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l NESTE NÚMERO O que os deputados podem fazer em prol dos esportes de luta, como o MMA PÁGINAS 4 e 5 Em votação das OSs, Alerj aprova emendas para maior controle do processo PÁGINA 9 Designers do Rio mostram seus trabalhos em evento no Palácio Tiradentes PÁGINAS 10 a 12 Normalmente associada à mobilidade, a acessibilidade ganha outros contornos quando tratada como instrumento de busca pela informação. Nesta edição do JORNAL DA ALERJ, você verá algumas iniciativas de aproximar pessoas com deficiência visual da leitura. Assim, a Casa, fazendo a sua parte, resolveu, a partir deste número, disponibilizar em um link a audiodescrição de todas as matérias publicadas. PÁGINAS 6, 7 e 8 ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO JORNAL DA ALERJ Ano IX N° 237 – Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 2011 Na ponta dos dedos Foto: Mauro Pimentel

Jornal da Alerj 237

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Jornal da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro

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Page 1: Jornal da Alerj 237

lNESTE NÚMERO

O que os deputados podem fazer em prol dos esportes de luta, como o MMAPÁGINAS 4 e 5

Em votação das OSs, Alerj aprova emendas para maior controle do processoPÁGINA 9

Designers do Rio mostram seus trabalhos em evento no Palácio TiradentesPÁGINAS 10 a 12

Normalmente associada à mobilidade, a acessibilidade ganha outros contornos quando tratada como

instrumento de busca pela informação. Nesta edição do JORNAL DA ALERJ, você verá algumas iniciativas

de aproximar pessoas com deficiência visual da leitura. Assim, a Casa, fazendo a sua parte, resolveu, a partir deste número, disponibilizar em um link a

audiodescrição de todas as matérias publicadas.

PÁGINAS 6, 7 e 8

A S S E M B L E I A L E G I S L A T I V A D O E S T A D O D O R I O D E J A N E I R O

JORNAL DA ALERJAno IX N° 237 – Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 2011

Na ponta dos dedos

Foto: Mauro Pimentel

Page 2: Jornal da Alerj 237

Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 2011122

ALERJAssEmbLEiA LEgisLAtivA do EstAdo do Rio dE JAnEiRo

“Em editais de concursos públicos compostos por exames de capacitação física, é comum existir a previsão do desligamento do processo de seleção para grávidas”Inês Pandeló (PT), ao defender projeto que proíbe discriminação a gestantes em processos seletivos públicos

“Além das obras atrasadas, a Concer também não está garantindo a comodidade e segurança dos usuários da rodovia. Vidas estão sendo colocadas em risco”Bernardo Rossi (PMDB), ao discutir termos não cumpridos do contrato entre DNER e a concessionária que administra a BR-040

“O controle que o Exército faz é com base em relação enviada pela própria loja. O problema é que vimos hoje que essa relação não confere com o que se encontra no estoque”Marcelo Freixo (PSol), em audiência da CPI das Armas sobre sumiço de um revólver e uma pistola em loja de Nova Iguaçu

Arquivo

PresidentePaulo Melo

1ª Vice-presidenteEdson Albertassi

2º Vice-presidenteGilberto Palmares

3º Vice-presidentePaulo Ramos

4º Vice-presidenteRoberto Henriques

1º SecretárioWagner Montes

2º SecretárioGraça Matos

3º SecretárioGerson Bergher

4ª SecretárioJosé Luiz Nanci

1a SuplenteSamuel Malafaia

2o SuplenteBebeto

3º SuplenteAlexandre Corrêa

4º SuplenteGustavo Tutuca

JORNAL DA ALERJPublicação quinzenal da Diretoria Geral de Comunicação Social e Cultura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

Jornalista responsávelLuisi Valadão (JP-30267/RJ)

Editor-chefe: Pedro Motta Lima

Editor: Everton Silvalima

Chefe de reportagem: Fernanda Galvão

Reportagem: André Nunes, Fernanda Porto, Marcela Maciel, Marcus Alencar, Melissa Ornellas, Raoni Alves, Symone Munay e Vanessa Schumacker

Edição de Fotografia: Rafael Wallace

Edição de Arte: Daniel Tiriba

Secretária da Redação: Regina Torres

Estagiários: André Coelho, Andresa Martins, Bruna Motta, Cynthia Obiler, Diana Pires, Diego Caldas, Fellippo Brando, Fernando Carregal, Mauro Pimentel, Natash Nunes, Paulo Ubaldino e Ricardo Porto.

