna de Hg no termômetro que foi calibrado. Utilize a temperatura da tabela 1 como sendo a temperatura de referência para comparar os resultados.

3 - Apresente os valores de temperatura corrigidos com as respectivas incertezas.

7

Page 8: Experiencia 8 Calibração de termometro

Universidade Federal do ABCBC 1707 – Métodos Experimentais em Engenharia

4 – Calcule os erros relativos entre os valores de temperatura obtidos e aqueles considerados com referências.

3.5- Questões

1. Descreva pelo menos 3 métodos para medir valores de temperaturas.

2. Descreva metodologias para a construção de uma escala termométrica.

3. Critique a experiência e identifique os erros que podem ocorrer durante as medidas.

4- Referências Bibliográficas

[1] Roberto L. Ponczek, Suani T. R. de Pinho, Roberto F. S. Andrade, José F. M. Rocha, Olival Freire Junior, Aurino Ribeiro Filho, Origem e evolução das ideias da física, EDUFBA, Salvador (2002).

[2] R. Resnik, D. Halliday, Física, Volume 2, Livros técnicos e científicos Editora, Rio de Janeiro (1999).

[3] Termistor, http://pt.wikipedia.org/wiki/Termistor , acesso em 11/04/2010.

[4] Inmetro, Vocabulário internacional de termos fundamentais e gerais de Metrologia. Rio de Janeiro: Ed. SENAI, 2007. Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/infotec/publicacoes.asp , acesso em 11/04/2010.

[5] Termopar, http://www.iope.com.br/3ia1_termopares.htm, acesso em 11/04/2010

[6] Guia para a expressão da incerteza de medição, ABNT/INMETRO, 3ª. Edição Brasileria, Agosto 2003, Anexo H.

5- Autores

Apostila elaborada pela professora M. Escote e revisada pelos Profs. J.C. Teixeira, S.M. Malmonge e D. Consonni.

8

Page 9: Experiencia 8 Calibração de termometro

Apêndice - Fundamentos de calibração

Será utilizado um fator de correção linear, obtido a partir dos métodos dos mínimos quadrados [6].

A calibração será feita a partir da comparação de valores lidos de um sensor de temperatura TK, comparados com os valores do termômetro de referência TC. Destes valores, obtém-se a correção ou desvio:

bK = [TC – TK] (1)

Esta correção e as temperaturas medidas TK são as grandezas de entrada para a avaliação. Com estes dados faz-se o gráfico da curva linear de calibração:

b(T) = y1 + y2(T-T0) (2)

onde: y1 é o coeficiente linear da curva, y2 é o coeficiente angular da curva ou inclinação da curva; T é um valor qualquer de temperatura na qual se deseja aplicar a correção ao termômetro (é a variável independente); b(T) é a correção que deve ser aplicada ao termômetro no valor de temperatura T (é a variável dependente); T 0 é uma temperatura exata qualquer de referência convenientemente escolhida, que servirá de localização da curva (deve ser escolhida de preferência abaixo do primeiro valor de temperatura medido).

Esta curva de calibração é ajustada para as correções e temperaturas medidas, pelo método dos mínimos quadrados. Este método permite o ajuste de uma função b(T) a um conjunto de pontos experimentais de forma a determinar os valores de y1 e y2. Estes valores devem ser tais que minimizem a soma:

(3)

Para a determinação dos parâmetros da curva, o método dos mínimos quadrados fornece as seguintes expressões:

(4)

(5)

onde: ; e n é o número de medidas.

9

Page 10: Experiencia 8 Calibração de termometro

Através do cálculo de (4) e (5) chega-se a (2), que é a curva de calibração de um sensor, que fornece o valor previsto da correção b(T) em qualquer temperatura T e em particular em T = Tk.

A qualidade do ajuste realizado depende de valores como o desvio padrão, as variâncias e covariâncias dos parâmetros ajustados, que por sua vez estão associados à incerteza desta calibração. Para a determinação destes valores, utilizam-se os seguintes conceitos:

As variâncias para os parâmetros y1 e y2 são dadas por:

e:

A variância é o quadrado do desvio padrão, isto é, s2, que é a soma dos desvios quadráticos das observações de sua média aritmética, dividida pelo número de observações menos o número de graus de liberdade.

A medida da incerteza total do ajuste:

Após encontrar o valor previsto para a correção do termômetro a uma determinada temperatura, calcula-se a incerteza dessa correção que resultará em um intervalo. Esta é calculada a partir da seguinte expressão:

onde: e

e r é o coeficiente de correlação dado por:

10

Page 11: Experiencia 8 Calibração de termometro

A partir desta análise, determina-se o valor da correção prevista b(T) e a incerteza

desta correção . Em geral, os valores assim obtidos podem ser representados da

seguinte forma: .

11