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EDITORIAL Informativo Semanal Páginas 01 e 02 EDITORIAL FIQUE SABENDO Desoneração para indústria pode estimular consumo e beneficiar produtores rurais Agronegócios: ainda temos muito que aprender com os EUA; U.E, China e outros países Páginas 03 e 04 NOTÍCIA DA CNA Página 04 PEQUENAS NOTAS AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO Informativo Semanal 18 anos Argentina afeta Brasil do que Europa ESPAÇO DO AGROPACTO Resumo da reunião do dia 13/09/2012 Páginas 05 e 06 Página 05 Previsão de safra recorde de grãos é mantida Agronegócios: ainda temos muito que aprender com os EUA; U.E, China e outros países (*) EVENTOS Página 02 EUA visitam indústrias do Brasil e conferem avanços no serviço de inspeção Ano 18 - Nº 676 - 12 a 18/09/2012 Inicialmente é preciso dizer que todos os países, altamente desenvolvidos hoje, tiveram suas raízes na agricultura, hoje convertida em agronegócios, e todos tudo fazem para protegê-la, ajudá-la e alavancá-la. Mesmo gigantes como EUA, China, Alemanha, França e Austrália não negligenciam seus elevados apoios ao agronegócio e à população rural. Obviamente, comparar a agricultura do Brasil com a de países como os EUA, U.E e China é um grande desafio, pois são grandezas bastante diferentes em todos os sentidos (e até divergentes) e como comparar ainda anões com gigantes (dói muito, mas é a verdade e sem nenhum demérito ao nosso esforço continuado e já com altíssimo sucesso). Contudo, além das enormes diferenças de visão negocial e de proteção, explicitadas a seguir no capitulo sobre Seguro de Renda, vou tentar estabelecer algumas comparações, de forma a demonstrar algumas verdades: “que nós ainda estamos engatinhando; que somos bem pequenos e que eles são muito mais profissionais do que nós”, até por terem muito mais recursos e vontade política, bem maior e continuada, para, realmente, priorizarem a agricultura, em especial, a dos pequenos e médios produtores. Infelizmente, no Brasil, como critica construtiva, acho que são tantas as carências e dificuldades que os principais órgãos agrícolas passam boa parte de seu tempo, literalmente, “apagando incêndios” e resolvendo problemas, havendo, ainda, pouco planejamento e pouca coragem para mudar/melhorar, mesmo que só copiando ou adaptando. Também, culturalmente, aqui quase não há união, esforço coletivo e continuidade em muitas propostas e ações muito boas. Contudo, temos a grande e imensa vantagem de sermos muito jovens, de termos muita terra boa ainda a reconverter, de aprendermos rápido e de estarmos consertando rapidamente alguns erros seguidos de muitos anos agrícolas quase que inteiramente perdidos. tecnicamente (sou apolítico), professo a todos – publicamente e em meus artigos – que com as grandes obras de infra-estrutura e logística, quase sigilosas, em andamento até rápido, a presidente Dilma será considerada em mais 10 anos como a segunda melhor presidente da republica, somente superada por JK. Nos EUA, para muitos, a agricultura moderna data de 1833, quando da fundação da Bolsa de Chicago e já com propósitos de proteções de preços agrícolas e, na U.E. em 1850, data da fundação da Bolsa da Suíça. Na China, a agricultura moderna pode-se dizer que começou em 1978, com o inicio da agricultura de mercado nas ex-comunas da antiga reforma agrária (vide antes), sendo que a BMD – Bolsa de Mercadorias de Dalian data apenas de 1993. No Brasil, pode-se dizer que a agricultura real (não de subsistência) começou em 1975 com a criação do programa POLOCENTRO – Programa de Desenvolvimento dos Cerrados e que deu inicio ao desbravamento dos cerrados, com a migração de milhares de famílias de gaúchos e depois de paranaense e de outros Estados para as regiões de cerrados de MT, MS, GO e MG. A nossa atual BVMF foi criada em 1985, mas até hoje menos de 5% são de operações rurais e a liquidez agrícola (negócios “No Brasil, pode-se dizer que a agricultura real (não de subsistência) começou em 1975 com a criação do programa POLOCENTRO – Programa de Desenvolvimento dos Cerrados.”

JORNAL AGROPACTO

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As principais noticias do Agronegócio Brasileiro, você encontra no informativo semanal do Agropacto.

