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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR BLAURO CARDOSO DE MATTOS FASERRA CAMILA DIONISIO RAMOS A CONTABILIDADE GERENCIAL E SEU IMPACTO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES SERRA - ES 2016

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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR BLAURO CARDOSO DE MATTOS – FASERRA

CAMILA DIONISIO RAMOS

A CONTABILIDADE GERENCIAL E SEU IMPACTO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES

SERRA - ES 2016

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CAMILA DIONISIO RAMOS

A CONTABILIDADE GERENCIAL E SEU IMPACTO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos, como parte do Curso de Ciências Contábeis, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. Orientador: Prof. Jakson Costa Laranja

SERRA - ES 2016

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CAMILA DIONISIO RAMOS

A CONTABILIDADE GERENCIAL E SEU IMPACTO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DAS ORGANIZAÇÕES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos, como parte do Curso de Ciências Contábeis, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovado em, 13 de dezembro de 2016.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________ Prof. Jakson Costa Laranja

Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos Orientador

______________________________________ Prof. Ms Angelo Roberto Fiorio Custódio

Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos

______________________________________ Prof. Ms Mônica Fernanda Porto Pires

Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos

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Dedico este trabalho aos meus familiares que me apoiaram durante todos esses anos de dedicação aos estudos.

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AGRADECIMENTO

Agradeço a minha família pelo apoio incondicional durante esses três anos de estudo. Aos professores que transmitiram conhecimento e direcionaram os estudos de forma que obtivéssemos o melhor resultado possível, tornando-nos profissionais qualificados para desempenhar as atividades contábeis. .

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RESUMO

A cada dia as atividades econômicas se tornam mais complexas em decorrência da alta competitividade promovida pela globalização. Diante desse cenário, questiona-se de que forma a contabilidade gerencial impacta o crescimento e desenvolvimento das organizações. O estudo apresentado teve como objetivo sintetizar a importância dos relatórios contábeis para a tomada de decisão, tornando-se relevante para que os usuários compreendam e busquem as informações gerenciais como ferramenta de análise, a partir de dados claros, seguros, fidedignos e, principalmente, tempestivos. Para realização do trabalho, foi realizado um estudo de caso através das demonstrações contábeis divulgadas pela empresa Fibria Celulose S/A correspondente aos anos de 2014 e 2015. A partir de então, foi possível identificar que a contabilidade gerencial é uma grande aliada no processo de tomada de decisão e que a mesma está diretamente ligada ao planejamento e controle de uma organização, possibilitando projeções futuras de modo que a organização se antecipe a possíveis eventos.

Palavras-chave: Contabilidade gerencial; tomada de decisão; relatórios contábeis.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráficos 01: Balanço Patrimonial .............................................................................. 28

Gráficos 02: Demonstração do Resultado ................................................................. 29

Gráficos 03: Análise Horizontal e Vertical do Balanço Patrimonial ........................... 30

Gráficos 04: Análise Horizontal e Vertical da Demonstração do Resultado .............. 31

Gráficos 05: Índices .................................................................................................. 32

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SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 10

1.1 – PROBLEMA .................................................................................................. 11

1.2 – OBJETIVO DO TRABALHO ......................................................................... 11

1.3 – JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 12

1.4 – METODOLOGIA ........................................................................................... 12

2 – REFERENCIAL TEORICO .................................................................................. 13

2.1 – CONTABILIDADE E SEUS OBJETIVOS ...................................................... 13

2.1.1 – Usuários ................................................................................................ 13

2.2 – CONTABILIDADE GERENCIAL ................................................................... 14

2.2.1 – Definição ............................................................................................... 14

2.2.2 – A Empresa............................................................................................. 15

2.2.3 – A importância da Tomada de Decisão ................................................ 16

2.2.4 – Papel do Contador na Contabilidade Gerencial ................................ 17

2.2.5 – Principais Ferramentas Contábeis ..................................................... 18

2.2.5.1 – Balanço Patrimonial ......................................................................... 18

2.2.5.2 – Demonstração do Resultado (DR) ................................................... 19

2.2.5.3 – Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) ..................................... 19

2.2.6 – Análise das Demonstrações Contábeis ............................................. 20

2.2.6.1 – Análise Horizontal e Vertical ............................................................ 21

2.2.6.2 – Indicadores de Estrutura de Capital e Endividamento ..................... 22

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2.2.6.3 – Índices de Rentabilidade.................................................................. 23

2.2.6.4 – Índices de Liquidez .......................................................................... 24

2.2.6.5 – Índices de Atividade ......................................................................... 26

3 – DESENVOLVIMENTO ........................................................................................ 28

3.1 – NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO ....................................................................... 32

3.2 – ÍNDICES DE LIQUIDEZ ................................................................................ 33

3.3 – ÍNDICES DE RENTABILIDADE .................................................................... 33

3.4 – ÍNDICES DE ATIVIDADE ............................................................................. 33

4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 34

REFERENCIAS ......................................................................................................... 35

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1- INTRODUÇÃO

Atualmente vivenciamos um mercado com cenário altamente dinâmico, onde as

atividades econômicas se tornam mais complexas em decorrência da alta

competividade promovida pela globalização. Para acompanhar todo o dinamismo, as

empresas necessitam de informações que proporcionem uma análise que à auxilie na

correta e adequada alocação de recursos existentes na organização de forma ágil e

precisa.

A ausência de informações que possibilitem uma visão antecipada das necessidades

e riscos do mercado futuro fazem com que as empresas percam fatia de mercado e

as impossibilite de alcançar novos clientes e investidores.

Durante anos a contabilidade foi vista apenas como instrumento para fornecer

informações tributárias, mas no decorrer do tempo, passou-se a observá-la de forma

mais abrangente, como ferramenta capaz de gerar informações que facilitarão a

tomada de decisão e projeções futuras, pois através da análise dos dados se torna

possível identificar víeis que atrapalham o desenvolvimento e crescimento da

organização.

Para Marques (2004, p. 9)

A contabilidade gerencial é o processo de identificação, mensuração,

acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação de

informações financeiras utilizadas pela administração para

planejamento, avaliação e controle dentro de uma organização para

assegurar o uso apropriado de seus recursos.

