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Anais do IV Simpósio sobre Formação de Professores – SIMFOP Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus de Tubarão Tubarão, de 7 a 11 de maio de 2012 1 EXPERIÊNCIA DE UMA PRÁTICA ACADÊMICA PARA CRIAÇÃO DE UM HORTO DE PLANTAS MEDICINAIS NA UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA Daniella Koch de Carvalho¹ Aline Gonçalves Pereira² RESUMO: O presente trabalho consiste em um relato de experiência referente a uma prática acadêmica da disciplina de fitoterapia do curso de graduação em Enfermagem da Universidade do Sul de Santa Catarina, no campus de Tubarão/SC. O objetivo é a construção de um horto didático de plantas medicinais para a disciplina. As atividades iniciaram a partir do primeiro semestre de 2008, durante as aulas de campo da disciplina supracitada. Com o envolvimento de cento e trinta e quatro (134) acadêmicos do curso de Enfermagem e dos funcionários do setor de manutenção da Universidade. A atividade de construção do horto didático iniciou-se com oficinas de educação em saúde junto aos funcionários. Foram realizadas dezoito (18) oficinas de educação em saúde com a utilização de dezesseis (16) espécies de plantas medicinais. Estas oficinas ocorreram em horário extraclasse, sendo ministradas por oito (8) acadêmicos e com a participação de uma média de dezesseis (16) funcionários participantes por oficinas. PALAVRAS-CHAVES: Enfermagem; plantas medicinais; educação em saúde. 1. Introdução: O presente trabalho consiste em um relato de experiência referente a uma prática acadêmica da disciplina de Fitoterapia do curso de graduação em Enfermagem da Universidade do Sul de Santa Catarina, no campus de Tubarão/SC. O curso de Enfermagem implantou no seu Projeto Pedagógico de 1996 as disciplinas de Praticas Naturais em Saúde e Vivencias I, II e III. Com a reformulação do Projeto Pedagógico em 2004, a disciplina de Fitoterapia passou a fazer parte da grade curricular e as disciplinas de Praticas Naturais em Saúde e Vivencias I, II e III foram readequadas para Praticas Naturais e Vivenciais em Saúde I e II. As plantas medicinais estão diretamente vinculada a trajetória profissional como enfermeira, docente da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) nas disciplinas de Fitoterapia, Práticas Naturais e Vivenciais em Saúde I e II e Praticas Integrativas e Complementares em Saúde do Curso de Enfermagem - Campus Tubarão, bem como na atuação como enfermeira assistencial no Serviço de Assistência Integrada à Saúde – SAIS Este Serviço, desde 1992, como ambulatório escola, vem desenvolvendo atividades de atenção-cuidado à saúde dos trabalhadores e alunos da UNISUL e Colégio Dehon e proporcionando campo de estágio para os cursos da área da saúde. Além disso, é um importante ambiente para pesquisa, posto que é fonte de dados para as investigações científicas dos docentes, alunos e professores da área saúde e afins - o que o caracteriza como centro de ensino, pesquisa e extensão (DELFINO et al.,2005.) A temática proposta tornou-se mais evidente a partir da vivência construída através de oficinas com trocas de saberes, acerca da utilização das plantas medicinais com os funcionários do setor de manutenção da Unisul – campus Tubarão, onde identificamos algumas incongruências relacionadas com a utilização de plantas medicinais e sua indicação na literatura. Brasil (2007) relata que no final da década de 70, a OMS criou o Programa de Medicina Tradicional, objetivando a formulação de políticas na área. Desde então, em vários comunicados e resoluções, a OMS expressa o seu compromisso em incentivar os Estados

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EXPERIÊNCIA DE UMA PRÁTICA ACADÊMICA

PARA CRIAÇÃO DE UM HORTO DE PLANTAS MEDICINAIS NA UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

Daniella Koch de Carvalho¹

Aline Gonçalves Pereira²

RESUMO: O presente trabalho consiste em um relato de experiência referente a uma prática acadêmica da

disciplina de fitoterapia do curso de graduação em Enfermagem da Universidade do Sul de Santa Catarina, no

campus de Tubarão/SC. O objetivo é a construção de um horto didático de plantas medicinais para a disciplina.