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Page 1: JORNAL AGROPACTO

EDITORIAL

Informativo Semanal

Páginas 01 e 02

EDITORIAL FIQUE SABENDO

Desoneração para indústria pode estimularconsumo e beneficiar produtores rurais

Agronegócios: ainda temos muito queaprender com os EUA; U.E, China e outrospaíses

Páginas 03 e 04

NOTÍCIA DA CNA

Página 04

PEQUENAS NOTAS

AGRICULTURA COM MAIS CRÉDITO

Informativo Semanal18 anos

Argentina afeta Brasil do que Europa

ESPAÇO DO AGROPACTOResumo da reunião do dia 13/09/2012

Páginas 05 e 06Página 05

Previsão de safra recorde de grãos émantida

Agronegócios: ainda temos muito que aprender com os EUA;U.E, China e outros países(*)

EVENTOSPágina 02 EUA visitam indústr ias do Brasil e

conferem avanços no serviço de inspeção

Ano 18 - Nº 676 - 12 a 18/09/2012

Inicialmente é preciso dizer que todos os países,altamente desenvolvidos hoje, tiveram suas raízes naagricultura, hoje convertida em agronegócios, e todostudo fazem para protegê-la, ajudá-la e alavancá-la. Mesmogigantes como EUA, China, Alemanha, França e Austrálianão negligenciam seus elevados apoios ao agronegócioe à população rural.

Obviamente, comparar a agricultura doBrasil com a de países como os EUA, U.E eChina é um grande desafio, pois são grandezasbastante diferentes em todos os sentidos (eaté divergentes) e como comparar ainda anõescom gigantes (dói muito, mas é a verdade esem nenhum demérito ao nosso esforçocontinuado e já com altíssimo sucesso).Contudo, além das enormes diferenças devisão negocial e de proteção, explicitadas aseguir no capitulo sobre Seguro de Renda, voutentar estabelecer algumas comparações, deforma a demonstrar algumas verdades: “quenós ainda estamos engatinhando; que somosbem pequenos e que eles são muito maisprofissionais do que nós”, até por terem muito maisrecursos e vontade política, bem maior e continuada, para,realmente, priorizarem a agricultura, em especial, a dospequenos e médios produtores. Infelizmente, no Brasil,como critica construtiva, acho que são tantas as carênciase dificuldades que os principais órgãos agrícolas passamboa parte de seu tempo, literalmente, “apagandoincêndios” e resolvendo problemas, havendo, ainda, poucoplanejamento e pouca coragem para mudar/melhorar,mesmo que só copiando ou adaptando. Também,culturalmente, aqui quase não há união, esforço coletivo

e continuidade em muitas propostas e ações muito boas.Contudo, temos a grande e imensa vantagem de sermosmuito jovens, de termos muita terra boa ainda areconverter, de aprendermos rápido e de estarmosconsertando rapidamente alguns erros seguidos demuitos anos agrícolas quase que inteiramente perdidos.

tecnicamente (sou apolítico), professo a todos– publicamente e em meus artigos – que comas grandes obras de infra-estrutura elogística, quase sigilosas, em andamento atérápido, a presidente Dilma será consideradaem mais 10 anos como a segunda melhorpresidente da republica, somente superadapor JK.

Nos EUA, para muitos, a agriculturamoderna data de 1833, quando da fundaçãoda Bolsa de Chicago e já com propósitos deproteções de preços agrícolas e, na U.E. em1850, data da fundação da Bolsa da Suíça.Na China, a agricultura moderna pode-se dizerque começou em 1978, com o inicio daagricultura de mercado nas ex-comunas da

antiga reforma agrária (vide antes), sendo que a BMD –Bolsa de Mercadorias de Dalian data apenas de 1993.No Brasil, pode-se dizer que a agricultura real (não desubsistência) começou em 1975 com a criação doprograma POLOCENTRO – Programa de Desenvolvimentodos Cerrados e que deu inicio ao desbravamento doscerrados, com a migração de milhares de famílias degaúchos e depois de paranaense e de outros Estadospara as regiões de cerrados de MT, MS, GO e MG. A nossaatual BVMF foi criada em 1985, mas até hoje menos de5% são de operações rurais e a liquidez agrícola (negócios

“No Brasil,pode-se dizer

que aagricultura

real (não desubsistência)começou em1975 com acriação doprograma

POLOCENTRO– Programa deDesenvolvimentodos Cerrados.”

