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FMP FMP FUNDIÇÃO & MATÉRIAS-PRIMAS FUNDIÇÃO & MATÉRIAS-PRIMAS ISSN 2359-702x | Ano XXIII JULHO 2020 | nº 224 ISSN 2359-702x | Ano XXIII JULHO 2020 | nº 224 REVISTA OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FUNDIÇÃO | ABIFA REVISTA OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FUNDIÇÃO | ABIFA ISSN 2359-702x ISSN 2359-702x http://www.abifa.org.br/revista-abifa/ http://www.abifa.org.br/revista-abifa/ GUIA GUIA Fornecedores de Matérias-Primas Fornecedores de Matérias-Primas para Fundição de Ferro & Aço para Fundição de Ferro & Aço g g Ferro-gusa Ferro-gusa g g Ferroligas Ferroligas g g Sucatas Sucatas ENTREVISTA ENTREVISTA Braulio Campos, Braulio Campos, presidente da Fundimig presidente da Fundimig

FMP - abifa.org.br · Em algumas palavras, Fonseca resume a importância desta con-quista para a indústria de fundi - ção, que no pós-pandemia terá que investir mais do que nunca

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FMPFMPFUNDIÇÃO & MATÉRIAS-PRIMASFUNDIÇÃO & MATÉRIAS-PRIMAS

ISSN 2359-702x | Ano XXIII JULHO 2020 | nº 224ISSN 2359-702x | Ano XXIII JULHO 2020 | nº 224

REVISTA OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FUNDIÇÃO | ABIFAREVISTA OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FUNDIÇÃO | ABIFA

ISSN

235

9-70

2xIS

SN 2

359-

702x

http://www.abifa.org.br/revista-abifa/http://www.abifa.org.br/revista-abifa/

GUIAGUIA

Fornecedores de Matérias-Primas Fornecedores de Matérias-Primas para Fundição de Ferro & Açopara Fundição de Ferro & Aço

gg Ferro-gusaFerro-gusagg FerroligasFerroligas

gg SucatasSucatas

ENTREVISTAENTREVISTABraulio Campos,Braulio Campos,

presidente da Fundimig presidente da Fundimig

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Fosfato

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FUNDIÇÃO & MATÉRIAS-PRIMAS

SUMÁRIOSUMÁRIO

CARTA DO PRESIDENTE 4CARTA DO PRESIDENTE 4

NOTÍCIAS 6NOTÍCIAS 6

ABIFA EM FOCO 20ABIFA EM FOCO 20

CADERNO TÉCNICO 1 28CADERNO TÉCNICO 1 28

CADERNO TÉCNICO 2 36CADERNO TÉCNICO 2 36

CADERNO TÉCNICO 3 55CADERNO TÉCNICO 3 55

ENTREVISTAENTREVISTA ............................................................ 32

Nesta edição conversamos com Braulio Campos, presidente da Fundimig, que falou sobre o desempenho da empresa nos meses de pandemia, projeções para 2020 e medidas esperadas por parte do governo federal para o progresso da indústria brasileira.

GUIA ABIFA DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA FUNDIÇÃO DE FERRO E AÇOGUIA ABIFA DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA FUNDIÇÃO DE FERRO E AÇO ........... 44

EVENTOS 60EVENTOS 60

ANUNCIANTES 60ANUNCIANTES 60

CapaCapa

Foto: Foto: ShutterstockShutterstock

Na 1ª edição deste levantamento, reunimos 55 empresas, entre fornecedores de ferroligas, ferro-gusa e sucata.

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CARTA DO PRESIDENTECARTA DO PRESIDENTE

REVISTA FUNDIÇÃO & MATÉRIAS-PRIMAS REVISTA FUNDIÇÃO & MATÉRIAS-PRIMAS

ISSN 2179007-8

Presidente ABIFAPresidente ABIFAAfonso Gonzaga

Diretor-executivo ABIFADiretor-executivo ABIFARoberto João de Deus

Editora/Coordenação GeralEditora/Coordenação GeralMaria Carolina Garcia (MTB 28.926)[email protected]

Coordenação TécnicaCoordenação TécnicaAugusto Koch Jr.Antonio Diogo PintoWeber Büll Gutierres ([email protected])

RepresentantesRepresentantes

São Paulo & Minas Gerais:São Paulo & Minas Gerais: Oswaldo ChristoTel. (+55 31) 3412-7031 Cel. (+55 31) [email protected]

Santa Catarina & Paraná: Santa Catarina & Paraná: Rangel EisenhutTel. (+55 47) 3461-3340 Cel. (+55 47) [email protected]

Rio Grande do Sul:Rio Grande do Sul: Grasiele BendelTel. (+55 54) 3416-7327 Cel. (+55 54) [email protected]

Marketing:Marketing: Yasmim Miranda Ding

Editoração eletrônica:Editoração eletrônica: Softmig

Projeto gráfico e diagramaçãoProjeto gráfico e diagramaçãoAna Paula Ribeiro | Perfil Editorial

FUNDIÇÃO & MATÉRIAS-PRIMASFUNDIÇÃO & MATÉRIAS-PRIMAS é uma publicação mensal da ABIFA – Associação Brasileira de Fundição.

Av. Paulista, 1.274, 20º andar 01310-925 – São Paulo – SP – BrasilTel. +55 11 3549-3344

www.abifa.org.brwww.abifa.org.br

Primeiro semestre é marcado por Primeiro semestre é marcado por quedas de produção, mas também quedas de produção, mas também novas oportunidades para o setornovas oportunidades para o setor

O ano de 2020 definitivamente ficará para a história. Jamais imaginaríamos passar por uma pandemia, o que nos afetou em todas

as esferas, mas também revelou oportunidades e a capacidade de resiliência da maioria.A indústria de fundição fechou o semestre com retra-ção de 16,7%, aproximadamente o crescimento que havíamos projetado para o ano. Considerando-se que

o principal cliente do setor, a indústria automotiva, registrou queda de 50,5% no mesmo período, concluímos que está havendo uma migração ou diversifi-cação da demanda de fundidos no país, revelando a dinâmica do nosso setor.Em julho, realizamos duas Reuniões Plenárias: uma focada na Região Sul e outra compreendendo todos os Estados do país. Em ambas, comen-tou-se que as fundições mais dependentes das montadoras (veículos de passeio) deverão sofrer mais esse ano, ao passo que o agronegócio mais uma vez escancara a sua força no país, com a recuperação mais rápida e expressiva dos segmentos de máquinas agrícolas e veículos pesados.Outra boa notícia, dessa vez para o médio e longo prazo, é a tendência de nacionalização de fornecedores; movimento já sentido nas ferramen-tarias. Com isso, até as fundições menores estão buscando melhorar a sua produtividade, o que levou a ABIFA a atender um antigo pleito: a criação de um canal de contato empresário / empresário, para a disponibilização de compra e venda de equipamentos usados.Este grupo foi criado em julho e já registrou alta demanda. Os inte-ressados em participar devem manifestar o seu interesse pelo e-mail: [email protected] questão em voga é a alta do dólar e a gradativa volta do mercado inter-nacional, o que está acarretando aumentos sucessivos do ferro-gusa e da sucata. Com a volatilidade do câmbio, é vantagem importar do Brasil neste momento e é vantagem para o Brasil exportar. No entanto, essa prática está onerando os preços destas matérias-primas, custos estes que acabarão sendo repassados no mercado interno. Trata-se de uma antiga dificuldade do setor, que volta a sofrer com esses entraves em um momento de retomada da economia.Para o segundo semestre, as expectativas recaem sobre o Marco Legal do Saneamento, o que certamente alavancará a demanda de fundidos para o setor de infraestrutura, e aprovação do PL do Gás, que con-tribuirá para a competitividade da indústria brasileira de fundição. E, assim, passamos por 2020.

Afonso GonzagaAfonso GonzagaPresidente da ABIFA/SIFESPPresidente da ABIFA/SIFESP

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6 FMP, JULHO 2020

NOTÍCIASNOTÍCIAS

Em 2011, o Curso Técnico de Fundição deixou de inte-grar o Catálogo Nacional

dos Cursos Técnicos (CNCT), do MEC – Ministério da Educação. A alegação era que o Curso Técnico de Metalurgia, também presente no ca-tálogo, atendia à demanda dos profis-sionais da indústria de fundição.

Desde então, uma “batalha” foi travada para a reversão dessa de-cisão. Ciente da necessidade de uma formação diferenciada para o profissional que trabalha no setor de fundição, o SENAI/MG, jun-tamente com sindicatos e empre-sários de Minas Gerais e outros Estados, apresentaram no Painel de Especialistas do setor Metalúr-gico, do Departamento Nacional do SENAI e CNI, a necessidade da formação de um profissional técni-co na área de fundição, na qual o profissional técnico de metalurgia tinha atuação limitada.

Segundo Marco Túlio da Fonseca, ge-rente do SENAI Itaúna CETEF – MG, este painel tinha por objetivo tra-zer à tona informações relevantes sobre a realidade do mundo do trabalho, fazendo transparecer as mudanças tecnológicas e organi-zativas que estão ocorrendo ou ocorrerão tanto na área quanto no perfil profissional.

“A inserção do Curso Técnico em Fundição no Catálogo Na-cional dos Cursos Técnicos e sua aguardada aprovação vêm ao encontro de uma necessidade crescente de formação profissio-nal no setor de fundição. A falta deste profissional, formado ex-clusivamente no SENAI Itaúna CETEF – MG, deixou um vazio na formação de técnicos especia-listas para o segmento de fundi-ção. Conhecido nacionalmente, o técnico em fundição se inseriu no mercado de fundição em um nível intermediário na tomada de decisões estratégicas dentro da indústria. A ausência deste profissional provocou, princi-palmente nas médias e pequenas empresas, a falta de uma mão de obra especializada e, com isso, a falta de implantação de novas e modernas tecnologias na indús-tria de fundição.

Após essa conquista, inicia-se a fase dos trâmites de homologação do curso no Conselho Nacional de Educação. Depois disso, o curso volta a ser oferecido.

Em algumas palavras, Fonseca resume a importância desta con-quista para a indústria de fundi-ção, que no pós-pandemia terá

que investir mais do que nunca em produtividade: “Não vejo outra maneira, mais simples, de se atingir patamares de eficiên-cia e qualidade de produção, do que investir em treinamentos e formação de especialistas na in-dústria, principalmente em nível técnico. A qualificação da mão de obra e a sua retenção são condições básicas para a indús-tria se estabelecer, crescer e dar sequência a este crescimento. O técnico em fundição, desde a pri-meira turma, formou aqueles que hoje são empresários e gestores das pequenas, médias e grandes empresas de fundição do Brasil. Sendo assim, nossa história foi escrita e devemos continuar a formar os novos gestores deste segmento industrial tão impor-tante e único, que está presente em componentes mecânicos que atuam nas profundezas dos ocea-nos e que neste momento viajam pelos confins do universo. Fun-dição não é somente uma indús-tria, é a expressão máxima da tec-nologia mais antiga na evolução humana. Só evoluímos porque a tecnologia evoluiu e foi passada adiante ano após ano. A isso, nós, do SENAI, chamamos de capaci-tação e treinamento”. g

Curso Técnico de Fundição Curso Técnico de Fundição volta ao catálogo do MECvolta ao catálogo do MEC

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7FMP, JULHO 2020

S egundo comunicado di-

vulgado pela empresa,

a sua margem EBITDA

atingiu 9,8% entre abril e junho,

enquanto a receita operacional

líquida apresentou crescimento

de 16,8% em relação ao mesmo

período de 2019. Isso refletiu po-

sitivamente na margem EBITDA

no período, que apresentou ex-

pansão de 5,8 p.p..

No segundo trimestre, a Unidade

de Fundidos e Usinados da em-

presa alcançou crescimento de

39,1% na receita operacional lí-

quida em relação ao 2T19, impul-

sionado pelas entregas de peças

de grande porte.

Já a margem operacional apresen-

tou crescimento de 14,2 p.p.; refle-

xo do maior volume de produção,

evolução na eficiência operacional

e maior faturamento.

Na Unidade de Máquinas Romi,

a receita operacional líquida no

2T20 apresentou leve queda de

4,4% sobre os mesmos meses

de 2019, decorrente de projetos

postergados para o terceiro tri-

mestre.

Em um ambiente de pandemia

global e não realização das prin-

cipais feiras do setor, a entrada

de pedidos na Unidade de Má-

quinas Romi no 2T20 apresentou

leve redução de 5,8%, na com-

paração com o 2T19. Para mini-

mizar esse impacto, a companhia

tem buscado novas alternativas

de negócios, como a locação de

máquinas.

A Unidade de Máquinas B+W

apresentou crescimento de

33,7% na receita operacional lí-

quida. O maior volume de fatu-

ramento, aliado a projetos com

foco no incremento da rentabi-

lidade, refletiram na evolução

da margem operacional, que no

mesmo período de comparação

expandiu 6,3 p.p..

No final do segundo trimestre de

2020, a carteira de pedidos da em-

presa apresentou crescimento de

9,4% em relação a junho de 2019,

com destaque para as Unidades de

Negócio Máquinas Romi e Fundi-

dos e Usinados.

Segundo Luiz Cassiano R. Rosolen,

diretor-presidente, a partir de

junho a Indústrias Romi come-

çou a notar uma recuperação

no ambiente industrial, o que

refletiu positivamente na car-

teira de máquinas Romi e fun-

didos e usinados. g

Indústrias Romi S.A. apresenta Indústrias Romi S.A. apresenta recuperação de margens no 2T20recuperação de margens no 2T20

Unidade de

Fundidos e

Usinados

registrou

receita

operacional

39,1% superior

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8 FMP, JULHO 2020

NOTÍCIASNOTÍCIAS

WEG registra resultados positivos no 2T20WEG registra resultados positivos no 2T20

A WEG apresentou outro trimestre de resultados positivos, com expan-

são de receita, EBITDA e ROIC. A sua carteira de equipamentos de ciclo longo, em conjunto com a agilidade nos ajustes opera-cionais e o impacto positivo da variação cambial, compensaram até o momento as dificuldades impostas pela pandemia, que causou impactos negativos importantes em parte dos negó-cios do grupo.

Segundo divulgado, os efeitos da quarentena foram sentidos prin-cipalmente na demanda por equi-pamentos de ciclo curto, nas áreas de Motores Comerciais e Applian-ce, Tintas e Vernizes e também

Motores Industriais, cuja retração de volumes foi similar nos merca-dos brasileiro e externo.

Em nota, a empresa afirma que “a paralisação das operações de alguns clientes e a incerteza na demanda desses produtos foram fatores de-terminantes para a queda na entra-da de pedidos ao final do trimestre passado e início do 2T20, resultan-do em uma menor receita reportada em parte destas áreas de negócios. Vale destacar a melhora gradual ao longo do trimestre na dinâmica da entrada de pedidos para os negócios de ciclo curto, denotando, aparen-temente, que os piores meses de entrada de pedidos para esses negó-cios foram abril e maio”.

Seguem alguns dos números divulgados:

■ A Receita Operacional Líquida (ROL) do grupo foi de R$ 4.063,9 milhões no 2T20, 23,7% superior ao 2T19 e 9,4% superior ao 1T20;

■ O EBITDA atingiu R$ 732,2 mi-lhões, 36,3% superior ao 2T19 e 18,3% superior ao 1T20, enquanto a margem EBITDA de 18,0% foi 1,7 ponto percentual maior do que no 2T19 e 1,3 ponto percentual maior do que o trimestre anterior;

■ O Retorno Sobre o Capital In-vestido (ROIC) atingiu 21,6% no 2T20, crescimento de 3,2 pontos percentuais em relação ao 2T19 e de 0,9 ponto percentual em relação ao 1T20. g

Em 23 de julho, foi reali-zada a Assembleia que elegeu o novo comitê

executivo da Amafond – Associazione Italiana Fornitori Fonderie, tradicio-nal parceira da ABIFA na Itália.

Na ocasião, Riccardo Ferrario, ge-neral manager do Idra Group, foi

AMAFOND tem nova diretoriaAMAFOND tem nova diretoria

eleito presidente da entidade, en-quanto Piero Starita, ex-presidente, foi nomeado presidente honorário.

Como vice-presidentes da AMAFOND, foram eleitos Luca Casella, diretor da Sipag Bisalta Spa e Angelo Vezzuli, general manager da EKW Italia Srl.

Para o Grupo de Máquinas e Equipa-mentos, foram eleitos Paolo Magaldi, deputy CEO – Magaldi Power Spa, e Michele Pietribiasi, chief executive officer da Euromac Srl.

Pietribiasi, fiel defensor do associa-tivismo e da interação entre Asso-ciações mundiais, também é diretor internacional da ABIFA. g

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9FMP, JULHO 2020

INFRAESTRUTURAINFRAESTRUTURA

Em julho, o presidente da República, Jair Bolso-naro, sancionou o novo

Marco Legal do Saneamento, ins-tituído pelo Projeto de Lei (PL) 4.162/2019. O principal objetivo da legislação é estruturar um am-biente de segurança jurídica, com-petividade e sustentabilidade, a fim de atrair novos investimentos para universalizar e qualificar a presta-ção dos serviços no setor. A meta do governo federal é alcançar a uni-versalização até 2033, garantindo que 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90% ao tratamento e à coleta de esgoto.

