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HealthCare Management 24a edição

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Revista bimestral direcionada à área da saúde. Nesta 24ª edição da revista, destacamos o especial com a cobertura da Feira Hospitalar 2013, a matéria de capa que destaca o trabalho desempenhado pelo Grupo de Saúde São Cristóvão, em São Paulo (SP), que tem conquistado vários reconhecimentos, além de outras matérias exclusivas.

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EXPEDIENTE

A revista HealthCare Management é uma publicação bimestral do Grupo Mídia. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional.

O conteúdo dos artigos é de responsabilidade dos autores, e não refletem, necessariamente, a opinião do Grupo Mídia.A reprodução das matérias e dos artigos somente será permitida se previamente autorizada por escrito pelo Grupo Mídia,

com crédito da fonte.

MATRIZRua Antônio Manuel Moquenco Pardal, 1027 - Ribeirão Preto-SP - Brasil

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DePARTAMenTo De MARkeTInGErica Almeida Alves

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FoToSBanco de imagensPriscila Soares Prado

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PReSIDenTe Edmilson Jr. Caparelli

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DIReToRA ADMInISTRATIVA Lúcia Rodrigues

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DIReToRA De MARkeTInG/ eVenToSErica Almeida Alves

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Lúcia Rodrigues e Priscila Soares Prado

DIReToRA eDIToRIALPriscila Soares Prado

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ReLAçÕeS InTeRnACIonAIS Jailson Rainer

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Atenção: pessoas não mencionadas em nosso expediente não têm autorização para fazer reportagens, vender anúncios ou, sequer, pronunciar-se em nome do Grupo Mídia.

CoMeRCIAL WeBCaroline [email protected]

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EDITORIAL

Todos pela qualidadeCaro leitor,

A busca pela alta qualidade nos serviços de saúde é algo imprescindível em qual-quer administração. Seja em uma institui-ção pública ou privada, ter um elevadíssi-mo padrão de governança e atendimento sempre faz a diferença.

A condição de primar pelo trabalho de excelência tem estimulado tanto organiza-ções como o Ministério da Saúde em criar um levantamento estatístico, ao exemplo do Índice de Desempenho do SUS (IDSUS), para medir diversos fatores como efetivi-dade da atenção básica/ambulatorial e de urgências/emergências.

Tal iniciativa, criada no ano passado, ava-lia municípios, regiões e Estados do Brasil com base em informações de acesso, que mostram como está a oferta de ações e serviços. Além da efetividade, esta análise confere se as práticas de saúde estão atin-gindo os resultados esperados.

E nesse contexto, não deixamos de men-cionar a nossa reportagem de capa, que cita o pioneiro trabalho desempenhado pelo Grupo de Saúde São Cristóvão, em São Paulo (SP). A instituição, ao longo dos anos, tem conquistado vários reco-nhecimentos, como as certificações ISO 9001:2008 e ONA nível II.

Ainda nesta edição, apresentamos o Es-pecial Feira Hospitalar, com a proposta de destacar os principais eventos, lançamen-tos e tendências deste consagrado evento do setor. Também contamos com uma ma-téria sobre os preparativos da Reabilitação Feira + Fórum, encontro profissional que cria novas oportunidades de negócios e in-tercâmbio de experiências.

E para falar sobre o Termo de Confiden-cialidade assinado entre a ANVISA/Minis-

tério da Saúde e o Instituto Federal para Medicamentos e Dispositivos Médicos da Alemanha, trazemos uma entrevista ex-clusiva com o Ministro da Saúde da Ale-manha, Daniel Bahr. A autoridade do País europeu esteve presente no estande do Grupo Mídia durante a HOSPITALAR.

Na editoria Health-IT, trazemos uma ma-téria com o Presidente da Associação Bra-sileira das Empresas de Software (ABES), fazendo uma avaliação do mercado de soluções digitais para o segmento médi-co. Ainda, a seção traz uma reportagem sobre soluções em TI que apresenta cases de conceituados hospitais, como o Albert Einstein (SP).

E nesta missão de proporcionar serviços de alto nível, contamos com uma repor-tagem sobre instituições referências no tratamento de câncer, como o Hospital de Câncer de Barretos (SP). Ainda, traze-mos uma entrevista exclu-siva com Dr. Raul Ribeiro, brasileiro que há vários anos atua no St. Jude Children s Research Hospital nos Esta-dos Unidos.

Boa leitura!

Edmilson Jr. CaparelliPublisher

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NESTA EDIÇÃO

MAIO - JUNHO

Gonzalo Vecina Neto, Superintendente do Hospital Sírio-Libanês, aborda a burocracia e falta de recursos, integração entre setor privado e público e o grande desafio de se pensar saúde coletiva no País

16saúde10pontuando a gestão

foco Na GeStão

20 Diagnóstico avançadoMedicia Diagnóstica cresce no Brasil avançando em tecnologia e garantindo a regulamentação e qualidade dos serviços prestados

50 cloud computing: um caminho sem volta para a área de saúde

68 a importância do papel do cIo em saúde

62 Biometria segura

66 cenário digital

72 avaliação do ciclo de vida

74 tradição, qualidade e tecnologia

92 o poder de inovar

96 Um passo para nova vida

102 encontro inovador

104 fortalecendo laços

54 fórmula da evolução

58 Na busca de um novo rumo

artigo de fernando Vogt, Diretor de Vendas para a área de saúde da InterSystems

artigo de avi Zins, consultor especialista no setor da saúde

Software para atestados médicos com certificação digital contribui na redução de práticas fraudulentas como adulteração de dados médicos

Presidente da associação Brasileira das empresas de Software (aBeS) analisa o atual mercado de soluções tecnológicas para o setor da saúde

artigo de Márcia Mariani, especialista em gestão ambiental

Grupo de saúde com 101 anos investe em tecnologia e ganha excelência no mercado

Prêmio Inova Saúde traz o devido reconhecimento as importantes contribuições tecnológicas para a saúde humana no Brasil

Problemas motores podem ser tratados em centros especializados e detentores das mais avançadas técnicas

feira voltada exclusivamente para reabilitação reúne empresas e médicos do segmento para fóruns e apresentação de equipamentos

Brasil e alemanha assinam termo de confidencialidade durante a feira+fórum HoSPItaLar 2013

conheça cases de hospitais que aceleraram o processo de segurança com soluções tecnológicas como e-learning, PeP Móvel e rfID/robótica

evento no Hospital das clínicas de ribeirão Preto (SP) recebe consultora de Portugal e debate a transferência de tecnologia na área da saúde

HeaLtH-It

SUSteNtaBILIDaDe

caPa

aLéM DoS NeGócIoS

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PoNto De VISta

118 as muitas facetas da inovação artigo de carlos Goulart, Presidente-executivo da aBIMeD

116 rapidez e segurança

120 Novos caminhos

Importação na Saúde

124 atenção especial

ambulâncias aéreas permitem o transporte rápido e seguro de pacientes em longas distâncias

empresa anuncia estratégias inéditas para o mercado brasileiro

entidades criticam atuação de médicos estrangeiros no País

Protocolos e atendimentos específicos para o idoso devem estar na planilha administrativa das instituições hospitalares

aLta NoS NeGócIoSeSPaço MéDIco

eScoLHa certa

MoDeLo De ateNDIMeNto

poNTo FiNal

106 Saúde integrada

108 antes dele chegar

113 tecnologia de ponta

Shoppings abrem espaço a centros Médicos para proporcionar comodidade aos clientes

teste aplicado pelo Hospital de câncer de Barretos aponta probabilidade de desenvolver tumores antes que eles apareçam no organismo humano

equipamentos para o setor de radiologia conferem alto desempenho e preço diferenciado para as instituições

128

24 eSPecIaL

a feira+fórum HoSPItaLar comemorou a sua 20ª edição no último mês de maio e a revista Healthcare Management traz, nesta edição, a cobertura completa do maior evento do setor da saúde na américa Latina

24 o grande encontro da comunidade médica

27 em alta no mercado

28 Balanço 2012

30 Mudança de patamar

34 aBeclin realiza 1º Seminário

37 PPP na Bahia

39 articulações decisivas

42 fronteira do conhecimento

44 Homenagem de Sucesso

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PESqUISAplanos de saúde aumentaram até 538% entre 2005 e 2013Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) identificou que, entre 2005 e 2013, houve reajustes de até 538,27% nos planos de saúde coletivos. O estudo analisou o reajuste anual e o por sinistralidade, desconsiderando aqueles por mudança de faixa etária, pois esses valores já são limitados pela regulação da ANS. Foram coletadas 118 decisões judiciais referentes a ações propostas por consumidores de planos coletivos que questionavam o índice de reajuste aplicado. Em 97 ações (82%), os magistrados decidiram pelo “afastamen-to” do reajuste, pois julgaram que o valor imposto pelo plano de saúde era abusivo. Além disso, identificou-se um aumento médio de 82,21% nos contratos de planos coletivos analisados, enquanto isso, o teto para reajuste autori-zado pela ANS para planos individuais em 2012 foi de 7,93%.

DIAS

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GESTãOary Ribeiro assume superintendência ambulatorial do HCorO médico Ary Ribeiro, ex-gerente médico de unidades do Hospital Al-bert Einstein, passou a ocupar, em maio deste ano, o cargo de superin-tendente de serviços ambulatoriais do HCor. Ribeiro é PhD em Ciências Médicas pelo Instituto Karolinska, Estocol-mo, Suécia; e foi Diretor médico da Clinica São Vicente (RJ), de 2000 a 2003; Diretor Técnico-Comercial do Hospital Pró Cardíaco (RJ), de 2003 a 2010; Gerente Médico das Unidades Perdizes-Higienópolis e Centro Médico Ambulatorial da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Al-bert Einstein de 2010 a 2013.Além disso, atuou como representante da ANAHP no Grupo Técnico Modelos de Remuneração ANS de 2010 a 2012 e atualmente coordena do Grupo Técnico ANAHP Relacionamento com Operadoras de Planos de Saúde.

DIRETORIAleandro Reis Tavares é reconduzido à diretoria da aNsO médico cardiologista Leandro Reis Tavares tomou posse como diretor da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).Tavares foi reconduzido à Diretoria Colegiada da Agência para exercer mandato de três anos, por meio de decreto assinado pela Presidente da República, Dilma Roussef, publicado no Diário Oficial da União em 21/06/2013.Em 22/05/2013, sua indicação foi aprovada na Comissão de Assun-tos Sociais (CAS) do Senado e em 5/06/2013 aprovada também no Plenário do Senado.

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ECONôMIAGoverno anuncia medidas para recuperação de santas CasasO Ministério da Saúde anunciou um conjunto de medidas para recupe-ração econômica dos hospitais filantrópicos e das Santas Casas do País. Com a medida, em um prazo máximo de 15 anos, os débitos das insti-tuições que aderirem ao programa serão quitados. Em contrapartida, os hospitais devem ampliar o atendimento de exames, cirurgias e atendi-mentos aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, o valor repassado pelo Ministério da Saúde de incentivo à contratualização irá dobrar, com um adicional de R$ 2 bilhões em 2014.Por meio do PROSUS, programa de fortalecimento das Santas Casas, as entidades terão o apoio do Fundo Nacional de Saúde (FNS) para manter em dia o pagamento de débitos correntes, evitando, assim, o aumento da dívida e quitando gradativamente o valor total. Todo mês o FNS vai reter dos recursos destinados ao custeio o valor equivalente à dívida corrente das unidades que aderirem ao programa, garantindo o seu pagamento.

AqUISIçãORede d’or recebe aprovação do Cade para aquisição da acreditar oncologiaO Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou com restri-ções, a aquisição pela Rede D’Or São Luiz de 50% do capital social do grupo Acreditar Oncologia, que possui clínicas de oncologia no Distrito Federal. Ao final da operação, a Acreditar passa a ser uma sociedade anônima de controle compartilhado entre os atuais sócios e a Rede D’Or.De acordo com o conselheiro relator, Eduardo Pontual Ribeiro, a operação re-sulta na integração entre os serviços de oncologia ambulatorial oferecidos pela Acreditar e os de infraestrutura para oncologia hospitalar ofertados pela Rede D’Or no DF, por meio do Hospital Santa Luzia.Entre as condições impostas está a garantia de opção de escolha do trata-mento oncológico pelo paciente, que frequentemente recebe orientações do próprio profissional de saúde. Além disso, deverão ser informados ao Cade os novos contratos de exploração de setores de oncologia de hospitais em cidades onde a Acreditar estiver presente.

MOBILIzAçãO Movimento pede veto total de dilma ao projeto do ato MédicoO movimento “Não ao Ato Médico”, que mobiliza profissionais e estudantes de 14 setores da área de saúde que se sentem prejudicados com a aprovação do Projeto de Lei 268/02, decidiu encaminhar a presidente Dilma Rousseff pedido de veto integral ao texto aprovado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados.O projeto desagrada a várias categorias profissionais, porque estabelece o que denominaram de reserva de mercado para os médicos, impedindo a prática de atos praticados normalmente pelas diversas profissões que atuam na área de saúde sem a interferência deles. A principal queixa está no Inciso I do Artigo 4º, segundo o qual entre as atividades privativas do médico, está a formulação do diagnóstico nosológico e respectiva prescrição terapêutica.As profissões que foram representadas no movimento são fisioterapia, en-fermagem, psicologia, terapia ocupacional, biomedicina, farmácia, educação física, nutrição, odontologia, fonoaudiologia, veterinária, optometria e acupun-tura.

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ABIMeD debate modelos de desenvolvimento para a SaúdeA Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos – Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (ABIMED) reuniu diversos profissionais durante a Feira + Fó-rum HOSPITALAR 2013 para debater exportações e competi-tividade na saúde.O evento contou com a participação de Eduardo Jorge Valada-res Oliveira, Diretor do Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde do Ministério da Saúde; do economista Antonio Corrêa de Lacerda, coordenador do Grupo de Pesqui-sas sobre Desenvolvimento e Política Econômica da PUC/SP; e do executivo, Aurimar José Pinto.Para Carlos Goulart, Presidente da ABIMED, o País tem poten-cial para ser uma plataforma de exportação regional e um cen-tro de competência mundial para determinados produtos.

Confira vídeos exclusivos no Saúde Online Durante a 20ª Feira+Fórum HOSPITALAR 2013, o Grupo Mídia recebeu em seu estande a presença dos “100 Mais Influentes da Saúde no País”, projeto editorial especial da última edição da revista HealthCare Management. Todos os presentes concederam entrevistas exclusivas ao Saúde Online que podem ser vistas no site saudeonline.net.br ou no canal www.youtube.com.br/grupomidia.Além disso, também foram gravadas co-berturas dos principais debates e fóruns que marcaram o evento como o Fórum da Abeclin, 3ª Jornada de Medicina Esportiva Contemporânea, 1º Seminário Brasileiro de Engenharia Clínica, Sessão Pública so-bre PPP no Estado da Bahia, Seminário da ABCIS, entre outros.

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ReDeS SoCIAIS CeLULAR e TABLeT

Grupo São Cris-tóvão é destaque também no Saúde onlineO CEO do Grupo São Cristóvão, Val-dir Pereira Ventura, recebeu a nossa equipe de redação em sua sala no Hospital e Mater-nidade São Cristóvão, em São Paulo. Além da en-trevista exclusiva, que você confere nesta edição, o Presidente do Grupo também conversou com o por-tal Saúde Online.Nesta entrevista, Valdir Ventura fala sobre como rece-beu a indicação de estar entre os “100 Mais Influentes da Saúde no País”, quais são as perspectivas e o cres-cimento do Grupo durante a sua gestão. Confira a entrevista na íntegra em nosso site.

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setor público e aí não há saída, você se submete às condições públicas que o setor oferece.

Falta de recur-sos e burocracia são obstáculos para a melhoria do sistema de

saúde público. Como solu-cionar esta questão?Falta de recursos é clara-mente demonstrado. Hoje, o Brasil aplica em assistên-cia médica privada, em ter-mos per capita, o dobro na rede médica do SUS. São R$ 1.600 no setor particular per capita ano, e R$ 800 no SUS. Uma parte da população não gosta do sistema privado porque acha que tem proble-mas. Imagine no SUS com metade de financiamento. Dinheiro falta e não adianta dizer nada. A burocracia é o reflexo da falta de eficiência da gestão, que temos que melhorar tanto do público, quanto do privado.

Como o Sr. ava-lia as PPPs? Seria esta uma alter-nativa para me-lhorar o sistema?

As PPPs devem ser avalia-das em duas maneiras. A primeira é a gestão pelo setor privado em organiza-ções do setor público. Hoje, cerca de 95% da saúde da

saúde10pontuando a gestão

a SaúDe eM xeqUe

programas de saúde pública voltados para a melhoria de tratamento e enfermidades da população.

Com a sua vas-ta experiência de atuação no setor privado e público na saú-

de, como o Sr. analisa essas duas realidades opostas? Há a necessidade de inte-gração entre tais sistemas?Não existe nenhuma justifi-cativa para ter os dois sis-temas isolados. No Brasil, quem tem assistência mé-dica privada tem direito à pública, e quem tem a pú-blica não tem direito à pri-vada. Em países desenvol-vidos há sistemas de saúde privado que também não são integrados ao setor pú-blico, entretanto a diferença é que eles são muito menos significativos, represen-tando 10 % da população. São pessoas que buscam o plano de saúde para fugir de filas ou buscar sofistica-ção. Mas você não busca sofisticação, nem foge de fila quando se trata de alta complexidade, como trans-plantes, cirurgias cardíacas e ortopédicas. Nesses paí-ses, quando o paciente pre-cisa destes procedimentos recorre ao setor público. Ou seja, a alta complexi-dade nestes países está no

Qual é o grande desafio de se pen-sar em saúde co-letiva no Brasil?Temos que anali-

sar as necessidades da saúde da população. A demanda é o que as pessoas querem e nós temos que pensar nas neces-sidades, portanto conhecê--las é o primeiro desafio. No Brasil, o instrumento mais utilizado para este conhe-cimento é o índice de mor-talidade, só que isso reflete apenas uma parte da neces-sidade. Outras ferramentas são a morbidade, ou seja, os diagnósticos que se fazem na porta dos serviços de saú-de. Na rede pública, esses dados podem ser acessados através da autorização de in-ternação hospitalar. Mas na rede privada há dificuldades para este acesso, sendo que a rede particular atende 24% do total da população. O Mi-nistério da Saúde está prepa-rando para este ano uma in-vestigação nacional de saúde que visitará 16 mil brasileiros em 4.200 municípios. Será analisada a saúde do indiví-duo sorteado, medindo seu peso, altura, pressão arterial e outros exames. Com isso, teremos o primeiro quadro sobre a nossa saúde, método este já realizado em países como Canadá e na Europa. Saber o que a população tem é fundamental para montar

Burocracia e falta de recursos, integração entre setor privado e público e o grande desafio de se pensar saúde coletiva no País são algumas das questões que o Superintendente do

Hospital Sírio-Libanês, Gonzalo Vecina Neto, uma das maiores referências em saúde pública no País, aborda em entrevista exclusiva à revista HealthCare Management. Outra questão abordada foi a polêmica medida de importação de médicos estrangeiros que para, Vecina Neto trata-se de uma alternativa “rude, dolorosa, que agride o sentimento nativista do País”.

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ou seja, é preciso que haja um espaço para essa pessoa e que ela não seja passiva ao processo de atenção e sim que participe do processo médico assistencial dentro do estabelecimento.

Muito se fala a respeito da im-portação dos médicos. O que o Sr. tem a dizer

acerca desta medida do Governo?que falta médico todo mun-do já sabe. Não temos médi-cos na periferia não apenas porque o médico não gosta de ir para um lugar onde não há atrativos sociais, é porque faltam médicos. Nós devería-mos ter um médico para cada 300 habitantes, mas temos um profissional para cada 600, em média. Nesse ritmo vamos demorar muito tempo para suprir as necessidades. Então, quais são as soluções para resolver o problema da falta de médicos? Uma so-lução poderia ser que criás-semos mais escolas, que é possível e precisa ser adota-do, mas é uma medida a lon-go prazo, pois uma turma de medicina leva seis anos para se formar. Além disso, é pre-ciso que haja hospital escola, projeto pedagógico bom e outros fatores.Outra solução é oferecer a possibilidade para enfer-meiros de participar mais ativamente do processo de atenção à saúde. Existe uma série de procedimento sim-ples no qual o enfermeiro po-deria fazer o diagnóstico de exame e realizar o tratamento

Muitos brasileiros não têm confiança na organização das filas de diversos ór-gãos. Trata-se de um mo-delo absolutamente respei-tado e conhecido.

A população do Brasil segue uma tendência de en-velhecimento. Como os hospi-

tais devem se preparar para atender ao aumento des-ta demanda? Quais são os maiores desafios?Primeiramente, é preciso ter mais centros. Além disso, há uma tendência em atender patologias mais graves. O tra-tamento de uma pneumonia em um jovem, por exemplo, não precisa de quase nada, nem de uma UTI, já para atender um problema cardí-aco ou um câncer em uma pessoa de 60, 70 anos requer UTI, tomografia, ressonância e muitas outras especialida-des médicas. Por isso, nós precisamos de hospitais mais complexos, mais caros e que atendam a esta demanda, que consomem seis vezes mais internações do que os jovens. Os hospitais também precisam ser diferentes. Os idosos têm dificuldade de lo-comoção, portanto precisam de cadeira de rodas, logo as portas precisam ser amplas, não pode haver degraus, para evitar o risco de queda. Isso implica em uma estru-tura diferente e mais profis-sionais para “tomar conta” desses pacientes que são mais dependentes do que os outros. Também é funda-mental um acompanhante,

família do Brasil é feita pela iniciativa privada e é um su-cesso. Além disso, 60% da população tem cobertura de estratégias da saúde da família e é o setor privado o contratado em questão, se-guindo regras ditadas pelo setor público. Não podemos ignorar também que qua-se 70% da rede hospitalar brasileira é privada e signi-ficativa parcela, entre 40 e 45%, além dos filantrópicos, atendem pacientes do SUS. Não temos que discutir se a medicina é estatal ou não. A saúde não é estatal. O fato de ter instituições privadas lucrativas aten-dendo no setor da saúde não torna nem melhor, nem pior o contexto. O que é ex-tremamente importante é a capacidade do Estado em medir transparentemente a relação com setor privado. A outra parceria é, por exemplo, em uma região onde há um hospital públi-co que faz excelentes cirur-gias cardíacas que não é realizada por nenhum pla-no de saúde. Nesse caso, o plano poderia comprar do setor público esse serviço, desde que isso fosse rigo-rosamente controlado.

Mas isso não poderia alterar as filas do sis-tema de saúde daquela região?

Não se pode mexer na fila, para isso temos que fazer a sua gestão e isso nós sabe-mos fazer. A fila dos trans-plantes, por exemplo, de-monstram isso cabalmente.

Gonzalo Vecina Neto

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saúde10pontuando a gestão

a SaúDe eM xeqUede acordo com o protocolo escrito. O protocolo descreve as profissões, como devem ser olhados, e se não der cer-to deve ser procurado o mé-dico. Porém, a Lei do Ato Mé-dico não permite que outros profissionais de saúde façam esta colaboração. Neste sen-tido, a lei é, hoje, um tiro no pé da sociedade brasileira, pois os enfermeiros, fisiote-rapeutas, farmacêuticos, psi-cólogos e as outras 14 pro-fissões na área da saúde têm competências que poderiam ser melhores exploradas se nós não fôssemos tão cor-porativistas com os médicos. Mas a sociedade, o Congres-so e agora a Presidente não pensam assim, então piora a questão da falta de médicos. A questão da importação de médicos é uma alternativa rude, dolorosa, que agride o sentimento nativista do País, mas é uma alternativa, afinal eles têm que passar por uma avaliação, saber falar mini-mamente a língua e trabalhar por protocolos.

Como o Sr. anali-sa o valor de uma instituição que tem acreditação internacional e

qual a importância?Primeiramente, a acredita-ção não precisa ser interna-cional. Nós temos no Brasil a ONA (Organização Nacional de Acreditação), que é ex-cepcional. Isto é, qualquer instituição brasileira que al-cançar o nível de acredita-ção plena pela ONA estará ao nível das mesmas certi-ficações internacionais que

hoje estão sendo oferecidas no Brasil. É obvio que uma certificação internacional tem uma grife a mais. A Joint Commission, por exemplo, carrega uma marca a mais e um hospital do porte do Sí-rio-Libanês, por questões de mercado, precisa buscar ter, por isso não fomos atrás da ONA. Porém, qualquer uma das instituições certificado-ras faz o essencial, que é ter uma visão externa sobre o seu processo de atendimen-to à saúde e verificar se o processo oferece os níveis de segurança que deveriam ser oferecidos aos usuários.

Sobre a integra-ção dos novos prédios do Sírio--Libanês e o de-safio de acomo-

dar as novas tecnologias, como o senhor analisa essa expansão?Nós temos, hoje, um total de quase 80 mil m² cons-truídos e estamos fazendo outros 80 mil m². No espaço já construído nós temos três edificações, uma da década de 40, a segunda da década de 60 e a terceira da década 8

Participe! Escolha o próximo entrevistado do “Saúde 10”. É simples! Envie sua sugestão para o e-mail: [email protected] indicação pode ser publicada na coluna!

saúde

pontuando a gestão

10

de 80 que estão relativamen-te integradas. Nós estamos aproveitando a construção de um novo edifício para centralizar e modernizar tudo o que diz respeito aos facilities, a fim de que exista 100% de segurança para os nossos clientes. Triplicamos o cuidado, como é o caso da energia elétrica, na qual te-mos no-breaks, eletricidade da fornecedora e uma usina própria. Além disso, há tam-bém a preocupação de um consumo menor de energia, tudo isso com um selo verde de construção, pois estamos visando a certificação Green Building Gold.

