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GESTÃO POR COMPETÊNCIAS: UM
ESTUDO E PROPOSTA DE MODELO
ALINHADO À GESTÃO DO
CONHECIMENTO E OBJETIVOS
ESTRATÉGICOS ORGANIZACIONAIS
Marta Lucia Marinatto Locha (UFF)
Patricia Almeida Ashley (UFSJ)
Resumo
Gestão por competências é um modelo de gestão de pessoas que vem
sendo desenvolvido teoricamente, mas ainda pouco disseminado nas
organizações brasileiras como ferramenta integrada à estratégia
organizacional e à gestão do conhecimento. A literatura mostra
diversas pesquisas sobre os conceitos e a aplicação do modelo de
gestão por competências, em algumas organizações sendo ampliado
para abarcar conceitos de gestão do conhecimento, aprendizagem
organizacional, ativos intangíveis, considerados como diferencial
competitivo no mercado mundial. O artigo contribui com os resultados
parciais de pesquisa em andamento, apresentando referencial teórico
sobre gestão por competências e gestão do conhecimento, propondo
um modelo analítico de gestão por competências a ser alinhado à
gestão do conhecimento e aos objetivos estratégicos organizacionais.
A segunda etapa da pesquisa aplicará o modelo em empresas
reconhecidas pelas práticas de excelência em gestão, mais
especificamente premiadas pela FNQ, visando identificar modelos
aplicados de gestão por competências, seus resultados e contribuição
para geração do conhecimento. O resultado final da pesquisa,
validando o modelo, apontará variáveis organizacionais e contextuais
visando torná-lo adaptável a diferentes negócios e tipos de
organização.
Abstract
Management by Competences is a model for people management that
has been theoretically developed but hardly used in Brazilian
organizations for employee development. The literature points to many
researches on the concepts and application of the model of
management by competentes, occurring some case studies that expands
31 de Julho a 02 de Agosto de 2008
IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras
Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008
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its concept in order to include knowledge management, organizational
learning and intangible assets, as competitive distinctions in the
competitive world market. This paper contributes with partial results of
an ongoing research by presenting a literature review on management
by competences and knowledge management and proposing an
analytical model of management by competences integrated with
knowledge management and organizational strategic goals. On the
second stage of the research, the proposed model will be applied in
analyzing case studies in companies recognized by excellence practices
in management, specifically rewarded by the Brazilian National
Quality Award, in order to identify models used for management by
competences, its results and links knowledge management and strategic
goals. The research aims to develop guidelines for a management by
customizable competences model that can generate and retain
knowledge in the organization aligned to the strategic goals.
Palavras-chaves: gestão por competências, gestão do conhecimento,
aprendizagem organizacional, alinhamento estratégico
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Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008
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1. INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, grandes transformações político-econômicas ocorreram em
todo o mundo, trazendo impactos diretos para as organizações que vêm buscando
continuamente maior competitividade em um ambiente de constante mudança e crescente
exigência dos clientes/consumidores e do mercado. Os avanços tecnológicos e a concorrência
têm gerado pressões nas organizações que acabam promovendo o desenvolvimento e busca de
modelos que as tornem mais flexíveis, criativas, inovadoras, com o sentido de buscar
maximização de seus resultados e garantir seu posicionamento no mercado.
Estas transformações têm levado as organizações a uma reflexão sobre o seu
negócio e as competências necessárias para se manterem competitivas no mercado. Também
os indivíduos têm continuamente refletido sobre a necessidade de desenvolvimento de
competências individuais que passam a ser uma condição sine qua non para se inserirem e se
manterem no mercado de trabalho.
Considerando que o sistema de gestão de pessoas passa a ser estratégico dentro
das organizações, devemos fazer uma reflexão sobre as ações praticadas pela área de
Recursos Humanos que passou por diversas fases, evoluindo de modelos mais tradicionais,
focados na divisão do trabalho e descrição das tarefas para modelos mais arrojados e
alinhados à estratégia organizacional.
O reconhecimento da força de trabalho como essencial para garantir o sucesso da
empresa, traz para a área de RH a grande responsabilidade de estar presente como órgão de
assessoria aos gestores e toda a equipe, gerando e mantendo o conhecimento organizacional,
ou seja, promovendo ações e utilizando modelos de gestão para atração, desenvolvimento e
manutenção dos talentos da organização.
