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INTRODUÇÃO AO TURISMO As Origens: Mobilidade, Viagem e turismo Grand Tour, surge no séc. XVII-XVIII e foi os inícios do turismo. Este fenómeno surge na europa, nomeadamente na Inglaterra; Era feito por classes sociais mais altas, como os Aristocratas, especialmente por jovens com processos educativos elevados; Estes começam a viajar com o intuito de visitar as grandes cidades europeias e os seus monumentos, como forma de reforçarem a sua educação; Este fenómeno servia também para os jovens aprenderem outras línguas, obras e para conviverem com as outras cortes, tendo também a vertente da diversão; “Grand Tour”, porque era uma viagem grande que demorava muito tempo, onde esses jovens se alojavam em pequenas estalagens ou casas de familiares ou amigos; Esta expressão acabou por se consagrar por turismo, pois as pessoas passam a deslocar-se com a motivação de conhecer e ver e também por possuírem algum dinheiro; Final do séc.XVIII e ínicio do séc. XIX, dá-se a revolução industrial, o desenvolvimento tecnológico e dos transportes, o progresso da ciência e também um desenvolvimento económico; Tudo isto leva a alterações no estilo de vida que suscitem cada vez mais o interesse de viajar nas pessoas, através da literatura e dos registos de viagem, onde surge a expressão “turista”; Com as guerras napoleónicas, o turismo que se encontra em crescimento sofre uma queda e abranda durante esse tempo. Retomando a sua ascensão com o fim das guerras. Elitismo, selectividade e distinção A partir do séc. XIX, a expressão turista e turismo já está desenvolvida, começando a existir: Ressurgimento das estâncias termais (experiências vividas em família); Desenvolvimento de estâncias balneares (Nice, Hyéres) e de montanha (Alpes); Surgimento de grandes hotéis; Surge a ideia de organizar viagens; Turismo geralmente elitista; Oferta de viagens organizadas; Turismo deixa de ser tão elitista, começando a alargar-se a outras pessoas e classes sociais, pois as viagens ficam mais baratas e as pessoas têm mais tempo livre.

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INTRODUÇÃO AO TURISMO

As Origens: Mobilidade, Viagem e turismo

Grand Tour, surge no séc. XVII-XVIII e foi os inícios do turismo. Este fenómeno

surge na europa, nomeadamente na Inglaterra;

Era feito por classes sociais mais altas, como os Aristocratas, especialmente por

jovens com processos educativos elevados;

Estes começam a viajar com o intuito de visitar as grandes cidades europeias e os

seus monumentos, como forma de reforçarem a sua educação;

Este fenómeno servia também para os jovens aprenderem outras línguas, obras e

para conviverem com as outras cortes, tendo também a vertente da diversão;

“Grand Tour”, porque era uma viagem grande que demorava muito tempo, onde

esses jovens se alojavam em pequenas estalagens ou casas de familiares ou

amigos;

Esta expressão acabou por se consagrar por turismo, pois as pessoas passam a

deslocar-se com a motivação de conhecer e ver e também por possuírem algum

dinheiro;

Final do séc.XVIII e ínicio do séc. XIX, dá-se a revolução industrial, o

desenvolvimento tecnológico e dos transportes, o progresso da ciência e também

um desenvolvimento económico;

Tudo isto leva a alterações no estilo de vida que suscitem cada vez mais o interesse

de viajar nas pessoas, através da literatura e dos registos de viagem, onde surge a

expressão “turista”;

Com as guerras napoleónicas, o turismo que se encontra em crescimento sofre

uma queda e abranda durante esse tempo. Retomando a sua ascensão com o fim

das guerras.

Elitismo, selectividade e distinção

A partir do séc. XIX, a expressão turista e turismo já está desenvolvida, começando a

existir:

Ressurgimento das estâncias termais (experiências vividas em família);

Desenvolvimento de estâncias balneares (Nice, Hyéres) e de montanha (Alpes);

Surgimento de grandes hotéis;

Surge a ideia de organizar viagens;

Turismo geralmente elitista;

Oferta de viagens organizadas;

Turismo deixa de ser tão elitista, começando a alargar-se a outras pessoas e classes

sociais, pois as viagens ficam mais baratas e as pessoas têm mais tempo livre.

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Crescente importância do lazer e do turismo

Início do séc. XX:

Reivindicações socias e laborais: direito ao lazer. As reivindicações e a conquista

das folgas, redução dos horários e férias pagas, fazem crescer o turismo em grande

escala até aos dias de hoje;

Reconhecimento da importância social e económica do turismo (Ex: Sociedade das

Nações, 1920): o turismo torna-se fonte de riqueza e desenvolvimento de países;

Desenvolvimento dos transportes (Ex: automóvel, avião, comboio);

II Guerra Mundial: estagnação do turismo.