Telefones: (21) 2588-1404/1383 Fax: (21) 2588-1404Rua Primeiro de Março s/nº sala 406 CEP-20010-090 – Rio de Janeiro/RJEmail: [email protected]/alerjwww.facebook.com/assembleiarjwww.alerjnoticias.blogspot.comwww.radioalerj.posterous.com

Impressão: Imprensa OficialTiragem: 5 mil exemplares

siga a @alerj no

www.twitter.com/alerj radioalerj .com

Ouça sonoras dos deputados

.JORNAL DA ALERJ

Receba o

http://bit.ly/jornalalerj

em casa Veja nossos álbuns do Picasa

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FRASES ExPEDIENTE

MíDIAS SOCIAIS

As mensagens de mídias sociais são publicadas na íntegra, sem nenhum tipo de edição.

@marcel1982 Marcel dos Santos

@CassiaVF

@rbsnrjRobson Pinheiro

+Guilherme Garnier

Dia 12/9 às 16:00

Dia 10/9 às 15:54

Dia 12/9 às 13:02

Dia 9/9 às 18:18

@novacaarj CAARJ

Dia 5/915:03

O Palácio Tiradentes é uma das mais belas construções do Rio! RT @alerj Um dos corredores do #PalacioTiradentes http://twitpic.com/313dyl

Mais um problema, desta vez com Cartão de Crédito, que recorri ao CDC da @alerj resolvido! Recomendo e vale a pena lutar por seus direitos.

@alerj Óbvio!Transformar aberrações d cultura d violência em esporte banaliza + a violência. Ñ acho q divulgar luta deva ser coisa ‘normal’.

@alerj Não mesmo! Esse tipo de justificativa já esta ultapassado. Que luta não briga, são coisas bem diferentes!!

Agora falta uma campanha para abaixar os preços. Os estabelecimentos cobram preços abusivos em cinema, teatro e shows, já contando que pessoas usarão carteiras falsas, e nós que não usamos pagamos o pato.

VOCê SABIA?

As concessionárias de servi-ços públicos – água, luz, energia e gás – do Estado do Rio de Ja-neiro são proibidas de interrom-per o fornecimento, por qualquer motivo, sem aviso prévio. É o que determina a Lei 3.243, de autoria do ex-deputado e atual governador Sérgio Cabral, san-cionada em setembro de 1999. De acordo com o texto da lei, este aviso deve ser enviado ao consumidor por escrito com, no mínimo, cinco dias de antece-dência. A Lei 5.649, de autoria da deputada Cidinha Campos (PDT) e promulgada em março de 2010, exige que este aviso

prévio deve se dar também através de contato telefônico, e-mail, telemensagens ou outros meios de que disponha o con-sumidor e que seja de conheci-mento da empresa.

Caso a concessionária descumpra a lei, além de ser obrigada a restabelecer ime-diatamente o serviço, ela re-ceberá uma multa que varia de mil a 10 mil Ufir’s. O valor será fixado de acordo com circunstâncias agravantes, como a reincidência da em-presa na infração ou quando o corte gera danos à vida ou à segurança do consumidor.

Duas leis – 3.243/99 e 5.649/10 – regulamentam a interrupção do fornecimento de serviços públicos

e evitam os desmandos das concessionárias

@sabinodeputado Deputado Sabino (PSC)Dia 15/9 às 10:53

Hoje é dia do cliente! Quero lembrar que você é a razão da existência de todas as empresas, produtos e serviços. Parabéns pelo seu dia.

Comentário sobre: CINEMAS, TEATROS E ESTÁDIOS TERÃO CAMPANHA CONTRA CARTEIRAS FALSAS

Veja o resultado na página 5.

ENQUETE: Você acha que a promoção de eventos de esportes de luta (boxe, jiu-jitsu, judô...) estimula a violência?

Page 3: Jornal da Alerj 237

11Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 2011

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, afirmou que a arrecadação fluminense proveniente do Im-

posto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) chegou a R$ 22 bilhões em 2010. Em 2003, esse valor era de R$ 11 bilhões. A afirmação foi feita durante reunião, no dia 6, da Comissão de Tributação e Controle da Arrecadação Estadual e da Fiscalização dos Tributos Esta-duais da Alerj, presidida pelo deputado Luiz Paulo (PSDB). O parlamentar disse acreditar na importância dos incentivos tributários, mas garantiu que irá continuar lutando pelo maior controle das empresas, para diminuir a sonegação fiscal.

“Essa é uma política de incentivo de estado que tem que existir. O que estamos querendo mostrar é que tem que haver controle. Precisamos prestar atenção em aspectos como o reco-

lhimento do ICMS, a sonegação fiscal e a burla tributária, uma questão específica da Fazenda”, analisou Luiz Paulo.