Entre os modelos aplicadas na gestão de pessoas, a Gestão por Competências
surgiu e está sendo implantada nas organizações com o grande objetivo de identificar e
desenvolver sua equipe de trabalho, entendendo ser este seu maior recurso e principal
diferencial de posicionamento no mercado.
Por outro lado, a prática ainda tem demonstrado que mesmo com toda a discussão
e entendimento da nova concepção de RH nas organizações, os modelos ainda demonstram
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certa fragilidade em sua aplicação, seja pela fragmentação, pela existência de um ciclo
estático, ou pela descontinuidade do processo instalado.
No presente estudo, abordaremos justamente as questões sobre a aplicação de um
modelo de gestão por competências: integrado, dinâmico e contínuo, buscando uma
fundamentação teórica e um alinhamento às estratégias organizacionais.
Pretendemos desenvolver uma pesquisa das práticas adotadas por empresas em
gestão por competências, analisando-as sobre a abordagem da gestão do conhecimento e
alinhamento à estratégia da organização., chegando à proposição de um modelo aplicável pela
área de RH de forma integrada, dinâmica e contínua.
1.1 Formulação da situação-problema
Quando se fala em práticas e modelos de gestão, aqui mais especificamente na
área de Recursos Humanos, uma pergunta sempre deve ser feita: será um modismo passageiro
ou o desenvolvimento de um novo conceito que se consolidará como instrumento
comprovado? Parte disto se deve ao fato de, em administração de pessoas, estarmos frente a
uma ciência aplicada onde os estudos partem de realidades práticas para se construir ou
confirmar um referencial teórico que possa ser aplicado em outras situações.
O que temos observado é uma preocupação maior com o desenvolvimento de
modelos alinhados a conceitos e a teorias organizacionais. Fischer (1998) aponta para o
cuidado que se deve ter na ciência social aplicada, como a administração, em distinguir e
separar o que vem embalado em um pacote e disponibilizado para utilização com o que foi
desenvolvido em uma base conceitual, com pesquisa demonstrando resultados práticos e
efetivos.
Portanto, o grande desafio das organizações está em utilizar modelos que tenham
sido pesquisados e validados e aos profissionais de RH buscar embasamento teórico-científico
para proposição de ferramentas que possam ser aplicadas em gestão de pessoas de forma
sistematizada e organizada, disseminando o conhecimento nas organizações e com outros
profissionais.
Tomando por base o exposto, a questão que trataremos aqui é: como os modelos
praticados de gestão por competências estão alinhados de forma integrada, dinâmica e
contínua à gestão do conhecimento e às estratégias organizacionais.
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1.2 Objetivo
O foco deste estudo propõe-se à investigação das variáveis que podem ser
incorporadas na gestão por competências de forma a contribuir para sistemas e modelos de
gestão em busca da competitividade organizacional, fundamentados em modelos teóricos.
Com a construção deste referencial, torna-se possível a construção e aplicação de um modelo
com maior embasamento técnico e científico.
Objetivo Geral: Contribuir para o avanço conceitual e operacional dos modelos de
gestão por competências, alinhados à gestão do conhecimento e às estratégias organizacionais
de forma integrada, dinâmica e contínua.
Objetivos Específicos:
1. Construir um referencial teórico sobre modelos de gestão por competência que
incorpore o alinhamento à gestão do conhecimento e às estratégias organizacionais;
2. Elaborar um modelo conceitual analítico operacionalizável para gestão por
competência a ser aplicado no processo de investigação;
3. Conhecer as perspectivas no tema gestão por competências junto a gestores em
empresas a serem selecionadas;
4. Apontar diretrizes para o desenvolvimento de modelo de gestão por competências,
customizável, alinhado às estratégias organizacionais e à gestão do conhecimento
1.3. MÉTODO
1.3.1 Estratégia e Tipo de Pesquisa
Considerando os dois critérios básicos de classificação de pesquisa apresentados
por Vergara (2007), quanto aos fins e quanto aos meios, teremos neste estudo:
a) Quanto aos fins, a pesquisa de caráter exploratório por ser realizada em área de
pouco conhecimento acumulado e sistematizado, embora pesquisas tenham sido realizadas
sobre o assunto e modelos de implantação têm sido apresentados, pouca relação se estabelece
com o modelo analítico apresentado.