Turismo como fenómeno do pós-guerra

Com o fim da II Guerra Mundial, o turismo começa a crescer de uma forma

bastante rápida e progressiva. Em 1948 nasce o direito de repouso e lazer, limitação da

duração do trabalho e férias pagas, o que permitiu o crescimento do turismo.

Boom Turístico: “Democratização” e “Massificação”

Desenvolvimento da indústria automóvel e da aviação comercial;

Políticas para o turismo;

Grandes empresas e redes comerciais;

O produto Sol e Mar (3 S’s – Sun, Sea and Sand);

Concentração turística.

Quer do lado dos consumidores quer do lado da oferta houve grandes transformações.

Antigamente quem era turista eram as pessoas que não trabalhavam, sendo que isso tenha

mudado ao longo dos tempos.

Mais tempo livre

Mais poder de compra Procura conquista

Direito ao lazer, férias, diversão

Novos hotéis e restaurantes Novas formas de organizar viagens Oferta conquistada Estado invente na área turística:

Melhorar os recursos à existência Fazer publicidade Preservação do espaço Boas infra-estruturas

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Deve renovar-se os produtos

Século XX

Mais ofertas, mais instituições públicas interessadas na área turística, mais

consumidores e preços reduzidos.

Democratização – Actividades acessíveis a um leque mais diversificado de pessoas.

1. Massificação – Associado ao turismo balnear, caracteriza-se pela deslocação de

pessoas para passar férias na praia, sobrelotando os lugares com o excesso de

pessoas, vou todo o público de dirige ao mesmo sítio, havendo uma sobrecarga dos

recursos.

Houve um crescente aumento económico, os filmes começaram a mostrar as estrelas

de cinema com a pele bronzeada, o que faz com que surja a ideia de que o sol faz bem à

pele e toda a gente quer ir para a praia para se poder bronzear. Tudo isto se torna no

símbolo de uma nova sociedade (anos 60).

Massificação = Turismo de Massas= Concentração

Num espaço

Utilização exaustiva dos espaços/recursos

Temporais (mesma zona, mesmo altura do ano)

Empresarial (reduzido nº de empresas a operar no

sentido turístico; grandes cadeias)

Companhias aéreas

Anos 70:

1973 – “Crise ou choque do petróleo” – Crise no Turismo Internacional –

Turismo Interno adquire mais expressão e importância.

Pela 1ª vez surge a consciência ambiental – impactos negativos da actividade

turística.

Destino dos Produtos:

Ciclo dos destinos turísticos

Explorado pelos pioneiros aumento de mais pessoas crescimento

alarmante

Entra-se num período de declínio, ou se revitaliza as ofertas aos consumidores ou o

destino acaba por entrar em declínio.

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Surgem então questões de ordenamento do território e diversos problemas:

Ambientais (exploração intensiva dos recursos e poluição);

Aumento do stress;

Sazonalidade (hotéis – em pique apenas numa altura do ano, restaurantes e

aeroportos);

Preços mais elevados nas épocas de maior procura, o que exige uma maior

qualidade dos serviços e dos locais e por sua vez recursos humanos mais

qualificados;

As comunidades de acolhimento, ou seja, as pessoas que vivem num determinado

local e se deparam com uma grande vaga de turistas a determinada altura do ano;

A degradação comercial – urge no comércio pois os proprietários podem vender os

produtos mais caros nessas alturas do ano fazendo aumentar os preços

artificialmente, acabando por prejudicar a população que vive nesse local devido

aos preços praticados.

Anos 80:

Conferência de Manila (1980) = discutia-se as questões do turismo

Consideração dos factores e efeitos políticos, sociais, económicos, educacionais,

culturais e ambientais.

1. Desenvolvimento planificado da optimização dos recursos;

2. Integração da população;

3. Diferenciação da oferta (novos tipos de ofertas, multiplicação de novos tipos de

turismo), férias activas;

4. Turismo interno.

Turismo alternativo: tentar ser sempre um modelo em que não temos grande

concentração de empresas, pessoas, sem problemas com as questões de sazonalidade.

Permite ir para os mesmos locais mas diversificar as ofertas (praia, golfe, natureza,

cultura, etc). Cada vez mais as empresas têm de ser mais criativas porque os clientes estão

cada vez mais exigentes.

Anos 90:

Evolução dos meios de transporte (aviões e navios com maior capacidade).

Voos de baixo custo – companhias low cost.

Formação de grandes grupos empresariais.

Desenvolvimento das TIC.

Diversificação da Oferta.

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História do Turismo em Portugal

INÍCIO DO SÉC. XIX:

Não existia a prática de viajar.