Com isso, os custos anuais com saú-de devem ser reduzidos em até R$ 1,45 bilhão, segundo dados da CNI – Confederação Nacional da Indústria. Adicionalmente, a cada R$ 1 investido em saneamento, R$ 4 devem ser economizados, graças à prevenção de doenças causadas pela falta do serviço, de acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde. No âmbito econômico, a cada R$ 1 destinado para o setor, são gerados R$ 2,5 nas cadeias associadas e, a cada R$ 1 bilhão,

60 mil empregos proporcionados.

Nas palavras de Paulo Guedes, mi-nistro da Economia, “o Marco vai destravar a primeira grande onda de investimentos, porque vamos dar sequência a isso com outros se-tores: cabotagem, setor elétrico, gás natural e petróleo. Vamos retomar o crescimento, destravando os in-vestimentos”.

Estas informações e as apresenta-das a seguir são da assessoria de co-municação social do Ministério do Desenvolvimento Regional.

Principais pontos do Marco Legal

Contratos de concessão

A nova lei extingue a possibilidade de os entes realizarem novos ‘con-tratos de programa’, que são os pac-tuados entre os titulares (municípios) e prestadores (empresas estaduais de saneamento) sem licitação.

Atualmente, os titulares firmam acordos diretamente com empresas, com regras de prestação e tarifação, mas permitem que as estatais assu-mam os serviços sem concorrência.

A atualização do Marco Legal eli-mina esse modelo e torna obriga-tória a abertura de licitação, na qual podem concorrer prestadores de serviço públicos ou privados. Esse fator propicia um ambiente nego-cial de concorrência, baseado na eficiência de quem presta o serviço e na sua sustentabilidade.

No entanto, os contratos de pro-grama formalizados poderão ser mantidos pelo prazo de sua vigên-cia, desde que, até 31 de março de 2022, estabeleçam metas para atin-gir a universalização, garantindo atendimento de 99% da população com água potável e 90% com co-leta e tratamento de esgoto até 31 de dezembro de 2033. Além disso, devem garantir a continuidade do abastecimento, redução de perdas e melhorias nos processos de trata-mento. Já os contratos que não te-nham sido formalizados serão con-siderados irregulares e precários e não poderão ser mantidos.

A metodologia para avaliar a ca-pacidade econômico-financeira das empresas é um dos pontos que ainda serão definidos por Decreto da União, o que deverá

Marco legal do saneamento propiciará universalização Marco legal do saneamento propiciará universalização dos serviços de água e esgoto, viabilizando novo ciclo dos serviços de água e esgoto, viabilizando novo ciclo

de investimentos em infraestruturade investimentos em infraestrutura

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10 FMP, JULHO 2020

NOTÍCIASNOTÍCIAS

ocorrer em até 90 dias depois da sanção da lei.

Importante salientar que o cum-primento das metas será periodi-camente verificado. A ANA, por meio de ato normativo, irá dispor dos requisitos e procedimentos que devem ser observados pelos titulares e por suas entidades regu-ladoras e fiscalizadoras – observa-das as diretrizes para a função de regulação estabelecidas na Lei n. 11.445/2007.

Blocos de municípios

O texto aprovado determina que os Estados, no intuito de atender aos municípios menores e de bai-xa sustentabilidade, componham grupos ou blocos de municípios, que poderão contratar os serviços de forma coletiva. Cidades de um mesmo bloco não precisam ser vi-zinhos. O conjunto de localidades não poderá fazer contrato de pro-grama com estatais, nem subdele-gar o serviço sem licitação.

Planos municipais e regionais

O Marco Legal exige que os municí-pios e blocos de cidades implemen-tem planos municipais e regionais de saneamento básico. A União po-derá oferecer apoio técnico e finan-ceiro para a execução desta tarefa.

No entanto, o suporte federal esta-rá condicionado a uma série de re-gras, entre as quais a adesão ao sis-tema de prestação regionalizada e à concessão ou licitação da prestação

dos serviços, com a substituição dos contratos vigentes e adequação de metas e uniformização dos pra-zos de vigência dos contratos.

Recursos da União

Embora municípios continuem como os entes responsáveis pela regulação da prestação dos serviços de saneamento, a atualização do Marco Legal estipula que a aloca-ção de recursos públicos federais e os financiamentos com recursos da União (ou com recursos geridos ou operados por órgãos ou entidades da União) serão feitos em confor-midade com as diretrizes e objeti-vos estabelecidos e condicionados à observância das normas de refe-rência para a regulação da prestação dos serviços públicos de saneamen-to básico expedidas pela ANA.

Comitê Interministerial de Saneamento

Para melhorar a articulação institu-cional entre os órgãos federais que atuam no setor, será criado o Comi-tê Interministerial de Saneamento Básico (Cisb), colegiado que terá, sob a presidência do MDR, a finali-dade de assegurar a implementação da política federal de saneamento básico (inclusive elaborando estu-dos técnicos) e definir a alocação de recursos financeiros do setor.

Regulamentação

A curtíssimo prazo (90 dias), de-vem ser publicados Decretos para

instituir o Comitê Interministerial de Saneamento e a metodologia de comprovação econômico-financeira das empresas. Também devem ser realizados debates com a participa-ção de diversos atores e sociedade civil, organizados pelo MDR; deve ser definida a Agenda Regulatória da ANA e regulamentado o apoio técnico e financeiro da União.

A curto prazo (até o final de 2020), será estabelecido um canal de comunicação e transparência para garantir o monitoramento da implementação do novo Mar-co do Saneamento, além da rea-lização de road shows; lançamento de normas regulatórias, metodo-logias para planos simplificados e revisão de decretos, entre ou-tras ações.

Já a médio prazo (até o final de 2022), devem ser disponibilizadas as infor-mações relativas à adoção – pelas agências reguladoras de sanea-mento subnacionais – das nor-mas emitidas pela ANA; publi-cação de normas referência e da metodologia para o cálculo de investimentos. Também será im-plementado o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa), que substituirá o sistema atual SNIS; realizadas capacitações para gestores e re-guladores municipais e estaduais; definidos blocos de referência; o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) passará por re-adequação, bem como os atuais programas do MDR, com a fina-lidade de adequá-los às diretrizes no novo Marco. g

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11FMP, JULHO 2020

Em 30 de junho, o portal Automotive Business pro-moveu a Live #ABX20,

com a entrevista de Vilmar Fista-rol, presidente da CHN Industrial América Latina, sobre o atual ce-nário dos mercados de máquinas e veículos comerciais.

Com a medição de Pedro Kutney, a Live aconteceu em um momento em que todos os fabricantes de veículos comerciais (caminhões e ônibus) e máquinas agrícolas e de construção já voltaram a operar suas fábricas, ainda que em ritmo menor.

Quando questionado sobre esse re-torno, Fistarol destacou que as pre-visões iniciais, felizmente, foram mais pessimistas do que mostra a realidade. “Houve sim retração, mas em geral esses mercados estão indo melhor do que esperávamos”, afirmou.

O executivo contou que com rela-ção à pandemia, o grupo acertou e errou em suas previsões e medi-das. De acordo com ele, todos os mercados nos quais a CNH Indus-trial atua (máquinas agrícolas e de construção New Holland e Case, caminhões e ônibus Iveco e motores

FPT) estão indo melhor do que inicialmente previsto. “No setor de construção erramos um pouco [para baixo]; esperávamos queda bem maior. Caminhões também foram menos afetados pela crise. Mas onde mais erramos foi na área agrícola, que segue com crescimen-to expressivo, com exportações e câmbio favorável”.

Todas as unidades industriais do grupo voltaram a operar em meados de abril, com otimismo moderado.

Para Fistarol, o Plano Safra 2021, o qual prevê a concessão de R$ 236 bilhões em crédito ao agronegócio, deverá ajudar o setor de máquinas e caminhões também. No entanto, ele pondera que somente uma pe-quena parte do programa, de R$ 9 bilhões, é destinado ao Moderfrota (programa de renovação de

máquinas agrícolas administrado pelo BNDES). Os juros de 5% a 6% ao ano também são considerados altos diante da taxa básica (Selic), es-tabelecida atualmente em 2,25% ao ano – o menor patamar da história.

Com relação à questão cambial, o executivo ponderou que a desvalo-rização acima 40% esse ano tem os seus prós e contras. Por um lado, favorece as exportações, inclusive do agronegócio, porém, por outro, aumenta os custos de componen-tes importados. E apesar dos bons índices de nacionalização, com essa desvalorização ficou inviável não repassar os aumentos.

Sobre os investimentos do grupo na região, Fistarol afirmou que nenhum foi cancelado; no máxi-mo adiado para um pouco mais adiante.

E como toda crise traz lições, talvez a mais positiva dessa seja o com-prometimento dos colaboradores com seus trabalhos em home office. O feedback recebido pelo grupo é que apesar da distância, “nunca es-tivemos tão conectados e próximos da liderança”. São cerca de 10 mil colaboradores na América Latina, dialogando e buscando soluções. g

MERCADOMERCADO

O cenário para máquinas e veículos O cenário para máquinas e veículos comerciais pós-pandemiacomerciais pós-pandemia

A realidade deve se revelar

mais positiva do que as previsões

iniciais

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12 FMP, JULHO 2020

NOTÍCIASNOTÍCIAS

Após quatro meses de pandemia, os últimos resultados do setor de

máquinas e equipamentos têm apontado para uma queda menos brusca da sua receita total. De acordo com a ABIMAQ – Asso-ciação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, em junho as receitas líquidas recua-ram -12,4%, depois de quedas em maio (-14,1%) e abril (-25,6%).

Com isso, no segundo trimestre o setor encolheu -17,4% na compa-ração com o mesmo período de 2019. No acumulado do ano (janei-ro a junho), o faturamento do seg-mento caiu -8,5%

Ainda que a receita total nos últi-

mos três meses tenha retraído, es-ses resultados têm sido menos ne-gativos a cada mês, por conta das receitas internas. Em junho, elas encolheram -10,1% na compara-ção interanual; queda menos densa que a observada em maio (-14,9%) e abril (- 26,5%). Tal resultado re-força a hipótese de que a economia brasileira já tenha vivenciado o pior momento da pandemia, de acordo com a entidade.

Por outro lado, as receitas de ex-portação do setor de máquinas e equipamentos apresentaram forte queda pelo quarto mês consecuti-vo. Em junho, as exportações em dólar retraíram -35,1% na compa-ração com o mesmo mês do ano

passado, após queda de -34,7% em maio e -41,6% em abril. Com isso, as receitas de exportação encolhe-ram -25,4% no primeiro semestre.

Já as importações de máquinas e equipamentos recuaram -32,5% em junho, na comparação interanual. No entanto, como o primeiro tri-mestre registrou forte penetração de máquinas no país, as importações acumularam saldo positivo de 6,2% nos seis primeiros meses do ano.

Ainda que o faturamento do mercado interno tenha caído -7,6% em 2020, o consumo aparente (total de máquinas e equipamentos absorvidos) cresceu 7,9%, puxado pelo desempenho posi-tivo das importações antes da crise. g

Produção de autoveículos Produção de autoveículos cai 50% no primeiro semestrecai 50% no primeiro semestre

A infor mação é da ANFAVEA – Asso -ciação Nacional dos Fa-

bricantes de Veículos Automo-tores, que projeta uma queda de -45% no ano e uma lenta retoma-da até 2025.

Com o forte impacto da pandemia de COVID-19 nos últimos três

meses, a produção acumulada de 729,5 mil veículos representou uma queda de -50,5% na comparação com o primeiro semestre de 2019. Em junho, a produção de 98,7 mil unidades foi 129,1% superior à de maio, mas -57,7% inferior à de ju-nho do ano passado.

Considerando esses dados e com

base nas expectativas econômicas do país para o segundo semestre, a entidade projeta uma produção de 1.630 milhão de automóveis, comerciais leves, caminhões e ôni-bus em 2020.

Segundo Luiz Carlos Moraes, pre-sidente da Associação, a perspec-tiva de produção é lastreada em

Setor de máquinas e equipamentos tem Setor de máquinas e equipamentos tem recuos menos agressivos a cada mêsrecuos menos agressivos a cada mês

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13FMP, JULHO 2020

um mercado interno projetado de 1.675 milhão de unidades vendidas no ano (-40%) e exportações de 200 mil unidades (-53%), além de levar em conta a variação de esto-ques e as importações de veículos.

Com o licenciamento de 132,8 mil unidades em junho, o acumulado do semestre foi de 808,8 mil auto-veículos; um recuo de -38,2% so-bre o mesmo período de 2019. Já as exportações em junho fecharam em 19,4 mil unidades, totalizando

119,5 mil no semestre (-46,2%).

O setor de caminhões também foi fortemente afetado pela pan-demia, embora as quedas não tenham sido tão drásticas quanto as dos veículos leves.

A produção no semestre (34,8 mil) foi -37,2% menor em relação ao mesmo período de 2019, enquan-to os licenciamentos (37,9 mil) re-cuaram -19,1% e as exportações (4,8 mil) encolheram -19,2%.

Parte do alívio nas vendas de ca-minhões é creditada aos bons resultados da safra agrícola, que também ajudou o setor de máqui-nas a não sofrer tanto com os efei-tos da pandemia.

A produção acumulada no semestre (19,1 mil) foi -22,6% inferior à dos seis primeiros meses de 2019. Já as vendas de 19,6 mil máquinas caíram apenas -1,3% no primeiro semestre, enquanto as exportações (4,2 mil) tiveram retração de -31%. g

A produção brasileira de aço bruto caiu -17,9% no 1º semestre, na comparação

com o mesmo período de 2019, enquanto as vendas internas so-freram queda de -10,5% de janei-ro a junho, mesmo percentual de decréscimo do consumo aparente (-10,5%). As informações são do Instituto Aço Brasil.

Segundo a entidade, as exportações do setor diminuíram -8,1%, e as importações -17,0%.

Apesar do desempenho negativo, os números de junho foram me-lhores que os de maio, refletindo o começo de uma trajetória de recu-peração. As vendas internas de aço em junho apresentaram aumento de 29,6% em comparação com o mês anterior, enquanto o consumo

aparente subiu 29,4% e as exporta-ções aumentaram 14,5%.

Em julho, o Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) ultrapas-sou o patamar de 50 pontos. A volta da confiança do setor se deveu, pre-ponderantemente, aos indícios de recuperação no 2º semestre. O ICIA cresceu 15,9 pontos na comparação com o mês anterior, atingindo 62,8 pontos. Com esse resultado, o índi-ce se aproxima do patamar pré-pan-demia (70,2 pontos em fevereiro).

Operando atualmente com apenas 48,5% da sua capacidade instalada, o setor tem expectativa de que a re-tomada do mercado interno ocor-rerá de forma gradativa, sendo as exportações a alternativa de curto prazo para reduzir essa ociosidade.

Para a entidade, o maior incremento das exportações depende, no entan-to, da recomposição do Reintegra, mecanismo pelo qual é feito o res-sarcimento às empresas dos tributos presentes nas exportações. “O res-tabelecimento da alíquota do Rein-tegra no patamar de 3% possibilita-rá que a indústria de transformação recupere os níveis de produção anteriores ao início da pandemia e possa aumentar a oferta de empre-gos qualificados no país”.

No mercado doméstico, a expecta-tiva do setor é que os projetos de infraestrutura e a construção civil sejam os principais drivers de con-sumo de produtos siderúrgicos, com uma retomada mais lenta dos demais segmentos consumidores, como o automotivo. g

Indústria brasileira do aço espera Indústria brasileira do aço espera recuperação no 2º semestrerecuperação no 2º semestre

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14 FMP, JULHO 2020

NOTÍCIASNOTÍCIAS

Com a volatilidade do câm-bio, o Indicador de Custos Industriais, medido pela

CNI – Confederação Nacional da Indústria, revelou um aumento de 2,4% nas despesas das indústrias

no primeiro trimestre do ano. Essa variação ocorreu, sobretudo, pelo aumento de 6,8% no custo dos

De acordo com a CNI – Confederação Nacional da Indústria, o Índice de

Confiança do Empresário Industrial (ICEI) subiu em julho pelo terceiro mês consecutivo, após uma queda história em abril; auge da crise para o setor produtivo.

O indicador ficou em 47,6 pontos;

6,4 pontos acima do registrado em junho. A sua recuperação se deu principalmente devido às ex-pectativas para os próximos seis meses.

O Índice de Expectativas, compo-nente do ICEI, subiu 6,2 pontos, alcançando 54,1 pontos. Ou seja, ficou acima dos 50 pontos, que di-vide as expectativas pessimistas e

otimistas. Já a situação econômica atual, de acordo com a percepção dos empresários industriais, conti-nua pior que a dos últimos seis me-ses, o que já era esperado.

O Índice de Condições Atuais che-gou a 34,5 pontos. A alta de 6,8 pon-tos, ante a última pesquisa, mostra uma percepção menos negativa com o cenário atual dos negócios. g

Esta foi uma das conclusões da pesquisa Indicadores In-dustriais, realizada pela

CNI – Confederação Nacional da Indústria. A alta reflete a retomada da atividade industrial após a redu-ção e paralisação das plantas indus-triais em março e abril.

As horas trabalhadas na produção e utilização da capacidade instalada também aumentaram em maio, de-

pois de atingirem seu pior resulta-do da história recente em abril.

Segundo Renato da Fonseca, ge-rente executivo de Economia da CNI, “é importante considerar que o crescimento vem após dois meses de fortes quedas. A indústria conti-nua bastante desaquecida, mas os resultados de maio mostram que o pior já passou”.

