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uma publicação bimestral da FEAUSP www.fea.usp.br/jornal ano 12 _edição 108_fevereiro_2017 FEA HOMENAGEM pág. 2 pág. 6 pág. 12 pág. 15 pág. 16 FEA PROFESSORES FEA FUNCIONÁRIOS FEA CIDADÃ FEA DESTAQUES Conheça um pouco sobre a trajetória do Prof. Lindolfo na FEA Aposentadoria FEA comemora seus 70 anos As comemorações dos 70 anos da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP foram encerradas com um grande evento, no dia 25 de novembro, no Centro de Difusão Internacional da USP. Professores, ex-professores, alunos, ex-alunos, funcionários e convidados participaram de um coquetel e assistiram ao concerto da OSUSP – Orquestra Sinfônica da USP. Durante o evento, houve também apresentação de um vídeo comemorativo e a entrega de homenagens aos patrocinadores ( B M & F Bovespa, Banco Safra, Deloitte e PWC Brasil). “Neste ano comemorativo, fizemos a reflexão sobre nossa história, nossas tradições, nossos valores e nossa proposta Continua na página 4 para repensar o Brasil. Passado, presente e futuro se uniram para formar nossa identidade e nosso destino. Hoje, estamos realizando mais uma ação deste calendário”, disse o diretor da FEA, Adalberto Fischmann, durante seu pronunciamento, no qual relembrou todas as ações realizadas durante o ano de 2016. “Para marcar todos esses anos de história e contribuições foi organizado um calendário para enaltecer sua trajetória como instituição desafiadora, enriquecedora e inspiradora. Foram idealizadas 7 ações - uma para cada década - que fortalecem a identidade da FEA e aumentam o seu reconhecimento ao promover uma agenda para o futuro e mostrar como a FEA está integrada ao desenvolvimento do país como centro de excelência, mantendo a sua tradição”, ressaltou Fischmann. As ações comemorativas incluíram um site com a história da Faculdade e suas contribuições à ciência e às políticas públicas; o ciclo de palestras “Repensar o Brasil”, no qual especialistas debateram grandes temas nacionais da atualidade; a atualização da base de dados dos 28 mil alumni da FEA; a sessão solene de entrega de título de professor emérito a Jacques Marcovitch e Denisard Cneio de Oliveira Alves; a inauguração do Mural dos Professores, com fotos de mais de 600 docentes; a edição histórica do Gente da FEA; e a solenidade dos 70 anos.

GFEA 108 fevereiro 2017 - FEA - USP€¦ · Mural dos Professores No final do ano passado, a FEA inaugurou o Mural dos Professores, com fotos de seus docentes desde 1946. O painel

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Page 1: GFEA 108 fevereiro 2017 - FEA - USP€¦ · Mural dos Professores No final do ano passado, a FEA inaugurou o Mural dos Professores, com fotos de seus docentes desde 1946. O painel

uma publicação bimestral da FEAUSP • www.fea.usp.br/jornal ano 12 _edição 108_fevereiro_2017 •

FEA HOMENAGEM

pág. 2

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pág. 15

pág. 16

FEA PROFESSORESFEA FUNCIONÁRIOSFEA CIDADÃFEA DESTAQUES

Conheça um pouco sobre a trajetória do Prof. Lindolfo na FEA

Aposentadoria

FEA comemora seus 70 anosAs comemorações dos 70 anos da Faculdade de

Economia, Administração e Contabilidade da USP foram encerradas com um grande evento, no dia 25 de novembro, no Centro de Difusão Internacional da USP. Professores, ex-professores, alunos, ex-alunos, funcionários e convidados participaram de um coquetel e assistiram ao concerto da OSUSP – Orquestra Sinfônica da USP. Durante o evento, houve também apresentação d e u m v í d e o comemorativo e a entrega de homenagens aos patrocinadores ( B M & F Bovespa, Banco Safra, D e l o i t t e e PWC Brasil).

“ N e s t e ano comemorativo, fi zemos a refl exão sobre

no ss a h i s tór i a , n o s s a s

tradições, n o s s o s v a l o r e s e n o s s a proposta

Continua na página 4

para repensar o Brasil. Passado, presente e futuro se uniram para formar nossa identidade e nosso destino. Hoje, estamos realizando mais uma ação deste calendário”, disse o diretor da FEA, Adalberto Fischmann, durante seu pronunciamento, no qual relembrou todas as ações realizadas durante o ano de 2016.

“Para marcar todos esses anos de história e contribuições foi organizado um calendário para enaltecer sua trajetória como instituição desafi adora, enriquecedora e inspiradora. Foram idealizadas 7 ações - uma para cada década - que fortalecem a identidade da FEA e aumentam o seu reconhecimento ao promover uma agenda para o futuro e mostrar como a FEA está integrada ao desenvolvimento do país como centro de excelência, mantendo a sua tradição”, ressaltou Fischmann.

As ações comemorativas incluíram um site com a história da Faculdade e suas contribuições à ciência e às políticas públicas; o ciclo de palestras “Repensar o Brasil”, no qual especialistas debateram grandes temas nacionais da atualidade; a atualização da base de dados dos 28 mil alumni da FEA; a sessão solene de entrega de título de

professor emérito a Jacques Marcovitch e Denisard Cneio de Oliveira Alves; a inauguração do Mural

dos Professores, com fotos de mais de 600 docentes; a edição histórica do Gente da FEA; e a solenidade dos 70 anos.

funcionários e convidados participaram de um coquetel funcionários e convidados participaram de um coquetel e assistiram ao concerto da OSUSP – Orquestra Sinfônica e assistiram ao concerto da OSUSP – Orquestra Sinfônica da USP. Durante o evento, houve também apresentação da USP. Durante o evento, houve também apresentação d e u m v í d e o d e u m v í d e o comemorativo e a entrega de homenagens de homenagens aos patrocinadores ( B M & F ( B M & F Bovespa, Banco Safra, D e l o i t t e e D e l o i t t e e PWC Brasil).

“ N e s t e ano comemorativo, fi zemos a refl exão sobre

no ss a h i s tór i a , n o s s a s

tradições, n o s s o s v a l o r e s e n o s s a proposta proposta

“Para marcar todos esses anos de história e contribuições foi organizado um calendário para enaltecer sua trajetória como instituição desafi adora, enriquecedora e inspiradora. Foram idealizadas 7 ações - uma para cada década - que fortalecem a identidade da FEA e aumentam o seu reconhecimento ao promover uma agenda para o futuro e mostrar como a FEA está integrada ao desenvolvimento do país como centro de excelência, mantendo a sua tradição”, ressaltou Fischmann.