METADE DO SÉC. XIX:

Termalismo e turismo balnear terapêutico:

Alguns locais começam a ser frequentados por famílias ricas;

Algumas termas começam a ficar conhecidas e surgem os primeiros hotéis;

Aparecimento das zonas balneares;

FIM DO SÉC. XIX – INÍCIO DO SÉC. XX:

Começa a desenvolver-se a actividade turística em Portugal;

Famílias começaram a comprar casas turísticas nas novas zonas que começaram a

crescer com na actividade turística;

Começam a surgir alguns hotéis mas muito insuficientes devido à economia, não

existia pessoas para frequentar esses sítios devido a economia existente;

Dívida externa;

Domínio da monarquia;

Má imagem perante o exterior;

Emigração;

Atraso dos meios de transporte;

Desenvolvimento apenas além Pirenéus;

FACTORES QUE FAVORECEM O DESENVOLVIMENTO:

Condições naturais.

Condições climatéricas.

História, tradições, monumentos, …

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Inovação da república

No início do séc. 20, a maior parte dos turistas concentrava-se na Europa.

Na primeira fase do séc. 20, quando se implementa a 1º república, os republicanos

identificam o problema de Portugal e tentam desenvolve-lo sem sucesso, pois Portugal

encontrava-se ainda muito pouco desenvolvido.

Os governantes tinham como objectivo modernizar Portugal e torna-lo um país mais

sofisticado a nível cultural, nível económico e industrial como o Reino unido, a França, etc.

É então criado o ministério do fomento dirigido especificamente para o turismo, de forma

a tornar Portugal um país de turismo, tentando trazer as elites europeias a Portugal, não

só para trazer dinheiro ao pais mas também nome e um alargamento da cultura.

O destino Fátima aparece na altura da 1º república, começa a ser visitado por

crentes e peregrinos. Surge o turismo de massas por muita gente viajava para Fátima.

Nasce o turismo religioso com as aparições.

A viragem da monarquia para a 1º república em Portugal, implica a tomada de

consciência que o turismo em Portugal poderia ser benéfico e poderia trazer vantagens

para Portugal, como a aposta na de criação de vários empreendimentos turísticos, por

ventura algumas estâncias turísticas iguais às que existiam nos mais desenvolvidos da

Europa, fazendo com que Portugal deixa-se de ser o país pobre, pouco desenvolvido e

agrícola. Esta aposta ficou estagnada durante uns anos, devido a 1º Guerra Mundial.

O turismo no estado novo: de propaganda do regime a actividade estratégica

1º Fase do estado novo

- 1930 – António ferro foi uma das figuras principais desta época pois era considerado um

intelectual da época. Salazar convidou-o para participar no secretariado.

- Secretariado de Propaganda Nacional (SPN) 1933 – um dos principais órgãos do

estado português, sendo um dos elementos fundamentais para o estado de ditadura. As

actividades ligadas ao turismo estão ligadas a este secretariado, salientando Portugal

como conservador, uma forte nação, a cultura tradicional portuguesa, passando assim da

mensagem de um pais sofisticado, que Portugal tentava passar para o estrangeiro na 1º

república, para a mensagem de que Portugal é um pais pitoresco e tradicional, dedicado a

agricultura. Esta mensagem não foi bem passada aos turistas estrangeiros, pois um

Portugal atrasado e tradicional não eram os ideias turísticos das elites, mas devido ao

facto de Portugal estar a viver uma ditadura, a ideia era fazer propaganda no estrangeiro

mas aumentar o turismo interno, fazendo com que os portugueses tivessem orgulho num

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Portugal mais rural, agrícola e tradicional, tornando-se assim um Portugal ainda mais

Português. Apesar de parecer uma estratégia turística, o objectivo do governo era fazer

propaganda aos residentes de um Portugal atrasado. É também criado o museu de Arte

Popular.

- Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho (FNAT), 1935 – tinha como objectivo

fazer propaganda ao estado, através de dias dados aos trabalhadores onde podiam. Os

seus objectivos eram: ocupar o tempo livre dos trabalhadores, criar colónias para férias e

criar cursos e actividades desportivas.

Anos 60: turismo como actividade estratégica

Guerra colonial, emigração;

II Plano de Fomento (1968-73)

- Turismo é sector estratégico do crescimento;

- Concentração turística: Algarve, Madeira, Tróia (e Lisboa);

- Desregulamentação do nº de camas.

Salazar muda a sua estratégia, e decide apostar no turismo, pois Portugal

encontrava-se na guerra colonial e o sector do turismo era um sector que podia trazer

riqueza ao país e aos cofres do estado e serviria também para manter Portugal na guerra.

Os portugueses emigraram para outros países da Europa em buscar de melhores

condições de vida e para fugir a guerra colonial. Nos anos 60 volta-se a olhar para o

turismo como um sector potencial em Portugal.

A “Pérola” Algarve

Entradas de estrangeiros em Portugal:

1958: +/- 250 mil visitantes

1964: +/- 1 milhão

1968: +/- 2,5 milhões

1973: +/- 4 milhões

Nesta altura, quando chegamos ao 25 Abril, o Algarve era um dos destinos balneares

mais procurados da Europa. O estado viu-se obrigado a aceitar que este sector era bom

para o desenvolvimento do país.