O faturamento real segue 18,2%

abaixo do registrado em fevereiro, enquanto as horas trabalhadas na produção caíram 15,8% na mesma comparação. A ociosidade, por sua vez, conti-nua elevada – apesar da alta de 2,6 pontos percentuais, a utilização da capacidade instalada (UCI) perma-neceu abaixo dos 70%.Já o emprego registrou a quarta que-da consecutiva, mas em maio o ritmo foi menor do que no mês anterior. g

Confiança da indústria mantém recuperação - Confiança da indústria mantém recuperação - Expectativas para os próximos seis meses são positivasExpectativas para os próximos seis meses são positivas

Faturamento da indústria aumentou 11,4% em maioFaturamento da indústria aumentou 11,4% em maio

Câmbio aumenta em 2,4% custos da Câmbio aumenta em 2,4% custos da indústria no primeiro trimestreindústria no primeiro trimestre

INDÚSTRIAINDÚSTRIA

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15FMP, JULHO 2020

INOVAÇÃOINOVAÇÃO

CNI e SOSA firmam parceria para CNI e SOSA firmam parceria para impulsionar inovação na indústria brasileiraimpulsionar inovação na indústria brasileira

insumos importados e de 7,9% do óleo combustível.

O aumento de custos, influenciado pelo câmbio, indica ainda perda de lucratividade da indústria brasileira, pois os custos aumentaram 2,4% mais que o preço das mercadorias produzidas (1%).

Por outro lado, a desvalorização do real elevou a competitividade dos produtos brasileiros no exterior e no mercado doméstico. O preço, em reais, dos produtos manufatu-

rados nos Estados Unidos aumen-tou 7,4%, enquanto o preço dos produtos manufaturados importa-dos, também em reais, teve um in-cremento de 6,1%.

Segundo Renato da Fonseca, geren-te-executivo de Economia da enti-dade, essa pesquisa mostrou que a desvalorização da moeda brasileira aumenta a competitividade, mas também impõe custos à indústria.

O custo com capital de giro au-mentou 3,7% no primeiro trimestre

de 2020, apesar de um recuo de 15% na média trimestral da taxa Selic, na comparação com o quarto trimestre de 2019.

No primeiro trimestre de 2020, houve um aumento da inadimplên-cia na carteira de crédito de capi-tal de giro de pessoas jurídicas dos bancos, segundo o Banco Central, e grande aumento da incerteza e aversão ao risco, por conta da pan-demia. Esses fatores podem expli-car o maior custo com capital de giro da indústria. g

A CNI – Confederação Nacional da Indústria e o SOSA, plataforma

internacional de inovação aber-ta, com sede em Israel, firmaram uma parceria estratégica que colocará empresas e startups brasileiras em con-tato com o que há de mais avançado em termos de tecnologia no mundo.

O acordo possibilitará que indús-trias e startups no Brasil tenham acesso a ecossistemas de tecno-logia em Nova York e Tel Aviv, inaugurando um processo de en-gajamento e colaboração com as tecnologias 4.0 mais disruptivas em desenvolvimento fora do país.

O SOSA conta com uma base de mais de 15 mil startups. Trata-se de uma rede com mais de 250 multi-nacionais e investidores interna-cionais, além de operações em hubs estratégicos de inovação.

As empresas parceiras poderão aces-sar tecnologias disruptivas por meio de desafios corporativos, aceleração de startups, suporte na adoção de inovações em modelos de negócios, imersões em ecossistemas de inova-ção, rodadas de negócio, atividades personalizadas de inovação aberta, participação em demo days privados e customizados, workshops sobre liderança em inovação, relatórios de

tendências tecnológicas e de investi-mentos, além de curadoria de even-tos setoriais.

A parceria ainda proporcionará programas de residência para startups brasileiras em Tel Aviv e Nova York, promovendo conexões com empresas globais, investidores e centros avançados de tecnologia e inovação.

Além do acesso ao espaço físico e mentoria de profissionais especia-lizados, as startups participarão de workshops de expansão e de even-tos de networking para oferta de suas soluções a potenciais investidores. g

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16 FMP, JULHO 2020

NOTÍCIASNOTÍCIAS

Pesquisa inédita realizada pela CNI revelou que as soluções inovadoras serão

decisivas para o país enfrentar os efeitos da COVID-19 tanto sobre a saúde da população, quanto sobre os prejuízos sociais e econômicos.

O levantamento destaca que a ino-vação será decisiva para acelerar a retomada da atividade e do cres-cimento da economia no Brasil. Entre as mais de 400 empresas ouvidas, 83% afirmam que precisa-rão de mais inovação para crescer

ou mesmo sobreviver no mundo pós-pandemia. Os executivos con-sultados destacaram que a linha de produção é a área prioritária para receber inovações (58%), seguida pela área de vendas (19%). g

Pesquisa revela que inovação será decisiva Pesquisa revela que inovação será decisiva para sobreviver à crise do novo Coronavíruspara sobreviver à crise do novo Coronavírus

COVID-19 | CRÉDITOCOVID-19 | CRÉDITO

Programa de crédito para a preservação Programa de crédito para a preservação de empresas é regulamentadode empresas é regulamentado

O Conselho Monetário Nacional (CMN) regu-lamentou o Programa

de Capital de Giro para Preserva-ção de Empresas (CGPE), o qual foi criado pela Medida Provisória nº 992, de 16 de julho de 2020. O programa visa propiciar às micro-empresas e empresas de pequeno e médio porte melhores condições para a obtenção de crédito junto às instituições financeiras.

Pela regulamentação aprovada, o crédito concedido pelas institui-ções credoras do CGPE será des-tinado exclusivamente ao capital

de giro das empresas, tendo prazo mínimo de 36 meses, bem como carência mínima de seis meses para o início da amortização da dívida. Pelo menos 80% do pro-grama será direcionado a em-presas com receita bruta anual de até R$ 100 milhões.

A regulamentação também veda que o contrato da nova linha de crédito estabeleça qualquer tipo de limitação à livre movimentação dos recursos pelos devedores; vinculando-os ao pagamento de débitos anteriores contraídos pe-rante a instituição credora.

O CMN ainda aprovou a re-

gulamentação do compartilha-

mento de alienação fiduciária

de imóveis, previsto na Medida

Provisória 992. Assim, foi cria-

da a possibilidade de oferecer

um mesmo bem para garantir

mais de uma operação de crédi-

to. Com isso, respeitado o valor

total do bem, um mesmo imó-

vel poderá servir como garantia

para mais de uma operação de

crédito perante um credor, o que

deverá diminuir os juros para o

tomador do empréstimo. g

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17FMP, JULHO 2020

Confira, a seguir, algumas medidas anunciadas pelo governo federal para auxi-

liar empresas, pessoas físicas e jurí-dicas neste momento de pandemia.

Muitas já venceram, mas foram adiadas.

Empresas

■ Adiamento do pagamento da contribuição patronal ao Insti-tuto Nacional do Seguro Social (INSS), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e dos Programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Ser-vidor Público (Pasep). Os paga-mentos de abril serão quitados em agosto. Os pagamentos de maio, em outubro. A medida an-tecipará R$ 80 bilhões para o flu-xo de caixa das empresas.

■ Parcelamento, em até 12 vezes, de multas administrativas aplicadas a fornecedores do governo federal.

Micro e pequenas empresas

■ Adiamento, por seis meses, da parte federal do Simples Nacional. Os pagamentos de abril, maio e junho passaram para outubro, no-vembro e dezembro.

■ Adiamento, por três meses, da parte estadual e municipal do Sim-ples Nacional. Os pagamentos do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS, per-tencente aos estados) do Imposto sobre Serviços (ISS, dos municí-pios) de abril, maio e junho passa-ram para julho, agosto e setembro.

■ Adiamento dos parcelamentos das micro e pequenas empresas devedoras do Simples Nacional. As parcelas de maio passaram para agosto, as de junho para outubro, e as de julho para dezembro.

Microempreendedores

individuais (MEI)

■ Adiamento das parcelas por seis meses. Os pagamentos de abril, maio

e junho passaram para outubro, novembro e dezembro. A medi-da vale tanto para a parte federal, como para as partes estadual e mu-nicipal (ICMS e ISS) do programa.

■ Adiamento dos parcelamentos das micro e pequenas empresas devedoras do Simples Nacional. As parcelas de maio passaram para agosto, as de junho para outubro, e as de julho para dezembro.

Pessoas físicas

■ O cronograma de restituições do Imposto de Renda, de maio a se-tembro, está mantido.

Empresas e pessoas físicas

■ Suspensão, por 180 dias, do Im-posto sobre Operações Financeiras (IOF) para empréstimos. O impos-to deixará de ser cobrado de abril a outubro, injetando R$ 14 bilhões na economia. A medida acabaria no fim de junho, mas foi prorroga-da por 90 dias.

COVID-19 | MEDIDAS PROVISÓRIASCOVID-19 | MEDIDAS PROVISÓRIAS

Pagamentos e tributos são adiados ou Pagamentos e tributos são adiados ou suspensos durante a pandemiasuspensos durante a pandemia

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NOTÍCIASNOTÍCIAS

■ Suspensão, até 31 de julho, de procedimentos de cobrança e de intimação pela Receita Federal. A medida acabaria no fim de junho, mas foi estendida em um mês.

■ Prorrogação das parcelas de re-negociações com a Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que venceriam em maio, junho e julho. Os ven-cimentos foram estendidos para agosto, outubro e dezembro, res-pectivamente.

Empresas e empregadores domésticos

■ Suspensão das contribuições para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por três meses, in-clusive para empregadores domés-ticos. Valores de abril a junho serão pagos de julho a dezembro, em seis parcelas, sem multas ou encargos.

Contas de luz

■ Proibição de cortes de energia de consumidores inadimplentes até 31 de julho. A medida acabaria no fim de junho, mas foi estendida pela Agência Nacional de Energia Elé-trica (Aneel).

■ Consumidores de baixa renda, que gastam até 220 quilowatts-hora (kWh) por mês, estarão isentos de

pagarem a conta de energia até o fim de agosto. A medida acabaria no fim de junho, mas foi prorro-gada por 60 dias. O valor que as distribuidoras deixarão de receber será coberto com R$ 1,5 bilhão de subsídio da Conta de Desenvolvi-mento Energético (CDE).

Contas de telefone

■ Apesar de liminar da Justiça Fe-deral em São Paulo ter proibido o corte de serviço de clientes com contas em atraso, a Agência Nacio-nal de Telecomunicações (Anatel) recorreu e conseguiu reverter a de-cisão. Os clientes de telefonia con-tinuarão a ter a linha cortada caso deixem de pagar as contas.

Dívidas em bancos

■ Autorizados por uma resolução do Conselho Monetário Nacio-nal (CMN), os cinco principais bancos do país – Banco do Bra-sil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santan-der – abriram renegociações para prorrogarem vencimentos de dí-vidas por até 60 dias.

■ As renegociações não valem para cheque especial e cartão de crédito.

■ Os clientes precisam estar aten-tos para juros e multas. Segundo o

Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), é preciso veri-ficar se o banco está propondo uma pausa no contrato, sem cobrança de juros durante a suspensão, ter cuidado com o acúmulo de parce-las vencidas e a vencer, e perguntar se haverá impacto na pontuação de crédito do cliente.

Inscritos na Dívida Ativa da União

■ Devedores impactados pela pan-demia podem pedir parcelamento especial de dívidas com a União. A adesão vai até 31 de dezembro.

■ Suspensão, até 31 de julho, de procedimentos de cobrança e de intimação pela PGFN. A medida acabaria no fim de junho, mas foi estendida em um mês.

Estados devedores da União

■ O Congresso aprovou a suspen-são dos débitos dos Estados com o governo federal e bancos públicos de março a dezembro. A medida in-jetará R$ 35 bilhões nos cofres esta-duais, para enfrentarem a pandemia.

■ A nova lei também autoriza a re-negociação de débitos dos Estados e dos municípios com bancos pú-blicos e organismos internacionais, deixando de pagar R$ 24 bilhões. g

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ABIFA EM FOCOABIFA EM FOCO

REUNIÃO PLENÁRIAREUNIÃO PLENÁRIA

Em 16 de julho, mantendo o seu calendário, a ABIFA realizou a sua Reunião

Plenária Anual - Regional Paraná, reunindo fundidores e fornecedores do setor de diversos Estados do país.

O evento foi apresentado pelos “an-fitriões” Afonso Gonzaga, presi-dente da ABIFA, e Luiz Jair Minatti, da Minatti Fundição, que na sequên-cia passou a palavra a Carlos Walter, presidente da FIEP - Federação das Indústrias do Estado do Paraná.

Segundo Walter, a diversidade da indústria paranaense, dedicada a setores diversos, tem favorecido a Região nesta crise provocada pela pandemia. Em maio, o Esta-do cresceu 24% em relação a abril anterior, o que é um bom começo para um mês pós-lockdown.

O executivo ainda citou a impor-tância das Associações setoriais, a exemplo da ABIFA, na defesa de interesses específicos da comuni-dade industrial, e a necessidade de parcerias entre entidades federais e setoriais em prol do progresso da indústria nacional.

A questão Reforma Tributária foi outro ponto abordado por Walter,

que enquanto industrial mencio-nou o excesso de carga fiscal sobre o produto fabricado no país, o que, aliado ao Custo Brasil, mina a com-petitividade do produto nacional.

A seguir, são apresentados alguns pontos apresentados e discutidos na Reunião entre os participantes.

Considerações sobre a indústria de fundição na Região Sul

■ As fundições menos focadas na indústria automotiva leve estão sofrendo menos com a crise. In-clusive empresas da região que tra-balham com nichos específicos já pensam em investir para aumentar os seus volumes de produção.

■ Fundições mais dependentes das montadoras (veículos de passeio) deverão ter uma queda de produ-ção da ordem de 30% no ano, visto que aproximadamente 60% deste mercado consumidor hoje em dia é composto por frotistas, que tam-bém tiveram os seus negócios pre-judicados com o isolamento social.

■ O setor de máquinas agrícolas teve uma queda inicial, mas logo se recuperou, graças à excelente safra agrícola de 2020.

■ Pelo menos motivo, o segmento de veículos pesados, que é o caso da maioria dos fabricantes do setor na Região Sul do país, está tendo uma retomada mais expressiva e rápida.

■ A flutuação cambial está favo-recendo as exportações daqueles que já exportavam. Em contra-partida, está dificultando as im-portações, mudando o cenário da globalização.

■ A nacionalização de peças deve se intensificar. Inclusive, muitas ferramentarias já estão tendo um aumento de procura justamente por esse movimento.

■ O crédito continua sendo um problema, em especial para com-pras pontuais. As instituições fi-nanceiras não estão chegando ao setor produtivo como deveriam, exigindo planos de negócios para financiamentos mínimos.

■ A qualificação da mão de obra é preocupação de todos. Nesse sen-tido, a ABIFA, em parceria com as redes SENAI, já está trabalhando em um novo paradigma: as aulas on-line e práticas presenciais nas empresas.

ABIFA reúne profissionais da Região Sul ABIFA reúne profissionais da Região Sul em Reunião Plenária Regionalem Reunião Plenária Regional

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21FMP, JULHO 2020

Balanço da indústria de

fundição PR/SC

A seguir, confira os números pre-liminares do setor nos Estados do Paraná e Santa Catariana neste pri-meiro semestre.

Sobre o nível de emprego na Re-gião, entre fevereiro (17.130) e ju-nho (16.461) tivemos uma queda de 3,9% no número de colabora-dores da indústria de fundição lo-cal, reflexo da crise da pandemia.

A ABIFA agradece a todos os envol-vidos na organização desta Reunião e a participação dos profissionais “presentes”.

Em 29 de julho, a ABIFA realizou a sua Reunião Ple-nária semestral, que além

do balanço da indústria de fundi-ção nos seis primeiros meses do ano, também abordou a caducação

dustrial da Carl Zeiss do Brasil Ltda, discorreu sobre o tema: Inovação no Controle de Defeitos na Fundição.

Os principais pontos apresentados na Reunião são relatados a seguir. g

Comparativo da produção de fundidos na Região Sul do país, nos 1º semestres de 2019 e 2020

Estado de SC

1º Semestre 2019 (t) 1º Semestre 2020 (t) Variação (%)

Ferro 338.697 239.120 (29,4)

Aço 12.213 11.719 (4,0)

Alumínio 4.207 3.126 (25,7)

Total 355.117 253.965 (28,5)

Estado do PR

1º Semestre 2019 (t) 1º Semestre 2020 (t) Variação (%)

Ferro 33.747 22.163 (34,3)

Alumínio 4.877 2.095 (57,0)

Total 38.624 24.258 (37,2) g

Reunião Plenária semestral traz números do Reunião Plenária semestral traz números do setor e apresentação técnicasetor e apresentação técnica

da MP 927 e suas consequências, em apresentação do dr. Marcos Ta-vares Leite, advogado responsável pela assessoria jurídica da entidade.Na sequência, Sebastião Santos, gerente de vendas e especialista em Raio X In-

Produção de fundidos recua -16,7% no 1º semestreProdução de fundidos recua -16,7% no 1º semestre

A pesar da pandemia que nos surpreendeu este ano, a produção brasi-

leira de fundidos ficou em 966,9 mil t no primeiro semestre, o que equivale a uma queda de

-16,7% em relação ao mesmo período de 2019.