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b) Quanto aos meios, será de pesquisa bibliográfica e documental, na primeira
etapa, e de pesquisa de campo, na segunda etapa, por meio de estudo de caso comparado,
dirigido a poucas unidades, pelo seu caráter de profundidade e detalhamento que a pesquisa
requer em virtude da necessidade de levantamento de informações, resultados e depoimentos
para a conclusão final.
1.3.2 Universo e Amostra das Organizações
O universo da pesquisa de campo por meio de estudo de caso comparado
compreende as empresas que têm em sua gestão modelos de excelência sendo praticados,
reconhecidas no mercado por premiações e certificações, mais especificamente as que estão
presentes na Fundação Nacional da Qualidade – FNQ.
A amostra foi definida pelo critério de tipicidade (VERGARA, 2007), pela
existência de elementos representativos na população-alvo relacionados aos conceitos tratados
no referencial teórico: ativos intangíveis, gestão do conhecimento e gestão por competências.
As empresas selecionadas praticam a gestão do conhecimento com foco na gestão por
competências.
A aplicação do estudo de caso comparado pretende abordar categorias de
profissionais que estejam diretamente envolvidos com questões estratégicas, aplicação de
modelos e gestão de pessoas. Considerado este perfil, serão envolvidos, no estudo de caso
comparado, o gestor responsável pelo RH, ou gestão de pessoas, e gestores da linha de frente
no nível gerencial que fazem a aplicação do modelo em sua equipe de trabalho. Dependendo
do porte da empresa e localização de suas unidades, poderemos direcionar as entrevistas para
gestores em unidades a serem definidas pelo pesquisador e a organização.
1.3.3 Coleta de dados
A coleta de dados se dará nas organizações, utilizando a entrevista semi-
estruturada. Com os gestores de RH ou de pessoas, as questões serão levantadas focando o
modelo, sua estrutura, fundamentação e alinhamento aos objetivos e diretrizes
organizacionais. Junto aos demais gestores, o foco das questões será a contribuição e a
metodologia para aplicação do instrumento nas equipes de trabalho.
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No que se refere aos entrevistados, será realizada abordagem sobre objetivos e
relevância da pesquisa, motivando-os a prestar informações sobre as experiências,
sentimentos, avaliações e conclusões sobre o modelo aplicado na organização.
1.3.4 Instrumento
O instrumento utilizado na coleta de dados será a entrevista semi-estruturada, que
apresenta pontos a serem explorados pelo pesquisador com maior profundidade. Pretende-se
realizar as entrevistas pessoalmente com o público definido, utilizando somente como último
recurso a mídia interativa. Os pontos a serem abordados envolvem dados que estão
diretamente relacionados à análise e síntese do referencial teórico, compreendendo:
a) Diretrizes estratégicas da organização
b) Objetivos estratégicos e disseminação
c) Modelo de competências implantado
d) Objetivos da implantação
e) Fundamentação teórica
f) Levantamento e Desenvolvimento das competências
g) Processos de RH envolvidos
h) Resultados esperados /alcançados
i) Tempo de aplicação do modelo
j) Mensuração dos resultados do modelo
k) Revisões do modelo
l) Oportunidades de melhoria
Em casos múltiplos as questões serão as mesmas para cada caso, visando a
obtenção das mesmas informações em todas as empresas selecionadas para o estudo de caso
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Gestão do conhecimento
Para entender o significado de gestão do conhecimento é importante compreender
o conceito de dado, informação e conhecimento. A seguir apresentamos diversas abordagens
de autores que trataram do tema.
Setzer (1999) ao realizar estudo para levantamento de competências profissionais
conceituou dado, informação e conhecimento para gerar uma matriz de competências e sua
implantação. Abaixo, são apresentadas as definições:
Definimos dado como uma seqüência de símbolos quantificados ou quantificáveis.
Portanto, um texto é um dado. De fato, as letras são símbolos quantificados, já que o
alfabeto por si só constitui uma base numérica. Também são dados imagens, sons e
animação, pois todos podem ser quantificados a ponto de alguém que entra em
contato com eles ter eventualmente dificuldade de distinguir a sua reprodução, a
partir da representação quantificada, com o original (SETZER, 1999, p. 2).
Informação é uma abstração informal (isto é, não pode ser formalizada através de
uma teoria lógica ou matemática), que representa algo significativo para alguém
através de textos, imagens, sons ou animação (SETZER, 1999, p. 3).