Qual será a capa-cidade de aten-dimento do hos-pital com essa expansão?

Nós vamos de 350 pacien-tes internados para 700. Na área de diagnóstico e pronto-socorro também estamos ampliando, quase dobrando a capacidade de atendimento. Com isso, va-mos tornar mais acessível, confortável e rápido o aten-dimento a nossos clientes.

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FoCo Na

aVaNço

GeSTÃO

setor cresce no Brasil avançando em tecnologia, sem esquecer a regulamentação para garantira qualidade dos serviços prestados

diagnóstico avançado

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MedicinadiaGNóSTica

“CADA VeZ MAIS, o ATenDIMenTo Ao PACIenTe DeVe SeR RáPIDo e MI-nuCiOSO. A inFOrMAtizAçãO PerMite eStA deStrezA, ALéM dA LiBe-RAçÃo RáPIDA DoS LAUDoS e ReLATóRIoS e A eFICIênCIA no ARMAZe-nAMenTo Do hISTóRICo Do PACIenTe”

COMiSSãO téCniCA dA ABrAMed

O agrupamento de ativi-dades, conhecido an-

teriormente por Serviço de Apoio Diagnóstico (SAD), e chamado atualmente de Medicina Diagnóstica, defi-ne, hoje, cerca de 70% das decisões médicas no País. Isso porque a Medicina Diagnóstica pode atuar de maneira efetiva para apon-tar todas as enfermidades. “Todas as doenças contam com um conjunto de evi-dências e uma série de ca-racterísticas que, por meio das alterações nos testes e exames, pode definir um diagnóstico e estes são di-recionados de acordo com as particularidades de cada suspeita clínica e de cada enfermidade”, explica a Comissão Técnica da Abra-med (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica).

Hoje, a Medicina Diag-nóstica conta com o mais avançado cabedal de tec-nologia em diagnósticos por imagem, ressonâncias magnéticas, equipamentos para análise de doenças cardíacas, dentre outros. São inúmeros os métodos

recentes de diversas áre-as do laboratório, inclusi-ve a de biologia molecular, com resultados precisos e eficientes. E a tecnologia é grande aliada deste cresci-mento. O Brasil tem a tradi-ção do desenvolvimento de softwares especificamente para cada instituição. E os mais recentes obedecem à plataforma Oracle, com ar-mazenamento em nuvem, acesso à distância e crip-tografados, o que permite uma maior segurança dos dados e informações.

“Com o avanço da me-dicina diagnóstica, a in-formatização do sistema é absolutamente fundamen-tal e indispensável. Cada vez mais, o atendimento ao paciente deve ser rá-pido e minucioso. A in-formatização permite esta destreza no atendimento, além da liberação rápida dos laudos e relatórios e a eficiência no armazena-mento do histórico do pa-ciente”, diz a comissão.

Mas não são apenas os softwares que têm avança-do nesta área. Os equipa-

mentos também têm trazido novidades frequentemente, e, de acordo com a Abra-med, a área de imagem é a que mais cresce, haja vista que substituiu os métodos invasivos. Há também um crescente avanço na área laboratorial devido ao pro-gresso do genoma e prote-oma, gerando centenas de novos métodos avançados no diagnóstico de doenças.

Como o investimento nessas tecnologias não é baixo, há uma constante preocupação dos gestores quanto a duração destes equipamentos. Porém, isso é variável, depende do pre-paro dos profissionais que lidam com os aparelhos e também do tipo de equi-pamento. Um aparelho de Raio-X, por exemplo, pode durar até 30 anos, já uma tomografia dura no máxi-mo cinco anos e um apa-relho de ultrassom está superado em três anos, de-vido ao avanço da tecnolo-gia criando produtos mais sensíveis. Os equipamen-tos laboratoriais tendem a ser mais permanentes.

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FoCo Na

aVaNço

GeSTÃO

RegulamentaçãoPara garantir a qualidade

do diagnóstico todo e qual-quer equipamento de análi-se clínica deve ser registra-do na ANVISA e passar por todas as etapas burocráti-cas de validação. No caso de aparelhos importados, é preciso também que haja o registro do país de ori-gem. Para fiscalizar os apa-relhos e os procedimentos de Medicina Diagnóstica alguns órgãos colocam--se a serviço da saúde. É o caso da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), legítima represen-tante do setor de diagnós-tico in vitro, que há vários anos tem trabalhado com a ANVISA, Ministério da Saúde e até mesmo o Mi-nistério da Agricultura, em todos os temas que se

relacionam com o setor. “Este trabalho, sempre fei-

to a partir da participação ativa do Grupo Técnico da CBDL e tem sido fundamen-tal para garantir uma ade-quação da nossa legislação às demandas de um merca-do cada vez mais dinâmico e com ciclos de vida cada vez menores. A importância do diagnóstico precoce para a adoção da terapia correta é cada vez mais clara para a sociedade, mas sem uma regulamentação adequada, o acesso a estas soluções em termos de diagnósticos inovadores fica cada vez mais difícil”, comenta Carlos Eduardo Gouvêa, Secretário Executivo da CBDL.

A parceria d e

instituições como esta com a ANVISA tem sido funda-mental para garantir o avan-ço da área de diagnóstico dentro do setor de saúde, tanto em termos de reco-nhecimento de sua impor-tância, para garantir uma terapia eficaz, quanto do seu papel para o sistema de saúde, permitindo menores custos para todo o sistema, mediante a sua incorpora-ção de forma inteligente e no momento adequado. “Além disso, para os labora-tórios, é a garantia de aces-so a produtos seguros, efi-cazes e com qualidade assegurada”, finaliza o

secretá-rio.

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passos daexcelêNcia

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espeCIal

20 aNoS De SUceSSo

Maior evento da américa latina reúne cerca de 90 milvisitantes e 1.250 expositores nacionais e internacionais

o grande encontro da comunidade médica

A Feira+Fórum HOSPI-TALAR comemorou a

sua 20ª edição com núme-ros significativos para a co-munidade médica. Foram

cerca de 90 mil visitantes, 1.250 empresas exposito-ras, além de congressos, seminários, dentre outros.

A Rodada Internacional

de Negócios, organizada pela Associação Brasilei-ra da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospita-

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Hospitalar2013

lares e de Laboratórios - ABIMO, por meio de seu projeto Brazilian Health Devices, em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimen-tos) constatou um aumen-to de 11,7% no número de empresas participantes. O objetivo do evento foi promover as exportações da indústria brasileira da saúde por meio da apro-ximação entre empresas brasileiras e estrangeiras interessadas em adquirir produtos, artigos e equi-pamentos brasileiros.

Durante três dias, foram

realizadas 647 reuniões entre compradores de 18 países e 64 companhias brasileiras. Participaram representantes de Angola, Arábia Saudita, Chipre, Co-lômbia, Egito, Espanha, Ira-que, México, Moçambique, Nicarágua, Panamá, Peru, Portugal, Romênia, Rússia, Turquia, Uganda e Uruguai.

Comparada com o ano passado, a Rodada au-mentou em onze vezes o número de negócios rea-lizados durante o evento, somando um montante de US$ 23 milhões de conta-tos realizados pelas em-presas encaminhados para

os próximos doze meses. Durante a abertura, Car-

los Goulart, Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnolo-gia de Equipamentos, Pro-dutos e Suprimentos Médi-co-Hospitalares - ABIMED, ressaltou que a Feira se tornou referência interna-cional, sendo um ponto de encontro para discussões, resoluções de problemas na área de saúde, além de ser um ponto de encontro para firmar negócios.

Para Franco Pallamolla, Presidente da ABIMO, a HOSPITALAR tornou-se, ao longo dos 20 anos, uma

“TEMOS 36 PAíSES qUE vIERAM ExPOR PARA FAzER NEGóCIOS COM O BRASIL E COM OUTRAS NAçõES VISITANTES. A PRESENçA DE MINISTROS DE ESTADO TAMBÉM qUALIFICA MUITO A VISITAçãO qUE, HOJE, É PONTO ECUMêNICO NA SAÚDE”

DRA. WALESKA SANTOS, PRESIDENTE DA FEIRA+FóRUM HOSPITALAR

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espeCIal

20 aNoS De SUceSSoferramenta de alta reper-cussão e impacto do setor da saúde como um todo.

Francisco Balestrini, Pre-sidente da Associação Na-cional de Hospitais Priva-dos - ANAHP, salientou os 20 anos que a HOSPITA-LAR vem proporcionando de relacionamento entre as principais entidades. “Pessoas ligadas a todos os setores da saúde se encontram aqui para tro-car ideias e opiniões e de

alguma forma contribuir para um discurso em prol da saúde do brasileiro.”

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, tam-bém esteve presente no evento que afirmou ser uma ótima oportunidade para realizar investimen-tos, incentivando a pro-dução de medicamentos, equipamentos, insumos e, assim, gerar mais em-prego, renda e inovação tecnológica no País.

“É UMA óTIMA OPORTUNIDADE PARA REALIzAR INVESTIMENTOS, INCENTIVANDO A PRODUçãO DE MEDICAMENTOS, EqUIPAMENTOS, INSUMOS E, ASSIM, GERAR MAIS EMPREGO, RENDA E INOVAçãO TECNOLóGICA NO PAÍS”

ALEXANDRE PADILHA, MINISTRO DA SAÚDE

Para Dra. Waleska Santos, Presidente da Feira+Fórum HOSPITALAR, tamanho su-cesso também deve-se a parcerias que ajudaram a fortalecer, durante esses 20 anos, o evento. “Temos 36 países que vieram expor para fazer negócios com o Brasil e com outros países visitantes. A presença de Ministros de Estado tam-bém qualifica muito a vi-sitação que, hoje, é ponto ecumênico na saúde.” HCM

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MedicinaeSpORTiva

Jornada de Medicina esportiva apresenta novas técnicas para o país da Copa

em alta no mercadoSimultaneamente a 20ª

edição da Feira+Fórum HOSPITALAR aconteceu a 3ª Jornada de Medicina Esportiva Contemporânea. Durante o evento, pales-trantes como Dr. Moisés Cohen e Dr. Benno Ejnisman falaram sobre a importância desta vertente da medicina, sua aplicação e novidades dentro de diversos setores da especialidade. O evento reuniu uma equipe multidis-ciplinar, composta por fisioterapeu-tas, médicos e nutricionistas do esporte, assim c o m o

educadores físicos.Além disso, a Jornada

trouxe também alguns pes-quisadores, tanto na área médica, como de educação física, entre eles o profes-sor Irineu Loturco, respon-sável pelo Núcleo de Auto Atendimento do Pão de Açúcar, que toma conta da maioria das equipes de seleção Brasileira. Houve também a apresentação de vários softwares de avalia-ção de força, de potência e de resistência muscular.

O tema, Medicina Esportiva, nunca esteve tão em evi-dência, visto que a prática da ativida-de física está em expansão com o

advento da Copa do Mundo e das Olimpíadas. “Isso faz com que nós, ci-dadãos comuns, acabemos praticando mais atividades físicas e com o aumento da prática cresce também o número de lesões, pois

há muitas pessoas que in-sistem em realizar esportes sem o acompanhamento de um educador físico e sem a pré-avaliação médica”, diz

o fisioterapeuta especialis-ta em medicina esportiva e um dos organizadores do evento, David Homsi.

De acordo com Homsi o profissional de medicina esportiva é aquele forma-do em medicina e que lida exclusivamente com atletas ou com esporte em geral já o fisioterapeuta esporti-vo, precisa ter se especia-lizado nesta área acade-micamente. “Há inclusive uma “Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva”, que avalia os profissionais antes de denotar-lhes este título. Além disso há os cur-sos de especialização como mestrados, doutorados e MBAs”, explica.

A fisioterapia esportiva lida sempre com a preven-ção da lesão, através de exercícios que proporcio-nem à musculatura maior conforto e resistência ao praticar exercícios. “Cla-ro, é difícil falarmos sobre prevenção de lesão, pois muitas vezes, um atleta de futebol, por exemplo, pode ter o contato com outro atleta e se lesionar”, finali-za o fisioterapeuta. HCM

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20 aNoS De SUceSSo

Novos números e tendências são lançados pelo novo observatório da aNaHp

Balanço 2012

Durante a 20ª Feira+Fórum HOSPI-

TALAR foi lançado o “Ob-servatório da ANAHP”, pu-blicação anual em que são apresentadas informações econômico-financeiras, re-lação de pessoas, produ-ção e estatísticas focadas na qualidade assistencial.

De acordo com Francis-co Balestrini, Presidente da ANAHP, a publicação traz importantes números e ten-dências do sistema de saú-de. “Apesar da exuberância, nós tivemos um aumento menor do que era esperado. Além disso, o Observatório traz artigos conceituais a respeito do desenvolvimen-to e do empoderamento de

profissionais na área da saú-de, não médicos, dentro de nossas instituições.”

Conforme o Observatório, em 2012, a receita dos hos-pitais da ANAHP alcançou a marca de R$ 11,4 bilhões, o que em termos gerais, re-presenta um crescimento de pouco mais de 21% em relação ao volume de 2011. Parte desse aumento acon-teceu por conta da amplia-ção do número de hospitais informantes da pesquisa do Sistema Integrado de Indicadores Hospitalares ANAHP (SINHA), que sal-tou de 30 para 35. Assim, o crescimento da receita mé-dia por hospital foi de 4% no período, passando de

R$ 314,5 milhões para R$ 326,8 milhões.

Outra análise traz a tendên-cia de pacientes que, ao in-vés de ir aos seus médicos, preferem dirigir-se a prontos atendimentos e prontos--socorros. “Este fenômeno se relaciona com o fator das grandes cidades e com a vontade de resolver rápido as questões”, afirma Balestrini.

quanto à Gestão de Pes-soas, em 2012, o quadro de pessoal dos 46 hospitais da ANAHP somava 80.605 co-laboradores. Esse volume é 8,1% maior do que o verifi-cado em 2011. A maioria dos colaboradores (64,1%) pos-sui o ensino médio comple-to, enquanto 22,1% já com-

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observatórioaNahp

pletaram o ensino superior; 6,3% têm pós-graduação e o restante estudou até o en-sino fundamental (7,5%). As 32 instituições que respon-deram à pesquisa represen-tam 73,3% do total de cola-boradores dos hospitais da Associação. Esses hospitais aumentaram o quadro de pessoal em 8,1% em 2012, percentual bastante superior ao da criação de empregos total no Brasil no mesmo pe-ríodo que foi de 2,9%.

quanto ao número to-tal de leitos nos hospitais membros da Associação, verificou-se um crescimen-to de 1,4% em 2012, em re-lação a 2011, passando de 9.071 para 9.200 leitos ope-racionais. Desse total, 1.383 são leitos de UTI adulto,

442 de UTI neonatal e 321 são semi-intensivos.

Alertando sobre a impor-tância da acreditação hos-pitalar para a qualidade assistencial e segurança do paciente, o Observató-rio também faz referência ao Programa de Incenti-vo à qualificação lançado pela ANAHP neste ano. Trata-se de uma nova ca-tegoria de hospitais mem-bros: os afiliados.

Assim, hospitais que ainda não possuem acreditação serão aceitos como afilia-dos, sendo necessário que os novos parceiros tenham potencial para conquistar alguns dos selos de institui-ções que atestam o padrão de qualidade. A iniciativa visa promover a melhoria

contínua da qualidade dos serviços, criando condições para sua certificação, além de agregar à cultura brasi-leira, o conceito de saúde como um valor maior.

Para 2013, a ANAHP dedi-cará na elaboração do “do-cumento branco”, ou “white paper”, já feito por diver-sas instituições de outros países. “Durante um ano vamos estudar, de forma muito afincada e aplicada, o sistema de saúde. Para isso, ouviremos autorida-des dos mais variados se-tores para que no início do ano que vem nós tenhamos uma proposta de sustenta-bilidade do sistema para ser entregue aos candidatos à presidência de nosso País”, finaliza Balestrini.

“APESAR DA ExUBERâNCIA, NóS TIvEMOS UM AUMENTO MENOR DO qUE ERA ESPERADO. ALÉM DISSO, O OBSERVATóRIO TRAz ARTIGOS CONCEITUAIS A RESPEITO DO DESENVOLVIMENTO E DO EMPODERAMENTO DE PROFISSIONAIS NA áREA DA SAÚDE, NãO MÉDICOS, DENTRO DE NOSSAS INSTITUIçõES”

FRANCISCO BALESTRINI, PRESIDENTE DA ANAHP

HCM

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20 aNoS De SUceSSo

1º seminário de Integração de TI em saúde debate a tecnologia como ferramenta estratégica para melhoria da qualidade da saúde no Brasil

Mudança de patamar

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atalho paramelhORia

Assuntos de grande relevância, que im-

pactam diretamente na qualidade da saúde da po-pulação brasileira foram discutidos no 1º Seminá-rio de Integração de TI em Saúde, evento organizado pela ABCIS (Associação Brasileira CIO Saúde), du-rante a HOSPITALAR 2013, no ExpoCenter Norte em São Paulo (SP).

A pauta do encontro, que reuniu os executivos de tecnologia que atuam sobretudo em hospitais de todo o País, tratou de matérias centrais consi-deradas decisivas para a elevação do atual estágio da saúde no Brasil, como a criação do prontuário eletrônico único, a disse-minação da telemedicina e os recursos de saúde móvel. Além da integra-ção da área de enferma-gem com a tecnologia da informação nos hospitais.

O Presidente da ABCIS, David Oliveira comentou que o evento é de grande importância para a comu-nidade médica. “Apresen-tamos de forma clara os avanços da tecnologia na área da saúde. Além dis-so, várias inovações foram mencionadas no seminá-rio por meio de cases.”

David Basbaum, Conse-lheiro da ABCIS, afirmou que a telemedicina é es-

sencial para difundir uma linha assistencial. Entre os benefícios da prática tec-nológica ele apontou a mu-dança entre a relação médi-co e paciente. No entanto, o profissional elencou algu-mas dificuldades, tais como a falta de infraestrutura de telecomunicações. “Na maioria das vezes temos que quebrar barreiras.”

Basbaum declarou que implantar a telemedicina é um desafio, pois existe uma ação de vencer bar-reiras culturais e estrutu-rais. “Essa prática tecno-lógica ainda é vista como uma possibilidade e não como uma realidade. O Brasil será com certeza um grande mercado no próxi-mo ano para o desenvol-

vimento desta tecnologia, mas para isso, temos que estar bem estruturados.”

Para Roberto do Val, Gerente de TI, é muito importante implantar a telemedicina dentro das instituições, pois o corpo médico no Brasil é redu-zido, por isso há uma ne-cessidade de multiplicar um médico para diversos pacientes. “Hoje temos que otimizar um recurso que é escasso”, destacou.

quanto ao futuro, Val fez um comparativo entre o comércio eletrônico e a te-lemedicina. “Essa medida comercial, até deslanchar no mundo e no Brasil, ne-cessita de algumas regras de segurança como meios de pagamento eletrônico,

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20 aNoS De SUceSSo

entre outros similares.” O gerente disse que no caso médico, é preciso garantir o sigilo da informação e a integridade, entre os di-versos sistemas, tanto na parte hospitalar, quanto na parte laboratorial. “Essa barreira uma vez quebra-da, rapidamente tal adoção será maciça, pois a popula-ção irá se beneficiar muito com isso e as entidades também”, ressaltou.

Já Heitor Gottberg, Ge-rente Executivo de Negó-cios, salientou que a área da saúde é uma oportuni-dade para a transformação do setor da TI. Gottberg reforçou aos presentes as dimensões da telemedi-

cina. “Cada especialidade necessita de um procedi-mento diferenciado.”

Durante o painel “A in-tegração entre a área de enfermagem e a TI nos hospitais” o debate levan-tou questões pertinentes ao dia a dia, como a dis-seminação do uso de fer-ramentas móveis pelos enfermeiros para otimizar e melhorar o atendimento hospitalar. Sueli de Fátima Luz, enfermeira com espe-cialização em informática destacou “a fundamental importância dos recursos tecnológicos como su-porte e integração do co-nhecimento para o efetivo cuidado ao paciente”.

Sueli enfatizou que a área de TI dos hospitais precisam entender melhor os proces-sos de enfermagem para de fato atender às necessida-des. “Hoje não há integração entre a área de assistência e o sistema de gestão dos hospitais, sempre mais vol-tados aos controles finan-ceiros”. De acordo com a en-fermeira, “a tecnologia pode fazer a diferença se for unida à enfermagem, na direção do hospital do futuro”. Do-nato José Medeiros, repre-sentante do COREN–SP, rei-terou os pontos abordados por Sueli, reafirmando o va-lor da integração da TI com a assistência para melhoria da qualidade da saúde.

“APRESENTAMOS DE FORMA CLARA OS AvANçOS DA TECNOLOGIA NA áREA DA SAÚDE. ALÉM DISSO, VáRIAS INOVAçõES FORAM MENCIONADAS NO SEMINáRIO POR MEIO DE CASES”

DAVID OLIVEIRA,PRESIDENTE DA ABCIS

HCM

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atalho paramelhORia

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20 aNoS De SUceSSo

durante a 20ª Feira+Fórum HospITalaR a associação Brasileira de engenharia Clínica promoveu evento voltado a profissionais da área

aBeClin realiza 1o seminário

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engenhariaclíNica

Entre os dias 22 e 24 de maio, simultaneamente

à Feira + Fórum HOSPITA-LAR, aconteceu o 1º Semi-nário Brasileiro de Enge-nharia Clínica. O evento foi promovido pela ABEClin (Associação Brasileira de Engenharia Clínica) com o intuito de consolidar a es-pecialidade no Brasil. “Nós já realizávamos um evento nos anos anteriores de fei-ra, porém tratava-se de um congresso. Este ano, depois de levantarmos as necessi-dades dos profissionais da área, decidimos criar o Se-minário focado naquilo que esses engenheiros queriam ouvir”, conta Rodolfo More, Presidente da ABEClin.

O objetivo do evento, di-vidido em seis eixos temáti-cos, era, além de atender às

pessoas que trabalham com Engenharia Clínica, também proporcionar a capacitação profissional. “Por isso trou-xemos temas como a forma que a Engenharia Clínica in-terage com o hospital, ges-tão em Engenharia Clínica, inovação em tecnologia, e as novas oportunidades do setor, como por exemplo, seus novos papéis, inclusive dentro das PPS’s, que estão cada vez crescendo mais no País”, contou More.

Para fazer a abertura e apresentar dados atuais sobra a situação da saúde no Brasil esteve presente o Diretor do Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde, Jorge Valadares de Oliveira. Nú-meros apresentados (que têm como fonte o IBGE)

mostram que 9% do PIB do País são movimentados pelo setor da saúde. Além de Oliveira, o Presidente do Conselho Federal de En-genharia e Agronomia, Dr. José Tadeu, também este-ve presente para falar sobre a área.

A Engenharia Clínica bus-ca maior segurança para os pacientes, e está no merca-do para unir três vertentes: saúde, indústria e regula-ção. Por isso, as parcerias são de extrema importância nesta atuação. O engenhei-ro precisa entender desde o que o médico quer, até qual a necessidade do setor de TI dentro da instituição. “O papel do Engenheiro Clínico é compatibilizar essas esfe-ras”, reforçou Valadares du-rante sua apresentação.

“NóS já REALIzávAMOS UM EvENTO NOS ANOS ANTERIORES DE FEIRA, PORÉM TRATAVA-SE DE UM CONGRESSO. ESTE ANO, DEPOIS DE LEVANTARMOS AS NECESSIDADES DOS PROFISSIONAIS DA áREA, DECIDIMOS CRIAR O SEMINáRIO FOCADO NAqUILO qUE ESSES ENGENHEIROS qUERIAM OUVIR”

RODOLFO MORE, PRESIDENTE DA ABECLIN

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20 aNoS De SUceSSo

Os avanços tecnológicos desenham, cada vez mais, o futuro dos ambientes hospitalares exigindo, con-sequentemente, um corpo clínico altamente capacita-do para se adaptar à nova realidade, onde mais equi-pamentos são operados à distância e softwares com alto grau de complexidade.

Neste contexto, o enge-nheiro clínico exerce papel fundamental na interlocução entre o corpo clínico, gesto-res e profissionais respon-sáveis pelo planejamento do edifício. Trata-se de um mer-cado em plena expansão, uma vez que as instituições procuram a excelência como seu pilar na gestão.

Os conhecimentos intima-mente ligados aos fluxos, processos e operabilidade dos equipamentos de saú-de tornam-se cada vez mais essencial para que haja um diálogo efetivo, dirimindo os riscos de falsos entendi-mentos, pois, além do co-nhecimento técnico, alia-se também a visão gerencial dos processos.

Importância desta vertenteDe acordo com Rodolfo

More, Presidente da ABE-Clin, a Engenharia Clinica é uma realidade nas institui-ções hospitalares. “Tais ex-pertises são convergentes à complexidade da inteligên-cia nas tomadas de decisão em diversas instâncias da gestão, além de realizar ta-refas complementares tais como: certificações, cali-brações, planejamento de parques tecnológicos atu-alizados dentro dos hospi-tais e análise sistêmica de processos.”

