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1 Introdução e Guia da Sessão: O Modelo de Auto- Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Parte II) No texto da sessão anterior debruçámo-nos sobre a planificação da Avaliação da Bibliotecas Escolar, a implementar em cada ano lectivo, de forma a poder responder às questões que, de modo simples e esquemático, foram colocadas por David Streafield na sua apresentação no Encontro em Lisboa no ano transacto sobre a Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares. 1. Witch question should I address? 2. Witch section do I want to work on? 3. What evidence do I need to collect to see how the library is doing? 4. How can I collect evidence for each of the indicators within the section? 5. How good is the evidence I’ve collected? 6. At what level is the library performing according to the evidence? 7. What can I do to improve the work of the library in this area (what should I put in the summary sheet)? 8. How else can I use the findings of this self-evaluation? Ao longo das unidades anteriores, foi ainda largamente demonstrada a necessidade dos responsáveis pela condução do processo de avaliação das Bibliotecas Escolares se munirem de um conjunto de evidências que lhes permitam conhecer, de forma fundamentada, o nível de desempenho e impacto da Biblioteca Escolar em relação com diferentes indicadores de qualidade _ variáveis consoante o Domínio em apreciação _ e agir no sentido da sua progressiva melhoria. Uma das actividades mais importantes da aplicação do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares consiste, deste modo, em saber identificar os instrumentos de recolha de evidências adequados e extrair desses instrumentos as informações (evidências) que melhor esclarecem o trabalho e os resultados alcançados pela Biblioteca em relação com este ou aquele indicador ou conjunto de indicadores. Na presente sessão, ocupar-nos-emos deste aspecto, usando como base principal de trabalho, os Relatórios de Auto-

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Introdução e Guia da Sessão: O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Parte II)

No texto da sessão anterior debruçámo-nos sobre a planificação da Avaliação da Bibliotecas Escolar, a implementar em cada ano lectivo, de forma a poder responder às questões que, de modo simples e esquemático, foram colocadas por David Streafield na sua apresentação no Encontro em Lisboa no ano transacto sobre a Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares. 1. Witch question should I address?2. Witch section do I want to work on?3. What evidence do I need to collect to see how the library is doing?4. How can I collect evidence for each of the indicators within the section?5. How good is the evidence I’ve collected?6. At what level is the library performing according to the evidence?7. What can I do to improve the work of the library in this area (what should I put in

the summary sheet)? 8. How else can I use the findings of this self-evaluation?

Ao longo das unidades anteriores, foi ainda largamente demonstrada a necessidade dos responsáveis pela condução do processo de avaliação das Bibliotecas Escolares se munirem de um conjunto de evidências que lhes permitam conhecer, de forma fundamentada, o nível de desempenho e impacto da Biblioteca Escolar em relação com diferentes indicadores de qualidade _ variáveis consoante o Domínio em apreciação _ e agir no sentido da sua progressiva melhoria.

Uma das actividades mais importantes da aplicação do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares consiste, deste modo, em saber identificar os instrumentos de recolha de evidências adequados e extrair desses instrumentos as informações (evidências) que melhor esclarecem o trabalho e os resultados alcançados pela Biblioteca em relação com este ou aquele indicador ou conjunto de indicadores.

Na presente sessão, ocupar-nos-emos deste aspecto, usando como base principal de trabalho, os Relatórios de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, nos quais se identificam estes instrumentos, evidências e propostas de melhoria.

Já sabemos que os instrumentos de recolha de evidências podem incluir, entre outros:

Documentos já existentes e que regulam a actividade da escola (PEE, RI, PCE, PCT’s, etc.) ou da BE (Plano de Actividades, Regimento, etc.);

Registos diversos (actas de reuniões, relatórios de actividades, etc.);

Materiais produzidos pela BE ou em colaboração (planos de trabalho, planificações para sessões na BE, documentos de apoio, materiais de difusão e de promoção, etc.);

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Estatísticas produzidas pelo sistema da BE (empréstimos, consultas, requisições, etc.);

Trabalhos realizados pelos alunos (no âmbito de actividades na BE, em trabalho colaborativo, em trabalho autónomo, etc.), recolhidos e analisados, sempre que necessário, em conjunto com os docentes;

Dados obtidos a partir dos instrumentos especificamente construídos para recolher informação no âmbito da avaliação da BE: Registos de Observação, Grelhas de Análise, Questionários, Checklists, etc.