A utilização de controles contábeis para fins gerenciais é um meio de apresentar

dados sobre o patrimônio das empresas para os mais diversos usuários para que

possam reunir e avaliar informações ganhando tempo e qualidade na tomada de

decisão, contribuindo também com o planejamento e controle das atividades.

Segundo Garrison (2013), “a contabilidade gerencial ajuda os gerentes na realização

de três atividades vitais: planejamento, controle e tomada de decisão”

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Desta forma, a contabilidade apresenta-se como instrumento de gestão que fornece

informações e auxilia os gestores nos processos de concorrência, inovação

tecnológicas, globalização entre mercados, tornando-se indispensável para o sucesso

das empresas.

Nesse contexto, o intuito desse trabalho é demonstrar a importância e a melhor forma

de analisar e avaliar as demonstrações contábeis como: Balanço patrimonial,

Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração dos Fluxos de Caixa, entre

outros, para extrair informações relevantes para a tomada de decisão e

gerenciamento do negócio.

1.1 – PROBLEMA

De que forma a contabilidade gerencial impacta o crescimento e desenvolvimento das

organizações?

1.2 – OBJETIVO DO TRABALHO

O estudo bibliográfico busca sintetizar de forma objetiva a posição de diversos autores

quanto a importância dos relatórios contábeis para análise e tomada de decisão com

a finalidade de alcançar o melhor resultado possível.

Desta forma, os objetivos específicos do presente trabalho são:

Conceituar contabilidade gerencial.

Conceituar tomada de decisão.

Apontar relatórios e ferramentas gerenciais.

Abordar o papel do contador na contabilidade gerencial.

Demonstrar os efeitos da utilização da contabilidade gerencial nos resultados

da organização.

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1.3 – JUSTIFICATIVA

A contabilidade ao longo dos anos vem acumulando várias funções que

comprometeram a execução do seu principal objetivo que é a geração e a

interpretação das informações para a tomada de decisão.

Esse trabalho torna-se relevante e importante para que os usuários da informação

entendam e busquem as informações geradas a partir dos relatórios gerenciais como

ferramenta para análise da situação atual da empresa e como parâmetro para

projeção de orçamentos e planejamento de longo prazo.

Afinal, para destacar-se nesse cenário complexo e competitivo, quanto maior o

número de informações fidedignas e riqueza de detalhes, melhor será o poder de

decisão e inovação.

1.4 – METODOLOGIA

Como metodologia para o desenvolvimento, foi adotada a pesquisa bibliográfica e

exploratória por meio de um estudo de caso na empresa Fibria Celulose S/A.

A pesquisa bibliográfica consiste em uma revisão da literatura em livros, dissertações,

artigos científicos e materiais para fundamentação teórica. Para Gil (2008, p. 50), “a

pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído

principalmente de artigos científicos”.

Em contrapartida, a pesquisa exploratória tem como objetivo proporcionar visão geral,

de tipo aproximativo acerca de determinado fato. Habitualmente envolvem

levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudo de

caso (GIL, 2008, p. 27).

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2 – REFERENCIAL TEORICO

2.1 – CONTABILIDADE E SEUS OBJETIVOS

Contabilidade é uma ciência que estuda a situação patrimonial, financeira e

econômica das organizações elaborando relatórios que resumem sua atual situação

(ABREU, 2006, p. 2).

A contabilidade deve proporcionar aos usuários informações que devem ser propícias

e seguras para que haja a real compreensão de como se encontra a entidade, seu

desempenho, sua evolução, riscos e oportunidades.

2.1.1 – Usuários

Os usuários das informações contábeis abrangem tanto os internos quanto os

externos cujo os interesses são os mais diversificados. Diante desse contexto, surge

a necessidade de informações amplas, fidedignas e com o maior grau de clareza

possível.

Segundo Marion (2007, p. 207-210), usuários podem ser considerados como qualquer

pessoa – física ou jurídica – que tenha interesse em conhecer dados – normalmente

fornecidos pela contabilidade – de uma entidade. (..) o que contribui para que o

relatório contábil passasse a ser voltado para atender também os usuários externos.

Foi o aparecimento das sociedades por ações, que começou a se fazer distinção entre

o investidor e o administrador para que tomassem ciência do andamento dos

negócios.

Sobre essa mudança de foco, segundo Hendriksen e Breda (1999) (apud RAPOZO

2004, p. 28) escrevem: “As informações financeiras que tinham sido geradas

principalmente para fins de gestão, passaram a ser demandadas cada vez mais por

acionistas, investidores, credores e pelo governo. ”

Segundo Marion (2007, p. 24-25) os usuários podem ser:

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Usuário interno - Para poder saber quanto à empresa está conseguindo lucrar, endividamento, ou seja, para saber a sua saúde financeira da entidade e como melhorá-la.

Investidores – através dos relatórios contábeis o investidor tem ás mãos os elementos necessários para decidir as melhores alternativas de investimentos. Os relatórios evidenciam a capacidade da empresa em gerar lucros e outras informações.

Fornecedores de bens e serviços a crédito – usam os

relatórios para analisar a capacidade de pagamento da empresa compradora.

Bancos – utilizam os relatórios para aprovar empréstimos, limite de crédito, etc.

Governo – analisa esses relatórios para fins de arrecadação de

tributos, impostos e também para dados estatísticos no sentido de redimensionar a economia (IBGE, por exemplo)

Sindicatos – utiliza os relatórios para determinar a

produtividade do setor, fator preponderante para reajuste de

salários.

Temos vários outros segmentos que se beneficiam das informações contábeis como

também funcionários, clientes e concorrentes. Podemos dizer que a maior parte dos

interessados na contabilidade está incluída nessa lista, os objetivos de cada um

desses podem diferenciar de várias maneiras. (MARION, 2007, p. 23).