É este trabalho a base para que sejam realizadas as atividades de manuten-ção, tanto de equipamentos como de toda a infraestru-tura. Com isso, garante-se o bom estado de conser-vação dos produtos em um local funcional de qualida-de, afinal de nada adianta ter aparelhos de saúde em bom estado de conserva-ção e calibrados sem ter um edifício saudável. “As tecnologias precisam da in-fraestrutura para que pos-sam funcionar.”

“TAIS ExPERTISES SãO CONvERGENTES à COMPLExIDADE DA INTELIGêNCIA NAS TOMADAS DE DECISãO EM DIvERSAS INSTâNCIAS DA GESTãO, ALÉM DE REALIzAR TAREFAS COMPLEMENTARES TAIS COMO: CERTIFICAçõES, CALIBRAçõES, PLANEJAMENTO DE PARqUES TECNOLóGICOS ATUALIzADOS DENTRO DOS HOSPITAIS E ANáLISE SISTêMICA DE PROCESSOS”

RODOLFO MORE, PRESIDENTE DA ABECLIN

O conhecimento do pro-fissional de engenharia clí-nica aliado ao conhecimen-to dos demais profissionais ligados a elaboração de um projeto físico-funcional com certeza trará benefícios a instituição, seja no melhor planejamento dos espaços físicos quanto na possibili-dade de retrabalhos, assim diminuindo os custos asso-ciados a deficiências e/ou falhas em projetos.

Visando fomentar ainda mais a excelência dos ser-viços, a ABEClin propõe um canal direto de forma-ção continuada a distância para todos os associados, fóruns de discussão e re-gularização da profissão junto ao Conselho Federal de Engenharia – CONFE. “Também trabalhamos com o objetivo de promover en-contros regionais em todo o País a fim de aproximar as discussões dos associa-dos e atualizar os aconte-cimentos acadêmicos, os lançamento de produtos e equipamentos eletroeletrô-nicos no mercado”. HCM

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NovasFRONTeiRaS

secretaria da saúde do estado da Bahia promoveu durante a Feira Hospitalar sessão pública sobreppp e licitação de equipamentos

ppp na Bahia

A Parceria Público Pri-vada (PPP) na área de

saúde também foi assun-to da Feira HOSPITALAR 2013. Um projeto do Es-tado da Bahia foi o tema de uma sessão pública re-

alizada pela Secretaria da Saúde da Bahia (SESAB).

No encontro, o Secretá-rio da Saúde do Estado da Bahia, Jorge Solla, fez a apresentação da modela-gem de concessão admi-

nistrativa para a gestão e operação de Serviços de Apoio ao Diagnóstico por Imagem em unidades es-taduais da rede pública de saúde. Na oportunidade, também foram feitas su-

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20 aNoS De SUceSSo

gestões e críticas acerca da iniciativa.

O projeto prevê a presta-ção dos serviços em uma Central de Imagem, a ser construída por um parcei-ro privado e em 12 unida-des hospitalares, de sete municípios, integrantes da rede própria da SESAB.

Essa proposta pioneira no País, tem como meta aprimorar os níveis de qua-lidade no atendimento dos pacientes em unidades hospitalares da rede pró-pria da SESAB. Além dis-so, visa melhorar o acesso aos exames de apoio ao diagnóstico por imagem; aumentar a disponibilidade de serviços e garantir ele-vados níveis de qualidade na prestação dos serviços, proporcionando a redução

do tempo de espera por exames de telemedicina diagnóstica e por seus res-pectivos laudos.

Dentre os diagnósticos disponibilizados estarão Radiologia Convencional; Mamografia; Tomografia Computadorizada Resso-nância Magnética, Densi-tometria óssea e PET/CT.

Solla disse que é bastan-te positiva essa PPP, inclu-sive por já ter candidatos para entrar nesta nova par-ceria. “Tivemos um proje-to muito bem sucedido no Hospital do Subúrbio (BA). Agora esperamos ter um bom resultado nesta obra. O secretário afirmou que uma outra sessão pública ainda será realizada em Salvador. “vamos encerrar a consulta pública ainda

no mês de junho.”Ao relatar de um dos

motivos da criação da PPP, Mara Souza, Assessora da Secretaria da Fazenda da Bahia, afirma que o Esta-do havia uma grande de-manda na área de imagem e também dificuldades de alocação de médicos e ra-diologistas nas unidades de saúde. Mara conta que as unidades terão uma verba da ordem de R$ 100 milhões para a troca de equipamentos. Além de investimentos em infraes-trutura, garantia de opera-bilidade e conectividade. “É um projeto arrojado. Considero uma iniciati-va pioneira nesta área. O Brasil não tem nenhum outro, a Bahia mais uma vez inova”, salienta.

LICITAçÃo De eQUIPAMenToS

A SESAB realizou na Hospitalar licitações para compra direta de tomógrafos e três aparelhos de cintilografia e processos licitatórios para inclusão no Sistema de Regis-tro de Preços de 120 aparelhos de raio X. Os equipamentos ampliarão a capacidade de realização de exames em unidades da SESAB.

Para Eduardo Martinho, Consultor da Pró-Saúde, realmente é muito importante essa parceria, porque tende a acelerar todo o processo. “vejo a PPP como um modelo ideal, para cobrir esse sério problema na área da saúde, em que falta equipamentos, principalmente nas áreas mais distantes do País.”, afirma.

HCM

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Futuro daSaúde

Ministro da saúde, alexandre padilha, anuncia investimentos e fala da preparação do Brasil para grandes eventos

articulações decisivas

Com elevados custos nas obras de estádios

e espaços para treina-mentos, o Brasil receberá importantes competições esportivas nos próximos anos. No meio desse tur-bilhão de investimentos, é válido saber como o País tem se preparado, na

saúde, para sediar estes eventos. Para esclarecer o assunto, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve na Feira + Fórum HOSPITALAR 2013, parti-cipando da conferência do Congresso Internacional de Serviços de Saúde (CISS) com o tema “Copa do Mun-

do 2014 e Olimpíadas 2016, grandes eventos, grandes catástrofes. O Sistema de Saúde e os Serviços estão preparados?”.

Em pronunciamento, Pa-dilha disse que, desde 2011, o Governo Federal vem de-senvolvendo um conjunto de medidas para essa série

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de encontros de massa, que serão realizados no territó-rio brasileiro. “Elaboramos diversas estratégias para promover estes importan-tes eventos”.

De acordo com o Minis-tro, nenhum turista quer ser contrariado, ao ponto de mudar o roteiro de la-zer devido a problemas de saúde pública. “Por isso, é necessário pensar em um conjunto de prevenções e planos. Temos que traba-lhar fortemente para evitar fatores de riscos. Uma das prioridades é a atenção a possíveis surtos de qual-quer doença”, acrescenta.

Padilha ainda comentou sobre o Plano de Prepara-

espeCIal

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ção do Ministério da Saúde e mencionou o Plano Na-cional para Emergências e Desastres. Ainda, salientou a parceria feita com o Go-verno da Bahia para realizar simulações de possíveis de-sastres. “Durante o Carnaval de Salvador, preparamos uma estrutura para atender uma demanda de foliões e possíveis imprevistos.”

Foi apresentado que o Governo Federal possui um conjunto de ações para antes, durante e pós--evento. O objetivo é ma-pear os riscos, efetuar um planejamento de resposta e ações primitivas. Padi-lha ainda comentou dos planos de prevenção, que

visam garantir o atendi-mento bilíngue a qualquer paciente. Tal medida se-gue as exigências da Fe-deração Internacional de Futebol (FIFA). “vamos receber vários turistas de outros países, por isso é preciso capacitar nossos profissionais. Também é importante a participação dos hospitais privados nessa demanda.”

Após apresentar o plano de ação para atuação em eventos de massa, Padilha falou de algumas estraté-gias de atendimento. “já selecionamos os hospitais referências para a Copa do Mundo de 2014. “Nossa meta é qualificar a gestão,

ALEXANDRE PADILHA, MINISTRO DA SAÚDE E DRA. WALESKA SANTOS, PRESIDENTE DA FEIRA+FóRUM HOSPITALAR

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Futuro daSaúde

ampliar o acesso dos usuá-rios em situações de urgên-cia e garantir atendimento ágil, humanizado e com aco-lhimento em 40 novos pron-tos-socorros”, declarou.

O Ministro contou que para a Copa de 2014 foi necessário desenvolver grandes eixos de prepara-ção. Um deles é o de aten-dimento à saúde ao longo da competição, por meio de UPAs 24 horas, que re-solvem cerca de 97% dos casos atendidos sem que seja necessário a interna-ção, reduzindo a lotação desnecessária nos hospi-tais públicos.

Desde 2011, o Governo Federal se reúne com au-toridades das cidades se-des da Copa. Conforme explicado pelo Ministro, foi investido cerca de R$ 2 bilhões em equipamentos médicos para atender toda a demanda das instituições públicas das cidades que sediarão grandes encon-tros. Entre os eventos de destaque estão a Jornada Mundial da Juventude e Olimpíadas de 2016, am-bos no Rio de Janeiro.

A autoridade também

descreveu a importância do trabalho da Força Nacio-nal do SUS como apoio de eventos com grande públi-co. “Criada em 2011, para atender ao Rio+20, atual-mente este grupo conta com 12.869 profissionais, sendo médicos, enfermei-ros, sanitaristas, epidemio-logistas, assistentes so-ciais, entre outros.”

Padilha relembrou das missões que foram realiza-das em 2012 pelo Ministério da Saúde e citou a mobiliza-ção do Governo para socor-rer as vítimas do incêndio que ocorreu na Boate Kiss em Santa Maria (RS). “Se não tivéssemos o SAMU neste município, a tragédia seria maior”, enfatizou.

A Presidente e Fundado-ra da HOSPITALAR, Wa-leska Santos, agradeceu Alexandre Padilha pelo for-te apoio recebido. “É muito satisfatório ter em nossa feira a participação do Mi-nistro da Saúde. A presen-ça de autoridades fortalece bastante o evento.”

MeLhoRIAS Padilha divulgou inves-

timentos em equipamen-

tos, unidades e serviços de saúde até 2014. As aquisições anunciadas visam qualificação de unidades básicas, inter-mediárias e de alta com-plexidade para ampliar o acesso da população às Unidades de Pronto Aten-dimento 24 Horas (UPAs), veículos e centrais do Ser-viço de Atendimento Mó-vel de Urgência (SAMU), oficinas ortopédicas, Uni-dades Odontológicas Mó-veis (UOM), serviços de oncologia e a Força Na-cional do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para as UBS, serão adqui-ridos 1,2 mil respiradores mecânicos e 1.010 eletro-cardiógrafos. Para as UPAs serão 69.038 equipamen-tos (entre eles, 1.096 ven-tiladores pulmonares e 392 aparelhos de raio X). Já as Unidades Odontológicas Móveis deverão receber 1 mil veículos com consul-tórios montados. Para o SAMU serão 2.180 veícu-los. São previstos, ainda, 80 aceleradores lineares, 25 oficinas ortopédicas e seis tendas para a Força Nacional do SUS.

“vAMOS RECEBER váRIOS TURISTAS DE OUTROS PAíSES, POR ISSO É PRECISO CAPACITAR NOSSOS PROFISSIONAIS. TAMBÉM É IMPORTANTE A PARTICIPAçãO DOS HOSPITAIS PRIVADOS NESSA DEMANDA”

ALEXANDRE PADILHA, MINISTRO DA SAÚDE

HCM

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1º Fórum Internacional de Regulamentação para Tecnologia Biomédica destaca estratégias para integrar diferentes áreas em prol da saúde

Fronteira do conhecimento

A evolução do mercado de saúde, principalmente

no segmento de equipamen-tos e suprimentos médicos, cresceu no Brasil 4,2% entre 2011 e 2012, contra expan-são de praticamente zero em países desenvolvidos. A par-ticipação de 0,6% no PIB tem

impulsionado cada vez mais ações para a regulamenta-ção e adequação do setor.

Nesse contexto, de su-prir a necessidade de inte-grar todas as áreas pares da Engenharia Biomédica: tecnológica, médica, admi-nistrativa, econômica e ju-

rídica, entre outras, a Pon-tífice Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e a Northwestern Universi-ty (EUA) realizou na Feira HOSPITALAR 2013, o 1º Fórum Internacional de Re-gulamentação para Tecno-logia Biomédica.

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eixosTemáTicOS

O evento reuniu consagra-dos especialistas do seg-mento que tiveram a opor-tunidade de compartilhar conhecimento e experiên-cias visando atender à cres-cente demanda existente no Brasil. Também foram aber-tos debates entre amplos interlocutores, sendo pro-fessores, profissionais da indústria, autoridades dos Governos Estadual e Fede-ral, e ainda representantes do setor de hospitais públi-cos e privados.

Entre os temas abordados durante o fórum, se desta-caram a Avaliação Econô-mica na Saúde, Manuten-ção da Tecnologia Médica, Pesquisa Clínica e Gestão Eficiente de Boas Práticas.

Os participantes tiveram acesso aos temas pertinen-tes à certificação do INME-TRO e uma sessão acadêmi-ca contendo a experiência internacional como modelo para os novos profissionais brasileiros.

Na avaliação de Luciano Oliveira Ferreira, Coordena-dor do Curso de Assuntos Regulatórios da PUC-SP, a discussão sobre esse mode-lo de certificação do INME-TRO, direcionada aos equi-pamentos eletromédicos, é muito importante para a cadeia médica. “O encontro buscou debater a essas ne-cessidades que temos nos

serviços de saúde. Nossa meta é que os produtos se-jam seguros. A certificação é uma das fórmulas de ga-rantir isso”, acrescenta.

De acordo com Ferreira, o INMETRO estabelece um procedimento para que as indústrias fabricantes desen-volvam determinado produ-to. “Tal certificação segue as normas internacionais, e é nesse aspecto que o Brasil está inserido, conforme ou-tros países do mundo.”

AnáLISeO professor da PUC-SP

Donizetti Louro, afirma que a universidade, sempre procu-ra analisar as condições com as quais se trabalham para a sociedade em termos sis-têmicos. “Os equipamentos e aparelhos de uma manei-ra geral ou serviços, estão chegando à sociedade. Para isso, você não tem como negligenciar a condição de certificação ou de permissão desses itens”, destacou.

Segundo o professor, no curso de Engenharia Biomé-dica da PUC-SP, a questão de metodologia na aprendi-zagem baseada em projetos é muito discutida, principal-mente com a finalidade de planejar o desenvolvimento de um equipamento.

“Debatemos a necessidade de desenvolver um software para embarcar no equipa-

mento e também o que o profissional deve priorizar na Engenharia de Software. Tudo isso, para trabalhar em conjunto com o equipamen-to médico”, completa.

Segundo Louro, o tema regulação é muito amplo, porque passa por condi-ções ainda desconhecidas. “Por exemplo, quando te-mos um problema em um equipamento, em qualquer área do hospital, o médico geralmente recorre a um profissional de TI, ou de En-genharia Clínica”, afirma, ao citar sobre a complexidade na maioria dos casos.

O ideal é que antes que ocorra qualquer proble-ma nos equipamentos, os gestores e médicos devem ter em mãos a regulamen-tação. “Porque a questão da normativa orienta os princípios que proporciona a habilidade do aparelho e aplicação específica. Dessa forma, faz com que todos os profissionais, tenham muito mais ergonomia cog-nitiva, para se ter um bom resultado”, completa.

O professor comentou que a instituição promoveu o evento para proporcionar uma discussão, ou, reflexão, para que os profissionais do setor encontrassem o ver-dadeiro caminho de inova-ção, em termos de processo para toda a sociedade. HCM

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espeCIal

os nomes mais influentes da área da saúde no Brasil prestigiaram o estande do Grupo Mídia durante a Feira HospITalaR 2013

Homenagem de Sucesso

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100 MaisiNFlueNTeS

A homenagem aos “100 Mais Influentes da

Saúde”, prestada pela re-vista HealthCare Mana-gement, em sua edição anterior, teve grande re-percussão. A começar pela entrega das placas de homenagem e lançamento da publicação feitos du-rante a 20ª Feira+Fórum HOSPITALAR.

Durante os quatro dias de evento o estande do Grupo Mídia manteve-se movimentado com a pre-sença dos homenageados que chegavam para re-ceber a placa e conceder entrevista sobre seu des-taque no segmento para o portal Saúde Online.

“Há algum tempo nós acreditávamos que era ne-

cessário levantar os nomes em destaque neste segmen-to e prestar-lhes uma home-nagem, afinal, muito contri-buem para o crescimento e desenvolvimento da saúde no País. Imagino que a boa receptividade da homena-gem e a repercussão dos “100 mais influentes da Saúde no Brasil” reflita que nosso conselho editorial fez

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espeCIal

a escolha certa”, comenta Edmilson Jr. Caparelli, Publi-sher da revista HealthCare Management.

Entre os presentes esti-veram Carlos Goulart, Pre-sidente Executivo da ABI-MED, Franco Pallamolla, Presidente da ABIMO, os renomados arquitetos Sér-gio Reis e Siegbert zanet-tini. Também o Diretor de Inovação e Tecnologia da ABEClin, Donizetti Louro, e o Presidente da mesma associação, Rodolfo More, Otto Braun, Diretor do Grupo B. Braun, Henrique Salvador, Gestor do Hospi-tal Mater Dei e o Presiden-te da ANAHP, Francisco Balestrin. A Presidente da

Feira, Dra. Waleska Santos e o Superintendente Coor-porativo do Hospital Sírio Libanês, Gonzalo Vecina Neto, também prestigia-ram o estande do Grupo Mídia para receber a ho-menagem, entre outros.

“Muito me honra receber a indicação entre os mais influentes, principalmente na categoria de Organiza-ção Social da Saúde (OSS). Acho que essas entidades vêm prestando um grande serviço aos Estados e aos municípios, de uma forma geral, para saúde no País. É um modelo novo em gran-de desenvolvimento no Brasil, que pode ser uma forma concreta de melho-

rar a saúde no País”, disse Paulo Camara, Superinten-dente da Pró-Saúde, e um dos homenageados entre os 100 Mais Influentes da Saúde no Brasil.

quem também se sentiu honrado em receber a ho-menagem prestada pela revista HealthCare Mana-gement foi Marcelo Soares de Camargo, Presidente FEOESP, homenageado na categoria Associação / Fede-ração. “Receber uma indica-ção como esta é sinal de que o trabalho feito pela Federa-ção, maior entidade repre-sentativa na área da saúde no Estado de São Paulo, tem tido resultado a ponto de ter este reconhecimento”.

“há ALGUM TeMPo nóS ACReDITáVAMoS QUe eRA neCeSSáRIo LeVAnTAR oS noMeS eM DeSTAQUe neSTe SeGMenTo e PReSTAR-LheS UMA hoMenAGeM, AFInAL, MUITo ConTRIBUeM PARA o CReSCIMenTo e DeSenVoLVIMenTo DA SAúDe no PAíS”

edMiLSOn jr. CAPAreLLi, PUBLISheR DA ReVISTA heALThCARe MAnAGeMenT

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01- Alexandre Dias Freitas de Jesusas, Hospital Santa Paula02- Alexandre Padilha, Ministro da Saúde03- Antônio Jorge Kropd, Amil04 - Augusto Guelli, Bross Arquitetura05- Balestrin, ANAHP06- Carlos Goulart, Abimed07- Carlos Yamashita, Hospital 9 de Julho08- Cláudia Garcia de Barros, Hospital Albert Einstein09- Cláudio de Souza Afonso e Estevam França, Afonso França10- Cláudio Lottenberg, Hospital Albert Einstein11- Cláudio Seferin, Hospital Mãe de Deus12- Daniel Bahr, Ministro da Saúde da Alemanha13- Donizetti Louro, Abeclin14- Eduardo Cruz, IABAS15- Elaine Balazs, Tejofran16- Fabia Barbieri, Laboratório Sabin17- Fernando Almeida, GE18- Fernando Castro Marques, GRAAC19- Fernando Torelly, HMV20- Fernando Vogt, Intersystems21- Francisco Neto, Gnatus22- Franco Pallamolla, ABIMO23- Gilberto Melo Moreira, Bradesco Saúde24- Giovanna Araújo, Brasanitas25- Gonzalo Vecina, Hospital Sírio-Libanês26- Guilherme Marques, Siemens27- Guilherme Xavier, Equipacare28- Henrique Salvador, Hospital Mater Dei29- Humberto Izidoto, Steris30- Jacinto Correa, Senac31- João Antônio Aidar Coelho, Hospital Bandeirantes32- José Carlos Rizoli, INDSH33- José Eduardo Ramão, Home Doctor34- José Laska, AGFA35- José Mariano Soares de Moraes, Hospital Monte Sinai36- José Ricardo de Mello, Hospital Santa Rosa37- Karin Schmidt, Fanem38- Ko Chia Lin, Hospital Sino Brasileiro39- Lauro Melo, Olsen40- Luis Antonio Bueno, Cristófoli41- Luiz Salomão, Salomãozoppi42- Luiza Watanabe, Dalben43- Marcelo Moyses, Obra Gerenciada44- Marcelo Soares de Camargo, Fehoesp45- Márcio Fontoura Granato, MaxLav46- Marcos Cunha, Philips47- Marcos Vinicius Tanure, Vitória ApartHospital48- Margareth Ortiz de Camargo, Hospital Sírio-Libanês49- Mario Lonczynski, SPData50- Maurício de Lazzari Barbosa, Bionexo51- Norman Guther, Grupo Getting52- Otto Philipp Braun, BBraun53- Paulo Camara, PróSaúde54- Paulo Magnus, MV55- Padre Christian, São Camilo56- Pedro Paulo de Souza, Geriatrics57- Regina Navarro, Johnson & Johnson58- Renata Vilhena, Vilhena Silva Advogados59- Reynaldo Tilelli, Tilelli Advogados60- Roberto Ribeiro da Cruz, Pixeon61- Rodolfo More, Abeclin62- Salim Lamha Neto, MHA63- Sandra Crsitina da Silva, Hospital Sírio-Libanês64-Severino Benner, Benner65- Silvia Brandalise, Instituto Boldrini66- Tarso Gouveia, Strategy Consultoria67- Valdemir Marques, SAP68- Valdir Ventura, Hospital São Cristóvão64- Victor Mendes, Formedical70- Waleska Santos, HOSPITALAR71- Siegbert zanettini, zanettini Arquitetura

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71Confira os vídeos com as entrevistas em youtube.com/grupomidia

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Cloud Computing: um caminho sem volta para a área de saúde

artIGo

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Definitivamente, o Cloud Computing veio para

ficar. Segundo dados da consultoria IDC, 2013 será o ano da computação em nuvem no Brasil. O modelo em que os usuários podem obter acesso aos seus apli-cativos de qualquer lugar através de dispositivos, está em alta desde 2010. Nos últimos dois anos, sua adoção avançou 68,4% e a estimativa é de crescimen-to anual de 74,3% até 2015, conforme previsões do IDC.

Representando também um caminho sem volta para a área de TI em saúde, essa plataforma vem despertan-do cada vez mais atenção em função dos seus bene-fícios, pois elimina a ne-cessidade de servidores in--house, reduzindo custos e facilitando o armazenamen-to e o gerenciamento das informações clínicas.

O modelo tem se mostrado muito mais vantajoso do que os padrões atuais de arma-zenamento que estão cen-trados na utilização de servi-dores locais - neste caso, as informações só podem ser acessadas internamente. Já na nuvem, o paciente tem acesso às suas informações clínicas registradas no Pron-tuário Eletrônico, podendo

consultá-las remotamente, além de compartilhá-las entre os seus médicos de preferên-cia, viabilizando ainda uma forma mais rápida e eficiente de armazenar e distribuir ima-gens de exames clínicos.

Ou seja, se antes as in-formações do Prontuário Eletrônico só podiam ser acessadas de dentro das or-ganizações de saúde, com a tecnologia de Cloud Com-puting elas passam a ficar armazenadas em um servi-dor remoto, trazendo mobi-lidade para a equipe médica que pode, via dispositivos móveis, checar como está o quadro clínico do paciente de onde estiver. O paciente também conta com bene-fícios, pois tem a liberdade para consultar seu histórico de saúde, como exames rea-lizados, de onde estiver, bas-ta ter acesso à Internet.

Mas apesar das vantagens

claras, o mercado de saúde ainda se mostra tímido em relação à nuvem. De acordo com um estudo recente do instituto de pesquisa KLAS, chamado “Path to Cloud Computing Foggy: Percep-tion Study” que entrevistou 97 profissionais, entre CIOs e gestores da área, as organi-zações de saúde se mostram preocupadas com questões como privacidade e segu-rança, quando o assunto é nuvem. Enquanto 58% dos entrevistados estão conside-rando o uso de cloud com-puting, apenas 35% manifes-taram planos concretos para implementá-la.

Estes fatores não deve-riam inibir a adoção dos ges-tores de saúde pelo Cloud Computing. O que tem que prevalecer é a ideia de que além de poder realizar gran-des implementações de sis-temas de TI sem altos inves-timentos em infraestrutura, customizações e manuten-ção, essa tecnologia possi-bilita uma verdadeira revo-lução tanto no trabalho dos profissionais da área, quan-to para os pacientes, contri-buindo para estabelecer um novo paradigma na saúde brasileira e mundial. HCM

Por Fernando Vogt

Fernando Vogt é Diretor de Vendas para a área de saúde da InterSystems.

