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ÓRGÃO INFORMATIVO DO SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE SÃO PAULO ANO XXIX Nº 378 78 78 78 78 1º A 15 DE DEZEMBRO DE 2010 v i s i t e n o s s o s i t e w w w . s e e s p . o r g . b r Filiado à je Jornal do Engenheiro Cidade de Shanghai, onde está localizada a Shanghai University of Engineering Science. Leandro Giatti/StockBrazil

Jornal do Engenheiro - SEESP · Cresce Brasil 4 JORNAL DO ENGENHEIRO JORNAL DO ENGENHEIRO 5 Cresce Brasil DELEGACIAS DO SINDICATO – ALTA MOGIANA: Av. Mogiana, 1.885 – Ribeirão

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ÓRGÃO INFORMATIVO DO SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE SÃO PAULO ANO XXIX Nº 3333378 78 78 78 78 1º A 15 DE DEZEMBRO DE 2010

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Editorial

2 JORNAL DO ENGENHEIRO

JORNAL DO ENGENHEIRO — Publicação quinzenal do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São PauloDiretora responsável: Diretora responsável: Diretora responsável: Diretora responsável: Diretora responsável: Maria Célia Ribeiro Sapucahy. Conselho Editorial:Conselho Editorial:Conselho Editorial:Conselho Editorial:Conselho Editorial: Murilo Celso de Campos Pinheiro, João Carlos Gonçalves Bibbo, Celso Atienza, João Paulo Dutra, Henrique Monteiro Alves, LaerteConceição Mathias de Oliveira, Carlos Alberto Guimarães Garcez, Fernando Palmezan Neto, Antonio Roberto Martins, Edilson Reis, Esdras Magalhães dos Santos Filho, Flávio José Albergaria de OliveiraBrízida, Marcos Wanderley Ferreira, Aristides Galvão, Celso Rodrigues, Cid Barbosa Lima Junior, Fabiane B. Ferraz, João Guilherme Vargas Netto, Luiz Fernando Napoleone, Newton Güenaga Filho,Osvaldo Passadore Junior e Rubens Lansac Patrão Filho. ColaboraçãoColaboraçãoColaboraçãoColaboraçãoColaboração: Delegacias Sindicais. EditoraEditoraEditoraEditoraEditora: Rita Casaro. RRRRRepórteres:epórteres:epórteres:epórteres:epórteres: Rita Casaro, Soraya Misleh, Lourdes Silva e Lucélia de Fátima Barbosa.PPPPProjeto gráfico: rojeto gráfico: rojeto gráfico: rojeto gráfico: rojeto gráfico: Maringoni. Diagramadores:. Diagramadores:. Diagramadores:. Diagramadores:. Diagramadores: Eliel Almeida e Francisco Fábio de Souza. RRRRRevisora: evisora: evisora: evisora: evisora: Soraya Misleh. Apoio à redação: Apoio à redação: Apoio à redação: Apoio à redação: Apoio à redação: Matheus Santos Conceição e Luís Henrique Costa. Sede: Sede: Sede: Sede: Sede: Rua Genebra,25, Bela Vista – São Paulo – SP – CEP 01316-901 – Telefone: (11) 3113-2650 – Fax: (11) 3106-8829. E-mail: [email protected]. SiteSiteSiteSiteSite: : : : : www.seesp.org.br. Tiragem:Tiragem:Tiragem:Tiragem:Tiragem: 31.000exemplares. Fotolito eFotolito eFotolito eFotolito eFotolito e impressão:impressão:impressão:impressão:impressão: Folha Gráfica. Edição:Edição:Edição:Edição:Edição: 1º a 15 de dezembro de 2010. Artigos assinados Artigos assinados Artigos assinados Artigos assinados Artigos assinados são de responsabilidade dos autores, não refletindo a opinião do SEESP.