As ações comemorativas incluíram um site com a história da Faculdade e suas contribuições à ciência e às políticas públicas; o ciclo de palestras “Repensar o Brasil”, no qual especialistas debateram grandes temas nacionais da atualidade; a atualização da base de dados dos 28 mil alumni da FEA; a sessão solene de entrega de título de alumni da FEA; a sessão solene de entrega de título de

professor emérito a Jacques Marcovitch e Denisard Cneio de Oliveira Alves; a inauguração do Mural

dos Professores, com fotos de mais de 600 docentes; a edição histórica do Gente da FEA; e a solenidade dos 70 anos.

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Depois de 47 anos, uma aposentadoria mais do que merecida

FEA HOMENAGEM

E lá se foram 52 anos. Desde 1965, o pro-fessor Lindolfo Galvão de Albuquerque já poderia ser visto nos corredores da en-tão Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas (FCEA), na rua Dr. Vila

Nova. O profes-sor do departa-

mento de Ad-ministração e especialis-ta em Gestão

Estratégica de Pessoas, além

de aluno de gradu-

Milena Neves Ramosação da faculdade, também fez mestrado e douto-rado e, desde então, sua vida e a história da FEA se entrelaçam.

Lindolfo, que se aposentou no final do ano pas-sado, ainda está na ativa como professor sênior. Ele deu início à sua carreira acadêmica logo que se formou, em 1969. O ingresso na docência veio por meio do seu orientador, o professor e ex-diretor da FEA, Ruy Aguiar da Silva Leme, que lhe fez esse convite no dia da formatura, segundo conta o amigo e colega de trabalho, prof. Adalberto Fischmann, atual diretor da FEA.

Paralelamente à atividade docente, Lindolfo tra-balhou como consultor de empresas, junto com seus colegas de classe e também docentes, Adalberto Fischmann, Jacques Marcovitch e Eduardo Pinheiro Gondim de Vasconcellos. Os quatro se uniram para fundar a Ecoplan, empresa que operou até 1984.

Na FEA, Lindolfo e Adalberto criaram em 1987 a disciplina Planejamento Estratégico em RH, que perdura até hoje na grade disciplinar do curso de Administração. A disciplina surgiu do intenso

trabalho de livre-docência de ambos, e eles a mi-nistravam conjuntamente. “Daí surgiu uma linha de pesquisa, e uma série de orientandos foram

frutos desse investimento”, lembra o diretor da FEA. Nota máxima da Capes

O professor Lindolfo Albuquerque ficou à frente da Coordenação de Pós-graduação do Departamento de Administração por oito anos e, em sua gestão, muitos feitos importantes podem ser citados. O principal resultado das ações implementadas foi, sem dúvida, içar o Programa de Pós-graduação à nota máxima da Capes (Coordenação de Aper-feiçoamento de Pessoal de Nível Superior), a tão almejada nota 7.

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2 3 2 3 Uma das ações que contribuíram para esse objetivo

foi a criação do Doutorado Interinstitucional em Admi-nistração – Dinter, entre a Universidade de São Paulo, a Universidade Federal de Santa Maria e a Universida-de Federal do Pampa, ambas do Rio Grande do Sul. O objetivo do Dinter é capacitar e formar docentes para o ensino superior. Como a Capes valoriza projetos de inserção social, essa ação foi fundamental para alcançar a nota máxima.

Outra medida importante foi a criação do Mestrado Profissional em Empreendedorismo. Segundo o amigo e colega de trabalho, professor Martinho Isnard Ribeiro de Almeida, vice-coordenador de Pós durante a gestão de Lindolfo, “temos a nota 7 graças a ele, que conseguiu trazê-la para FEA e mantê-la até hoje”. O mesmo pensa-mento é compartilhado pelo professor Adalberto: “Ele criou bases muito sólidas para que tivéssemos a pontuação máxima na Capes”.

Dentre os projetos paralelos que o professor tocou na Fundação Instituto de Administração – FIA, estão a criação do MBA em Recursos Humanos e um programa de Pós-MBA voltado para executivos. Na Fundação, Lindolfo ocupou vários cargos e por último, foi diretor--executivo da instituição.

Durante toda a sua carreira acadêmica, o professor colecionou prêmios, dentre eles muitos sobre desem-penho didático e produtividade científica. Ele é um dos professores mais citados na área de estratégia em gestão de pessoas. Tem uma vasta produção científica: publicou livros, capítulos e muitos artigos. Foi membro dos Con-selhos Editoriais de diversas revistas científicas, como a Revista de Administração da USP - RAUSP, Revista Latinoamericana de Administración, Revista de Gestão USP – REGE, Revista Gestão & Regionalidade e Revista Humanidades em Diálogo.

O intenso relacionamento do professor Lindolfo com

os amigos e colegas de profissão, Adalberto e Martinho, rendeu boas histórias. Quando aluno, Lindolfo foi gestor do restaurante junto com Adalberto dentro do Centro Acadêmico da Faculdade, no antigo en-dereço da rua Dr. Vila Nova. E a veia em-preendedora dos amigos os fez comprar uma grande fazenda de soja, que depois foi vendida rendendo um “bom dinheiro”, segundo Adalberto.

Outra história curiosa e pitoresca foi narrada por Martinho. Em uma partida de tênis que jogavam contra alunos, e estavam perdendo, um professor se apro-ximou e disse aos estudantes em tom de brincadeira: “Vocês estão jogando muito com a emoção, é melhor jogarem com a razão. Eles são o coordenador e o vice do programa de Pós-Graduação da FEA”. Aos risos, Martinho conta que, depois disso, eles conseguiram virar o jogo e acabaram vencendo.

A espontaneidade e a alegria de Lindolfo Galvão de Albuquerque são suas marcas registradas, dentre outros adjetivos citados pelos colegas. O seu perfil conciliador o auxiliou na FEA com seus colegas da mes-ma linha de pesquisa. Segundo Adalberto, “ele é um polo pacificador e integrador, o que o ajudou a criar um ótimo ambiente de trabalho”. E nas palavras de Martinho: “Lindolfo não é uma pessoa centralizadora e é um professor muito bem avaliado. Uma pena que tenha se aposentado. Mas, como sênior, vai poder continuar nos ajudando na USP”.

“Ele é um polo pacificador e integrador, o que o ajudou a criar um ótimo ambiente de trabalho”

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FEA comemora seus 70 anos

Na soleNidade dos 70 aNos da Fea, os três cheFes de departameNto Fizeram um discurso de saudação à

Faculdade. hélio Nogueira da cruz, de ecoNomia, lem-brou os primórdios da Fea, quaNdo a iNstituição aiNda tiNha outro Nome e Ficava localiza-da Na rua doutor vila Nova. “Tivemos na origem uma influência muito forte da Faculdade de Filosofia. Eram professores europeus que tra-ziam sua vertente teórica. Mas lá pelos anos 60, no momento em que houve a intervenção da USP, a figura do professor Delfim Netto foi muito im-portante. Caminhamos na direção do que eu chamo de mainstream em economia, uma tendência internacio-nal mais norte-americana”.

