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A Cidadania é um conceito difícil de definir, segun- do José Jorge Letria (2000), porque “não é coisa palpável, porque não tem forma nem cheiro, por- que pode estar em toda a parte e em parte nenhu- ma, porque, no fundo, só existe verdadeiramente no espírito e na ação de cada um de nós”. Podemos resumir que é um conjunto de direitos e deveres civis, políticos e sociais, que teve origem na Grécia Clássica, e que ao longo do tempo foi sendo am- pliado, passando a englobar valores sociais, tais como solidariedade, tolerância, cooperação, parti- cipação cívica e muitos outros. Falar de Cidadania poderá ser uma soma de vivên- cias e reflexões sobre o que cada um faz no tempo e no espaço em que vive e na forma de os tornar melhores. Questione-se e questione os seus alunos sobre este conceito e vai, com certeza, recolher respos- tas riquíssimas e diversificadas que se tornarão pontos de partida para “viajar” pela Convenção so- bre os Direitos da Criança. A Convenção sobre os Direitos da Criança é um do- cumento jurídico que foi adotado pela Assembleia Ninho recheado de Direitos A presente proposta de trabalho integra-se no Projeto Mochila Verde, implementado pela Agência Municipal de Energia e Ambiente - Lisboa E-Nova e a Câmara Municipal de Lisboa, que pretende incentivar a realização de atividades escolares na temática da Educação para o Desenvolvimento Sustentável usando novas ferramentas e criando novas dinâmicas. Direitos da criança e cidadania Ninho recheado de Direitos 1 Ficha de Atividade 7 Geral da Nações Unidas, em 1989, e aberto à subscrição e ratificação pelos Estados-Membros. Portugal ratificou a Convenção em 1990. É um do- cumento com 54 artigos que dá resposta a quatro grandes questões: Direito de Sobrevivência: O que a criança preci- sa para viver? Saúde; um nome e uma nacionali- dade; uma vida digna; uma casa, alimentação, vestuário… Direito de Proteção: O que a criança necessita para se sentir protegida? Proteção contra todas as formas de violência; privacidade; proteção contra a exploração infantil; proteção no caso de ser adotada; proteção e ajudas especiais se não tiver pais ou se não for seguro viver com eles… Direito de Desenvolvimento: O que a criança precisa para crescer e se desenvolver? Brincar; tempo livre; estar informada; educação; cuidados e ajudas especiais se tiver alguma incapacidade… Direito de Participação: O que a criança precisa para participar? Dar opinião sobre as matérias que lhe dizem respeito; liberdade de pensamen- to; liberdade de expressão; reunir; criar grupos e associações…

Ficha de Atividade Ninho recheado de Direitos · no espírito e na ação de cada um de nós”. Podemos resumir que é um conjunto de direitos e deveres civis, políticos e sociais,

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Page 1: Ficha de Atividade Ninho recheado de Direitos · no espírito e na ação de cada um de nós”. Podemos resumir que é um conjunto de direitos e deveres civis, políticos e sociais,

3) Rechear o ninhoTemos o Ninho construído; agora há que recheá-lo! Porque não convidar, num momento de festa, a restante comunidade escolar a descobrir e explo-rar a Convenção sobre os Direitos da Criança, através da dinamização de uma história, de um po-ema ou até de um jogo, de forma a desenvolverem estratégias de conjugação de sentires e experiên-cias num processo de descoberta e partilha?

A Cidadania é um conceito difícil de definir, segun-do José Jorge Letria (2000), porque “não é coisa palpável, porque não tem forma nem cheiro, por-que pode estar em toda a parte e em parte nenhu-ma, porque, no fundo, só existe verdadeiramente no espírito e na ação de cada um de nós”. Podemos resumir que é um conjunto de direitos e deveres civis, políticos e sociais, que teve origem na Grécia Clássica, e que ao longo do tempo foi sendo am-pliado, passando a englobar valores sociais, tais como solidariedade, tolerância, cooperação, parti-cipação cívica e muitos outros.

Falar de Cidadania poderá ser uma soma de vivên-cias e reflexões sobre o que cada um faz no tempo e no espaço em que vive e na forma de os tornar melhores.