2.2 – CONTABILIDADE GERENCIAL

2.2.1 – Definição

A acelerada evolução do ambiente econômico e tecnológico tem dificultado o

entendimento e a gestão dos negócios, sendo necessário gerar informações que

auxiliem os administradores na tomada de decisão, portanto, Neves (2006, p.2)

evidencia que:

Os avanços tecnológicos supõem mudanças de todo tipo, tanto na especificação do produto como na filosofia das organizações, quer sejam industriais, comerciais ou de serviços, obrigando-as a um redimensionamento da sua Contabilidade Gerencial, que é a disciplina que se ocupa fundamentalmente de gerar informações para tomada de decisões e controles relacionados a todos os seus processos internos. A Contabilidade Gerencial é uma consequência da evolução, tanto qualitativa como quantitativa, das várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na Contabilidade Financeira e na Contabilidade de Custos, que, por sua vez, quando agrupadas, permitem uma perspectiva mais analítica e diferenciada constituindo-se em uma ferramenta de extrema importância no auxílio das decisões gerenciais.

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A Contabilidade Gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um

enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos

e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise

financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de

detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada,

de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.

(IUDÍCIBUS, 2006, p.33).

De acordo com Nakagawa (2000), os gerentes que buscam a eficiência e eficácia

necessitam de informações precisas que proporcione mecanismos para mensurar o

desempenho das atividades da organização. A Contabilidade Gerencial estabelece

conceitos e técnicas para a preparação das informações que poderão ser utilizadas

para o planejamento e controle da instituição.

Para Veiga (2003) (apud NEVES, 2006, p. 4), a Contabilidade Gerencial é:

(...) um importante instrumento no processo de decisão das organizações e deve ser utilizada no processo de gestão estratégica, como elemento de suporte para a competitividade. Os dados contábeis são matérias-primas de informações, que devem ser tratados, para que gerem informações úteis e representem um instrumento gerencial para o processo decisório de forma a alcançar uma vantagem competitiva sustentável. As informações geradas pela Contabilidade Gerencial podem auxiliar os gestores a melhorar a qualidade das operações, reduzirem custos operacionais e aumentar a adequação das operações às necessidades dos clientes.

2.2.2 – A Empresa

Gomes e Gottschalk (1998) (apud RAPOZO, 2004, p. 40), definem empresa como

organizações nas quais há certo número de empregados desenvolvendo uma

atividade comum, sob a autoridade de um chefe investido no poder de direção.

Segundo Asquini (apud RAPOZO 2004, p. 40), a definição de empresa compreende

quatro perfis, a saber:

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Perfil Subjetivo – a empresa é o empresário, pois é este quem exercita a atividade econômica organizada de forma continuada. Pessoa física ou jurídica, titular de direitos e obrigações.

Perfil Funcional – A empresa é uma atividade que realiza

produção e circulação de bens e serviços, mediante organização de fatores de produção (capital, trabalho, matéria prima, etc.).

Perfil Objetivo – Relacionado ao patrimônio. Conjunto de bens

que estão unidos para uma atividade específica.

Perfil Corporativo – A empresa é uma instituição, uma organização pessoal, formada pelo empresário e seus

colaboradores, todos voltados para uma finalidade comum.

A empresa é uma atividade econômica organizada, em que na maioria dos casos

pressupõe a intenção de lucro e continuidade.

2.2.3 – A importância da Tomada de Decisão

O objetivo principal da Contabilidade é prover seus usuários de informações contábeis

úteis para tomada de decisão. Precisa ser compreensiva, isto é, completa, e retratar

todos os aspectos contábeis de determinada operação ou conjunto de eventos ou

operações; a relevância é uma das características ou qualidade mais importante das

informações contábil; ser confiável, estar livres de erros materiais e vieses; os usuários

têm de ter a possibilidade de comparar as demonstrações contábeis de uma entidade

através dos anos a fim de identificar tendências em sua situação patrimonial e

financeira e seu desempenho e tempestiva, pois muito pouco adianta ser relevante e

fidedigna se tiver passado o momento de utilizá-la. (IUDÍCIBUS e MARION, 2006,

p.64-67)

Segundo Padoveze (2004, p. 6-7), a aplicação da informação contábil deve atender a

três raízes teóricas:

Teoria da Decisão: tida como esforço para explicar como as decisões são realmente feitas, objetiva solucionar problemas e manter caráter preditivo através do modelo de decisão.

Teoria da mensuração: trabalha com o problema de avaliação de dados, e por isso é importante que seja estabelecida corretamente. O padrão de mensuração contábil é a unidade monetária.

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Teria da Informação: vem de acordo com seu propósito, que é

de possibilitar a uma organização alcançar seus objetivos pelo eficiente uso dos seus recursos, visando fortalecimento da qualidade, redução de custos, aumento da produção, com objetivo final de maximização dos lucros.

“A contabilidade é a linguagem dos negócios. Mede os resultados das empresas,

avalia o desempenho dos negócios dando diretrizes para tomada de decisões”.

(MARION, 2007, p.24).

2.2.4 – Papel do Contador na Contabilidade Gerencial

Algumas empresas já perceberam a importância da contabilidade gerencial, porém

ainda existem empresas em que a contabilidade é vista apenas como instrumento

para apresentação de declarações ao governo.

Em situações como essas, torna-se imprescindível o papel do contador de introduzir

a contabilidade gerencial como ferramenta para extração de informações relevantes

para o acompanhamento das operações da empresa e de seus resultados em

diversos níveis do mercado.

Para Iudícibus (2009), a fundamental característica do contador é:

saber tratar, refinar e apresentar de maneira clara, resumida e operacional dados esparsos contidos nos registros da contabilidade financeira, de custos etc., bem como juntar tais informes com outros conhecimentos não especificamente ligados à área contábil, para suprir a administração em seu processo decisório.

Com o auxílio do contador, a alta administração consegue obter informações

necessárias para o controle, acompanhamento, planejamento e projeções de

tendências futuras no mercado. Crepaldi (1998) afirma que:

O contador gerencial deve esforçar-se para assegurar que a administração tome as melhores decisões estratégicas para o longo prazo. O desafio de propiciar informações úteis e relevantes que facilitarão encontrar as respostas certas para as questões fundamentais, em toda a empresa, com um constante sobre o que deve ser feito de imediato e mais tarde.