Segundo Bueno, os objetivos da secretaria são “prover a competitividade, atrair novas empresas, apoiar a expansão das empresas existentes e garantir a isonomia tributária no estado”. De acordo com a apresentação feita pelo representante do Exe-cutivo, as principais áreas onde o Governo vem focando seus projetos de incentivos através de leis e decretos são produtos plásticos, setor têxtil, confecções, indústria naval, cadeia dos cosméticos, empresas de serviços aéreos, projetos esportivos, petróleo, gás, joias e informática, além do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Além do aumento considerável na arrecadação sobre o ICMS (ver box), Bueno apresentou dados do estudo Decisão Rio, feito pela Federação das Indústrias do Rio (Firjan), mostrando que o estado terá R$ 181 bilhões de investimentos públicos e privados no período entre 2011 e 2013. Participaram da reunião os deputados André Corrêa, Clarissa Garotinho (PR), Janira Rocha (PSol), Marcus Vinícius (PTB), Sabino (PSC), Janio Mendes (PDT) e Zaqueu Teixeira (PT), além de representantes da Firjan e da Fecomercio.

3

TRIBUTAÇÃO

Raoni alves

Fotos: Fellippo Brando

Secretário apresenta dados de programa do Governo e afirma que estado terá R$ 181 bilhões de investimentos entre 2011 e 2013

Arrecadação bilionária

Incentivos, emprego e receita em alta

Bueno (dir.) mostrou que arrecadação dobrou em sete anos. Já Luiz Paulo acredita que sonegação fiscal ainda é um problema

Durante o encontro na Alerj, o secretário Julio Bueno declarou ainda que a política de incentivo tributário deve ser cautelosa sempre. “Ao mesmo tempo em que temos que ensejar competitividade e atratividade nas empresas, temos que ter cuidado, pois estamos falando de dinheiro público. É possível fazer políticas de incentivo tributário

tendo como consequência o aumento da receita. Se com-pararmos a receita de ICMS – o nosso principal tributo – de 2010 com a de 2003, praticamente dobramos o valor. Houve incentivos tributários, mas, ao mesmo tempo, houve também aumento de emprego e de receita, em particular de ICMS”, explicou o representante do Poder Executivo.

Page 4: Jornal da Alerj 237

Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 2011124

Raoni alves, FeRnando CaRRegal e Paulo ubaldino

Vitória pornocauteLuta que conta com regras rígidas para a proteção dos atletas,

MMA, antigo Vale Tudo, movimenta milhões de dólares, mobiliza torcedores e faz Poder Legislativo aprovar leis de incentivo

Mais de 20 mil pessoas presentes, 30 milhões de aparelhos de TV ligados

no Brasil, 135 países conectados, 597 milhões de lares no mundo esperando pelo momento decisivo e um impacto econômico de US$ 50 milhões para a cidade do Rio. Não, não se trata da Copa do Mundo e nem dos Jogos Olímpicos. Esses são os números da edição 134 do Ultimate Fighting Championship, o UFC Rio, que aportou o País no último dia 27 de agosto. O evento mostrou como uma prática estigmatizada, tida como violenta no fim dos anos 90, tornou-se um dos esportes que mais cresce no mundo. E se engana quem acha que o Poder Legislativo não tem uma parcela de participação nisso tudo.

Em 1997, depois de incidentes envol-vendo praticantes de artes marciais, a sociedade fluminense exigiu a repressão aos maus atletas. Por conta disso, o então governador Marcelo Alencar sancionou a

Lei 2.805/97, que obrigava todo aluno de artes marciais a ser fichado na Secretaria de Estado de Segurança Pública. “Apesar da boa intenção da lei, pois, na época, tínhamos problemas com os chamados pitboys, hoje, o momento é outro”, aponta o deputado Pedro Fernandes (PMDB), que foi ao UFC Rio.

Pensando em combater o que clas-sifica como preconceito contra os lutadores, Fernandes, que presidiu a Comissão Especial do Cumpra-se da Alerj e analisou diversas leis estaduais, conseguiu a aprovação da Lei 5.945/10, que derrubou a determinação do ca-dastro desses atletas na secretaria.

Arquibancadas lotadas na Barra da Tijuca são o exemplo da força do MMA, que já é o segundo esporte mais praticado no País

Marta (esq.) e Suelen dizem que os esportes servem para extravasar a energia

ESPORTES Wander Roberto/UFC

Rafael Wallace

Page 5: Jornal da Alerj 237

11Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 2011 5

“Com a antiga norma, eu e o meu filho (que também é praticante do esporte) éramos criminosos sem saber. Sem dú-vida, é excelente que o Mixed Martial Arts (MMA) faça parte do dia a dia da cidade. Antes, o Vale Tudo não tinha regras e era violento. Hoje, estamos falando do segundo esporte mais pra-ticado do Brasil”, comenta.