Apesar disso, Hélio No-gueira disse que a FEA sempre manteve um caráter plural. “Se a economia tinha uma divisão entre os ortodoxos e os keynesianos, isso se repetia aqui”, lembrou. Segundo o chefe do EAE, o prestígio da

FEA por FEA

Faculdade mantém-se grande até hoje. “Muitos de nossos repre-sentantes na sociedade influíram na política econômica do país.

Tivemos uma postura forte no debate nacio-nal”. Mais tarde, acrescentou o economista, a FEA foi “caminhando aos poucos de uma direção mais imediata de resolver os proble-mas nacionais para tornar-se uma unidade verdadeiramente acadêmica”.

O professor Hélio Nogueira da Cruz tam-bém enalteceu a missão do departamento de Economia. Além de promover e desenvolver

o conhecimento na área, seu objetivo é “formar cidadãos capazes de pensar os problemas econômicos de maneira integral e atuar como profissionais de alta qualidade e éticos para prestar serviços de extensão e curadoria indissociáveis ao ensino e à pesquisa, co-laborando assim para o desenvolvimento da sociedade brasileira”. Administração

Criado há 57 anos, o departamento de Administração tem sua ori-gem ligada a dois nomes legendários: Ruy Aguiar da Silva Leme e Sérgio

Baptista Zaccarelli. Em seu discurso, o chefe do EAD, professor Roberto Sbragia, lembrou que eles criaram, junto com outros professores da FGV e da Michigan State University, as bases do futuro curso de Administração no Brasil, liderando sua trajetória de “crescimento e inovação” ao longo das décadas de 70 e 80.

“Crescimento, porque chegamos a marca de quase 80 professores, 70 na ativa e 10 seniores, e com isso pode-mos hoje ser comparados em termos de tamanho e excelência às escolas de negócios típicas encontradas nos EUA, Europa e na Ásia. Inovação, porque temos uma trajetória totalmente dedicada à contribuição

Cacilda Luna

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“Neste ano comemorativo, fizemos a reflexão sobre nossa história, nossas tradições, nossos valores e nossa proposta para repensar o Brasil. Passado, presente e futuro se uniram para formar nossa identidade e nosso destino”

Mural dos ProfessoresNo final do ano passado, a FEA inaugurou o Mural dos Professores,

com fotos de seus docentes desde 1946. O painel foi afixado no corredor entre a rampa e a Sala da Congregação. Durante vários meses, a Assistên-cia de Comunicação e Desenvolvimento, com o apoio da Assistência Téc-nica de Administração, buscou em arquivos digitais, internet e processos antigos de servidores, fotos dos professores que trabalharam na institui-ção a partir de sua fundação. Muitas fotos estavam com baixa qualidade de resolução e tiveram que ser restauradas e tratadas digitalmente.

para o avanço do conhecimento, bem como para o estabelecimento de políticas públicas e criação de instituições”, ressaltou Sbragia.

O professor Roberto Sbragia destacou que o EAD possui três periódicos de grande prestígio na comunidade científica nacional e internacional – Rausp, Rege e RAI – todos ranqueados dentro dos primeiros níveis da Capes. Além disso, o departamento contribuiu de forma significativa, ao longo de sua história, para a geração de conhecimentos teóricos e inovadores, que foram materializados em centenas de trabalhos submetidos ao crivo de publicação dos mais importantes periódicos da Administração. Contabilidade e Atuária

O chefe do departamento de Contabilidade e Atuária, Ariovaldo dos Santos, fez um balanço da história do EAC. Disse que já foram formados pela FEA cerca de 6 mil bacharéis em contabi-lidade e 200 atuários. Segundo ele, o ensino de contabilidade no Brasil também passou por uma

verdadeira transformação a partir dos anos 1970, graças ao livro “Contabilidade Introdutória”, de autoria de um grupo de professores da Faculdade.

“Até hoje, foram vendidos 752 mil exemplares em suas diversas edições. A escolha do modelo anglo-saxônico em substituição ao modelo de contabilidade italiano influenciou bastante toda a contabilidade no Brasil. Demos aí uma demonstração de ousadia e coragem”, refletiu. De acordo com Ariovaldo dos Santos, foi dentro do departamento que surgiu a ideia de criação da Fipecafi, em 1974, sendo a fundação até hoje a principal parceira do EAC.

Outra obra importante originada na FEA foi o Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. Até hoje foram vendidos 347 mil exemplares. “Em 1978 veio a grande consolidação. Após a aprovação da Lei das Sociedades por Ações, foram os professores do EAC que desvendaram aquilo que naquela época era muito pouco conhecido dos profissionais e estu-diosos de contabilidade. Ninguém ouvira falar, até então, de equiva-lência patrimonial, consolidação de balanço, demonstrações de ori-gens e aplicações e recursos etc”.

Ariovaldo dos Santos também disse que a participação dos pro-fessores da FEA tem sido marcada por importantes contribuições em instituições como o Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários, Conselho Federal de Contabilida-de, Comitê de Pronunciamentos Contábeis e outros órgãos.

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6 7 6 7 Cacilda Luna

FEA PROFESSORES

Marcovitch e Denisard tornam-se professores eméritos

ambos iNiciaram sua vida acadêmica Na década de

60, estiveram à FreNte do ceNtro acadêmico vis-

coNde de cairu (cavc) e torNaram-se diretores

da Faculdade de ecoNomia, admiNistração e coN-

tabilidade da usp. Jacques Marcovitch e Denisard Cneio de Oliveira Alves, professores aposentados e seniores dos departamentos de Administração e Economia, respectivamente, foram agraciados com o título de professor emérito no dia 17 de novembro passado, em reconhecimento às suas contribuições acadêmicas e à dedicação que tiveram à FEA e à USP nas últimas cinco décadas.

A escolha de seus nomes foi uma homenagem mais do que justa por toda sua atuação, não apenas no ofício de mestre e como pesquisadores, mas também como gestores dentro e fora da universi-dade. Jacques Marcovitch foi reitor da USP entre os anos de 1997 e 2001, secretário de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo, presidente das Companhias Energéticas de São Paulo, presi-dente da Fundação Bunge e conselheiro do World Economic Forum (WEF), em Genebra, na Suíça. Denisard Alves foi três vezes chefe do departamento

de Economia da FEA, secretário de Finanças da Prefeitura de São Paulo e vice-presidente do Banespa.

“Eles são daqueles acadêmicos que sabem olhar para fora da universidade, dar sua contribuição fora da universidade e trazer de fora a contribuição da sociedade, que nós tanto precisamos”, assinalou o reitor Marco Antonio Zago, durante a sessão

solene de entrega dos títulos. E prosseguiu: “Outra característica comum é a enorme dedicação ao ensino, que é presente até hoje e, por isso, eles são largamente admirados por alunos e ex-alunos da FEA. Ambos foram e são pesquisadores relevantes em temáticas que interessam à sociedade moderna”.