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Desta forma, é função do contador disponibilizar as informações de forma clara ao

usuário. Se consultado, ele pode opinar, nunca impor. Logo, fica a cargo usuário

enxergar e utilizar a informação contábil para tomada de decisão (PADOVEZE, 2004).

2.2.5 – Principais Ferramentas Contábeis

2.2.5.1 – Balanço Patrimonial

Conforme Silva (2004, p. 346), “a palavra balanço deriva do adjetivo latino bilanx, que

significa ‘dois pratos’ e traduz a idéia de comparação e equilíbrio”.

O balanço Patrimonial tem a finalidade de apresentar a posição financeira e

patrimonial da empresa em determinada data, portanto, uma posição estática.

(IUDÍCIBUS,2010, p. 2).

E para Santos et al. (2004, p. 41):

O balanço patrimonial é uma demonstração contábil, obrigatória, sendo uma apresentação sintética e ordenada do saldo monetário de todos os valores integrantes do patrimônio da companhia, em determinada data, num sentido estático.

Essa informação pode ser confirmada através da Resolução nº. 686/90, do Conselho

Federal de Contabilidade (CFC), na NBC T 3.2, item 3.2.1.1 onde descreve que, “o

balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e

quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da

entidade”. Essa demonstração é composta basicamente por três elementos: ativo, que

compreende os recursos controlados por uma entidade dos quais se esperam

benefícios econômicos futuros; passivo, que compreende os exigibilidades e

obrigações e o patrimônio líquido que representa a diferença entre o ativo e passivo,

ou seja, o valor líquido da empresa.

De acordo com o art. 178 da lei nº. 6.404/76, “no balanço, as contas serão

classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de

modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”.

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Matarazzo (2003, p. 27) afirma que, “o diagnóstico de uma empresa quase sempre

começa com uma rigorosa análise de balanço, cuja finalidade é determinar quais os

pontos críticos e permitir, de imediato, apresentar um esboço das prioridades para a

solução de seus problemas”.

2.2.5.2 – Demonstração do Resultado (DR)

É uma demonstração contábil que evidencia a formação do resultado líquido em um

exercício, através do confronto das receitas, custos e despesas apurados segundo

sua competência. A Resolução nº. 686/90, na NBC T 3.3, item 3.3.1 diz que, “ a

demonstração do resultado é a demonstração contábil destinada a evidenciar a

composição do resultado formado num determinado período de operações da

entidade”.

Conforme o art. 187, §1º, alínea a, b da Lei 6.404/76, a determinação do resultado do

exercício serão computados pelo regime de competência, ou seja, as receitas e

rendimentos são considerados, independentemente de sua realização em moeda. De

igual modo, os custos e despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos.

A Demonstração do Resultado expõe o resumo econômico dos resultados

operacionais e não operacionais de uma empresa em certo período. Para Iudícibus

(1998, p.145):

A Demonstração do Resultado do Exercício, elaborada simultaneamente com o Balanço Patrimonial, constitui-se no relatório sucinto das operações realizadas pela empresa durante determinado período de tempo; nele sobressai um dos valores mais importantes às pessoas nela interessadas, o resultado líquido do período, Lucro ou Prejuízo.

2.2.5.3 – Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)

Essa demonstração tem função de informar quais movimentações influenciaram a

redução ou aumento de caixa, ou seja, qual impacto de contas como, duplicatas a

receber, estoques, clientes, compra de imobilizado, financiamentos dentre outros

geram na conta caixa.

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Segundo Iudícibus (2010, p. 5), “a demonstração dos fluxos de caixa visa mostrar

como ocorreram as movimentações de disponibilidades em um dado período de

tempo”.

A Lei 6.404/76 define através do art. 188, inciso I, que as alterações incorridas, durante

o exercício, serão segregadas em, no mínimo, três fluxos, sendo: das operações, dos

financiamentos e dos investimentos.

A DFC evidencia as movimentações de disponibilidades, ou seja, as entradas e saídas

de recursos, em um lapso de tempo, cujo enfoque é o curto prazo. Para Campos Filho

(1999, p.32):

Uma das vantagens desses demonstrativos é facilitar a administração financeira das empresas. Com ele podemos saber se os problemas financeiros têm origem Operacional, no Investimento, no Financiamento, ou ainda numa combinação dos três grupos.

2.2.6 – Análise das Demonstrações Contábeis

As Demonstrações Contábeis representam o panorama mais exato da situação

econômico-financeira da organização, possibilitando aos usuários e interessados uma

avaliação correta e independente da mesma. Franco (1992, p. 94) afirma que,

A Contabilidade não se ressume no registro dos fatos contábeis, que é função da escrituração. As funções contábeis vão além do simples registro dos fatos, procurando suas causas e dando-lhes interpretação. A determinação das causas dos fenômenos contábeis é função de análise. Conhecidas essas causas podemos dar interpretação aos fatos.

Pode também ser considerada como o processo de transformação dos dados

constantes das demonstrações financeiras em informações úteis aos diversos

usuários das informações contábeis (SANTOS, 2012, p. 12).

Para Franco (1992, p. 93),

Analisar significa transformar as demonstrações contábeis em partes de forma que melhor se interprete os seus elementos. Interessa conhecer primordialmente dois aspectos do patrimônio, quais sejam, o econômico e o financeiro. A situação econômica diz respeito à aplicação do capital e seu retorno e a situação econômica diz como a empresa está em relação a seus compromissos financeiros.

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Essas análises são realizadas para suprir diversas necessidades, tais como: controle

de operações, avaliação da estabilidade financeira de fornecedores, clientes e outros

parceiros de negócio (JIAMBALVO,2009, p. 381).

Estarão sendo apresentados abaixo, alguns instrumentos utilizados para análise das

demonstrações contábeis.

2.2.6.1 – Análise Horizontal e Vertical

Para Assaf Neto (2010, p. 94),

As duas principais características de análise de uma empresa são a comparação dos valores obtidos em determinado período com aqueles levantados em períodos anteriores e o relacionamento desses valores com outros afins. Dessa maneira, pode-se afirmar que o critério básico que norteia a análise de balanços é a comparação.