As atividades iniciaram a partir do primeiro semestre de 2008, durante as aulas de campo da disciplina

supracitada. Com o envolvimento de cento e trinta e quatro (134) acadêmicos do curso de Enfermagem e dos

funcionários do setor de manutenção da Universidade. A atividade de construção do horto didático iniciou-se

com oficinas de educação em saúde junto aos funcionários. Foram realizadas dezoito (18) oficinas de educação

em saúde com a utilização de dezesseis (16) espécies de plantas medicinais. Estas oficinas ocorreram em

horário extraclasse, sendo ministradas por oito (8) acadêmicos e com a participação de uma média de dezesseis

(16) funcionários participantes por oficinas.

PALAVRAS-CHAVES: Enfermagem; plantas medicinais; educação em saúde.

1. Introdução:

O presente trabalho consiste em um relato de experiência referente a uma prática

acadêmica da disciplina de Fitoterapia do curso de graduação em Enfermagem da Universidade do Sul de Santa Catarina, no campus de Tubarão/SC.

O curso de Enfermagem implantou no seu Projeto Pedagógico de 1996 as disciplinas de Praticas Naturais em Saúde e Vivencias I, II e III. Com a reformulação do Projeto Pedagógico em 2004, a disciplina de Fitoterapia passou a fazer parte da grade curricular e as disciplinas de Praticas Naturais em Saúde e Vivencias I, II e III foram readequadas para Praticas Naturais e Vivenciais em Saúde I e II.

As plantas medicinais estão diretamente vinculada a trajetória profissional como enfermeira, docente da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) nas disciplinas de Fitoterapia, Práticas Naturais e Vivenciais em Saúde I e II e Praticas Integrativas e Complementares em Saúde do Curso de Enfermagem - Campus Tubarão, bem como na atuação como enfermeira assistencial no Serviço de Assistência Integrada à Saúde – SAIS

Este Serviço, desde 1992, como ambulatório escola, vem desenvolvendo atividades de atenção-cuidado à saúde dos trabalhadores e alunos da UNISUL e Colégio Dehon e proporcionando campo de estágio para os cursos da área da saúde. Além disso, é um importante ambiente para pesquisa, posto que é fonte de dados para as investigações científicas dos docentes, alunos e professores da área saúde e afins - o que o caracteriza como centro de ensino, pesquisa e extensão (DELFINO et al.,2005.)

A temática proposta tornou-se mais evidente a partir da vivência construída através de oficinas com trocas de saberes, acerca da utilização das plantas medicinais com os funcionários do setor de manutenção da Unisul – campus Tubarão, onde identificamos algumas incongruências relacionadas com a utilização de plantas medicinais e sua indicação na literatura.

Brasil (2007) relata que no final da década de 70, a OMS criou o Programa de Medicina Tradicional, objetivando a formulação de políticas na área. Desde então, em vários comunicados e resoluções, a OMS expressa o seu compromisso em incentivar os Estados

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membros a formularem e implementarem políticas para o uso racional e integrado da Medicina Tradicional/Medicina Complementar Alternativa nos sistemas nacionais de atenção à saúde bem como para o desenvolvimento de estudos científicos para o melhor conhecimento de sua segurança, eficácia e qualidade.

Conforme Azevedo e Silva (2006), recentemente o Ministério da Saúde divulgou a Portaria N° 971 de 3 de maio de 2006 que dispõe sobre a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde. A desarticulação de políticas públicas relativas ao atendimento das necessidades básicas de saúde das populações periféricas vem levando a uma crescente procura de alternativas economicamente viáveis, o que gera um aumento do consumo de plantas medicinais.

Dentro deste contexto estabeleceu-se como objetivo deste: Implantação de um horto didático de plantas medicinais para o curso de Enfermagem da Unisul – campus Tubarão.

Através da conscientização acredita-se que o direito à saúde pode ser conquistado passo a passo, num processo de construção coletiva. É urgente provocar, incentivar, animar os grupos a prosseguir na sua luta pela universalização da saúde.

Considerando que nos últimos anos, as plantas medicinais vêm sendo resgatadas pela população como recurso terapêutico, acreditamos que tais plantas tenham um papel importante na melhoria da qualidade de vida das pessoas.