Os números não são positivos, mas poderiam ter sido muito piores, se não fosse a excelen-te safra agrícola do ano, que

impulsionou tanto a demanda por máquinas agrícolas como caminhões.

O total de fundidos no semes-tre é dividido em três categorias: ferro fundido (738,5 mil t), aço

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22 FMP, JULHO 2020

ABIFA EM FOCOABIFA EM FOCO

(130, 5 mil t) e metais não fer-rosos (98, 4 mil t). Destas, so-mente não ferrosos registrou crescimento em relação a 2019 (+1,9%). A produção de fundidos em ferro e aço caiu -20,9% e -0,6%, respectivamente (ver tabela 1).

A maior parte do volume produ-zido foi consumida no mercado interno (847,5 mil t), o que equi-vale a 87,65% do total. Ainda assim, a demanda brasileira de fundidos caiu -13,2% entre o ano passado e esse.

As exportações, que tradicio-nalmente atendem por 15% a 16% da produção nacional de fundidos, neste primeiro se-mestre ficou em 12,35%, refle-xo da crise mundial por conta da pandemia.

Os embarques de fundidos so-maram 119, 4 mil t entre janeiro e junho, caindo tanto em volu-me (-35,2%) quanto em valores (-31,9%) no comparativo interanual (ver tabelas 2 e 3).

Já o número de empregados do se-tor ficou em 52.010 colaboradores, contra 52.555 em maio.

Com relação à atual situação das operações da indústria de fundi-ção no país, pesquisa realizada pela ABIFA aponta que das empresas consultadas, todas estão trabalhan-do. Os detalhes por Estado estão na tabela 4.

Tab. 1 – Produção de fundidos em junho de 2020, comparativo com maio do mesmo ano e comparação interanual da produção acumulada (Jan-junho 2020/2019).

MetalJun 2020

(t)Jun/Mai 2020 (%)

Jan-Jun 2020 (t)

Jan-Jun 2019 (t)

2020/2019 (%)

Ferro 112.585 0,3 738.047 933.384 (20,9)

Aço 22.292 (1,8) 130.449 131.250 (0,6)

Não ferro-sos (total)

11.791 10,6 98.392 96.531 1,9

Cobre 1.798 0,1 10.984 10.317 6,5

Zinco 98 - 588 588 -

Alumínio 9.475 13,5 84.301 83.106 1,4

Magnésio 420 - 2.520 2.520 -

TOTAL 146.667 0,8 966.888 1.161.166 (16,7)

Fonte: ABIFA – Associação Brasileira de Fundição.

Tab. 2 – Exportações de fundidos (em peso) em junho de 2020 e comparativo interanual das exportações acumuladas (Jan-Jun 2020/2019).

MetalJunho 2020

Jan-Jun 2020 (t)

Jan-Jun 2019 (t)

2020/2019 (%)

Ferro 13.393 104.026 165.371 (37,1)

Aço 2.491 13.979 16.054 (12,9)

Não ferrosos 226 1.377 2.792 (50,7)

TOTAL 16.110 119.382 184.217 (35,2)

Fonte: ABIFA – Associação Brasileira de Fundição.

Tab.3 – Exportações de fundidos (em valores) em junho de 2020 e comparati-vo interanual das exportações acumuladas (Jan-Jun 2020/2019).

MetalJun 2020

(mil US$ - FOB)Jan-Jun 2020

(mil US$ - FOB)Jan-Jun 2019

(mil US$ - FOB)2020/2019

(%)

Ferro 43.376,2 226.444,6 345.656,8 (34,5)

Aço 10.423,2 44.241,4 47.736,8 (7,3)

Não ferro-sos

506,3 3.338,8 8.955,0 (62,9)

TOTAL 54.305,7 274.024,8 402.388,6 (31,9)

Fonte: ABIFA – Associação Brasileira de Fundição.

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23FMP, JULHO 2020

A Medida Provisória 927, que alterou regras traba-lhistas para o enfrenta-

mento do período de calamidade pública imposto pelo avanço da COVID-19, perdeu a validade por não ter sido votada no tem-po legal, vencido em 19 de julho.

Como não houve consenso sobre o projeto de conversão da MP 927 no Senado, o presidente da casa, Davi Alcolumbre, decidiu retirar o projeto da pauta de votação.

Com isso, surgiu uma grande in-

segurança em relação aos acor-dos celebrados com base nela, especialmente em relação àqueles ainda vigentes.

O que acaba com o fim de vigência da MP 927

Teletrabalho

■ O empregador deixa de poder determinar unilateralmente a al-teração do regime de trabalho do presencial para o remoto. Agora isso terá que ser negociado.

■ O trabalho remoto não pode ser aplicado a estagiários e aprendizes.

■ O tempo de uso de aplicativos e programas de comunicação fora da jornada de trabalho normal po-dem ser configurados como tempo à disposição. Portanto, deve ser ob-jeto de negociação e previsão no contrato de trabalho, para evitar riscos e insegurança jurídica.

Férias individuais■ A comunicação das férias volta a ter de ser feita com 30 dias de an-tecedência.

Tab. 4 – Resumo da atual situação das operações da indústria de fundição.

Estado Situação em 29/07/2020*

MG27% operando normalmente (sem o grupo de risco)

83% com produção reduzida (sem o grupo de risco)

PR28% operando normalmente (sem o grupo de risco)

82% com produção reduzida (sem o grupo de risco)

RJ 100% operando normalmente

RSRegiões com bandeira vermelha estão trabalhando com 50% do efetivo

Regiões com bandeira laranja estão com 75% do efetivo

SC

61% estão operando com 100% do efetivo

25% estão com 75% do efetivo

14% estão com 50% do efetivo

SP23% estão operando normalmente (sem o grupo de risco)

87% estão com efetivo reduzido

* Percentual da amostra.

Fonte: ABIFA – Associação Brasileira de Fundição. g

Consequências da perda de validade da MP 927/2020Consequências da perda de validade da MP 927/2020

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24 FMP, JULHO 2020

ABIFA EM FOCOABIFA EM FOCO

■ As férias individuais voltam a ser divididas em, no máximo, três pe-ríodos: um deles não inferior a 14 dias corridos, e os outros com pelo menos cinco dias corridos cada (desde que haja concordância do empregado).

■ Fica proibida a concessão de fé-rias antes de cumprido o período aquisitivo.

■ O pagamento do adicional de 1/3 e o abono pecuniário voltam a ser pagos nos prazos normais.

Férias coletivas

■ A comunicação das férias coleti-vas volta a ter que ser feita com 15 dias de antecedência.

■ As férias coletivas devem ser concedidas por um período míni-mo de dez dias.

■ O empregador é obrigado a co-municar a concessão das férias co-letivas ao sindicato laboral e ao Mi-nistério da Economia.

Feriados

■ O empregador não poderá ante-cipar o gozo dos feriados não reli-giosos.

Banco de horas

■ O banco de horas deixa de poder ser compensado em até 18 meses, voltando ao prazo de seis meses (em caso de acordo individual).

Segurança e saúde do

trabalho

■ Os exames médicos ocupacio-nais voltam a ser exigidos nos prazos regulamentares, sem dis-pensa.

■ Os treinamentos previstos em NRs voltam a ser exigidos, tendo que ser realizados de forma presen-cial e nos prazos regulamentares.

Fiscalização

■ Os auditores do Trabalho dei-xam de atuar exclusivamente de maneira orientativa, salvo em rela-ção a microempresas e empresas de pequeno porte.

Com efeito, o parágrafo 3º, do ar-tigo 62 da Constituição Federal, prevê que com a perda da eficácia da medida provisória, o Congresso Nacional deverá editar Decreto Le-gislativo, disciplinando as relações jurídicas dela decorrentes. O pa-rágrafo 11 do mesmo artigo pres-creve, por sua vez, que não sendo editado o decreto legislativo em até 60 dias após a rejeição da MP, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados na vigência da norma se manterão por ela regidos.

Segundo Marcos Tavares Leite, ad-vogado responsável pela assessoria jurídica da ABIFA, não são poucos os que defendem que os acordos a atos praticados na vigência da

MP 927 constituem ato jurídico perfeito e direito adquirido e, por isso, não podem ser invalidados. “Mesmo os acordos cujo termo fi-nal extrapolam o período de vigên-cia da medida provisória estariam protegidos e validados até o seu termo final”, completa.

Por outro lado, há situações mais complexas, que refletem direta-mente sobre as finanças e planeja-mentos das empresas. É o caso do pagamento do adicional de 1/3 nas férias, que poderia, a critério do em-pregador, ser pago após sua con-cessão, até a data em que é devida a gratificação natalina (13º salário).

A pergunta de muitos é: “Com o fim da vigência da MP 927, esta-ria o empregador obrigado a pa-gar esse terço imediatamente?” Resposta: “Por enquanto não, pelo menos até que seja editado decreto legislativo, cujo prazo final é 17 de setembro de 2020. Caso isso não aconteça, todos os atos e acordos celebrados no cur-so da vigência da MP 927 estão convalidados”.

Nas palavras do dr. Marcos, “considerando-se que a Medida Provisória 927/2020 já caducou, é importante que o Congresso Nacional edite rapidamente o respectivo Decreto Legislativo, validando todos os atos e feitos do período de sua vigência, em homenagem à segurança jurídi-ca e em respeito à defesa do ato jurídico perfeito e do direito ad-quirido”. g

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26 FMP, JULHO 2020

ABIFA EM FOCOABIFA EM FOCO

I novação no Controle de Defei-tos na Fundição foi o tema da palestra apresentada

por Sebastião Santos, gerente de vendas e especialista em Raio X Industrial da Carl Zeiss do Brasil.

Santos iniciou a apresentação fa-lando sobre os diferentes tipos de processos para a produção de fundidos em ligas leves (fundição por gravidade e pressão, espuma perdida etc.) e técnicas emprega-das no pós-produção (usinagem e montagem).

Neste meio tempo, há a necessi-dade de controlar a qualidade das peças, cujos defeitos tradicional-mente compreendem porosidades (70,9%), encolhimento (56,4%), falta de preenchimento (49,1%), trincas (47,3%), inclusões (47,3%) e interações metal-matriz (41,8%).

Para identificá-los, Santos dis-correu a respeito dos princípios das tecnologias de Raio X, cujos resultados podem ser forneci-dos em 2D (radioscopia) ou 3D (tomografia computadorizada), dependendo das necessidades da fundição.

Na sequência, foi apresentado um exemplo de aplicação do software

Zeiss em uma peça fundida em alu-mínio, com a detecção dos locais de defeitos, respectiva classificação e segmentação do defeito, o que proporciona ao operador definir a melhor solução. O armazenamento das informações é outra facilidade oferecida pelo software, gerando es-tatísticas de processo para futuras correlações.

O portifólio de sistemas de Raios X da Zeiss foi então apre-sentado, com destaque para as linhas Metrotom (metrologia e inspeção de alta precisão), XRadia (análises de alta resolução e inspeção), Volumax (inspeção e metrologia 3D rápida e automatizada) e Bosello (ins-peção 2D rápida e automatizada).

Apresentação técnicaApresentação técnica

Santos finalizou a sua palestra compilando os benefícios ofe-recidos com as tecnologias de Raios X:

■ Redução de custos com a detec-ção de defeitos antes da usinagem, graças à inspeção in-line;

■ Redução de refugos ao obter transparência da qualidade das peças;

■ Melhor qualidade aos clientes.

Para se aprofundar no tema, em 5 de agosto a empresa realizará o we-binar Inovação no Controle de Defeitos para Fundições. O cadastro pode ser feito em: http://www.zeiss.ly/fun-dicao. g

Nos sistemas de tomografia computadorizada 3D, poros e defeitos são vistos como informação de volume.

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28 FMP, JULHO 2020

Michael Nutt

CADERNO TÉCNICO 1CADERNO TÉCNICO 1

O consumo de energia em um departamento de fu-são de metais não é a úni-

ca consideração a se fazer quando se trata de cortar custos. No en-tanto, na maioria das instalações, a energia oferece o maior potencial de economia, quando comparada ao trabalho, à perda de fusão e à manutenção. O departamento de fusão consome mais energia do que qualquer outra operação, por isso é um ponto de partida natural quando se procura reduzir o con-sumo e os custos.

Os principais fatores ao se exami-nar a produção versus a demanda são a eficiência, desempenho, tec-nologia de fornecimento e utiliza-ção de potência, que por sua vez inclui a configuração e tipo de equi-pamentos, práticas operacionais, preparação de fundidos e proces-sos de carregamento e vazamento.

Maximizando a utilização de potência Maximizando a utilização de potência de sistemas a induçãode sistemas a indução

O sistema de fusão a indução ideal é aquele que vaza mais metal, com demanda mínima de quilowatts. Esta frase, atribuída ao autor deste trabalho,

define os cinco estudos de caso apresentados, visando a uma fundição eficiente tanto do ponto de vista técnico, como econômico.

Eficiência

Nos últimos anos, melhorias signi-ficativas foram feitas na eficiência da fonte de potência de indução.

As atuais fontes de potência de estado sólido estão atingindo efi-ciências em torno de 98%, o que é substancialmente mais elevada do que o estado sólido anterior ou a tecnologia de estado rígido. Os fundidores devem rever a eficiên-cia de um sistema de fusão existen-te, para ver se ganhos operacionais podem ser alcançados por meio de novas tecnologias.

A fusão por lote, na qual o forno é esvaziado depois que o metal atinge a temperatura adequada, é tipicamente 7% mais eficiente do que o heel melting, em que uma certa quantidade de metal é mantida no forno após a fusão. Essa diferença resulta da eficiência aprimorada da

bobina durante os estágios iniciais do ciclo de fusão por lote.

Desempenho do sistema de fusão

Visando a maximizar a produção para a demanda paga, o sistema de fusão deve ser capaz de extrair toda a potência da carga inicial, até que a temperatura desejada seja alcan-çada. Alguns sistemas de fusão po-dem não conseguir atingir a potên-cia total no estágio inicial da fusão, o que significa que o consumo fica abaixo do nível de demanda.

Utilização da fonte de potência

A utilização da fonte de potência é a relação entre o tempo de fusão e o tempo total do ciclo de fusão, que inclui o tempo de fusão e o tempo

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necessário para tarefas como medi-ções de temperatura, remoção de escória, vazamento e recarga inicial do forno. Isso também se refere à parte de tempo desligado ou tem-po de espera do ciclo de fusão.

Na figura 1a, o tempo de fusão de um sistema é de 40 min e o tem-po necessário para as funções de inatividade é de 22 min. O tempo total do ciclo de fusão é de 62 min, o que significa que a utilização da fonte de potência é de 65% (40 di-vidido por 62).

Na figura 1b, o tempo de fusão do segundo sistema é de 60 min e o tempo de desligamento é de apenas 14 min, o que significa que o tem-po total do ciclo de fusão é de 74 min. Este exemplo tem uma utili-zação da fonte de potência de 81%.

Ser mais eficiente com funções fora do horário pode aumentar a utilização.

Cinco casos hipotéticos

Cinco sistemas hipotéticos de fu-são, todos com diferentes deman-das e capacidades de energia, são mostrados nas figuras 2a/e. O ob-jetivo é ilustrar como a maior taxa de produção versus demanda pode ser alcançada maximizando a efici-ência, o desempenho e a utilização do sistema de fusão.

Os três primeiros exemplos são operações de heel melting, com dife-rentes configurações e capacidades.

O sistema 1 é um sistema de

frequência de rede individual, que vaza 6,5 t/h, com uma taxa de uti-lização de 65%.

O sistema 2 também é um sistema de heel melting de frequência de rede, mas ele se agita entre dois fornos, permitindo aumentar a utilização e diminuir a demanda.

O sistema 3 é uma operação de heel melting de média frequência. Os sistemas de média frequência permitem fornos de menor ca-pacidade, que reduzem a potên-cia de manutenção e direcionam mais energia para o fundido. O sistema 3 opera com uma deman-da total de 4.000 kW. Com uma taxa de fusão de 8,6 t/h e utiliza-ção de potência de 75%, ele é capaz de atingir uma taxa de vazamento de 6,5 t/h. A densidade de potên-cia é de 400 kW/t; substancialmen-te superior aos sistemas 1 e 2.

O sistema 4 é um sistema de fusão por lotes de média frequência. As eficiências inerentes à fusão por lotes reduzem a demanda, manten-do uma produção similar. A maior eficiência, combinada com a maior utilização oferecida pelo sistema

de potência de múltiplas saídas, reduz a demanda para 3.000 kW. Frequências médias aumentam a densidade de potência e reduzem o tamanho dos fornos. Esta é uma operação de borboleta em lote, na qual um forno funde, enquanto o outro está desligado ou em espe-ra, para preparação da fusão e va-zamento. Uma vez que o primeiro forno tenha completado o seu ciclo de fusão, o processo de fusão co-meça no segundo forno, resultando em uma utilização de 95% da fonte de potência.

Comparado com os exemplos an-teriores, o sistema 4 reduz substan-cialmente a demanda, mantendo uma taxa de vazão semelhante.

O sistema 5 é outra operação de fusão por lote de média frequência, mas possui um sistema de múlti-plas saídas, que alimenta três for-nos simultaneamente. Ele pode ser usado com um forno a fundir, o segundo em preparação de fundi-do e o terceiro forno vazando. Isso aumenta o tempo permitido para o vazamento e outras funções do ci-clo de fusão, como escória, análise química e carregamento.