As análises horizontal e vertical são mais detalhadas e devem ser utilizadas

conjuntamente. Envolve todos os itens das demonstrações, e revelam as falhas

responsáveis pelas situações de anomalias da empresa (MARQUES, 2004, p. 159).

A análise horizontal, consiste em examinar o valor em unidades monetárias e as

mudanças percentuais nos montantes das demonstrações contábeis (JIAMBALVO,

2009, p. 384). Essa análise, “é uma ferramenta importante para analisar a evolução

das contas individuais e também dos grupos de contas ao longo do tempo, por meio

de números-índices” (MARTINS, et. al, 2012, p. 182).

A análise vertical, consiste em examinar o montante das demonstrações com relação

ao montante-base (JIAMBALVO, 2009, p. 384). O objetivo é dar uma ideia da

representatividade de cada item ou subgrupo da demonstração contábil relativamente

a um determinado total ou subtotal tomado com base. Essa análise é realizada

mediante a extração de percentuais entre itens pertencentes a uma mesma

demonstração financeira de um ano. “O objetivo é dar uma ideia da representatividade

de cada item ou subgrupo de uma demonstração financeira relativamente a um

determinado total ou subtotal tomado como base” (MARTINS, et. al, 2012, p. 184).

Para Correia Neto (2011, p. 219),

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22

Juntamente com a análise vertical, a análise horizontal auxilia na avaliação dos resultados financeiros, fornecendo valiosos dados de composição dos itens das demonstrações e de seu comportamento ao longo do tempo.

2.2.6.2 – Indicadores de Estrutura de Capital e Endividamento

Indicam o nível de participação de capital de terceiros na atividade da empresa.

Quanto maior a participação de terceiros maior o grau de endividamento. Esses

índices têm por objetivo demonstrar as linhas de decisões financeiras, em termos de

obtenção e aplicação de recursos, ou seja, visa analisar a estratégia adotada pela

organização para captação de recursos. Se analisado separadamente, de modo geral,

quanto maior, pior, pois significa que a empresa depende mais de capitais de terceiros

do que de capitais próprios. (PEREZ JUNIOR e BEGALLI, 2009, p. 252 - 253).

2.2.6.2.1 – Nível de Endividamento

Indica a proporção entre os recursos de terceiros e os recursos próprios, ou seja,

demonstra quanto a empresa tomou de empréstimo para cada R$ 1,00 de capital

próprio. (ASSAF NETO, 2000, p. 146)

Esse índice também é conhecido como nível de Alavancagem. (PEREZ JUNIOR e

BEGALLI, 2009, p. 253).

Nível de Endividamento = Capitais de Terceiros

Capitais Próprios

2.2.6.2.2 – Composição do Endividamento

Indica a concentração do endividamento no curto prazo. Quanto maior, pior. (PEREZ

JUNIOR e BEGALLI, 2009, p. 253).

Composição do Endividamento = Passivo Circulante

Capitais de Terceiros

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2.2.6.2.3 – Imobilização do Patrimônio Líquido

Indica quanto foi aplicado no Imobilizado para cada R$ 1,00 de Patrimônio Líquido.

Quanto menor, melhor. (PEREZ JUNIOR e BEGALLI, 2009, p. 254).

Imobilização do Patrimônio Líquido = Imobilizado + Intangível

Patrimônio Líquido

2.2.6.3 – Índices de Rentabilidade

Os índices de rentabilidade permitem aos analistas avaliar os lucros da empresa em

relação a um dado nível de vendas, um dado nível de ativos ou o investimento dos

proprietários (GITMAN, 2010, p. 58).

Existem três índices que permitem mensurar a expansão dos lucros, haja visto que

credores, investidores e proprietários precisam obter o controle dessa informação para

manterem seus investimentos no negócio. São eles: margem de lucro bruto, margem

de lucro operacional e margem de lucro líquido.

2.2.6.3.1 – Margem Lucro Bruto

Mede a porcentagem de cada unidade monetária de vendas que permanece após

deduzir o valor dos bens vendidos. Quanto maior a margem, melhor (GITMAN, 2010,

p. 58).

Margem de Lucro Bruto = Lucro Bruto

Receita de Vendas

2.2.6.3.2 – Margem Lucro Operacional

Mede a porcentagem de cada unidade monetária de vendas remanescente após a

dedução de todos os custos e despesa, com exceção dos juros, imposto de renda e

dividendos (GITMAN, 2010, p. 58).

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Margem de Lucro Operacional = Lucro Operacional

Receita de Vendas

2.2.6.3.3 – Margem Lucro Líquido

Mede a porcentagem de cada unidade monetária após a dedução de todos os custos

e despesas, inclusive juros, imposto de renda e dividendos por ações preferenciais.

Quanto maior essa margem, melhor (GITMAN, 2010, p. 59).

Margem de Lucro Líquido = Lucro disponível para os acionistas ordinários

Receita de Vendas

2.2.6.4 – Índices de Liquidez

A liquidez de uma empresa é medida em termos de sua capacidade de saldar suas

obrigações, diz respeito também a solvência da posição financeira geral da empresa.

Esses índices podem fornecer sinais antecipados de problemas de fluxo de caixa e

insolvência iminente no negócio (GITMAN, 2010, p. 51).

Duas medidas fundamentais de liquidez são o índice de liquidez corrente e o índice

de liquidez seca.

Segundo Matarazzo (2008, p. 148),

O importante não é o cálculo de grande número de índices, mas de

um conjunto de índices que permita conhecer a situação da empresa,

segundo o grau de profundidade desejada da análise.

2.2.6.4.1 – Liquidez Geral

Indica a capacidade de pagamento de dívidas da empresa em curto e longo prazo, ou

seja, quanto a empresa possui de ativos realizáveis no curto e longo prazos para cada

R$ 1,00 de dívidas com terceiros. Quanto maior, melhor. (PEREZ JUNIOR e

BEGALLI,2009, p. 258).

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Liquidez Geral = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo

Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo

2.2.6.4.2 – Liquidez Corrente

Indica a capacidade de uma empresa de pagar suas obrigações de curto prazo

(JIAMBALVO,2009, p. 391).

