Identificação de Sistemas Dinâmicos Não-lineares No Domínio Da

Embed Size (px)

Citation preview

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    1/28

    Srie Arquimedes, Volume 2, Anais do DINCON 20032 Congresso Temtico de Aplicaes de Dinmica e Controle da

    Sociedade Brasileira de Matemtica Aplicada e Computacional (SBMAC).So Jos dos Campos, SP, Brasil, 18-22 Agosto de 2003, ISBN:

    Editores: J. M. Balthazar, G. N. da Silva, M. Tsuchida,M. Boaventura, L.C.S. Ges e J. D. S. Silva.

    IDENTIFICAO DE SISTEMAS DINMICOS NO-LINEARES NO DOMNIO DAFREQNCIA

    Roberto Barbosa CintraLuiz Carlos Sandoval GesInstituto Tecnolgico de Aeronutica

    Centro Tcnico Aeroespacial

    12.228-900 So Jos dos Campos, SP

    Brasil

    [email protected]; [email protected]

    1. RESUMO

    A utilizao de tcnicas de identificao de sistemas no domnio da freqncia bastante

    difundida para sistemas lineares de uma entrada e uma sada. A extenso de tais tcnicas a sistemas

    lineares de mltiplas entradas e uma ou mltiplas sadas (Bendat,1976; Bendat e Piersol, 1986) e

    mais recentemente a sistemas no-lineares (Bendat,1997; Pintelon e Schoukens,2001) ampliou as

    possibilidades de utilizao de abordagens no domnio da freqncia para a identificao.

    Neste trabalho utiliza-se um sistema no-linear de uma sada como caso de estudo para a tcnica

    da dinmica reversa associada a funes de densidade espectral condicionadas (CRP) na

    identificao no-paramtrica das funes de resposta em freqncia de interesse. Ainda, definindo-

    se um modelo paramtrico de interesse a ser aplicado, atravs da maximizao da funo de

    verossimilhana no domnio da freqncia(Schoukens,2001), obtm-se a identificao paramtrica.

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    2/28

    2. PALAVRAS CHAVES

    Identificao no domnio da freqncia; Sistemas No-lineares; CRP

    3. INTRODUO

    A identificao de sistemas dinmicos permite a construo de modelos matemticos para um

    sistema de interesse a partir de dados medidos(Ljung,1999). Usualmente, um modelo divido em

    duas parcelas, a determinstica e a estocstica e, neste contexto, o objetivo da teoria de identificao

    proporcionar uma abordagem sistemtica para obter um modelo matemtico, to bom quanto

    possvel, para a parcela determinstica do modelo, eliminando, tanto quanto possvel, as distores

    causadas pelo rudo(Pintelon e Schoukens,2001).

    O processo de identificao, que visa construo de um modelo a partir dos dados provenientes

    do sistema, engloba trs aspectos fundamentais(adaptado de Ljung,1999 e de Pintelon e

    Schoukens,2001):

    a) Obter informaes a respeito do sistema de interesse, observando suas flutuaes naturais,

    planejando experimentos especficos que ativamente excitem o sistema, ou seja, obter um conjunto

    de dados suficientemente representativo do sistema de interesse;

    b) Selecionar um conjunto de modelos candidatos, isto possveis estruturas para representar o

    sistema. Modelos paramtricos ou no-paramtricos? Caixa branca ou preta? Linear ou No-

    linear?

    c) Estabelecer um critrio de avaliao, atravs do qual os modelos elegveis possam ser

    comparados e ordenados. No caso dos paramtricos, que proporcione a obteno dos referidos

    parmetros;

    d) Validao do modelo selecionado, atravs de testes nas mesmas condies em que ser

    empregado, anlise da relao entre a complexidade do modelo selecionado e a utilizao especfica

    do mesmo.

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    3/28

    Figura 1: Esquema do Processo de Identificao.

    Um determinado modelo pode ser avaliado como bom quando os valores de resposta por ele

    estimado prximo queles da sada do sistema efetivamente medidos e no utilizados no

    processo de identificao, no contexto da validao do modelo obtido.

    O processo de identificao pode ser concludo se, obtida a resposta em freqncia, por

    exemplo, o modelo suficiente j foi obtido; neste caso no h necessidade de se particularizar o

    sistema, ou seja uma identificao no-paramtrica suficiente.

    Por outro lado, como a prpria Figura 1 sugere, em outras situaes, uma estrutura pode ser

    admitida e a meta da identificao ento passa a ser obteno de valores ou parmetros. Observe-se

    que a estrutura do modelo a ser empregada nem sempre conhecida, assim, vrias possibilidades

    podem ser testadas at que a mais adequada, segundo algum critrio de classificao estabelecido,

    seja obtida. Definida a estrutura, o que no limite implica na quantidade de parmetros a serem

    identificados, o processo de minimizao da funo-custo(penalizao do erro de predio, a

    diferena entre a sada medida e a estimada pelo modelo), leva identificao dos parmetros que

    so ajustados at que a sada do modelo coincida, tanto quanto possvel, com a sada medida.