Nos anos 60, Portugal integra-se como sendo também um destino com muita gente,

e havia menos emigrantes a sair. Começou a ser mais frequente ter famílias portuguesas a

passar férias no Algarve.

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O turismo no contexto da democracia

Após um período de instabilidade… entrada de Portugal na CEE (1986)

Turismo como estratégia de: desenvolvimento social e económico, ordenamento

do território, defesa do património;

Novos sistemas de incentivo estatais;

Formação profissional e qualificação da oferta;

Turismo Interno (Vá para fora cá dentro, 1993);

Mega eventos;

Nos anos 80/90, Portugal, que já se encontrava na União Europeia, relativamente à

estratégia de Turismo começou a ter novos planos para esta área, como o Plano Nacional

do Turismo (o turismo é bom para o desenvolvimento económico e social do país), porém

é necessário ter em atenção o ordenamento do território e a defesa do património.

Em alguns locais diz-se que a defesa do património é garantir que esse património

possa continuar a ser explorado de fora natural.

Deu-se a inauguração das escolas como a ESHTE (esta é de 1991, com cursos em

1992) e para tal quis-se apostar na formação profissional de quem estava na área.

Expo 98, Lisboa Capital Europeia da Cultura, Euro 2004, foram megaeventos

dinamizados pelo estado para atrair mais pessoas para o país.

PENT

Turismo de Portugal – é um instituto público. É uma entidade que gere todas as

áreas ligadas ao turismo. Ex: jogos, hotéis, incentivos, promoção turística.

Uma das grandes políticas ambientais foi o lançamento do PENT que contém 10

produtos estratégicos (Sol e Mar, Touring Cultural e Paisagístico, City Breaks, Turismo de

Negócios (NICE), Turismo de Natureza, Turismo Náutico, Saúde e bem-estar, Golfe, Resorts

e Gastronomia e Vinhos)

Viagens incentivo – empresas que organizam uma viagem aos seus colaboradores mais

qualificados, dando um incentivo adicional aos seus trabalhadores para fortalecerem as

relações entre eles e se tornarem mais unidos e proporcionando bons momentos de lazer

para incentivar a uma melhor produção no trabalho, lealdade para com a empresa,

comunicação e interacção social entre os trabalhadores.

Teambuilding – actividades que geram e aumentam o espirito de equipa, à base de jogos

de confiança.

Turismo residencial – dinamiza a economia local, promove a zona e promove para fora;

combate a sazonalidade; quem faz este tipo de turismo tem muito dinheiro, logo, ficam cá

mais tempo.

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DEFININDO O TURISMO

CONCEITOS (perspectiva técnico-operacional)

VISITANTES

- Todo o viajante que realiza uma viagem a um destino situado fora do seu ambiente

habitual, durante um período inferior a 1 ano, por um motivo que não seja o de exceder

uma actividade remunerada no local visitado.

VISITANTE DO DIA (EXCURSIONISTA)

- Todo o visitante que não passa a noite no local visitado (não são considerados os

passageiros em trânsito)

TURISTA

- Todo o visitante que passa pelo menos uma noite num estabelecimento de alojamento

colectivo ou num alojamento privado no local visitado.

Viajante

(todo aquele que se desloca)

Visitante

Turista Visitante do

Dia/Excursionista

Outros Viajantes

(emigrantes, refugiados de

guerra)

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FACTORES DE DELIMITAÇÃO

Motivos

- Exclui actividade remunerada (ver origem do pagamento)

Duração da Viagem

- Duração máxima

Utilização dos meios de alojamento

- Duração da permanência

Origem

- Residência habitual/ambiente habitual

Território visitado

- Inclui turismo interno

Turista é um viajante…

Temporário

Voluntário

Que regressa à residência principal

Que faz uma viagem relativamente longa

Que está numa viagem não recorrente

Que viaja com propósitos não instrumentais

Que busca novidade e mudança

CLASSIFICAÇÕES DE TURISMO

Origem dos visitantes

- Doméstico ou Interno

- Receptor (Inbound)

-Emissor (Outbound)

Conjugando estes tipos de turismo…

- Turismo Interior (interno + receptor)

- Turismo Nacional (interno + emissor)

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Turismo doméstico e Portugal como país receptor e emissor

O turismo doméstico em Portugal tem vindo a crescer significativamente. Por volta

de 2001, 2002 e 20003 Portugal teve menos turistas estrangeiros. Isto deveu-se ao

terrorismo, com o 11 de Setembro. Outra influência nesta diminuição do número de

turistas a nível mundial foi a gripe das aves, tanto para turismo emissor como receptor.