Como pesquisador, Denisard desenvolveu estudos nas áreas de Macroeconomia e Economia Monetária e concentrou sua atuação em trabalhos de econometria aplicada à série de tempo, análise de painel e econometria de cross-section. Aplicou a econometria à análise de mudanças climáticas, análise de demanda, análise de política cambial, análise de problemas socioeconômicos como saúde, educação etc. Foi o primeiro pesquisador brasileiro a estudar a economia das mudanças climáticas, em um projeto de pesquisa financiado pelo Banco Mundial em parceria com pesquisadores da Yale University.

Marcovitch produziu uma ampla bibliografia, que chega a mais de uma dezena de livros focados em duas linhas de pesquisa: políticas de gestão universitária, e estratégias empresariais e sustentabilidade. Na área de gestão acadêmica, destacam-se os livros “A Universidade (im) possível”, “A USP e seus desafios” e “Universidade Viva”. Na li-nha dedicada à gestão empresarial relacionada ao desenvolvimento sustentável, publicou “Para Mudar o Futuro: Mudanças Climáticas, Políticas Públicas e Estratégias Empresariais”, a trilogia “Pioneiros e Empreendedores: A Saga do Desenvolvimento no Brasil” e “A Gestão

Profs. Denisard Alves e Jacques Marcovitch

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“Eles são daqueles acadêmicos que sabem olhar para fora da universi-dade, dar sua contribuição fora da universidade e trazer de fora a contri-buição da sociedade, que nós tanto precisamos”

da Amazônia: Ações Empresariais, Políticas Públi-cas, Estudos e Propostas”. o início

O professor Denisard Alves começou sua traje-tória acadêmica em 1964 como aluno de graduação em Economia e Ciências Sociais da USP. Em plena ditadura militar envolveu-se com a política estu-dantil e, em 1966, tornou-se presidente do CAVC. Graduou-se em 1967 e, por conta de seu mérito acadêmico, em dezembro daquele ano passou a fazer parte do corpo docente do departamento de Economia.

Em 1969, conseguiu uma bolsa para a Yale Uni-versity (EUA). “Uma viagem bastante oportuna, porque eu estava muito envolvido com o movimen-to estudantil e a viagem foi uma saída estratégica”, recordou-se. “Quando cheguei lá, vi que era uma universidade fantástica. Ela abriu minhas portas para o futuro. Através dela, consegui produzir flores e frutos durante toda a minha carreira acadêmica dentro da FEA”. Em 1971, ele obteve o título de mestre em Yale e, em 1976, o de PhD.

“Quando retornei ao Brasil, em 1974, a Facul-dade já não estava mais na rua Doutor Vila Nova, como unidade mínima surgiram os departa-mentos, no lugar das cadeiras. Tudo havia mudado. As carreiras de docentes torna-ram-se mais abertas e uma isonomia salarial foi estabelecida”. Denisard Alves tornou-se livre docente em 1978 e professor titular em 1983.

O professor Jacques Marcovitch ingressou na graduação da FEA, em 1965. Foi presidente do CAVC e formou-se em Administração, em 1968. Realizou seu mestrado na Vanderbilt University (EUA) e obteve o grau de doutor pela USP, em 1973. Tornou-se professor

titular em 1982. Foi diretor da FEA (1983-1986), diretor do Instituto de Estudos Avançados e pró-reitor de Cultura e Extensão. Em 1997, foi eleito reitor da USP.

Ao receber o título de professor emérito, Marcovitch destacou como um dos feitos de sua gestão reitoral a elaboração do Código de Ética da USP. “É um documento a inspirar de forma permanente e duradoura o que entendemos por missão acadêmica: uma carta de cidadania que almeja a construção do humanismo em qualquer época, em qualquer circunstância. Esse regramento de conduta é hoje e será sempre ferramenta essencial da governança”.

Marcovitch falou também sobre o ofício de ensinar e o futuro dos jovens. Disse que a possibilidade de enxergar longe é algo que o pro-fessor adquire, em boa parte, no convívio com os estudantes. “O que há de verdadeiramente inspirador no jovem é o culto da imaginação, a curiosidade intelectual e o entusiasmo pelas ideias transformadoras”. E finalizou: “Nossos filhos e netos, herdeiros dos avanços da ciência e da tecnologia nos últimos 100 anos, chegarão provavelmente a uma era de progresso inimaginável. E os nossos alunos poderão ser os ato-res principais de conquistas ainda maiores, desde que se engajem na missão de aprender e empreender”.

A sessão solene de entrega do título de professor emérito teve a participação do vice-reitor Vahan Agopyan, do diretor da FEA, Adal-berto Fischmann, além dos professores Carlos Antonio Luque e Eduardo Vasconcellos, que discursaram em homenagem aos colegas.

dade já não estava mais na rua Doutor Vila Nova, como unidade mínima surgiram os departa-mentos, no lugar das cadeiras. Tudo havia mudado. As carreiras de docentes torna-ram-se mais abertas e uma isonomia salarial foi estabelecida”. Denisard

O professor Jacques Marcovitch ingressou na graduação da FEA, em 1965. Foi presidente do CAVC e formou-se em Administração, em 1968. Realizou seu mestrado na Vanderbilt University (EUA) e

e Eduardo Vasconcellos, que discursaram em homenagem aos colegas.

Profs. Vahan Agopyan (vice-reitor da USP), Denisard Alves, Marco Antonio Zago (Reitor da USP), Jacques Marcovitch e Adalberto Fischmann na cerimônia de

entrega do título de professor emérito

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Novos titulares para o departamento de Economia

Isabelle dal Maso

FEA PROFESSORES

No mês de setembro, o departameNto de eco-

Nomia gaNhou 4 Novos proFessores titulares:

FerNaNdo slaibe postali, rodrigo de losso da

silveira bueNo, daNte meNdes aldrighi e José

Flávio motta. Cargo de grande importância dentro da estrutura universitária, é também o ápice da carreira de um docente. “O professor titular, de um modo geral, é alguém que tem mais experiência, mais maturidade, mais pu-blicações e pesquisa. É também uma pessoa bastante engajada com as questões de gestão e pesquisa”, comenta o professor Rodrigo De Losso.

Com quase uma semana de duração, o con-curso de titularidade inclui provas rigorosas, como erudição e arguição de memorial, e exige que o candidato demonstre tanto conhecimen-to técnico em sua área de pesquisa como enga-jamento institucional. A preparação, portanto, não é um processo trivial. “Em um primeiro momento, existe a parte burocrática de reunir todo aquele conjunto de documentos que vão compor o memorial, todas as suas pesquisas. Outra coisa, até pela natureza do concurso, é retomar seus trabalhos, reler e refletir para se preparar para a prova de arguição”, explica o professor José Flávio Motta. “Eu diria que es-tou me preparando para esse concurso faz um ano, desde o processo de inscrição até a pre-paração da prova de erudição e de arguição.”, conta o professor Fernando Postali.