    Conhecimento Prvio Projeto do Experimento Obtenodos dados

    .Equaes Dinmicas .Sinal suficientemente .Pr-tratamento

    .Experimentos anteriores excitante na faixa de interesse dos dados

    Seleo do Modelo Obteno do Modelo Especfico Genrico Estrutura e Parmetros

    .Teste de alternativas de modelos.Paramtrico ou no-paramtrico da mesma classe.Domnio da Freqncia ou do tempo

    ndice de Custo ou critrio Processo de Validao do Modelo de otimalidade Especfico

    No Resultados

    Satisfatrios? Sim

    Modelo Especificado

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    4/28

    Uma medida do quanto possvel os valores medidos e estimados podem se aproximar a

    verossimilhana, que corresponde probabilidade do erro de predio ser nulo. Deste modo, obter

    os valores dos parmetros que maximizam a verossimilhana pode corresponder minimizao do

    ndice J de penalizao do erro de predio.

    Figura 2: Separao Esquemtica de Mtodos para Identificao de Sistemas(adaptado de

    Nelles,2000).

    O principal objeto de interesse neste trabalho a aplicao de tcnicas de identificao no-

    paramtricas no domnio da freqncia a sistemas de mltiplas entradas e uma (MISO) ou mais

    sadas(MIMO), com particular interesse nos sistemas no-lineares como por exemplo aeronaves. O

    uso associado das funes de densidade espectral condicionadas e do mtodo de anlise dinmica

    reversa permitem a especificao de modelos, admitida uma determinada estrutura.

    4. NOMENCLATURA

    2 ( )xy f - funo de coerncia ordinria entre x

    e y;2

    .( 1)!( )ix y i f - funo de coerncia parcial entre

    xie y;

    c coeficiente de atrito viscoso;

    E[.] espertana matemtica;

    ( ) ( )i jx x ij

    G f G f = - funo densidade

    espectral de potncia entre i e j;

    . ! . !( ) ( )i j rx x x ij rG f G f = - funo densidade

    espectral de potncia entre i e j condicionada a

    r;

    H(f) funo de transferncia;

    k constante elstica;

    Identificao deSistemas

    Mtodos de Estimao Mtodos

    de Parmetros No-Paramtricos

    No domnio No domnio No domnio No domniodo tempo da freqncia do tempo da freqncia

    .mnimos quadrados .mnimos quadrados .resposta impulsiva .resposta em freqncia

    .otimizao no-linear .otimizao no-linear .anlise de transiente .anlise de Fourier

    .mnimos quadrados repetidos .anlise decorrelao .anlise Espectral

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    5/28

    m massa;

    p(x) - funo densidade de probabilidade;

    0( )P x x - funo probabilidade acumulada ;

    Re[.] parte real;

    5. SISTEMAS NO-LINEARES: SEM MEMRIA E COM MEMRIA FINITA

    Um sistema no-linear dito sem memria se age instantaneamente sobre a entrada de forma

    no-linear, isto , no h nenhuma ponderao quanto a entradas passadas.

    Figura 5.1: Exemplo de Sistema No-Linear sem Memria.

    Para o sistema ilustrado na figura 5.1, a sada s depende da entrada corrente:

    3( ) [ ( )] ( )y t G x t x t= = (1)

    1 1 2 2 1 1 2 2 1 1 2 2( ) ( ) [ ( )] [ ( )] [ ( ) ( )]a y t a y t a G x t a G x t G a x t a x t + = + + (2)

    Admita-se que x(t) uma entrada arbitrria cuja funo densidade de probabilidade p(x). Se

    um sistema no-linear de memria nula tal que a relao entre a sada e a entrada bijetora, ento

    a funo densidade de probabilidade da resposta dada por(Bendat,1997):

    2

    ( )( )

    ( )

    p xp y

    dg x

    dx

    = (3)

    Ainda, tem-se:

    0 0

    0 0( ) ( ) ( ) ( )

    x y

    P x x p x dx p y dy P y y

    = = = (4)

    A aplicao de (4) identificao de sistemas direta, pois atravs da comparao entre as

    probabilidades acumuladas, pode-se obter uma tabela ou uma funo interpolada para a no-

    linearidade de interesse conforme ilustram as figuras a seguir.

    x(t) ( )3 y(t)

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    6/28

    Figura 5.2: Distribuies Empricas de Probabilidade: Entrada Gaussiana e Resposta de um

    Sistema No-Linear sem Memria do tipo cbico.

    Figura 5.3: Pares (x,y) conforme (4) para funo cbica.

    -10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 80

    0.1

    0.2

    0.3

    0.4

    0.5

    0.6

    0.7

    0.8

    0.9

    1

    x ou y

    ProbabilidadeAcumulada

    Distribuio Normal(Entrada)Distribuio da Sada

    -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2-15

    -10

    -5

    0

    5

    10

    x0

    y0

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    7/28

    Utilizando-se exatamente a mesma abordagem, substituindo-se a no-linearidade cbica por uma

    zona morta, obteve-se os resultados ilustrados na fig.I.4.

    Figura 5.4: Pares (x,y) conforme (4) para Sistema No-Linear sem memria Zona Morta entre

    0,5 e 0,5.

    Uma situao mais completa relativa a sistemas no-lineares de memria finita(Bendat,1997),

    que so obtidos via insero de sistemas lineares a parmetros contantes antes e/ou aps sistemas

    no-lineares sem memria:

    Figura 5.5:Sistema No-linear com memria finita, com pores lineares antes e aps uma no-

    linearidade esttica.