As lutas de MMA contam com diversas regras para proteger a in-tegridade dos atletas. Muitos golpes não são permitidos, como cabeçada, dedo no olho e chutes com o adver-sário com quatro apoios no chão. “O MMA é um esporte com regras cada vez mais rígidas. São diversas artes marciais usadas em conjunto. Os participantes se respeitam, treinam juntos e são exemplos para diversas crianças”, explica o deputado Luiz Martins (PDT), autor do projeto de lei 175/11, que pretende regulamentar a realização de eventos como o UFC

Rio no estado.O professor das academias Nova União

e Pró Forma, Rafael Vinícius Bertho, fai-xa preta de kickboxing e de muay thai, acredita que a falta de informação é o principal adversário dos esportes de luta. “O preconceito existe pela falta de conhe-cimento. Posso garantir que o esporte tem menos contusões que o futebol, por exemplo”, assegura. Um duelo de MMA pode acabar por nocaute, finalização ou por interrupção (via árbitro ou médico). Três juízes ficam do lado de fora do oc-tógono analisando todos os movimentos dos lutadores. Os combates duram até três rounds de cinco minutos. Lutas que valem o cinturão, como entre Anderson Silva e Yushin Okami no UFC Rio, duram cinco rounds de cinco minutos.

De acordo com as psicólogas Marta Garcez e Suelen Barcelos, do Departa-mento Médico da Alerj, ao contrário do que algumas pessoas acham (ver enquete), a promoção de eventos de luta

não estimula a violência. “Não podemos generalizar, pois a prática de esportes ajuda a extravasar o estresse acumu-lado no cotidiano. Para as crianças, é bom que elas liberem sua adrenalina e sua energia. Existem vários lugares onde se pode buscar o aprendizado da luta e zelar pelo cuidado e disciplina psicológica do atleta. A luta não deve formar pitboys”, ressalta Marta.

Na luta pelo reconhecimento das artes marciais, o deputado Edino Fonseca (PR), autor da Lei 5.747/10, que institui o jiu-jitsu como patrimô-nio imaterial do estado, acredita que a iniciativa pode ajudar a combater o preconceito. “O jiu-jitsu é uma arte marcial desenvolvida aqui. Por esse motivo, merece o reconhecimento. Não há violência no esporte, tanto que existe um árbitro para interromper a luta, desde que ele perceba que um dos lutadores não têm mais condições de continuar”, analisa.

Fundada em 1997, a Usina de Cidadania deu suporte e qualidade de vida a mais de 7 mil pessoas. A ONG desempenha um importante pa-pel social no trabalho com crianças, adolescentes, adultos e pessoas com necessidades especiais de comuni-dades de uma das regiões com os menores índices de desenvolvimento humano do estado. Com sede em Manguinhos, a instituição lançou em abril seu mais novo projeto: o Nú-cleo de Artes Marciais Pedro Rizzo. Coordenado pelo lutador de MMA de mesmo nome (em pé, 3º esq.), o núcleo visa à prática e ao ensino de artes marciais.

Um octógono exclusivo para a prática e realização de eventos de MMA foi construído dentro do nú-cleo, assim como uma estrutura com dormitórios e refeitórios para dar suporte aos atletas que treinam na localidade. “Além de ser um espaço de incentivo e estímulo à prática do esporte e um dos poucos octógonos para treinamento da América Latina, o centro servirá como elo de integra-ção e desenvolvimento entre atletas e alunos, servindo, dessa forma, como espelho de ideais e oportunidades de crescimento para crianças e jovens”, pontua a coordenadora da ONG, Pa-trícia Zampiroli.

MMA que dá exemplos e constrói ideais

ENQUETEVocê acha que a promoção de eventos de esportes de luta (boxe, jiu-jitsu, judô...) estimula a violência?

Vote na próxima enquete, acesse: www.alerjnoticias.blogspot.com

Sim45%

Não55%

Antes, o Vale Tudo não tinha regras e era violento. Hoje, é o segundo esporte mais praticado no País”Deputado Pedro Fernandes (PMDB)

Rafael Wallace

Divu

lgação

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Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 201112

Auxiliar de serviços gerais e morador de Niterói, David Machado levava uma vida normal até janeiro deste ano, quando foi diagnosticado como portador de miopia degenerativa, causada pela disfunção

visual. Estudante do primeiro ano do ensino médio, Machado, aos 45 anos, acaba de descobrir que vai ficar cego. “Já tenho dificuldades para acompanhar as aulas e sofri preconceito por isso”, diz ele, que começará a fazer reabilitação para aprender a utilizar os métodos de aprendizagem disponíveis. A preocu-pação de Machado, a mesma de outros cidadãos fluminenses com deficiência visual, encontra ecos na Alerj, onde tramitam propostas para garantir a melhoria de vida dos cegos.

“Não quero parar de estudar”, reforça o estudante, que, tendo perdido a visão do olho esquerdo, conta atualmente com apenas 5% da visão direita. Ele se consulta na Associação Fluminense de Amparo aos Cegos (Afac), em Niterói. No Parlamento, algu-mas normas já aprovadas beneficiam o acesso aos livros. Uma das mais bem sucedidas, transformada na Lei 5.859/11, garante que todo livro técnico e didático editado no estado conte com versões em formato digital para a venda.