Actualmente Portugal está a ganhar a tendência de turismo receptor, mas dada a

crise que se faz sentir não sabemos como irá continuar. Apesar de tudo continuamos a

receber um elevado número de turistas. A nossa capacidade a nível de turismo nacional

está actualmente em decréscimo fruto à crise.

Somos essencialmente um país emissor, vêm mais turistas para o nosso país. A

Alemanha é um país que se assume efectivamente como um país emissor. O Brasil é um

país mais receptor. A França é um país equilibrado, é muito forte a nível de receptor mas

como é um grande destino a nível mundial também envia muitos turistas para o

estrangeiro.

O turismo internacional, segundo o Licínio, há-de ser o turismo receptor e emissor.

Porém há um problema lógico. Quantifica-se os turismos internacionais quantificando-se

apenas um aspecto, normalmente é o receptor. No turismo internacional, o número de

turistas emissor é menor ao número de turistas receptor, pois um país emite 1 turista, por

ex, mas esse turista é recebido em mais do que um país. Sempre que saio do meu país sou

sempre contabilizado, mesmo que no mesmo ano saia 2 vezes. Conta a sua condição de

visitante.

Turismo doméstico ou interno - resulta das deslocações dos residentes de um país, quer

tenham ou não a nacionalidade desse país, unicamente no interior do próprio país: os

residentes em Portugal que se desloca dentro das fronteiras do país.

Turismo receptor – abrange as viagens a um país por residentes noutro ou noutros

países, independentemente da nacionalidade que possuírem: inclui todas as visitas que os

residentes no estrangeiro efectuam em Portugal.

Turismo emissor – é o turismo que respeita às viagens dos residentes num dado país a

outro ou outros países: abrange as visitas que, todos quantos residem em Portugal,

efectuam a qualquer país estrangeiro.

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CLASSIFICAÇÕES DO TURISMO

De acordo com a…

Repercussões na balança de pagamentos

Turismo activo: quando dá origem a uma entrada de divisas.

Turismo passivo: quando dá origem a uma saída de divisas.

Duração da visita

Turismo de passagem: resulta das viagens realizadas apenas pelo período

de tempo necessário para se alcançar uma outra localidade ou país

objectivo da viagem.

Turismo de permanência: é o realizado numa localidade ou num país,

objectivo da viagem, por um período de tempo variável ma que é superior

ao tempo que o visitante permanece em qualquer outro local ou país

visitado durante a viagem (destino principal).

Organização da visita

Turismo individual: são as pessoas que, segundo os seus gostos

individuais ou do grupo que integram, determinam livremente a viagem.

Turismo de grupo (organizado): quando os participantes na viagem se

limitam a adquirir uma viagem previamente fixada que engloba, por via de

regra, o transporte, a transferência do aeroporto, o meio de alojamento

oferecido, visitas e algumas ou todas as refeições. A data de partida e

chegada bem como o itinerário são fixados e não podem ser alterados à

vontade do participante da viagem.

Natureza dos recursos turísticos consumidos

Outros aspectos (alvo de análise teórica)

Balança de pagamentos

A nossa balança de pagamentos é activa e positiva. O PIB que é gerado em Portugal

advém do Turismo. Nem tudo que vem do turismo entra na balança de pagamentos

porque existe turismo doméstico, pois é dinheiro gasto pelos residentes em Portugal.

A balança de pagamentos mede o fluxo de dinheiro internacional. Se um país tivesse

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apenas um turismo interno iria ter uma balança de pagamentos a zeros. A balança só conta

a entrada e saída de divisas.

Em relação a organização da visita quando se trata de organizadas não se trata

apenas de uma pessoa, mas sim de viagens que são todas elas organizadas por um

operador ou uma agência que por um preço fixo, vive uma determinada experiência. São

tipicamente associadas e dirigidas a um público mais idoso, com menos experiência de

viagens.

As viagens organizadas foram a base da expansão do turismo. As vantagens desta

modalidade individual, é que é muito mais flexível e uma das razões pelas quais as pessoas

fazem cada vez mais viagens individuais é a resistência a venda de pacotes com serviços, o

que não permite as pessoas fazer a sua viagem a sua maneira e sim restringir-se aos

programas do pacote. Cada vez é mais frequente as pessoas decidirem por si só e

organizarem as suas viagens, ou apoiando-se nas agências apenas só para a compra da

estadia e do voo.

As razões deste aumento são: o facto de haver mais turistas com experiência em

viagens, turistas com mais escolaridade e com um maior domínio de línguas estrangeiras e

o principal factor, a internet, que permite as pessoas ter uma maior informação sobre o

local que pretende visitar, de forma rápida e segura e a possibilidade de fazer tudo online

e por si só.