Fig. 1 - O sistema de fusão à esquerda (1a), teve 22 min de inatividade e utilização de energia de 65%, em comparação com 14 min e 81% à direita (1b).

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30 FMP, JULHO 2020

Semelhante ao sistema 4, este sis-tema (5) mantém a demanda em 3.000 kW, mas possui uma utiliza-ção de 100% da fonte de potência. Pode vazar 6,5 t/h, com uma den-sidade de potência aumentada de até 750 kW/t.Os cinco diferentes sistemas de fusão produzem entre 6 e 7 t/h. No entanto, como visto na figura 3, a demanda de

CADERNO TÉCNICO 1CADERNO TÉCNICO 1

Fig. 2 - Os dois sistemas de fusão por lotes atingem taxas de fluidez semelhantes às dos sistemas de fusão com lastro, com demanda de kW significativamente menor.

kW do sistema 1 foi 40% maior do que no sistema 5, devido à menor uti-lização, eficiência e desempenho.À medida que a utilização de energia aumenta, a demanda de kW necessá-ria para a mesma quantidade de pro-dução diminui, gerando economia de custos. Nesse caso, como o sistema 5 usa uma demanda 40% menor, os custos diminuirão em 40%.

Outro modo de análise consiste em examinar o custo por tonelada vazada.

A figura 4 mostra a demanda paga dividida pela quantidade de metal vazado. Com um valor hipotéti-co de R$10/kW de demanda, o sistema 1 pagou R$ 22,89 por tonelada, enquanto os sistemas 4 e 5 pagaram perto de R$ 14 por tonelada. É claro que os sistemas

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de fusão por lote têm uma vanta-gem competitiva substancial em relação aos outros sistemas que usam tecnologia mais antiga ou menos eficiente.

Melhorias em todo o sistema

Outras áreas dentro de um sistema de fusão podem ser consideradas para reduzir a demanda e otimizar a operação, ajudando a aumentar a sua utilização.

■ Manutenção de rotina: Verifique sempre o sistema, para otimizar o seu desempenho.

■ Controles de transmissão de energia: Mantenha os sistemas de transmissão de energia, incluindo terminações e conexões, limpos e se-guros, e os cabos de alimentação do forno configurados corretamente.

Este artigo é baseado na apresentação de Michael Nutt: Maximizing Melt System Production at the Lowest Power Demand, feita no Congresso AFS Metalcasting, 2014. O autor é da InductothermCorp, Rancocas, N.J. Tradução de Thamyres Toniate e apoio de Fernando Mauri e Alcides do Valle, do Inductotherm Group Brasil.

■ Cobertura do forno: Mantenha a tampa do forno fechada sempre que possível durante o ciclo de fusão, para reduzir a perda de calor radiante.

■ Sucata limpa e seca: Use sucata limpa e seca para reduzir o con-sumo de energia. Materiais como poeira, sujeira, ferrugem e escória absorvem energia e diminuem a eficiência da fusão.

■ Carregamento/preenchimento adequado: Não sobrecarregue ou transborde o forno. Os fornos são mais eficientes quando operados em sua capacidade projetada.

■ Dimensões adequadas do revesti-mento: Mantenha as dimensões do revestimento refratário de acordo com as especificações do fabricante. Em-bora o revestimento espesso possa reduzir o custo de revestimento por tonelada, pode não compensar o custo de operar um forno menos eficiente.

■ Controle de fluxo de coleta de fumaça: Assegure-se de que o sis-tema de coleta de fumaça seja efi-ciente, sem retirar energia do forno e aumentar a perda térmica.

■ Sistemas de recuperação de calor: Utilize sistemas de recuperação de calor, como manipuladores de ar, para colocar energia de volta na ins-talação para recircular o ar quente.

■ Maximizar a produção do sistema de fusão no nível mais baixo de de-manda é um programa geral de geren-ciamento de energia. A otimização da utilização de equipamentos de fusão minimizará a demanda e maximizará as toneladas vazadas. A nova tecno-logia de fusão por indução oferece maior desempenho, maior eficiência e maior flexibilidade, para alcançar uma melhor utilização da potência e menor custo de operação. g

Fig. 3 - A demanda em quilowatts é inversamente proporcional à utilização.Fig. 4 - A utilização aprimorada diminui os custos por tonelada vazada. Valores fictícios.

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ENTREVISTAENTREVISTA

A Fundimig nasceu em 1983, como uma fun-dição para peças de

fogão a lenha em ferro fundido. Para suprir a sazonalidade deste mercado, iniciou a fabricação de peças mecânicas de reposição para as linhas agrícola e de caminhões, o que logo levou a novos investi-mentos, visando à melhora da sua qualidade e capacidade produtiva.

No início dos anos 2000, inaugurou

uma planta de fundição em Carmo da Mata e, no início da década de 2010, uma nova unidade de usina-gem na cidade de Cláudio, ambas no Estado de Minas Gerais.

Atualmente, a Fundimig atua na fabricação, usinagem e montagem de componentes em ferro fundi-do para os mercados agrícola, de construção, automotivo e de peças industriais.

A empresa possui 630 colabora-

dores que atuam em três unidades de produção, todas certificadas pela norma IATF 16949:2016, com capacidade de produção de 3.300 t/mês.

Neste bate-papo, Braulio Campos, presidente da Fundimig, fala so-bre o desempenho da empresa nos meses de pandemia, projeções para 2020 e medidas esperadas por par-te do governo federal, para o pro-gresso da indústria brasileira.

Com sua demanda praticamente inalterada pela pandemia, Com sua demanda praticamente inalterada pela pandemia, Fundimig projeta um 2020 estável, apostando na Fundimig projeta um 2020 estável, apostando na

aprovação da Reforma Tributária nos próximos mesesaprovação da Reforma Tributária nos próximos meses

“Acabar com a irracionalidade tributária brasileira é o grande desafio do governo”

A Fundimig atende os setores automotivo, agrícola e industrial. Houve mudança no perfil consumidor da em-presa com a pandemia?

Campos: Ao longo dos anos, a Fundimig agregou com sucesso a diversificação de sua linha de produ-tos, atuando na fabricação de peças fundidas para os mais variados ramos do mercado. Essa decisão mostrou-se efetiva mesmo na pandemia, com as demandas para cada setor praticamente inalteradas. O setor agrícola recuperou um pouco mais rápido que o automotivo pesado, que por sua vez apresentou uma boa retomada já em junho.

E com relação à demanda?

Campos: A pandemia nos afetou com queda de produção e faturamento nos meses de março, abril, maio e junho. Os piores meses foram março e abril (-25%), com recuperação em maio e junho (-15%). Em julho, já operamos no ritmo pré-pandemia.

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33FMP, JULHO 2020

Fachada da empresa, que atua na fabricação, usinagem e montagem de componentes em ferro fundido.

Quais as principais medidas ado-tadas pela Fundimig nesses meses de pandemia?

Campos: A Fundimig não demitiu nenhum funcionário durante a pan-demia. Somente no mês de junho usamos o programa de redução de jornada de trabalho e salário (25%), para regularizarmos os nossos es-toques. Reduzimos a produção em 20% e tivemos uma parada de sete dias no mês de abril.

Na sua opinião, qual a palavra de ordem para a manutenção dos postos de trabalho e solidez do mercado?

Campos: As ações de preservação de emprego do governo federal sem dúvida evitaram milhares ou milhões de demissões pelo Brasil. Acreditamos que o governo agiu certo em buscar programas de preservação de emprego no curto prazo. Entretanto, é necessário que as rotinas do comércio e setores de serviços sejam retomadas de fato. Sabemos que o poder do governo é limitado e estes programas de incentivo não irão e nem podem per-durar por muito tempo.

Quais os principais problemas enfrentados pela empresa atualmente?

Campos: Atualmente, enxergamos a questão da energia elétrica (tarifas de transmissão e demanda) como um problema não só para a Fundimig, como para o setor como um todo. Em julho, tivemos reajuste nas tarifas de transmissão autorizadas pela ANEEL da ordem de 7,5%. Com um inflação de 3,5% projetada para o ano e mercado em retração devido à pandemia, é totalmente incoerente a indústria sofrer aumentos 100% acima da inflação, autorizados pelo governo. Isso prejudica muito a nossa competitividade e, consequentemente, a rentabilidade.

Além da paralisação de muitas atividades, a indústria está tendo que lidar com a desvalorização sem precedentes do real, o que está favorecendo as exportações. Como isso está afetando a Fundimig?

Campos: A desvalorização cambial é sem dúvida algo positivo para o nosso setor. A Fundimig atualmente ex-porta por volta de 20% de sua produção, e estamos trabalhando para aumentar a participação da exportação em nosso negócio. Entretanto, a volatilidade atual do câmbio pode prejudicar investimentos e fornecimentos de matérias-primas importantes. É desejável uma taxa de câmbio atrativa para as exportações, mas o excesso de volatilidade pode atrapalhar investimentos no curto/médio prazo.

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34 FMP, JULHO 2020

*As opiniões expressas pelos entrevistados não são necessariamente as adotadas pela ABIFA e pela revista Fundição & Matérias-Primas, que podem inclusive ser contrárias a estas.

A valorização do dólar frente ao real também impacta significativamente o custo dos insumos importados. Isso tem sido um problema para a empresa?

Campos: Até o momento, os impactos em insumos importados tem sido de certa forma controlados. Entre-tanto, esperamos aumentos consideráveis a qualquer momento, devido à volatilidade do câmbio. Começamos a receber esses aumentos nos últimos 30 dias.

Na sua opinião, quais medidas devem partir do governo federal para minimizar os impactos dessa crise?

Campos: As medidas do governo têm sido satisfatórias do ponto de vista de apoio momentâneo. Os programas de preservação de emprego e a redução de juros ajudam muito a economia como um todo. Esperamos que a Reforma Tributária seja discutida e aprovada nos próximos meses. Essa é a grande ajuda que podemos ter como indústria. Acabar com a irracionalidade tributária brasileira é o grande desafio do governo.

A empresa funde peças inclusive para o segmento de infraestrutura. Como o senhor analisa a aprovação do Marco Legal do Saneamento?

Campos: Vemos com muito otimismo o marco legal do saneamento. Atuamos nessa área tanto no mercado interno quanto externo, e sabemos do potencial que está sendo destravado com essa medida.

Quais as projeções da empresa para o exercício 2020?

Campos: Estávamos prevendo e trabalhando para um crescimento de 15% em 2020. Entretanto, com a queda brusca de vendas no 2º trimestre, em razão da pandemia, revisamos as nossas projeções para um ano estável em relação à produção e faturamento. A parte boa é que estamos notando uma boa recuperação para os próximos meses, a começar de julho. g

ENTREVISTAENTREVISTA

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36 FMP, JULHO 2020

CADERNO TÉCNICO 2CADERNO TÉCNICO 2

Denilson José do Carmo; Wendel de Carvalho Torres; Luciana Rodrigues dos Santos; Gustavo Alexandre Azevedo Silva

Fig. 1: Fluxograma de atividades experimentais (Fonte: Autor).

Avaliação dos parâmetros na inoculação de Avaliação dos parâmetros na inoculação de aços fundidos baixa liga aços fundidos baixa liga

Introdução

O grão em uma liga metálica é

uma região cristalina com orienta-

ção cristalográfica própria. O seu

contorno é o limite físico entre os

grãos. Quanto menor o tamanho

de grão, maior a quantidade de

contornos, o que dificulta a mo-

vimentação de discordâncias pelo

material, devido à maior desorien-

tação cristalina encontrada nas re-

giões de contorno. Esta dificuldade

de movimentação de discordâncias

implica no aumento da resistência

mecânica do material[2].

De acordo com a bibliografia 4,

Conforme relatado neste trabalho, o cálcio-silício e o alumínio são os desoxidantes mais empregados nas fundições brasileiras, cuja maioria não emprega técnicas

de refino de grão com a adição de modificadores químicos ou inoculantes. Os resultados de ensaios aqui apresentados mostram que a variação de agentes

modificadores ou refinadores de grão não influenciou a estrutura e as propriedades mecânicas do aço baixa liga temperado e revenido.

para atuarem como inoculantes ou

refinadores de grãos, os aditivos no

aço líquido são sele-cionados para possi-bilitarem a nucleação heterogênea e também pelo potencial de pro-vocar superresfria-mento constitucional. Este visa interrom-per o crescimento dos primeiros cristais formados.

Portanto, geralmente a seleção de inoculante está vinculada a essas

características, tendo

elevado poder de nucleação e ser

inibidor do crescimento dos grãos.

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37FMP, JULHO 2020

O inoculante precisa ter a crista-

lografia favorável. Por exemplo,

Ti, Zr e Ca, por terem estrutura

cristalina do tipo CCC, podem ser

adicionados com o objetivo de ino-

cular a ferrita delta. Os carbonetos

desses elementos podem ser CFC e

promoverem núcleos heterogêneos

para a fase austenítica.

Adicionalmente, devem ser excluí-

dos aditivos com ponto de fusão

substancialmente menor que o do

aço ou que dissolvam facilmente

no aço líquido. O intervalo de tem-

po entre a adição do inoculante e

o vazamento no molde deve ser o

menor possível, para se evitar a sua

dissolução.

Algumas restrições a um dado ino-

culante podem ser impostas pela

diferença de densidade entre ele e o

aço, podendo haver segregação por

gravidade, particularmente quando

os tamanhos das partículas do ino-

culante são maiores.

O refinamento do tamanho de

grão pode ser obtido por meio da

adição de pequenas porções de ele-

mentos, tais como o alumínio, va-

nádio, titânio e o nióbio, utilizados

em concentrações que geralmente

não ultrapassam 0,1%.

O alumínio forma uma dispersão estável de partículas de nitreto de alumínio, algumas das quais per-manecem a altas temperaturas nos limites de grão da austenita e impedem, por ancoragem desses limites, o crescimento excessivo do grão.

O vanádio, o titânio e o nióbio for-mam carbonetos muito estáveis, que também bloqueiam os limites de grão da austenita, permitindo a obtenção de tamanhos de grão de ferrita muito menores após a trans-formação da austenita[3].

Este trabalho tem por objetivo co-nhecer a forma que as fundições brasileiras adotam para o refino de grão dos aços fundidos, selecio-nando algumas delas para avaliação experimental.

Quadro 1 – Tipo de produto utilizado no tratamento do aço líquido, para a desoxidação ou refino do grão.

Produto Tipo (composição química ou referência comercial)

Quantidade (proporção do produto por tonelada de aço

Desoxidante

Refinador de grão

Fonte: Próprio autor.

Fig.2: Cacho para a obtenção de blocos Keel (Fonte: Autor).

Quadro 2 – Momento e temperaturas das adições dos produtos.

Produto Adição no forno Adição na panela Temperaturas

Desoxidante

Refinador de grão

Fonte: Próprio autor.

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38 FMP, JULHO 2020

CADERNO TÉCNICO 2CADERNO TÉCNICO 2

Materiais e métodos

Foi realizada uma pesquisa com

60 fundições que produzem aços

fundidos baixa liga no Brasil. O

objetivo foi levantar informa-

ções sobre as formas de desoxi-

dação e refino de grãos dos aços

fundidos.

O contato foi feito por meio da

ABIFA e, posteriormente, pelos

próprios autores, com envio dos

quadros 1 e 2 para serem preen-

chidos. As respostas auxiliaram na

definição dos procedimentos nos

testes experimentais.

Foi selecionada uma FPS (ferra-

menta de penetração em solos)

original de uma conceituada mar-

ca de trator, sendo uma ponta

de escavadeira com massa apro-

ximada de 12 kg. A composição

química da peça foi analisada por

espectrometria óptica, servindo

de referência para os testes expe-

rimentais, conforme fluxograma

da figura 1.

Foram realizadas quatro elabora-

ções de aço em forno a indução

com cadinho, com capacidade

para 25 kg. Foram obtidos quatro

blocos do tipo Keel por corrida,

com dimensões conforme a norma

ASTM A 781 para a retirada dos

corpos de prova.

Os blocos foram vazados conjun-

tamente, para uma melhor homo-

geneidade do aço obtido. O cacho

para a obtenção dos blocos é ilus-

trado na figura 2.

Fig. 3. Tamanho médio dos interceptos nos grãos (Fonte: Autor).

Quadro 3 – Resultados da pesquisa com fundidores, sobre a utilização de desoxidantes.

Tipo de desoxidantes Al CaSi CaSi+Al CaSi+Al+FeSiZr CaSi+FeSiZr

Nº de fundições 03 01 05 02 01

Fonte: Próprio autor.

Quadro 4 – Resultados da pesquisa com fundidores, sobre a utilização de refinadores de grão.

Tipo de refinador NenhumB ou Ti

ou VFeSiZr Ni+FeTiSi FeSiMg FeSiZr FeTi

Desoxidante associadoNão se aplica

Al CaSi+Al CaSi+Al CaSi+FeSiZr Não usa Al

Nº de fundições 08 01 01 01 01 03 01

Fonte: Próprio autor.

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39FMP, JULHO 2020

O tratamento térmico de homo-

geneização dos blocos consistiu

no aquecimento a 150°C/h, até

1100°C. Essa temperatura foi man-

tida por 24 h, seguida de um res-

friamento lento dentro do forno.