“Uma iniciativa simples, que é disponibilizar os arquivos em PDF ou arquivos do (programa) Word em um CD, pode garantir a dezenas, centenas de pessoas, uma formação educacional e profissional”, salienta o deputado Altineu Cortes (PR), autor da lei. Por conta disso, a Diretoria Geral de Comunicação Social e Cultura da Casa decidiu, a partir desta edição do JORNAL DA ALERJ, disponibilizar a audiodescrição das matérias publicadas para facilitar a leitura de pessoas com deficiência visual (ver pág. 7).

Nesse mesmo sentido, o deputado Alessandro Calazans (PMN) viu ser aprovado o projeto 2.270-A/09, que atualiza a legislação, obrigando editoras de universidades estaduais a disponibilizarem CDs com o conteúdo de publicações em txt ou doc. “O projeto também prevê a disponibilização dos arquivos na internet, facilitando ainda mais o acesso”, acres-centa. O texto aguarda sanção do governador Sérgio Cabral. “A Casa conscientizou-se de que, em livros didáticos e técnicos, adaptar as ilustrações a esse serviço também é imprescindí-vel”, justifica o deputado. Tese reforçada pela supervisora do Departamento de Educação, e professora do Instituto Benja-min Constant, Ana Fátima Berquó. “Pode até haver situações

6

cAPA

A janela da alma e do saber

FeRnanda PoRto, vanessa sChumaCkeR e andResa maRtins

Durante entrevista para a equipe do JORNAL DA ALERJ, David Machado, 45 anos, recebeu a notícia de que não iria mais enxergar

Mauro Pimentel

Page 7: Jornal da Alerj 237

Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 2011 117

A janela da alma e do saber

em que as imagens sirvam como mera ilustração, mas, se a compreensão da matéria depender delas, haverá necessidade de uma descrição”, diz.

Para o analista de sistemas do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj), Valdenito de Souza, o processo de educação para cegos ainda precisa avançar em políticas públicas. “A gente compra o livro e tem que escanear ou gravar para poder ler. Isso encarece a compra”, reclama. Souza fez o segundo grau e a faculdade em instituições regulares e foi alfabeti-zado em braille, método que defende: “A questão do áudio é uma alternativa a mais, porém o aprendizado do braille é fundamental, insubstituível e essencial para ter contato com a grafia das palavras”, defende.

Seu colega, o programador Pedro Duvanel estudou em escola regular e lembra que o processo de aprendizagem foi “trabalhoso”. “Eu dependia de alguém para ler. Copiava em braille aquilo que era mais importante e gravava o resto em fita cassete. Tive bastante dificuldade”, conta. Já o acesso à literatura era obtido em bibliotecas estaduais. “O acervo em braille é pequeno”, comenta.

Para reverter a escassez de oferta, o deputado Átila Nunes (PSL) apresentou o projeto de lei 841/07, em tramitação na forma de uma indicação legislativa ao Governo. Ele determina que todas as bibliotecas públicas do estado tenham volumes de literatura em braille e áudio. “A preservação do braille e a garantia do acesso à cultura são os principais motes dessa proposta. Não se trata de um favor, mas de uma obrigação garantir a estas pessoas seus direitos básicos”, argumenta.

Garantias defendidas pelo presidente da Comissão da Alerj de Defesa da Pessoa Portadora de Deificiência (PPD), deputado Márcio Pacheco (PSC). “Ações de complementação educa-cional são capazes de atingir questões mais amplas, como a empregabilidade, a cultura e o lazer de todos”, finaliza.

Para garantir acessibilidade, leis e projetos aprovados na Casa diminuem a distância hoje existente entre pessoas com deficiência visual e os livros

Souza (esq.) e Duvanel comentam que tiveram dificuldades de aprendizagem. “Tinham que ler para mim”, admitem

Dois alunos do pré-vestibular social da Escola do Legislativo do Estado (Elerj) foram aprovados em processos seletivos e começaram os cursos neste segundo semestre. Isso não seria nenhuma novidade – com 320 alunos, o curso da Elerj tem alto índice de aprovação (no ano passado, 54 passaram para universidades públicas) – não fosse o fato de que os dois são cegos. Ronaldo Soares Marques, 24 anos, tem cegueira desde que nasceu. Começou no pré-vestibular social em fevereiro, passou para Geografia e vai cursar no campus da Universidade Federal Fluminense de Campos dos Goytacazes.

Já Pedro Henrique da Silva (foto abaixo, dir., ao lado de Marques) começou a cursar o preparatório em maio. Foi aprovado para o Cederj e vai cursar Informática em Belford Roxo. Tem 19 anos e ficou cego ao nascer, por um problema na incubadora. O sucesso de ambos confirma a tese do programador Duvanel do Proderj: “As pessoas acham que a deficiência visual atrapalha no desenvolvimento intelectual do ser humano, um grande equívoco. Sou deficiente desde os 17 anos e nunca deixei de estudar e de trabalhar por conta disso. A solução da maioria dos problemas enfrentados pelos deficientes passa por uma mudança do ponto de vista sociocultural. O engajamento da sociedade civil é fundamental”, defende.