No documento de apoio à elaboração do Relatório de Auto-avaliação, distribuído o ano transacto pelo Gabinete RBE às escolas que estavam a testar o Modelo, foram, a título de exemplo, dadas indicações sobre o tipo de evidências que podiam ser extraídas dos diferentes instrumentos propostos no âmbito da avaliação do Subdomínio A.1. (Articulação Curricular da BE com as Estruturas Pedagógicas e os Docentes), e que deviam, nesse sentido, ser invocadas no referido Relatório.

Analisemos mais em profundidade o exemplo dado, sobre o Indicador A.1.2: Parceria da BE com os docentes responsáveis pelas novas áreas curriculares não disciplinares (NAC):

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A. Apoio ao desenvolvimento Curricular

A.1. Articulação Curricular com as Estruturas Pedagógicas e os Docentes

Indicadores Factores Críticos de Sucesso

Instrumentos de Recolha de Evidências sugeridos

Evidências extraídas dos Instrumentos, a integrar no Relatório de Auto-avaliação

A.1.2. Parceria da BE com os docentes responsáveis pelas novas áreas curriculares não disciplinares (NAC).

A BE programa com os docentes responsáveis o apoio às Áreas de Projecto.

A BE colabora com os docentes das turmas e/ou Directores de Turma na concepção e realização de iniciativas no âmbito da Formação Cívica.

A BE contribui para o enriquecimento do trabalho de Estudo Acompanhado/Apoio ao Estudo, assegurando a inclusão da biblioteca e dos seus recursos nas suas actividades.

A utilização da BE é rentabilizada pelos docentes em actividades relacionadas com as NAC ou outros projectos de carácter multidisciplinar.

Planificações das Áreas de Projecto, de Formação Cívica e de Estudo Acompanhado/Apoio ao Estudo

Projectos Curriculares das Turmas

Registos de Reuniões/Contactos/ Acções conjuntas

Questionário aos Professores (QP1)

Estatísticas de utilização da BE pelos docentes e/ou alunos sob a sua orientação, em Área de Projecto/ Estudo Acompanhado, …

Outros Instrumentos considerados importantes…

A BE planeou... com os docentes da Área…/ do Projecto...

A BE reuniu com os docentes da Área…/ do Projecto...

A BE trabalhou com grupos de alunos que vieram pesquisar sobre…, no âmbito da Área…/ do Projecto…

A BE direccionou acções formativas (número de acções) a docentes/ alunos das Áreas…/ Projectos...

As turmas (nº de turmas)... desenvolveram trabalho articulado na BE no âmbito de ....

Resultados do Questionário QP1. Por ex:...% professores afirmou usar diariamente a BE (ou nunca usar a BE); % professores (não) participou em sessões de formação; % professores articulou actividades com a BE; % professores avaliou positivamente (ou negativamente) o trabalho da BE; % professores indicou experiências de trabalho com a BE muito/pouco positivas; % professores atribui um grande/pequeno nível de influência à BE a nível da sua formação cívica, etc.…

... % professores usou a BE para determinada Área (Área de Projecto; Estudo Acompanhado; Formação Cívica; outra);

Outras evidências consideradas importantes.

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Explorando outros exemplos que elucidem a forma como foram usados os instrumentos de recolha de informação e comunicadas as evidências extraídas a partir da análise dessa informação, vejamos agora o exemplo de um Relatório de Auto-Avaliação sobre o Subdomínio C.1 : Apoio a Actividades livres, Extra-Curriculares e de Enriquecimento Curricular, testado pela Coordenadora Zélia Delgado Delgado na ES de Odemira:

C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade

C.1 Apoio a Actividades Livres, Extra-Curriculares e de Enriquecimento Curricular

Indicadores Evidências recolhidas Pontos Fortes Identificados Pontos Fracos Identificados

C.1.1. Apoio à aquisição e desenvol-vimento de métodos de trabalho e de estudo autónomos.

1- Horários da BE (9.00h – 17.30h) - as actividades lectivas decorrem das 9.30h às 18.20h, sendo o último intervalo das 17.20h às 17.25h. Não existiu no ano transacto ensino nocturno.

2- Questionário aos alunos (QA3)1, de que resultaram as seguintes evidências:- 72% dos alunos considera que a BE tem um ambiente favorável à utilização simultânea por alunos e grupos em actividades diferentes.