Questione-se e questione os seus alunos sobre este conceito e vai, com certeza, recolher respos-tas riquíssimas e diversificadas que se tornarão pontos de partida para “viajar” pela Convenção so-bre os Direitos da Criança.

A Convenção sobre os Direitos da Criança é um do-cumento jurídico que foi adotado pela Assembleia

Ninho recheado de Direitos

A presente proposta de trabalho integra-se no Projeto Mochila Verde, implementado pela Agência Municipal de Energia e Ambiente - Lisboa E-Nova e a Câmara Municipal de Lisboa, que pretende incentivar a realização de atividades escolares na temática da Educação para o Desenvolvimento Sustentável usando novas ferramentas e criando novas dinâmicas.

Direitos da criança e cidadania

Ninho recheado de Direitos 1

Ficha de Atividade 7

Para despertar a consciência das crianças de forma a interiorizar valores cívicos e reconhecerem os seus direitos, convidamo-lo a organizar e criar um espaço comum de reflexão, discussão e experimen-tação durante alguns meses. Para isso desafiamo-lo a construir um “Ninho recheado de Direitos”.

ObjetivosAlguns objetivos pedagógicos, cognitivos e com-portamentais, passíveis de serem alcançados atra-vés desta proposta de atividade:

Contribuir para o exercício de uma cidadania plena e responsável; Divulgar e sensibilizar para os Direitos das Crianças;Fomentar a relação entre os diversos contextos de socialização da criança;Estimular a curiosidade e fomentar o espírito crítico;Promover a participação ativa e cooperativa;Despertar a consciência para os direitos;Reforçar, de forma positiva e única, as experiên-cias e o percurso de cada criança;Orientar para práticas desenvolvidas no terre-no, para a problematização e para o questiona-mento;Construir um novo espaço lúdico-pedagógico entre alunos e professores.

Como?1) Construir a ideia Numa 1ª Fase proporcionar um momento de troca de ideias sobre “O que é a Cidadania? O que são Di-reitos? Quais os Direitos da Criança?” Perceber como as crianças definem e pensam estes conceitos.

Obtendo as suas respostas, deverão organizar-se em grupos e agilizarem a melhor forma de saírem da escola para obterem mais respostas a estas questões, inter-relacionando-se com a comunida-de local (por exemplo uma ida à farmácia mais pró-xima para abordar o direito à saúde, ida à mercearia/mercado para trabalhar o direito à ali-mentação, etc.).

Num outro momento, proporcionar uma tertúlia com os pais/educadores, onde serão as crianças as moderadoras desta iniciativa, por forma a fomen-tarem o debate, com base nas ideias e respostas já obtidas anteriormente.

No contexto de sala de aula, reunir toda a informa-ção recolhida nos vários espaços de socialização e desenvolver, em conjunto, uma reflexão que es-pelhe a realidade de cada criança e o que esta apreendeu.

2) Construir o Ninho Para dar continuidade a este trabalho, entra-se as-sim numa 2ª Fase, a da construção de uma estrutu-ra física: um “Ninho”, num espaço da escola que seja acessível a toda a comunidade escolar. Crian-do assim um novo contexto pedagógico que fique na memória e que permita o estabelecimento de relações psicoafectivas.

Porquê um Ninho?Quando nos referimos à palavra Ninho, remete--nos para uma construção de incubação e cresci-mento, um lugar que os animais escolhem por ser seguro, protetor, climaticamente confortável, que tenha toda uma conjuntura favorável ao cresci-mento das suas crias.

Ao proporcionar a construção de um espaço aco-lhedor e diferente, onde os alunos se possam co-nhecer melhor, partilhar e expressar livremente valores, direitos e deveres, e onde a criança parti-cipa com as suas vivências, este processo vai esti-mular a aquisição de novas competências pessoais e sociais.

Porque não realizar um percurso pela escola? Re-conhecerem o espaço e escolherem um local que reúna todos os requisitos para a construção de um Ninho? Experimente, acredite que vai ser uma aventura.