A representação da informação pode eventualmente ser feita por meio de dados.
Nesse caso, pode ser armazenada em um computador. Mas, atenção, o que é
armazenado na máquina não é a informação, mas a sua representação em forma de
dados (SETZER, 1999, p. 3).
Conhecimento é uma abstração interior, pessoal, de alguma coisa que foi
experimentada por alguém. (...) Conhecimento está associado com pragmática, isto
é, relaciona-se com alguma coisa existente no ‘mundo real’ do qual temos uma
experiência direta (SETZER, 1999, p. 4).
Quando define o conceito de competência, o autor se refere à capacidade do
indivíduo executar uma tarefa em determinada situação do mundo real. Atribui aqui um novo
componente, não encontrado nas outras 03 descrições acima, a criatividade, por entender que
a competência envolve ação. Nos outros 03 conceitos, ocorre apenas a aquisição e
transmissão, não havendo atividade envolvida neles.
Outros autores também descreveram a importância de diferenciar dado,
informação e conhecimento para criar uma estrutura organizacional de aprendizagem que
permita criar a gestão do conhecimento para o processo de tomada de decisões estratégicas.
Sob outro enfoque, Fleury e Fleury (2000) apresenta 05 tipos de conhecimento
para a construção do processo de desenvolvimento de competências:
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conhecimento teórico (entendimento e interpretação), adquirido na educação formal e
continuada;
conhecimento sobre os procedimentos (como proceder), adquirido na educação forma
e experiência profissional;
conhecimento empírico (saber como fazer), adquirido pela experiência profissional;
conhecimento social (como comportar), adquirido pela experiência profissional e
social;
conhecimento cognitivo (como lidar com a informação e como aprender), adquirido
pela educação formal e continuada, e as experiências sociais e profissionais.
Para Nonaka e Takeuchi (1997), gestão do conhecimento é entendida como a
capacidade da organização criar um novo conhecimento, sendo capaz de difundi-lo
internamente como um todo e incorporá-lo a seus produtos, serviços e sistemas, apoiando-se
em três pilares essenciais: colaborar, compartilhar e consultar. O colaborar refere-se ao
desenvolvimento de soluções comuns a partir de diferentes visões dos envolvidos no
processo. O compartilhar significa tornar o acesso amplo, disponibilizando informações e
conhecimentos para todas as pessoas e áreas da empresa. Por consultar, o autor trata dos
diversos mecanismos através dos quais qualquer pessoa possa localizar a informação
desejada.
Considerando os ambientes descritos acima para criação do conhecimento,
Nonaka e Takeuchi (1997) desenvolveram um modelo para o processo de criação do
conhecimento organizacional, composto de cinco etapas: (1) compartilhamento do
conhecimento tácito; (2) criação de conceitos; (3) justificativa dos conceitos; (4) construção
de arquétipos e (5) difusão interativa do conhecimento.
Na primeira fase, ocorre a partilha de habilidades e experiências entre as pessoas de
diferentes áreas funcionais para atingir um objetivo comum. Interagem por meio de
diálogos e atividades em equipe, corresponde à socialização;
Na segunda fase, por meio dos diálogos, procuram traduzir o modelo mental tácito da
primeira fase em palavras e conceitos explícitos, corresponde á exteriorização;
Na terceira fase, os conceitos são avaliados se estão alinhados aos propósitos da
organização, normalmente por critérios formulados pelo alto e médio escalão
administrativo como custo, margem de lucro, contribuição para os negócios da
empresa. Corresponde à internalização;
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Na quarta fase, o conceito aprovado é transformado em algo tangível ou concreto,
denominado pelo autor de arquétipo, que pode ser um protótipo físico ou um
mecanismo de funcionamento para um modelo. Corresponde à conversão;
Na quinta fase, os conceitos criados, aprovados e modelados são disseminados e
utilizados para estimular novos ciclos de criação do conhecimento dentro da
organização ou também em clientes, fornecedores, concorrentes e outros segmentos.
Segundo Choo (2006), na teoria organizacional e na concepção atual da
administração, existem três modos de uso da informação, tratados em um primeiro momento
como independentes, porém, se identificados e integrados, podemos afirmar que estamos
diante de uma organização do conhecimento, onde a informação é utilizada como estratégia.