- 67% dos alunos utiliza a BE para a execução de trabalhos escolares.

- Aproximadamente 80% dos alunos considera

- O horário da BE é contínuo e coincide com a permanência dos alunos na escola.

- A BE é um espaço privilegiado à realização de trabalhos fora dos contextos formais de aprendizagem.

- Dentro das possibilidades, o horário da equipa da BE, encontra-se distribuído ao longo de todo o dia.

- A BE proporciona condições para o desenvolvimento, em simultâneo, de actividades

- Os alunos não tinham, no início do processo de avaliação, acesso livre ao catálogo da BE.

- Em determinadas alturas da semana o número de computadores mostrou-se insuficiente.

1 O questionário QA3 foi aplicado numa amostra de 11% dos alunos de cada ano lectivo. A amostra foi escolhida aleatoriamente e de modo que variáveis como o sexo e o curso frequentado tivessem representatividade proporcional à existente na população em estudo.

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C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade

C.1 Apoio a Actividades Livres, Extra-Curriculares e de Enriquecimento Curricular

Indicadores Evidências recolhidas Pontos Fortes Identificados Pontos Fracos Identificados

que é fácil encontrar os documentos que procura

3- Grelha de observação (O3)2 , de que resultaram as seguintes evidências:- cerca de 70% dos visitantes da BE fazem-no quer individualmente quer em grupo (os restantes 30% fazem-no apenas individualmente ou apenas em grupo) .

- cerca de 50% dos frequentadores da BE desenvolvem actividades livres de leitura.

- cerca de 70% dos frequentadores da BE realizam actividades de pesquisa e de trabalho.

- cerca de 80% dos utilizadores da BE fazem pesquisa diversificada autonomamente.

4- Materiais de apoio produzidos pela BE: Foram elaborados 4 folhetos diferentes de apoio à pesquisa bibliográfica na BE, à redacção e apresentação de trabalhos escritos e à apresentação oral desses trabalhos.

Cerca de 200 alunos recolheram, por iniciativa

de diferente natureza.

- Os alunos praticam técnicas de estudo variadas: exploram informação de diferentes tipos de documentos, produzem e editam trabalhos escritos recorrendo ao uso do computador.

- Grande parte dos alunos demonstrou autonomia na pesquisa de informação nos diferentes suportes e na execução das tarefas a que se propõem.

- O material produzido pela BE tem interesse para os alunos, apoiando estes na pesquisa bibliográfica na BE, na redacção e apresentação de trabalhos escritos e na apresentação oral desses trabalhos

- Os alunos têm à sua disposição, para uso livre,

2 A grelha de observação O3 (Grelha de observação da utilização da BE pelos alunos em contexto livre) foi aplicada no 3º período a alunos e grupos de alunos.

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C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade

C.1 Apoio a Actividades Livres, Extra-Curriculares e de Enriquecimento Curricular

Indicadores Evidências recolhidas Pontos Fortes Identificados Pontos Fracos Identificados

própria, os folhetos elaborados pela equipa da BE.

5- Resultado da avaliação do equipamento existente e dos serviços prestados pela BE, de resultam as seguintes evidências:- 8 computadores na BE, todos com internet.

- 2 leitores de DVD

- serviço de impressão (a cores e a preto e branco)

-serviço de fotocópias

6- Estatísticas de utilização da BE, nomeadamente da utilização dos computadores e da leitura de presença3 com as seguintes evidências:- registo de cerca de 60 inscrições diárias (individuais ou a pares) para a utilização dos computadores fora do contexto de aula.

- Cerca de 40% das inscrições para utilização dos computadores dão indicação de actividades relacionadas com a produção de trabalhos

grande diversidade de serviços e equipamentos.

- Os alunos fazem um intensivo uso dos equipamentos e serviços disponibilizados.

- Verifica-se uma elevada taxa de utilização dos meios informáticos.

- A taxa de utilização dos computadores para a realização de trabalhos é boa (acima das expectativas).

- O número de livros consultados para a realização de trabalhos foi considerado bom.

3 A leitura de presença aqui referida diz respeito a documentação utilizada na realização de trabalhos.

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C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade

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Indicadores Evidências recolhidas Pontos Fortes Identificados Pontos Fracos Identificados

(pesquisa, redacção e impressão).