Após este levantamento e decisão será necessá-rio estruturar um plano ou até mesmo criar uma maquete, recorrendo, assim, ao desenho, à mate-mática e ao estudo do meio, levando as crianças a pensarem, planificarem e construírem uma es-trutura de Ninho, que acolha e estimule um cres-cimento dos direitos e deveres das crianças, de todos nós! Fomentar a criatividade terá aqui um aspecto fulcral no desenvolvimento cognitivo, afetivo e sensorial da criança.

Já com uma planificação feita, há que “arregaçar as mangas” e colocar em acção: Aprender fazendo. Reutilizando materiais diversos e recolhendo ele-mentos naturais, podem construir uma estrutura ampla e decorá-la com imagens, desenhos, pala-vras e frases resultantes do trabalho anterior (1ª fase). Não se esqueça que o interior do Ninho tem de ser um espaço confortável e acolhedor. Um es-paço pedagógico estruturante que incentive a ma-nifestação da identidade das crianças, tendo assim um inegável papel na formação para a cidadania.

Geral da Nações Unidas, em 1989, e aberto à subscrição e ratificação pelos Estados-Membros. Portugal ratificou a Convenção em 1990. É um do-cumento com 54 artigos que dá resposta a quatro grandes questões:

Direito de Sobrevivência: O que a criança preci-sa para viver? Saúde; um nome e uma nacionali-dade; uma vida digna; uma casa, alimentação, vestuário…Direito de Proteção: O que a criança necessita para se sentir protegida? Proteção contra todas as formas de violência; privacidade; proteção contra a exploração infantil; proteção no caso de ser adotada; proteção e ajudas especiais se não tiver pais ou se não for seguro viver com eles… Direito de Desenvolvimento: O que a criança precisa para crescer e se desenvolver? Brincar; tempo livre; estar informada; educação; cuidados e ajudas especiais se tiver alguma incapacidade…Direito de Participação: O que a criança precisa para participar? Dar opinião sobre as matérias que lhe dizem respeito; liberdade de pensamen-to; liberdade de expressão; reunir; criar grupos e associações…

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3) Rechear o ninhoTemos o Ninho construído; agora há que recheá-lo! Porque não convidar, num momento de festa, a restante comunidade escolar a descobrir e explo-rar a Convenção sobre os Direitos da Criança, através da dinamização de uma história, de um po-ema ou até de um jogo, de forma a desenvolverem estratégias de conjugação de sentires e experiên-cias num processo de descoberta e partilha?

A Cidadania é um conceito difícil de definir, segun-do José Jorge Letria (2000), porque “não é coisa palpável, porque não tem forma nem cheiro, por-que pode estar em toda a parte e em parte nenhu-ma, porque, no fundo, só existe verdadeiramente no espírito e na ação de cada um de nós”. Podemos resumir que é um conjunto de direitos e deveres civis, políticos e sociais, que teve origem na Grécia Clássica, e que ao longo do tempo foi sendo am-pliado, passando a englobar valores sociais, tais como solidariedade, tolerância, cooperação, parti-cipação cívica e muitos outros.

Falar de Cidadania poderá ser uma soma de vivên-cias e reflexões sobre o que cada um faz no tempo e no espaço em que vive e na forma de os tornar melhores.

Questione-se e questione os seus alunos sobre este conceito e vai, com certeza, recolher respos-tas riquíssimas e diversificadas que se tornarão pontos de partida para “viajar” pela Convenção so-bre os Direitos da Criança.

A Convenção sobre os Direitos da Criança é um do-cumento jurídico que foi adotado pela Assembleia

Para despertar a consciência das crianças de forma a interiorizar valores cívicos e reconhecerem os seus direitos, convidamo-lo a organizar e criar um espaço comum de reflexão, discussão e experimen-tação durante alguns meses. Para isso desafiamo-lo a construir um “Ninho recheado de Direitos”.

ObjetivosAlguns objetivos pedagógicos, cognitivos e com-portamentais, passíveis de serem alcançados atra-vés desta proposta de atividade:

Contribuir para o exercício de uma cidadania plena e responsável; Divulgar e sensibilizar para os Direitos das Crianças;Fomentar a relação entre os diversos contextos de socialização da criança;Estimular a curiosidade e fomentar o espírito crítico;Promover a participação ativa e cooperativa;Despertar a consciência para os direitos;Reforçar, de forma positiva e única, as experiên-cias e o percurso de cada criança;Orientar para práticas desenvolvidas no terre-no, para a problematização e para o questiona-mento;Construir um novo espaço lúdico-pedagógico entre alunos e professores.