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CONSULTAPara maiores esclarecimentos sobre as infor-mações aqui divulgadas, favor comunicar-secom a SECRETARIA EXECUTIVA DO PAC-TO DE COOPERAÇÃO DA AGROPECUÁRIACEARENSE.Endereço: Rua Edite Braga, 50 -Jardim América - 60.410-436 Fortaleza - CETelefones: (0xx85) 3535-8006 Fax: (0xx85) 3535-8001E-mail: [email protected]: www.agropacto-ce.org.br

Órgão de divulgação de assuntos deinteresse do Setor Agropecuário e do Pactode Cooperação da Agropecuária Cearense.

Coordenação e Elaboração: GerardoAngelim de Abuquerque - Chefe de Gabineteda FAECCoordenador Geral do Agropacto:FLÁVIO VIRIATO DE SABOYA NETO(Presidente da FAEC) Membros do Comitê Consultivo: Setor PúblicoEvandro Vasconcelos Holanda Júnior - EmbrapaCaprinos e OvinosJoão Hélio Torres D'Ávila - UFCJosé Alves Teixeira - BNBLucas Antonio de Sousa Leite - EmbrapaAgroindustria TropicalPaulo Almicar Proença Sucupira - BBRaimundo Reginaldo Braga Lobo - ADECE

Setor PrivadoAlderito Raimundo de Oliveira - CS da CajuculturaÁlvaro Carneiro Júnior - CS de LeiteCristiano Peixoto Maia - CS do CamarãoEdgar Gadelha Pereira Filho - CS da CarnaúbaEuvaldo Bringel Olinda - Instituto FrutalJoão Teixeira Júnior - CS da Fruticultura e UNIVALEPaulo Roque Selbach - CS. FloresVinícius Araújo de Carvalho - CS do MelCarlos Prado - Itaueira AgropecuáriaFrancisco Férrer Bezerra - FIECJoão Nicédio Alves Nogueira - OCB/CELuiz Prata Girão - BETÂNIAPaulo Jorge Mendes Leitão - SEBRAE-CE

Secretária:Teresa Lenice Nogueira da Gama MotaKamylla Costa De Andrade Editoração Digital:Brunno CarvalhoHelena Monte LimaTaquigrafia:Irlana GurgelPatrocínio:BANCO DO BRASIL S/ABANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/ASEBRAE/CE

Nº 676

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PRODUTOR RURAL: Pague a Contribuição Sindical Rural em benefício da

manutenção do Sistema Sindical Rural

18 anos

Eventos

efetivos diários) ainda é considerada muito baixa, segundo os padrõesinternacionais. É lógico que os países concorrentes acima podem serexemplos para nós em muitas áreas, mas nós somos exemploscomprovados para muitos países mais pobres e famintos, sobretudo nostópicos desenvolvimento da agricultura familiar e Programas de distribuiçãode alimentos.

Nos países concorrentes acima, os agricultores são tão profissionais,tecnicamente falando, que embora seus campos fiquem debaixo de neveou de gelo por até 06 meses por ano, eles conseguem replantar ourecuperar tudo rapidamente em cada safra, inclusive pastagens ecapineiras, e ainda obterem as melhores produtividades e produçõesmédias mundiais (vide ao final).

Contudo, a diferença fundamental entre a agricultura dos EUA, U.E,Japão, Austrália, Canadá e até, de forma mais recente, da China e daÍndia e a brasileira é que eles são muito mais voltados para os mercadose às comercializações, quase tudo de forma privada, cooperativa ou mistae, nós, muito mais voltados, erroneamente, para produções e alavancadasmais de forma publica.

Também é fundamental explicar que, a seguir-se os parâmetros daFAO para a agricultura familiar (até 4 módulos fiscais e mais outrasexigências), a maior parte da agricultura daqueles paíes seria consideradafamiliar (as áreas médias são pequenas e há poucos empregados externos– vide lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006, revisada), mas só que comrendas brutas e liquidas muito mais elevadas do que a nossa e, melhor,inteira segurança para produzir em longo prazo.