Turismo Livre e Condicionado

No turismo livre cada um pode ir para onde quer, sem problemas. Turismo

condicionado tem condicionantes, como por exemplo, o Chipre e a Coreia do Norte, que

condicionam os turistas, pois impõem alguns entraves. Outras formas de condicionamento

é o controlo de efeitos prejudiciais que o turismo livre pode trazer, como por exemplo, as

ilhas Galapagos, do Equador, pois se lá quisermos ir existe uma restrição de acesso, as

pessoas têm que ficar em lista de espera porque só podem entrar um certo nº de

visitantes. Outro exemplo é Machu Pichu, a sua atracção é tal que para preservar o

património, começam a desenvolver-se condicionantes, como o pedido de uma taxa

adicional. Condicionamentos de carácter político (Coreia), turismo sustentável e outros

que não são decretados por lei, mas que condicionam, como a moeda ser diferente, os

turistas só poderem ir com viagens organizadas, etc.

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Turismo enquanto sistema

Turismo surge como objecto de estudo de várias disciplinas e não de uma só

disciplina.

SISTEMA FUNCIONAL DO TURISMO

Procura Subsistema sujeito (Visitante)

Oferta Subsistema Objecto

Promoção e Informação Transportes

Destino: Localidades Turísticas

Organizações Turísticas Empresas e serviços turísticos

Destinos: são constituídos pelas localidades turísticas que dispõem de atracções

susceptíveis de originarem a deslocação das pessoas mas que implicam uma intervenção

humana para proporcionar a máxima satisfação dos visitantes.

Transportes: são a componente do sistema que garante a ligação entre a residência e o

local do destino, constituindo um subsistema complexo que integra as vias e os meios de

transportes, as instalações e equipamentos nos locais de partida e de chega bem como as

estruturas organizativas.

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Promoção e informação: formada pelo conjunto de actividades, iniciativas e acções que,

por um lado, influenciam as pessoas a tomar decisões sobre as viagens e, por outro, lhes

proporcionam os conhecimentos para obter a máxima satisfação das suas viagens.

Empresas e serviços turísticos: constituem, sob o ponto de vista económico, a mais

importante componente funcional do sistema e inclui a parte fundamental da produção

turística: prestação de alojamento, alimentação, distribuição, diversões, ocupação de

tempos livres e outros serviços.

Organizações: conjunto de áreas de responsabilidade que visam garantir o

funcionamento do sistema, são formadas pelos serviços do estado, autarquias, organismos

públicos locais e associações profissionais. O grau da sua intervenção e a importância que

assumem depende dos regimes políticos e da forma de organização das sociedades.

Num sistema existe troca de algo, em que esse algo funciona como um todo; todos

levam a uma só finalidade.

Para que o turista venha usufruir das empresas e serviços turísticos no local

escolhido tem de haver transportes, por sua vez, para se saber da existência desse local é

necessário haver uma promoção e informação turística, que é feita através das

organizações turísticas.

Ou seja, todas as componentes dependem umas das outras, para os turistas

poderem visitar o destino, caso uma falhe as outras todas não vão conseguir trabalhar de

forma eficiente, fazendo com que todas estejam dependentes e ligadas entre si.

Devemos pensar no Turismo como um sistema e quando quisermos descrever um

processo numa determinada região é necessário dizer o que se passou nas componentes.

Está associado ao que achamos do Turismo e de imaginar o que pode acontecer no futuro.

Por exemplo, se alguma não funcionar como deve de ser, vai-se evidenciar nas outras.

As organizações são muito importantes em todo o sistema, regulam o sistema todo.

Não oferece directamente nada para ser consumido pelos turistas, mas sim regulamentam

e asseguram as condições do mesmo.

A OMT aconselha os diferentes países a tomarem determinado tipo de orientações.

Foi importante para dar a conhecer os efeitos nocivos que o turismo pode provocar.

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SISTEMA DE INTER-RELAÇÕES DO TURISMO

Económico Social Ambiental Político

Tecnológico Sistema Turístico Institucional/Jurídico

Cientifico/Educativo Sanitário Cultural

Cada um dos sistemas considerados não só influencia fortemente o sistema

funcional do turismo como também é influenciado pelo turismo o que nos permite

determinar a importância que cada um deles tem para este e vice-versa.

Assim o turismo influencia o sistema económico, na medida em que cria riqueza e

emprego, permitindo alcançar objectivos de desenvolvimento económico e dinamizar

outras actividades económicas: os consumos dos turistas durante as viagens que dão

origem a actividades produtivas que aumentam a produção e o emprego.

O sistema social é aquele que determina as vocações, os desejos, as atitudes e os

comportamentos dos grupos sociais que constituem o elemento básico da tendência a

viajar, ou seja, da tendência ou da disposição das pessoas para a viagem que origina os

fluxos turísticos. Mas o turismo é, ele próprio, um fenómeno social que influencia os

comportamentos colectivos e provoca o intercâmbio de valores.

O progresso tecnológico é um dos principais factores de desenvolvimento do

turismo, especialmente no que respeita aos transportes e às tecnologias da informação,

que estimulam e propiciam as viagens e a sua organização para todos os destinos, por

mais longínquos que sejam.