No primeiro modo, a informação é usada para dar sentido às mudanças do
ambiente externo, ou seja, criar significado para as diversas mensagens, sinais e tendências do
mercado de forma a construir uma definição sobre o que é a empresa, o que está fazendo e
como se manter em um ambiente competitivo e dinâmico. No segundo modo, o foco do uso
da informação é a construção do conhecimento por meio do aprendizado, a partir da criação,
organização e processamento da informação. A gestão do conhecimento está nas atividades
essenciais das organizações como criação de novos produtos e serviços, aperfeiçoamento dos
já existentes, no desenvolvimento de novas capacidades e na melhoria nos processos
organizacionais. No terceiro modo, a informação deve ser avaliada e utilizada para a tomada
de decisões. Existem inúmeras variáveis que interferem em um processo decisório como
interesses dos acionistas, interferências de grupos externos, consumidores, fornecedores e
outros. Uma decisão deve estar fundamentada em uma informação para ganhar confiança
interna e externa, uma vez que gera ações que comprometem toda a empresa.
Esses três modos de uso da informação passaram a ser vistos de forma integrada,
se complementando num ciclo contínuo de aprendizagem e adaptação, denominado ciclo do
conhecimento, conforme exibe a Figura 1.
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Correntes de experiência
Significados comuns
Comportamento Adaptativo, orientado
para objetivos Novos conhecimentos e capacidades
Criação de
significado
Construção do
conhecimento Tomada de
decisões
Figura 1 - O ciclo do conhecimento
Fonte: Chun Wei Choo (2006: 51
Choo (2006) trata da construção do conhecimento, sendo provocada pelo
reconhecimento de lacunas existentes entre o conhecimento existente nas organizações ou nos
grupos de trabalho. Apresenta três tipos de conhecimento nas organizações:
a) conhecimento tácito, presente na experiência de indivíduos e grupos, tendo
como componente a criatividade que leva a uma nova idéia ou conceito;
b) o conhecimento explícito, presente nas regras, rotinas e procedimentos,
podendo ser testado e implementado em modelos ou protótipos;
c) e o conhecimento cultural, presente nas crenças, pressupostos, gerando a
atribuição de valor e significado aos novos conhecimentos.
A construção do conhecimento acontece com a contínua transformação do
conhecimento tácito em conhecimento explícito, dentro das realidades estabelecidas pelo
conhecimento cultural da organização.
Existem pontos em comum e algumas divergências nas descrições apresentadas
pelos autores sobre a gestão do conhecimento, modelos simples e complexos, porém um
ponto é comum a todos: o processo de interação do indivíduo com a organização na geração
do conhecimento. Alguns autores ainda incluem a análise do ambiente neste contexto de
geração do conhecimento. O que pretendemos reforçar aqui é a possibilidade de se gerar o
conhecimento a partir de um sistema de desenvolvimento de competências individuais e
organizacionais para que a organização seja capaz de competir e atender às exigências do
mercado.
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2.2 Gestão por competências
Zarifian (2001) discute a questão da competência diante da mudança ocorrida nas
organizações, citando dois elementos presentes neste contexto:
a prescrição desloca-se, foco não nas operações do trabalho, mas nos objetivos e
resultados da atividade profissional. O trabalhador passa a ter acesso ao porquê dos
objetivos e ao como atingir estes objetivos. Cria-se um espaço aberto que já
dispara a competência da tomada de iniciativa ao assumir responsabilidades pelos
objetivos apresentados.
A competência é assumida por um coletivo, ou seja, as competências individuais
são necessárias, porém convergem para ações profissionais com modelos de
organização por equipe, por rede ou por projeto. A automação em cadeia deixa de
existir e o sucesso da ação coletiva passa a ser resultado da competência ativa de
cada um.
Nos Estados Unidos, o autor McClelland inseriu este conceito no contexto
organizacional, sob a perspectiva do indivíduo, iniciando um debate sobre competências entre
psicólogos e administradores quando publicou o artigo Testing for Competence rather than
intelligence (1973). Em sua definição, McClelland faz uma distinção entre competência e
conceitos como aptidão, habilidade e conhecimento. Entende aptidão como um talento natural
da pessoa, que pode vir a ser melhorado; por habilidade como a demonstração na prática de
um talento particular e conhecimento como o que é necessário o funcionário saber para
desempenhar uma tarefa.