Como?1) Construir a ideia Numa 1ª Fase proporcionar um momento de troca de ideias sobre “O que é a Cidadania? O que são Di-reitos? Quais os Direitos da Criança?” Perceber como as crianças definem e pensam estes conceitos.

Obtendo as suas respostas, deverão organizar-se em grupos e agilizarem a melhor forma de saírem da escola para obterem mais respostas a estas questões, inter-relacionando-se com a comunida-de local (por exemplo uma ida à farmácia mais pró-xima para abordar o direito à saúde, ida à mercearia/mercado para trabalhar o direito à ali-mentação, etc.).

Num outro momento, proporcionar uma tertúlia com os pais/educadores, onde serão as crianças as moderadoras desta iniciativa, por forma a fomen-tarem o debate, com base nas ideias e respostas já obtidas anteriormente.

No contexto de sala de aula, reunir toda a informa-ção recolhida nos vários espaços de socialização e desenvolver, em conjunto, uma reflexão que es-pelhe a realidade de cada criança e o que esta apreendeu.

2) Construir o Ninho Para dar continuidade a este trabalho, entra-se as-sim numa 2ª Fase, a da construção de uma estrutu-ra física: um “Ninho”, num espaço da escola que seja acessível a toda a comunidade escolar. Crian-do assim um novo contexto pedagógico que fique na memória e que permita o estabelecimento de relações psicoafectivas.

Porquê um Ninho?Quando nos referimos à palavra Ninho, remete--nos para uma construção de incubação e cresci-mento, um lugar que os animais escolhem por ser seguro, protetor, climaticamente confortável, que tenha toda uma conjuntura favorável ao cresci-mento das suas crias.

Ao proporcionar a construção de um espaço aco-lhedor e diferente, onde os alunos se possam co-nhecer melhor, partilhar e expressar livremente valores, direitos e deveres, e onde a criança parti-cipa com as suas vivências, este processo vai esti-mular a aquisição de novas competências pessoais e sociais.

Porque não realizar um percurso pela escola? Re-conhecerem o espaço e escolherem um local que reúna todos os requisitos para a construção de um Ninho? Experimente, acredite que vai ser uma aventura.

Após este levantamento e decisão será necessá-rio estruturar um plano ou até mesmo criar uma maquete, recorrendo, assim, ao desenho, à mate-mática e ao estudo do meio, levando as crianças a pensarem, planificarem e construírem uma es-trutura de Ninho, que acolha e estimule um cres-cimento dos direitos e deveres das crianças, de todos nós! Fomentar a criatividade terá aqui um aspecto fulcral no desenvolvimento cognitivo, afetivo e sensorial da criança.

Já com uma planificação feita, há que “arregaçar as mangas” e colocar em acção: Aprender fazendo. Reutilizando materiais diversos e recolhendo ele-mentos naturais, podem construir uma estrutura ampla e decorá-la com imagens, desenhos, pala-vras e frases resultantes do trabalho anterior (1ª fase). Não se esqueça que o interior do Ninho tem de ser um espaço confortável e acolhedor. Um es-paço pedagógico estruturante que incentive a ma-nifestação da identidade das crianças, tendo assim um inegável papel na formação para a cidadania.