- Por dia, cerca de 20 livros são consultados, em média, na BE para a execução de trabalhos fora do contexto de aula.4

- A BE proporciona condições para o desenvolvimento, em simultâneo, de actividades de diferente natureza.

C.1.2. Dinamização de actividades livres, de carácter lúdico e cultural.

1- Plano de Actividades da BE - foi proposto um conjunto de actividades a realizar ao longo do ano que visavam desenvolver o gosto e interesse pela arte, ciência, história e literatura.

2- Registos sobre a preparação, desenrolar e avaliação das actividades – através destes registos é possível constatar a realização das seguintes iniciativas previstas no Plano de Actividades:

- Exposições (banda desenhada, de trabalhos manuais, de pintura e de jogos matemáticos);

- Espectáculos (teatro);

- As actividades previstas no plano de actividades foram genericamente realizadas.

- As iniciativas foram variadas e tiveram bastante público.

- Em algumas iniciativas (dia dos namorados e o dia mundial das bibliotecas escolares) os alunos tiveram participação activa no desenvolvimento da actividade, com a produção e/ou recolha de textos de uma forma livre e autónoma, fora do

- A avaliação das actividades foi feita de forma informal e oralmente, não havendo registos escritos da mesma.

- As iniciativas, apesar de interessantes, são pouco numerosas.

- A divulgação das iniciativas não chega a todos os alunos da escola.

4 Esta evidência foi recolhida a partir do registo dos livros que os alunos deixam em cima das mesas de leitura, podendo estar aquém da real utilização. Apesar de instruídos para não o fazer, verifica-se, ainda, que alguns alunos continuam a arrumar, nas estantes, os livros que consultam, nomeadamente os dicionários e outras obras de referência.

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C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade

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Indicadores Evidências recolhidas Pontos Fortes Identificados Pontos Fracos Identificados

- Palestras (sobre o 25 de Abril);

- Feira do livro;

- Apresentação de livro pelo respectivo autor, integrada na feira do livro;

- Celebração de efemérides relacionadas com escritores e outras;

- Destaque de obras e autores;

- Actividade de promoção do livro e da leitura, dirigida por um profissional;

- Clube de xadrez;

- Comemoração de dias especiais como o dia da escola, o dia das BE e o dia dos namorados.

3- Questionário aos alunos (QA3) – foi recolhida informação sobre a opinião dos alunos acerca das actividades culturais dinamizadas pela BE (quantidade e qualidade que revelaram):

- 72% dos alunos considera que a BE tem um ambiente favorável à utilização simultânea por

contexto das actividades lectivas.

- As iniciativas desenvolvidas são classificadas pelos alunos como interessantes.

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C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade

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Indicadores Evidências recolhidas Pontos Fortes Identificados Pontos Fracos Identificados

alunos e grupos em actividades diferentes.

- 61% dos alunos inquiridos consideraram as iniciativas promovidas pela BE interessantes.

- 44% dos alunos consideraram que as iniciativas, apesar de interessantes, são pouco numerosas.

- 39% dos alunos inquiridos afirmaram não terem tido conhecimento das actividades da BE.

C.1.3. Apoio à utili-zação autónoma e voluntária da BE como espaço de lazer e livre fruição dos recursos.

1- Horário da BE – A BE permanece aberta das 9.00h às 17.30h, durante os dias úteis dos períodos lectivos e não lectivos.

2- Grelha de observação (O3) - usada para observação e registo da forma como os alunos (individualmente ou em pequenos grupos) fazem uso da BE.

- cerca de 80% dos utilizadores da BE fazem pesquisa de forma autónoma.

- a zona de leitura informal tem uma ocupação permanente (por um ou mais alunos) durante os intervalos.

- O horário coincide com a permanência dos alunos na escola.

- Os alunos e outros utilizadores podem utilizar a BE nas interrupções lectivas.

- Duas auxiliares estão afectas à BE, o que permite um acompanhamento próximo dos alunos.

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C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade

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Indicadores Evidências recolhidas Pontos Fortes Identificados Pontos Fracos Identificados

- genericamente, os alunos cultivam um clima de boa convivência e de respeito mútuo, acatando as ordens dos professores e auxiliares que desempenham funções na BE.