Na sequência, os corpos de pro-

va para os testes de tração foram

pré-usinados e tratados termi-

camente por têmpera. O ciclo

térmico foi de aquecimento a

200°C/h, até 930°C, com manu-

tenção por 1,5 h e resfriamento

em água agitada. Imediatamen-

te após a têmpera, seguiu-se o

revenido com aquecimento até

300°C, manutenção por 3 h e res-

friamento dento do forno.

Resultados

Do total de sessenta empresas pes-

quisadas, foram obtidas 12 respostas

dos fundidores sobre o tema de-

soxidação e 16 respostas sobre

o refino de grão. Oito fundidores

responderam que mantêm sigilo

sobre estes temas, enquanto os de-

mais não responderam.

O quadro 3 apresenta as respostas

referentes aos desoxidantes, en-

quanto no quadro 4 as referentes

aos refinadores de grão utilizados

nas fundições brasileiras.

No quadro 3, nota-se que a associa-

ção de CaSi + Al é a mais utilizada

para a desoxidação dos aços. Veri-

ficou-se que a maioria dos fundidores fixa as quantidades de 0,3% de CaSi e 0,1% de Al, sendo metade destas quantidades adicionadas no forno, logo antes de se verter para a panela, e a outra metade adicionada na panela, começando-se a adicionar quando há aproximadamente 1/3 de aço na panela.

Os resultados da pesquisa so-bre o uso de refinadores de grão são apresentados no quadro 5. A maior parte das fundições

Fig. 4. Limites de resistência à tração e ao escoamento (Fonte: Autor).

Quadro 5 – Refinadores de grão utilizados e temperaturas no processo.

Denominação dos aços pesquisados

Temperatura no forno (°C)

Temperatura na panela (°C)

Refinadores de grão

Aço 01 1622 1518 Sem adição

Aço 02 1618 1516 0,05% FeV+0,12% FeTi

Aço 03 1621 1507 0,05%FeNb+0,05% FeNbC

Aço 04 1630 1524 0,15% FeSiZr

Fonte: Próprio autor.

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40 FMP, JULHO 2020

CADERNO TÉCNICO 2CADERNO TÉCNICO 2

respondeu que não aplica a ino-

culação ou a adição de refinado-

res de grão.

Nota-se que há diversificação dos

refinadores utilizados, sendo que

o FeSiZr é utilizado em três fundi-

ções. Definiu-se, então, a elabora-

ção de quatro diferentes condições

de adição, conforme apresentado

no quadro 5.

Procurou-se manter as temperatu-ras em valores próximos no instan-te das adições no forno e na panela de vazamento.

As adições dos desoxidantes foram fixadas em 0,1% Al + 0,1% CaSi no forno e 0,12% de FeSiMg na panela.

No quadro 5, são apresentadas as composições químicas dos desoxidantes e refinadores

utilizados. A granulometria dos produtos é de até 3 mm.

Os desoxidantes alumínio e CaSi foram adicionados sobre o aço líquido no forno, pouco antes do basculamento para a panela. Os modificadores fo-ram adicionados na panela após aproximadamente 1/3 do volume

de aço líquido ter sido vertido para a mesma.

Empregou-se a agitação mecânica, com auxílio de uma barra de aço para misturar os refinadores no aço líquido. As composições químicas dos aços obtidos são apresentadas no quadro 7.

Os resultados ilustrados nas

Fig. 5. Variações da dureza e do alongamento (Fonte: Autor).

Quadro 6 – Composições químicas dos desoxidantes e refinadores utilizados.

Ca Si Mg V Ti Nb C Zr Mn Al Ce La

CaSi 31 69

FeSiMg 1,1 45,2 6,8 0,03 0,2 0,7 0,3 0,2

FeV 3,5 52,9 2,2

FeTi 0,5 4,3 0,1 0,4 30,1 0,1 0,9 15,4

FeNb 1,3 66,1

FeNbC 46,7 7,8 3,8

FeSiZr 61,0 19,2

Fonte: Próprio autor.

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figuras 3 a 7 foram obtidos de 12 amostras de corpos de prova.

As amostras para a determinação do tamanho de grão, análises da es-trutura e ensaios de dureza foram obtidas de corpos de provas dos testes de tração.

A figura 6 ilustra os grãos e a 7 a matriz de martensita revenida. As estruturas dos aços são bastante

similares.

Discussão

A maioria dos fundidores adota a

Quadro 7 – Composições químicas dos aços obtidos.

Elementos Aço 1 Aço 2 Aço 3 Aço 4

Carbono 0,3450 0,3414 0,3539 0,3506

Silício 1,7133 1,7455 1,7969 1,8900

Manganês 1,3199 1,3925 1,3990 1,4605

Fósforo 0,0266 0,0276 0,0276 0,0275

Enxofre 0,0189 0,0208 0,0239 0,0256

Cromo 0,6592 0,6461 0,6558 0,6902

Molibdênio 0,2021 0,2095 0,2261 0,2301

Níquel 0,0095 0,0108 0,0099 0,0115

Alumínio 0,0421 0,0625 0,0569 0,0718

Cobre 0,0122 0,0204 0,0129 0,0154

Nióbio 0,0019 0,0015 0,0600 0,0048

Titânio 0,0017 0,0132 0,0021 0,0020

Vanádio 0,0038 0,0256 0,0067 0,0056

Zircônio ND ND ND 0,0111

Cálcio 0,0016 0,0018 0,0017 0,0015

Lantânio 0,0005 0,0004 0,0006

ND = Não detectado, composição abaixo do limite de detecção do espectrômetro de emissão óptica marca Spectro, modelo Spectromax.

Fonte: Próprio autor.

Fig. 6: Micrografias de tamanho de grão. A) Aço 1; B) Aço 2; C) Aço 3 e D) Aço 4. Reativo de ácido pícrico saturado, microscopia óptica. (Fonte: Autor).

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CADERNO TÉCNICO 2CADERNO TÉCNICO 2

Fig. 7: Micrografias. A) Aço 1; B) Aço 2; C) Aço 3 e D) Aço 4. Reativo Nital 2%, microscopia eletrônica de varredura. (Fonte: Autor).

adição de desoxidantes de forma

parcial no forno, logo antes de

verter o aço para a panela de vaza-

mento. A outra parte é adicionada

na panela, enquanto o aço é vertido

para a mesma.

Segundo a literatura 4, a desoxida-

ção na panela tem papel importan-

te para evitar a oxidação do refina-

dor de grão adicionado.

Na bibliografia 1, são avaliadas

duas ligas de aço fundido com

composição química base, para a

obtenção de uma matriz bainítica

livre de carbonetos, aço baixa liga

com carbono em torno de 0,8%.

Em uma das ligas foram adicionados

os elementos vanádio, titânio e ter-

ras raras do tipo mischmetal, como

refinadores de grão. Na outra, não

foram adicionados refinadores.

Na liga com os refinadores, foi

observada uma redução do ta-

manho de grão austenítico de 43

para 30 μm, o que promoveu o

aumento da resistência à tração

de 1.500 para 1.744 MPa, e o au-

mento do alongamento de 1,75%

para 9,13%.

Todavia, uma observação do mer-

cado atual mostra que o mischme-

tal não é economicamente viável

para os fundidores. No presente

trabalho, mesmo sem a adição de

produtos com o intuito de refino

de grão, o tamanho de grão ficou

abaixo de 30 μm.

As composições químicas dos

aços da bibliografia 1 e do presen-

te trabalho são diferentes quanto

ao carbono.

Neste trabalho, o teor baixo do

elemento deve propiciar o iní-

cio da solidificação com forma-

ção de ferrita delta. O aço apre-

senta elementos residuais com

poder de refino de grão, como

titânio, vanádio e nióbio, além

de desoxidantes como o alumí-

nio, que podem atuar na for-

mação de nitretos e propiciar o

refino de grão.

Os limites de resistências à tra-

ção e ao escoamento, assim

como os valores de alongamento

e a dureza, não denotam variação

que possa ser relacionada aos

diferentes refinadores de grão

empregados.

Conclusão

A maioria das fundições de aço do

Brasil não respondeu o questionário

sobre as tecnologias que utilizam

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43FMP, JULHO 2020

Este trabalho foi apresentado no CONAF 2019 - 18º Congresso ABIFA de Fundição. Denilson José do Carmo é doutor em Engenharia Metalúrgica e de Minas – SENAI Itaúna CETEF Marcelino Corradi; Wendel de Car-valho Torres é mestre em Engenharia de Materiais – SENAI Itaúna CETEF Marcelino Corradi; Luciana Rodri-gues dos Santos é graduanda em Engenharia de Produção pela Universidade de Itaúna – bolsista de iniciação científica processo nº 116052 SENAI DR/MG, FUNARBE e FAPEMIG; Gustavo Alexandre Azevedo Silva é graduando em Engenharia Mecânica pela Universidade de Itaúna – bolsista de iniciação científica processo nº 120763 SENAI DR/MG, FUNARBE e FAPEMIG.

para desoxidar e refinar o grão de

aços fundidos, por considerarem o

tema “segredo industrial”.

A associação de CaSi e Al é a

mais utilizada para a desoxida-

ção, segundo os fundidores pes-

quisados. A maioria daqueles que

respondeu à pesquisa não usa

adições com intuito de refino de

grão e não há consenso dos tipos

de refinadores utilizados.

Os testes nos quatro aços adotan-

do variações dos inoculantes, tais

como FeV e FeTi; FeNb e FeNbC

e FeSiZr, não apresentaram

tendência de variação do tamanho

de grão austenítico original ou das

propriedades mecânicas e estrutura

dos aços avaliados.

Bibliografia

1] Carmo, Denilson José do; Araújo, Jean

Chaves; Santos, Dagoberto Brandão:

Refino Microestrutural em Aço Fundido

Bainítico de Elevada Resistência Mecânica.

In: Congresso de Fundição da ABI-

FA, 14., 2009, São Paulo. Anais. São

Paulo: Abifa, 2009.

2] Dieter, G. E.: Metalurgia Mecânica. Tra-

dução de: Antônio Sergio de Sousa e

Silva, Luiz Henrique de Almeida, Pau-

lo Emílio Valadão de Miranda. 2. ed.

[S.l]: Guanabara dois, 1981. 660 p.

3] Honeycombe, R. W. K.: Título do ca-

pítulo. In: Honeycombe, R. W. K.

Aços Microestrutura e Propriedades. [s.l]:

Fundação Calouste Gulbenkain,

1981. Cap. 3, p. 83.

4] Gordon K. Turnbai; Cleveland, John F.

Wallace; Shaker Hights. Method for cast

grain refinement of steel. United States Pat-

ent Office (Ohio). Secretary of the Army.

USA nº 3,308,515, 29 out. 1962, 14 mar.

1967. Secretary of the Army, 1967. g

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44 FMP, JULHO 2020

GUIA ABIFA DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA FUNDIÇÃO DE Fe GUIA ABIFA DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA FUNDIÇÃO DE Fe && A AÇOÇO

FERRO-GUSAFERRO-GUSA

Ferro-gusa de aciariaAlbasteel (R)Cadiminas (R)Cecilia L’Abbate (RP)CS Metais (R)Höganäs Brasil (P, R)Metalsider (P)Minas Metais (P)Riber Sid (R)RVaz (RP)Siderúrgica Gafanhoto (P)Siderúrgica Itabirito (P)

Levantamento reúne fornecedores de Levantamento reúne fornecedores de ferroligas, ferro-gusa e sucataferroligas, ferro-gusa e sucata

Confira a 1ª edição do Guia ABIFA de Fornecedores de Matérias-Primas para Fundição de Ferro e Aço. Para esta pesquisa foram enviados questionários eletrônicos a 192 empresas.

As respostas de 55 delas estão relacionadas a seguir, de acordo com o seu portfólio, respeitando a seguinte legenda: P (Produtor); D (Distribuidor); R (Revendedor) e RP (Representante).

Ferro-gusa de baixo fósforoAlbasteel (R)Cadiminas (R)Cecilia L’Abbate (RP)CS Metais (R)Fertiligas (P)Höganäs Brasil (P)Metalsider (P)Minas Metais (P)Riber Sid (R)RVaz (RP)Siderúrgica Itabirito (P)

Ferro-gusa para nodularAlbasteel (R)Cadiminas (R)Cecilia L’Abbate (RP)CS Metais (R)Höganäs Brasil (P)Metalsider (P)Minas Metais (P)Riber Sid (R)RVaz (RP)Siderúrgica Itabirito (P)

FERROLIGASFERROLIGAS

FerroboroAlbasteel (R)Barranda (RP)Cecilia L’Abbate (RP)Cofel (R)Comercial Cometa (D)CS Metais (R)Fertiligas (P)Frog (R)

Gama Ferroligas (R)Globemetal (RP)Höganäs Brasil (P, D)Mirai Metals (D)Núcleo Ligas (R)Riber Sid (D)VAR Insumos (D)

Ferrocálcio silícioAlbasteel (R)

Barranda (RP)Cadiminas (D, R)Cecilia L’Abbate (RP)Cofel (R)Comercial Cometa (D)CS Metais (D, R)Frog (R)Gama Ferroligas (R)

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46 FMP, JULHO 2020

GUIA ABIFA DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA FUNDIÇÃO DE Fe GUIA ABIFA DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA FUNDIÇÃO DE Fe && A AÇOÇO

Globemetal (RP)Núcleo Ligas (R)Riber Sid (D)Rima (P, R)VAR Insumos (R)

FerrocromoAlbasteel (R)AMG Brasil (P)Barranda (RP)Buschle & Lepper S.A - BEL Fundição (R)Cadiminas (D, R)Cecilia L’Abbate (RP)Cofel (R)Comercial Cometa (D)Comil Cover Sand (R)CS Metais (D, R)Frog (R)Gama Ferroligas (R)Globemetal (RP)Höganäs Brasil (D, R, RP)Isotec (R)Mextra (R)Mirai Metals (D)Multiligas (R)Núcleo Ligas (R)Riber Sid (D)VAR Insumos (D)Wilfer (RP)

FerrofósforoAlbasteel (R)Barranda (RP)CBMM (P)Cecilia L’Abbate (RP)Cofel (R)Comercial Cometa (D)CS Metais (D, R)Gama Ferroligas (R)Globemetal (RP)Höganäs Brasil (P, D, R)

Isotec (R)Mirai Metals (D)Núcleo Ligas (R)Riber Sid (D)RVaz (RP)VAR Insumos (R)

FerromanganêsAlbasteel (R)Barranda (RP)Buschle & Lepper S.A - BEL Fundição (R)Cadiminas (D, R)Cecilia L’Abbate (RP)Cofel (R)Comercial Cometa (D)Comil Cover Sand (R)CS Metais (D, R)Eramet (P)Fertiligas (P)Frog (R)Fusão Ligas (R)Gama Ferroligas (R)Globemetal (RP)Höganäs Brasil (D, R)Isotec (R)Mirai Metals (D)Multiligas (D)Núcleo Ligas (R)Riber Sid (D)VAR Insumos (D)Wilfer (RP)

FerromolibdênioAlbasteel (P)Barranda (RP)Cadiminas (D, R)Cecilia L’Abbate (RP)Comercial Cometa (D)CS Metais (R)Fertiligas (P)Frog (R)

Gama Ferroligas (R)Globemetal (RP)Höganäs Brasil (D, R)Infiniti (P)Mirai Metals (P)Multiligas (R)Núcleo Ligas (P)Riber Sid (D)RVaz (RP)VAR Insumos (D)Wilfer (RP)

FerronióbioAlbasteel (R)CBMM (P)Cecilia L’Abbate (RP)Cofel (R)Comercial Cometa (D)CS Metais (R)Gama Ferroligas (R)Globemetal (RP)Höganäs Brasil (P, D, R)Mirai Metals (D)Multiligas (R)Núcleo Ligas (P)Riber Sid (D)VAR Insumos (D)

FerroníquelAlbasteel (R)Barranda (RP)Cecilia L’Abbate (RP)Comercial Cometa (D)CS Metais (R)Eramet (P)Frog (P)Fusão Ligas (R)Gama Ferroligas (R)Globemetal (RP)Höganäs Brasil (P, D, R)Multiligas (R)Núcleo Ligas (R)

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Riber Sid (D)RVaz (RP)VAR Insumos (D)Wilfer (RP)

FerrossilícioAlbasteel (R)Barranda (RP)Buschle & Lepper S.A - BEL Fundição (R)Cadiminas (D, R)Cecilia L’Abbate (RP)Cofel (R)Comercial Cometa (D)Comil Cover Sand (R)CS Metais (R)Elkem (P, D, R, RP)Fertiligas (P)Frog (R)Fusão Ligas (R)Gama Ferroligas (R)Globemetal (RP)Höganäs Brasil (D, R)

Isotec (R)Mextra (R)MGA (R)Minasligas (P)Mirai Metals (D)Multiligas (R)Núcleo Ligas (R)Riber Sid (D)Ricmar (D, R)Rima (P, R)VAR Insumos (D)VAR Insumos (R)Wilfer (RP)

Ferrossilício cromoAlbasteel (R)Cecilia L’Abbate (RP)Cofel (R)Fusão Ligas (R)Gama Ferroligas (R)Globemetal (RP)Mirai Metals (D)Multiligas (R)

Núcleo Ligas (R)Riber Sid (D)Wilfer (RP)