    -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5-2

    -1.5

    -1

    -0.5

    0

    0.5

    1

    1.5

    2

    y0

    x0

    Sistema u(t) Sistema v(t) Sistemax(t) Linear No-linear Linear y(t)

    B(f) Sem Memria A(f)

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    8/28

    Um sistema do tipo ilustrado na fig 5.5 denominado de Wiener-Hammerstein(Pintelon e

    Schoukens,2001,p.81). Quando B(f) igual a 1, denomina-se sistema de Hammerstein e quando

    A(f) igual a 1, denomina-se sistema de Wiener. Neste trabalho s se considerou sistemas no-

    lineares deste tipo.

    6. UTILIZAO DA METODOLOGIA DE DENSIDADES ESPECTRAIS DE POTNCIA

    NA IDENTIFICAO DE SISTEMAS NO-LINEARES

    Em 1995, numa conferncia em Porto Rico, Bendat proferiu uma palestra na qual apresentou as

    tcnicas direta e reversa para anlise e identificao de sistemas MISO no-lineares. Tais tcnicas

    so aplicveis a qualquer sistema no-linear que possa ser modelado por equaes diferenciais ou

    ntegro-diferenciais no-lineares(Bendat,1997). As principais caractersticas dessas abordagens so:

    a. Modelos dinmicos do tipo SISO no-lineares sem realimentao podem ser

    convertidos em modelos de dinmica direta equivalentes, do tipo MISO lineares

    sem realimentao;

    b. Modelos dinmicos do tipo SISO no-lineares com realimentao podem ser

    convertidos em modelos de dinmica reversa equivalentes, do tipo MISO lineares

    sem realimentao;

    c. Uma representao no-linear exata obtida utilizando-se uma funo de resposta

    em freqncia linear de cada componente no-linear;

    d. As propriedades de amplitude do sistema no-linear bem como os parmetros

    fsicos com coeficientes dependentes da freqncia podem ser identificados;

    e. No h restries na probabilidade ou natureza espectral quanto aos sinais de

    excitao ou resposta;

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    9/28

    f. Todos os resultados podem ser avaliados em cada freqncia tanto para os termos

    lineares quanto no-lineares, atravs das funes de coerncia;

    Considere-se, por exemplo, um sistema linear massa-mola-amortecedor excitado por uma

    resultante fsica x(t), com o deslocamento fsico correspondente dado por y(t). A equao do

    movimento no domnio do tempo dada por:

    2

    2( )

    d y dym c ky x t

    dtdt+ + = (5)

    A idia fundamental do mtodo reverso simplesmente inverter os papis da entrada e da sada,

    utilizando-se os dados experimentais:

    Figura 6.1: Formas Direta e Reversa Equivalentes para Sistemas Lineares.

    2

    2( )

    d x dxy t m c kx

    dtdt= + + (6)

    Neste contexto, x passa a ser o deslocamento matemtico correspondente entrada enquanto y

    passa a ser a sada matemtica medida, correspondente fora.

    A abordagem de identificao via determinao de funes de resposta em freqncia, atravs

    de densidades espectrais de potncia condicionadas ou no, embora no paramtrica em princpio,

    pode servir de base para a estimao de parmetros. Considere-se um sistema SISO, porm com

    uma no-linearidade, cuja resultante fsica x(t), com o deslocamento fsico correspondente dado

    por y(t) e equao dinmica dada por:

    2

    2

    ( ) ( )( ) ( , , ) ( )

    d y t dy t m c ky t p y y t x t

    dtdt+ + + =& (7)

    Direto X(f) H(f) Y(f) Y(f)=H(f).X(f)

    Reverso Y(f) A(f) X(f) Y(f)=H(f).X(f)

    A(f)=H- (f)

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    10/28

    A representao do sistema dado por (7) teria para sua dinmica reversa a forma ilustrada na

    Figura 6.2.

    Figura 6.2: Representao do sistema no-linear reverso dado por (7).

    7. SISTEMAS LINEAR E NO-LINEAR EM PARALELO

    Considere-se a situao representada na figura 7.1: o sistema tem uma parcela no-linear e outra

    linear em paralelo(adaptado de Bendat,1997,p.98):

    Figura 7.1: Modelo SISO No-linear em Paralelo com Sistema Linear.

    A relao entre a entrada e a sada, conforme ilustrado na fig.III.1, dada por:

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )h v vY f Y f Y f N f H f X f Y f N f = + + = + + (8)

    Conseqentemente:

    ( ) ( ) ( ) ( ) 2Re[ ( )]h h v v h vyy y y y y nn y y

    G f G f G f G f G f = + + + (9)

    Como * *[ ( ) ( )] ( ) ( ) ( )h v vy y v xy

    G H f X f Y f H f G f = = , a separao entre os componentes linear e

    no-linear da sada no factvel, exceto no caso em que as pores so no-correlacionadas. Para

    yh(t)

    Sistema Linear H(f) n(t)

    x(t) y(t)yv(t)

    Sistema No-linear

    Sistema Linear H(f)

    y(t)entrada x(t)matemtica sada

    Sistema No-linear matemtica

    ( , , )p y y t&

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    11/28

    se forar tal no-correlacionamento, trabalha-se com um sistema (terico) equivalente revisado

    cuja representao dada na figura a seguir:

    Figura 7.2: Modelo SISO No-linear em Paralelo com Sistema Linear Revisado.