Entre os desafios, é preciso saber apresentar de forma consistente todo o trabalho de pes-quisa desenvolvido durante anos. “É impor-tante mostrar o que você já produziu não só em termos de pesquisa acadêmica, mas tam-bém em termos de engajamento institucional

e de aulas. Demonstrar que de alguma forma você tentou con-tribuir para a FEA e para a Universidade”, destaca o professor Postali. Para o professor José Flávio Motta, um fator que au-xilia na questão do engajamento institucional é o tamanho do departamento de economia, facilitando a divisão do trabalho. “Como é um departamento grande, você consegue as funções de ser membro de conselhos, membro de comissões e até mes-mo participar de atividades de cultura e extensão, sem que isso prejudique o ritmo das pesquisas, ou diminua a dedicação de tempo para a preparação de aulas”, explicou.

Apesar de muitas das funções administrativas, que até pou-cos anos atrás só eram executadas por professores titulares, hoje também desempenhadas por livres-docentes, a responsabilida-de de um titular dentro do contexto universitário ainda é mui-to grande. Entre as prerrogativas está, por exemplo, ocupar os cargos de direção das unidades e da reitoria. Além disso, ser professor em uma instituição pública é uma responsabilidade a mais e demanda uma preocupação não apenas com o ensino e a pesquisa, mas em retornar o conhecimento gerado pela Uni-versidade para a sociedade. “O maior desafio é lidar com uma série de restrições de ordem institucional e financeira. Se fazem muitas críticas à USP, mas para tentar mudar você precisa par-ticipar dessas estruturas decisórias, não tem jeito”, destacou o professor Postali.

Quem são os novos titulares

Fernando Slaibe Postali

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Esta-dual de Campinas (1996), mestrado em Teoria Eco-nômica pela Universida-de de São Paulo (2000), doutorado em Teoria Econômica pela Univer-

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“É importante mostrar o que você já produziu não só em termos de pesquisa acadêmica, mas também em termos de engajamento institu-cional e de aulas.”

sidade de São Paulo (2004) e livre-docência em Micro-economia pela Universidade de São Paulo (2012). Atua na área de Economia com os seguintes temas: regulação econômica, petróleo e recursos naturais, com ênfase na relação entre rendas petroleiras, desenvolvimento e fi-nanças públicas.

Rodrigo De Losso da Silveira Bueno

Com graduação em Economia (1995) e mes-trado em Teoria Econô-mica (1999) pela Uni-versidade de São Paulo, o professor também possui mestrado (2000) e doutorado (2008) em economia pela Univer-sidade de Chicago. É especialista em cálculo de custo de capital próprio e de terceiros. Desenvolve pesquisa na área de apreçamento de ativos, enfatizando métodos e modelos matemáticos, econométricos e estatísticos aplicados a Fi-nanças e Economia Monetária. Recebeu sete prêmios por seus trabalhos científi cos e desempenho acadêmico.

Dante Mendes Aldrighi

Possui graduação em Engenharia Naval pela Escola Politéc-nica da USP, mestra-do e doutorado em Economia pela USP, e pós-doutoramento pela London School of Economics. Pesqui-sa, orienta e ministra

cursos nas áreas de Economia Financei-ra, Economia Internacional, e Desenvol-vimento Econômico. Tem publicações sobre os seguintes temas: governança corporativa, estrutura de propriedade do capital das empresas, restrição financei-ra ao investimento, fraudes corporativas, finanças comportamentais e desenvolvi-mento econômico.

José Flávio MottaPossui graduação em Ciências Econô-

micas (1982), doutorado em Economia (1990) e livre-docência (2010) pela Uni-versidade de São Paulo. Leciona e orien-ta no Programa de Pós-Graduação em História Econômica da FFLCH/USP e no Programa de Pós-Graduação em Eco-nomia do IPE-FEAUSP. Desenvolve suas pesquisas na área de História Econômi-ca, com ênfase em Demografia Histórica. Seus principais temas de pesquisa são: economia e demografia da escravidão, tráfico interno de cativos, família escra-va, estrutura da posse de cativos, história do mo-v i m e n t o o p e r á r i o b r a s i l e i -ro, histo-r io g raf i a econômi-ca do Bra-sil.

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10 11 10 11 Jornalistaapós ciNco aNos sem a realização de um coNcurso, em setembro

o departameNto de coNtabilidade e atuária da Fea selecioNou

dois Novos proFessores titulares: gerlaNdo augusto sampaio

FraNco de lima e luiz paulo lopes Fávero. “É uma honra e uma responsabilidade muito grande ser um professor titular do departamento de Contabilidade da Universidade de São Paulo”, afi rmou o professor Gerlando Franco de Lima. O professor, que está na FEA desde 2008, destacou que a preparação é um processo de toda uma carreira acadêmica. “Na verdade esse concurso não dá para se preparar em um ano. É um concurso que avalia sua vida toda, desde que você entra na faculdade”, explicou.

Outra característica é que, diferente do concurso para livre--docente, o concurso de titularidade tende a ser menos cansativo operacionalmente, mas é mais cansativo psicologicamente. “No concurso para associado, você tem que defender uma outra tese e, além disso, também tem a prova escrita, a prova didática, a prova oral e a prova de currículos. No concurso para titular, não. Porém, é mais tenso porque você está mostrando sua história para uma banca de peso”, disse.

Gerlando ainda destacou a importância de representar a FEA e a área de contabilidade. “Tenho agora uma responsa-bilidade muito maior em representar uma linha de pesquisa e o departamento. O professor titular é aquele que vai formar discípulos, vai ajudar o departamento na administração, vai di-recionar a pesquisa, então é muito importante. O cargo acarreta

um cuidado muito maior nas coisas que você faz e no que você fala, porque você está representando a instituição”, destacou.

Gerlando Augusto Sampaio Franco de Lima

Graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio Grande do

Norte (2003), mestre (2005), doutor (2007) e livre-docente (2013) em Controladoria e Con-tabilidade pela FEAUSP. O professor também é pós-doutorado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (2008-2009)e pós-doutorado e professor visitante da Universidade de Illinois at Urbana-Champaign (2012-2013). Tem pesquisas relacionadas ao mercado financeiro, contabilidade compor-tamental, societária, financeira, governança corporativa, mercado de capitais, disclosure e ciências contábeis.

Luiz Paulo Lopes FáveroT e m

graduação em Enge-nharia Ci-vil (1997), mestrado (2003) e doutorado (2005) em Adminis-tração pela Universidade de São Paulo. Fez pós-doutorado em Econometria Financeira pela Columbia University em Nova York (2009) e também participou de cursos de Modelagem Econométrica na California State University e na Universidad de Salamanca, e de Cases Studies na Harvard Business School. Atua na área de mercado fi nanceiro, com ênfase em métodos e modelos matemáticos, economé-tricos e estatísticos, modelagem multivariada e pesquisa operacional aplicadas a modelos de crédito e de default, gestão de carteiras, valuation e mercado imobiliário.