Eng. Murilo Celsode Campos PinheiroPresidente

Além de realizar os projetos com plane-jamento e seriedade para que os custosnão saltem às alturas, fora do previsto,vício que já se registrou em outras oca-siões, e os prazos sejam cumpridos, háque se levar em consideração a herançaque esses investimentos deixarão. Omontante a ser empenhado está estimadoentre R$ 40 e R$ 50 bilhões. Essasinversões devem ser feitas com sabe-doria e precisam representar benefícios

à população das cidades para além doperíodo do evento esportivo.A Copa do Mundo representa umagrande oportunidade a essas localidadesde se modernizarem e darem um saltono que diz respeito à qualidade de vidae à sua eficiência econômica. Gargaloscomo o transporte público e a falta demobilidade que atingem uma metrópolecomo São Paulo têm uma chance deencontrar solução no contexto desses

NÃO HÁ MAIS TEMPO A PERDER. O Brasil tem três anos para se preparar a contento para sediar o eventomundial em 2014. Isso implica garantir não só estádios adequados ao torneio, mas também a infraestruturaurbana e de turismo necessária. À competição que terá como cidades-sedes Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá,Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, são esperados800 mil visitantes. Os jogos devem chegar a 40 bilhões de telespectadores (leva-se em conta o número de vezesque a mesma pessoa assistirá a diversas partidas). Ou seja, será preciso fazer investimentos consideráveis emtransportes, energia, comunicações e até saneamento para que esse público seja bem recebido e as transmissõestelevisivas – o grande negócio da Copa – e toda a cobertura de imprensa possam ser feitas sem contratempos.

O “CRESCE BRASIL” E A COPA DE 2014

preparativos. Mas, para tanto, é precisoque tudo seja feito corretamente, semimprovisos ou amadorismos.

É por tudo isso que a partir do iníciode 2011, o projeto “Cresce Brasil + En-genharia + Desenvolvimento” volta-se àCopa de 2014. Ao longo do ano, dis-cutiremos em seminários os problemas eas soluções de cada uma das cidades--sedes, com a colaboração de especialistasnos diversos temas e a participação deprofissionais de todo o Brasil. Comoresultado, teremos um documento comas contribuições dos engenheiros para queo País faça bonito não só dentro, mastambém e principalmente fora de campo.

Projeto dos engenheirosvolta-se ao evento mundiale elaborará documentocom as contribuições dacategoria para que o Paísprepare-se adequadamentepara tanto.

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JORNAL DO ENGENHEIRO 3

Opinião

Sua ART pode beneficiar oSindicato dos Engenheiros

Ao preencher o formulário da ART, nãoesqueça de anotar o código 068 no campo 31.Com isso, você destina 10% do valor para oSEESP. Fique atento: o campo não pode estarpreviamente preenchido.

Proporciona também oportunidades aos for-mandos em nível superior de integrarem-se aequipes de desenvolvimento de TI (tec-nologia da informação) e telecomunica-ções, implementação e manutenção dehardware e software e plataformas de co-municação de alta capacidade e confiabi-lidade operacional.

No entanto, constata-se que a maioriados contact centers concentra-se nas capi-tais e em algumas grandes cidades. O Co-mitê de TI & Telecomunicações do SEESPvem estudando propostas para implantaçãode projetos de infraestrutura para centraisdesses serviços em municípios do Interiordo Estado de São Paulo, como fator devalorização da cidadania, desenvolvimentoregional e geração de empregos e distri-buição de renda, além de incentivo ao usointensivo de tecnologias como forma de

acesso à informação, capacitação e instru-mento para aumentar sua empregabilidade.Também ajuda a evitar o agravamento doprocesso de exclusão digital e o risco doanalfabetismo cibernético.

Uma das propostas analisadas é a im-posição regulamentada da implementaçãodescentralizada de contact centers em muni-cípios com mais de 200 mil habitantes emtodo o território nacional. Para os clientes, nãoimporta onde a prestadora desse serviço estejainstalada fisicamente, tendo em vista a intensautilização da Internet. Para dar continuidade àproposta, temos que atrair parcerias comempresas locais e regionais, dando-lhesincentivos para que encontrem o caminho domercado, aproveitando todas as vantagenstrazidas por uma estrutura de custos adaptadaà realidade de cidades de médio porte.

Esse empreendimento tem caráter de par-ceria público-privada e extrema relevânciaao desenvolvimento da sociedade brasilei-ra. A missão é desafiadora e cabe ao SEESPpapel importante de agente mobilizador.