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Fórmula da evoluçãoConheça cases de hospitais que aceleraram o processo de segurança com soluções tecnológicas como e-learning, pep Móvel e RFId/Robótica

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Uma das grandes metas das instituições de saú-

de do Brasil é proporcionar um serviço de TI com total segurança. Os hospitais brasileiros estão entre os segmentos, no País, que mais devem investir nos próximos anos em tecno-logia para acelerar a infor-matização dos processos internos e melhorar o aten-dimento à população.

Nessa vertente, de ofere-cer serviços informatizados com qualidade, dezenas de hospitais do Brasil já pos-suem soluções em cloud, em smart grid e projetos com RFID/Robótica. Uma das instituições pioneiras no Brasil no quesito solu-ções é o Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), em São Paulo (SP).

O Diretor de TI do HIAE,

Ricardo Santoro, afirma que a instituição utiliza o RFID (Radio Frequency Identification) para encon-trar os ativos usados na assistência. “O uso desta tecnologia facilita detectar os dados, agilizando o pro-cesso de fluxo do paciente. E ainda, dentro do mesmo processo usamos o RFID para localização da equipe de transporte de pacientes, assim conseguimos desig-nar o profissional que esti-ver mais próximo da ativi-dade requerida”, destaca.

Santoro também afirma que o hospital usa a tecnolo-gia para controlar a tempera-tura de refrigeradores, onde ficam estocados produtos que não podem sofrer varia-ções bruscas de temperatu-ra. “Os próximos projetos com RFID serão feitos na ma-

ternidade e no Pronto Aten-dimento, com o objetivo de aprimorar nosso processo de atendimento e prestação do serviço”, revela.

Ao avaliar as principais evoluções após a implanta-ção desta tecnologia, San-toro diz que a RFID permite gerar indicadores de vários processos. “Desta maneira é possível identificar garga-los, pois as áreas que estão usando esta tecnologia es-tão melhorando seus pro-cessos internos”, salienta.

O executivo esclarece que o Albert Einstein tam-bém possui algumas solu-ções em nuvem, sendo a de maior destaque a e-le-arning (treinamento à dis-tância). “Temos centenas de funcionários no Einstein, o uso desta tecnologia é uma estratégia de forte ca-

NuvensSeGuRaS

“oS PRóxIMoS PRoJeToS CoM RFID SeRÃo FeIToS nA MATeRnIDADe e no PRonTo ATenDIMenTo, CoM o oBJeTIVo De APRIMoRAR noSSo PRoCeSSo De PReSTAçÃo Do SeRVIço”

RICARDo SAnToRo, DIReToR De TI Do hoSPITAL ISRAeLITA ALBeRT eInSTeIn

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SoLUçõeS

HEALTH-IT

pacitação. A adoção desta ferramenta tem sido muito importante para atingirmos nossos objetivos.”

Santoro diz que existe um comitê de TI no Hospital Is-raelita Albert Einstein que avalia as demandas internas de projetos. “Os usuários estão aceitando bem, os re-querimentos funcionais es-tão sendo atendidos.”

no SUL Outra instituição que tem

investido também em solu-ções tecnológicas é o Hos-pital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). O local tem sido inovador no uso de no-vos conceitos, a exemplo da adoção do conceito de “con-sumerização” ou “BYOD”.

Desde 2006, a iniciativa já

é praticada no HCPA, com a utilização do prontuário ele-trônico móvel em dispositi-vos pessoais. A meta é dis-ponibilizar aos profissionais de saúde, acesso aos da-dos de seus pacientes, de forma imediata e na “ponta dos dedos”. Esta solução tem incrementado signi-ficativamente a agilidade na tomada de decisões as-sistenciais, revertendo em benefício direto e imediato aos pacientes do hospital.

O projeto PEP Móvel, im-plantado em 2012, consoli-dou estas iniciativas, permi-tindo o acesso ao sistema, tecnologicamente renova-do, na nuvem interna do hospital gaúcho.

Maria Luiza Falsarella Malvezzi, Coordenadora

de Gestão da Tecnologia da Informação (CGTI) do HCPA, afirma que o Prontu-ário Eletrônico com assina-tura digital também é um dos destaques da institui-ção. “Fomos pioneiros na adoção da certificação di-gital, sem necessidade da guarda de documentos em papel. Ainda hoje, a maio-ria dos hospitais, mesmo possuindo prontuários ele-trônicos, ainda imprimem e armazenam documentos em papel, para fins legais. Isto já não ocorre há muito tempo no HCPA, sem ne-nhum prejuízo à validade jurídica dos documentos eletrônicos”, afirma.

Ao falar da solução inter-na da instituição, Maria Lui-za diz que a tecnologia ERP

“A ACeITAçÃo DoS USUáRIoS e PRoFISSIonAIS CoM A IMPLAnTAçÃo deStA SOLuçãO teCnOLóGiCA FOi SiGniFiCAtivA. eM POuCO teMPO, A PARTIR DA DIVULGAçÃo, Já FoI PoSSíVeL ConTABILIZAR GRAnDe QUAnTIDADe De PRoFISSIonAIS BAIxAnDo DA nUVeM e UTILIZAnDo A APLICAçÃo”

MARIA LUIZA FALSAReLLA MALVeZZI,CooRDenADoRA DA CGTI Do hoSPITAL De CLínICAS De PoRTo ALeGRe

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NuvensSeGuRaS

para Saúde, desenvolvida internamente no HCPA ao longo dos anos, traz inúme-ros benefícios. Dentre as vantagens está a indepen-dência total de soluções proprietárias e autonomia para implementação de novas funcionalidades que atendam plenamente às ne-cessidades do negócio.

Este modelo de gestão operacionalizado no HCPA foi escolhido pelo Minis-tério da Educação para implantação em todos os Hospitais Universitários Federais do Brasil, proje-

to este que está em pleno andamento, denominado Aplicativos para Gestão dos Hospitais Universitá-rios (AGHU). O PEP Mó-vel faz parte da solução AGHU. Como se trata de uma solução de softwa-re público, trará benefício imediato não só a todos os hospitais que estão re-cebendo o sistema, mas também a todos os novos parceiros que se engaja-rem no projeto.

Maria Luiza afirma que para o sucesso desta so-lução foi necessária aten-

ção especial às questões de segurança dos dados bem como da nuvem WI--FI do Hospital, tendo em vista que as informações relativas aos pacientes são cobertas por restrições se-veras de confidencialidade.

“A aceitação dos usuá-rios e profissionais com a implantação desta solução tecnológica foi significativa. Em pouco tempo, a partir da divulgação, já foi pos-sível contabilizar grande quantidade de profissionais baixando da nuvem e utili-zando a aplicação.” HCM

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PeSqUISaS

HEALTH-IT

Na busca de um novo rumoevento no Hospital das Clínicas de Ribeirão preto (sp) recebe consultora de portugal e debate a transferência de tecnologia na área da saúde

Diversos profissionais da saúde participa-

ram, no mês de junho, do evento “Transformação de pesquisas em produtos na área da saúde: transferên-cia de tecnologia a partir das universidades”. O en-contro ocorreu no Anfi-teatro do Centro de Edu-cação e Aperfeiçoamento Profissional do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCRP-USP) e con-tou com a participação

da consultora portuguesa Dra. Ana Filipa Bernardo, Líder de Pesquisa & De-senvolvimento e Inovação da Eurotrails.

O evento foi composto por duas palestras com especialistas no tema e comentários do Diretor Presidente da Fundação Hemocentro, Dimas Tadeu Covas. O principal objeti-vo foi apresentar os cami-nhos para o lançamento de produtos originários de

pesquisas em saúde.Covas destacou que as

universidades e o nasci-mento de um produto de pesquisa é uma regra. Para ele, o caderno de estudo, do acadêmico é o ponto para novas des-cobertas. “Todas as uni-versidades têm agências de inovação. No entanto, nem sempre os projetos são valorizados.”

A professora Marisa Marcia Mussi Pinhata, Vi-

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descobertasiNTeliGeNTeS

ce-Coordenadora da Uni-dade de Pesquisa Clínica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medici-na de Ribeirão Preto (HC/FMRP), afirmou que o Bra-sil vem desenvolvendo pesquisas com o uso de ferramentas tecnológicas, porém necessita de mais apoio. “Os incentivos das universidades ajudam bastante a criação de no-vas vertentes”, destacou.

Marisa disse que o Brasil tem dado estímulos para a pesquisa básica, prin-cipalmente para o desen-volvimento de novos fár-macos, para combater o câncer e outras doenças.

“Existe nas universidades brasileiras um corpo de pesquisadores capazes de desenvolver esses es-tudos, mas infelizmente o Brasil tem alguns gargalos para que os pesquisadores deslanchem, nos testes de novas drogas. Eu diria que o principal deles é a ques-tão regulatória, principal-mente ligada ao Comitê Nacional de Ética (COMEP) e a ANVISA. Eles têm atu-ado de uma maneira muito morosa.”, enfatizou.

Marisa conta que desde 2006, por intermédios do Ministério da Saúde, a ins-tituição tem desempenha-do várias atividades de

pesquisa clínica. “Temos uma infraestrutura neces-sária para este modelo de trabalho e desenvolvemos ensaios clínicos, que são estudos, com humanos. Geralmente, tais análises são relacionadas às novas drogas, que são originá-rias, tanto da indústria far-macêutica internacional, quanto nacional.”

oUTRoS hoRIZonTeSJá a Dra. Ana Filipa, fez

um comparativo entre o Brasil e Portugal, quanto ao andamento de pesqui-sas com aplicações tecno-lógicas para o desenvolvi-mento de novos fármacos.

“ToDAS AS UnIVeRSIDADeS TêM AGênCIAS de inOvAçãO. nO entAntO, neM SeMPre OS PrOjetOS SãO vALOrizAdOS.”

DIMAS TADeU CoVAS,DIReToR PReSIDenTe DA FUnDAçÃo heMoCenTRo

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60 HEALTHCARE Management 24 MAIO | JUNHO 2013 healthcaremanagement.com.br

Para ela, o que existe no território brasileiro quanto ao potencial da aplicabili-dade, de biodiversidade, para a cura das doenças é muito maior. “Em Portu-gal são mais limitados as indústrias que trabalham na área de biotecnologia”, comparou.

PeSqUISaS

HEALTH-IT

Sobre o futuro, a con-sultora disse que em ter-mos de tecnologia, esta é uma área muito importan-te e que é válido debater o tema. “A biotecnologia tem ganhado muita força no Brasil nos últimos anos.”

Durante o evento, a Dra. Ana Filipa apresentou a cadeia padrão de um estu-do envolvendo tecnologia, destacou as etapas de pes-quisa com foco tecnológi-co, e, em seguida, a pré--clinica e ensaios clínicos, até chegar à conclusão. “O custo com este modelo de pesquisa, tende a aumen-tar gradualmente.”

O encontro abordou ain-da as novas necessida-des de colaboração entre os diferentes projetos de pesquisa. Benefícios de projetos de inovação tec-nológica em produtos e processos (TPP) também foram citados como a busca pela maior compre-ensão e orientação de sua descoberta; a ferramenta de comunicação para os investidores e as empre-sas interessadas; a ca-pacidade para expansão; valor clínico/financeiro e o aumento do potencial para o avanço de desco-bertas.

O evento foi realizado pelo Mestrado Profissio-

“A BIoTeCnoLoGIA TeM GAnhADo MUITA FoRçA no BRASIL noS úLTIMoS AnoS”

drA. AnA FiLiPA BeRnARDo,

LíDeR De PeSQUISA & DeSenVoLVIMenTo

e InoVAçÃo DA eURoTRAILS

nal em Gestão de Orga-nizações de Saúde, da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Ad-ministração, Contabilida-de e Economia (Fundace) e do Centro de Pesquisas em Economia Regional (CEPER).

“oS InCenTIVoS DAS UnIVeRSIDADeS AJUDAM BASTAnTe A CRIAçÃo De noVAS VeRTenTeS”

PRoFeSSoRA MARISA MARCIA MUSSI PInhATA,

VICe-CooRDenADoRA DA UnIDADe De

PeSQUISA CLínICA Do hC/FMRP

HCM

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descobertasiNTeliGeNTeS

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62 HEALTHCARE Management 24 MAIO | JUNHO 2013 healthcaremanagement.com.br

certIfIcação

HEALTH-IT

Biometria segurasoftware para atestados médicos com certificação digital contribui na redução de práticas fraudulentas como adulteração de dados médicos

Nos últimos anos, os sof-twares no Brasil têm mi-

grado da área privada para a pública e vice-versa. A lógi-ca é que cada vez mais esse processo se fortaleça, prin-cipalmente quanto ao uso da biometria, em função do

ganho com a rastreabilidade. Essa metodologia é fun-

damental nos departamen-tos de farmácia e almoxa-rifado, que são os insumos estratégicos do hospital e fazem parte de um percen-tual importante na despesa

total do hospital. A identi-ficação tanto dos métodos de trabalho, quanto das pessoas e atividades per-mite a melhoria de controle da frequência e auditoria.

Além da questão da sus-tentabilidade, no qual a di-

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digitalização nosceRTiFicadOS

minuição do papel é uma ação vital, a tecnologia bio-métrica possibilita criar uma memória institucional, em que toda a informação fique organizada para gerar indi-cadores através de proces-sos estatísticos. Tal medida é ideal para identificar qual profissional está emitindo mais ou menos atestados.

Ao analisar se os hospi-tais brasileiros estão pre-parados para receber a tecnologia de certificados digitais, Adilson de Paiva Ferreira, Diretor da SissOn-line (Sistema Inteligente de Serviços da Saúde), empre-sa pertencente ao grupo Eicon Controles Inteligen-tes de Negócios, diz que no

primeiro momento há dife-renças entre as instituições públicas e privadas. “Hoje, os particulares têm efetiva-mente um maior nível de preparação, mas já existe uma preocupação por parte dos públicos de seguirem a mesma linha, até porque os profissionais que trabalham nestas instituições também atuam no privado”, afirma.

Ferreira comenta que existe ainda uma preocupa-ção por parte do Governo Federal em função da ocor-rência do alto índice de frau-des. Por isso, a biometria é uma medida mais segura, pois possibilita uma avalia-ção e, consequentemente, facilita o processo de audi-

toria. “O Brasil caminha em uma linha muito forte, para tornar essa prática uma re-alidade”, salienta.

A CodeCiphers, empresa também do grupo Eicon, oferece a biometria em di-versas soluções, como siste-ma de educação, acesso físi-co e lógico, cadastro de RH, geração de documentos, ID para cidade digital, além do sistema de saúde. Eduardo Moreno, Diretor Executi-vo da CodeCiphers, diz que entre os principais desafios para inserir este modelo de tecnologia em uma institui-ção de saúde está o alto pre-ço do certificado digital.

Ferreira também consi-dera que os desafios para

“QuAndO é diSPOniBiLizAdO nO ALMOxAriFAdO UM PRoCeSSo PARA DenTRo Do hoSPITAL CoM o AteStAdO diGitAL é POSSíveL SAnAr A dúvidA, Se é neCeSSáriO AuditAr Ou CertiFiCAr”

ADILSon De PAIVA FeRReIRA, DIReToR DA SISSonLIne

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64 HEALTHCARE Management 24 MAIO | JUNHO 2013 healthcaremanagement.com.br

implantação são muito grandes e qualquer mudan-ça gera conflito, principal-mente com a questão da tecnologia. “Sabemos que o Brasil está com 30 anos de atraso no processo de inclusão digital e quando se trata de fazer treinamen-to com pessoas, temos que nos preocupar com alguns requisitos básicos”, destaca.

Entre essas condições de melhoria está a questão da decisão política e o endo-marketing, que precisa ser feito com os funcionários a respeito do projeto de im-plantação. Também é ideal que dentro do planejamen-to haja uma sensibilização do corpo clínico para a to-mada de decisões políticas.

Ferreira declara que as sanções administrativas ge-

radas na implantação desta tecnologia acarretam, auto-maticamente, não apenas na rastreabilidade de mé-todo ou indivíduo, mas em qualquer função de papel limite ou responsabilidade.

“quem utiliza a biome-tria no processo de auten-tificação e certificação, em qualquer área da instituição hospitalar, tem um ganho na gestão de pessoas”, completa Ferreira.

Nesse contexto, é válido citar que o principal diferen-cial do certificado digital da CodeCiphers é a utilização da plataforma de serviços. Tal fator garante a unicidade biométrica de forma online através do uso de padrões internacionais. Além disso, permite que seja integrada facilmente a diversas apli-

cações, e ainda está conec-tada à certificação digital. “Isso permite fortalecer o uso da certificação e gerar informações confiáveis so-bre todas as operações no sistema”, relata Moreno.

Na opinião de Ferreira, a solução precisa ser pensada de forma pró-ativa. “quando falamos de atestado médico, apesar de ser uma prática constante na rotina médica, ainda é pouco usada em seu modelo digital.”

Segundo o diretor, a de-manda por essa solução tem aumentado por meio de novas solicitações de hospitais públicos. A utili-zação, na maioria das ve-zes, ocorre após o admi-nistrador se informar de irregularidades divulgadas na mídia. “Temos que ven-

certIfIcação

HEALTH-IT

“enTRe oS PRInCIPAIS DeSAFIoS PARA InSeRIR eSTe MoDeLo De TeCnoLoGIA eM UMA InSTITUI-çÃo De SAúDe eSTá o ALTo PReço Do CeRTIFICA-Do DIGITAL”

eDUARDo MoReno, DIReToR exeCUTIVo DA CoDeCIPheRS

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HEALTHCARE Management 24 MAIO | JUNHO 2013 healthcaremanagement.com.br 65

cer esta barreira, usando essa ferramenta para agre-gar valor. A partir disso é possível ter uma gestão de frequência, mas principal-mente pelo controle dos processos administrativos financeiros e até assisten-ciais”, destaca.

IMPLAnTAçÃo No momento em que um

hospital estabelece o servi-ço biométrico, a instituição deve buscar dentro do se-tor de TI um software ade-quado e adquirir ou desen-

digitalização nosceRTiFicadOS

volver um sistema próprio. Seja no SUS ou no modo privado, a tecnologia é rea-lizada através de uma equi-pe multidisciplinar.

“Todas as especialidades da saúde que efetivamente nossa empresa consiga tra-zer para o processo de certi-ficado digital, estão associa-das à Sociedade Brasileira de Informática e Saúde.”

Ferreira conclui que este modelo de iniciativa não precisa apenas estar na área da saúde, mas também em outras áreas atuantes do Es-

tado. “Esperamos que todas as instituições do Brasil bus-quem cada vez mais a utili-zação da biometria e da cer-tificação digital”, enfatiza.

VALoR O custo para a implantação

deste modelo de atestado é muito relativo porque não se vende o certificado sozinho. Tal comprovação, faz parte de um sistema de gestão in-tegrado, que compõe outros modos. Neste caso, o valor está ligado à complexidade administrativa. HCM

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aVaLIação

HEALTH-IT

Cenário digitalpresidente da associação Brasileira das empresas de software (aBes) analisa o atual mercado de soluções tecnológicas para o setor da saúde

Com o crescente desen-volvimento de tecno-

logias de informação para saúde, novas ideias são necessárias para atender à população. Nessa premissa, centenas de hospitais bra-sileiros já utilizam, seja do simples ao mais avançado, sistema de tecnologia de

comunicação e informação.O conceito de eHealth

cresce a passos largos em todos os cantos do mundo. E dentro desse modelo encontra-se um conjunto de ferramentas e serviços capazes de sus-tentar o atendimento de forma integrada e através

de mecanismos da web. Para comentar esse cresci-

mento de demanda no setor, a revista HealthCare Mana-gement entrevistou Jorge Sukarie, Presidente da As-sociação Brasileira das Em-presas de Software (ABES), uma das entidades com grande representatividade

JoRGe SUkARIe, PReSIDenTe DA ABeS

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HEALTHCARE Management 24 MAIO | JUNHO 2013 healthcaremanagement.com.br 67

saúdeeleTRôNica

“CADASTRAR e MAnTeR ATUALIZADAS AS inFOrMAçõeS SOBre OS PACienteS é uMA neCeSSIDADe PARA QUe o SeRVIço PReSTADo SeJA De ALTA QUALIDADe”

JoRGe SUkARIe, PReSIDenTe DA ABeS

do setor de TI no Brasil.questionado sobre a

participação das empre-sas associadas que desen-volvem soluções tecnoló-gicas focadas na saúde, Sukarie afirma que os da-dos cadastrais da entidade indicam que aproximada-mente 5% das empresas inscritas atuam no setor.

Sukarie considera que os modelos de softwa-res para o setor da saú-de disponíveis no Brasil, possuem soluções mui-to variadas. “vão desde o simples ca-d a s t r a m e n t o de pacientes a bancos de da-dos com his-tórico médico, passando por software aplicado a equipamen-tos de exames, imagens e chegando até ao con-trole administrativo de unidades hospitalares e clínicas”, completa ao fa-lar que em todos esses ra-mos, há empresas dedica-das ao desenvolvimento e produção de soluções de tecnologia e software.

Ao avaliar o setor da saúde (hospitais/clínicas), nos próximos anos, quan-to à parte de softwares, o presidente diz que em todos os setores da socie-dade, as soluções de TI,

principalmente os progra-mas de computador, de-verão ter uma importân-cia crescente. “Na área de saúde, que envolve o atendimento direto a pes-soas, a tecnologia deverá ter um impacto muito re-levante”, declara.

Para o profissional, a busca pela informatização dentro das instituições de saúde, através dos pron-tuários eletrônicos, é uma tendência de praticamente todos os setores da socie-

dade e não poderia ser di-ferente na área de saúde. “Cadastrar e manter atu-alizadas as informações sobre os pacientes é uma necessidade para que o serviço prestado seja de alta qualidade”, afirma.

Ao falar sobre as prin-cipais vantagens do uso de softwares dentro das instituições hospitalares, Sukarie considera que com o adequado uso das soluções, o atendimento ao paciente com o manu-seio de tecnologias da in-formação, especialmente os sistemas e programas

de computador e o traba-lho dos profissionais de saúde tornam-se ampla-mente facilitados. “Além disso, tais inovações per-mitem características de rapidez, precisão e segu-rança que favorecem as atividades das institui-ções”, descreve.

Na avaliação de Sukarie, existem diversas empre-sas desenvolvedoras de softwares para a área mé-dica que atuam em vários ramos desse setor e é difí-

cil apontar algu-ma em especial. No entanto ele destaca que “no Brasil existem vários profissio-nais com proje-tos inovadores,

mas que ainda precisam de incentivo financeiro e fiscal do governo para que pos-sam se desenvolver com qualidade e se destacar no mercado nacional”, declara.

Atualmente, a maioria dos associados da ABES parti-cipa de algum grupo de tra-balho para articular ações em defesa dos interesses do setor. As 1.500 empre-sas associadas são res-ponsáveis pela geração de mais de 100 mil empregos diretos e um faturamento anual da ordem de US$ 14 bilhões do mercado brasi-leiro de software. HCM

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a importância do papel do CIo em saúdePor Avi zins

Até recentemente e em muitos lugares ainda, o pa-pel do CIO não era levado aos níveis executivos que deveria ter, ou seja, partici-pação ativa das decisões da empresa junto aos CFOs, CMOs, COOs, CEOs, fican-do muitas vezes abaixo des-tas posições. Parte porque estes outros executivos não viam a participação da in-formação como base para muitas de suas estratégias de negócios e parte porque muitos dos CIOs ficavam focados na parte da tecno-logia da informação e se co-locavam como profissionais especialistas e não aqueles que com sua liderança e co-nhecimento poderiam fazer a diferença no nível da es-tratégia da empresa.

Há um crescimento claro de aplicações da informa-ção na área de saúde, como o crescimento e multiplica-ção de soluções de teleme-dicina que ao mesmo tem-po que facilitam o acesso entre médicos e pacien-tes, fragmenta ainda mais as informações, e portanto os cuidados para garantir o prontuário único para o pa-ciente passa a ser de maior responsabilidade, a própria mudança de paradigma de serviços cada vez mais fo-cados no paciente tendo

como centro de atuação o paciente e seu atendimento mais próximo, faz com que o uso da informação seja cada vez mais necessário para que hospitais, ope-radoras de saúde, órgãos governamentais e empre-sas de medicina diagnósti-ca tenham que, em muitos casos, alterar de forma dra-mática suas estratégias.

O que se espera então do papel do CIO ?

Claramente podemos dizer que o papel do CIO deve cumprir:

1-Foco na integração da informação – cada vez mais fragmentada no mercado e cada vez mais vital na efici-ência e estratégia das orga-nizações de saúde;

2-Trazer as capacidades de TI para o negócio, fazendo que as organizações apro-

veitem ao máximo em suas operações o uso destas tec-nologias a favor do negócio e da eficiência dos mesmos;

3-Ser um dos líderes da organização em conjunto com os outros CXOs parti-cipando ativamente das de-finições e estratégias, ten-do pensamento estratégico e capacidades de liderança equivalentes;

4-Ser o agente ativo de in-tegração entre os profissio-nais do segmento, ou seja a integração absolutamente necessária e cada vez mais útil entre a TI e seus usu-ários diretos como Enge-nheiros Clínicos, Médicos, Enfermagem, qualidade, RH e muitos outros;

5-Estar em constante aprendizado em soluções de sucesso que foram ado-tadas em empresas congê-neres e trazê-las para a rea-lidade da empresa;

6-Liderar o time de TI e focar cada vez mais asser-tivamente em desenvolvi-mento de atividades que melhorem a eficiência do trabalho e que sejam ativi-dades que tragam retorno aos negócios da empresa;

7-Estar por dentro de to-das as novidades e inova-ções da área que incluem, no caso de saúde, outras tecnologias médicas que se

artIGo

HEALTH-IT

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HEALTHCARE Management 24 MAIO | JUNHO 2013 healthcaremanagement.com.br 69

ria esmagadora das empre-sas do setor no Brasil, ex-plicadas claramente porque o mercado de saúde é alta-mente usuário de informa-ções (hospitais, por exem-plo, são os maiores usuários de papel do mundo).

