IOB - Legislação Trabalhista - nº 17/2014 - 4ª Sem · PDF fileManual de Procedimentos Legislação Trabalhista e Previdenciária Boletim j Boletim IOB - Manual de Procedimentos

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    Manual de Procedimentos

    Veja nos Prximos Fascculos

    a Contribuio adicional ao Senai

    a Semana Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho (Sipat)

    a Vale-transporte

    Legislao Trabalhista e Previdenciria

    Fascculo No 17/2014

    /a TrabalhismoConcesso e poca de frias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

    /a IOB SetorialConstruo civilMedidas de proteo contra quedas de altura . . . . . . . . . . . . . . . . . 06

    /a IOB ComentaPerodos destinados a cursos de treinamento e aperfeioamento de empregados e sua integrao na jornada de trabalho . . . . . . . . . . . . 07

    /a IOB Perguntas e RespostasConcesso e poca de friasConcesso antes do trmino do perodo aquisitivo . . . . . . . . . . . . . . 10Perodo de gozo - Incio - Aviso-prvio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10Perodo de gozo - Incio na sexta-feira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10Prazo para concesso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

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    Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

    Editorao Eletrnica e Reviso: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

    Telefone: (11) 2188-7900 (So Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

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    Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

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    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) (Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Legislao trabalhista e previdenciria : concesso e poca de frias. -- 10. ed. -- So Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleo manual de procedimentos)

    ISBN 978-85-379-2142-5

    1. Previdncia social - Leis e legislao - Brasil 2. Trabalho - Leis e legislao - Brasil I. Srie.

    CDU-34:368.4(81)(094)14-02856 -34:331(81)(094)

    ndices para catlogo sistemtico:

    1. Brasil : Leis : Previdncia social : Direito previdencirio 34:368.4(81)(094) 2. Leis trabalhistas : Brasil 34:331(81)(094)

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    17-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascculo 17 CT

    O empregador no pode, unilateralmente, decidir sobre

    a poca em que o seu empregado gozar as frias, sendo necessrio, para tanto, analisar no s as necessidades

    da empresa, mas tambm o interesse do empregado no que se relaciona ao seu repouso e diverso; portanto, o perodo

    de gozo de frias deve ser decidido em comum acordo

    a TrabalhismoConcesso e poca de frias SUMRIO 1. Introduo 2. Incio em dia til 3. Fracionamento 4. Empregados menores de 18 e maiores de 50 anos de

    idade 5. Membros da mesma famlia 6. Requisitos para concesso 7. Prazo para pagamento das frias 8. Prestao de servios durante as frias - Proibio 9. Frias e aviso-prvio - Concomitncia -

    Impossibilidade 10. Solicitao do adiantamento do 13 salrio por ocasio

    das frias 11. Empregado acometido de doena durante as frias 12. Gestante - Supervenincia de parto no gozo das frias

    1. Introduo

    As frias so concedidas por ato do empregador em um s perodo, nos 12 meses subsequentes data em que o empregado com-pletar o perodo aquisitivo, sob pena de pagamento em dobro da respectiva remunerao e sujeio a multa administrativa. Esse lapso temporal tambm chamado perodo concessivo ou de gozo ou, ainda, de fruio.

    A poca da concesso das frias a que melhor atenda aos interesses do empregador. Entretanto, o art. 10 da Conveno n 132, da Organizao Internacional do Trabalho (OIT), aprovada pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo n 47/1981, ratificada em 1997, com o depsito do instrumento de ratificao em 23.09.1998 e, por fim, promulgada pelo Decreto n 3.197/1999 - DOU de 06.10.1999, a qual desde ento vigora no Brasil, determina que:

    Artigo 10

    1. A ocasio em que as frias sero gozadas ser deter-minada pelo empregador, aps consulta pessoa empre-gada interessada em questo ou seus representantes, a

    menos que seja fixada por regulamento, acordo coletivo, sentena arbitral ou qualquer outra maneira conforme prtica nacional.

    2. Para fixar a ocasio do perodo de gozo das frias sero leva-das em conta as necessidades do trabalho e as possibilidades de repouso e diverso ao alcance da pessoa empregada.

    Dessa forma, constata-se que no pode o empre-gador, unilateralmente, decidir sobre a poca em que o seu empregado gozar as frias, sendo necessrio, para tanto, analisar no s as necessidades da empresa, mas tambm o interesse do empregado no que se relaciona ao seu repouso e diverso; portanto, o perodo de gozo de frias deve ser decidido em comum acordo.

    2. InCIo em dIa tIlInexiste, na Consolidao das Leis do Trabalho

    (CLT), previso expressa para a data de incio do perodo de gozo das frias.