2. Fundamentação teórica:

Fitoterapia:

Em sentido etimológico, segundo Sallé (1996, p. 16), “fitoterapia vem do grego

phytos, que significa plantas, e terapia que significa cuidado ou tratamento. A fitoterapia é o tratamento do estado geral do organismo e do sintoma por meio das plantas”.

Segundo Bontempo (1994, p. 101),

A fitoterapia é o maior método de tratamento feito através de ervas especiais. Não é necessário dizer que a fitoterapia consiste no mais antigo método de medicina natural que se conhece, pois o homem sempre fez uso das ervas na tentativa de curar os seus mais diversos males.

Reforçando o conceito, encontramos Oliveira e Akisue (1997, p. 157), que diz

“fitoterapia é o método de tratamento de enfermidades que emprega vegetais frescos, drogas vegetais ou ainda, extratos vegetais preparados com esses tipos de matérias-prima. Etimologicamente, fitoterapia significa tratamento por meio das plantas”.

A natureza é provida de rica e variada flora medicinal, que de acordo com Kniess (2000), pode e é utilizada como elemento para a solução e prevenção de parte de nossas necessidades.

Conforme Biazzi (1994, p. 19),

O homem simples do campo e os índios geralmente usavam as plantas de maneira bem natural. Se você vê a plantinha, colhe e a macera com as próprias mãos, vai sentir-se mais ligado a ela, vai simpatizar com ela. Com a folhinha verde nas mãos, você vai se sentir “tocado” pela natureza e descobrir o grande segredo do amor criador e mantenedor de todas as coisas. Isso é muito mais que vitaminas e sais minerais, muito mais que flavonas, hormônios e óleos essenciais.

Gonsalves (1989, p. 81), relata que:

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A utilização das plantas medicinais pelo povo faz parte da cultura, como resultado das experiências de gerações passadas que foram transmitidas por meio de aprendizagem consciente e inconsciente. O resultado empírico das virtudes curativas dos vegetais remonta a épocas antigas, quando o homem primitivo escolhia nos prados e selvas, guiado pelo instinto ou outra sugestão, a erva para aclamar a dor e curar o próprio mal. Portanto, a fitoterapia é contemporânea ao início da humanidade.

Entre os anos de 500 e 2800 a.C., refere Gaio e Farias (1998) que investigações científicas demonstram que o homem, já amansava e domesticava animais, cultivava cereais e utilizava algumas plantas medicinais. Por instinto, observando pássaros e outros animais (também instintivamente, o animal irracional toma precaução contra doença e, quando doente recorre às plantas curativas) selecionou e usou, nele mesmo, vegetais com finalidade terapêutica. O homem, dotado de inteligência, desde cedo notou este gesto dos animais e, orientado por observações próprias, verificou que nas ervas há poder curativo. Este conhecimento, eventualmente, favorecia outras pessoas.

Desde que começaram a aparecer às doenças, segundo Kniess (2000), os homens trataram de combatê-las como sabiam. A natureza foi, sem dúvida, o primeiro remédio, farmácia e hospital a que o homem recorreu. Assim, o primeiro ou um dos primeiros métodos de cura que se ofereceu, foi o tratamento pelas plantas. No reino das plantas há abundância de virtudes curadoras próprias para as necessidades do homem.

Relembrando a história Gaio e Farias (1998) referem que na China, na época de Shen Nung (ao redor de 2000 a.C.) já se investigava o valor medicinal de centenas de ervas. Entre as 365 drogas mais usadas estavam: podófilo, ruibarbo, ginseng, estramônio, cinamono e efedra. No célebre papiro de Eberds (1500 a.C.), uma coleção de 800 fórmulas, encontramos as indicações sobre 700 drogas locais e exóticas (papoula, ginseng, rícino, romã, mandrágora, mirra, incensom, aipo, coentro, azeite) usadas no tratamento de doenças da patologia interna, de afecções oculares, ginecológicas e dermatológicas. As drogas eram piladas, cozidas na cerveja, no vinho ou no leite.