    Para este sistema revisado, visto que 0 ( ) ( ) ( ) ( )u v hY f Y f Y f Y f + = + , a forma equivalente a (9)

    :

    ( ) ( ) ( ) ( ) 2Re[ ( )]h h v v h vyy y y y y nn y y

    G f G f G f G f G f = + + + (10)

    E a relao entre as funes de transferncia, visto que y0e yue so no-correlacionados, dada

    por:

    )(

    )()()(0

    fG

    fGfHfH

    xx

    xyv+= (11)

    Ainda, as seguintes relaes decorrem:

    )()(

    )()( fX

    fG

    fGYfY

    xx

    xy

    vuv= (12)

    )(

    )(

    )()(

    2

    fG

    fG

    fGfGxx

    xy

    yyyy

    v

    vvuu = (13)

    )(

    )(

    )(

    )(

    )(

    )(1 00

    fG

    fG

    fG

    fG

    fG

    fG

    yy

    nn

    yy

    yy

    yy

    yy uu ++= (14)

    Considerando-se a definio de coerncia ordinria:

    )(

    )(

    )()(

    )()(

    )()()( 00

    22

    0

    2

    2

    fG

    fG

    fGfG

    fGfH

    fGfG

    Gf

    yy

    yy

    yyxx

    xx

    yyxx

    xy

    xy === (15)

    Sistema Linear timoy0(t)

    x(t)y(t)

    Sistema No-linear yu(t)

    Revisado

    0 ( )H f

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    12/28

    Por analogia, observando-se (15) a funo coerncia da parcela no-linear no-correlacionada

    (Bendat,1997,p.101) :

    )(

    )()(2

    fG

    fGfq

    yy

    yy

    xyuu= (16)

    Assim, de (14) a (16), o espectro do rudo dado por:

    )()]()(1[)( 22 fGfqffG yyxyxynn = (17)

    Pode-se interpretar o termo que multiplica o espectro da sada em (17) como o complemento da

    coerncia mltipla referente entrada isto , quanto mais prximo de zero, mais a entrada explica

    a sada, tanto atravs do canal linear quanto do no-linear.

    A generalizao da situao anterior, com sistemas no-lineares do tipo Wiener, corresponde a

    um MISO linear conforme ilustrado na Figura 7.3, a seguir:

    Figura 7.3: Vrios Modelos No-lineares em Paralelo com Sistema Linear.

    Sistema Linear H(f) yh(t)

    n(t)Sistema No-linear Sistema Linear A1(f)

    sem memria g1(x) v1(t) yv1(t)

    x(t) y(t)

    Sistema No-linear Sistema Linear A1(f) yv2(t)

    sem memria g2(x) v2(t)

    Sistema No-linear Sistema Linear A1(f) yvn(t)

    sem memria gn(x) vn(t)

    M

    M

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    13/28

    Utilizando-se a abordagem direta ou reversa, dependendo da equao dinmica do sistema, para

    as entradas v na fig.III.3, tem-se um sistema de mltiplas entradas e uma sada MISO linear cuja

    soluo no domnio da freqncia ser explorada na seo 8. Neste contexto, um problema no-

    linear que envolvesse n no-linearidades seria resolvido como um sistema linear desde que as

    mesmas pudessem ser representadas sob a forma de Wiener. Observe-se que, admitida essa

    limitao para o sistema no-linear, a extenso para o caso de mltiplas entradas e mltiplas sadas

    direta.

    8. SISTEMAS LINEARES DE MLTIPLAS ENTRADAS E UMA SADA (MISO)

    O problema geral de um sistema linear de mltiplas entradas e uma sada est representado na

    Figura 8.1:

    Figura 8.1: Sistema Linear com mltiplas entradas e rudo na sada.

    Tal problema foi solucionado por Bendat(1976) e quatro restries precisam ser satisfeitas para

    que a abordagem seja aplicvel:

    a. Nenhuma das funes de coerncia ordinrias entre qualquer par de entradas pode ser

    igual a 1. Caso tal ocorra, elas contm informaes redundantes e, deste modo, uma

    delas deve ser eliminada;

    X1(f) H1(f) Y1(f) N(f)

    X2(f) H2(f) Y2(f)

    X3(f) H3(f) Y3(f) Y(f)

    ...

    Yk(f)

    Xk(f) Hk(f)

    +

    +

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    14/28

    b. Nenhuma das funes de coerncia ordinrias entre qualquer entrada e a sada deve

    ser igual a 1. Caso tal ocorra, as demais entradas no esto contribuindo para a sada

    e, deste modo, o modelo adotado deveria ser de uma entrada e uma sada;

    c. A funo de coerncia mltipla entre uma entrada qualquer e as demais entradas no

    deve ser unitria. Caso tal ocorra, essa entrada qualquer no proporciona nenhuma

    informao nova e deve ser eliminada do modelo;

    d. A funo de coerncia mltipla entre a sada e as entradas dadas deve, em situaes

    prticas, ser suficientemente elevada, acima de 0,50 o valor utilizado no trabalho

    inicial(Bendat,1976), 0,80 foi alterado para 0,50 por Bendat e Piersol(1986) de

    modo que as hipteses tericas quanto ao sistema provem-se razoveis. Caso

    contrrio, outras entradas relevantes devem estar sendo negligenciadas; o valor 0,50

    no preciso, julgamental;

    Assume-se que as medidas tanto dos sinais de entrada quanto sada so simultneas. Ainda, admite-

    se que os erros presentes tanto os de sistema quanto os estatsticos presentes nas variveis medidas

    tenham sido minimizados atravs de calibrao precisa dos instrumentos de medida bem como pr-

    processamento de dados realizado.