Novos titulares para o departamentode Contabilidade e Atuária

FEA PROFESSORES

Isabelle dal Maso

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Ariovaldo dos Santos assume o EAC

desde agosto passado, o departameNto de

coNtabilidade e atuária da Feausp passou

a ser comaNdado pelo proFessor ariovaldo

dos saNtos. Especialista em contabilidade societária, contabilidade para usuários externos, Demonstração do Valor Adicionado (DVA), infl ação e balanço em moeda estrangeira, o novo chefe do EAC iniciou sua carreira docente na USP há 30 anos e, em julho de 2005, tornou-se titular. É diretor presidente do Ipecafi (Instituto de Pesquisas Contábeis Atuariais e F i n a n c e i r a s ) , coordenador técnico da revista Melhores e Maiores desde 1996, e consultor ad hoc da revista Contabilidade & Finanças.

O início de sua gestão à frente do EAC coincidiu, praticamente, com a aprovação do novo regimento do Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Contabilidade, publicado no Diário Ofi cial em 9 de dezembro de 2016. O novo regimento, de acordo com Ariovaldo, restaurou algumas iniciativas que tinham sido modifi cadas havia cerca de 3 anos. Algumas disciplinas obrigatórias voltaram e o ensino da contabilidade retomou o foco, já que estava privilegiando a internacionalização. “Lá fora, eles têm um tipo de preocupação e nós, aqui, outro”, justifi cou.

Ariovaldo dos Santos explica que o processo de internacio-nalização não se resume apenas ao intercâmbio de alunos e professores. Existe também a questão das publicações externas, que estariam valorizando muito mais os métodos quantitativos, indo na contramão do que o departamento de Contabilidade e Atuária da FEA construiu nos últimos 40 anos.

Para o novo chefe do EAC, apesar dos periódicos estrangei-ros exigirem isso, o departamento de Contabilidade não quer “perder a origem”. Não que o processo de internacionalização não vá continuar, deixa claro Ariovaldo dos Santos, mas “não podemos trocar nosso prestígio interno, no Brasil, por um prestígio externo, até porque na minha concepção esse pres-tígio externo está longe de ser alcançado. Nunca vamos ser

expoentes em métodos quantitativos. Não podemos trocar uma coisa pela outra, o que podemos é adicionar”.

Uma das iniciativas que deram certo e foram pre-servadas, completa o contabilista, foram os exames de requalifi cação no mestrado e no doutorado, que passaram de um para dois, antes da defesa fi nal da tese. “É uma modifi cação que contribui positivamente, porque temos visto resultados muito expressivos de mudanças de foco nas dissertações ou teses”. Em relação à graduação, Ariovaldo dos Santos anunciou

uma parceria com o IME-USP (Instituto de Matemática a Estatística) com o objetivo de oferecer aos alunos da FEA disciplinas na área de Matemática Aplicada. “São disciplinas que a gente precisava e não tinha”. Em troca, os alunos do IME

terão disciplinas específi cas de atuária. Já o projeto Discovery continua a todo vapor, com o oferecimento de cinco disciplinas em inglês na graduação.

Cacilda Luna

Pesquisas Contábeis Atuariais e F i n a n c e i r a s ) , coordenador técnico da revista Melhores e Maiores desde 1996, e consultor ad hoc da revista Contabilidade & Finanças.

nalização não se resume apenas ao intercâmbio de alunos e professores. Existe também a questão das publicações externas, que estariam valorizando muito mais os métodos quantitativos, indo na contramão do que o departamento de Contabilidade e Atuária da FEA construiu nos últimos 40 anos.

Para o novo chefe do EAC, apesar dos periódicos estrangei-ros exigirem isso, o departamento de Contabilidade não quer “perder a origem”. Não que o processo de internacionalização não vá continuar, deixa claro Ariovaldo dos Santos, mas “não podemos trocar nosso prestígio interno, no Brasil, por um prestígio externo, até porque na minha concepção esse pres-tígio externo está longe de ser alcançado. Nunca vamos ser

expoentes em métodos quantitativos. Não podemos trocar uma coisa pela outra, o que podemos é adicionar”.

servadas, completa o contabilista, foram os exames de requalifi cação no mestrado e no doutorado, que passaram de um para dois, antes da defesa fi nal da tese. “É uma modifi cação que contribui positivamente, porque temos visto resultados muito expressivos de mudanças de foco nas dissertações ou teses”. Em relação à graduação, Ariovaldo dos Santos anunciou

uma parceria com o IME-USP (Instituto de Matemática a Estatística) com o objetivo de oferecer aos alunos da FEA disciplinas na área de Matemática Aplicada. “São disciplinas que a gente precisava e não tinha”. Em troca, os alunos do IME

terão disciplinas específi cas de atuária. Já o projeto Discovery continua a todo vapor, com o oferecimento de cinco disciplinas em inglês na graduação.

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Sipat discute o futuro do trabalho

FEA FUNCIONÁRIOS

“peNsaNdo Na qualidade para o

Nosso Futuro”. Este foi o tema central da Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho (Sipat), promovido na FEA em outubro passado, pela Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). Foram cinco dias de palestras, com coff ee-breaks e sor-teios de prêmios aos participantes. “Este evento vem crescendo consideravelmente ano após ano. Seu principal objetivo é trazer informação para dentro do ambiente de trabalho e acrescentar valores para o trabalhador. Mas também é uma ótima oportunidade para o encontro e integra-ção entre os funcionários”, explicou Claudinei Castelani, presidente da Cipa.

A primeira palestra, “Inci-dência de drogas nas famílias da região do Butantã”, com o Prof. João Becker Lotufo (HU-USP), abordou a descriminalização da maconha e os problemas que o vício de drogas lícitas e ilícitas trazem ao usuário e à sociedade. Médico pediatra no Hospital Universitário, Lotufo destacou a importância de se retardar o contato dos adolescentes tanto com a maconha, como com a bebida e o cigarro: “O problema de se começar com drogas tão cedo é que o cérebro só está totalmente formado aos 21 anos, portanto o risco de desenvolver dependência nessa época é muito maior”, explicou.

A palestra “A Reforma da Previdência e

seus impactos: planejando-se para a aposentadoria”, ministrada pelo professor José Roberto Savoia (FEA), no segundo dia de atividades, tratou das mudanças que estão ocorrendo nas regras de aposentadoria. Atualmente, segundo o docente, o Brasil é um ponto fora da curva entre os países que asseguram o direito

de aposentadoria aos trabalhadores. “O Brasil tem uma despesa muito grande, embora não tenha tantos idosos. Somado a isso, o tempo de contribuição de um brasileiro é muito curto”, explicou. Em 2015, a média de idade dos brasileiros recém-aposentados foi de 58 anos, uma das mais baixas no mundo. Já no Japão e EUA, as médias foram de 69,1 e 65 anos, respectivamente. “Estamos caminhando para uma reforma, e é necessário que exista um debate maior sobre a questão”, apontou Savoia.