Na época dos grandes filósofos gregos, Hipócrates (460 – 361 a.C.) e seus discípulos ensinavam que a doença não é um fatal desígnio dos deuses e pode ser identificada pela arte médica e tratada com remédios naturais. Teofrasto (370 – 286 a.C.), chamado “o pai da botânica” poderia mais apropriadamente ser o “pai da farmacognosia”. Filósofo e cientista, sucessor de Aristóteles (384 – 322 a.C.) na direção da escola de Atenas, realizou importantes trabalhos botânicos sobre as drogas da época. Determinou peculiaridades e qualidades médicas das ervas, observando acuradamente, aspectos farmacêuticos e farmacológicos da mirra, do incenso, da cássia, mentrasto, da beladona, do timo, etc... Seus trabalhos, independente de considerações metafísicas, até hoje, influenciam na atividade farmacêutica (GAIO; FARIAS, 1998, p. 2).

A história da relação dos seres humanos com as plantas segundo Kniess (2000), para fins curativos perde-se no tempo. Por volta do ano 3000 a.C. os chineses já possuíam uma sofisticada farmacopéia, assim como os povos assírios e egípcios em 2500 a.C.

A descoberta de novos medicamentos e o estudo da sua utilização judiciosa ganhou formidável impulso com Mitrídades VI, rei do ponto (132 – 63 a.C.) que, em conjunto com seu médico particular, confeccionou um antídoto – o mitrídato – composto de 54 substâncias e que seria eficaz contra os mais variados venenos. No século I, Dioscórido, famoso médico de Roma (oriundo da Grécia), descreveu perto de 500 plantas medicinais, bem como substâncias medicamentosas de origem animal ou mineral, no seu tratado da matéria médica. A sua obra é a fonte mais importante de ensinamentos de que dispomos sobre os vegetais utilizados na antiguidade (GAIO; FARIAS, 1998, p. 2)

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Conforme Gaio e Farias (1998), os árabes dominavam grande parte do mundo civilizado, no século VII, mandavam vir médicos e fundaram hospitais e bibliotecas. Como a medicina Árabe era altamente especializada, os médicos e os preparadores de medicamentos não tardaram a dissociar os seus mistérios. Um dos motivos desta separação fundamentava-se na existência dos polifármacos (certas fórmulas chegavam a ter mais de 100 substâncias).

A farmácia – a Botica – é uma das criações dos árabes e acredita-se que a primeira de todas existiu em Bagdá. Entre os farmacêuticos, Avicena (980 – 1037) era o mais conhecido e famoso. Influenciado pela obra de Galeno produziu o seu cânone da medicina – cinco volumes sobre a medicina grega e romana (GAIO; FARIAS, 1998, p. 3).

A medicina chinesa, como a indiana, refere Kniess (2000), tem na fitoterapia um dos pilares que a sustentam, acumulando até hoje mais de cinco mil espécies de todo mundo com as quais trabalha. Os assírios, da mesma forma, utilizavam cerca de duzentas e cinqüenta espécies vegetais na terapêutica. Os egípcios, que desenvolveram a prática de embalsamar os corpos para preservá-los de deterioração, eram muito adiantados em seu tempo na arte de curar com plantas.

Em pleno século XXI, pode parecer para muitos, inconcebível, falar sobre magia, misticismo, feiticeiros e curandeiros e relacionar tais temas à ciência. Segundo Di Stasi (1996), os magos, as bruxas, os feiticeiros, interpretavam os acontecimentos da natureza e suas conseqüências, e expressavam uma determinada compreensão do universo e do relacionamento deste com o homem, muito próximo da compreensão que os pesquisadores hoje possuem.

Gaio e Farias (1998), comentam que várias drogas ou plantas medicinais eram utilizadas nos exorcismos que se praticavam para repelir os espíritos da doença. Eram consideradas ervas mágicas entre outras, a mandrágora, o visgo do castanheiro, o meimendro, a arruda e o alho.

Reforçando Di Stasi (1996, p. 17) relata:

A importância da magia, feitiçaria e alquimia não se caracteriza apenas na gênese da ciência moderna – o que já representa um grande momento na história da civilização – caracteriza-se também pela enorme contribuição que estes procedimentos de estudo e interpretação da natureza trouxeram para muitas áreas do conhecimento científico, com destaque para as ciências biomédicas. A arte dos benzedores, curandeiros e xamãs, herdada dos magos e feiticeiros de outrora, pode ser vista hoje, em teste, nos laboratórios científicos, os quais passaram a avaliar experimentalmente a veracidade destas informações, tendo em vista a descoberta de novos medicamentos, com base justamente nos conhecimentos que foram adquiridos durante milhares de anos e repassados de geração em geração por aqueles que são os ancestrais da ciência moderna.