Liquidez Corrente = Ativo Circulante

Passivo Circulante

2.2.6.4.3 – Liquidez Seca

Assemelha-se a liquidez corrente, mas excluí do cálculo o estoque, que costuma ser

o menos líquido dos ativos circulantes. Esse índice é importante quando o estoque da

empresa não pode ser facilmente convertido em caixa (GITMAN, 2010, p. 52).

Liquidez Seca = Ativo Circulante - Estoques

Passivo Circulante

2.2.6.4.4 – Liquidez Imediata

Esse índice deriva da Liquidez Corrente e indica a capacidade de pagamento de

dívidas no curto prazo, considerando a hipótese de que todo passivo circulante da

empresa vença no primeiro dia útil seguinte à data de encerramento do balanço.

Quanto maior, melhor (PEREZ JUNIOR e BEGALLI,2009, p. 259).

Liquidez Imediata = Caixa e Equivalentes de Caixa

Passivo Circulante

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2.2.6.5 – Índices de Atividade

Os índices de atividade medem a velocidade com que diversas contas se convertem

em vendas ou caixa (GITMAN, 2010, p. 53).

Auxilia a empresa em toda programação operacional, pois avalia o prazo de

recebimento das vendas, pagamento das compras e renovação dos estoques.

As avaliações são baseadas nos seguintes índices: prazo médio de recebimento,

prazo médio de pagamento, giro do ativo total e giro do estoque.

2.2.6.5.1 – Prazo Médio de Recebimento

O prazo médio de recebimento compreende o tempo que decorre entre o momento

em que a venda ocorre e o seu efetivo recebimento (PEREIRA, 2009, p. 47).

Prazo médio de Recebimento = Contas a receber de clientes

Valor diário médio das vendas

2.2.6.5.2 – Prazo Médio de Pagamento

Esse indicador reflete o tempo decorrido entre a data da emissão da nota fiscal de

compra, pelo fornecedor, e a data do efetivo pagamento (PEREIRA, 2009, p. 48).

Prazo médio de Pagamento = Fornecedores

Valor diário médio das compras

2.2.6.5.3 – Giro de Estoque

Mede a atividade, ou liquidez, do estoque de uma empresa (GITMAN, 2010, p. 53).

Giro de Estoque = Custo das Mercadorias Vendidas

Estoque

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2.2.6.5.4 – Giro do Ativo Total

Indica a eficiência com que a empresa utiliza os seus ativos para gerar vendas

(GITMAN, 2010, p. 54).

Giro do Ativo Total = Vendas

Ativo Total

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3 – DESENVOLVIMENTO

Para realização do trabalho, foi efetuado um estudo de caso através das

demonstrações contábeis da empresa Fibria Celulose S/A correspondente aos anos

de 2014 e 2015, com o objetivo de demonstrar de que forma a contabilidade gerencial

auxilia os usuários na tomada de decisões uma vez que os mesmos possuem uma

série de índices que explanam a situação financeira e econômica da organização em

dado momento. Os dados foram retirados do site da empresa na seção de

investidores.

Gráfico 01: Balanço Patrimonial

EMPRESA: Fibria Celulose S/A

(Em milhares de reais)

31/12/2015 31/12/2014

29.433.978 25.593.980

Circulante 5.460.578 3.261.177

Disponível 1.077.651 461.067

Caixa 1.077.651 461.067

Aplicação - -

Clientes 742.352 538.424

Clientes 742.352 538.424

Estoques 1.571.146 1.238.793

Estoques em Geral 1.571.146 1.238.793

Outras Contas à Receber 2.069.429 1.022.893

Impostos a Recuperar 462.487 162.863

Títulos e valores mobiliários 1.411.864 682.819

Instrumentos financeiros derivativos 26.795 29.573

Demais Contas à Receber 168.283 147.638

Realizável à Longo Prazo 5.781.611 4.740.240

Permanente 18.191.789 17.592.563

Investimentos 137.771 79.882

Ativo Imobilizado 13.548.384 12.960.578

(-) Depreciação Acumulada

Intangível 4.505.634 4.552.103

(-) Amortização Acumulada

Ajuste de Avaliação Patrimonial

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO

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Gráfico 02: Demonstração do Resultado

29.433.978 25.593.980

Circulante 2.955.299 2.099.230

Fornecedores 668.017 593.348

Salários e encargos sociais 170.656 135.039

Obrigações Tributárias à Pagar 564.439 56.158

Provisões Operacionais

Adiantamento de Clientes

Dividendos, JCP e Participações a Pagar 86.288 38.649

Empréstimo Curto Prazo 1.375.664 1.151.261

Outras Contas à Pagar 90.235 124.775

Exigível a Longo Prazo 13.663.359 8.879.045

Empréstimo Longo Prazo 12.496.618 7.783.614

Provisões Contingenciais 165.325 144.582

Impostos diferidos 270.996 266.528

Outras Obrigações à Longo Prazo 730.420 684.321

Patrimônio Líquido 12.815.320 14.615.705

Capital Social 9.729.006 9.729.006

Reserva de capital 15.474 3.920

Ações em tesouraria (10.378) (10.346)

Reservas de lucros 1.378.365 3.228.145

Reserva de Avaliação Patrimonial 1.639.901 1.613.312

Participação de não controladores 62.952 51.668

Fonte: Adaptado de DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANUAIS COMPLETAS_2015.