Carlos S. Saito é diretor da DelegaciaSindical do SEESP em Marília emembro do grupo de trabalho do ComitêTemático TI e Telecomunicações

O potencial dos contact centersCarlos S. Saito

ESSE É UM MERCADO em constante crescimento, comfaturamento previsto de R$ 23 bilhões em 2010 e projeção de R$ 26bi em 2011. Três grandes grupos compõem o setor de contact centers:SACs (Serviços de Atendimento a Clientes), televendas e recuperaçãode crédito. Embora ainda se registre grande insatisfação dos usuárioscom a qualidade do atendimento, o que exige aprimoramento, trata-sede um segmento com grande potencial. Nesta década, tornou-se umdos principais meios de ingresso ao mercado de trabalho para jovens profis-sionais, com aproximadamente 1,3 milhão de empregados em todo o País.

A implementação dessesserviços em cidades doInterior pode trazerbenefícios, como geraçãode renda e inclusão digital.

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Cresce Brasil

4 JORNAL DO ENGENHEIRO JORNAL DO ENGENHEIRO 5

Cresce Brasil

DELEGACIAS DO SINDICATO – ALTA MOGIANA: Av. Mogiana, 1.885 – Ribeirão Preto – CEP: 14075-270 – Tels.: (16) 3628-1489 - 3969-1802 – E-mail: [email protected]. ALTO TIETÊ: R. Coronel Souza Franco, 720 – CEP:08710-020 – Tel./fax: (11) 4796-2582 – Tel.: (11) 4726-5066 – E-mail: [email protected]. ARAÇATUBA: R. Antônio Pavan, 75 – CEP: 16020-380 – Tel.: (18) 3622-8766 – E-mail: [email protected]. ARARAQUARA: R. São Bento, 700 –10º and. – sala 103 – CEP: 14800-300 – Tel./Fax: (16) 3322-3109 – E-mail: [email protected]. BAIXADA SANTISTA: Av. Senador Pinheiro Machado, 424 – Santos – CEP: 11075-000 – Tel./Fax: (13) 3239-2050 – E-mail: [email protected]: Av. Cinco, nº 1.145 – CEP 14783-091 – Telefones: (17) 3322-7189 - 3324-5805 - 3322-8958 – E-mails: [email protected] - [email protected] - [email protected]. BAURU: Rua Constituição, 8-71 – CEP: 17013-036 – Tel./Fax: (14) 3224-1970 – Página: seesp.org.br/bauru.html – E-mail: [email protected]. BOTUCATU: R. Rangel Pestana, 639 – CEP: 18600-070 – Tel./Fax: (14) 3814-3590 – E-mail: [email protected]. CAMPINAS: Av. Júlio Diniz, 605 – CEP:13075-420 – Tels.: (19) 3251-8455 / 4220 – Fax: (19) 3251-8996 – E-mail: [email protected]. FRANCA: R. Voluntário Jaime de Aguilar Barbosa, 1.270 – CEP: 14403-365 – Tels.: (16) 3721-2079 - 3722-1827 – E-mail: [email protected]. GRANDEABC: R. Haddock Lobo, 15/19 – Santo André – CEP: 09040-340 – Tel.: (11) 4438-7452 – Fax: (11) 4438-0817 – E-mail: [email protected]. GUARATINGUETÁ: R. Pedro Marcondes, 78 – sala 34 – CEP: 12500-340 – Tel./Fax: (12) 3122-3165 – E-mail:[email protected]. JACAREÍ: Av. Pensilvânia, 531– CEP: 12300-000 – Tel./Fax: (12) 3952-4840 – E-mail: [email protected]. JUNDIAÍ: R. Marechal Deodoro da Fonseca, 51 – CEP: 13201-002 – Tel.: (11) 4522-2437 – E-mail: [email protected]: Rua Rio Branco, 273 – Ed. Galeria Torre de Lins – 9º andar – Sala 94 – Centro – Lins/SP – CEP: 16400-085 – Tel.: (14) 3523-2890 – E-mail: [email protected]. MARÍLIA: R. Carlos Gomes, 312 – cj. 52 – CEP: 17501-000 – Tel./Fax: (14) 3422-2062 – E-mail: [email protected]. PINDAMONHANGABA: R. Dr. Rubião Junior, 192 – 2º andar – sala 25 – CEP: 12400-450 – Tel./Fax: (12) 3648-8239 – E-mail: [email protected]. PIRACICABA: R. Benjamin Constant, 1.575 – CEP: 13400-056 –Tel./Fax: (19) 3433-7112 – E-mail: [email protected]. PRESIDENTE PRUDENTE: R. Joaquim Nabuco, 623 – 2º andar – sala 26 – CEP: 19010-071 – Tel./Fax: (18) 3222-7130 – E-mail: [email protected]. RIO CLARO: R. Cinco, 538 – sala 3– CEP: 13500-040 – Tel./Fax: (19) 3534-9921 – E-mail: [email protected]. SÃO CARLOS: R. Rui Barbosa, 1.400 – CEP: 13560-330 – Tel./Fax: (16) 3307-9012 – E-mail: [email protected]. SÃO JOSÉ DOS CAMPOS: R. Paulo Setubal, 147 – sala31 – CEP: 12245-460 – Tel.: (12) 3921-5964 – Fax: (12) 3941-8369 – E-mail: [email protected]. SÃO JOSÉ DO RIO PRETO: R. Cândido Carneiro, 239 – CEP: 15014-200 – Tel./Fax: (17) 3232-6299 – E-mail: [email protected]. SOROCABA:R. da Penha, 140 – CEP: 18010-000 – Tel./Fax: (15) 3231-0505 / 3211-5300 – E-mail: [email protected]. TAUBATÉ: Rua Juca Esteves, 35 – CEP: 12080-330 – Tels.: (12) 3633-5411 - 3631-4047 – Fax: (12) 3633-7371 – E-mail: [email protected].