Ninho recheado de Direitos 2

Geral da Nações Unidas, em 1989, e aberto à subscrição e ratificação pelos Estados-Membros. Portugal ratificou a Convenção em 1990. É um do-cumento com 54 artigos que dá resposta a quatro grandes questões:

Direito de Sobrevivência: O que a criança preci-sa para viver? Saúde; um nome e uma nacionali-dade; uma vida digna; uma casa, alimentação, vestuário…Direito de Proteção: O que a criança necessita para se sentir protegida? Proteção contra todas as formas de violência; privacidade; proteção contra a exploração infantil; proteção no caso de ser adotada; proteção e ajudas especiais se não tiver pais ou se não for seguro viver com eles… Direito de Desenvolvimento: O que a criança precisa para crescer e se desenvolver? Brincar; tempo livre; estar informada; educação; cuidados e ajudas especiais se tiver alguma incapacidade…Direito de Participação: O que a criança precisa para participar? Dar opinião sobre as matérias que lhe dizem respeito; liberdade de pensamen-to; liberdade de expressão; reunir; criar grupos e associações…

Ficha de Atividade 7

Page 3: Ficha de Atividade Ninho recheado de Direitos · no espírito e na ação de cada um de nós”. Podemos resumir que é um conjunto de direitos e deveres civis, políticos e sociais,

3) Rechear o ninhoTemos o Ninho construído; agora há que recheá-lo! Porque não convidar, num momento de festa, a restante comunidade escolar a descobrir e explo-rar a Convenção sobre os Direitos da Criança, através da dinamização de uma história, de um po-ema ou até de um jogo, de forma a desenvolverem estratégias de conjugação de sentires e experiên-cias num processo de descoberta e partilha?

A Cidadania é um conceito difícil de definir, segun-do José Jorge Letria (2000), porque “não é coisa palpável, porque não tem forma nem cheiro, por-que pode estar em toda a parte e em parte nenhu-ma, porque, no fundo, só existe verdadeiramente no espírito e na ação de cada um de nós”. Podemos resumir que é um conjunto de direitos e deveres civis, políticos e sociais, que teve origem na Grécia Clássica, e que ao longo do tempo foi sendo am-pliado, passando a englobar valores sociais, tais como solidariedade, tolerância, cooperação, parti-cipação cívica e muitos outros.

Falar de Cidadania poderá ser uma soma de vivên-cias e reflexões sobre o que cada um faz no tempo e no espaço em que vive e na forma de os tornar melhores.

Questione-se e questione os seus alunos sobre este conceito e vai, com certeza, recolher respos-tas riquíssimas e diversificadas que se tornarão pontos de partida para “viajar” pela Convenção so-bre os Direitos da Criança.

A Convenção sobre os Direitos da Criança é um do-cumento jurídico que foi adotado pela Assembleia

Para despertar a consciência das crianças de forma a interiorizar valores cívicos e reconhecerem os seus direitos, convidamo-lo a organizar e criar um espaço comum de reflexão, discussão e experimen-tação durante alguns meses. Para isso desafiamo-lo a construir um “Ninho recheado de Direitos”.

ObjetivosAlguns objetivos pedagógicos, cognitivos e com-portamentais, passíveis de serem alcançados atra-vés desta proposta de atividade:

Contribuir para o exercício de uma cidadania plena e responsável; Divulgar e sensibilizar para os Direitos das Crianças;Fomentar a relação entre os diversos contextos de socialização da criança;Estimular a curiosidade e fomentar o espírito crítico;Promover a participação ativa e cooperativa;Despertar a consciência para os direitos;Reforçar, de forma positiva e única, as experiên-cias e o percurso de cada criança;Orientar para práticas desenvolvidas no terre-no, para a problematização e para o questiona-mento;Construir um novo espaço lúdico-pedagógico entre alunos e professores.

Como?1) Construir a ideia Numa 1ª Fase proporcionar um momento de troca de ideias sobre “O que é a Cidadania? O que são Di-reitos? Quais os Direitos da Criança?” Perceber como as crianças definem e pensam estes conceitos.

Obtendo as suas respostas, deverão organizar-se em grupos e agilizarem a melhor forma de saírem da escola para obterem mais respostas a estas questões, inter-relacionando-se com a comunida-de local (por exemplo uma ida à farmácia mais pró-xima para abordar o direito à saúde, ida à mercearia/mercado para trabalhar o direito à ali-mentação, etc.).

Num outro momento, proporcionar uma tertúlia com os pais/educadores, onde serão as crianças as moderadoras desta iniciativa, por forma a fomen-tarem o debate, com base nas ideias e respostas já obtidas anteriormente.