Para conhecer, acesse http://bit.ly/audiojornal237

Ou aponte o leitor de QR Code de seu celular

Alunos cegos aprovados

Jornal para ouvir

Fellippo Brando

Mauro Pimentel

A partir desta edição, disponibilizaremos o JORNAL DA ALERJ em áudio, que

será enviado por e-mail para instituições e pessoas com deficiência visual, além de divulgado nas mídias sociais. Divulgue!

Page 8: Jornal da Alerj 237

Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 2011128

cAPA

Quais são os principais formatos de leitura?Ana: Temos o braille, para crianças diagnosticadas como cegas, e o sistema ampliado, para as de baixa visão, que compreende material impresso em ca-racteres maiores e recursos óticos, como o telessistema (monóculo regulado). Você também pode usar o recurso de TV, que é a lupa eletrônica (CCTV).

A oferta de livros é suficiente?Vitor: Não, e a reclamação é crônica. No ensino médio, há carência quase absoluta; no superior, ainda mais.

Audiolivros substituirão o braille?Elcy: Ouvir é mais rápido do que ler, o que torna o formato mais prático. O pro-blema é que quem só ouve não aprende como se escreve.

Como funcionam os softwares?José: Se o livro tiver em PDF, você vai conseguir fazer com que alguns leitores de tela leiam. Há ainda os que digitalizam o material. Dependendo da extensão dele, você pode converter em MP3. É simples e a própria pessoa cega pode fazer. Para as ilustrações, também existem adaptações: você pode manter as figuras e ter caixas de texto que as descrevem.

Em 157 anos de história, o Institu-to Benjamin Constant é referência no atendimento às pessoas com deficiência visual. Vinculada ao Governo federal, a instituição oferece de reabilitação e aten-dimento médico ao ensino fundamental. Para tirar dúvidas sobre as principais dificuldades enfrentadas pelos cegos no acesso á informação, o IBC destacou quatro interlocutores: os professores Vitor Alberto Marques, Elcy Maria An-drade Mendes e Ana Fátima Berquó e o técnico em assuntos educacionais José Francisco de Souza.

O futuro da leitura para cegos em debate

José, Elcy, Ana Fátima e Vitor (dir. p/ esq.) acreditam que o braille não vai desaparecer

l

“A tecnologia caminha a passos largos e vem ao socorro dos deficientes visuais com softwares livres (gratuitos), que executam a leitura. Conquistas como esta têm que ser estimuladas, garantindo as adaptações. Ofertar conhecimento é obrigação do estado, e a legislação tem que acompanhar isso”

Deputado Altineu Côrtes (PMDB)

“A introdução dos livros sonoros e digitalizados causam tendência à diminuição do uso do braille, que, no entanto, se provou como um método insubstituível. Ele não pode ter seu valor atenuado, ainda que técnicas inovadoras roubem seu espaço. Minha proposta busca garantir seu espaço como meio de leitura”

Deputado Átila Nunes (PSL)

“Atualizar a legislação precisa ser uma busca constante, porque através dela garantimos a perpetuação do benefício. Meu projeto busca, com essa modernização, fazer com que o conteúdo dos livros atinja o maior número de pessoas, sobretudo em se tratando de estudantes cegos”

Deputado Alessandro Calazans (PMN)

“A acessibilidade a livros em braille, audiolivros e a toda e qualquer iniciativa nesta direção, dá autonomia à pessoa com deficiência visual, tornando-a cidadã em sentido pleno. Isso quer dizer inclusão social, acessibilidade e educação de qualidade para todos, sem distinção”

Deputado Márcio Pacheco (PSC)

Fotos: Rafael Wallace

Deputados defendem projetos de lei para uma maior inclusão social

Fernanda Porto

Page 9: Jornal da Alerj 237

Rio de Janeiro, 1º a 15 de setembro de 2011 9

Haroldo de Andrade Familiares, amigos e admiradores do radialista Haroldo de Andrade estiveram, no dia 12, na Estação Glória do Metrô, zona Sul da capital, para a inauguração de um busto em sua homenagem. Por iniciativa do deputado Paulo Ramos (PDT), a imagem do jornalista ficará imortalizada no local. “Haroldo era um comunicador e, através do rádio, projetou o seu nome. Para aqueles que são radialistas, foi uma escola. Fico feliz por eternizar o seu nome”, comentou o parlamentar, autor do projeto de lei 1.370/08, que possibilitou a criação do busto. Também participaram do evento a deputada Cidinha Campos (PDT), a mulher de Haroldo, Dilma de Andrade (na foto, à dir. do busto), e o diretor de Relações Institucionais do Metrô, Joubert Flores.