PASSIVO

EMPRESA: Fibria Celulose S/A

(Em milhares de reais)

31/12/2015 31/12/2014

Receita Líquida de Vendas 10.080.667 7.083.603

(-) Custo Prod. Vendido - CPV 5.878.209 5.545.537

(=) Lucro Bruto 4.202.458 1.538.066

(-) Despesas Operacionais 4.363.399 1.516.176

Gerais e Administrativas 702.481 630.913

Despesas e (Receitas) Financeiras 3.685.265 1.634.725

Demais Desepsas (Receitas) (24.347) (749.462)

(=) Lucro Operacional (160.941) 21.890

(+/-) Resultado não Operacional - -

(=) Lucro Líquido antes do IR (160.941) 21.890

(-) Provisão para o IR (517.926) (140.662)

(=) Lucro Líquido após o IR 356.985 162.552

(-) Distribuição de JCP

(=) Lucro Líquido do Período 356.985 162.552

Fonte: Adaptado de DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANUAIS COMPLETAS_2015.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

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Gráfico 03: Análise Horizontal e Vertical do Balanço Patrimonial

Ao realizar a análise vertical foi possível identificar que 20% do Ativo Total refere-se a

operações realizáveis de longo prazo e 46% em investimentos com Ativo Imobilizado.

EMPRESA: Fibria Celulose S/A

(Em milhares de reais)

31/12/2015 AV AH 31/12/2014 AV AH

29.433.978 1,00 1,18 24.881.588 1,00 -

Circulante 5.460.578 0,19 2,14 2.548.785 0,10 -

Disponível 1.077.651 0,04 2,34 461.067 0,02 -

Caixa 1.077.651 0,04 2,34 461.067 0,02 -

Aplicação - - - - - -

Clientes 742.352 0,03 1,38 538.424 0,02 -

Clientes 742.352 0,03 1,38 538.424 0,02 -

Estoques 1.571.146 0,05 1,27 1.238.793 0,05 -

Estoques em Geral 1.571.146 0,05 1,27 1.238.793 0,05 -

Outras Contas à Receber 2.069.429 0,07 6,66 310.501 0,01 -

Impostos a Recuperar 462.487 0,02 2,84 162.863 0,01 -

Títulos e valores mobiliários 1.411.864 0,05 2,07 682.819 0,03 -

Instrumentos financeiros derivativos 26.795 0,00 0,91 29.573 0,00 -

Demais Contas à Receber 168.283 0,01 1,14 147.638 0,01 -

Não Circulante 23.973.400 0,81 1,07 22.332.803 0,71 -

Realizável à Longo Prazo 5.781.611 0,20 1,22 4.740.240 0,19 -

Investimentos 137.771 0,00 1,72 79.882 0,00 -

Ativo Imobilizado 13.548.384 0,46 1,05 12.960.578 0,52 -

Intangível 4.505.634 0,15 0,99 4.552.103 0,18 -

Ajuste de Avaliação Patrimonial - - - - - -

- -

29.433.978 1,00 1,15 25.593.980 1,03 -

Circulante 2.955.299 0,10 1,41 2.099.230 0,08 -

Fornecedores 668.017 0,02 1,13 593.348 0,02 -

Contas a Pagar 170.656 0,01 1,26 135.039 0,01 -

Obrigações Tributárias à Pagar 564.439 0,02 10,05 56.158 0,00 -

Provisões Operacionais - - - - - -

Adiantamento de Clientes - - - - - -

Dividendos, JCP e Participações a Pagar 86.288 0,00 2,23 38.649 0,00 -

Empréstimo Curto Prazo 1.375.664 0,05 1,19 1.151.261 0,05 -

Outras Contas à Pagar 90.235 0,00 0,72 124.775 0,01 -

Não Circulante 13.663.359 0,46 1,54 8.879.045 0,36 -

Empréstimo Longo Prazo 12.496.618 0,42 1,61 7.783.614 0,31 -

Provisões Contingenciais 165.325 0,01 1,14 144.582 0,01 -

Impostos diferidos 270.996 0,01 1,02 266.528 0,01 -

Outras Obrigações à Longo Prazo 730.420 0,02 1,07 684.321 0,03 -

Patrimônio Líquido 12.815.320 0,43 0,88 14.615.705 0,59 -

Capital Social 9.729.006 0,33 1,00 9.729.006 0,39 -

Reserva de capital 15.474 0,00 3,95 3.920 0,00 -

Ações em tesouraria (10.378) (0,00) 1,00 (10.346) (0,00) -

Reservas de lucros 1.378.365 0,05 0,43 3.228.145 0,13 -

Reserva de Avaliação Patrimonial 1.639.901 0,06 1,02 1.613.312 0,06 -

Participação de não controladores 62.952 0,00 1,22 51.668 0,00 -

Fonte: Adaptado de DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANUAIS COMPLETAS_2015.

ATIVO

PASSIVO

BALANÇO PATRIMONIAL

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O volume de disponível é muito pequeno, apenas 4% do ativo está disponível para

cobrir obrigações imediatas. Apesar de ter ocorrido um aumento de 134% em relação

ao exercício anterior.

No passivo as obrigações de curto prazo representam apenas 10%, sendo 5%

correspondente a empréstimos. Em contrapartida, no passivo não circulante 42%

reflete empréstimos de longo prazo.

O endividamento com terceiros está no limite aceitável que é de 60%.

Gráfico 04: Análise Horizontal e Vertical da Demonstração do Resultado

Houve um crescimento de 42% do faturamento e o custo do produto vendido reduziu

se comparado com o custo do exercício anterior, o que colaborou para um Lucro Bruto

superior ao ano de 2014 de 173%.

Apesar do crescimento das receitas, as despesas com variações cambiais sobre

empréstimos e despesas financeiras sofreram um aumento exorbitante, resultando

em acréscimo de despesa financeira de 125% o que consumiu praticamente toda

receita obtida no período.