    1

    ( ) ( ) ( ) ( )k

    j j

    j

    Y f H f X f N f =

    = + (18)

    Conseqentemente, em termos de densidades espectrais:

    1

    ( ) ( ) ( )i i j i

    k

    x y j x x x n

    j

    G H f G f G f =

    = + (19)

    Observe-se que se fosse apenas uma entrada x sem correlao com o rudo de sada, a relao

    (19) levaria relao SISO ( ) ( )xy xxG f H f G= . Por outro lado, mesmo havendo mltiplas entradas,

    se no houver correlao com o rudo, tem-se:

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    15/28

    1

    ( ) ( )i i j

    k

    x y j x x

    j

    G H f G f =

    = (20)

    A equao (20) corresponde a um conjunto de k equaes e k incgnitas. Ocorre, porm, que no

    caso genrico em que h correlao no nula entre as vrias entradas, essa abordagem no consegue

    estabelecer a contribuio marginal de cada entrada independentemente. Assim, o problema de

    identificao em princpio resolvido, visto que as funes de transferncia foram obtidas, mas no

    totalmente explicado, visto que as contribuies individuais no so calculveis.

    Quando h correlao entre pares de entradas, se for definida a causalidade da influncia da

    entrada i sobre a i+1, pode-se remover tal efeito. Imaginando-se um ordenamento das entradas e

    a retirada seqencial dos efeitos da entrada i sobre a subseqente i+1, pode-se obter um novo

    sistema no qual as entradas so no correlacionadas. A grande vantagem desse sistema transformado

    que possvel o estabelecimento do efeito individual de cada entrada na sada.

    Um sistema mais geral, com mltiplas entradas e uma sada, como o ilustrado na figura IV.1,

    que apresenta entradas com um certo grau de correlao entre si, pode ser transformado num sistema

    de mesma ordem, porm com entradas no correlacionadas. Adotando-se a mesma conveno

    estabelecida por Bendat(1976), a qual indica a retirada de uma entrada sobre a outra atravs de um

    subescrito do tipo ponto. Assim, 3.2.1 3.2!X X= equivalente a dizer que da entrada

    original 3X foram retiradas as parcelas lineares referentes s duas entradas anteriores:

    Figura 8.2: Sistema com mltiplas entradas no correlacionadas e uma sada com rudo.

    L1y(f) Y1(f) N(f)

    L2y(f)

    L3y(f) Y(f)

    ...

    Lky(f)

    + +

    1 2 1, , . .., ( )kY x x x f

    1 2, ( )Y x x f

    1( )Y x f2 1( )X f

    3 2!( )X f

    ( 1)!( )k kX f

    1( )X f

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    16/28

    Para o sistema transformado:

    ( 1)!

    1

    ( ) ( ) ( ) ( )q

    iy i i

    i

    Y f L f X f N f

    =

    = + (21)

    Como as entradas so no correlacionadas, a esperana [ ( ) ( )] 0i jE u f u f = se as entradas forem

    distintas:

    *

    ( 1)! ( 1)!

    1 1

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )q q

    yy jy j j jy j j

    j j

    G f E L f X f N f L f X f N f = =

    = + +

    (22)

    ( 1)! ( 1)!

    2

    1( ) ( ) ( ) ( )j j j j

    q

    yy jy x x nn

    jG f L f G f G f

    == + (23)

    O mais importante, porm, a relao entre as funes de transferncia individuais. No caso das

    entradas no correlacionadas, a funo de transferncia tima entre qualquer das q entradas no

    correlacionadas e a sada y dada, exatamente como no caso SISO:

    ( 1)!

    ( 1)! ( 1)!

    ( )( )

    ( )

    j j

    j j j j

    x y

    jy

    x x

    G fL f

    G f

    = (24)

    Retomando-se (33) e admitindo-se que Y possa ser tratada como a q+1 varivel e que o rudo a

    diferena entre tal entrada e as demais:

    1 ( 1)!

    1

    1 ( 1)! 1. !

    1

    1. ! 1 ( 1)!

    1

    ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

    ( ) ( ) ( ) ( )

    ( ) ( ) ( ) ( )

    q

    q iy i i

    i

    q

    q iy i i q q

    i

    q

    q q q iy i i

    i

    Y f X f L f X f N f

    X f L f X f X f

    X f X f L f X f

    + =

    + +=

    + + =

    = = +

    = +

    =

    (25)

    Observe-se que generalizando-se (25):

    . ! .( 1)!

    1

    ( ) ( ) ( ) ( )r

    j r j ij i i

    i

    X f X f L f X f=

    = (26)

    Assim:

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    17/28

    1

    .( 1)! .( 1)!

    1

    ( ) ( ) ( ) ( )r

    j r j ij i i

    i

    X f X f L f X f

    =

    = (27)

    A relao (27) proporciona o clculo recursivo das transformadas de Fourier dos sinais

    condicionados. Tambm:

    . ! .( 1)! .( 1)!( ) ( ) ( ) ( );

    1,2,... ; , 1

    ij r ij r rj ir r G f G f L f G f

    r q r i j q

    =

    = < + (28)

    A expresso anterior permite a obteno recursiva dos espectros condicionados. Porm a

    determinao das ( )rjL f essencial para que seja possvel tal clculo. Generalizando-se a equao

    (24) entretanto, a definio das L fica dada:

    .( 1)!