(*) Professo Climaco Cezar de Sousa, consultor em agronegóciose investimentos internacionais

Evento: Seminário Agricultura de PrecisãoData: 22.09.2012Local: Campo Verde-MTContato: telefone: (61) 2109-1400

Evento: PorkExpo 2012 – VI Fórum Internacional deSuinoculturaData: 26 a 28.09.2012Local: Expo Unimed, em Curitiba–PRContatos: site: http://porkexpo.com.br/E-mail [email protected]: (19) 3709.1100

Evento: Agrotecno Leite 2012Data: 26 a 28.09.2012Local: Centro de Eventos e Campos de Pesquisa daUniversidade de Passo Fundo (UPF), Passo Fundo-RSContatos: e-mail [email protected] telefones(54) 3313-7452/ 3314-7310/ 3327-1498

Evento: XXII Congresso Brasileiro de FruticulturaData: 22 a 26.10.2012Local: Parque de Eventos, Bento Gonçalves-RSContatos: telefone: (51) 3231.0311 e-mail:[email protected]

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Fique SabendoArgentina afeta mais Brasil do que Europa

Exportações brasileiras sofrem com barreiras do país vizinho

A má fase econômica e ainstabilidade política da Argentinaestão afetando as exportaçõesbrasileiras com mais força do quea crise europeia. De abril a julho,mesmo com o câmbio acima de R$2, as vendas do Brasil a outrospaíses caíram US$ 6,1 bilhõessobre igual período do anopassado. Os argentinos foramresponsáveis por 32% daredução, com o encolhimento deUS$ 1,96 bilhão das compras dosprodutos brasileiros. Já a UniãoEuropeia importou US$ 1,67bilhão menos, ou 27% do total daqueda das vendas brasileiras.

Em todas as categorias (bensde capita l, intermediários,duráveis, não duráveis e

combustíveis) o Brasil registrouvariação negativa nas exportaçõesentre abril e julho. Mas as perdasmais nítidas foram na indústria,sobretudo em bens de capital (-14%) e de consumo duráveis (-12%)— dos quais os princ ipaiscompradores são os argentinos, com60% do total exportado pelo Brasil.

— O problema está na economiaargentina e isso nos preocupa. Omau desempenho das exportaçõesé ruim para a nossa economia. Asmedidas do governo surtirão efeitona indústria neste semestre, e ofator exportação pode segurar o PIBdo ano — diz Júlio de Almeira,consultor do Instituto de Estudospara o Desenvolvimento Industrial(Iedi).

Especia listas explicam que aArgentina tem forçado a redução deimportação com barreiras comerciaispara encerrar o ano com superávit.E está trocando produtos brasileirospor chineses, mais baratos. JoséAugusto de Castro, diretor daAssociação de Comércio Exterior doBrasil (AEB), chama o “macete” dapresidente Cristina Kirchner e seu

braço direito, o ministro GuillermoMoreno, de “jeitinho argentino”.

— Após o calote argentino, elesnão têm mais crédito. E nãovendem títulos do governo porquenão há quem confie no país. Comonão exportam quase nada, a saídaé ter superávit na balança impondobarreiras. A situação está tãocrítica que a Fiesp vai propor aogoverno argentino que seja usadaa moeda local no comércio entreos dois países, para reaquecer arelação bilatera l. As restriçõesargentinas já fizeramexportadores brasileirosdesistirem de negócios no paísvizinho. Um exemplo é Astor Ranft,sócio da Calçados Pegada, do RioGrande do Sul, que vendia sapatosmasculinos de couro à Argentina:

— Abandonamos o país porquenão havia como trabalhar MarceloPalubettio, diretor da Democrata,exportadora de sapatos, diz quehá dias em que suas lojas não têmmercadoria. Apesar de a Argentinater mercado promissor, ele diz quecom a instabilidade política “não hácomo crescer”.

Previsão de safra recorde de grãos é mantida

A produção recorde de 165,9milhões de toneladas da safra degrãos 2011/2012 está mantidaconforme o 12º levantamentodivulgado no dia 6 de setembroúlt imo, pelo Ministério daAgricultura, Pecuária eAbastecimento (MAPA) e pelaCompanhia Nacional deAbastecimento (CONAB), emBrasília. O estudo aponta umcrescimento de 1,9% em relaçãoà safra 2010/2011 – quando aprodução atingiu 162,8 milhõesde toneladas – e significa 3,1milhões de toneladas a mais novolume total.