EMPRESA: Fibria Celulose S/A

(Em milhares de reais)

31/12/2015 AV AH 31/12/2014 AV AH

Receita Líquida de Vendas 10.080.667 100,0% 1,42 7.083.603 100,0% -

(-) Custo Prod. Vendido - CPV 5.878.209 58,3% 1,06 5.545.537 78,3% -

(=) Lucro Bruto 4.202.458 41,7% 2,73 1.538.066 21,7% -

(-) Despesas Operacionais 4.363.399 43,3% 2,88 1.516.176 21,4% -

Gerais e Administrativas 702.481 7,0% 1,11 630.913 8,9% -

Despesas e (Receitas) Financeiras 3.685.265 36,6% 2,25 1.634.725 23,1% -

Demais Desepsas (Receitas) (24.347) -0,2% 0,03 (749.462) -10,6% -

(=) Lucro Operacional (160.941) -1,6% (7,35) 21.890 0,3% -

(+/-) Resultado não Operacional - 0,0% - - 0,0% -

(=) Lucro Líquido antes do IR (160.941) -1,6% (7,35) 21.890 0,3% -

(-) Provisão para o IR (517.926) -5,1% 3,68 (140.662) -2,0% -

(=) Lucro Líquido após o IR 356.985 3,5% 2,20 162.552 2,3% -

(-) Distribuição de JCP - 0,0% - - 0,0% -

(=) Lucro Líquido do Período 356.985 3,5% 2,20 162.552 2,3% -

Fonte: Adaptado de DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ANUAIS COMPLETAS_2015.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

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Gráfico 05: Índices

EMPRESA: Fibria Celulose S/A

ÍNDICES ECONÔMICOS E FINANCEIROS

31/12/2015 31/12/2014

Estrutura

Nível de Endividamento 129,7% 75,1%

Composição do Endividamento 17,8% 19,1%

Imobilização do Patrimônio Líquido 142,0% 120,4%

Liquidez

Liquidez Geral 0,7 0,7

Liquidez Corrente 1,8 1,6

Liquidez Seca 1,3 11,6

Liquidez Imediata 0,4 0,2

Rentabilidade

Margem de Lucro Líquido 0,04 0,02

Margem de Lucro Operacional (0,02) 0,00

Margem de Lucro Bruto 0,42 0,22

Prazos Médios, Giro de Estoque e Giro do Ativo Total

Giro de Estoque 3,74 4,48

Prazo Médio de Recebimento de Vendas 26,5 27,4

Prazo Médio de Pagamento de Compras 28,3 36,5

Giro do Ativo Total 0,34 0,28

Fonte: Elaborado pelo autor (2016)

3.1 – NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO

De acordo com os índices descritos no gráfico 3, no ano de 2015 foi possível identificar

que para cada R$ 1,00 de capital próprio a empresa adquiriu R$ 1,29 de empréstimos,

entretanto a composição do endividamento curto prazo está adequada, pois está

baixa, representando apenas 17,8%.

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Em contrapartida, o patrimônio líquido foi totalmente absorvido para aquisições de

ativo imobilizado e intangível sendo necessário 42% de recursos de terceiros para

complementação dos recursos gastos.

3.2 – ÍNDICES DE LIQUIDEZ

A empresa analisada possui capacidade para saldar as suas obrigações de curto

prazo, mesmo sem a necessidade de liquidar o seu saldo em estoque para gerar

recursos financeiros.

No entanto, se observarmos o índice da liquidez imediata que considerando a hipótese

de que todo passivo circulante da empresa vença no primeiro dia útil seguinte à data

de encerramento do balanço, a empresa estará com ativo descoberto, pois para cada

R$ 1,00 de dívida, a mesma possui apenas R$ 0,40 disponível. De igual modo ocorre

com a liquidez geral, em que a empresa possui apenas R$ 0,70 disponíveis.

3.3 – ÍNDICES DE RENTABILIDADE

Os índices de rentabilidade apresentados são baixos, porém a margem de lucro bruto

tem crescimento significativa passando de 0,22 em 2014 para 0,42 em 2015, porém a

margem de lucro operacional teve uma queda de -0,02 e isso ocorreu devido qual

crescimento da despesa financeira em 2015. Em seguida temos a margem liquida que

é calculado pelo lucro líquido que por sua vez leve um pequeno crescimento de 0,06

comparando com a margem de lucro operacional e ocorreu devido ao crescimento da

provisão do imposto de renda e contribuição social diferido.

3.4 – ÍNDICES DE ATIVIDADE

Os índices recebimento e pagamento estão muito próximos, o prazo para pagamento

reduziu em oito dias o prazo comparado o ano de 2014 para 2015. Em compensação

o prazo para recebimento permaneceu praticamente inalterado.

O giro do ativo total varia em média 0,31 o que não é ideal porque o índice está muito

baixo. O giro de estoque reduziu em cerca de 1 ano, passando de 4,48 para 3,74.

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34

4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do presente trabalho, identificou-se que a contabilidade gerencial é uma

grande aliada no processo de tomada de decisão. Nesse sentido, foi observado que

ela está diretamente ligada ao planejamento e controle de uma organização, como

instrumento de administração para os gestores, visando ajudar uma empresa a ficar

sob controle, identificando quando o processo está fora do controle, com o objetivo de

planejar e melhorar a qualidade das operações reduzindo os custos operacionais.

A pesquisa ainda demonstrou vários índices para que o gestor tenha um maior

conhecimento de sua empresa. Com a intensa concorrência e com o mercado em

constantes mudanças esses empreendedores não podem tomar decisões baseadas

apenas em suas experiências, necessitam de informações claras para não

comprometer o sucesso da empresa. Desse modo, o gestor deve utilizar as

informações contábeis para controlar e gerir melhor o seu empreendimento.

A pesquisa também demonstrou que as Demonstrações contábeis são de suma

importância para os controles gerenciais. Uma demonstração importante para que o

proprietário saiba quanto gerou de lucro em seu negócio é a DR (Demonstração do

Resultado), ferramenta essencial para adquirir informações reais de suas receitas e

despesas. O Balanço Patrimonial é outra ferramenta que proporciona ao gestor uma

percepção geral de sua empresa. Com essa demonstração, o gestor poderá verificar

os valores a receber, o estoque, o caixa, os fornecedores, os impostos a pagar, o

imobilizado e outras contas, que geram dados proveitosos para projetar estratégias

que vão favorecer e direcionar o alcance dos resultados almejados.

Neste sentido, esta pesquisa tentou demonstrar através dos vários índices, uma gama

de informações relevantes para que o empresário compreenda e utilize a

contabilidade gerencial, considerando, de forma correta, a veracidade e a

necessidade de seu empreendimento para acrescentar valor ao processo decisório,

de forma que o uso destas informações como instrumento de gestão possibilite às

empresas a oportunidade de resultados mais precisos e confiáveis, garantindo o

sucesso desejado.

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