Há de se louvar com isso a iniciatva da criação da AB-CIS (Associação Brasileira CIO Saúde) que exerce um papel importante hoje nesta direção trabalhando vários dos conceitos acima levan-tados e ajudando os CIOs de saúde no Brasil.

Avi zins, Sócio Diretor da CareI Strategic Consulting, colunista da revista HealthCare Management.

HCM

unem a TI, como é o caso da nanomedicina e da tele-medicina especializada;

8-Ampliar e evoluir seus conhecimentos sobre as operações e os negócios de sua empresa e do mercado.

Sem dúvida este é um dos caminhos de cresci-mento da função e do pa-pel do CIO neste mercado, porém, há um outro cami-nho que deve ser também tomado, ou seja, se não for aberto o caminho do lado das lideranças para que o CIO efetivamente traga sua contribuição na liderança e nos rumos estratégicos da empresa, ou seja, para que

ele esteja em igual condição que os outros CXOs, serão perdidas todas as oportu-nidades de fazer com que a informação realmente esteja sendo utilizada mais efetivamente pelas empre-sas, e o que é pior, fazendo com que esta empresa se distancie negativamente de seus competidores, ou de sua missão mais importante que é a de dar o tratamento de saúde aos pacientes.

A se pensar também, o fato de que a média de gastos de TI baseados em faturamento de empresas do segmento de saúde no mundo é de 3% a 4%, muito menor na maio-

SiSTema

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artIGo

SuSTeNTaBilidade

Podemos afirmar que uma das maiores contribui-ções que vieram junto com a preocupação do desenvol-vimento sustentável é, com certeza, a visão sistêmica .

Até o presente momento, todas as nossas análises eram feitas de modo carte-siano, ou seja, separávamos um pedaço do todo para es-tudar , concluindo que está-vamos assim, apenas utili-zando uma estratégia muito bem pensada e definida.

Hoje, porém, estamos descobrimos que esta es-tratégia precisa ser remo-delada. Para obtermos uma análise eficaz se faz necessário uma avaliação

Por Márcia Marianiavaliação do ciclo de vida

sistêmica, onde sejam con-sideradas o maior número de variáveis econômicas, sociais e ambientais possí-veis e referentes à questão.

Na prática da atualmente tão almejada gestão sistê-mica, o conhecimento do ciclo de vida de um produto ou serviço é o primeiro passo na busca para o desenvolvi-mento sustentável de fato.

Conceitualmente podemos dizer que o estudo do ciclo de vida inicia-se da origem da remoção na natureza dos recursos necessários (berço), finalizando-se quando o mes-mo material retorna para à terra (túmulo).

A preocupação ambiental

requer o conhecimento do ciclo completo e fechado , iniciando–se a partir da na-tureza e caminhando até o mesmo ser “devolvido“ à ela, o que geralmente deno-minamos de resíduos.

A avaliação do ciclo de vida é uma poderosa ferra-menta que possiblita a visi-bilização de toda a cadeia de produção e os seus res-pectivos impactos ambien-tais, sociais e econômicos.

Permite-nos quantificar e posteriormente gerenciar a quantidade de recursos natu-rais envolvidos na produção como água , energia , maté-ria-prima e até os esforços de mão de obra utilizados.

recursos naturais/energia; água/

outros insumos

Fabricação / distribuição

Consumoresíduos / emissões

disposição Final

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OpiNiÃO

Márcia Cristina Mariani é formada em administração hospitalar pelo Centro Universitário São Camilo, mestre em Liderança pela Unisa, especialista em gestão ambiental e desenvolvimento sustentável pela FAAP, Gerente ambiental e de projetos do INDSH- Instituto Nacional de Desenvolvimento Humano e Social e Membro do Projeto Nossa Terra (www.projetonossaterra.com.br)HCM

Após o conhecimento do ciclo de vida, faz-se preemente a avaliação e mensuração dos impactos provenientes do processo, o que nos propicia o co-nhecimento da extenção e intensidade das alterações provocadas no entorno ao longo do caminho.

Segundo a Norma ABNT NBR 14.040 a avaliação do impacto inclui três fases, a saber: classificação, carac-terização e ponderação.

As fases de classifica-ção e caracterização são fatos, evidências científi-cas ou técnicas enquanto que a ponderação sofrerá julgamentos subjetivos políticos ou normativos.

No conhecimento e ava-liação de todos os proces-sos envolvidos no ciclo de vida, reside a grande oportunidade de eficiên-cia e redução de recur-sos econômicos, sociais e ambientais.

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capa

ceNteNárIo De SUceSSo

Grupo de saúde com 101 anos investe em tecnologia e ganha excelência no mercado

Tradição, qualidade e tecnologia

Um grupo centenário, em prol do aprimoramento

profissional, da otimização dos atendimentos médicos e da qualidade dos servi-ços prestados ao cliente e marcados por grandes fei-tos históricos. Assim é o Grupo São Cristóvão Saú-

de, instituição que nasceu em 1911, como Sociedade Internacional Beneficente dos Chauffeurs do Estado de São Paulo. Na época, era voltado para a prote-ção dos direitos dos mo-toristas. Com o passar dos anos, a entidade ampliou

seu foco e passou a garan-tir serviços médicos a seus associados e, posterior-mente, a toda comunidade.

Durante a transforma-ção do bairro da Mooca, na década de 50, a então So-ciedade Beneficente dos Chauffeurs decidiu cons-

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Tradição em Saúde

truir um hospital e materni-dade que, além de prestar os atendimentos médicos, também se tornaria sua sede. Em 1959, foi dado iní-cio à ação empreendedora, tendo o projeto concretiza-do em 12 de dezembro de 1965. “A ideia de criar um hospital foi amadurecendo devido às despesas cres-centes dos associados com o atendimento à saúde e as dificuldades operacionais em que se encontrava a sede da Rua do Carmo. A saúde como missão foi o

que originou o Grupo São Cristóvão”, conta Valdir Ventura, CEO do Grupo.

Em 1985 foi construído o Hotel Recanto São Cris-tóvão, como extensão das dependências do Sanatório São Cristóvão, abrigando 50 apartamentos com toda infraestrutura de lazer para uso dos associados, médi-cos e população em geral. Porém, com o investimen-to de outras instituições de saúde na zona Leste da ci-dade de São Paulo, o São Cristóvão Saúde passou

por algumas dificuldades, entrando em uma situação de déficit em 2007.

É neste painel que chega o atual CEO da instituição, Valdir Pereira Ventura, im-plantando o Planejamento Estratégico, com o qual a Associação passou de um saldo negativo para um re-sultado operacional extre-mamente positivo, atingido uma melhora de 260%. No início de 2008, o São Cris-tóvão possuía 45 mil bene-ficiários na carteira. Desse período até junho de 2013, o

MEMBROS DA SOCIEDADE EM SEUS PRIMEIROS ANOS

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capa

ceNteNárIo De SUceSSo

número passou de 45 para mais de 88 mil beneficiários.

Hoje, o Grupo é composto por três Unidades: Hospital e Maternidade São Cristó-vão, Plano de Saúde São Cristóvão e Hotel Recanto São Cristóvão, em Campos do Jordão. O Hospital e Ma-ternidade possui 225 leitos, dois Centros Ambulatoriais, ambos com equipamentos modernos e de última gera-ção, equipe especializada, além de diversos parceiros terceirizados. Há também o Pronto-Socorro Adulto e Infantil com tecnologia de ponta. Enquanto que o Pla-no de Saúde São Cristóvão possui uma ampla rede cre-denciada com mais de 800 pontos de atendimento, en-tre eles: hospitais, laborató-rios, centros de diagnósti-cos, clínicas e consultórios.

Já o Hotel Recanto São Cristóvão foi construído em uma área de mais de 11

alqueires, em Campos do Jordão, com uma estrutura de 50 apartamentos, salas de estar e refeições, solá-rio, piscinas, quadra polies-portiva, sala de jogos, além de diversas trilhas, lago e bosques. Uma completa in-fraestrutura de lazer para o uso dos beneficiários, mé-dicos e público em geral.

De um modo geral o Gru-po conta com mais de 1.400 colaboradores e mil médi-cos credenciados além de tecnologia de ponta, aten-dimento diferenciado, cor-po clínico de primeira linha e diversas certificações na área de Gestão de qualida-de. “Nossa missão é ofere-cer assistência à saúde de forma humanizada, com profissionais qualificados, a custos acessíveis. Nossa excelência está em priori-zar a qualidade de nossos serviços, ampliando nossa capacidade de atendimento

tornando-se referência no mercado”, garante Ventura.

Em 2011, quando o Gru-po completou seu cente-nário, novos investimen-tos ganharam corpo como a inauguração do Pronto--Socorro Adulto, da nova fachada do Complexo Hospitalar, da nova recep-ção, do lactário, do centro ecumênico e do memorial São Cristóvão.

Também foram constru-ídos novos apartamentos, enfermarias e postos de enfermagem. “Este ano, também tivemos uma gran-de realização importante: a inauguração do Centro Ambulatorial - CAAV II - localizado na Av. Paes de Barros, 635. A nova edifi-cação tem dois pavimentos contendo 13 consultórios voltados às especialidades de Cardiologia, Dermato-logia e Pediatria”, conta o CEO do Grupo.

RUA TERENASSANATóRIO SãO CRISTóVãO

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Tradição em Saúde

Para proporcionar um atendimento diferenciado às crianças, nas novas ins-talações, o ambiente conta com uma brinquedoteca interativa, sala de vacina-ção especial, sala de inala-ção pediátrica e ampla sala de espera integrada com a área externa. O novo Cen-tro Ambulatorial iniciou o atendimento ao beneficiá-rio no dia 27 de maio e es-tima realizar cerca de seis mil atendimentos/mês.

Como forma de reconhe-cimento de toda a dedica-ção e investimentos feitos na instituição nos últimos anos, o Grupo São Cristó-vão alcançou oito certifica-ções de qualidade, devido a excelência do trabalho.

Entre as diversas certifi-cações conquistados es-tão a ONA Nível III - Selo de Acreditado com Exce-lência; o SINASC - SELO OURO, conferido pela Se-cretaria Municipal da Saú-de aos hospitais que se empenham na qualidade da coleta, preenchimento e digitação das informa-ções sobre nascidos vivos; a ISO 9001:2008 e o selo CqH de compromisso com a qualidade hospitalar.

Entre os prêmios estão o Prêmio Governança Corpo-rativa, Prêmio COREN, por gestão com qualidade, Prê-mio Latin American quality Awards e Prêmio Socio-ambiental Chico Mendes. “A Manutenção de nossas

Certificações e Premiações são de extrema importân-cia para nossa instituição. Realizamos a prática de melhoria contínua através da constante adequação e interação dos processos administrativos e assis-tenciais, bem como pro-mover auditorias internas do Sistema de Gestão da qualidade com o objetivo de identificar oportunida-des de melhoria e evidên-cias das práticas seguras adotadas. Outra estratégia seguida pela A.B.F.S.C. é o acompanhamento da per-formance dos processos através de um sistema de medição de indicadores monitorado periodicamen-te”, conta o CEO.

CAAV II

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capa

ceNteNárIo De SUceSSo

Investindo em tecnologia

Durante seu crescimen-to o São Cristóvão passou por alguns avanços tecno-lógicos que contribuíram muito para sua expansão e excelência. Entre os projetos implementados estão o upgrade do Data Center, a criação de um Site Backup, ou seja, uma

cópia exata do Data Cen-ter e os totens de Autoa-tendimento, nos quais os beneficiários podem emi-tir segunda via de boletos, confirmar e pré-agendar consultas e exames, con-sultar a rede credenciada, além de muitos outros serviços. Os Planos Tera-

pêuticos, realizados a par-tir de roteiros pré-estabe-lecidos para o tratamento do paciente, têm um sof-tware que passa a moni-torar as ações realizadas pela equipe assistencial e a alertá-la quando uma ou mais ações deixam de ser realizadas nas datas/horá-

APARTAMENTO ANDARES

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Tradição em Saúde

rios previstos. Já a Gestão de Leitos conta com pai-néis instalados em todos os Postos de Enfermagem que monitoram, em tem-po real, o status de cada um dos pacientes inter-nados. Outras novidades implantadas foram o uso de Palm Top nas Farmá-cias para agilizar a distri-buição de materiais e a segurança do paciente, o serviço de envio de SMS para confirmação de con-sultas no ambulatório do hospital e o Cyber-Café, localizado na lanchonete da Maternidade.

Outra inovação do São Cristóvão é o Portal Trans-parência, principal ferra-menta de gestão da Alta Direção, disponibilizando os principais indicadores de cada uma das áreas do Hospital e da opera-dora de Planos de Saúde. Trata-se de um televisor instalado na sala do CEO do Grupo São Cristóvão, onde são disponibiliza-dos, em tempo real, os principais indicadores de cada uma das áreas do Grupo. quando estes indi-cadores ficam abaixo das metas estabelecidas são

emitidos alertas visuais no televisor. Os gestores acompanham os indicado-res de suas áreas através de seus computadores.

Ainda investindo em tec-nologia a instituição fez a aquisição de cinco novos equipamentos para a As-sistência Hospitalar. Três Ventiladores/Respirado-res para as UTIs e dois Equipamentos de Inala-ção Anestésica/Estação de Anestesia para o Cen-tro Cirúrgico. Também um Respirador Evita XL com o opcional Neo Flow, para ventilação em recém-nas-

APARTAMENTO MATERNIDADE

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cidos a partir de 500g, e um Respirador da nova geração da Dräger de ex-celência em ventilação no mercado. Além de dois Respiradores Savina 300, que possuem tecnologia de ponta com um concei-to operacional inovador.

“O Hospital e Maternida-de São Cristóvão é um dos primeiros a ter o equipa-mento de Inalação Anes-tésica/ Estação de Anes-tesia modelo PRIMUS, com Vaporizador, Monitor Delta e SCIO (Analisador de Gases). Trata-se de um aparelho com tecnologia de ponta, projetado para responder às exigências de uma solução de anes-tesia moderna em ambien-tes de saúde complexos. Além de um equipamento de Inalação Anestésica/ Estação de Anestesia mo-delo FABIUS PLUS, com Vaporizador, Monitor Vis-ta XL e VAMOS (Analisa-dor de Gases e Agentes Anestésicos). Este equi-pamento redefine o valor da anestesia ao estabele-cer o padrão na economia modular, na eficiência e no desempenho. Abran-ge desde a monitoração ventilatória do paciente até uma completa gama de modos ventilatórios”, salienta Ventura.

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ceNteNárIo De SUceSSo

MAIS TeCnoLoGIA PARA o FUTURo

Alguns projetos já estão em andamento para implantar mais tecnologia ao Grupo São Cristóvão. São eles:

• Assinatura Digital nos prontuários médicos e de enfermagem, que visa aumentar a segurança dos dados do paciente;

• O uso de Tablets, que permite aos profissionais acessarem o prontuário eletrônico e os resultados dos exames dos pacientes à beira do leito;

• O SACR (Sistema de Acolhimento do Paciente no Pronto-Socorro): ferramenta de apoio na classificação de risco dos pacientes;

• PACS (Picture Archiving and Commu-nication System - Sistema de Comu-nicação e Arquivamento de Imagens), processo de digitalização, pós-proces-samento, distribuição e armazenamen-to de imagens como ultrassonografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada, endoscopia, mamo-grafia e radiografia;

• Autorizador Eletrônico de Guias para os beneficiários do Plano de Saúde;

• Seleção de aplicativo de mercado para gestão da operadora de planos de saúde.

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NovosáReS

estrutura renovada

Todos os avanços do Hospi-tal e Maternidade São Cristó-vão estão refletidos também em sua arquitetura e área física, que passou por várias mudanças no últimos anos. Um dos maiores projetos re-alizados recentemente, nesta vertente, dentro do hospital, é o da reforma da fachada e da entrada principal da ins-tituição. Desenvolvido pela DK9 Arquitetura, parceira do São Cristóvão desde 2004, o projeto conta com Danie-la Falceta Cavalcanti como autora do projeto, Karla Di Schiavi, como Designer de Interiores, Wagner Montag-nana e Divo Montagnana cui-dando da realização e admi-nistração da obra e contando também com a colaboração

dos arquitetos Vinicius Del-gado, Rodrigo Rocha Nunes e Lorena Cintra e a da Ponto 10 RMC Mídia, a nova facha-da recebeu um conceito mo-derno e contemporâneo.

“Traduzimos este partido através das linhas retas e dos materiais escolhidos. A primeira ação foi libertar a entrada principal do hospi-tal, confinada por muros e portões, criando uma quadra permeável para usuários e pedestres”, conta Daniela Fal-ceta Cavalcanti.

A entrada do edifício ga-nhou um grande pórtico de mármore branco carrara e um aquário de vidro ligan-do os acessos de ruas com o desembarque de carros à entrada do hospital. Dentro

da construção transparen-te foram utilizados no aca-bamento materiais nobres como o mármore impe-rial, carrara e crema marfil, além dos vidros e estrutura metálica, para noite foi uti-lizada a luminotécnica, com destaque para o grande lustre de cristais sobre o ta-pete de piso que demarca a entrada principal.

“Um fator que merece des-taque é que a obra foi reali-zada com agilidade, no pra-zo recorde de seis meses, pois tínhamos como objeti-vo inaugurá-la no aniversá-rio centenário do hospital. Felizmente conseguimos o sucesso desta empreitada”, relata a arquiteta.

Outra obra que chamou a

MEMORIAL SãO CRISTóVãO

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ceNteNárIo De SUceSSoatenção foi a construção do Memorial São Cristóvão, que deu suma importância ao es-tudo luminotécnico para evi-denciar o material exposto, sem danificá-lo ao longo do tempo. Além disso, definiu o mobiliário visando a estética, a funcionalidade e a praticida-de da manutenção, mas sem deixar de lado a ergonomia. “Para tal, nos dedicamos ao design de peças especiais. Destaco a importância da comunicação visual, sendo eficaz e indispensável para o sucesso deste projeto.”

Outras melhorias também acabaram de ser entregues, como o luminoso de topo do prédio do hospital, que tem por objetivo destacar sua marca, a nova entrada do pronto-socorro adulto e a fachada do novo Centro Ambulatorial. E há, ainda, em andamento para melho-

rar cada vez mais o atendi-mento e a estrutura ofereci-dos aos usuários. São elas: a obra do elevador de servi-ço e o Instituto Dona Cica.

noVA UnIDADeAlém do que já foi feito nos

prédios já existentes o Gru-po investe também em uma nova edificação, o Comple-xo Hospitalar São Cristó-vão – Unidade água Rasa. O edifício será destinado ao centro de diagnóstico, am-bulatório e internação pedi-átrica. Tudo dividido em dez andares e quatro subsolos, totalizando uma área edifi-cada de aproximadamente 15.887 m² construídos.

A identidade do novo hos-pital carrega traços da ar-quitetura contemporânea, através de um mix de linhas retas e sinuosas aliando conceitos como funciona-

lidade, estética e medidas sustentáveis.“Nos preocupa-mos em economizar recur-sos, sem deixar de utilizar materiais atuais e modernos. Essa é a tendência atual e mundial de sustentabilidade e construção green. Propu-semos, por exemplo, uma volumetria que visa a trans-parência e a permeabilidade dos espaços através das cla-raboias de iluminação natural sobre todo o prédio, trazendo economia dos recursos elé-tricos” relata Daniela.

O projeto encontra-se na fase do executivo e na elabo-ração dos esboços comple-mentares. O início das obras está previsto ainda para 2013. A estimativa é que a primeira etapa da construção civil dure dois anos e a segunda fase, de decoração e implantação dos equipamentos, previsto para o semestre seguinte.

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planocOmpleTO

saúde bucal

Para atender de maneira plena a seus associados o Grupo São Cristovão Saú-de implantou, em 2010, parceria coma Dental Mind, clínica voltada para tratamentos odontológi-cos especializados. A par-tir de então, uma unidade passou a estar instalada dentro do hospital, onde os associados do São Cris-tovão Saúde têm descon-tos nos tratamentos.

O grupo já possuía um plano odontológico, porém seus serviços não se esten-diam aos tratamentos es-pecializados. “Nossa par-ceria começou a convite do Sr. Valdir Ventura, que nos deu a oportunidade e abriu as portas para reali-zarmos atendimentos junto aos associados. Fazemos isso com a mesma qualida-de que já oferecíamos aos nossos pacientes particu-lares”, conta Dr. Marcelo Gava, Técnico responsável da Dental Mind.

Entre os serviços ofe-recidos pela Dental Mind estão a reabilitação oral, ortodontia, implantes, es-tética dental, endodontia, próteses, cirurgias, clare-amento, disfusão de ATM, profilaxia, laserterapia e ortopedia funcional dos maxilares. O diferencial

da empresa escolhida está no fato de trabalhar com o que há de mais atual no mercado de odontologia, com técnicas inovadoras e profissionais qualificados, com especialização em di-ferentes áreas. “A odonto-logia moderna consegue melhorar a qualidade de vida de um paciente de-volvendo um sorriso mais harmônico e o prazer de viver”, afirma Gava.

De acordo com o dentis-ta, “a saúde começa pela boca”, pois se o individuo não possui uma higieniza-ção rigorosa, pode compli-car a sua saúde geral. “Des-tacamos que pacientes cardíacos, diabéticos, entre outros,devem comparecer ao consultório dentro de um período de seis meses a um ano para avaliação clí-nica da boca”, orienta.

Com a correria dos dias atuais, na qual as pessoas têm cada vez menos tempo, esta integração en-tre as áreas de saúde é um fator facilitador. “Há também o fato de os pacientes se sentirem mais se-guros por estarem tratando dentro de um ambiente hospitalar”, con-

ta Gava.A parceria entre as espe-

cialidades médicas tam-bém é importante para a estabilização completa do quadro deum pacien-te. “Muitas das infecções podem estar associadas à cavidade oral, dificul-tando a estabilização do quadro do paciente. Como exemplo, a diabetes, cujo paciente portador dessa doença não consegue ter o efetivo controle se apre-sentar algum tipo de infec-ção bucal”, explica.

A empresa está no mer-cado desde 1988 e desde 2004 ampliou seu cam-po de atuação dentro do setor da saúde.Alémdos seus já tradicionais servi-ços odontológicos, oferece também, em sua clínica

atendimen-to psiqui-átrico.

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ceNteNárIo De SUceSSo

Higienização do enxoval Hospitalar

A qualidade do enxoval e principalmente sua hi-gienização são de extrema importância para trazer se-gurança a uma instituição hospitalar e também con-forto aos pacientes. A ação de outsourcing de lavan-deria industrial hospitalar já vem sendo praticada há muito tempo, mas adqui-riu maior ênfase a partir de 1997, sendo que a opção por este tipo de terceiriza-ção fez com que os hospi-tais aumentassem ainda mais o foco na sua ativida-de-fim, que é assistência à saúde dos pacientes e

seus familiares. O Hospital São Cristovão também já adotou esse processo de outsourcing e há 18 meses vem mantendo parceria com a Lavebras, empresa responsável pela higieniza-ção de cada tipo de peça de roupa da instituição.

O processo de higienização têxtil exige que uma série de ações operacionais aconteça de forma simultânea e equi-librada, a fim de conseguir eficácia no resultado. Assim, podemos destacar:

A divisão da lavanderia em duas áreas: área Suja (ou úmida), local que rece-

be a roupa que já foi utili-zada pelo hospital, onde se faz a segregação da peça de roupa de acordo com o tipo e sujidade, fator essen-cial para garantir eficiência no processo de limpeza e onde se dá o início do pro-cesso de higienização. Na área Limpa, local que re-cebe as peças de roupas já devidamente higienizadas, inicia-se o processo de aca-bamento, como secagem, passadoria, alisamento, do-bragem e preparação para expedição. Não existem qualquer tipo de intercâm-bio entre os funcionários

ENFERMARIA

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Conforto eSeGuRaNça

que trabalham nestes dois setores, inclusive cada área tem seus paramentos ne-cessários e vestiários espe-cíficos. Essa divisão é feita através da barreira física de contaminação.

Outro ponto a ressaltar são os quatro fatores es-senciais que incidem no processo de higienização:

1. Tempo: responsável por cada ciclo no processo de higienização, este fator tem que ser exato na passagem de uma etapa para outra, pois sua variação prejudicará a efi-ciência do processo.

2. Temperatura: agente facilitador da remoção da sujidade, e portanto deve estar presente no ciclo cer-to e no grau determinado, pois senão prejudicará a qualidade da higienização.

3. Ação química: agen-te removedor da sujidade. Cada produto químico inci-dente no processo tem sua quantidade específica e por-tanto, qualquer desequilíbrio na incidência do produto químico no processo preju-

dicará sua ação de remoção da sujidade da peça de rou-pa. A emulsão automática de produtos químicos é fator fundamental para êxito no processo de higienização.