Para Ruas (2005), a noção de competência está mais próxima da capacidade de
combinar e mobilizar adequadamente recursos já desenvolvidos do que no armazenamento de
conhecimentos e habilidades que se voltam mais para a noção de qualificação. Nesta
perspectiva, estabelece um paralelo entre qualificação e competência. Na qualificação ocorre
uma relativa estabilidade econômica, a concorrência é localizada e o foco está no processo e
na baixa aprendizagem. No contexto de competência, há baixa previsibilidade de negócios e
atividades, ampliação da abrangência da concorrência e foco nos resultados e na alta
aprendizagem.
Diversas concepções são atribuídas ao conceito de competências. Na escola
francesa, as competências são vistas principalmente como outputs: funcionários demonstram
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competências a partir do momento que atingem ou superam determinados resultados
esperados em seu trabalho. Já nos Estados Unidos, competências são encaradas
predominantemente como inputs, ou o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que
afetam o desempenho do indivíduo.
A partir dos vários conceitos e escolas com pesquisas no tema, autores brasileiros
também pesquisaram e apresentam estudos sobre o modelo de competências. De acordo com
Fleury e Fleury (2000), competência é um saber agir de maneira responsável que implica em
mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos e habilidades que agreguem valor
econômico à organização e valor social ao indivíduo. A grande contribuição no conceito
definido está em destacar que a competência só efetivamente existirá no momento em que
agregar algum valor econômico à organização e valor social ao indivíduo.
Segundo Fleury & Fleury (2000), o aumento da competitividade, da instabilidade
econômica e a política dos mercados cada vez mais globalizada, têm levado as empresas a se
especializarem em core business, gerando mais competência interna. Assim, é por meio da do
processo de aprendizagem e da gestão do conhecimento que as organizações podem
desenvolver as competências necessárias para a realização da sua estratégia competitiva.
ESTRATÉGIA
APRENDIZAGEM
COMPETÊNCIAS
Figura 2 - Construção das competências e da estratégia por meio da aprendizagem
Fonte: Fleury & Fleury (2000)
Dutra (2001) complementa este conceito ao definir a noção de entrega; ou seja, a
competência está vinculada à capacidade de entrega do indivíduo, realizada a partir da
aplicação do estoque de repertórios individuais e organizacionais. No modelo de gestão por
competências, o autor enfatiza o desenvolvimento de competências para o desenvolvimento
da carreira e para atingir os objetivos organizacionais.
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Para o autor, há uma relação íntima entre as competências organizacionais e as
competências individuais. No modelo de gestão por competências, os cargos deixam de ser
uma simples descrição de tarefas e passam a identificar as expectativas de entregas,
associadas a uma escala crescente de complexidade que determinará o nível de agregação de
valor para a empresa ou negócio.
Fleury e Fleury (2000) e Dutra (2001) procuraram, em sua proposta conceitual
sobre competência, ir além das definições tradicionais de competências, da vertente norte-
americana: que propõe a somatória de conhecimentos, habilidades e atitudes, desenvolvidas
por McClelland (1973) e seus seguidores na década de 80. Os autores desenvolveram um
modelo mais focado na escola francesa, com a abordagem mais comportamental para a noção
de competência nas organizações, onde os resultados estão atrelados ao desenvolvimento
profissional e pessoal dos indivíduos.
3. RESULTADOS
3.1 Análise e Síntese do Referencial Teórico
Aplicar o conceito de competências à gestão de pessoas tem sido uma prática
utilizada por organizações para melhoria dos seus processos de RH. Pode assim ser definida
como uma gestão fundamentada em uma metodologia que busca a transparência e adesão de
todos os funcionários, desde a alta direção até os colaboradores operacionais com o propósito
de capacitar sua força de trabalho para as exigências do mercado.
Embora há alguns anos os conceitos de gestão do conhecimento e gestão por
competências vêm sendo discutidos, eles são aplicados em poucas organizações ou são
citados mas ainda sem um modelo fundamentado.
Fazendo uma reflexão sobre o referencial teórico da seção anterior, cabe ressaltar
que tratar a gestão por competência apenas como um modelo implantado na área de recursos
humanos para desenvolver habilidades e competências e melhorar o desempenho das pessoas
na organização, pode nos trazer uma visão míope deste modelo.
Pensar em gestão por competências deve abordar uma visão holística, incluindo
conhecimento, atitudes, valores, características pessoais e relacionamentos entre equipes,
integrado a outros processos-chave da organização, oferecendo um alinhamento à estratégia
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organizacional e à gestão do conhecimento e visando o aumento do desempenho global da
organização.