O destaque segue sendo omilho segunda-safra, onde as

Milho segunda-safra permanece como destaque com um crescimento de 73% sobre a safra anteriorcondições favoráveis da cultura forammantidas nas áreas de maiorprodução. Os dados mostram umcrescimento de 73% ou o equivalentea 16,4 milhões de toneladas sobre aúltima safra, alcançando 38,86milhões de toneladas. No anopassado foram colhidas 22,46 milhõesde toneladas. Já a estimativa para assafras consolidadas (primeira esegunda safras) demonstra umaumento de 26,7% ou 15,32 milhõesde toneladas, alcançando 72,73milhões de toneladas do cereal.

A retração na soja (- 8,9 milhõesde t) e no arroz (- 2 milhões de t)também foi confirmada. As reduçõesse devem, principalmente, àscondições climáticas não favoráveisnas fases de desenvolvimento dasculturas, quando as maisprejudicadas foram as lavouras demilho e de soja nos estados daregião Sul, parte do Sudeste e nosudoeste de Mato Grosso do Sul. Aforte estiagem nos estadosnordestinos foi outro fator quecontribuiu para as perdas e levou aregião a uma queda de 22 % em

relação à safra passada, ou seja,3,53 milhões de toneladas deprodutos.

Área plantada – A estimativatotal de área plantada é de 50,86milhões de hectares, com umcrescimento de 2% ou 982,9 milhectares a mais que a da safra2010/2011, quando atingiu de49,87 milhões de hectares.

O milho segunda safra teveum crescimento da área cultivadade 23,1% ou de 1,43 milhão dehectares. A soja vem em seguida,com aumento de 3,6% ou 861,2mil hectares a mais.

Por outro lado, as culturas dearroz e feijão apresentaramredução na área devido aproblemas na comercialização,dificuldades climáticas na regiãoNordeste, falta de água nosreservatórios e aumento no custode produção.

O próximo levantamento degrãos ocorrerá no dia 9 deoutubro e será o primeiro relativoao período 2012/2013.

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Desoneração para indústria pode estimular consumo ebeneficiar produtores rurais

Notícia CNA

Fique SabendoEUA visitam indústrias do Brasil e conferem avanços no

serviço de inspeção

O administrador do Serviço deInspeção Americano, A lfredAlmanza, visita o Brasil paraconhecer o sistema brasileiro deinspeção. Durante o período em quepermanecer no País, Almanza seráacompanhado por representantes doMinistério da Agricultura, Pecuária eAbastecimento (MAPA) nas visitastécnicas a três unidades industriaisde processamento de carne, nosEstados de São Paulo e Mato Grossodo Sul. O desembarque em Brasíliaocorreu no dia 17 de setembro e oinício do roteiro dia 18, começandopor São Paulo.

O objetivo do ministério com a açãoé apresentar à autoridade americanaos avanços nos controles oficiais eautocontroles privados referentes àscarnes industrializadas exportadaspara os Estados Unidos (EUA). É aprimeira vez que o administrador doórgão americano vem ao Brasil, o quemostra o interesse pelo potencial domercado brasilei ro. Os EstadosUnidos, nos últimos anos,promoveram grandes avanços no quediz respeito à Segurança Alimentar,além de ter modernizado as estruturasadministrativas, muito próximo ao quese deseja para modernização doDepartamento de Inspeção deProdutos de Origem Animal (DIPOA)do MAPA.

Com a visita, os órgãos brasileirose americanos podem in iciar umprocesso de cooperação técnica queculminará em acordos homogêneos,além do alinhamento nos fórunsinternacionais, favorecendo ocomércio bilateral entre as partes.

Internacional – O Departamentode Agricultura dos Estados Unidos

(USDA, sigla em inglês) comunicou,recentemente, ao Mapa oreconhecimento de equivalência doserviço de inspeção de carne suínado Brasi l e autor ização parahabil itação de matadouros–frigoríficos de Santa Catarina paraexportação de carne suína “in natura”para aquele País.

Além desse tipo de produto, oServiço de Inspeção e SegurançaAlimentar (FSIS, sigla em inglês) dosEstados Unidos também ampliou essaautorização de habilitação de carnesuína cozida e processada de outrosestados brasileiros livres de aftosacom vacinação, desde que aindustrialização ocorra emestabelecimentos com registro noServiço de Inspeção Federal (SIF) ehabil itados como produtores dematéria-prima.