4. Ação Mecânica: respon-sável por distribuir e dirigir a solução de cada produto químico durante o processo de higienização. Uma ação mecânica desregulada, faz com que todos os três fato-res acima percam eficiência em todo o processo.

Daí a necessidade de uma empresa de lavanderia in-dustrial hospitalar buscar a utilização de novas tecnolo-gias, manter ação contínua da manutenção preventiva dos equipamentos, utili-zar produtos químicos de empresas renomadas no mercado nacional e inter-nacional, fazer o tratamen-to específico da água antes de ser utilizada no processo de higienização para abran-damento e eliminação de metais, e também manter processo contínuo de capa-citação profissional.

Tão importante quanto ao que foi acima mencionado, a lavanderia industrial hos-pitalar também mostra sua consistência e capacidade de oferecer segurança a instituição de saúde desen-volvendo o programa de vacinação aos funcionários, obtendo os documentos e li-cenças de operação exigidas pelos órgãos fiscalizadores, desenvolvendo seu próprio Manual de Procedimento Operacional Padrão, reali-zando as análises microbio-lógicas e controle de pragas e ter uma estação de trata-mento de efluente eficaz, para contribuição da preser-vação do meio ambiente.

Tudo que foi acima men-cionado é praticado na ínte-gra pela Lavebras e devido a esses fatores que vem con-quistando posição de van-guarda no mercado, pois é desta forma, oferecendo roupa devidamente higie-nizada e bem acabada, que a Lavebras contribui com o Hospital São Cristóvão a abraçar o paciente no leito.

“PRESTAR SERvIçOS DE HIGIENIzAçãO DE ENxOvAL AO HOSPITAL SãO CRISTóVãO É UM MOTIVO DE GRANDE SATISFAçãO PARA LAVEBRAS, PORqUE ESTA INSTITUIçãO TEM GRANDE DESTAqUE EM EXCELêNCIA DE PRESTAçãO DE SERVIçOS NA áREA DA SAÚDE. NOS SENTIMOS HONRADOS EM PODER PARTICIPAR DO PROCESSO PRODUTIVO DE UMA INSTITUIçãO DE SAÚDE DE VANGUARDA”

JOãO BAPTISTA RICCIARDI JUNIOR, GERENTE DE NEGóCIOS NA DIVISãO HOSPITALAR DA LAVEBRAS

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ceNteNárIo De SUceSSo

Medicina diagnóstica de ponta

Outra parceria realiza-da pelo Grupo São Cristó-vão refere-se ao campo da Medicina Diagnóstica. O Biofast presta, neste setor, serviços em duas frentes: ambulatorial e a urgência e emergência no hospital.

Para estas atividades há um laboratório de emergên-cia instalado dentro da ins-tituição, onde ocorre o pro-cessamento e a liberação dos resultados de exames dos pacientes internados. Este mesmo local também executa emergências ambu-latoriais quando necessário. Os demais materiais biológi-cos são transportados para a Unidade Central de Produ-ção, onde os exames são re-alizados em rotinas diárias.

De acordo com Rogério Saladino, Presidente do Grupo Biofast, são reali-zados 60 mil exames por mês. “Executamos um atendimento customizado, humanizado, dentro das mais modernas tendências de prestação em saúde, priorizando o cliente, com informação, velocidade e tecnologias analíticas de ponta”, ressalta.

Para tanto, são utilizados equipamentos e tecnolo-gias ultramodernas, total-mente automatizadas. Os resultados são liberados

somente após análises apu-radas e de consistência.

Conforme explica Maurí-cio Viecili, Diretor de Ope-rações do Grupo Biofast, os aparelhos são todos de última geração, com pro-tocolos de operação e ma-nutenção referendados, e todos em duplicidade, ga-rantindo a operação ininter-rupta do serviço laborato-rial. “A grande maioria dos equipamentos processa os exames sem nenhum con-tato manual, reconhecendo cada amostra pela identifi-cação única com códigos de barras, de forma randô-mica, e a liberação obedece a protocolos definidos pela Sociedade de Patologia Clí-nica e Medicina Laborato-rial-SBPC/ML”, afirma.

O Sistema de Informação Laboratorial (LIS) é integra-do ao do Hospital, e os re-sultados são emitidos à luz do histórico clínico e labo-ratorial de cada paciente. Também há a integração diária e ininterrupta das equipes clínicas com a área médica do Biofast, para a correta análise de cada re-sultado. “Além disso, temos a acreditação ONA, nível II, atendendo a todos os pro-tocolos de segurança defi-nidos para o atendimento seguro, e o Programa de

Acreditação de Laborató-rios Clínicos da Sociedade Brasileira de Patologia Clíni-ca”, comenta Viecili.

Na versão de Motion LIS foi incluído o módu-lo de cadastro comercial e faturamento, além da funcionalidade de abertu-ra de ficha, ou seja, há a atuação de ponta a ponta no processo da produção de exames, com total se-gurança e transparência, permitindo aos pacientes e médicos o pleno acesso aos laudos via internet.

Além dos recursos tec-nológicos e a preocupação com a segurança, Saladino destaca também a capa-citação dos profissionais. “Nossos colaboradores são periodicamente treinados e incentivamos a prestarem um serviço humanizado aos pacientes. Respeitar e oferecer um atendimento com calor humano faz parte de nosso dia a dia, desde o primeiro bom dia, até a en-trega do resultado.”

Desde setembro de 2008 o Biofast mantém parce-ria com o Grupo São Cris-tóvão, entretanto, possui vínculos com governos e prefeituras através de pro-jetos de atendimento dife-renciado aos usuários do Sistema Único de Saúde.

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Infraestrutura para a saúde

Nem todos os resulta-dos de diagnósticos são virtuais e, até para me-lhor avaliação médica, ou arquivamento dos pa-cientes, os exames feitos em instituições de saúde-precisam ser impressos. Um equipamento pouco lembrado, quando se fala sobre essas impressões, porém não menos impor-tante, são as impressoras.

Sempre preocupado em manter a qualidade em tudo aquilo que faz, o Hos-pital e Maternidade São Cristóvão buscou para este fim impressoras da marca Oki Data. “Nossa parceria com o São Cristóvão existe há mais de sete anos. For-necemos e cuidamos da

Tradição em Saúde

manutenção de diversos modelos de impressora Oki Data da instituição, cada uma adequada às necessi-dades departamentais do Grupo”, conta Elias Souza, Gerente Comercial da Kita-ni Locação e Comércio de Equipamentos, empresa especializada nos sistemas de gestão e impressão de documentos.

De acordo com Elias Sou-za, ao escolher este tipo de equipamento para o hos-pital, o gestor, para evitar problemas futuros, precisa avaliar a qualidade de im-pressão e a robustez dos equipamentos. “As impres-soras de exames, por exem-plo, além da alta qualidade de impressão precisam ter

a possibilidade de trabalhar diferentes gramaturas de papel”, ressalta Elias Souza.

A Kitani está consolida-da no mercado há mais de 30 anos, iniciando suas atividades no segmen-to de locação de equipa-mentos para escritório, e, há dez anos,incluiu em seu portfólio a gestão e impressão de documen-tos, inclusive no ambiente hospitalar. “Dispomos de corpo técnico capacitado, e estoque de suprimen-tos e peças. Tudo isso para agilizar possíveis in-tervenções que os equi-pamentos necessitem e não tumultuar o trabalho da instituição e dos médi-cos”, finaliza.

“NOSSA PARCERIA COM O SãO CRISTóvãO ExISTE Há MAIS DE SETE ANOS. FORNECEMOS E CUIDAMOS DA MANUTENçãO DE DIVERSOS MODELOS DE IMPRESSORA OkI DATA DA INSTITUIçãO, CADA UMA ADEqUADA àS NECESSIDADES DEPARTAMENTAIS DO GRUPO”

ELIAS SOUzA, GERENTE COMERCIAL DA KITANI

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HealthCare Management entrevista Ceo do Grupo são Cristóvão saúde

De sua sala, o CEO do Grupo São Cristóvão, Valdir Pereira Ventura, acompanha tudo o que se pas-

sa na instituição por uma tela de LCD. Lá estão to-dos os dados necessários para que o administrador solucione os problemas imediatamente, plataforma esta desenvolvida por sua própria equipe de TI. De lá também é possível visualizar o futuro Instituto de Ensino e Pesquisa, em fase de construção.

Valdir Ventura traz para a sua gestão hospitalar uma experiência de 32 anos em uma das maiores automobilísticas do mundo, a Ford. A princípio, muitos questionaram as diretrizes do CEO, mas

hoje elas provam que o caminho escolhido foi cer-to. Basta analisar os números e as acreditações que o hospital conquistou durante a sua liderança.

Casado, pai de uma médica mastologista, ginecolo-gista e obstreta, uma psicóloga e uma estudante de medicina, o engenheiro e administrador traz com su-cesso toda a sua experiência em gestão, planejamento,

organização e metas na saúde. Em entrevista exclusiva à revista Healthcare Management, Valdir Ventura conta

sobre as mudanças que ocorrem no Grupo desde o início de sua gestão, as perspectivas e sua visão sobre o segmento.

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Tradição em Saúde

Quais são as diretrizes administrativas do Grupo São Cristóvão hoje?

valdir ventura: É cada vez mais profissionalizar nossos colaboradores. Observamos que duas de nossas ações voltadas para esta finalidade ajudaram bastante. Uma delas é o fato de darmos prioridade aos nossos colaboradores para novas vagas dentro da instituição. Com isso, eles se motivam a estudar para atingir o nível de qualifica-ção solicitado para as vagas. Em um ano e meio, promo-vemos mais de 180 pessoas dentro da instituição.

Outra ação importante que tem nos ajudado é a implementação de novos departamentos: o Planeja-mento Estratégico e a Via-bilidade Técnica e Econô-mica, que estudam a fundo, de forma profissional, cada ideia, nos dando todas as informações necessárias para tomar uma decisão mais assertiva, isso exige dos gestores uma profis-sionalização maior para que possam entender os

processos. O outro de-partamento implantado foi a área de qualidade e Processos, que nos ajuda pensar institucionalmente, de maneira integrada. Isso nos traz uma mudança de qualidade que reflete na instituição como um todo.

Como o hospital lida com as questões ligadas a estu-dos, ensino e pesquisas?

valdir ventura: No mo-mento, estamos construin-do o Instituto de Ensino e Pesquisa. No ano passado, realizamos cerca de 700 apresentações e palestras sobre diferentes especia-lidades. Além disso, em 2012, iniciamos duas gran-des parcerias, uma com o Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein sobre o curso de aprimo-ramento em Enfermagem. Uma equipe daquela ins-tituição veio dar um curso In loco para os nossos pro-fissionais. A outra parceria foi com a Fundação Getulio Vargas (FGV), que minis-tra MBA sobre Gestão na Saúde, curso para o qual

nós subsidiamos em 70% do valor para 40 de nossos funcionários.

Como o senhor avalia o crescimento do Grupo?

valdir ventura: Há um crescimento evidente nos últimos anos. No início de 2008, o São Cristovão pos-suía 41 mil beneficiários na carteira, hoje são mais de 88 mil beneficiários. Acredito que nós melhoramos muito na tomada de decisão, mas a implementação ainda está aquém do que eu gostaria de ter, pois, hoje, a compe-tição é muito grande.

Qual é o segredo do su-cesso para liderar um Gru-po da importância e di-mensão do São Cristóvão?

valdir ventura: Nós não podemos impor nada, é preciso convencer de que a instituição tem um cami-nho a seguir, de modo bem aberto e transparente com os colaboradores, para que se faça um trabalho em conjunto. É fundamental que haja transparência em todas as ações. A comu-

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eNtreVISta

nicação é um problema ge-ral nas empresas, por isso é preciso trabalhá-la muito para que não haja nenhuma distorção na tomada de deci-são. No Planejamento Estra-tégico nós temos um time e para que funcione é preciso trabalhar de modo transpa-rente e de mãos dadas.

Quais são as boas práti-cas da governança corpo-rativa, aplicadas ao Grupo, que o senhor destacaria?

valdir ventura: Um pon-to importante que temos trabalhado cada vez mais nesta vertente e para o qual devem enveredar nossos próximos passos é a aplica-ção de mais hotelaria dentro da instituição, além de ad-quirir novos equipamentos.

Quais são as medidas que a gestão toma para evitar prejuízos e desperdícios?

valdir ventura: Já faz quatro anos que nós temos um departamento específi-co de Viabilidade Técnica e Econômica, que coordena o Programa de Redução de Desperdício junto aos gesto-

res de cada área. Desenvol-vemos também uma ferra-menta, onde são colocadas todas as ideias para que depois sejam buscadas as alternativas. Durante minha gestão, aplicando essas prá-ticas conseguimos reduzir bastante o desperdício. No primeiro ano, conseguimos uma redução de R$ 5.8 mi-lhões, no segundo ano de R$ 3.7 milhões, depois fomos para R$ 5 milhões e este ano esperamos uma economia de R$ 3,5 milhões.

Como o Sr. analisa a importância do profissio-nal da saúde no mercado brasileiro?

valdir ventura: Esses profissionais são, sem dú-vida, de extrema impor-tância, inclusive aqueles com especialização em uma determinada área. Eu observo que há uma defa-sagem de médicos espe-cialistas para atuarem em Pronto Atendimento. Há uma certa dificuldade em conseguir médicos gaba-ritados, para trabalharem no Pronto-Socorro e esta

falta de especialistas aca-ba acarretando a um maior gasto para o hospital, pois são solicitados mais exa-mes e também há um tem-po maior de permanência do paciente. Acredito que o ensino médico deveria ter uma orientação sobre busi-ness, porque quando você conversa com os médicos e pede para que não se peça nenhum exame a mais e nenhum a menos há uma dificuldade de entender o que é um hospital de fatu-ramento e o que é um hos-pital de custos.

Como a legislação brasi-leira interfere no bom fun-cionamento da instituição?

valdir ventura: Em algu-mas situações há burocra-cia demasiada, isso dificulta os processos. Por exemplo, quando nós precisamos im-portar equipamentos sen-timos muita dificuldade. Acho que há espaço para melhorias neste sentido, a burocracia poderia ser re-pensada em alguns casos. Porém não há apenas falhas no que tange as leis ligadas

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Tradição em Saúde

à saúde, enquanto que por um lado encontramos muita burocracia. Por outro, en-xergamos a ANS no cami-nho certo, regulamentando as Operadoras de Planos de Saúde. Seu trabalho é importante, visa a disciplina e o bem-estar do beneficiá-rio, mas acredito que, ainda assim, poderia estar mais envolvida nas decisões com as Operadoras, ampliando o diálogo com as instituições de médio porte.

Como o Sr. visualiza o hospital do futuro e como seus funcionários terão que trabalhar neste hospital?

valdir ventura: No futu-ro a atualização profissional vai ser muito exigida, pois a velocidade de mudanças

dentro dos hospitais tende a crescer ainda mais. Para isso é preciso que esses pro-fissionais trabalhem sempre com carinho, amor pelo que faz e que tenham compro-misso com seu trabalho.

Como o senhor analisa o fato da desospitalização na saúde? e como a gestão lida com isso?

valdir ventura: É preciso criar alternativas para dimi-nuir o número e o tempo de internações. Nós investimos dentro do Pronto-Socorro, através de chefes de Plantão (CLT’s), Unidade de Apoio ao Pronto-Socorro (UAPS), Médico Hospitalista, entre outros, permitindo um bom atendimento Hoje, nosso tempo de internação médio

é de cinco dias, no passa-do, este período era de nove dias. Além disso, criamos um Home Care, para quando for necessário e o gerencia-mento de leitos, para melho-rar a gestão hospitalar.

Quais são as perspecti-vas do grupo no futuro?

valdir ventura: quando cheguei aqui tínhamos um estoque de farmácia e de almoxarifado com cerca de R$ 3 milhões em cada área e 75 dias de estoque. Hoje, nós temos estoque para 12 dias com média de R$ 300 mil em cada setor, a descen-tralização também é uma medida que vem sendo to-mada e há perspectivas de expansão dentro desta ver-tente para o futuro.

“A COMUNICAçãO É UM PROBLEMA GERAL EM TODAS AS EMPRESAS, POR ISSO É PRECISO TRABALHá-LA MUITO PARA qUE NãO HAJA NENHUMA DISTORçãO NA TOMADA DE DECISãO”

VALDIR VENTURA , CEO DO GRUPO

SãO CRISTóVãO

HCM

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alÉM dos

NeGóciOS

o poder de inovarprêmio Inova saúde traz o devido reconhecimento as importantes contribuições tecnológicaspara a saúde humana no Brasil

orIGINaLIDaDe

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Inovação Na Saúde

A inovação é essencial para superar qualquer

dificuldade e encontrar al-ternativas que respondam aos problemas atuais e da-queles que, porventura, vi-rão. Afinal, trata-se de uma visão estratégica e ousada a fim de buscar soluções práticas e econômicas.

No segmento da saúde não é diferente. Aliás, esse mercado sempre é fomenta-do com ideias revolucioná-rias que otimizam o trabalho dos profissionais e, ao mes-mo tempo, proporcionam um tratamento mais huma-nizado aos pacientes.

Desde 2010, o Prêmio Inova Saúde, criado pela Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equi-pamentos Médicos, Odon-

tológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO), visa, exatamente, reconhecer a importância de proporcio-nar novas alternativas para o setor. O objetivo é estimu-lar a pesquisa e desenvolvi-mento de novas tecnologias no País, aumentando, con-sequentemente, o patamar tecnológico da indústria brasileira em prol da saúde.

“A ABIMO acredita que o País é diretamente favore-cido quando se incentiva a inovação, independente do porte ou área de atua-ção da empresa. O Prêmio Inova Saúde também tem o propósito de incentivar e inspirar investimentos em novas tecnologias por meio do compartilhamento com todo o setor da saúde, das

conquistas e dos progres-sos da nossa indústria”, afir-ma Dr. Luiz Calistro Bales-trassi, Diretor Presidente da Neurotec e Diretor Conse-lheiro Titular da Associação.

Ainda de acordo com Dr. Calistro, os produtos ins-critos em todas as edições deste ano foram de altís-sima qualidade, o que, de forma positiva, dificultou, ainda mais, o trabalho da comissão julgadora. “Al-guns diretores de empre-sas já nos abordaram para elogiar a iniciativa e afirmar que seu crescimento teve um aumento significativo após a participação e divul-gação do referido prêmio.”

Dr. Calistro explica tam-bém que “os critérios de avaliação são, dentre outros

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fatores, o aumento da com-petitividade decorrente da inovação, o potencial de in-serção no mercado nacional e internacional, os mecanis-mos de sistematização da ação inovadora, a geração de empregos, a relevância e o alcance para saúde”.

“Apesar do início tímido dos investimentos, o Brasil tem evoluído bastante na criação de condições para inovação, seja por meio de políticas industriais ou por investimento próprio das empresas”, salienta o diretor.

O reconhecimento da pri-meira edição do prêmio foi dado às empresas: Neuro-tec e Angelus. Nesta edição, a seleção das empresas foi realizada pela própria dire-toria da ABIMO, consideran-

alÉM dos

NeGóciOS

orIGINaLIDaDedo o desempenho daquelas associadas e o reconheci-mento do mercado e de ou-tras instituições.

O produto apresentado foi o Neuromap, equipa-mento que realiza o regis-tro da atividade elétrica ce-rebral e permite a análise do diagnóstico em várias patologias no campo da neurologia, neurofisiologia, neuropsiquiatria, psicofar-macologia, farmacocinéti-ca, farmacodinâmica, pré e pós-operatório, bem como a monitoração em CTI’s e neu-rointensivismo, polissono-grafia e poligrafia neonatal.

A tecnologia digital per-mite ver, simultaneamen-te, o eletroencefalograma convencional de forma mais precisa e com outros

recursos, como análise de frequências, diagnósticos de tendências e índices de simetria da atividade elétri-ca cerebral, tudo na mesma tela. Ainda pode-se agregar o vídeo do paciente, ava-liações do ritmo cardíaco e índice de saturação de oxi-gênio do sangue o que, em casos de terapia intensiva, são de extrema importân-cia. Vale ressaltar que o uso do módulo isolador (spliter), elimina grande parte dos ar-tefatos (atividade não cere-bral), facilitando e incluindo, de forma definitiva, a eletro-encefalografia em UTIs.

“A inovação é gradativa, porém, constante. Nossa missão é fazer tecnologia em benefício da saúde humana”, finaliza Dr. Calistro.

“A INOvAçãO É GRADATIvA, PORÉM, CONSTANTE. NOSSA MISSãO É FAzER TECNOLOGIA EM BENEFÍCIO DA SAÚDE HUMANA”

DR. LUIz CALISTRO BALESTRASSI, DIRETOR PRESIDENTE DA NEUROTEC E DIRETOR CONSELHEIRO

TITULAR DA ABIMO

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Inovação Na Saúde

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reaBILItação

Um passo para nova vidaproblemas motores podem ser tratados em centros especializados e detentores das mais avançadas técnicas

Seja causada por um acidente, seja por um

derrame ou mesmo por problemas na gestação, as deficiências motoras aco-metem 13,3 milhões de

pessoas no Brasil, o que representa 7% da popula-ção brasileira, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) refe-

rentes ao Censo Demográ-fico de 2010. A deficiência severa, ou seja, pessoas com dificuldades ou inca-pazes de se locomover re-presentam 4,4 milhões de

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dificuldadesmOTORaS

pessoas. Para este público a porta para melhorar sua qualidade de vida, restabe-lecer ou construir um coti-diano é a reabilitação.

O processo, destinado a restabelecer as funções do paciente, confere mais equilíbrio e autonomia às pessoas com proble-mas ortopédicos. E para o bom resultado, é im-portante que os traba-lhos sejam realizados em conjunto por uma equipe multidisciplinar formada por fisioterapeuta, tera-peuta ocupacional, fono-audiólogo, psicólogo, nu-tricionista e enfermeiro de reabilitação, entre outros profissionais. Além dis-so, a utilização de alguns equipamentos também auxilia no processo. Os mais conhecidos, são os

aparelhos de eletroesti-mulação, eletroanalgesia e a prancha ortostática.

O ideal é que os proces-sos de reabilitação aconte-çam dentro de instituições de saúde, ou em centros voltados especialmente para este fim, como é o caso da AACD (Associação de Assistência à Criança com Deficiência), que tra-balha há mais de 60 anos na reabilitação de pessoas com deficiência física. “A entidade surgiu em 1950, a partir do trabalho e da vontade do médico Renato da Costa Bomfim em criar no Brasil um centro de re-abilitação com a mesma qualidade dos centros que conhecia no exterior. Atu-almente são 14 unidades com mais duas em cons-trução, que serão inaugu-

radas até o fim desse ano. Uma em Vitória, no Espírito Santo, e outra em Campina Grande, na Paraíba”, conta Dr. Morton, responsável pelo Setor de Pesquisa Clí-nica da instituição.

Hoje, a AACD atende cer-ca de 6,4 mil pessoas por dia em todas as suas uni-dades. O maior número de atendimentos é realizado em adultos, que atualmen-te representam 60% e den-tre eles, o maior número está ligado a acidentes de trânsito, ou seja, lesões ad-quiridas. Os tratamentos são realizados através da Arte-reabilitação, Fisiotera-pia, Fisioterapia Aquática, Fonoaudiologia, Musico-terapia, Pedagogia, Psico-logia, Reabilitação Despor-tiva, Reabilitação Virtual e Terapia Ocupacional.

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reaBILItação

Outra instituição que também realiza os trata-mentos para reabilitação é o INTO (Instituto Nacional de Traumatologia e Orto-pedia), localizado na cida-de do Rio de Janeiro (RJ), atende hoje cerca de 800 cirurgias por mês. Só em 2012, foram mais de sete mil intervenções cirúrgi-cas e em média 170 mil consultas ambulatoriais. Neste processo, estão en-volvidos 2.443 profissio-nais, sendo 565 médicos e 1.152 enfermeiros.O hospital, que ocupa

uma área de 70 mil m², teve início com o nome de Hos-pital Central de Aciden-tados, inaugurado com a finalidade de atender aos funcionários e segurados da companhia de navega-ção LLOYD BRASILEIRO.