Os sistemas políticos oferecem uma ampla gama de influências que, de modo

mais ou menos decisivo, determinam o aumento ou a diminuição das viagens. O grau de

liberdade individual, os sistemas políticos e as suas alternativas ao poder, a estabilidade

política e a ordem pública, o controlo e os estímulos ao turismo são fundamentais não só

para a decisão da viagem mas também para a adopção de uma política geral de apoio à

expansão do turismo.

O sistema ambiental, é em grande medida o fundamento da actividade turística

não só porque constituem o principal factor de atracção no caso em que se trata de

espaços naturais atraentes, preservados e equilibrados, mas também porque quando o

homem vive em ambientes adversos (grandes centros urbanos e poluídos) sente-se

impulsionado a deslocar-se para reencontro com a natureza.

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O sistema jurídico/institucional favorece ou prejudica o desenvolvimento do

turismo consoante facilite, ou não, a livre iniciativa e a limite, ou não, ou garanta as

condições jurídicas que permitam um funcionamento equilibrado do sistema.

O sistema cultural foi desde sempre um dos mais importantes factores de

desenvolvimento do turismo e torna-se, cada vez mais, acentuado: grande parte das

viagens realizam-se para destinos que dispõem de factores culturais notáveis, tais como os

locais históricos, monumentos, centros arqueológicos, centros de peregrinação,

concentrações de carácter étnico e muitos outros. Alguns destes factores podem ser

criados artificialmente mas outros, por outro lado, estão profundamente ligados aos locais

onde se desenvolveram.

O sistema sanitário influencia e é influenciado pelo turismo. Influencia o turismo

favorecendo as viagens, quando existam condições sanitárias que garantam assistência

médica, ou prejudicando a realização de viagens, no caso da existência de epidemias,

pragas ou doenças endémicas. O turismo pode, pelo contrário, ser um propagador de

doenças e contribuir para o agravamento das condições sanitárias.

Por fim, o sistema educativo e científico, que está ligado aos conhecimentos e à

sua transmissão e que, por um lado, garante o desenvolvimento de aptidões pessoais para

compreender o fenómeno turístico, introduzir a inovação e a criatividade, e por outro,

ajudas as populações a tirar maior e melhor proveito do desenvolvimento do turimo.

GRANDES COMPONENTES DA ORFERTA TURÍSTICA

É necessário haver várias componentes da oferta turística para que um

determinado destino seja consumido. Ou seja, para além de termos um hotel podemos ter

diversas actividades que vão complementar a estadia do cliente.

Recursos naturais

Recursos culturais

Actividades recreativas e de animação (desportos radicais, campeonatos) Alojamento Restauração e bebidas Serviços de informação/acolhimento (postos turismo, info prestada pelos guias e nos postos, guias de áudio) Transportes e acessibilidades Infra-estruturas básicas e de apoio (água, electricidade, segurança)

Primária

Secundária

H O S P I T A L I D A D E

Atracções

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As componentes secundárias valorizam as primárias. As pessoas procuram,

primeiramente as primárias, porém para complementar a sua estadia vão existir as

secundárias.

A oferta primária só se consolida, no âmbito do turismo, se houver as actividades

secundárias. As primárias são, praticamente, do estado, não são pagas, só nas actividades

de complementaridade é que são pagas e dão dinheiro à região. O Turismo só é sustentável

se for mantido o bom estado dos recursos primários.

Porém, existem destinos que são conhecidos e atractivos, não pelos recursos

primários, mas sim pelos secundários. Alguns locais que não teriam potencialidade

turística vivem das atracções; atracções que são formas de recreação que se transformam

elas próprias num atractivo. Exemplo: Paredes de Coura ou RIR, que são temporários; é a

razão fundamental, ou a atracção, que foi especificamente criada para o turismo.

Outra tendência, para além de coisas feitas de forma artificial (parques de

atracções, megaeventos, construção de praias) são o facto de os hotéis e restaurantes

começarem a tornar-se eles próprios numa atracção. O Dubai, por exemplo, é

completamente artificial, quer em hotéis e restaurantes como nas suas atracções, porém o

facto de terem um hotel e um restaurante “debaixo de água”, o hotel “mais alto do mundo”,

faz com que as pessoas por si só apenas queiram visitar o Dubai para experimentar esses

complementos.

Hospitalidade – Pode incluir-se na oferta turística, porque se entende que a sensação que

a pessoa vai ser bem acolhida tem de ser transversal a todas as áreas e por outro lado não

é nem natural nem prévio, pois os destinos turísticos são particularmente acolhedores e

hospitaleiros, pois tem a ver com a cultura do sítio. Por outro lado os destinos que são

mais explorados na procura turística incidem mais nos residentes para serem

hospitaleiros. Ex: Euro 2004.