AlemãoA Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Alerj, presidida pelo deputado Zaqueu Teixeira (PT), visitará cada uma das 17 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Estado do Rio. O anúncio foi feito, no dia 9, durante visita ao conjunto de favelas do Complexo do Alemão, na zona Norte do Rio. “Queremos visitar todas as comunidades pacificadas para sabermos se, realmente, o poder público está chegando a esses moradores não só com segurança, mas também com aparelhos sociais e cidadania”, disse o petista, que, agora, levará as vistorias para o Morro Dona Marta, em Botafogo, zona Sul do Rio.

Fellippo Brando

Rafael Wallace

SAÚDE

A inclusão de 37 das 307 emendas apresentadas pe-los parlamentares no projeto

de lei 767/11 aprimorou o texto do Poder Executivo que permite a administra-ção de unidades públicas de Saúde do estado por Organizações Sociais (OS) – que serão qualificadas como tal entre entidades sem fins lucrativos. A afirmação foi feita pelo líder do Governo na Alerj, deputado André Correa (fo-to), após a aprovação da proposta, em votação no plenário, no dia 13. O texto, que segue para a sanção do governador Sérgio Cabral na forma de um substi-tutivo da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), teve incorporadas emen-das parlamentares que aumentaram a transparência e o controle.

“A proposta, que já tinha o grande mérito de buscar uma gestão mais ágil e eficiente, que pretende melhorar a qualidade do serviço prestado, foi aper-feiçoado e ganhou instrumentos que garantem maior fiscalização e reforçam cuidados já previstos, como garantias aos servidores”, citou Correa. O presidente da CCJ e relator das emendas, deputado Rafael Picciani (PMDB), fez coro. “O que o Governo nos propõe é uma medida alternativa e complementar, um aten-dimento mais ágil e a possibilidade de flexibilização na contratação de funcioná-rios. Desta forma, quem for trabalhar na

zona Oeste, por exemplo, poderá ganhar mais do que quem está em postos que demandem menos”, disse.

O Parlamento reforçou a transpa-rência através de determinações como a de que o Executivo manterá e dará publicidade ao cadastro de organizações sociais e ao resultado do processo sele-tivo pelo qual passarão. A fiscalização foi reforçada pela inclusão do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) entre os órgãos aos quais serão remetidas informações. E o Conselho Estadual de Saúde também terá a atribuição, ao lado da Secretaria de Estado de Saúde, de acompanhar e fiscalizar a execução do contrato de gestão.

Foram incluídas também especifica-ções como a obediência à limitação da Lei de Responsabilidade Fiscal na con-tratação de pessoal e a determinação de que o Estado não responderá civilmente por atos praticados pelas OSs. A Alerj também estabeleceu como critério para classificação como organização social o tempo mínimo de existência de três anos. “O que acaba com a possibilidade de que seja criada uma ‘indústria de OS’ no Estado do Rio”, salientou o deputado Comte Bittencourt (PPS).

Entre os deputados que votaram contra estão os representantes do PSol, deputados Marcelo Freixo e Janira Rocha, e os deputados Luiz Paulo (PSDB), Clarissa Garotinho e Miguel Jeovani, do PR, Lucinha (PSDB), Pau-lo Ramos e Wagner Montes, do PDT, Enfermeira Rejane (PCdoB), Flávio Bolsonaro (PP), e os petistas Inês Pandeló e Gilberto Palmares.

Serviço de qualidade

Alerj aprova emendas que dão mais transparência às organizações sociais

FeRnanda PoRto

lcURTAS

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Diferente, criativa, inteligente e inovadora. Essas palavras foram consenso entre os par-

ticipantes da abertura da Mostra de De-signers do Rio de Janeiro, a Rio + Design, exposição sobre a produção do design contemporâneo desenvolvido no estado, que ficará no Salão Nobre do Palácio Tira-dentes, sede da Alerj, até 30 de setembro. O presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), participou do evento, no dia 13, e aproveitou para salientar o que chamou de grande momento econômico do estado aliado “à força e ao talento do povo fluminense”.

“O design é um complemento do pro-cesso de industrialização e de consumo. Você vai às lojas mais simples e encontra trabalhos de designers renomados. Hoje, estamos exportando nossas criações. É

a prova cabal da criatividade do povo brasileiro e das oportunidades que se apresentam no Estado do Rio”, comentou Melo, antes de abrir a série de palestras sobre o tema. Designer, sócio e diretor de Criação da Crama Design, Ricardo Leite falou sobre As tendências do design para o mundo e para o Rio e comentou como o estilo carioca ajuda a desenvolver o setor no território fluminense.