Ferrossilício magnésioAlbasteel (R)Cadiminas (D, R)Cecilia L’Abbate (RP)Comercial Cometa (D)Comil Cover Sand (R)CS Metais (R)Elkem (P, D, R, RP)Fertiligas (P)Frog (P)Gama Ferroligas (R)Globemetal (RP)Isotec (R)Mirai Metals (D)Núcleo Ligas (R)Riber Sid (D)Rima (P, R)Wilfer (RP)

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GUIA ABIFA DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA FUNDIÇÃO DE Fe GUIA ABIFA DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA FUNDIÇÃO DE Fe && A AÇOÇO

Ferrossilício manganêsAlbasteel (R)Barranda (RP)Cadiminas (D, R)Cecilia L’Abbate (RP)Comercial Cometa (D)Eramet (P)Fertiligas (P)Fusão Ligas (R)Gama Ferroligas (R)Globemetal (RP)Höganäs Brasil (D, R)Mirai Metals (D)Multiligas (D)Núcleo Ligas (R)Riber Sid (D)Wilfer (RP)

Ferrossilício zircônioAlbasteel (P)Buschle & Lepper S.A - BEL Fundição (R)Cecilia L’Abbate (RP)CS Metais (D, R)Frog (P)Gama Ferroligas (R)Globemetal (RP)Mirai Metals (D)

Núcleo Ligas (P)Riber Sid (D)Rima (P)VAR Insumos (D)Wilfer (RP)

FerrotitânioAlbasteel (P)Barranda (RP)Cadiminas (D, R)Cecilia L’Abbate (RP)Cofel (R)Comercial Cometa (D)CS Metais (R)Fertiligas (P)Gama Ferroligas (R)Globemetal (RP)Höganäs Brasil (D, R)Mirai Metals (P)Multiligas (R)Núcleo Ligas (P)Riber Sid (D)VAR Insumos (D)Wilfer (RP)

FerrotungstênioAlbasteel (P)Barranda (RP)

Cecilia L’Abbate (RP)Comercial Cometa (D)CS Metais (R)Fertiligas (P)Gama Ferroligas (R)Globemetal (RP)Mirai Metals (P)Núcleo Ligas (P)Riber Sid (D)VAR Insumos (D)

FerrovanádioAlbasteel (P)Barranda (RP)Cadiminas (D, R)Cecilia L’Abbate (RP)Comercial Cometa (D)CS Metais (R)Fertiligas (P)Gama Ferroligas (R)Globemetal (RP)Höganäs Brasil (D, R)Mirai Metals (P)Núcleo Ligas (P)Riber Sid (D)VAR Insumos (D)

SUCATASSUCATAS

Sucata de aço de obsolescênciaC J Sucatas (D)Cecilia L’Abbate (RP)CR Metais (D)Dom Bosco Metais (P)Estaçofer (P, D, R)Ferro Velho Jacare (R)Fusão Ligas (R)Guarulhos Sucatas (P, D, R)Norte Amazônia (P)

Pramar (P)RFR (P, R)Sandefer (D)Sucataço (R)Sudeste Paulista (P)Super Laminação (D, R)Tecnova (P, D, R, RP)Trufer (D, R)Vilfer (R)

Sucata de aço de oxicorteC J Sucatas (D)Cecilia L’Abbate (RP)CR Metais (D)Dourado Metais (RP)Estaçofer (P, D, R)Ferro Velho Jacare (R)Fusão Ligas (R)Globemetal (RP)Guarulhos Sucatas (P, D, R)

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50 FMP, JULHO 2020

GUIA ABIFA DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA FUNDIÇÃO DE Fe GUIA ABIFA DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA FUNDIÇÃO DE Fe && A AÇOÇO

Navarro Sucatas (D)Norte Amazônia (P)Pramar (P)RFR (R)RVaz (RP)Sandefer (D)Sucataço (R)Sudeste Paulista (P)Super Laminação (D, R)Tecnova (P, D, R, RP)Trufer (D, R)Vilfer (R)

Sucata de aço prensadaC J Sucatas (D)Cadiminas (R)Cecilia L’Abbate (RP)CR Metais (D)Dourado Metais (RP)Estaçofer (P, D, R)Ferro Velho Jacare (R)Globemetal (RP)Guarulhos Sucatas (P, D, R)Navarro Sucatas (D)Norte Amazônia (P)Pramar (P)RFR (P, R)RVaz (RP)

Sandefer (D)Sucataço (R)Sudeste Paulista (P)Super Laminação (D, R)Tecnova (P, D, R, RP)Trufer (D, R)Vilfer (R)

Sucata de aço soltaC J Sucatas (D)Cadiminas (R)Cecilia L’Abbate (RP)CR Metais (D)Dom Bosco Metais (P)Dourado Metais (RP)Estaçofer (P, D, R)Ferro Velho Jacare (R)Fertiligas (P)Fusão Ligas (R)Globemetal (RP)Guarulhos Sucatas (P, D, R)Navarro Sucatas (D)Norte Amazônia (P)Pramar (P)RFR (R)RVaz (RP)Sandefer (D)Sucataço (R)Sudeste Paulista (P)

Super Laminação (D, R)Tecnova (P, D, R, RP)Trufer (D, R)Vilfer (R)

Sucatas de ferro fundidoC J Sucatas (D)Cadiminas (R)Cecilia L’Abbate (RP)Cecilia L’Abbate (RP)CR Metais (D)Estaçofer (P, D, R)Ferro Velho Jacare (R)Fertiligas (P)Fusão Ligas (R)Guarulhos Sucatas (P, D, R)Multiligas (R)Navarro Sucatas (D)Norte Amazônia (P)Pramar (P)RFR (R)RVaz (RP)Sandefer (D)Sucataço (R)Sudeste Paulista (P)Super Laminação (D, R)Tecnova (P, D, R, RP)Trufer (D, R)Vilfer (R)

ENDEREÇOSENDEREÇOS

Albasteel Indústria e Comércio de Ligas para FundiçãoRua Mineiros, 10007223-190, Guarulhos (SP)Tel. (+55 11) 2413-4700www.albasteel.com.br

AMG BrasilRodovia BR 383, km 94

36307-812, São João Del Rei (MG)Tel. (+55 32) 99942-8271 www.amgbrasil.com.br

Barranda Comércio Internacional Rua Andre Ampére, 153, sala 3404562-080, São Paulo (SP)Tel. (+55 11) 5506-3788www.barranda.com.br

Buschle & Lepper – Bel FundiçãoRua Inácio Bastos, 100089202-406, Joinville (SC)Tel. (+55 47) 99914-0554www.buschle.com.br

C J Sucatas Rua Gaspar Rodrigues, 23903372-000, São Paulo (SP)

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Tel. (+5511) 9468-9441www.cjsucatas.com.br

Cadiminas Comércio e RepresentaçõesRua das Princesas, 7130532-070, Belo Horizonte (MG)Tel. (+55 31) 3388-1530www.cadiminas.com.br

*CBMM, Companhia Brasileira de Metalurgia e MineraçãoAV. Brigadeiro Faria Lima, 4.285, 9º andar04538-133, São Paulo (SP)Tel. (+55 11) 3371-9222www.cbmm.com

Cecilia L’AbbateAv. Padre Pereira de Andrade05469-000, São Paulo (SP)Tel. (+55 11) [email protected]

Cofel Comercial e Industrial de Ferro LigasAl. Santa Filomena, 1.60012945-009, Atibaia (SP)Tel. (+55 11) 4411-7333www.cofel.ind.br

Comercial Cometa Indústria e Comércio Rua Lecy Gomes Barbosa, 23530664-004, Belo Horizonte (MG)Tel. (+55 31)3389-3801www.comercialcometa.com.br

*Comil Cover Sand Indústria e ComércioRua Antonio de Barros, 2391, 2º Andar03401-001, São Paulo (SP)Tel. (+55 11) 2945-4022www.comilcoversand.com.br

CR MetaisRodovia SC301 600089245-000, Araquari (SC)Tel. (+55 47) 98401-2771www.crmetais.com.br

CS Metais Rua José Silveira Mello Filho, 32018132-265, São Roque (SP)Tel. (+55 11) 4712-2229www.csmetais.com.br

Dom Bosco Metais Rua Itajaí, 11603162-060, São Paulo (SP)Tel. (+55 11) 2292-9150www.domboscometais.com.br

Dourado MetaisRua Severa, 575 02111-000, São Paulo (SP)Tel. (+55 11) 2955-4577www.douradometais.com.br

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52 FMP, JULHO 2020

GUIA ABIFA DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA FUNDIÇÃO DE Fe GUIA ABIFA DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA FUNDIÇÃO DE Fe && A AÇOÇO

Elkem Materials South America Rua Alvares Cabral, 43309981-030, Diadema (SP)Tel. (+55 11) 98347-0555www.elkem.com

*ErametAv. General Furtado Nascimento, 740, cj 11805465-070, São Paulo (SP)Tel. (+55 11) 4689-6744

Estaçofer Comércio de Aço e FerroRodovia PR 423, 316083705-000, Araucária (PR)Tel. (+55 41) 3311-8421www.estacofer.com.br

Ferro Velho JacareBr 153, km 8, Parque Industrial86400-000, Jacarezinho (PR)Tel. (+55 43) 3525-2631www.ferrovelhojacare.com.br

FertiligasRua Ouro Preto, 65530180-140, Belo Horizonte (MG)Tel. (+55 31) 3295-3940www.fertiligas.com.br

Fiven - Carbeto de Silício SIKA BrasilRod. BR 265, Km 20836202-630, Barbacena (MG)Tel. (+55 32) 3339-1715www.fiven.com

*Frog Ferro ligasAv. 12, 256613503-019, Rio Claro (SP)Tel. (+55 19) 99665-0551www.frogminerais.com.br

Fusão Ligas e RecicladosAv. 0B, Br 381, km 337, Distrito Industrial35930-000, João Monlevade (MG)Tel. (+55 31) 99802-3849www.fusaoligas.com.br

Gama Comércio de Ferroligas Rua Soldado Antonio Romano de Oliveira, 19602176-020, São Paulo (SP)Tel. (+55 11) 98126-1633www.gamaferroligas.com.br

Globemetal RepresentaçõesRua Araguaia, 61109192-230, Santo André (SP)Tel. (+55 11) 4472-3040www.globemetal.com.br

Guarulhos Comércio de Sucatas Av. Lauro de Gusmão Silveira, 30707140-010, Guarulhos (SP)Tel. (+55 11) 2404-9900 www.guarulhossucatas.com.br

Höganäs Brasil Av. Ricieri José Marcatto, 11008810-020, Mogi das Cruzes (SP)Tel. (+55 11) 4793-7729www.hoganas.com

*Infiniti - Tecnologia em Fundição Rua Forte dos Franceses, 322

08340-150, São Paulo (SP)Tel. (+55 11) 2100-8125www.gdrwmetais.com.br

*IsotecRua Rio Negro, 40013565-060, São Carlos (SP)Tel. (+55 16) 3361-4627www.isotec.ind.br

Metalsider Av. Amazonas, 2.48232602-335, Betim (MG)Tel. (+55 11) 98383-9911www.metalsider.com.br

Mextra Engenharia Extrativa de Metais Av. Pedro I, 4.00012085-000, Taubaté (SP)Tel. (+55 12) 36348000www.mextrametal.com.br

MGA Indústria e Comércio Rua Pedro Diógenes, 251, Distrito Industrial 35670-000, Leme (MG)Tel. (+55 31) 3535 - 2992www.mgaindustria.com.br

Minasligas, Companhia Ferroligas Minas Gerais Av. Kenzo Miyawaki, 1.120, Distrito Industrial Ministro Jorge Vargas39270-000, Pirapora (MG)Tel. (+55 31) 3261 3379www.minasligas.com.br

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Minas Metais Exportadora Rua Fernandes Tourinho, 147, sala 701 30120-111, Belo Horizonte (MG)Tel. (+55 31) 99982-3666www.mmetais.com.br

Mirai Metals Comercial Rua Cadmio, 48508586-110, Itaquaquecetuba (SP)Tel. (+55 11) 25005-171www.miraicomercial.com.br

MultiligasRua José Maria de Lacerda, 1901 32210-120, Contagem (MG)

Tel. (+55 31) 3362-7870www.multiligas.com.br

Navarro Sucatas Rua Francesco Castelli, 18704183-060, São Paulo (SP)Tel. (+55 11) 99835-6158www.navarrosucatas.com.br

Norte Amazônia Av. Joaquim Pereira Queiroz 68795-000, Benevides (PR)Tel. (+55 91) 98568-2499 www.norteamazonia.com.br

Núcleo Indústria e Comércio de Ferroligas Rua Joaquina Teófilo do

Espírito Santo, 407210-008, Guarulhos (SP)Tel. (+55 11) 98126-1633www.nucleoligas.com.br

Pramar Carioca Av. Demétrio Ribeiro, 71725230-020, Duque de Caxias (RJ)Tel. (+55 21) 97255-8751www.pramar.com.br

RFR Com. e reciclagem de resíduos Rua Jose Marques Prata, 10507034-090, Guarulhos (SP)Tel. (+55 11) 2246-1351/1350www.gruporfr.com.br

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GUIA ABIFA DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA FUNDIÇÃO DE Fe GUIA ABIFA DE MATÉRIAS-PRIMAS PARA FUNDIÇÃO DE Fe && A AÇOÇO

*Estas empresas participaram do 1º Guia ABIFA de Insumos Metálicos, publicado na edição de abril 2019 da revista FMP. Elas não retornaram o presente levantamento, mas optamos por repetir as respostas de 2019, em razão da pandemia de COVID-19.

Ricmar Ind Com de Insumos para Fundições Rua Adelaide Corrêa, 55 93212-020, Sapucaia do Sul (RS)Tel. (+55 51) 9998-80417 www.ricmar.ind.br

R Vaz Representações de Produtos para FundiçãoAv. Belo Horizonte, 51813301-410, Itu (SP)Tel. (+55 11) 4013-0101www.rvaz.com.br

Riber Sid Indústria, Comércio e TransporteAv. Costa e Silva, 4.048 14075-600, Ribeirão Preto (SP)Tel. (+55 16) 3969-8787www.ribersid.com.br

Rima Industrial Anel Rodoviário km 4,5 s/n30622-910, Belo Horizonte (MG)Tel. (+55 31) 3329-4454www.rima.com.br

Sandefer Ferro e Aço Av. Lauro Gomes, 494009060-870, Santo André (SP)Tel. (+55 11) [email protected]

Siderúrgica Gafanhoto Rodovia BR 262, km 43935528-899, Nova Serrana (MG)Tel. (+55 37) 3226-8900www.siderurgicagafanhoto.com.br

Siderúrgica Itabirito Av. dos Inconfidentes, 3575 35450-000, Itabirito (MG)Tel. (+55 31) 2112-5023 www.siderurgicaitabirito.com.br

Sucataço Av. Pinheiro, 79535181-670, Timóteo (MG)Tel. (+55 31) 3848-5544 www.sucataco.com.br

Sudeste Paulista Comércio de Metais Av. Três de Março,17918087-180, Sorocaba (SP)Tel. (+55 15) 3238-1910www.sudestepaulista.com.br

Super Laminação de Ferro e Aço Rua Zulmira Ferreira do Vale, 50013402-298, Piracicaba (SP)Tel. (+55 19) 98142-7956 www.superlaminacao.com.br

Tecnova Preparação de Materiais Rodovia ERS 122, Travessão Mila-nes, Distrito de Nova Milano95182-000, Farroupilha (RS)Tel. (+55 54) 99704-2669www.tecnova.ind.br

Trufer Comércio de Sucatas Av. Fagundes de Oliveira, 121209950-300, Diadema (SP)Tel. (+55 11) 99194-4539 www.trufer.com.br

VAR Insumos Rua Egberto da Silva Mafra, 2305368-150, São Paulo (SP)Tel. (11) 3733-7978www.varinsumos.com.br

Vilfer Comércio de Metais Rua Antônio Pin, 18029103-315, Vila Velha (ES)Tel. (+55 27) 99236-0074www.vilfer.com.br

*Wilfer Comércio e Representações Rua Cerro Corá, 585, 6º andar, Torre II05061-150, São Paulo (SP)Tel. (+55 11) 3024-8222www.wilfer.com.br g

CADERNO TÉCNICO 3CADERNO TÉCNICO 3

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CADERNO TÉCNICO 3CADERNO TÉCNICO 3

Introdução

O estudo de como os parâ-metros dos processos de fundição influenciam o

produto final é de extrema impor-tância para se garantir a qualidade e o funcionamento previsto para os fundidos.

A necessidade de diminuir o con-sumo de combustível e a emissão de gases prejudiciais ao meio am-biente impulsionou a indústria au-tomobilística a desenvolver novas ligas para a produção de pistões.

As tradicionais ligas de ferro fundido foram substituídas por ligas leves, como é o caso da liga AlSi12MgCuNi. Atualmente, as ligas alumínio-silício fundidas de-

sempenham papel preponderan-te em diversos segmentos da in-dústria, como a automobilística, devido à excelente combinação de suas elevadas propriedades mecânicas em altas temperaturas e sua baixa densidade.

A liga AlSi12MgCuNi é muito uti-lizada para a produção de pistões para motores de combustão inter-na. A adição de elementos (Mg, Cu, Ni) proporciona um excelente desempenho em altas temperaturas por longos períodos.

A liga é uma alternativa muito in-teressante para aplicações em que a relação entre baixa densidade e propriedades mecânicas é funda-mental[1].