Tipos de Turismo

Balnear

Natureza

Rural

Religioso

Cultural

Bem-estar/saúde

Desportivo Baseiam-se mais na actividade

Aventura de atracção turística

Negócios

Turismo Balnear: existe algo primordial no âmbito do turismo balnear que é a praia.

Porém, temos de ter em atenção os outros elementos turísticos; não pode haver turismo

balnear se não existir a praia; Surgiu na década de 60/70; é o tipo de turismo que mais se

associa ao turismo de massa; desde os primórdios do turismo que começaram a ter

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serviços de alojamento; Porém não sabiam que era para o turismo de massas, ou seja, já

havia estâncias balneares junto ao mar mas mais relacionadas com o turismo de

saúde/bem-estar, pois sabia-se que fazia bem, estar uma temporada junto ao mar;

Turismo balnear atrai todo o tipo de turismo e tem tendências para captar famílias ou

DINK (double income and no kid).

Turismo Natureza: Recursos de carácter natural dispostos ou prévios à actividade

turística; O Turismo de Natureza remete para a possibilidade de estar em contacto directo

com a natureza, recursos naturais puros ou selvagens; consiste em recursos de carácter

natural, dispostos ou prévios à actividade turística. Este tipo de turismo remete para a

possibilidade de o turista estar em contacto directo com a natureza. Este inclui recursos

naturais, puros, selvagens ou intocados. (Turismo ecológico: está relacionado com as

motivações que levam o turista a praticar o turismo desta forma; ser eco está relacionado

com a preocupação pelo ambiente e as suas formas de o preservar.)

Turismo Rural: consiste num turismo que é desenvolvido em zonas/espaços rurais, como

actividades agrícolas, animais, pequenas aldeias, etc. Tem por objectivo permitir aos

visitantes um contacto mais directo e genuíno com a natureza, a agricultura e as tradições

locais, através da hospitalidade privado em ambiente rural e familiar.

Turismo Religioso: Baseia-se na fé, religião, crença; tem de haver um local que seja

investido no facto de ser sagrado, transcendente; o agente turístico tenta dinamizar um

determinado pólo numa igreja pré-existente; as pessoas deslocam-se para um

determinado sítio que de certa forma é um lugar sagrado, onde aconteceu algo marcante; é

difícil artificializar a oferta, ou seja, inverter um local só para se fazer este tipo de turismo;

há uma associação muito próxima do Turismo Cultural…

Turismo Cultural: Viagens, em que a motivação é descobrir, conhecer e explorar os

atractivos de uma região e tem como actividade percursos em Tours, rotas ou circuitos de

diferente duração e extensão, em viagens independentes e organizadas. (Ex: ir a Meca por

curiosidade do ponto de vista cultural e não religioso, mas também se pode fazer os dois. A

utilização deste tipo de recursos nos dois tipos de turismo levanta problemas de que às

vezes por carácter cultural tem que se restringir certas coisas, como por exemplo, a forma

de vestir, no que toca ao turismo religioso).

Turismo de saúde/bem-estar: numa 1º fase usava-se recursos pré-existentes e hoje

existem um maior nº de serviços diversificados, não só para a cura de algum problema de

saúde, mas também para fins de bem-estar, como as massagens terapêuticas.

Turismo Desportivo: praticantes + assistentes; é um turismo que implica a participação

dos visitantes em actividades desportivas, quer de forma activa ou como espectadores. ex:

euro 2004

Turismo de Aventura/Turismo Radical: compreende o movimento de turistas cujo

atractivo principal é a prática de actividades de aventura de carácter recreativo. Podendo

ocorrer em qualquer espaço: natural, construído pelo homem, rural, urbano ou

estabelecido como área protegida.

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Turismo de negócios: um deslocamento voluntário temporário realizado por um

indivíduo com o intuito de participar em reuniões, congressos, missões, exposições, feiras

e para estabelecer contactos com empresas ou realizar negócios.

Turismo responsável/sustentável: aquele que atende, simultaneamente, às

necessidades dos turistas e das regiões receptoras, ao mesmo tempo em que protege e

amplia as oportunidades para o futuro e caracteriza-se pela autenticidade.

Não existem barreiras entre os diversos tipos de turismo, por um lado, o mesmo

visitante pode ser levado, no mesmo momento, a deslocar-se por motivos diferente e, por

outro, cada destino oferece uma maior ou menor diversidade de atractivos.

A diversidade de motivações dos visitantes e de atractivos dos destinos conduz a

que se estabeleçam relações entre os vários tipos de turismo.

TIPOLOGIA DE DAVIDSON:

Turismo Branco.

Turismo Verde.

Turismo Azul.

Turismo de Luzes.

TIPOLOGIA DE PRZECLAWSKI:

Contacto.

Divertimento.

Tratamentos e saúde.

Criatividade.

Educação.

Negócios.

Religioso.

Razões familiares.

Desinibidor.

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