A partir de 1820, conforme Gaio e Farias (1998), na América do Norte, começam a

serem instaladas as primeiras industrias de ervas medicinais. A terapêutica se fundamentava cada vez menos em teorias e especulações, por se radicar, cada vez mais, na experimentação e nas observações sistematizadas, feitas à cabeceira do doente. Assim, em 1804, o farmacêutico Friedrich W. Sertürner isolou a morfina. Esta descoberta conduziu outras e logo a seguir, Pelletier e Caventou descobriram a estricnina (1818). A fabricação de medicamentos, mediante a extração e o isolamento dos princípios ativos das drogas vegetais, abriu uma nova era à farmacologia.

Do século XVII até as portas do século XIX, a ciência conforme Kniess (2000) progrediu espontaneamente. Todavia, os estudos de plantas medicinais brasileiras limitaram-se, na maior parte das vezes, a iniciativas isoladas de alguns cientistas e a elaboração de publicações em que se aproveitaram principalmente os ensinamentos populares sobre plantas.

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A tendência da medicina de se voltar para os medicamentos sintéticos, que se fortaleceu depois da Segunda Guerra, contribuiu ainda mais para o abandono do estudo das plantas.

A este respeito Di Stasi (1996, p. 18) comenta que:

Essas informações sobre os usos das plantas medicinais e suas virtudes terapêuticas foram sendo acumuladas durante séculos, e muito desse conhecimento empírico se encontra disponível atualmente. De domínio público, o conhecimento sobre as plantas medicinais representou e ainda representa o único recurso terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos. Essa prática, que se caracteriza pela utilização dos recursos naturais como forma de tratamento e cura de doenças, é tão antiga quanto a espécie humana.

A partir de 1879, segundo Gaio & Farias (1998), Albert Brow Lyon começa a

desenvolver métodos e processos (físicos, químicos, biológicos, farmacológicos) visando a padronização de medicamentos de origem vegetal. As vitaminas (A, B, C) os alcalóides (morfina, codeína, papaverina, quinina, emetina, ergotoxina, ergotinina, peserpina, tubocurarina, cocaína) os heterosídeos (digotoxina, gotoxina, gitalina) e vários outros grupos de produtos naturais vegetais foram descobertos, extraídos, isolados e incorporados à bases medicamentosas.

Outras formas de descoberta dos efeitos terapêuticos das plantas se encontram em inúmeras práticas, tais como: os amuletos, a cura por meio de orações que, muitas vezes, utilizam plantas para o benzimento, em rituais africanos, indígenas e outros.

Di Stasi (1996, p. 20), comenta que:

Todas essas manifestações contribuíram, graças ao seu componente empírico, com a seleção e a incorporação de espécies vegetais como plantas medicinais eficazes. Estes exemplos mostram-se suficientes para caracterizar a importância e a relevância, não apenas dos magos, bruxos, feiticeiros e alquimistas, mas também do conhecimento disseminado por toda a população, os quais contribuem amplamente para o conhecimento da natureza e servem como subsídio básico, e de extremo valor, para a seleção de plantas medicinais para estudos detalhados voltados para a obtenção de novos medicamentos.

Desta forma, segundo Gaio e Farias (1998), no Brasil e em todo o mundo, a fitoterapia

foi peça essencial do arsenal terapêutica até meados do século XIX. Desde então foi cedendo lugar a produtos biológicos de origem animal e a preparados feitos com moléculas puras de elementos ativos, isolados de plantas medicinais dotadas de ação farmacológica mais específica.

O homem, conforme Sallé (1996), maravilhado a princípio por todas essas descobertas fantásticas, isolou os princípios ativos das plantas, depois os sintetizou, a fim de obter produtos novos (descoberta das sulfaminas, dos antibióticos, dos antiinflamatórios). As Universidades se voltaram para o estudo das novas moléculas sintéticas. A medicina alopática tornou-se oficial, em detrimento de todas as outras medicinas ancestrais (acupuntura, fitoterapia,). O ensino da fitoterapia foi então abandonado. Os Farmacêuticos não tendo mais preparações galênicas a efetuar, o número de pessoas competentes diminuiu e originou a falência dos laboratórios de fitoterapia.