Na figura 3, propomos uma análise do referencial teórico, onde a gestão por
competências não deve apenas servir aos processos de RH, mas, fundamentalmente, aos
objetivos estratégicos organizacionais, incluindo os conceitos de aprendizagem organizacional
e gestão do conhecimento.
A partir desta concepção, uma nova reflexão se torna necessária. Como este
modelo está inserido e sendo praticado nas organizações:
a) É um ciclo estático ou se insere na organização como um processo dinâmico?
b) Interage com outras unidades e sistemas da organização ou está fragmentado e
deslocado apenas no processo de RH?
c) Ocorre apenas em determinados períodos sem uma relação de continuidade?
d) É um processo complexo que o torna inviável ou de difícil compreensão e aplicação
para atingir os objetivos propostos?
Figura 3 – Análise e Síntese dos Modelos de Gestão por Competência – desenvolvido pelos autores.
A resposta a estas questões poderá nos informar sobre a aplicação da gestão por
competências apenas como um método ou um modismo para denominar as ações de RH ou se
inclui uma abordagem com fundamentação teórica, com uma visão macro ligada á estratégia
do negócio e gerando o conhecimento organizacional.
Análise e Síntese do Referencial Teórico
Modelos de Gestão por Competência
Processos RH Objetivos Organizacionais
Ciclo Estático Ciclo Dinâmico
Fragmentado Integrado
Periódico Contínuo
Complexo Prático
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3.2 Modelo Alinhado de Gestão por Competências - MAGECOMP
Apresentamos um modelo conceitual analítico de gestão por competências, que
denominamos de Modelo Alinhado de Gestão por Competências - MAGECOMP, o qual
julgamos ser a essência das práticas implantadas nas organizações para gerar as competências
no conceito holístico descrito acima, em que estejam presentes atributos de dinâmica e
integração na gestão por competências. A concepção de competências não se limita ao
conceito da palavra e no desenvolvimento de competências, mas deve estar fundamentado no
conceito de gestão do conhecimento, alinhado aos objetivos estratégicos organizacionais.
Figura 4 – Modelo Alinhado de Gestão por Competências – MAGECOMP – desenvolvido pelos autores
O modelo proposto assim como a análise do referencial teórico serão os recursos
que servirão de base para o desenvolvimento da pesquisa a que se propõe este estudo.
A operacionalização e a validação deste modelo objetiva inserir a gestão por
competências sob uma ótica mais abrangente, gerando credibilidade para a implantação de um
sistema que possa contribuir para a gestão dos ativos intangíveis da organização.
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4. CONCLUSÕES
O artigo relata resultados parciais de pesquisa em andamento e apresenta uma revisão
dos conceitos e teorias sobre gestão por competências e gestão do conhecimento, propondo
um modelo analítico de gestão por competências integrado à gestão do conhecimento e
alinhado dinamicamente com os objetivos estratégicos de uma organização. O modelo
apresentado será aplicado, em uma segunda etapa da pesquisa junto a empresas reconhecidas
pela excelência na gestão a partir dos critérios do Prêmio Nacional da Qualidade, analisando
como a gestão por competências está sendo praticada.
Um dos resultados da pesquisa em curso está em obter um diagnóstico de práticas de
gestão quanto à conexão entre o sistema de gestão por competência, os objetivos estratégicos
organizacionais e a gestão do conhecimento em diferentes organizações inseridas em
diferentes contextos. Desta forma, o estudo poderá levantar algumas variáveis
organizacionais e do contexto institucional, industrial e de mercados do tipo de negócio que
possam ser intervenientes a favor ou contra a integração entre gestão por competências,
gestão do conhecimento e objetivos estratégicos organizacionais.
Considera-se que o diferencial competitivo no mundo corporativo pode estar
diretamente relacionado ao conhecimento gerado entre os colaboradores da organização.
Nesse sentido, a gestão por competências pode ser reconhecida como sistema de geração do
conhecimento, incentivando e proporcionando o desenvolvimento das equipes de trabalho.
As organizações podem se beneficiar com os resultados desta prática como ferramenta de
gestão quando integrada de forma dinâmica com os objetivos estratégicos, considerando a
adaptação do modelo de gestão por competências proposto conforme o segmento, porte e
outras características do negócio.
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