Tratamento pelo sUs

Em 1973 foi comprado pelo INPS (Instituto Nacional de Previdência Social), e logo ganhou excelência de seu atendimento e pelas técni-cas inovadoras. Em 1994, foi nomeado pelo Ministé-rio da Saúde como órgão normatizador de procedi-mentos de ortopedia no País, ganhou o status e o nome de Instituto Nacional de Traumatologia e Orto-pedia. O INTO não presta serviços de emergência, atende exclusivamente a pacientes do Sistema Úni-co de Saúde (SUS).“O Into é um dos princi-

pais centros de referên-cia médica do Brasil e da América Latina na área de ortopedia e traumato-logia. Neste ano de 2013 completa 40 anos de mui-tas cirurgias e atendimen-

tos ambulatoriais tendo beneficiado milhares de brasileiras e brasileiros que necessitam de pro-cedimentos cirúrgicos de média e, principalmente, de alta complexidade”, co-menta Marcos Musafir, Di-retor do INTO.Além dos atendimentos,

o INTO possui também laboratórios de Pesquisa Neuromuscular (PNEURO) e de Fisiologia do Esforço (LAFES) que impulsiona-ram ainda mais o desen-volvimento de estudos em Fisiologia do Exercício e Medicina do Esporte. Pela primeira vez, um núcleo de pesquisas desse tipo em ortopedia é instalado den-tro de uma unidade hospi-talar pública brasileira. Em 2009, o INTO passou a fazer parte da Rede Nacional de

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dificuldadesmOTORaS

Pesquisa Clinica – RNPC, compondo uma de suas unidades com o Centro de Pesquisa Clínica (CPC). A área ambulatorial da

instituição conta com 60 salas de atendimentos para todas as especialida-des ortopédicas. As salas contam com infraestrutu-ra e equipamentos avan-çados para o diagnóstico específico das doenças de cada grupo. A área de es-pera é um ambiente aco-lhedor, cli-matizado, espaçoso e infor-matizado, c r i a d o para ga-rantir con-forto para usuários e acompanhantes.A unidade de reabilitação

conta com uma área de dois mil metros quadra-dos, que inclui piscina para atendimentos hidroterápi-cos. A equipe conta com fi-siatras, fisioterapeutas, fo-noaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, assistentes sociais. Entre as propostas de atendi-mento da unidade está o tratamento, inclusive, du-rante o período pré-ope-ratório. O objetivo é fazer com que o paciente chegue na sala de cirurgia em boas

condições, com noções de caráter preventivo. O complexo abriga ainda

o Hospital Dia, sistema uti-lizado para pacientes que são submetidos a proce-dimentos rápidos, libera-dos no mesmo dia. As ci-rurgias são realizadas em salas com estrutura mo-derna e confortável, sob a supervisão de uma equipe multidisciplinar. São três salas de cirurgia e 18 leitos de pós-operatório destina-

dos a este tipo de modali-dade. O Atendimento Mul-tidisciplinar nos 15 Centros de Atendimento Especiali-zados é destaque. Ou seja, o paciente passa por um ortopedista, pela equipe de enfermagem, por um pro-fissional de reabilitação, um assistente social, um psicó-logo, um nutricionista. Esse conceito de atendimento garante agilidade na fila de cirurgia do Instituto.O INTO conta também

com 21 salas cirúrgicas - entre as quais, uma sala para emergências, e duas

com equipamentos de transmissão ao vivo via satélite. Essa tecnologia é utilizada no treinamento e educação continuada para profissionais da saúde, in-clusive, por meio de en-sino à distância. São 255 leitos de internação e 48 leitos de terapia intensiva e pós-operatório.Além disso, a instituição

tem também a acreditação Joint Commission Interna-tional, renovada em 2012,

um Banco de Tecido Músculoes-q u e l é t i c o s Transplantes ósseos e um Centro de Pesquisa em Terapia Ce-lular. Outra

serviço oferecido pelo hos-pital é o Atendimento Domi-ciliar, com o objetivo com-plementar ao tratamento ortopédico iniciado na uni-dade hospitalar, oferecendo assistência especializada na casa daqueles que so-frem, principalmente, com problemas de locomoção. “Nosso banco de tecidos é totalmente público e não só de ossos, ligamentos e tendões, mas também para o armazenando de válvulas cardíacas e de córneas, para atender à população”, finali-za Musafir.

“O PROCESSO, DESTINADO A RESTABELECER AS FUNçõES DO PACIENTE, CONFERE MAIS EqUILÍBRIO E AUTONOMIA àS PESSOAS COM PROBLEMAS ORTOPÉDICOS. E PARA O BOM RESULTADO, É IMPORTANTE qUE OS TRABALHOS SEJAM REALIzADOS EM CONJUNTO POR UMA EqUIPE MULTIDISCIPLINAR FORMADA POR FISIOTERAPEUTA, TERAPEUTA OCUPACIONAL, FONOAUDIóLOGO, PSICóLOGO, NUTRICIONISTA E ENFERMEIRO DE REABILITAçãO, ENTRE OUTROS PROFISSIONAIS”

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reaBILItação

Como para qualquer ou-tro cidadão, a indepen-dência e a autonomia das pessoas com dificuldades e limitações motoras são um direito garantido em Constituição. Além disso, quanto mais autonomia estas pessoas têm melhor é sua condição de vida per-mitindo que possam estu-d a r , f o r -

pela inclusãomar-se, capacitar-se e trabalhar, produzindo e contribuindo para o de-senvolvimento do País.Para auxiliar nesta con-

quista a Tecnologia As-sistiva tem sido grande aliada, pois através dela são desenvolvidos e fabri-cados produtos, serviços e soluções para os distin-

tos tipos de deficiência, a fim de proporcionar estas conquistas e dis-

ponibilizar recursos. Em busca de ampliar a atua-ção da Tecnologia Assis-tiva, há quatro anos exis-te a ABTECA (Associação Brasileira de Tecnologia Assistiva). “Nosso pro-pósito é, juntamente com outras associações, e ór-gãos públicos, estaduais

e federais tornar cada vez mais claro e tecnicamen-te corretas as especifica-ções e orientações pen-sando em criar padrões de qualidade”, diz Walde-mir Carvalo, Vice-Presi-dente da Associação.Os associados da ABTE-

CA são desenvolvedores, fabricantes, importadores e profissionais que atuam nesta área. Entre os equi-pamentos desenvolvidos por seus parceiros está o guincho de transferência, que auxilia pessoas com deficiências de mobilida-de a entrar e sair em uma piscina, tanto para algum tipo de exercício de rea-bilitação/fisioterapia até para divertir-se em um clube ou em casa.

“NOSSO PROPóSITO É, jUNTAMENTE COM OU-TRAS ASSOCIAçõES, E óRGãOS PÚBLICOS, ESTA-

DUAIS E FEDERAIS TORNAR CADA VEz MAIS CLARO E TECNICAMENTE CORRETAS

AS ESPECIFICAçõES E ORIENTAçõES PENSANDO EM CRIAR PADRõES DE qUALIDADE”

DIz WALDEMIR CARVALO, VICE-PRESIDENTE DA ABTECA

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reaBILItação

Entre os dias 31 de julho e 2 de agosto de 2013,

acontecerá no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, a Reabilita-ção Feira+Fórum. O even-to, que antes integrava a Feira+Fórum HOSPITALAR, maior realização do setor na América Latina, há dois anos, devido ao amadureci-mento do próprio setor no Brasil, passou a acontecer de maneira independente. Des-de seu surgimento até sua 20ª edição, a HOSPITALAR fez um trabalho de segmen-tação dando muito destaque para os produtos, serviços e equipamentos para o se-tor de reabilitação, criando mesmo uma feira com nove edições realizadas, inserida em seu contexto.

“Nosso trabalho com a Re-abilitação rompe as frontei-ras do limite comercial e se expande para atuar na cons-trução de um novo conceito para toda a cadeia produti-va do setor. Ao reunir todas as experiências, cases de sucesso, líderes setoriais, profissionais e instituições engajadas na causa da de-fesa dos direitos das pessoas com defi-ciência, assumimos

um compromisso público de contribuir com nossa expertise profissional para avançar em inúmeras fren-tes e dar maior destaque e visibilidade ao setor”, diz a Presidente e Fundadora da Reabilitação Feira + Fórum, Dra. Waleska Santos.

A feira é um evento único em seu formato, durante três dias reúne em uma grande convenção os principais res-ponsáveis no atendimento das pessoas com deficiên-cia: empresas fornecedoras de produtos, equipamentos e serviços, profissionais liberais da área médica e da saúde em geral, como médicos, enfermeiros, cui-dadores, fisioterapeutas, psicólogos, parlamentares, ONGs e instituições públi-cas e privadas que discuti-

rão me-lho-

rias e avanços no setor. Na edição de 2012, reuniu cerca de cinco mil visitantes, pro-fissionais e empresários da área da saúde. Em 2013, a expectativa da organização é que ultrapasse este núme-ro de participantes.

Por ser focado especifica-mente no setor de reabilita-ção, o evento tem a opor-tunidade de trazer à tona informações fundamentais para sensibilizar inclusive a indústria a dedicar-se mais à pesquisa e expansão de seus negócios, pois conse-gue mostrar que existe um público consumidor de 45 milhões de pessoas com al-guma deficiência no País e nove milhões só no Estado de São Paulo. “O resultado disso será uma maior ofer-ta de produtos e serviços em geral, além de um maior número de fornecedores

concorrendo entre si, oferecendo melhores preços, qualidade e serviço. Desta forma beneficia-se a pessoa

com deficiência”, co-menta Dra. Waleska.

Este ano a feira contará com mais de 100 empresas do setor, que atuam exclusi-vamente com produtos para

encontro inovador

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eveNTO

pessoas com deficiência, mobilidade reduzida ou ain-da que tem neste nicho um de seus braços de atuação.

A parte científica da fei-ra congrega, assim como na Hospitalar, uma elite de pensadores, médicos, fisio-terapeutas e gestores que discutem novas políticas,

tecnologias e avanços para a área de reabilitação. Cada uma das instituições organi-zadoras levará suas experi-ências para o Fórum da Re-abilitação. Serão debatidas as prioridades, propostas e os avanços para o setor.

Em 2013, acontecem qua-tro eventos simultâneos: o

VII Encontro Nacional de Médicos Fisiatras, 5º En-contro Internacional de Tecnologia e Inovação para pessoas com deficiência, I Congresso Multidiscipli-nar CEFAI de Fisioterapia e o I Congresso ABOTEC e ISPO-Brasil de órteses Pró-teses e Reabilitação.

“NOSSO TRABALHO COM A REABILITAçãO ROMPE AS FRONTEIRAS DO LIMITE COMERCIAL E SE EXPANDE PARA ATUAR NA CONSTRU-çãO DE UM NOVO CONCEITO PARA TODA A CADEIA PRODUTIVA DO SETOR”

DRA. WALESKA SANTOS, PRESIDENTE E FUNDADORA DA REABILITAçãO FEIRA + FóRUM

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alÉM dos

NeGóciOS

INtercâMBIo

Brasil e alemanha assinam Termo de Confidencialidade durante a Feira+Fórum HospITalaR 2013

Durante a Feira+Fórum HOSPITALAR 2013, foi

assinado o “Termo de Con-fidencialidade” entre a AN-VISA e o Instituto Federal para Medicamentos e Dis-positivos Médicos (BfArM), agência do governo alemão.

De acordo com o docu-mento assinado, a troca de informações entre as auto-ridades reguladoras poderá “auxiliar as atividades de ambas as partes em rela-ção aos dispositivos médi-cos ou à garantia de segu-rança, qualidade e eficácia

Fortalecendo laços

dos medicamentos para uso humano que estejam sob investigação clínica, autorizados para comercia-lização, ou em análise para concessão de registro sa-nitário tanto na Alemanha como no Brasil”.

Em entrevista exclusiva para a revista HealthCare Management, o Ministro da Saúde da Alemanha, Da-niel Bahr, salientou que há muitas empresas alemãs que investem no mercado brasileiro, assim como há companhias brasileiras que

almejam investir na Alema-nha. “Os documentos des-sas empresas são tratadas com confidencialidade para que, em um segundo passo, facilite o reconhe-cimento de documentos e certificados”, afirma.

Ainda sobre o mercado brasileiro, Bahr salienta a importância do País como quinta maior economia do mundo e em evidente cres-cimento. “Nós acredita-mos que o Brasil investirá muito na saúde, principal-mente por causa do de-

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HEALTHCARE Management 24 MAIO | JUNHO 2013 healthcaremanagement.com.br 105

senvolvimento demográ-fico. Além disso, doenças como obesidade, diabetes, cardiovasculares vão ficar cada vez mais importan-tes e acredito que o Brasil vai ter uma liderança nes-ta área. A Alemanha, por sua vez, é muito forte em tecnologias biomédicas, farmacêuticas, sendo uma boa base para a coopera-ção entre esses países.”

Segundo o termo, as in-formações que podem ser compartilhadas são dados

sobre desvio de qualidade ou recolhimento de produ-tos por uma das partes em relação aos medicamentos e aos dispositivos médicos que são distribuídos ou que tenham sido fabricados no território da outra parte; re-latórios feitos de interesse para a saúde pública; ele-mentos sobre a distribuição de um produto por uma parte que guarda reservas sobre a segurança desse produto fabricado ou dis-tribuído no território da ou-

tra autoridade reguladora, dentre outros.

O acordo também prevê que algumas informações disponibilizadas mutua-mente possam incluir da-dos isentos de divulgação pública como informações confidenciais, segredos co-merciais, sendo, assim, fun-damental a confidencialida-de das informações.

Acesse também o sau-deonline.net.br e confira a entrevista exclusiva com o ministro Daniel Bahr.

“NóS ACREDITAMOS qUE O BRASIL INvESTIRá MUITO NA SAÚDE, PRINCIPALMENTE POR CAUSA DO DESENVOLVIMENTO DEMOGRáFICO. ALÉM DISSO, DOENçAS COMO OBESIDADE, DIABETES, CARDIOVASCULARES VãO FICAR CADA VEz MAIS IMPORTANTES E ACREDITO qUE O BRASIL VAI TER UMA LIDERANçA NESTA áREA. A ALEMANHA, POR SUA VEz, É MUITO FORTE EM TECNOLOGIAS BIOMÉDICAS, FARMACêUTICAS, SENDO UMA BOA BASE PARA A COOPERAçãO ENTRE ESSES PAÍSES”

DANIEL BAHR, MINISTRO DA SAÚDE DA ALEMANHA

InformaçõescOmpaRTilhadaS

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shoppings abrem espaço a Centros Médicos para proporcionar comodidade aos clientes

saúde integrada

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NeGóciOS

coMoDIDaDe

quando se trata de assuntos ligados à saúde, o quadro não é diferente. É neste en-sejo que os Centros Médi-cos instalados em Shopping Center tem ganhado cada vez mais espaço e a preferência

dos pacientes.Um shopping no Rio de

Janeiro (RJ) percebeu esta tendência há algum tempo. Desde 1994 seu piso superior é ocupado por um Centro Médico, que reúne em dez

Com a correria do dia a dia, o número de tarefas cada

vez maior e o tempo para executá-las sempre curto, muitas pessoas têm buscado por opções que proporcione comodidade ao cotidiano. E

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CentromédicO

mil m², um total de 28 clínicas especializadas, entre as quais estão laboratório, centro de diagnóstico de alta precisão, clínica odontológica, pediá-trica e ainda um Day Hospital em regime de 24 horas de funcionamento.

“Tomamos esta iniciativa para proporcionar conveni-ência e comodidade, através de nossas lojas e serviços ao pacientes e clientes. Hoje, além do nosso fluxo normal circulam no shopping três mil pessoas por dia em virtude do Centro Médico”, conta Jussa-ra Nova Raris, Superintenden-te do centro de compras.

Outras regiões do País também já aderiram ao mo-delo, no Sul, por exemplo, o Hospital Moinhos de Vento mantém, desde 2004, uma de suas unidades, no 3° piso do Shopping Iguatemi em Porto Alegre (RS). O espa-ço utiliza todo um andar do

Shopping Iguatemi com um time de especialistas em di-ferentes áreas médicas. São mais de 80 profissionais da saúde que atuam em con-junto, oferecendo assistên-cia integral® em especiali-dades médicas, diagnóstico por imagem, odontologia, vacinas, análises clínicas e Núcleo de Infusões.

“A Unidade do Hospital Moinhos de Vento Iguatemi é um novo conceito em saúde e qualidade de vida. Reúne a já consagrada excelência da instituição com a praticidade, a segurança e a comodidade do shopping. Acreditamos que as pessoas busquem esse atendimento em função da conveniência e seguran-ça”, declara Sandra de Mat-tos, Gerente da Unidade.

De acordo com Sandra o espaço foi concebido para atender clientes que buscam dar uma atenção especial à

saúde, fazendo acompanha-mento preventivo, de forma mais prática, segura e con-fortável, com flexibilidade de horários, fora de um am-biente hospitalar. Além disso, com a conveniência de estar no shopping, um atrativo para quem precisa de solu-ções rápidas, reunidas em um só lugar.

“Hoje, além de atender a toda essa nova demanda, o Hospital Moinhos de Ven-to Iguatemi também é vis-to como a porta de entrada da instituição no segmento corporate, ou seja, no aten-dimento direto às empresas. As grandes corporações in-vestem, cada vez mais, na qualidade de vida de seus funcionários e estão cons-cientes de que a longevidade, a disposição, a agilidade, o bem-estar físico e mental são grandes aliados da produtivi-dade”, finaliza Sandra.

“HOjE, ALÉM DE ATENDER A TODA ESSA NOvA DEMANDA, O HOSPITAL MOINHOS DE VENTO IGUATEMI TAMBÉM É VISTO COMO A PORTA DE ENTRADA DA INSTITUIçãO NO SEGMENTO CORPORATE, OU SEJA, NO ATENDIMENTO DIRETO àS EMPRESAS”

SANDRA DE MATTOS, GERENTE DA UNIDADE IGUATEMI DO HOSPITAL MOINHOS DE VENTO

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espaço

médicO

INoVação

antes dele chegarTeste aplicado pelo Hospital de Câncer de Barretos aponta probabilidade de desenvolver tumores antes que eles apareçam no organismo humano

O câncer, doença que apavora muitas pessoas, pode ter prevenção. A pro-

babilidade de desenvolver alguns tipos da doença pode ser diagnosticada precoce-mente por meio do rastreamento genético. A técnica, que já está disponível no Brasil, é utilizada pelo Hospital de Câncer de Bar-retos, no Estado de São Paulo, por meio de um teste realizado sob a responsabilidade dos médicos do Departamento de Onco-genética da instituição. “Outros hospitais oferecem prevenção, mas nós somos pio-neiros ao disponibilizar o teste genético gratuitamente aos nossos pacientes. Tam-bém faz parte da rotina oferecer exames e cirurgias caso o resultado dê positivo. O paciente ainda é estimulado a trazer todos os seus familiares que estejam em risco de ter a mesma mutação. Dessa forma, o hospital acolhe a família toda quando um caso hereditário é diagnosticado”, conta o médico Danilo Vilela Viana, geneticista do Departamento de Oncogenética do Hospi-tal de Câncer de Barretos.

108 HEALTHCARE Management 23 MARÇO | ABRIL 2013 healthcaremanagement.com.br

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O exame tem sido fei-to quando o médico que acompanha o paciente em alguma das especiali-dades clínicas do hospital nota alguma característica que sugira uma predispo-sição hereditária ao cân-cer. Então, ele encaminha o assistido ao Departa-mento de Oncogenética para avaliação. Uma vez neste setor é realizada, ini-cialmente, uma avaliação clínica, na qual são obtidas informações a respeito do histórico de câncer dessa pessoa e informações a respeito de casos da doen-ça nas famílias materna e paterna. “É importante sa-ber em que órgão ocorreu a doença e a idade em que foi diagnosticado”, explica o médico.

No caso de uma mulher com câncer de mama, por exemplo, a partir desses dados é que o médico pode calcular a probabilidade da paciente possuir uma mu-

FAz PARTE DA ROTINA DO HOSPITAL OFERECER EXAMES E CIRURGIAS, CASO O TESTE DA PROBABILIDADE DE CâNCER Dê POSITIVO. O PACIENTE AINDA É ESTIMULADO A TRAzER TODOS OS SEUS FAMILIARES qUE ESTEJAM EM RISCO DE TER A MESMA MUTAçãO”

DANILO VILELA VIANA, GENETICISTA DO DEPARTAMENTO DE ONCOGENÉTICA DO

HOSPITAL DE CâNCER DE BARRETOS

tação em um dos dois ge-nes de câncer de mama (BRCA1/BRCA2), ou até mesmo sugerir a realiza-ção de teste genético para diagnosticar alguma outra síndrome hereditária que também cause doença.

O INCA também ofere-ce exames dentro deste contexto. No caso de pa-cientes com mutações detectadas em BRCA1 ou BRCA2, o teste é ofereci-do aos familiares, sempre com atendimento ambula-torial de Aconselhamento Genético por Médicos Ge-neticistas Clínicos.

Para que outras institui-ções voltadas ao tratamen-to do Câncer implantem o exame há duas maneiras, uma investindo no setor de genética do hospital e outra pelo SUS. “A Genética Mé-dica é uma especialidade que existe há muitos anos e que nunca foi incorpora-da no SUS. Não apenas os pacientes com câncer so-

frem por essa carência no SUS, mas também aque-les com outras formas de doenças hereditárias”, diz Viana.

O risco para o desenvol-vimento de câncer em di-versos órgãos foi obtido através de estudos, nos quais se acompanhou famí-lias com câncer hereditário por muitos anos e, assim, foi possível observar quais tumores aconteciam e com que frequência “Se de cada 100 pessoas com mutação, 50 desenvolveram câncer de ovário, por exemplo, esse risco é de 50%, e as-sim por diante, com a res-salva de que isso também depende da idade”, explica.

O teste genético, é predi-tivo e não serve para diag-nosticar a presença de um câncer. Ele não diz quem está com a doença, mas prediz a chance de uma pes-soa vir a tê-la, ou seja, con-segue separar as pessoas que possuem um risco alto

Contra ocâNceR

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espaço

médicO

INoVação

das pessoas que têm uma constatação semelhante ao da população geral.

Clarice de Barros Armelin, 55 anos, da cidade de Guara-rapes (SP), foi uma das pes-soas que passou pelo exa-me. Ela, que já havia sofrido com tumores no ovário, fí-gado e pâncreas manteve seu tratamento no Hospital do Câncer e passou pelos exames para detectar a pro-babilidade de novos tumo-res. O resultado foi positivo, um câncer futuro poderia acometê-la na mama. Para evitar, a dona de casa vem fazendo acompanhamento, participando de reuniões e tomando o medicamento in-dicado pela equipe médica da instituição.

Os tipos de câncer que possuem risco aumentado variam de acordo com cada síndrome e de acordo com o gene onde está a mutação. No caso do BRCA1/BRCA2 os dois maiores riscos são para mama e ovário, mas outros tumores também podem ocorrer. Apesar dos dois conferirem um alto ris-co, existem diferenças de va-lores de risco de câncer entre esses dois genes, por isso não é possível generalizar.

Importante é salientar que o teste genético não detecta câncer, ele apenas responde qual o seu risco para desenvolver um deter-

minado tumor.quando detectada uma

probabilidade alta de se desenvolver a doença o pa-ciente tem duas alternativas para evitá-la: a cirurgia pre-ventiva ou tratamentos al-ternativos. No caso de cân-cer de mama este tipo de tratamento invasivo reduz o risco da doença em até 90%. quando o problema é no ovário a redução do ris-co de câncer é de até 96%. “Alguns fatores influem na decisão de qual cirurgia está indicada, e isso depen-de muito da própria mulher, do momento de vida dela, da idade, se já teve todos os filhos, ou se pretende ter. O conjunto deve ser ob-servado, e discutido entre a paciente e a equipe cirúrgi-ca”, orienta Viana.

Já os tratamentos alter-nativos, como o uso de medicamentos na preven-ção, são chamados de qui-mioprevenção. No caso do câncer de mama hereditá-rio, existe uma medicação que pode ser usada como alternativa à cirurgia, mas que não está disponível para essa indicação de uti-lização no SUS.

É importante lembrar que a Radioterapia não é indica-da na prevenção, pois até o presente momento, a téc-nica não consegue atingir apenas a célula doente, ou

seja, pode prejudicar ou-tras células ao redor. “Por isso, quando utilizada para o tratamento de tumores já existentes as equipes de-vem utilizar equipamentos e técnicas sofisticadas de tratamento (Radioterapia de Intensidade Modulada, dentre outros) para minimi-zar os efeitos da radiação nos tecidos normais adja-centes ao tumor”, explica o Chefe da Radioterapia do Ghelfond Diagnósticos, Alessandro Mafra.

Mafra ressalta que para tratar a doença já diagnosti-cada a Radioterapia é com-plementar a quimioterapia, pois enquanto a Radio atua localmente, a quimio atua sistemicamente, ou seja, em todo o corpo. “Assim, em geral, o objetivo da quimio é evitar com que a doença retorne em órgãos distan-tes enquanto a Radioterapia pretende proteger o órgão inicialmente acometido e seus arredores”, finaliza.

O objetivo do teste não é diminuir os gastos da ins-tituição com tratamento e sim oferecer uma forma de prevenção às pessoas em risco. Entretanto a opção por estratégias de diminui-ção de risco, como a cirur-gia preventiva, pode evitar quimioterapia, Radiotera-pia, internações, diminuin-do o custo.

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Contra ocâNceR

Inovação para todas as fronteiras

Ainda quanto a insti-tuições referências

no tratamento de câncer, o St. Jude Children s Re-search Hospital, nos Es-tados Unidos, se destaca mundialmente por suas pesquisas e inovação no modelo de atendimento.

Em entrevista exclusiva para a revista HealthCa-re Management, o médi-co Raul Ribeiro, brasilei-ro que desde 1997 dirige o International Outreach Program, explica a inicia-tiva do programa de au-mentar as taxas de cura do câncer infantil.

Segundo Ribeiro, a insti-tuição adota medidas ino-vadoras em sua gestão. “Investimos alto em pes-quisa no câncer pediátri-co e atendimento aos pa-cientes. O hospital é 80% dedicado ao tratamento e investigação do câncer in-fantil, por isso temos maior

produtividade nessa área.”O objetivo principal é me-

lhorar as condições de tra-tamento de crianças com câncer em países com re-cursos limitados. “A inova-ção desse programa é que envolve a comunidade lo-cal para advocacia e levan-tamento de fundos para o tratamento de crianças. Também treinamos mé-dicos locais, enfermeiras e outros profissionais da saúde para trabalhar nesta área. Isso cria capacidade local e sustento próprio dos projetos.”