O terceiro dia da Sipat também abordou questões trabalhis-tas. O professor Hélio Zylberstajn (FEA) falou sobre “Mercado de trabalho e reforma trabalhista: o que vem por aí?”. No último ano, as questões trabalhistas ganha-ram grande atenção midiática com as propostas de mudança da legislação. Mas, em um cenário de crise econô-

mica e desemprego, discutir alterações é um assunto espinhoso, ressaltou o docente. “A taxa de desemprego no Brasil hoje é de 12%. O que se espera com a reforma das leis trabalhistas é que o país volte a se tornar competitivo no cenário mundial e que, consequentemente, a economia cresça e empregue mais gente. No Brasil, nós criamos um sistema que aparentemente defende o trabalhador, mas não é muito efi ciente. Que sistema queremos construir? Temos que debater melhor essas mudanças porque podem ser mudanças positivas”, justifi cou.

Isabelle dal Maso

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12 13

“Seu principal objetivo é trazer informação para dentro do ambiente de trabalho e acrescentar valores para o trabalhador... também é uma ótima oportunidade para o encontro e integração entre os funcionários”

Bem-estarA Dra. Edinalva Cruz, psicóloga

e psicanalista do HU-USP, falou sobre o tema “Viver bem, saúde, bem-estar e equilíbrio emocional”. Ela destacou a importância de se estabelecer uma rotina regrada para garantir o bem-estar físico, mental e social, criando tempo no dia a dia para realizar atividades relaxantes como meditação e exercícios de respiração. Cruz também salientou a necessidade de se manter um estilo de vida saudável que inclua uma boa alimentação, qua-lidade de sono, prática de atividades físicas e consultas médicas

rotineiras. “Sofremos com stress e com a sobrecarga de tarefas em maior ou menor medida, mas o ponto é observar como lidamos com essas situações no dia a dia”, afi rmou.

No último dia da Sipat, o tema discutido foi “Construindo o Futuro com Qualidade”, com o

professor Jacques Marcovitch e participação do professor Carlos Antonio Luque. “Passamos por um momento difícil fi nanceiramente, mas tenho absoluta certeza que estamos muito bem representados pelos alunos, professores e funcionários e iremos superar essas difi culdades”, disse Luque.

Marcovitch expli-cou que num mundo que passa por cons-tantes transforma-ções, devemos estar preparados para en-frentar um cenário que será muito dife-

rente daqui a apenas 20 ou 30 anos. “O Brasil que conhecemos hoje não será o mesmo daqui a alguns anos. O futuro terá pouco a ver com o que estamos vivendo hoje em termos de emprego, por exemplo. Muitas profi ssões vão desaparecer, enquan-to outras serão criadas. Como nos preparar diante de tantos riscos e

incertezas?”Olhando exemplos de homens que foram

pioneiros e que construíram um legado dura-douro a partir de situações difíceis, o professor Marcovitch destacou algumas qualidades fun-

damen-t a i s : olhar as a d v e r -sidades c o m o u m a oportu-n i d a d e

de aprendizagem; valorizar o conhecimento do outro; e entender que seu objetivo principal não deve ser a riqueza, que a riqueza é apenas um meio para se alcançar um sonho.

Por fi m, o docente salientou que, apesar de parecer ainda uma realidade muito distante, a FEA também deve começar a se preparar. “A forma de construir um futuro melhor para nós e para nossa Universidade é cada um melhorar no seu pequeno nicho o que estiver ao seu alcance”, disse.

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14 15 Lu Medeiros

Pool de gráficas, uma solução para maior produtividade

FEA FUNCIONÁRIOS

pilhadeira, d i s p l a y s e outros. Além disso, mais três funcionários passaram a integrar o quadro do Serviço de Artes Gráfi cas do IME, um transferido da Poli e dois da Física.

A Superintendência de Tecnologia da Informação da USP contratou a empresa TKSI - Soluções em TI para desenvolver um sistema helpdesk para solicitação, autorização, acompanhamento e faturamento dos serviços gráfi cos das unidades participantes do pool (https://grafi ca.uspdigital.usp.br). Para acessar o siste-ma, o usuário utiliza seu número funcional e a sua senha única dos sistemas USP. Na FEA, os professores deverão apresentar os seus pedidos às respectivas Secretarias de Departamento, e os funcionários deverão dirigir-se ao seu superior imediato.

O projeto foi implantado em outubro e já funciona regular-mente. Houve um treinamento prévio em setembro, ministrado por Pedro Domingues e Karina Galvão, da TKSI, com a presença de 80 funcionários e do diretor do IME, Clodoaldo Grotta Ra-gazzo, representando os demais diretores (FEA, EP, IF e IAG).

Na avaliação das assistentes administrativas envolvidas responsáveis, o resultado tem sido satisfatório. Tanto que o Instituto Oceanográfi co também manifestou interesse em

compor o pool e as tratativas já estão em andamento.As dúvidas apresentadas pelos usuários têm sido discuti-

das junto aos responsáveis pelo desenvolvimento do sistema, a fi m de aprimorar e facilitar o seu uso.

Até o momento, a gráfi ca do pool tem atendido os pedidos no prazo previsto e, em alguns casos, o serviço é entregue antes das 72 horas.

Quaisquer dúvidas poderão ser encaminhadas à Assistência Administrativa da FEA no email [email protected].

a ordem é ecoNomizar e moderNizar os

processos de trabalho para Fazer FreNte à atual

coNJuNtura orçameNtária da uNiversidade. Pensando nisso, o diretor da FEA, Adalberto Fischmann, solicitou à assistente administrativa, Márcia Regina Bispo, um estudo para melhorar a produtividade dos serviços gráficos, considerando espaços, funcionários e materiais. Para isso, Márcia reuniu uma equipe de colegas assistentes de outras unidades: Paixão de Mattos Padrão Saldanha (IME), Kátia Maria Ferlin (Poli), Rosangela Trevisan Rodrigues Ferreira (Física) e Orminda Silva Greiner (IAG), que analisaram a viabilidade de fusão das gráfi cas locais e, juntas, concluíram que os serviços poderiam ser agrupados num único espaço.

O IME foi escolhido para sediar o pool, por ser a unidade mais central e por possuir um parque gráfi co mais atualizado e completo, capaz de executar maior diversidade de tare-fas. As demais unidades transferiram para o IME alguns equipamentos e materiais gráfi cos, como computadores, encadernadora, plastifi ca-d o r a , plotter, em- de 80 funcionários e do diretor do IME, Clodoaldo Grotta Ra-

gazzo, representando os demais diretores (FEA, EP, IF e IAG).Na avaliação das assistentes administrativas envolvidas

responsáveis, o resultado tem sido satisfatório. Tanto que o Instituto Oceanográfi co também manifestou interesse em

compor o pool e as tratativas já estão em andamento.

das junto aos responsáveis pelo desenvolvimento do sistema, a fi m de aprimorar e facilitar o seu uso.