    .( 1)!

    ( )( ) ;

    ( )

    1, 2,..., 1;

    1, 2,..., 1;

    r j

    r r

    x x r

    rj

    x x r

    G fL f

    G f

    r j

    j q

    =

    =

    = +

    (29)

    E assim:

    .( 1)!

    . ! .( 1)! .( 1)!

    .( 1)!

    ( )( ) ( ) ( );

    ( )

    1,2,... ; , 1

    r

    r

    x xj r

    ij r ij r ir r

    x xr r

    G fG f G f G f

    G f

    r q r i j q

    =

    = < +

    (30)

    A permite o clculo do prximo espectro condicionado a partir do anterior.

    Multiplicando-se (21) por *.( 1)!( )i iX f e tomando-se a esperana:

    .( 1)! .( 1)!

    .( 1)!

    .( 1)!

    ( ) ( ) ( ) ( )

    ( )( ) ( ) ( )

    ( )

    1,2,..., ;

    i i

    i i

    q

    iy i jy ij x x ij i

    qiy i

    iy jy ij

    j ix x i

    G f H f L f G f

    G fL f H f L f

    G f

    i q

    =

    =

    =

    = =

    =

    (31)

    A soluo de (31) ocorre em ordem reversa: resolve-se para i=q, q-1 e assim sucessivamente at

    que i=1.

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    18/28

    Por definio, as funes de coerncia ordinria entre qualquer das entradas 1 a q e a sada y

    dada por:

    2

    2( )

    ( )( ) ( )

    i

    i

    i i

    x y

    x y

    x x yy

    G ff

    G f G f = (32)

    A coerncia parcial analogamente definida por:

    !

    1

    ! 1

    2

    . !2

    . !

    . ! . !( )

    ( )( )

    ( )

    i i

    i i

    i i i i

    x y x

    x y x

    x x x yy x f

    G ff

    G f G

    = (33)

    Assim, descontado o efeito das q entradas, obtm-se o espectro do rudo:

    1

    1

    2

    . ! . !

    1

    2 2

    . !

    1

    (1 )

    ( ) (1 )

    q i i

    i i

    q

    yy x yy x y x

    i

    q

    ny x y x

    i

    G G

    f

    =

    =

    =

    (34)

    Ainda, a coerncia mltipla das q entradas, isto a poro de potncia de sada decorrente da

    totalidade das entradas comandadas, o complemento da coerncia do rudo e, assim, dada por:

    1

    2 2

    : ! . !

    1

    ( ) 1 (1 )q i i

    q

    y x x y x

    i

    f

    =

    = (35)

    9. TRANSFORMADA DISCRETA DE FOURIER (DFT), ESTIMADORES DE DENSIDADE

    ESPECTRAL DE POTNCIA (PSD)

    Para o caso de um sistema real cujos dados so amostrados e o tamanho das amostras finito, as

    equaes de densidade espectral de potncia no se aplicam diretamente e estimativas das

    densidades espectrais de potncia devem ser calculadas. Marple(1987); Oppenheim e Schafer(1975);

    Ljung(1999) comentam ass distores decorrentes da utilizao de estimativas bem como algoritmos

    e aspectos prticos da implementao do clculo dos estimadores via segmentao dos dados,

    janelamento, transformada discreta de Fourier (DFT) em particular a transformada rpida de Fourier

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    19/28

    (FFT) e clculo de mdias para gerar as estimativas do espectro. Para se estimar o espectro de um

    sinal de tempo contnuo, alguns passos devem ser seguidos (Pintelon e Schoukens,2001,p.):

    a. Discretizao no tempo, que consiste em amostrar o sinal contnuo em intervalos de

    tempo constantes;

    b. Restringir o tamanho da amostra, visto que o nmero de dados com os quais um

    computador pode lidar finito. Deste modo o comprimento limitado a N amostras,

    excluindo o resto, o que chamado de janelamento;

    c. Discretizao na freqncia, pois um sinal discreto no tempo ainda possui um espectro

    contnuo em freqncia, assim o espectro deve ser calculado apenas em conjuntos de

    freqncias eqidistantes.

    Uma expresso para a DFT :

    21

    0

    ( ) ( ) ; 0,1,... 1

    j knN

    N

    n

    X k x nT e k N

    =

    = = (36)

    onde:x(nT) ou x(n) corresponde ao sinal no domnio do tempo j discretizado e janelado via

    w(n).