Assim, incentiva-se a ca-pacidade técnica para que crianças recebam o devi-do tratamento no hospital de origem. Contudo, para qualquer família que pro-cure o St. Jude Hospital para tratamento, a institui-ção tem um protocolo de investigação e pesquisa para que possa receber o

paciente. “já aqueles que foram previamente trata-dos ou com um tipo de cân-cer para o qual não temos protocolo de investigação para o tratamento, não po-demos, então, aceitar.”

Durante os 50 anos de trajetória do hospital, cer-ca de 50 países enviaram pacientes para serem tra-tados na instituição. Para levar conhecimento e téc-nica aos países assisti-dos, Ribeiro ressalta que os maiores desafios são a pobreza da população, a falta de recursos gover-namentais e infraestrutu-ra do local a ser assistido. “Existe uma correlação muito forte entre o que o governo gasta em saúde e sobrevida das crianças com câncer”, salienta.

Tais parcerias focam no treinamento e educação e, muitas vezes, supor-te aos profissionais para

“INvESTIMOS ALTO EM PESqUISA NO CâNCER PEDIáTRICO E ATENDIMENTO AOS PACIENTES. O HOSPITAL É 80% DEDICADO AO TRATAMENTO E INvESTIGAçãO DO CâNCER INFANTIL”

RAUL RIBEIRO, DIRETOR DO INTERNATIONAL OUTREACH PROGRAM, DO ST.

JUDE CHILDREN´S RESEARCH HOSPITAL (EUA)

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espaço

médicO

INoVação

trabalhar exclusivamente nos programas de aten-ção infantil. “A nossa mis-são é que ‘nenhuma crian-ça morra no amanhecer da vida’. Esse é o lema da nossa instituição e busca-mos essa visão através de investigação/pesquisas e atendimento em Memphis (EUA) por meio de educa-ção e treino para países com recursos limitados.”

Atualmente, 20 institui-ções de 15 países são vin-culadas ao St. Jude Hos-pital. No Brasil, o Hospital de Recife (Instituto Mater-

no-Infantil de Pernambu-co) e o Hospital de Câncer de Barretos (SP) possuem parceria com a instituição. Outra atuação no Brasil do hospital resultou na análise de 170.000 (mil) recém-nascidos, no Pa-raná, para verificar uma mutação que aumenta a predisposição ao câncer.

Para expandir todo este atendimento, o hospital con-ta com financiamentos e do-ações da população. “A fle-xibilidade de financiamento privado permite uma agilida-de muito grande. Por exem-

plo, o St. Jude terminou de completar o estudo de iden-tificação genômica comple-ta de 700 casos de tumores pediátricos. Isso não seria possível em qualquer outra instituição no mundo porque o custo é proibitivo.”

A instituição traz tam-bém acreditações como a Joint Commission, além de ser a única dos Esta-dos Unidos com programa compreensivo exclusivo de atendimento ao câncer infantil (National Cancer Institute: Comprehensive Cancer Center). HCM

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Custo x qualidade

Tecnologia de pontaequipamentos para o setor de Radiologia conferem alto desempenho e preço diferenciado para as instituições

Conhecer exatamente a realidade de clínicas

e hospitais brasileiros é o principal vetor para que uma empresa correspon-da às necessidades emer-gentes do setor. Só assim o mercado poderá ser

fomentado com soluções tecnológicas que atendam às carências do sistema de saúde.

Assim acontece no setor de Radiologia e neste seg-mento a Sawae traz a as-sociação de excelência de

qualidade e padrão-ouro na assistência técnica, pio-neira no desenvolvimento de geradores de raios X em alta frequência. “Somos a primeira empresa brasilei-ra a ofertar esse produto, alterando o conceito exis-

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tente de qualidade, mar-cado pela ineficiência e conformismo com baixo padrão, até então presen-te no mercado”, comenta José Alexandre Leão, Dire-tor Geral da empresa.

Durante os 20 anos de atuação, a empresa sempre buscou o desenvolvimento, aprimoramento e amplia-ção da linha de produtos. Trata-se de soluções que conferem alto desempenho e rentabilidade à institui-ção, por necessitar de baixa assistência técnica.

Na linha de Radiologia, o destaque é para o equipa-mento ALTUS, com gerador de alta frequência e potên-cia de 54kW. “É um excelen-te equipamento, com alto desempenho, muito estável e seguro na operação.”

Há também a linha de en-doscópios rígidos, que traz

as óticas para artroscopia e urologia, com projeto ótico desenvolvido pela Sawae e fornecedores exclusivos, garantindo padrão de qua-lidade na imagem.

Ainda de acordo com os produtos, Alexandre Leão ressalta o alto desempe-nho aliado ao preço dife-renciado. “As vantagens estão no baixo nível de uso da equipe de assis-tência técnica. E, no caso de necessitar de serviço, oferecemos uma grande equipe de profissionais treinados em todas as re-giões brasileiras.”

Além disso, os equipa-mentos não precisam de uma sala grande, uma vez que toda parte eletrônica fica alojada embaixo da mesa de exames. A instala-ção e treinamento são reali-zados em apenas dois dias.

Vale ressaltar que todos os equipamentos pos-suem registro na ANVISA e que também a empre-sa possui ISO 9001 e ISO 13485. “É a garantia de seriedade e compromisso para com o mercado. Po-demos dividir o mercado de fornecedores de Raios X como antes e depois da ANVISA, sendo a atuação da Agência fundamental para qualificar os fabri-cantes”, considera Ale-xandre Leão.

Acerca dos avanços tec-nológicos neste setor, o diretor ressalta que a polí-tica da empresa é, ao lan-çar um produto, já iniciar trabalhos para o desenvol-vimento de seu sucessor. “Isso garante ao gestor a segurança da utilização do que existe de melhor na eletrônica.”

espaço

médicO

SoLUçõeS

“PODEMOS DIvIDIR O MERCADO DE FORNECEDORES DE RAIOS X COMO ANTES E DEPOIS DA ANVISA, SENDO A ATUAçãO DA AGêNCIA FUNDAMENTAL PARA qUALIFICAR OS FABRICANTES”

JOSÉ ALEXANDRE LEãO, DIRETOR GERAL DA SAWAE

HCM

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HEALTHCARE Management 24 MAIO | JUNHO 2013 healthcaremanagement.com.br 115

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aLterNatIVa

esColHa

ceRTa

Rapidez e segurançaambulâncias aéreas permitem o transporte rápido e seguro de pacientes em longas distâncias

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TransporteaéReO

O transporte aéreo de pa-cientes é uma vertente

da saúde que tem crescido a cada dia. A possibilidade de levar o enfermo de um lugar a outro com rapidez, comodidade e segurança tem aumentado o número de empresas de transpor-te aéreo e também de pa-cientes que optam por esse serviço. A Uniair, que está no mercado há 15 anos, por exemplo, apresentou, nos primeiros três meses de 2013, um crescimento de 1.690.000 clientes em 2012 para 1.725.000 no mesmo período deste ano. A em-presa transporta, hoje, em média, 25 pacientes ao mês. “É importante assinalar que em 2007 este número não chegava aos 700 mil usuá-rios, restringindo-se apenas aos detentores de planos do Sistema Unimed do Rio Grande do Sul, cuja Federa-ção é a sócia majoritária da empresa”, conta Maurício Alberto Goldbaum, Diretor Presidente da Uniair.

Entre as patologias que le-vam a requisição destes ser-viços com mais frequência

estão as doenças cardiológi-cas e traumatológicas, além do transporte de recém--nascidos. “Também trans-portamos pacientes para tratamentos que precisam ser realizados em longa dis-tância. Já foram feitos vários voos para o Hospital de Cân-cer de Barretos, Sírio-Liba-nês e Albert Einstein em São Paulo, dentre muitos outros”.

Para que a saúde e a se-gurança dos pacientes es-tejam garantidas é neces-sário o pleno cumprimento de todas as exigências le-gais e administrativas liga-das ao transporte aéreo. Além disso, o treinamen-to permanente da equipe médica que acompanha as aeronaves, assim como da tripulação, também são ex-tremamente importantes. “visamos à segurança e agilidade para os clientes e usuários. Por isso, nossos profissionais, além de sua formação nas mais diver-sas áreas, são capacitados em fisiologia de voo para prestar o melhor atendi-mento ao paciente. Tam-bém, como sabemos que a

“NOSSOS PROFISSIONAIS, ALÉM DE SUA FORMAçãO NAS MAIS DIvERSAS áREAS, SãO CAPACITADOS EM FISIOLOGIA DE VOO PARA PRESTAR O MELHOR ATENDIMENTO AO PACIENTE. ALÉM DISSO, COMO SABEMOS qUE A URGêNCIA PELA REMOçãO NãO TEM HORA MARCADA, NOSSO ATENDIMENTO É 24 HORAS POR DIA”

MAURÍCIO ALBERTO GOLDBAUM, DIRETOR PRESIDENTE DA UNIAIR

urgência pela remoção não tem hora marcada, nosso atendimento é 24 horas por dia”, conta Goldbaum.

Os 73 funcionários da empresa, entre eles, 22 médicos e 12 enfermeiros, se dividem entre o atendi-mento no helicóptero, uti-lizado para curtas distân-cias, e nas aeronaves que permitem até cinco horas e meia de voo contínuo. “A definição do médico que acompanhará o chamado começa na identificação do paciente. Temos profis-sionais especializados com titulação de Cardiologistas, Intensivistas, Emergencis-tas, Pediatras e Neonatolo-gistas”, explica.

Porém, mesmo haven-do o acompanhamento do médico da Uniair durante o trajeto, o procedimento só é executado após a regula-ção médica realizada entre o profissional da empresa e o que acompanha o paciente no hospital, pois nesta troca de informações é verificada a condição clínica do usuário e a possibilidade de realizar o transporte sem riscos.

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HCM

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poNTo

de viSTa

Muito tem se falado e escrito sobre a im-

portância da inovação e da tecnologia no desen-volvimento e melhoria da condição socioeconômica do País. Sem dúvida, es-tes são fatores essenciais para o aumento da produ-tividade e competitivida-de, para a garantia de um crescimento sustentável, que reverberará também na redução do déficit da balança comercial e na própria sobrevivência das empresas.

O segmento da Saúde, com potencial de se tornar o maior PIB dos países, deve ser particularmente focado. Ciente desta im-portância, o Governo con-ta com um grupo exclusi-vo, voltado ao Complexo Industrial da área da Saú-de, no Plano Brasil Maior.

quando se trata de ino-vação, Governo, empre-sários e academia devem envidar todos os esforços nesta busca, de prefe-rência com interação en-tre as partes. No Brasil, percebe-se que há ainda um grande vácuo entre as universidades inovadoras e as indústrias, que são, em última instância, as

artIGo

que transformam ideias e conhecimento em ne-gócios e produtos viáveis para o mercado. Empre-sas que inovam faturam mais, crescem de manei-ra sustentável, exportam mais e pagam melhores salários.

No caso do Brasil, há ainda que ressaltar as tra-dicionais amarras que di-ficultam a inovação, como a falta de qualificação de pessoal, o tão cantado e decantado custo Brasil (alta carga tributária, bu-rocracia, deficiência de infraestrutura) e a falta de instrumentos adequados de financiamento, embo-

ra haja recursos públicos disponíveis. Acresça-se a estes fatores a baixa tra-dição do empresariado brasileiro de investir em P&D e a cultura de pouco apetite a risco.

A ásia é o exemplo re-cente mais bem acabado de continente que soube vencer estas amarras tri-plicando sua produtivida-de nas últimas três déca-das. Importante citar que, assim como aqueles paí-ses, o Brasil tem modelos exemplares de inovação, caso da Embrapa, Embra-er, Petrobrás e outras em-presas privadas.

Este ano, o Governo Fe-deral lançou o Plano Ino-va Empresa aumentando substancialmente o pata-mar da disponibilidade de recursos públicos para in-vestimento em inovação, no qual o setor Saúde tam-bém está contemplado.

O Brasil tem pressa e deve colocar na ordem do dia debates sobre como aumentar sua produtivi-dade por meio da inova-ção para recuperar o tem-po perdido. A inovação deve, entretanto, ser vista e compreendida no seu sentido mais amplo e se

as MUITas FaCeTas da INovação Por Carlos Goulart

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Novas

TécNicaS

HCM

Carlos Goulart é Presidente Executivo da ABI-MED – Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Supri-mentos Médico-Hospitalares.

inserir na cadeia global de tecno-logia e processos. Entre outros, devem ser explorados novos mo-delos de negócios, revisão das ca-deias produtivas, reavaliação das formas de educar e gerir pessoas, questionamento das estruturas de ganhos e custos e novos modelos financeiros.

Toda e qualquer ideia que possa ser implantada com sucesso e que gere valor para a sociedade deve ser encarada como inovação. Neste contexto, vale também sa-lientar que reinventar a roda não é o caminho a ser seguido. Ao invés de priorizar o desenvolvimento lo-cal do que já está pronto no mun-do, deve-se investir em políticas claras e atrativas para estimular a criação de centros de pesquisa e desenvolvimento integrados com outros países. Assim, se provoca-rá a chamada inovação reversa, como algumas multinacionais têm feito no Brasil, que consiste em inverter o fluxo de inovação dos países em desenvolvimento para os desenvolvidos.

Por último, deve-se lembrar que a nova ordem da economia passa pela revisão de modelos de de-senvolvimento que considerem a finitude dos recursos naturais, onde é imperativa a sustentabi-lidade para que consolide tanto o consumo responsável como a oferta responsável no crescimen-to do País.

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SoLUçõeS

Novos caminhosempresa anuncia estratégias inéditas para o mercado brasileiro

alTa Nos

NeGóciOS

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Clientes da Agfa HealthCare se reuniram com o CEO da Agfa Ge-vaert Group, Christian Reinaudo, que está na companhia desde 2008, para saber das novas estratégias da empresa, lançamentos e novidades para o mercado brasileiro.

Em entrevista exclusiva para a re-vista HealthCare Management, Rei-naudo disse que o Brasil é um País em evidente crescimento e, conse-quentemente, um campo muito forte para a atuação da empresa “O siste-ma de saúde possui uma grande pe-netração de tecnologia e radiologia nos hospitais, o que é um forte atrati-vo para nossos negócios”, ressaltou.

De acordo com o CEO, o Brasil corresponde de 4% e 5% dos ne-gócios globais da Agfa HealthCare. “Não podemos ignorar essa posi-ção. Além disso, já somos reco-nhecidos no País há algum tempo e contamos com fortes distribuidores e vários parceiros leais, como tam-bém universidades e hospitais que nos ajudam a desenvolver novas soluções adaptadas que, posterior-mente, poderão ser utilizadas em todo o mundo.”

Recentemente, a Agfa adquiriu uma pequena companhia em Reci-fe (PE) que será o principal centro de desenvolvimento tecnológico da empresa no País, além de possibili-tar uma maior aproximação com téc-nicas e conhecimentos europeus. “O mercado de TI brasileiro está em ex-pansão e vamos aproveitar este mo-mento. Começamos, há pouco tem-po, com uma pequena sede e hoje muitos consumidores acabaram por adotar nossas soluções.”

NovaspeRSpecTivaS

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Outra novidade para este ano é o novo DR, es-tratégica global da Agfa para radiografia digital. Trata-se de novos disposi-tivos que permitem obter instantaneamente a ima-gem em plataforma digi-tal. “Essa solução irá aju-dar a acelerar e melhorar o departamento de radio-logia dos hospitais. Ainda precisamos da certifica-ção deste produto pelas autoridades que está pre-visto para setembro. A partir disso vamos come-çar a vender”, finaliza.

Segundo José Laska, Diretor da Agfa HealthCa-re no Brasil, o encontro é uma grande possibilidade de conhecer as novidades da empresa para este ano. “Conferimos aqui uma nova solução de integrar todas as áreas de um hos-pital, não só de radiologia, mas uma integração longi-tudinal, ou seja, quando o médico precisa ter acesso ao prontuário eletrônico do paciente, ele poderá ter em todas as áreas do hos-pital aquelas informações pertinentes”, salienta.

“o SISTeMA De SAúDe PoSSUI UMA GRAnDe PeneTRAçÃo

de teCnOLOGiA e rAdiOLOGiA nOS HOSPitAiS, O Que é uM

FoRTe ATRATIVo PARA noSSoS neGóCIoS”

ChRISTIAn ReInAUDo

Ceo DA AGFA GeVAeRT GRoUP

“ConFeRIMoS AQUI UMA noVA SoLUçÃo De InTe-GRAR ToDAS AS áReAS De UM hoSPITAL”

jOSé LASkA, DIReToR DA AGFA

heALThCARe no BRASIL

SoLUçõeS

alTa Nos

NeGóciOS

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além damediciNa

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protocolos e atendimentos específicos para o idoso devem estar na planilha administrativa das instituições hospitalares

atenção especial

Modelo

de aTeNdimeNTO

teNDêNcIaS

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HEALTHCARE Management 24 MAIO | JUNHO 2013 healthcaremanagement.com.br 125

O envelhecimento da população já é um fe-

nômeno presente em di-versos países do mundo. Há duas maneiras para este processo: a saudável e a patológica. A primeira é quando as pessoas so-frem poucas doenças e, acima e tudo, são inde-pendentes. A última gera múltiplos casos de inter-nação e dependência ou algum tipo de incapaci-dade funcional. O último processo é o quadro atual da população brasileira.

De acordo com o últi-mo estudo realizado pelo IBGE, em 2012, “Síntese de Indicadores Sociais – Uma Análise das Condições de Vida da População Brasi-leira”, o crescimento do número de idosos de 60 anos ou mais, passou de 15,5 para 23,5 milhões de pessoas, de 2001 a 2011.

Este processo, que ocor-re de forma acelerada no

País, faz com que se evi-denciem problemas do sis-tema de saúde. De acordo com a médica geriatra Va-léria Lino, da Escola Na-cional de Saúde Pública da Fiocruz, observa-se uma lenta modificação dos ser-viços para atender às ne-cessidades dos idosos. “O centro de saúde da Fiocruz passou por processo de acreditação recentemente e um dos indicadores de qualidade foi o uso de um sistema de identificação de risco de quedas para idosos. Nos hospitais, eles também recebem pulsei-ras ou há a observação nos prontuários e quartos.”

Valéria enfatiza os be-nefícios que tais medidas trazem para o atendimen-to do idoso e, consequen-temente, para a gestão, entretanto ainda há mui-to para se avançar. “Pre-cisamos atender, ade-quadamente, os idosos

dementes e aqueles que apresentam fragilidade e, assim, evitar ou postergar as limitações na capaci-dade funcional, principal indicador de saúde dos idosos e que reflete na capacidade de cuidar de si mesmo e de gerir a pró-pria vida”, afirma.

Para isso, a professora ressalta a necessidade de utilizar instrumentos de triagem que auxiliem na rápida identificação da-queles que têm limitações na mobilidade, visão, ca-pacidade de controlar a micção, audição, força, problemas de humor e cognitivos. “Isso já é fei-to em outros países e nós dispomos de instrumen-tos para esta abordagem em nosso meio. Só fazen-do rastreamento de risco de declínio funcional é que os hospitais e clínicas poderão dar atendimento de qualidade aos idosos.”

“ALGUNS HOSPITAIS ATÉ POSSUEM ESTAS REGRAS, MAS ELAS NãO SãO SEGUIDAS. É COMO LER O ESTATUTO DO IDOSO (LEI Nº 10.741/2003) qUE NOS TRAz UMA LEITURA DO IDEAL, MAS TOTALMENTE DIFERENTE DA REALIDADE”

SALO BUKSMAN, PRESIDENTE DA COMISSãO DE COMUNICAçãO DA

SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA

saúde doidOSO

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Modelo

de aTeNdimeNTO

teNDêNcIaSA formação do profissio-

nal para atender este pú-blico também é bastante discutida. Segundo Salo Buksman, Presidente da Comissão de Comunica-ção da Sociedade Brasi-leira de Geriatria e Geron-tologia (SBGG), há uma escassez na oferta deste especialista no Brasil. “Pri-meiramente, são poucas vagas de residência para este ramo. Na cidade do Rio de Janeiro, por exem-plo, ao todo são 15 vagas, ou seja, não tem como atender a demanda.”

Somado a este fator, Buksman ressalta ainda que muitos médicos se formam, mas sem o de-vido conhecimento para este público. “O profis-sional e o gestor devem compreender que o ido-so requer atendimento e necessidades especiais, isto é, a abordagem das doenças deve ser feita de maneira diferente. Vale ressaltar que quando não se aplica uma boa práti-ca médica, consequente-mente, teremos um alto custo em todo o sistema.”

A SBGG defende ainda a importância de as ins-tituições hospitalares te-rem um protocolo e rotina específica para o atendi-mento dos idosos, desde a atenção primária até a

De acordo com o último Observatório ANAHP, o grupo etário que mais cresceu foi o formado por pacientes com idade aci-ma de 90 anos, ainda que representem apenas 1,5% das saídas. O volume dos pacientes com mais de 60 anos aumentou 2% em 2012, em comparação com 2011. Entre 2009 e 2012, a estrutura etária da população atendida nos hospitais sofreu modifi-cações nos grupos acima de 60 anos que ganharam importância, correspon-dendo a 26% do volume de saídas hospitalares em 2012. Conforme o levanta-mento da ANAHP, o enve-lhecimento da demanda, associada a dificuldades culturais e sociais de aco-lhimento dos pacientes idosos fora do hospital são grandes desafios na gestão assistencial que precisam de enfrenta-mento contínuo.

terciária. “Alguns hospi-tais até possuem estas regras, mas elas não são seguidas. É como ler o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003), que nos traz uma leitura do ideal, mas totalmente diferente da realidade”, ressalta.

Para reverter este qua-dro faz-se necessário uma maior atenção a determi-nantes sociais, ambien-tais, econômicos, com-portamentais (atividade física, hábitos alimenta-res, consumo de álcool e tabaco), além daqueles relacionados à saúde. “É preciso assegurar a pre-venção das deficiências, a manutenção da qualida-de de vida e a reabilitação para esse grupo. quando se promove o envelheci-mento ativo, é possível observar a compressão da morbidade, relaciona-da ao encurtamento do período de incapacidade, que se aproxima do mo-mento da morte. É isto o que desejamos. Já que não conseguimos evitar sempre a incapacidade, que ela seja postergada ao máximo. Para isso, as equipes gerontológicas multidisciplinares são ca-pazes de promover ações integradas e obter tais re-sultados”, avalia Valéria.

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saúde doidOSO

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cional dos Médicos (FENAM) manifestaram-se, em carta aberta para a população, a preocupação com tal medi-da e ameaçam ir à Justiça para evitar a entrada de mé-dicos estrangeiros no País.

De acordo com o docu-mento, a decisão de impor-tar médicos expõe a popu-lação, sobretudo a parcela mais vulnerável e carente, “à ação de pessoas cujos conhecimentos e competên-cias não foram devidamente comprovados”. A carta ainda ressalta que a proposta “tem valor inócuo, paliativo, popu-lista e esconde os reais pro-blemas que afetam o SUS”.

“Será que os ‘médicos importados’ compensarão a falta de leitos, de medi-camentos, as ambulâncias paradas por falta de com-bustível, as infiltrações nas paredes e as goteiras nos hospitais?”, questionam as entidades. E, provavelmente, todos os brasileiros.

poNTo FiNal

O brasileiro foi às ruas para reivindicar as melho-rias das inúmeras deficiên-cias de serviços públicos do País. A questão que, a prin-cípio, norteou todas as ma-nifestações era o transpor-te público. Pouco depois, outras exigências também entraram na pauta e, claro, a saúde foi uma das bandeiras levantadas pela população.

Diante de tamanha mobili-zação, que contou com cer-ca de um milhão de pessoas que saíram para as ruas ape-nas no dia 20/6, a Presiden-te Dilma Rousseff anunciou um plebiscito que autoriza uma Constituinte para fazer a reforma política.

No campo da saúde, a “im-portação dos médicos” para trabalhar no interior do País e mais vagas para estudan-tes de medicina ganharam destaque. Em pronuncia-mento, a presidente salien-tou que as vagas para serem preenchidas são oferecidas,

entidades criticam atuação de médicos estrangeiros no país

HCM

MéDIcoS eStraNGeIroS

prioritariamente, aos mé-dicos brasileiros. Além dis-so, citou o exemplo do que acontece na Inglaterra, onde 37% dos médicos que lá tra-balham se graduaram no exterior e que no Brasil este percentual é de 1,79%. Este intercâmbio também acon-tece com outros países da União Europeia e entre Ca-nadá e Estados Unidos.

A iniciativa é umas das soluções do governo para enfrentar o déficit de médi-cos no Brasil e, assim, aten-der as regiões mais caren-tes. Mesmo com casos de sucesso do que acontece em outros países, aqui no Brasil a medida encontrou críticas severas de entida-des ligadas à categoria.

Diante disso, entidades do setor como a Associação Médica Brasileira (AMB), a Associação Nacional de Mé-dicos Residentes (ANMR), o Conselho Federal de Medici-na (CFM) e a Federação Na-

Importação na Saúde

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