A abertura para o mercadoamericano, nesse primeiro momento,é resultado da decisão tomada noano de 2001 pelo governo de SantaCatarina de manter o estado livre defebre aftosa sem vacinação.

Desembarque do representante americano, em Brasília, está previsto para o dia 17, com início doroteiro no dia 18, pelo Estado de São Paulo

A desoneraçãoda folha depagamentos paraa indústr ia deaves e suínospode contr ibuirpara estimular oconsumo internode carne e

proporcionar melhor remuneraçãoaos criadores de animais pelacomercialização de matrizes comas agroindústrias. A avaliação édo presidente da ComissãoNacional de Aves e Suínos daConfederação da Agricultura ePecuária do Brasil (CNA), RenatoSimplício Lopes, que considerouposit iva a medida anunciadaontem (13/9) pelo ministro daFazenda, Guido Mantega, queincluiu os dois segmentos entre oscontemplados pela desoneração

tributária para 20 segmentos daindústr ia, além dos setores deserviços e transportes.

Ao propor a substituição dacontr ibuição patronal de 20%sobre a folha de pagamentos poruma alíquota de 1% sobre ofaturamento das indústrias, oGoverno pretende incentivar ageração de mais empregosformais, além da ampliação deinvestimentos e redução do custoda mão-de-obra para asempresas. “É uma medida positiva,desde que esta redução do custodas empresas seja repassada aoconsumidor. Isso poderá aumentara procura por carne e equilibrar arelação entre oferta e demanda”,ressalta Simplício, defendendo quea medida beneficie principalmentea suinocultura, que atravessaperíodo de crise.

Segundo ele, no caso dasuinocultura, o equilíbrio entreprocura e oferta pode provocaruma reação positiva nos preçosdo quilo do suíno vivo. A baixaremuneração pelos animais temsido uma reclamação freqüentedos suinocultores, diante doexcedente de carne suína nomercado. Os valores recebidospela venda de matr izes têmficado abaixo do custo deprodução, em razão dadisparada dos preços dosinsumos usados na alimentaçãodos animais. “Para que hajaessa recuperação de preços, asmedidas tomadas paradesonerar a indústria devem terbenefícios na ponta. Casocontrário, nem o consumidornem o produtor rural ganham”,afirma Simplício.

Fonte: Assessoria de Comunicação CNA

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Espaço Agropacto

Pequenas Notas

Resumo da reunião do dia 13 de setembro de 2012 ocorrida em São Benedito durante a HORTIFRUTEC– II Feira Tecnológica do Agronegócio da IbiapabaTema: Os Trabalhos da Comissão Nacional de Fruticultura da CNAPalestrante: CARLOS PRADO, Presidente da Câmara Setorial da Fruticultura do MAPA e da ComissãoNacional da Fruticultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA

Brasil exportou 8,8% mais carne bovina in natura em agosto: O Brasil exportou 90,6 mil toneladasmétricas de carne bovina in natura em agosto de 2012, alta de 8,8% frente ao mês anterior, quando

foram embarcadas 83,3 mil toneladas, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior(MDIC). Em relação ao mesmo mês no ano passado o aumento é de 37,5%. Naquele mês foram exportadas65,9 mil toneladas métricas do produto. O faturamento em agosto foi de US$ 421,4 milhões, 11,5% maiorque os US$ 377,9 milhões faturados em julho e 21,3% mais que no mesmo mês em 2011. O preço pago portonelada aumentou frente a julho deste ano, atingindo US$ 4,6 mil, alta de 2,4%. Frente a agosto do anopassado houve queda de 11,8%.

Custos de produção na pecuária leiteira: O farelo de soja e o milho, principais ingredientes doconcentrado, foram os vilões do aumento do custo na produção de leite, em julho, nos Estadospesquisados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo

(Cepea/USP). O farelo registrou valores recordes, influenciados pela quebra de produção da soja brasileira,alta das exportações e possível redução da safra norte-americana. O milho, por sua vez, a despeito dorecorde da segunda safra, continuou subindo de preço devido à quebra da safra nos Estados Unidos, o quefavoreceu o aumento das exportações brasileiras e limitou a oferta do cereal no mercado interno. Assim, oCusto Operacional Efetivo (COE) e o Custo Operacional Total (COT) da pecuária leiteira atingiram os maiorespatamares da série histórica, iniciada em janeiro de 2008. Apesar do aumento dos custos de produção, oCepea registrou crescimento médio de 4% do Índice de Captação de Leite (ICAP-Leite) nos EstadosPesquisados.