3- Estatísticas de utilização da BE, nomeadamente as relativas aos empréstimos domiciliários, com os seguintes resultados:

- durante o ano lectivo efectuaram-se cerca de 700 empréstimos domiciliários.

4- Resultados de avaliação da colecção – análise do catálogo e dos registos manuais, com os seguintes resultados:

- existência de um acervo de cerca de 1000 exemplares de filmes de ficção (de todos os géneros).

- existência de cerca de 50 jogos lúdicos e didácticos e de puzzles.

- A BE adquiriu durante o ano lectivo aproximadamente 500 documentos.

- A BE recebe 2 jornais diários (um de

- Observa-se que os alunos acedem e utilizam livremente a BE, quer individualmente, quer em pequenos grupos.

- Constata-se que os alunos desenvolvem actividades livres de leitura, de pesquisa e de estudo, num clima de liberdade, respeito e descontracção.

- Os alunos dispõem de condições favoráveis à utilização individual e em pequenos grupos da BE.

- A zona de leitura informal á acolhedora.

- O facto de ser possível fazer requisição domiciliária de material não livro.

- O elevado número de requisições, considerando o número de alunos da escola.

- A BE dispõe de uma vasta, diversificada e actualizada colecção de filmes de ficção de todos os géneros.

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C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade

C.1 Apoio a Actividades Livres, Extra-Curriculares e de Enriquecimento Curricular

Indicadores Evidências recolhidas Pontos Fortes Identificados Pontos Fracos Identificados

informação generalista e outro desportivo) e 4 revistas (de diferente periodicidade) de diferentes temáticas

5- Questionários aos alunos (QA3) – os alunos foram questionados sobre a sua satisfação relativamente ao fundo documental (livro e não livro) que podem encontrar na BE e facilidade com que esses documentos podem ser encontrados, verificando-se que:

- 72% dos alunos considera que a BE tem um ambiente favorável à utilização simultânea por alunos e grupos em actividades diferentes.

- 20% dos alunos afirma desenvolver actividade de leitura livre (lúdica e cultural) na BE.

- cerca de 75% dos alunos inquiridos dizem gostar dos DVDs ao seu dispor na BE e consideram que os livros da BE são actuais e respondem aos seus interesses.

- Aproximadamente 80% dos alunos considera que é fácil encontrar os documentos que procura.

- Existe ainda um conjunto significativo de puzzles, jogos lúdicos e didácticos, aos quais os alunos têm acesso livre.

- A BE fez aquisição de modo a actualizar e diversificar o seu acervo, seguindo a política de aquisição definida em sede de regulamento interno. Na aquisição foram consideradas as sugestões dos alunos e de outros utilizadores e aos pedidos dos professores, tendo em vista as necessidades de carácter pedagógico e/ou lúdico dos utilizadores.

- A zona de leitura informal está razoavelmente apetrechada.

- Um número apreciável de alunos frequenta a zona de leitura informal.

- O acervo de DVDs e de livros vão de encontro aos interesses dos alunos.

- A arrumação dos documentos na BE é funcional.

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C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade

C.1 Apoio a Actividades Livres, Extra-Curriculares e de Enriquecimento Curricular

Indicadores Evidências recolhidas Pontos Fortes Identificados Pontos Fracos Identificados

C.1.4. Disponibiliza-ção de espaços, tempos e recursos para a iniciativa e intervenção livre dos alunos.

1- Registo sobre as Actividades da BE – Os alunos foram convidados, através de cartazes de contacto pessoal, a colaborar com a BE na organização de actividades e a desempenharem funções de monitor ou outras.

A BE apoia a realização de projectos e iniciativas de clubes existentes na escola

2- Livro de opinião e caixa de sugestões que recolheram inúmeras sugestões e opiniões.

- A BE apoia os clubes existentes na escola.

- Os alunos são incentivados a dar sugestões e a opinião, sendo dada resposta sempre que possível.

- Não houve adesão por parte dos alunos (é de lembrar que na escola apenas existe ensino secundário).

C.1.5. Apoio às Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC), conciliando-as com a utilização livre da BE.

Não se aplica: A escola tem apenas ensino secundário, para o qual não estão previstas Actividades de Enriquecimento Curricular.