Os fitoterápicos caíram no esquecimento e foram substituídos por terapêuticas baseadas no uso de produtos animais e de substâncias químicas.

Os fitoterápicos segundo Denez et al. (1999, p. 63),

São produtos que tecnicamente empregam matérias-primas vegetais com finalidade profilática, curativa ou de diagnóstico para benefício do usuário, reconhecida através do grau de reprodutibilidade e constância na qualidade.

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As plantas medicinais conforme Gaio e Farias (1998) perderam a importância e

passaram a ser utilizada somente como terapia alternativa no Brasil, e em outros países do terceiro mundo, onde cerca de 70 – 80% da população não tem acesso à assistência farmacêutica.

Em 1998, foi constituída pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVS) conforme Sacramento (1999, p. 18),

A subcomissão de assessoramento em Fitoterápicos – CONAFIT com as seguintes atribuições: - assessorar a ANVS nos assuntos científicos, técnicos e normativos envolvidos na apreciação da eficácia e segurança do uso de produtos fitoterápicos; - manifestar-se sobre questões relacionadas a farmacovigilância e ao desenvolvimento de pesquisas clínicas na área de fitoterápicos “in vitro” e subsidiar a ANVS na realização de eventos técnicos-científicos de interesse dos trabalhos da Comissão e que concorram para a ampla divulgação de conhecimento e informações pertinentes ao controle sanitário.

A Constituição Federal, segundo o Estado de Santa Catarina (2001, p. 12),

Prevê o acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde, com regionalização e hierarquização, descentralização com direção única em cada esfera de governo, participação da comunidade e atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízos dos serviços assistenciais.

Búrigo (1998, p. 69) refere que a “Organização Mundial da Saúde (OMS) os

determinantes da saúde dependem em 5% da constituição de cada indivíduo, em 15% dos serviços de saúde, em 30% do meio ambiente, e em 50% dos estilos de vida”.

A sociedade brasileira atualmente passa por profundas transformações, Nascimento (1999, p. 20), refere que:

Na área da saúde convivemos com adoção de “pacotes” mínimos, cuja assistência é limitada à atenção básica para as populações marginais e aos pobres. Cortes promovidos nos orçamentos das diferentes esferas de governo, particularmente na saúde, aliados aos acréscimos nos preços dos medicamentos ofertados no mercado, decorrentes de estratégias de competição desvinculadas das políticas sociais, comprometendo de maneira radical os programas de assistência farmacêutica. Grande parte da população brasileira não tem acesso aos serviços de saúde nem a utilização de medicamentos essenciais, necessários à recuperação da saúde.

O Reino Vegetal sempre representou fonte de recursos para a humanidade,

promovendo e preservando a saúde. Accorsi (1998) refere que atualmente há um interesse mundial sobre a fitoterapia. Tanto assim que a Organização Mundial de Saúde, na reunião de 1978, em Alma Ata, reconheceu a importância das plantas medicinais como alternativa no tratamento de algumas doenças, e recomendou a difusão dos conhecimentos necessários para seu uso.

Na Saúde Pública é possível a utilização da planta medicinal como recurso terapêutico de apoio. Segundo Rockembach e Gaio (1998), depende apenas da vontade política dos governantes, da vontade dos profissionais da área aprofundarem seus estudos e da insistência da população na divulgação dos benefícios e facilidades na utilização das plantas medicinais.

O Sistema Único de Saúde (SUS), no âmbito municipal e estadual, de acordo com Sacramento (1999), vem há dez anos, implantando a fitoterapia nos Programas Municipais e Estaduais de Assistência Farmacêutica visando reduzir os custos com medicamentos sintéticos e atender a uma expectativa dos técnicos e da comunidade.

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No Brasil, comenta Sacramento (2001, p. 4)

20% da população é responsável por 63% do consumo dos medicamentos disponíveis, e o restante 80%, encontra nos produtos de origem natural, especialmente as plantas medicinais, a única fonte de recursos terapêuticos. Os fitoterápicos brasileiros e de muitos países, têm sido o suporte da indústria farmacêutica nacional de pequeno e médio porte.

Sacramento (2001, p.4) ainda relata que

Há uma necessidade permanente de formação de recursos humanos capacitados, com vistas ao desenvolvimento de ações nas áreas afins. O respeito ao meio ambiente, bem como ao estilo tradicional de vida das comunidades tradicionais, são essenciais ao desenvolvimento sustentável e manutenção da biodiversidade do planeta.