    Para se estimar o espectro(PSD) propriamente dito, neste trabalho utilizou-se o mtodo do

    Periodograma de Welch(Marple,1987,p.154-158; Oppenheim e Schafer,1975,p.553-570). Tal

    mtodo consiste em se dividir o vetor de dados de comprimento N em P segmentos de D amostras

    cada, com um salto de S amostras entre segmentos adjacentes, assim P inteiro e P (N-D)/S+1, de

    modo que haja sobreposio entre os dados de segmentos adjacentes, elevando o nmero de

    segmentos que entram no clculo das mdias, deste modo suavizando o espectro e reduzindo a

    varincia do estimador. Para o estimador do autoespectro tem-se os passos:

    ( ) ( ) ( ) ( )px n w n x n pS= + (37)

    1( ) ( ) 2

    0

    ( ) ( )D

    p p j nfT

    n

    X f T x n e

    =

    = (38)

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    20/28

    *( ) ( ) ( )1( ) ( ) ( ) ;0 1p p pxxG f X f X f p P

    U D T =

    % (39)

    1

    2

    0

    ( )

    D

    n

    U w n

    == (40)

    1( )

    0

    1 ( ) ( )P

    p

    W xx

    p

    G f G f P

    =

    = % (41)

    O fator U retira a parcela de vis da PSD decorrente da janela. O valor mdio dos periodogramas

    ento:

    2

    ( )[ ( )] ( )W xx W fE G f G fU

    = (42)

    12

    0

    ( ) ( )D

    j nfT

    n

    W f T w n e

    =

    = (43)

    Para o caso do espectro cruzado, analogamente:

    *( ) ( ) ( )1( ) ( ) ( )p p pxyG f X f Y f

    U D T =

    % (44)

    1( )

    0

    1 ( ) ( )P

    p

    xy xy

    p

    G f G f P

    =

    = % (45)

    10. ESTUDO DE CASO; SIMULAO E IDENTIFICAO DE UM SISTEMA NO

    LINEAR

    Seja um sistema dinmico cuja equao dada por:

    2

    1 1( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )mx t cx t kx t c x t x t k x t y t + + + + =&& & & & 46)

    Considerando-se a dinmica reversa, a seguinte figura pode representar o sistema:

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    21/28

    Figura 10.1 Representao de um sistema no-linear SISO

    Aplicando-se a transformada ao sistema reverso:

    2 2

    1 2( )( ) ( ) { ( ) ( )} ( ) { ( )} ( )X m j c k A F x t x t A F x t Y + + + + =& & (47)

    Neste contexto, h trs FRF a serem obtidas: A, correspondente inversa da poro linear do

    sistema; A1, referente ao amortecimento no-linear; A2referente mola no-linear.

    Os grficos a seguir mostram os resultados de simulao obtidos para um sistema cujas

    caractersticas so dadas na tabela 10.1:

    Tabela 10.1: Parmetros utilizados no exemplo 1

    M c k C1 k1 fs Entrada

    1kg 4N/m/s 350N/m 100N/(m/s)2

    1000N/m2

    100Hz Rudo

    branco

    X()

    X1() Y()

    X2()

    ( )A

    1 ( )A

    2 ( )A

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    22/28

    Figura 10.2 Densidades Espectrais de Potncia da Entrada e Sada utilizadas na simulao

    O rudo utilizado excita toda a faixa de freqncia de interesse. Esse um fator importante na

    seleo da entrada, isto , o sinal tem que ser suficientemente excitante na poro do espectro em

    que se tem interesse no estudo de algum sistema.

    Figura VI.3 Respostas em Freqncia para abordagens SISO e MISO.

    10-2

    10-1

    100

    101

    -80

    -70

    -60

    -50

    -40

    -30

    MdulodaFRF

    (dB)

    Estimativa MISOEstimativa SISO

    10-2

    10-1

    100

    101

    -200

    -100

    0

    100

    200

    ngulodeFase(graus)

    Freqncia (Hz)

    Estimativa MISOEstimativa SISO

    10-2

    10-1

    100

    101

    56

    58

    60

    62

    64

    MdulodaPSD

    dorudo

    (dB)

    10-2

    10-1

    100

    101

    -100

    -80

    -60

    -40

    -20

    MdulodaPSDdarespo

    sta(dB)

    freqncia (Hz )

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    23/28

    Observe-se a diferena entre as estimativas SISO, em que H dada por Gxy/Gxxe a estimativa

    MISO que utiliza as densidades condicionadas. No primeiro caso o sistema no apresenta

    ressonncia em 3Hz, enquanto no segundo a diferena h resposta significativa. Os ngulos de fase

    tambm so distintos.

    Figura 10.5 Resposta em Freqncia estimada para a poro no-linear relativa a ( ) ( )x t x t& & .

    Tal FRF, conforme expresso na Tabela 10.1, corresponde a uma constante de valor 100 e,

    portanto, fase nula. A varincia do mdulo observado na poro apresentada 3 e a mdia 91.

    10-2

    10-1

    100

    101

    0

    500

    1000

    1500

    2000

    2500

    Mdulo

    daFRF

    dex

    2

    10-2

    10-1

    100

    101

    -100

    -50

    0

    50

    ngulo

    deFase(graus)

    Freqncia (Hz)

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    24/28

    Figura 10.6 Resposta em Freqncia estimada para a poro no-linear relativa a x2.

    Tal FRF, conforme expresso na Tabela 10.1, corresponde a uma constante de valor 1000 e,

    portanto, fase nula. A varincia do mdulo observado na poro apresentada 308 e a mdia 1089.

    O principal motivo de tamanha diferena em termos de qualidade da estimativa est relacionada

    potncia relativa de cada poro. Neste contexto, quanto maior a intensidade da excitao, tanto

    mais exacerbadas so as caractersticas no-lineares.

    10-2

    10-1

    100

    101

    0

    500

    1000

    1500

    2000

    2500

    MdulodaFRF

    dex

    2

    10-2

    10-1

    100

    101

    -100

    -50

    0

    50

    ngulodeFase(gra

    us)

    Freqncia (Hz)

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    25/28

    Figura 10.7 Funes de Coerncia.