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No sentido de fornecer mais exemplos diversificados de Relatórios de Auto-Avaliação onde se identificam uma série de evidências obtidas a partir dos diferentes utensílios sugeridos, vejamos agora um exemplo de um Relatório incidente na avaliação do Domínio B. (Leitura e Literacia) numa Escola do 1º Ciclo e Pré-Escolar, elaborado pela coordenadora da EB1/JI de Ferreira do Alentejo, Helena Carapuça.

B. Leitura e Literacia

Indicadores Evidências recolhidas Pontos Fortes Identificados Pontos Fracos Identificados

B.1 Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura

- Realizaram-se actividades de promoção da leitura e literacia propostas pela biblioteca e que tiveram um somatório de participações de 3918 alunos.

- Fizeram-se 900 empréstimos domiciliários a alunos e 367 para as salas de aula.

- A BE participou activamente na realização de 5 actividades/projectos do P.A.A da Escola, em que participou toda a Comunidade Educativa.

- Todos os docentes referiram em reuniões de avaliação trimestral o trabalho em parceria com a BE na realização de actividades.

- 100% dos alunos responderam que já realizaram actividades e projectos de leitura na BE.

- 100% dos alunos disseram que a BE os motivou a ler mais e 90% que realiza actividades que os motivam a ler.

- 90% dos professores responderam que

- A BE realiza um trabalho articulado na promoção da leitura com a dinamização de projectos e actividades para as crianças/alunos onde o livro e leitura são apresentados utilizando suportes diversificados e explorando a leitura de forma transversal.

- Realiza regularmente actividades de animação da leitura e actividades de articulação curricular com as turmas.

- Tem um serviço de empréstimo domiciliário de documentos para todos os seus utilizadores.

- Tem serviço de empréstimo de fundos, materiais e equipamentos para toda a escola.

-Tem guia do utilizador, grelhas de registo da actividade, de planificação e avaliação.

- Mantém um fundo documental

- Alguma dificuldade na difusão da informação sobre o trabalho desenvolvido.

- Pouco trabalho no âmbito da criação/ exploração de novos ambientes digitais (blogs, Wikis, e-mail… ).

- Não realização de encontros com escritores ou pessoas ligadas aos livros.

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B. Leitura e Literacia

Indicadores Evidências recolhidas Pontos Fortes Identificados Pontos Fracos Identificados

participam com a turma em actividades de leitura organizadas pela BE e em actividades no âmbito do P.N.L.

- 90% dos professores referiram que utilizam a BE para requisitar fundo documental e materiais para as salas.

- 80% dos docentes referiram que muito frequentemente planificam projectos e actividades conjuntas.

actualizado e de acordo com gosto e necessidades dos seus utilizadores.

- Participa regularmente em actividades do Plano Anual de Actividades da Escola e Agrupamento.

- Mantém-se em funcionamento para livre acesso durante os intervalos e parte do período de almoço.

- Apoia os utilizadores em trabalhos de pesquisa ( guião de pesquisa)

B.2 Trabalho articulado da BE com departamentos e docentes e com o exterior, no âmbito da leitura

- Realizaram-se actividades de Articulação Curricular com os docentes, envolvendo a utilização da biblioteca por todos os docentes e por 1719 alunos pertencentes a todas as turmas da escola. Cada turma da escola deslocou-se à biblioteca para trabalho curricular quinzenalmente.

- Realizaram-se 3 Projectos com actividades desenvolvidas em articulação com o departamento da Educação Pré-Escolar e 4 com o departamento do 1º Ciclo.

- O P.A.A da BE contemplou várias actividades de articulação com departamentos e parceiros

- A BE realiza actividades de articulação curricular com planificação conjunta entre professor da turma e responsável pela BE.

- A BE realiza actividades destinadas à educação pré-escolar e 1º ciclo.

- A BE apoia projectos e actividades realizadas no âmbito das actividades extracurriculares.

- A BE dinamiza e organiza actividades do P.N.L.

- A BE articula actividades com a

- Alguma dificuldade na articulação das actividades realizadas em conjunto com a Biblioteca Municipal e Museu.

- Não se terem realizado sessões de informação/formação para os departamentos curriculares.

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B. Leitura e Literacia

Indicadores Evidências recolhidas Pontos Fortes Identificados Pontos Fracos Identificados

educativos ( dia das bibliotecas escolares, festa de natal, dia da mãe, dia do ambiente…) .