Ainda conforme Sacramento (2001, p.4) que destaca outros pontos importantes como;

A pesquisa de novos fármacos originários de produtos naturais será expandida e o percentual de novos produtos de plantas consumidos na forma de fitoterápicos ou suplementos alimentares aumentará ano após ano, principalmente com o objetivo de tratar doenças que na atualidade, estão desenvolvendo resistência ao arsenal de fármacos existentes, tais como AIDS, malária, tuberculose.

Sabe-se que embora muitas pessoas ignorem a importância das plantas medicinais,

toda a farmacologia tem como base exatamente os princípios ativos das plantas. Na verdade, a farmacologia moderna não existiria sem a botânica, a toxicologia e a herança de conhecimentos adquiridos através de séculos de prática médica ligada ao emprego das plantas. Para utilizar uma erva medicinal, é necessário extrair dela sua força curativa, ou princípio ativo. Existem várias maneiras de manipular as plantas para obter o que a fitoterapia denomina o “produto oficinal”, ou seja, a erva em sua forma mais adequada ao uso desejado.

Conforme Aleixo (1992) costuma-se dizer “No início tudo são flores”. Ao contrário do dito popular, no início tudo era mato. Temos como tarefa inicial à limpeza do terreno para a plantação das ervas medicinais. As plantas estão presentes em nossa vida desde o momento em que nascemos até a hora de nossa morte física, acompanhando-nos durante toda essa jornada, ajudando-nos a evoluir em todos os níveis de vibração. Estudá-las é muito mais que aprender sobre elas, é compartilhar a essência que move o universo.

O trabalho com as plantas requer dedicação e zelo. Desde a preparação da terra, do instante da colheita até a preparação das essências, é necessário analisar o momento oportuno para o início do trabalho, pois, como sabemos, temos que respeitar as leis que regem a natureza e as fases da Lua, que têm grande influência sobre esse reino. É sabido que, apesar do grande avanço dos métodos de plantio e colheita, o homem ainda tem que seguir as fases da Lua, caso contrário, se não plantar na Lua certa, tenderá ao fracasso ou então sua colheita não terá o sucesso almejado. (ALEIXO, 1992, p. 25).

Um ponto importante quando se trabalha com plantas medicinais diz respeito ao

reconhecimento botânico da planta que segundo Silva et al. (1995, p. 8),

Baseia-se na sistemática, na morfologia e na anatomia vegetal. Deve ser realizado por pessoas especializadas (botânicos). Os nomes populares não devem ser tomados como referência, pois um mesmo nome pode ser empregado para espécies diferentes. Em virtude das dificuldades de reconhecimento, recomenda-se que, para

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iniciar-se o cultivo, as mudas ou sementes sejam adquiridas de fonte confiável, onde já estejam previa e seguramente identificadas.

Reforçando a importância da identificação correta Gonsalves (1989, p.83) relata que,

Para uma identificação correta precisamos das estruturas reprodutoras, principalmente das flores e das inflorescências, frutos, quando existirem, e o formato das folhas. No caso de existirem plantas masculinas e femininas temos que tomar muito cuidado, pois às vezes elas são diferentes em sua composição química.

Além da correta identificação botânica, vale ressaltar outros pontos importantes,

Lorenzi et. al. (2002) descreve que toda planta medicinal é medicamento somente quando usada corretamente, ou seja, é necessário que a planta medicinal seja validada e incluída na farmacopéia requer, numa condição ideal, ter identificado seu princípio ativo ou tê-lo evidenciado farmacologicamente.

Ao longo da história podemos observar que em diversas épocas e culturas, o homem conviveu com os recursos naturais locais e especialmente com as plantas, onde encontrou um recurso terapêutico, utilizado como fonte necessária para aumentar sua sobrevivência.

Constatou-se também que, na maioria dos casos, a divulgação do uso das plantas com finalidade terapêutica é feita de maneira informal, sendo estes conhecimentos, muitas vezes, transmitidos de geração a geração.