    A coerncia mltipla 1 porque no foi adicionado rudo de medio na simulao em que estes

    resultados foram obtidos. Observe-se que a coerncia da estimativa SISO, correspondente

    coerncia ordinria entre a entrada e a sada, bastante elevada, embora haja diferenas to

    relevantes nas FRFs. Por outro lado, as pores no-lineares tm graus de coerncia distintos, o que

    explica a diferna na varincia das estimativas obtidas.

    Com o intuito de ilustrar o impacto do rudo de medida na qualidade dos estimadores, realizou-

    se uma srie de simulaes cujos resultados esto sintetizados na tabela e grfico a seguir:

    10-2

    10-1

    100

    101

    0

    0.1

    0.2

    0.3

    0.4

    0.5

    0.6

    0.7

    0.8

    0.9

    1

    Coerncia

    Freqncia (Hz)

    Coerncia Mltipla

    1,4

    2,4.1

    (dx/dt|dx/dt|)

    3,4.2

    (x2)

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    26/28

    Tabela 10.2: razo Sinal/Rudo e parmetros relacionados ao mdulo do estimadores das FRFs

    das pores no-lineares.

    SNR(dB)1c 1c 1

    1

    c

    c

    1

    k 1k

    1

    1

    k

    k

    91 3 0.03 1089 308 0.2869 91 3 0.03 1138 343 0.30

    49 92 4 0.04 1251 607 0.49

    29 102 11 0.11 1459 1036 0.71

    -11 118 17 0.14 430 194 0.45

    -31 125 25 0.20 54 46 0.85

    -51 128 32 0.25 6 7 1.17

    O indicador desvio/mdia isoladamente tenha aplicao limitada, a observao conjunta dele e

    do erro da mdia indica a deteriorao dos estimadores medida em que o rudo aumenta. Os efeitos

    so maiores no estimador de pior desempenho na situao sem rudo.

    Figura 10.8 Indicador do efeito do rudo de medio na qualidade do estimador.

    -100 -50 0 50 100 150 2000

    0.2

    0.4

    0.6

    0.8

    1

    1.2

    1.4

    razo Sinal/Rudo (dB)

    razodesvio/mdia

    Mdulo do Estim ador da FRF de dx/dt|dx/dt|

    Mdulo do Estimador da FRF de x2

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    27/28

    11.CONCLUSES

    A utilizao da tcnica CRP, isto , a dinmica reversa associada s densidades espectrais

    condicionadas, permite a identificao no-paramtrica de sistemas SISO/MISO no-lineares do tipo

    Wiener. Por um raciocnio anlogo ao apresentado, considerando-se agora tambm as sadas

    correlacionadas, extende-se a utilizao a sistemas MIMO.

    No contexto da identificao, deve ser vista como uma etapa inicial do processo. Estabelecendo-

    se uma estrutura para o modelo, pode ser aplicada na obteno das FRFs que por sua vez propiciam

    uma estimativa inicial dos parmetros de interesse.

    Mesmo quando as no-linearidades so aparentemente pequenas visto que a coerncia entre

    entrada e sada elevada, podem existir diferenas importantes de comportamento dinmico, em

    particular nas regies em que o sistema apresentar plos.

    A caracterizao das no-linearidades depende da capacidade de excitao da entrada utilizada

    tanto no que diz respeito faixa de freqncia excitada bem como a amplitude do sinal. Quanto mais

    ampla a resposta obtida maior a probabilidade, em geral, de se elevar a importncia relativa da

    poro no-linear do sistema e de diminuir a varincia da FRF.

    A qualidade do estimador depende tambm da razo sinal/rudo e se deteriora medida em que

    o nvel do rudo se eleva relativamente; o impacto maior no estimador de pior qualidade mesmo

    sem rudo. No exemplo simulado, especificamente, h um limiar (inferior) a partir do qual a razo

    independe do rudo, isto , a qualidade limitada pela prpria situao: sinal de excitao,

    caractersticas relativas aos estimadores das PSDs e tcnica de identificao utilizada.

    12. AGRADECIMENTOS

    Ponha agradecimentos aqui.

  • 5/21/2018 Identificao de Sistemas Dinmicos No-lineares No Domnio Da

    28/28

    13.REFERENCIAS

    [1] BENDAT, J. S., System Identification from multiple input/output data. Journal of Sound and

    Vibration. v. 49, n.3, p. 293-308,1976.

    [2] BENDAT, J. S., Nonlinear system techniques and applications. Los Angeles: John Wiley,

    1997.

    [3] BENDAT, J. S.; PIERSOL, A. G., Random data: analysis and measurement procedures.

    New York: John Wiley, 1986.

    [4] LJUNG, L., System identification: Theory for the user. New York: Prentice Hall, 1999.

    [5] MARPLE Jr., S. L., Digital Spectral Analysis: with applications. Englewood Cliffs:

    Prentice-Hall, 1987.

    [6] OPPENHEIM,A.V.;SCHAFER,R.W.Digital Signal Processing. Englewood Cliffs: Prentice-

    Hall, 1975.

    [7] PINTELON, ; SCHOUKENS, System Identification: a frequency domain approach, IEEE

    Press, New York, 2001.