Devido à extrema complexidade envolvida nos processos de fun-dição, diversos fatores afetam a estrutura solidificada, o que acaba determinando as propriedades dos fundidos e, portanto, são responsá-veis pela sua qualidade final. O re-fino de grão e a desgaseficação po-dem ser citados como parâmetros muito importantes nos processos de fundição.

O refino de grão é fundamental em ligas de alumínio, pois cede ao material um aumento da re-sistência mecânica e tenacidade do material. A presença de po-rosidades, que são resultado do hidrogênio dissolvido no metal líquido, são fontes de concentra-ção de tensão. Logo, a realização

Avaliação do tempo de espera do banho Avaliação do tempo de espera do banho metálico de AlSi12MgCuNi na morfologia do metálico de AlSi12MgCuNi na morfologia do

Si primário e percentual de porosidadesSi primário e percentual de porosidades

A motivação destas análises foi identificar o impacto destes parâmetros na microestrutura formada na solidificação da liga e em sua qualidade. Para tanto, foram fundidas amostras

por gravidade em molde permanente, as quais foram submetidas aos tratamentos de refino, desgaseificação e escorificação. Na sequência, foi realizada a análise por microscopia óptica, enquanto o teor de porosidades foi determinado por meio das

relações entre as densidades teórica e aparente.

Rafael Maes; Leonardo Pereirar; Matheus Roberto Bellé; Willian Martins Pasini; Regis Fabiano do Amaral; Vinicius Karlinski de Barcellos

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da desgaseificação é necessária em ligas alumínio-silício.

A presença de concentradores de tensão em componentes sujeitos a carregamentos cíclicos facilita o surgimento de fissuras e reduz as propriedades mecânicas da liga[2,3,4].A análise de como o tempo de va-zamento do banho metálico da liga AlSi12MgCuNi após a realização dos tratamentos afeta estes parâ-metros estimulou a realização deste estudo, no qual se buscou determi-nar o tempo máximo para a pro-dução de fundidos sem a perda da qualidade da liga. Obtendo-se estes dados, é possível reduzir a incidência de defeitos vin-culados ao excesso de porosidades e analisar a evolução microestrutu-ral, otimizando o processo e redu-zindo custos.

Material e métodos Etapa I – Processo de fundição e obtenção das amostras Os lingotes da liga AlSi12MgCuNi foram fundidos em um forno de fu-são a gás com capacidade para 500 kg. Posteriormente, o metal foi transportado para um forno resistivo de espera com capaci-dade de 250 kg, para a execução dos tratamentos. A temperatura,

tanto do forno de fusão quanto do forno de espera, foi mantida e controlada em 770°C +/- 10°C durante todo o processo. O primeiro tratamento realizado foi o refino da liga AlSi12MgCuNi, por meio da adição de CuP15 (15% de fósforo) granulado. Introduziu-se 300 g do refinador ao banho de alumínio. A capacidade do forno de espera é de 250 kg, totalizando 45 g de fósforo (0,018%). Este tratamento foi realizado logo após a transferência do metal fun-dido para o forno de espera. Ime-diatamente após a introdução do refinador, o tratamento de desga-seificação foi realizado, com o ob-jetivo de homogeneizar o banho, remover o hidrogênio dissolvido e retirar impurezas e óxidos presen-tes no metal fundido. O tratamento foi feito com um desgaseificador rotor (FDU) du-rante 10 min, com a injeção de gás argônio. Após o seu término, foi realizada a escorificação e, pos-teriormente a limpeza do banho, com a retirada da escória da sua superfície. Os vazamentos foram realizados em um cadinho de ferro fundido preaquecido a 155°C, com diâme-tros de 30 mm e 40 mm e altura de 35 mm.

Após a solidificação, as amostras foram resfriadas ao ar livre, sem a aplicação de tratamentos térmicos. Foram realizadas cinco corridas, em cinco dias diferentes, obtendo-se assim cinco séries para análise. As séries foram nomeadas de acordo com a ordem em que as corridas foram realizadas: série A, série B, série D, série E e série F. As amostras foram coletadas com diferença de 45 min, totalizando cinco amostras por série, em um período de 3 h. As amostras com tempo de 0 min foram coletadas imediatamente após o término do último tratamento (escorificação e retirada da escória). Para que fosse possível comparar as séries entre si, os seguintes parâme-tros foram controlados: tempera-tura de vazamento, temperatura do cadinho, temperatura ambiente da fundição e umidade relativa do ar. A temperatura da liga dos fornos de espera foi controlada por um sistema automatizado, o qual controla e mantém a temperatura na faixa de trabalho estabelecida. Para este estudo, a temperatura de-terminada foi de 770°C +/- 10°C. A temperatura dos fornos foi mo-nitorada com o auxílio de um pirômetro manual de imersão do

Tab. 1 – Percentual de porosidade (%) das cinco séries e tempo de vazamento de cada amostra.

Tempo (min) Série A Série B Série D Série E Série F

0 1,91 1,90 1,90 1,90 1,84

45 1,91 1,90 1,90 1,90 1,84

90 1,91 1,90 1,91 1,90 1,84

135 1,91 1,90 1,90 1,90 1,84

180 1,91 1,90 1,90 1,90 1,84

CADERNO TÉCNICO 3CADERNO TÉCNICO 3

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CADERNO TÉCNICO 3CADERNO TÉCNICO 3

tipo K, enquanto a temperatura do cadinho foi monitorada e registra-da com a utilização de um termô-metro infravermelho. A medida foi realizada no centro do cadinho, a uma distância de 1 m. A temperatura ambiente e a umi-dade relativa do ar também foram controladas durante as corridas.

Etapa II – Métodos de análises das amostras Após o término do processo de fundição e a obtenção das amos-tras, a segunda etapa do trabalho foi iniciada com ensaios para a determinação da densidade, aná-lise da composição química da liga, análise microestrutural por microscopia óptica e análise do percentual de porosidades por meio da relação entre as densida-des teóricas e absolutas. Para o controle da densidade, to-das as amostras foram verificadas segundo o método de Arquimedes, com o auxílio de uma balança (resolução 0,01 g). Com vistas a garantir que nenhuma série possu-ísse composição química diferente,

foram realizadas análises químicas em amostras das cinco séries. Foram selecionadas as primeiras das cinco amostras de cada. Elas foram fresadas para a remoção de óxidos e outras impurezas que pu-dessem afetar a determinação da composição química. Para a análise microestrutural, as amostras foram cortadas 5 cm aci-ma da base, seguindo com procedi-mentos de lixa e polimento. Para a análise da sua microestrutura, foram realizados ensaios metalográficos utilizando o microscópio óptico. A análise da microestrutura da liga AlSi12MgCuNi foi realizada a fim de verificar se ocorreu alteração do diâmetro dos cristais de silício primário, em função do tempo de vazamento da liga. Outro objetivo foi identificar as fases presentes na liga. A medida do diâmetro dos cris-tais de silício primário foi realiza-da na região central de todos os corpos de prova, com a finalida-de de comparar a mesma região e validar os resultados obtidos. A medição foi realizada no maior

sentido dos cristais de silício[5]. As amostras apresentaram varia-ções nas quantidades de cristais de silício primário, estando na faixa entre 12 e 23. O teor de porosida-des nas amostras foi determinado por meio da relação entre as den-sidades aparentes, obtidas pelo método de Arquimedes, e as densi-dades teóricas, obtidas via compo-sição química das amostras. Com o objetivo de determinar a den-sidade teórica, foram utilizados os percentuais de cada elemento presen-te nas amostras, obtidos pela análise com o espectrômetro de emissão óp-tica, e buscou-se na literatura a densi-dade de cada um dos elementos.

Resultados e discussãoAnálise do percentual de porosidadesCom base nos resultados apresen-tados na tabela 1, por meio da re-lação entre as densidades teóricas e aparentes, foi possível determinar que não houve variação significati-va do teor de porosidades ao longo do tempo de exposição do banho metálico. Isso leva à conclusão de

Tab. 2 – Diâmetro dos cristais de silício primário das cinco séries em relação ao tempo de vazamento, após os tratamentos nos tempos de utilização do banho de alumínio.

Série A Série B Série D Série E Série F

Tempo(min)

Diâmetro médio (mm)

Desvio padrão

Diâmetro médio (mm)

Desvio padrão

Diâmetro médio (mm)

Desvio padrão

Diâmetro médio (mm)

Desvio padrão

Diâmetro médio (mm)

Desvio padrão

0 33,96 10,35 30,58 9,94 28,87 8,88 26,09 7,70 23,53 3,61

45 37,09 8,27 26,25 6,68 29,42 7,10 24,66 6,34 31,10 8,05

90 33,78 6,04 25,60 7,69 27,30 8,41 31,73 8,69 30,26 9,92

135 51,59 25,23 26,39 4,74 28,81 6,62 32,86 7,37 34,26 4,78

180 37,27 8,65 34,74 14,88 36,93 3,60 33,67 10,64 23,25 5,97

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que o tempo de desgaseificação de 10 min foi suficiente para a remo-ção do hidrogênio dissolvido e que a camada protetora de óxido de alumínio formada na superfície do banho foi eficiente para evitar a ab-sorção de hidrogênio até o último vazamento. Desta maneira, como não foi ob-servada uma absorção significati-va de hidrogênio nas 3 h de va-zamento, não há necessidade de uma nova desgaseificação neste período.

Ensaio de microscopia óptica A tabela 2 mostra o tamanho mé-dio do diâmetro dos cristais de si-lício primário em cada amostra das cinco séries. Os resultados obtidos revelam que os valores médios do diâmetro dos cristais de silício nas 25 amos-tras obtidas variaram entre 23,25 e 37,27 μm, com exceção apenas da amostra A135, que apresentou va-lor médio de 51,59 μm. De acordo com estudos realizados com ligas de Al hipereutéticas re-finadas com fósforo, diâmetros de silício primário abaixo de 40 μm são aceitáveis na indústria[7]. De acordo com a literatura técnica, o fósforo é utilizado para a nuclea-ção dos cristais de silício primário, sendo muito volátil quando expos-to a temperaturas elevadas[6]. Garantindo que os cristais de silício possuam aproximadamente o mes-mo tamanho durante o período de fundição das peças, é possível manter as propriedades mecânicas da liga es-táveis (para todas as peças fundidas).

A liga AlSi14, quando fundida a uma temperatura de vazamento de 800°C, apresenta pouca variação no tama-nho nos cristais de silício primário. em função do tempo de utilização do banho metálico; resultado semelhan-te ao encontrado neste estudo[5]. Os cristais de silício primário ele-vam a dureza e a resistência ao des-gaste das ligas alumínio-silício, mas o aumento descontrolado e exces-sivo destes cristais reduz a vida útil das ferramentas de usinagem. Por-tanto, o controle por meio do refi-no é fundamental[6]. O refino dos cristais de silício pri-mário da liga AlSi12MgCuNi, por meio da adição de Cu15P, não re-velou perda de rendimento do refi-nador formado pelo precipitado de fosfeto de alumínio (AlP) durante o período de vazamento de 3 h. A figura 1 mostra uma das metalo-grafias das cinco séries analisadas.

Conclusões ■ Não foi constatada variação ex-pressiva do percentual de porosida-des nos diferentes tempos de vaza-mentos, indicando que não houve absorção significativa de hidrogê-nio pelo banho. ■ O diâmetro dos cristais de silí-cio primário nucleados a partir de partículas de fosfeto de alumínio (AlP) não apresentaram variação significativa durante o tempo de utilização do banho de alumínio, demonstrando o bom rendimento do refinador CuP15 ao longo do período de análise, mantendo-se abaixo de 40 μm. ■ O tempo máximo de vazamento de 3 h não apresentou impacto negativo na qualidade da liga AlSi12MgCuNi, demonstrando a viabilidade deste tempo para a pro-dução de fundidos.

Fig. 1: Metalografia da amostra A45, com aumento de 100 vezes. As setas indicam alguns dos cristais de silício primário presentes na amostra. A região circulada ilustra a morfologia chamada escrita chinesa.

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CADERNO TÉCNICO 3CADERNO TÉCNICO 3

Bibliografia1] YAMAWAKI, Marcio: Evolução tecnoló-

gica dos materiais e geometria de pistões para motores de combustão interna em um estudo de caso de pistão para aplicação em motor die-sel com trinca no cubo. Dissertação (Mes-trado em Engenharia de Materiais) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2013.

2] SILVA, Cássia Cavalcanti da: Efeito de ino-culantes para o refino de grão e modificador de eutético na curva de resfriamento da liga A356

e da liga A356 Reciclada. Tese de Douto-rado. UNESP, Guaratinguetá. 2016.

3] OPIE, W. R.; GRANT, N. J.: Journal of Metals 1950 - Hydrogen Solubility In Alu-minum and Some Aluminum Alloys. Tran-sactions Aime, [s. l.], v. 188, n. Octo-ber, p. 1237, 1950.

4] CONCER, Dionei: Estudo do comporta-mento da porosidade via simulação numéri-ca para produtos injetados em alumínio sob pressão. Tese - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2016.

5] FURLAN, Tarita Shiraishi: Estudo do efeito

do tratamento térmico e da adição de zircônio, vanádio, titânio e manganês nas propriedades mecânicas de uma liga AlSi12CuMgNi para aplicação em altas temperaturas. Tese de Doutorado. USP, São Paulo. 2014.

6] ZAMBON, Alessio: Phosphorus modifica-tion in Al-Si hypereutectic alloys. [s. l.], n. July, 2016.

7] AL-HELAL, Kawther W. A.: New Ap-proaches to Casting Hypereutectic Al-Si Alloys to Achieve Simultaneous Refinement of Primary Silicon and Modification of Eu-tectic Silicon. [s. l.], n. October, 2013. g

Este trabalho foi apresentado no CONAF 2019 – Congresso ABIFA de Fundição. Rafael Maes é engenheiro metalúrgico UFRGS; Leonardo Pereira é engenheiro metalúrgico, mestrando no Laboratório de Fundição PPGE3M, da UFRGS; Matheus Roberto Bellé é graduando em engenharia metalúrgica na UFRGS; Willian Martins Pasini é engenheiro metalúrgico, doutorando no Laboratório de Fundição da UFRGS; Regis Fabiano do Amaral é engenheiro metalúrgico, doutorando e técnico científico no Laboratório de Fundição da UFRGS; e Vinicius Karlinski de Barcellos é engenheiro metalúrgico, doutor em engenharia, professor e coordenador do Laboratório de Fundição da UFRGS.

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60 FMP, JULHO 2020

EVENTOSEVENTOS

Próximos eventos do setorPróximos eventos do setor

Feiras, Congressos e SimpósiosFeiras, Congressos e Simpósios20202020

DATA/LOCAL EVENTO ORGANIZAÇÃO

5 a 9 de outubro(Brno – República Tcheca)

Fond-ExInternational Foundry Fair

Messe Brünn(www.bvv.cz/en/fond-ex)

6 a 8 de outubro(Düsseldorf – Alemanha)

Aluminium 202013th World Trade Fair & Conference

Reed Exhibitions Deutschland(www.aluminium-messe.com)

12 a 14 de novembro(Istambul – Turquia)

Ankiros15th International Iron – Steel and Foundry

Technology, Machinery and Products Trade Fair

Hannover-Messe Ankiros(www.ankiros.com)

12 a 14 de novembro(Istambul – Turquia)

Turkcast International Trade Fair for Foundry Products

Hannover-Messe Ankiros(www.ankiros.com)

12 a 14 de novembro(Istambul – Turquia)

AnnoferInternational Non-Ferrous Technology,

Machinery and Products Trade Fair

Hannover-Messe Ankiros(www.ankiros.com)

23 a 25 de novembro(Mumbai – Índia)

Metallurgy IndiaInternational Exhibition on Metallurgical

Technology, Products and Services in India

Messe Düsseldorf India(www.md-india.com)

23 a 25 de novembro(Mumbai – Índia)

Metec IndiaInternational Metallurgical Technology,

Processes and Metal Products Trade Fair

Messe Düsseldorf India(www.metec-india.com)

1 a 3 de dezembro(Düsseldorf – Alemanha)

Valve World ExpoMesse Düsseldorf

(www.valveworldexpo.com)

1 a 4 de dezembro(Joinville – SC)

Metalurgia 2020Feira e Congresso Internacional de Tecnologia de Fundição, Siderurgia,

Forjaria, Alumínio & Serviços

Messe Brasil(www.metalurgia.com.br)

7 de dezembro

CONAF 2021Prazo final para submissão de resumo de

trabalhos a serem apresentados no Congresso, que acontece entre os dias 14 e 17 de

setembro de 2021

ABIFA([email protected] e

[email protected])

ANUNCIANTESANUNCIANTES

ABIFA 50 Anos 3ª capa

ABNT/CB 059 – Comitê Brasileiro de Fundição 19

CONAF/FENAF 2021 4ª capa

Elkem 47

Metais Pequi 2ª capa

Metalurgia 2020 59

Mineração Jundu 45

Núcleo Ligas 49

Publicações ABIFA – Dicionários Técnicos 35Savelli 51Sindifer 53Sinto Brasil 5Zeiss 27

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Fosfato

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ISSN 2359-702x | Ano XXIII JULHO 2020 | nº 224ISSN 2359-702x | Ano XXIII JULHO 2020 | nº 224

REVISTA OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FUNDIÇÃO | ABIFAREVISTA OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FUNDIÇÃO | ABIFA

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