    Todavia, tendo em vista a finalidade de proporcionar ao empregado a recuperao da capacidade fsica e mental, entende-se que deva iniciar em dia til (excluindo-se, portanto, os

    domingos e feriados, bem como os sbados j compensados), a

    exemplo da previso expressa em vrios documentos coletivos de trabalho

    (acordos, convenes ou sentenas normati-vas), caso em que o sindicato da categoria profissional respectiva deve ser consultado a respeito.

    Vale lembrar que, de acordo com o Precedente Normativo n 100, aprovado pela Resoluo Administrativa n 37/1992, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ficou estabelecido:

    100 - Frias - Incio do Perodo de Gozo (positivo): O incio das frias, coletivas ou individuais, no poder coincidir com sbado, domingo, feriado ou dia de compensao de repouso semanal. (Ex-PN 161)

    Vale destacar que os Precedentes Normativos so aprovados pelo TST em decorrncia da jurispru-dncia iterativa da Seo de Dissdios Coletivos.

  • 17-02 CT Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascculo 17 - Boletim IOB

    Legislao Trabalhista e Previdenciria

    Manual de Procedimentos

    A Conveno OIT n 132 determina, em seu art. 6:

    Artigo 6

    Os dias feriados oficiais ou costumeiros, quer se situem ou no dentro do perodo de frias anuais, no sero com-putados como parte do perodo mnimo de frias anuais remuneradas previsto no pargrafo 3 do Artigo 3 acima.

    O 3 do art. 3 da Conveno em comento determina que a durao das frias no dever, em caso algum, ser inferior a 3 semanas de trabalho (21 dias), por 1 ano de servio. Verifica-se, portanto, que a legislao nacional mais benfica, uma vez que concede 30 dias corridos de frias.

    Ante o previsto no mencionado art. 6, surge a dvida acerca da contagem dos dias de frias, ou seja, as mesmas so contadas em dias corridos (con-forme determina a CLT) ou em dias teis (de acordo com o estabelecido na Conveno OIT)?

    Parte dos doutrinadores entende que, como a CLT concede perodo maior que o previsto na Conveno, portanto, mais benefcio ao empregado, observa-se a norma mais vantajosa, de forma que o disposto no art. 6 da Conveno no ser aplicado, o que deter-mina a contagem das frias em dias corridos. Outros entendem que, ainda que o perodo de frias previsto na legislao seja superior ao da Conveno, os dias de feriados no devem ser contados nas frias.

    At que a mencionada controvrsia seja sanada pelo Poder Judicirio ou por norma legal posterior, recomendvel que a empresa, antes de adotar o procedimento que entender mais coerente, verifique o posicionamento do sindicato da categoria profissional respectiva, bem como do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE) acerca da questo.

    Reproduzimos, a seguir, algumas decises a respeito do tema.

    I Recurso de revista do sindicato - Frias - Desconsiderao de feriados - Conveno 132 da OIT - Os arestos citados no apelo no se prestam ao confronto vlido de teses por serem oriundos do STF, de Turma do TST e do mesmo Tribunal pro-lator da deciso recorrida, esbarrando na restrio da alnea a do art. 896 da CLT. A invocao da Conveno 132 da OIT no enseja igualmente o conhecimento do apelo, porque no evidenciada afronta direta a seus termos. Isso porque a Conveno em tela contm regra genrica, enquanto a ma-tria alusiva s frias j disciplinada de forma especfica pela CLT, em seus arts. 130 e 130-A. Revista no conhe-cida... (TST - RR 140/2002-034-12-00.0 - 4 Turma - Rel. Min. Barros Levenhagen - DJU 24.02.2006)

    Frias - Art. 6 da conveno 132 - OIT - Inaplicabilidade - Nos termos do art. 147 da Conveno 132 da OIT, ausente previso em acordos coletivos, sentenas arbitrais ou deciso judicial, h de ser observado que a aplicao dos termos da referida Conveno deve operar-se por meio da legislao nacional que no traz previso no sentido almejado pela recorrente de que no devem ser computa-

    dos como parte do perodo mnimo de frias anuais remu-neradas os dias feriados oficiais ou costumeiros. (TRT- 9 Regio - Proc. 14906-2003-002-09-00-6 - (17988-2006) - 4 Turma - Rel Juza Marcia Domingues - DJPR 20.06.2006)

    Frias - Feriado - Conveno n 132 da OIT - A disposio contida no art. 130 da CLT mais benfica ao trabalhador, medida em que lhe confere frias anuais corresponden-tes a 30 (trinta) dias corridos, quando no houver falta ao servio por mais de 5 (cinco) vezes. Os feriados que, porventura, situam-se dentro do perodo de frias, no causam desrespeito durao mnima prevista no art. 3 da Conveno n 132 da OIT, pois este prev frias de trs semanas, descontando-se os fer