Vendas de fertilizantes cresceram: As vendas de fertilizantes totalizaram 2,46 milhões de toneladasem junho, segundo a Anda – Agência Nacional para Difusão de Adubos. Foi o mês de maior volume

entregue no ano e reflete, em parte, a antecipação das compras para o plantio da safra 2012/2013. Noprimeiro semestre de 2012, foram entregues ao consumidor final 11,72 milhões de t de adubos, 5.6% amais, em comparação com o mesmo período do ano passado. Do lado das importações, o Brasil comprou2,06 milhões de adubos e matérias-primas em junho. No acumulado do primeiro semestre de 2012 asimportações somaram 7,72 milhões de t, frente a 9,06 milhões de t no mesmo período de 2011.

O Sr. Inácio Parente abriu areunião, passando a palavra ao Sr.Milton Holanda, Presidente doIDAGRI, que fez a saudação iniciale desejou sucesso ao evento,dizendo da sua importância parao desenvolvimento do produtor daregião. O Sr. Magalhães Terceiro,também, apresentou as boasvindas a todos, fazendo um relatosobre a agropecuária da Serra daIbiapaba e a importância do

evento. O Sr. João Bastos Bitureafirmou a importância do eventopara a cadeia produtiva doagronegócio da Ibiapaba. Emseguida houve a entrega da“Comenda Agrovalor Ibiapabano”ao Sr. Gutemberg Leite Pinto Júnior,da FortAgro Empresarial; aoagropecuarista, Sr. Luiz Ximenes eao Sr. Flávio Saboya, Presidente daFAEC. O coordenador Flávio Saboyaagradeceu a comenda, disse queera uma honra recebê-la,reafirmando a sua disposição ematender qualquer produtor rural emsuas essenciais ações. Procedeu àabertura da reunião itinerante doAgropacto, em São Benedito/Ce,com as boas vindas a todos ospresentes. O Sr. Carlos Pradodiscorreu sobre os trabalhos daComissão Nacional de Fruticulturada CNA – Confederação da

Agricultura e Pecuária do Brasil eda Câmara Setorial da CadeiaProdutiva da Fruticultura do Mapa– Ministér io da Agricultura,Pecuária e Abastecimento fazendoum histór ico de sua atuação,citando que desde 2009, assumiua Comissão Nacional deFruticultura da CNA após terceiroconvite de José Ramos Torres deMelo Filho, sendo nomeado pelaPresidente da CNA, SenadoraKátia Abreu, representante daCNA na Câmara Setorial deFruticultura do MAPA – Ministérioda Agricultura, Pecuária eAbastecimento. Logo após aposse de Flávio Saboya comoPresidente da FAEC, colocou ocargo de Presidente da CNF-CNAà disposição, mas recebeu oconvite para dar continuidade eem Junho/2010, foi eleito

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Presidente da Câmara Setorial deFruticultura do MAPA. Em Março/2011, houve um trabalho parareabrir a Frente Parlamentar daFruticultura – FPMF, tendo comoPresidente, o Deputado AntonioBalhmann. Em Agosto/2012, asnegociações com o Instituto CNA,para gerenciar os recursos daFPMF; em setembro/2012, areeleição para Presidência daCâmara Setorial da CadeiaProdutiva da Fruticultura do MAPA.Financiamentos, impostos e taxas;sementes, fert il izantes edefensivos; tratores,colheitadeiras, semeadoras;caminhões, veículos, utilitários;transporte marítimo. Disse que oprodutor brasileiro estavadescapitalizado, sem seguro rural,sem o conhecimento necessário eassumindo todos os riscos daatividade. As pr ior idades daComissão e da Câmara Nacionalpara o fortalecimento dafrut icultura: regularização dosdefensivos; endividamento rural;seguro rural; Programa deIncentivo ao Consumo de FLVs –Frutas, Legumes e Verduras;barreiras comerciais naexportação; barreirasf itossanitár ias. Para aregularização dos defensivos, aextensão de uso de produtosregistrados, criação da AgênciaNacional de Agroquímicos, oregistro provisório de defensivosjá registrados em países deprimeiro mundo, receituárioagronômico. Sobre oendividamento rural, reuniões daComissão na CNA, discussão dasvárias iniciativas com apoio daFAEC, via Edivaldo Brito. Sobre oseguro rural: subvenção peloMAPA, com emendas aoorçamento, definição de modelosde seguros para frut icultura,negociações com os pólosprodutivos (envolvimento deestados e municípios) da maçã,uva no Vale do S.Francisco e melão,no Rio Grande do Norte e noCeará. O Programa de Incentivoao Consumo de FLVs segue omodelo “My Plate”-www.myplate.com, se acordo com