“Nunca se falou tanto em inovação, pois, sem diferenciação, não se tem força e nem valor. Em uma visão simplista, o design junta inteligência com aquilo que se pode ver. O setor deixou de ser um simples criador de embalagem para trabalhar na ideia e no conceito. A cidade do Rio já é um polo de atração e inteli-gência, pois ser carioca é viver todos os dias no cenário mais maravilhoso do Brasil”, avaliou Leite.

A mostra é uma parceria da Alerj com o Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio) e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços.

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ExPOSIÇÃO

da Redação

Fotos: Fellippo Brando

Mostra de Designers traz para o Parlamento trabalho de profissionais renomados

Talento e criatividade

A Mostra de Designers do Rio de Janeiro surgiu a partir do programa Rio é Design e visa a estimular o ensino de design e a desenvolver atividades que vão da elaboração de um banco de dados à coordenação e realização de mostras com o Grupo Consultivo de Design no estado e no exterior. O público que visitar a exposição, assinada por 28 escritórios, poderá ver 59 peças. “O Rio tem crescido em torno do petróleo e da siderurgia, mas não é só isso. O Rio é o desenvolvimento tecnológico, a inovação, o entretenimento e o design. A exposição tem a intenção de chamar a atenção para isso”, completa o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno.

O Rio é design

Paulo Melo aproveitou a abertura da exposição para destacar o talento do povo fluminense: “Hoje, estamos exportando nossas criações”

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índio da Costa: potencial do Rio

Peças bonitas e funcionais

À frente do escritório que fez a cenografia e o material de divulga-ção da exposição, o designer Guto Índio da Costa defende o poten-cial do estado, famoso celeiro de artistas e designers, na chamada indústria criativa, que vem des-pontando como uma promessa econômica mundial.

O que este projeto do Governo e da Firjan sinaliza?

Existe hoje, em todo o mundo, um movimento muito forte das indústrias criativas. Estamos atravessando uma revolução, de-pois da industrial, que podemos denominar de revolução criativa. Quem desenvolve produto e de-tém a propriedade intelectual tem muito mais valor do que quem efetivamente fabrica.

E o que essa inversão causa?Ela está fazendo com que a

indústria criativa se torne a bola da vez do século XXI. Todos os países estão interessados em investir no desenvolvimento de sua indústria criativa, porque perceberam potencial econô-mico imenso.

E como a exposição se insere nisso?

Essa exposição é interessante porque é importante sensibilizar a Alerj da importância econômica que tem o design. A criatividade do Rio permanece em alta, efer-vescente. Se a gente conseguir transformar esse potencial cria-tivo em resultado econômico, teremos um fantástico caminho pela frente.

Para Angela Carvalho, que criou e desenvolveu o primeiro ventilador de teto em plástico injetável reciclável do mundo, a exposição é um exemplo de respeito e reconhecimento aos profissionais do setor. “É gratificante, depois de 17 anos no mercado, poder expor este clássico do design que tanto tem inspirado os outros de seu segmento. O ventilador Aliseu é um produto útil e que está ao alcance do grande público consumidor”, reforçou

O designer Gilson Martins, responsável pela linha de bolsas criadas com representações da iconografia carioca, emocionou-se ao ver suas obras ocuparem um local de valor histórico como o Palácio Tiradentes. “O Rio está se descobrindo e reencontrando os templos de suas tradições. Essa exposição aqui na Alerj é o design contemporâneo dentro do clássico. A simplicidade do que é ser carioca vem da própria geografia e motiva nosso povo a ser tão alegre e receptivo. O design dessa geografia colabora para essas características e é o que tento representar no meu trabalho”, explicou.

A bancada membeca, de Rodrigo Calixto (agachado) e Guilherme Sass, foi planejada a partir da encomenda de um pai que pretendia aumentar a interação entre os filhos. A mesa é formada por 12 placas de diferentes tipos de madeira, com o nome de cada um desses tipos gravado nelas, além de ter nichos em tecidos para lápis, pincéis e outros objetos. “É uma alternativa para manter as crianças juntas”, garantiu Sass

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Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro Rua Primeiro de Março s/nº sala 406 – Rio de Janeiro/RJ – CEP-20010-090

ExPOSIÇÃO Mostra de Designers do Rio de JaneiroVisitação: 14 a 30 de setembro de 2011Local: Salão Nobre do Palácio Tiradentes, na Rua 1° de Março, s/nº, Centro(Entrada para cadeirantes pela Rua Dom Manuel, s/nº, Praça XV, Centro)Horários: Segunda a sábado, das 10h às 17h. Domingos e feriados, das 12h às 17h.Entrada franca e livre

Guitarra JamModo Design

Coleção Luis Fernando VeríssimoCrama Design Estratégico

Banco AndorinhaOficina Graham Ferreira

Poltrona DizSergio Rodrigues

Coleção Roberto Burle MarxH. Stern

Poltrona SkateStudio Zanini

SpiritIndio da Costa AUDT