-Foi realizada em parceria com a Educação pré-escolar a exploração de 3 obras sugeridas pelo P.N.L e 7 com o 1º ciclo. Também a BE colaborou em actividades dos formandos do PNEP.

- Realizou-se uma actividade para toda a Escola em parceria com o Museu Municipal e Comemorou-se o Dia das Bibliotecas com uma actividade que teve a participação da Biblioteca Municipal.

Biblioteca Municipal e o Museu.

B.3 Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da leitura e das literacias.

-Deu-se um acréscimo no número de utilizadores em regime de livre acesso que fizeram leituras no espaço da BE.

- Os alunos recorreram mais à BE para realizar pesquisas e trabalhos de grupo.

- 90% dos alunos responderam que as suas competências de leitura eram excelentes e 10% boas.

- 100% dos alunos disseram que tinham feito progressos ao nível da leitura em comparação com o início do ano.

- Desenvolveram-se actividades de promoção do P.N.L ; leitura- a- pares, guiões de leitura, partilha de gostos e opiniões sobre leitura entre os alunos.

- Realizaram-se actividades com dinamização de vários tipos de leitura.

- Fizeram-se Exercícios de exploração da leitura com recursos às novas tecnologias: Hotpotatoes, filmes, diapositivos, Movie Maker,etc.

- Não se terem pensado outras estratégias, como por exemplo, um concurso literário, que poderia estimular as actividades de leitura e a escrita entre os alunos

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B. Leitura e Literacia

Indicadores Evidências recolhidas Pontos Fortes Identificados Pontos Fracos Identificados

- 100% dos alunos referiram que ler é fácil.

- 90% dos alunos disseram que a BE contribuiu muito para as suas competências de leitura e melhoria dos resultados escolares.

- 90% dos docentes assinalaram que o trabalho da BE contribuiu para desenvolver o gosto pela leitura, ao nível da compreensão, oralidade e escrita.

As grelhas de observação mostraram:

- disponibilidade e atenção nas actividades de leitura propostas;

- competências de nível médio ou bom na leitura e compreensão de texto e na interpretação e narração sobre acontecimentos e personagens.

- Foram feitos trabalhos de escrita criativa e trabalhos de ilustração e dinamização do livro e leitura (fantoches, livros com reconto e ilustração das histórias, culinária…).

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Mas não basta avaliar os frutos do trabalho realizado. É preciso perspectivar as acções que permitam continuar e melhorar esse trabalho, independentemente dos resultados já alcançados, informando por esta via, os objectivos e iniciativas a integrar no Plano de Actividades do ano seguinte.

No primeiro exemplo dado (ES de Odemira), desenvolveram-se e perspectivaram-se como possíveis acções de melhoria do Subdomínio analisado (C.1.):

- Visando o aumento do número de alunos que desenvolvem actividades de leitura livre na BE, pondera-se a subscrição de mais uma revista de interesse para os utilizadores;

- Procedeu-se, em Maio de 2008, à disponibilização on-line do catálogo da BE, embora este ainda se encontre incompleto;

- Reequipou-se (no início do presente ano lectivo) a BE com novos computadores, aumentando-se o seu número de oito para dez:

- Querendo melhorar os mecanismos de promoção e marketing da BE, está em preparação uma página da BE na internet, onde, entre outros conteúdos, se faça a divulgação das iniciativas.

- Aumentar a participação da biblioteca na dinamização de actividades culturais na escola.

- Produzir instrumentos que permitam melhorar os registos do planeamento, execução e avaliação das actividades e respectiva avaliação.

No segundo exemplo (EB1/JI de Ferreira do Alentejo), definiram-se, de acordo com os diferentes indicadores do Domínio B., as seguintes acções de melhoria:

-Lançar um concurso literário.

- Criar o Blog das BEs.

- Lançar trimestralmente uma Newsletter.

- Actualizar a Página WEB da BE.

- Continuar a dotar a BE de fundos actualizados e de acordo com o gosto dos utilizadores.

- Criar um Quadro com os + leitores e os 10 livros + requisitados.

- Realizar mais actividades de exploração de ambientes digitais.

- Realizar uma exposição no Espaço da BE com os livros existentes e que são sugeridos pelo P.N.L para os vários anos e elaboração de uma brochura com as recomendações para a exploração de obras; entrega da listagem do P.N.L e dos livros existentes nas bibliotecas do Agrupamento aos professores.