Até o momento, a gráfi ca do pool tem atendido os pedidos no prazo previsto e, em alguns casos, o serviço é entregue antes das 72 horas.

Quaisquer dúvidas poderão ser encaminhadas à Assistência Administrativa da FEA no email [email protected].

d o r a , plotter, em-

Equipe de assistentes que analisaram a viabilidade da união das gráficas: Paixão de Mattos Padrão Saldanha (IME), Orminda Silva Greiner (IAG), Kátia Maria Ferlin (Poli), Rosangela Trevisan Rodrigues Ferreira (Física) e Márcia Regina Bispo (FEA)

Prof. Clodoaldo Grotta Ragazzo, diretor do Ime

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14 15 Prof. Carlos Alberto Pereira

PESC divulga melhores projetos em cerimônia de encerramento

a cerimôNia de eNcerrameNto e divulgação dos melhores proJetos do pesc - programa de exteNsão de serviços à comuNidade - edição 2015/16, ocorreu No dia quatro de outubro. O PESC é um programa de voluntariado universitário que, desde a sua criação, em 2001, já realizou 134 projetos junto a Organizações Não-Governamentais, contando com a participação efetiva de 721 alunos de graduação e pós-graduação.

O PESC presta serviços gratuitos a entidades sociais que necessitam de apoio nas áreas de especialização da FEAUSP. Os alunos participantes veem nesse trabalho uma oportunidade de contribuir com a sociedade, por meio da aplicação prática dos conhecimentos adquiridos nos seus cursos. O professor Carlos Alberto Pereira, coordenador geral do PESC, entende que o programa é “uma oportunidade do aluno aprender fazendo, de forma útil, com impactos diretos e concretos para a comunidade atendida, reforçando o papel de inovação, empreendedorismo e responsabilidade social da FEAUSP”. Também fazem parte da coordenação do PESC, os professores David Daniel Turchick Rubin e Guilherme de Farias Shiraishi.

Nesta edição, foram realizados 10 projetos junto a ONGs, envolvendo 56 alunos de graduação e 10 de pós-graduação (tutores).Primeiro colocado

O grupo vencedor, composto por Carlos Eduardo Heinecke, Esther Naomi Tsuji, Laryssa Montenegro Pires e Nicole Rocha Fernandes, realizou um projeto para o Instituto George Mark Klabin (iGMK). O trabalho teve como resultado a construção e a implantação de uma metodologia de mensuração do impacto social das atividades desenvolvidas pela organização, voltada para jovens brasileiros de baixa renda. Colaboraram para a execução do projeto os professores José Roberto Kassai e Maria

FEA CIDADÃ

Profa. Maria Dolores ao lado dos profs. Carlos Alberto Pereira e Guilherme Shiraishi. apresentando o grupo 1ºcolocado: Laryssa Montenegro Pires, Carlos Eduardo Heinecke, Nicole Rocha Fernandes e Esther Naomi Tsuji

André Cervi, criador do site AtadosDolores Montoya Diaz, além do tutor Guilherme Duarte, e Ana Vial e Henrique Amaral, do iGMK.Menção honrosa

A construção de um banco de dados para administração das informações relativas aos mais de 3.000 usuários do Centro de Referência e Defesa da Diversidade (CRD), serviço mantido pelo Grupo Pela Vidda em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), rendeu menção honrosa ao grupo composto pelos alunos Bárbara Camargo Netto, Bianca de Oliveira Araújo, Gabriela Milagres Marqui, Gilson Piorini Ribeiro e Mateus Gomes Corrêa dos Santos, apoiado pelo tutor Luciano Nurnberg.

O Grupo Pela Vidda é uma organização não governamental sem fins lucrativos, formada por pessoas com HIV/AIDS, seus amigos, parentes, familiares e interessados em geral, com o objetivo de prestar apoio psicossocial, jurídico e educacional, além de promover atividades de geração de renda, capacitação profissional, cultura, lazer, inclusão na educação e promoção da saúde do público atendido.Palestra

O evento contou também com a palestra do ex-aluno da FEAUSP, André Cervi, abordando a sua trajetória acadêmica e profissional, que o levou a optar pela carreira em empreendedorismo social, bem como à criação, em 2012, junto com mais quatro colegas da faculdade, do site “Atados” (www.atados.com.br), uma plataforma digital que é hoje uma referência na captação de voluntários para projetos sociais desenvolvidos por ONGs.

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Gente da FeaUma publicação bimestral da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo Assistência de Comunicação e DesenvolvimentoFevereiro 2017_tiragem 600 exemplares

Av. Prof. Luciano Gualberto, 908Cidade Universitária - CEP 05508-010

Diretor da FEA AdAlberto Américo FischmAnn

Coordenação Gerallu medeiros

AssistênciA de comunicAção e desenvolvimento dA FeAusP

Edição AssistênciA de comunicAção e desenvolvimento

dA FeAusPmilenA neves – mtb 46.219

Projeto Gráfico: elos comunicAção

revisado por ton cândido

Layout e Editoração Eletrônica robertA de PAulA

Revisão

cAcildA lunA e milenA neves

FotosismAel do rosário,

mAyrA onishi e robertA de PAulA

SELo FSC

FEA DESTAQUES

Prêmios

O professor João Maurício Gama Boaventura, do departamento de Administração da FEA, recebeu o prêmio de melhor trabalho da Divisão Stakeholder Strategy no SMS – Strategic Management Society Annual Meeting, em Berlim, junto com Keysa Manuela Cunha de Mascena e Greici Saturi. Na foto, Boaventura recebe a placa das mãos do Prof. Richard Priem, past chair da Divisão.

LançamentoLivro destaca os 40 anos do PAT

Lançado em novembro passado o livro “40 Anos do Programa de Alimentação do Trabalhador – Conquistas e Desafios da Política Nutricional com Foco em Desenvolvimento Econômico e Social”, da editora Blucher, coordenado pelo professor José Afonso Mazzon, do departamento de Administração. O PAT é o mais duradouro programa socioeconômico do Brasil e um dos mais bem-sucedidos do mundo, com 19 milhões de favorecidos. Em quatro décadas, estima-se que tenham sido servidas 79 bilhões de refeições e, com seus resultados, o programa tornou-se referência para a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Cacilda Luna

Prêmio em Berlim

O professor Wilson Amorim, do departamento de Administração, foi um dos finalistas do 58º Prêmio Jabuti, de 2016, o mais importante prêmio do livro brasileiro. Seu livro “Negociações Coletivas no Brasil: 50 anos de aprendizado”, da Editora Atlas, foi selecionado entre os 10 finalistas

da categoria Administração, Economia, Negócios, Turismo, Hotelaria e Lazer. A cerimônia de entrega aos vencedores foi realizada no dia 24 de novembro, no auditório Ibirapuera.

Finalista do Jabuti