É importante analisar as implicações que o uso indiscriminado de plantas medicinais pode ter na assistência à saúde e como os profissionais de saúde poderiam empregar este recurso terapêutico de forma eficaz. Contribuindo com a troca de saberes entre o popular e o cientifico. 3. Caminhos metodológicos:

Relato de experiência das aulas de campo da disciplina de Fitoterapia do Curso de

Graduação em Enfermagem da Universidade do Sul de Santa Catarina- campus Tubarão. As atividades iniciaram a partir do primeiro semestre de 2008, durante as aulas de

campo da disciplina supracitada. Com o envolvimento de acadêmicos do curso de Enfermagem e dos funcionários do setor de manutenção da Universidade.

A atividade de construção do horto didático iniciou-se com oficinas de educação em saúde junto aos funcionários, acerca da utilização da plantas medicinais. Estas oficinas ocorreram em horário extraclasse, sendo ministradas por acadêmicos e com a participação de funcionários.

Estas atividades resultaram na construção de um projeto de extensão instituído pela Universidade no primeiro semestre de 2010, com a inclusão dos cursos de graduação em Agronomia e Farmácia.

4. Resultados e discussões:

No período entre o primeiro semestre de 2008 e o segundo semestre de 2009,

contamos com o envolvimento de cento e trinta e quatro (134) acadêmicos do curso de Enfermagem na implantação do horto.

Foram realizadas dezoito (18) oficinas de educação em saúde com a utilização de dezesseis (16) espécies de plantas medicinais. Estas oficinas ocorreram em horário extraclasse, sendo ministradas por oito (8) acadêmicos e com a participação de uma média de dezesseis (16) funcionários participantes por oficinas.

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Implantação do horto didático medicinal – aula de campo da disciplina de Fitoterapia do curso de Enfermagem

Implantação do horto didático medicinal – contribuição dos funcionários do setor de manutenção da Unisul.

Oficinas de educação em saúde acerca da utilização das plantas medicinais com os funcionários do setor de manutenção da Unisul.

Implantação do horto didático medicinal – limpeza da área.

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Tabela 1 – Temas das oficinas de educação em saúde desenvolvidas com os funcionários do setor de manutenção da Universidade do Sul de Santa Catarina. Tubarão, 2008/2009. Ordem Temas 1º Conceito, cuidados com cultivo, secagem, armazenagem e identificação

botânica 2º Formas de preparo e utilização das plantas medicinais 3º Jambolão - Syzygium jambolanum (Lam.) DC 4º Babosa – Aloe Vera L. 5º Alho e Berinjela – Allium sativum L. e Solarium melongena L. 6º Carqueja – Baccharis trimera (Less) DC 7º Pata de Vaca – Bauhinia forficata Link 8º Picão – Bidens pilosa L 9º Espinheira-santa – Maytenus ilicifolia Reissek 10º Couve folha – Brassica oleracea L. 11º Cenoura – Daucus carota L. 12º Alecrim – Rosmarinus officinalis L. 13º Hortelã – Mentha piperita L. 14º Losna – Artemisia absinthium L. 15º Arruda – Ruta graveolens L. 16º Guaco – Mikania glomerata Spreng 17º Mil folhas – Achillea millefolium 18º Carambola – Averrhoa carambola L. Fonte: livro ata das oficinas desenvolvidas Informativo distribuído aos funcionários que participavam das oficinas

5. Considerações finais:

Reconhecendo a Universidade como um espaço de construção do conhecimento cujo

encontro dos saberes científicos e populares podem colaborar com a qualificação profissional, a fitoterapia oportunizou aos alunos da graduação em Enfermagem conviver e compartilhar conhecimentos acadêmicos e exercitar a prática em saúde.

CONTEÚDO ABORDADO NOS INFORMATIVOS: Nome científico e popular Família Aspectos botânicos Aspectos agronômicos Constituintes químicos Propriedades medicinais Ações/Indicações Contra-indicações Efeitos colaterais Interações Parte da planta utilizada Dosagem Modo de usar e curiosidades

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Esta experiência vem confirmar que a aprendizagem em grupo traz resultados em seu conjunto, mas, principalmente, um desenvolvimento individual surpreendente para cada membro participante.

Assim como a relação da fitoterapia com as ações para a promoção da saúde, investindo na qualidade de vida e na autonomia de cada cidadão no seu auto cuidado, com os recursos disponíveis. Acreditamos ser este um modo de fazer enfermagem.

Referências

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