pesquisa feita pela CNA –Confederação da Agricultura ePecuária do Brasi l e oencaminhamento da proposta jáconsta de ações diversas emandamento: merenda escolar,obesidade, dentre outras. Barreirascomerciais para a banana –reuniões do Mercosul/Europa paraimportação de banana do Equador.Melão – barreiras comerciais ef itossanitárias. Sobre a uva,destacou que não era permitidousar certos defensivos, mas as uvasimportadas já os continham. Deuuma orientação sobre o site http://www.agricultura.gov.br: na páginado MAPA, clicar em: CâmarasSetoriais e Temáticas e em seguida,escolher: Câmara Setorial daCadeia Produtiva da Fruticultura.Informou que estavam à disposiçãono site as atas e apresentaçõesdas reuniões. Finalizouagradecendo a atenção de todos edeixando seus contatos:w w w . i t a u e i r a . c o m . b r ,[email protected].

Debates

O Sr. Coordenador Flávio Saboyaabriu os debates, o Sr. MiltonHolanda perguntou quais os pontosque a Câmara Setorial estavaabordando e onde estavacontr ibuindo para essasreformulação das leis dosagrotóxicos. O Sr. Erildo Pontesprocedeu ao lançamento da Frutal,de 25 a 27 de setembro, no novoCentro de Eventos do Ceará, noqual teria uma mesa redonda, o dotema defensivos agrícolas, usocorreto, descarte da embalagem(logística reversa), um semináriosobre EPI – Equipamento deProteção Individual, ouro para afloricultura. Ressaltou que aquelaera uma região que merecia ter umevento como a Frutal. O estudanteValdir Júnior perguntou como o setorde frut icultura pode fazerdesenvolvimento regional e sergerador de emprego e renda. Sr.Carlos Dias disse que uma das vinteexperiências que ir iam serapresentadas na Frutal é de SãoBenedito, da área de floricultura.

Perguntou qual posição comrelação à propaganda dealimentos saudáveis na TV eJornais, se educam ou deseducam.A Sra. Viviane(Conselho dePolít icas e Gestão do MeioAmbiente) disse que foi formadoum grupo representado por todosos interesses e a Câmara Setorialda Fruticultura estava presente e,enquanto governo, estavatentando melhorar e adequar. OSr. Anízio de Carvalho disse que oSENAR tinha cuidado especial pelaregião da Ibiapaba, porque tempotencial muito grande, com solosbons, água, apesar de terproblemas de desmatamento,erosão, recolhimento de resíduossólidos. O Sr; Nelson Gonçalvesfalou das facilidades que existiampara o financiamento da pecuária,o contrário da fruticultura, cujasexigências ambientais eramvárias, enquanto o produtorculpava o banco.

O Sr. Palestrante respondeu:criar a infraestrutura necessária,regularizar a situação de todos osprodutos, registrando-os, seria oque existia de mais importante;que a frut icultura é uma dasatividades que oferece maiorpossibilidade de lucro por hectarede terra, com irrigação etecnologia; que o Brasil era umademocracia e cada iniciat ivaprivada tinha direito de divulgarprodutos, respeitadosregulamentos vigentes e, por isso,era preciso ter promoção dasfrutas, legumes e verduras; queera elogiável somar iniciativa oficiale privada; que existia uma longarelação dos bancos com o setorprodutivo. Exemplificou a situaçãoque o produtor vivia em relação afinanciamentos bancários paraprodução (custeio einvestimento); que é necessárioformar um caldo cultural paraalimentar uma mudança cultural.O Sr. Coordenador fez algumasconsiderações finais e passou apalavra ao Sr. Milton Holanda, queagradeceu novamente aparticipação de todos e deu porencerrada da reunião doAgropacto itinerante.

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