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- Tentar, em parceria com Biblioteca Municipal e Departamento Informático da C.M disponibilizar o Catálogo das BEs.

- Continuar a realizar, em parceria com as turmas, actividades de leitura para toda a Comunidade (“Encontros ao Serão”, “Semana da leitura”, “Conversas sobre Abril”).

- Lançar o projecto LER+a2, para envolver os pais e encarregados de Educação na aquisição de competências de leitura dos nossos alunos.

- Continuar a realizar com regularidade actividades de articulação curricular e de promoção da leitura para todos os alunos.

Dispensamo-nos de divulgar o nível de desempenho que estas duas bibliotecas se atribuíram nos aspectos considerados. Este poderia ser, porventura, um curioso exercício prático, procurando comparar as descrições feitas com os níveis de desempenho dados pelo Modelo, situando-as nos níveis 1, 2, 3 ou 4.

ACTIVIDADE A REALIZAR NO ÂMBITO DESTA SESSÃO (até ao final da sessão)

O exercício que vos propomos nesta segunda parte da unidade sobre a operacionalização do Modelo procura responder a este objectivo, de estabelecer nexos coerentes entre, por um lado, os indicadores e respectivos factores críticos, e por outro, os instrumentos, evidências e acções de melhoria que viabilizam, traduzem e permitem melhorar a avaliação desses indicadores em cada Domínio ou Subdomínio.

A actividade a realizar consiste no seguinte:

1) Escolha, à sua vontade, um qualquer Subdomínio do Domínio D do Modelo: Gestão da BE. Se já testou este Domínio o ano transacto na sua escola (caso seja coordenador/a da BE), escolha outro que não tenha avaliado.

2) Construa uma tabela idêntica à do exemplo produzido neste Guia da Sessão (Página 3), copiando:

a. para a primeira coluna, os indicadores que integram o Subdomínio que escolheu;

b. para a segunda coluna, os factores críticos respeitantes a cada indicador;

c. para a terceira coluna, os instrumentos de recolha de evidências propostos pelo modelo, ou outros que considere relevantes.

3) De seguida, aprecie o tipo de instrumentos que indicou e analise detalhadamente o teor ou tipo de conteúdo desses instrumentos;

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4) Com base nessa análise dos instrumentos, construa na quarta coluna “frases – tipo” que exemplifiquem as evidências passíveis de serem obtidas a partir daqueles instrumentos, para cada um dos indicadores do Subdomínio escolhido, à semelhança do realizado no exemplo dado na Página

5) 3. 6) Tendo por base a sua prática e o conhecimento directo da/s BE da

Escola/Agrupamento de que é Professor-bibliotecário, e tendo por objectivo a melhoria dessa/s BE/s, sugira acerca do Subdomínio por que optou, justificando as suas sugestões:

Duas Coisas que considere que a/s BE/s devessem deixar de fazer;

Duas Coisas que considere que a/s BE/s devessem continuar a fazer;

Duas Coisas que considere que a/s BE/s devessem começar a fazer.

Coloque até ao final da sessão, os seus trabalhos nos fóruns criados para o efeito para que todos os colegas possam vê-los, e vice-versa.

Para a primeira actividade utilize o Fórum 1 e faça dois Posts:

O primeiro post indicando o Sub-domínio que escolheu (Assunto: Inscrição D1; D2 ou D3), de modo a evitar que todos escolham o mesmo. Só são admitidos até um máximo de 12 inscrições por Subdomínio.

O segundo post para a colocação da Tabela, escrevendo no assunto do Post apenas a palavra “Tabela” e a indicação do Subdomínio sobre que se debruçou (Assunto: Tabela D.1; D.2 ou D.3)

Para a segunda actividade utilize o Fórum 2.

Este Fórum serve para a colocação das suas propostas, conforme descrito em 5), escrevendo no assunto do Post apenas a expressão “Acções Futuras” e a indicação do Subdomínio sobre que se debruçou (Assunto: Acções Futuras D.1; D.2 ou D.3)

Nota importante: para a realização desta actividade deve complementar as suas leituras com o Capítulo “Orientações para aplicação”, disponíveis na versão integral do modelo de auto-avaliação, que se encontra disponível na plataforma (Cf. com pag. 68 – III- Analisar Dados)

Desejamos a todos de continuação de um bom trabalho!

As formadoras