No contexto de sala de aula, reunir toda a informa-ção recolhida nos vários espaços de socialização e desenvolver, em conjunto, uma reflexão que es-pelhe a realidade de cada criança e o que esta apreendeu.

2) Construir o Ninho Para dar continuidade a este trabalho, entra-se as-sim numa 2ª Fase, a da construção de uma estrutu-ra física: um “Ninho”, num espaço da escola que seja acessível a toda a comunidade escolar. Crian-do assim um novo contexto pedagógico que fique na memória e que permita o estabelecimento de relações psicoafectivas.

Porquê um Ninho?Quando nos referimos à palavra Ninho, remete--nos para uma construção de incubação e cresci-mento, um lugar que os animais escolhem por ser seguro, protetor, climaticamente confortável, que tenha toda uma conjuntura favorável ao cresci-mento das suas crias.

Ao proporcionar a construção de um espaço aco-lhedor e diferente, onde os alunos se possam co-nhecer melhor, partilhar e expressar livremente valores, direitos e deveres, e onde a criança parti-cipa com as suas vivências, este processo vai esti-mular a aquisição de novas competências pessoais e sociais.

Porque não realizar um percurso pela escola? Re-conhecerem o espaço e escolherem um local que reúna todos os requisitos para a construção de um Ninho? Experimente, acredite que vai ser uma aventura.

Após este levantamento e decisão será necessá-rio estruturar um plano ou até mesmo criar uma maquete, recorrendo, assim, ao desenho, à mate-mática e ao estudo do meio, levando as crianças a pensarem, planificarem e construírem uma es-trutura de Ninho, que acolha e estimule um cres-cimento dos direitos e deveres das crianças, de todos nós! Fomentar a criatividade terá aqui um aspecto fulcral no desenvolvimento cognitivo, afetivo e sensorial da criança.

Já com uma planificação feita, há que “arregaçar as mangas” e colocar em acção: Aprender fazendo. Reutilizando materiais diversos e recolhendo ele-mentos naturais, podem construir uma estrutura ampla e decorá-la com imagens, desenhos, pala-vras e frases resultantes do trabalho anterior (1ª fase). Não se esqueça que o interior do Ninho tem de ser um espaço confortável e acolhedor. Um es-paço pedagógico estruturante que incentive a ma-nifestação da identidade das crianças, tendo assim um inegável papel na formação para a cidadania.

Geral da Nações Unidas, em 1989, e aberto à subscrição e ratificação pelos Estados-Membros. Portugal ratificou a Convenção em 1990. É um do-cumento com 54 artigos que dá resposta a quatro grandes questões:

Direito de Sobrevivência: O que a criança preci-sa para viver? Saúde; um nome e uma nacionali-dade; uma vida digna; uma casa, alimentação, vestuário…Direito de Proteção: O que a criança necessita para se sentir protegida? Proteção contra todas as formas de violência; privacidade; proteção contra a exploração infantil; proteção no caso de ser adotada; proteção e ajudas especiais se não tiver pais ou se não for seguro viver com eles… Direito de Desenvolvimento: O que a criança precisa para crescer e se desenvolver? Brincar; tempo livre; estar informada; educação; cuidados e ajudas especiais se tiver alguma incapacidade…Direito de Participação: O que a criança precisa para participar? Dar opinião sobre as matérias que lhe dizem respeito; liberdade de pensamen-to; liberdade de expressão; reunir; criar grupos e associações…

Ficha de Atividade 7

Para saber maishttp://www.dgidc.min-edu.pt/educacaocidadania

http://www.cm-lisboa.pt/viver/intervencao-social/direitos-da-crianca

http://www.iacrianca.pt

http://www.unicef.pt

Responsável Pedagó[email protected]

Fotografia e imagemCâmara Municipal de Lisboa / Espaço a Brincar

Jogo “Direitos com Arte”

Material lúdico pedagógico concebido para dar a conhecer a todos a Convenção sobre os Direi-tos da Criança e do Jovem que será entregue aos professores pelo “Espaço a Brincar”/CML.

Ninho recheado de Direitos 3

Possíveis materiais para aconstrução:

Cartão; arame; canas; corda; panos; latas, ele-mentos naturais; uma tenda velha; entre outros.