Parte do projeto “Cresce Brasil + Engenha-ria + Desenvolvimento” – capitaneado pelaentidade federal, com a adesão de seus sin-dicatos filiados, incluindo o paulista –, quepropugna pelo desenvolvimento sustentáveldo País, a atividade incluiu assim temas quepodem contribuir para essa construção. Àabertura, o vice-presidente do SEESP e coor-denador do evento, Carlos Alberto GuimarãesCarcez, lembrou a importância multiplicado-ra das discussões. Nessa linha, o presidentedessa entidade e da FNE, Murilo Celso deCampos Pinheiro, destacou que o objetivoprincipal do encontro, que ocorre anualmente,é realizar esse debate de forma a contribuirpara que a sociedade compreenda a neces-sidade de crescimento para a melhoria dascondições de vida, mas da forma correta,garantindo-se a preservação ambiental.

Iniciado em 2006, o projeto “Veículo Elétri-co”, da Usina Hidrelétrica de Itaipu em parce-ria com a empresa suíça KWO, foi apresenta-do por Marcio Massakiti Kubo, membro dacoordenação-geral brasileira da iniciativa,durante o EcoSP, como ação nesse sentido. Omodelo utilizado foi o Palio Weekend, da Fiat,que acomodou perfeitamente o sistema. Comfoco no uso urbano, ainda de acordo como expositor, o carro possui autonomia de120km, velocidade máxima de 130km euma bateria de sódio com tempo de recarga

de oito horas, praticamente 100% reciclá-vel. Estudos mostram que, além de nãopoluir, o veículo elétrico representará umimpacto mínimo para o consumo de ener-gia – de apenas 10kWh/dia, apontou Kubo.

Segundo ele, o projeto avançou tanto que,para atender a demanda do setor rural, a Itai-pu, em parceria com a empresa Iveco, fabri-cou o primeiro protótipo de caminhão elétricoem 2009 e de miniônibus em 2010. Parafinalizar, Kubo falou da necessidade de postosde abastecimento para recargas rápidas emencionou a tecnologia Smart Grid.

A iniciativa é importante ao se observar ocenário por exemplo em São Paulo. ConformeMarcos Brandão, diretor de operações daControlar Inspeção Veicular, “é a quinta me-trópole mais poluída do mundo e 97% de todoo monóxido de carbono emitido vem do es-capamento de veículos”. Ele expôs os dadosao falar sobre os benefícios da inspeção am-biental. Paulo Hilário Saldiva, do Laboratóriode Poluição Atmosférica Experimental da USP(Universidade de São Paulo), ressaltou que aporcentagem de mortes atribuídas ao excessode poluição do ar na Capital é 11%. Para ele,todavia, o único jeito de sensibilizar asautoridades para a implementação de políticaspúblicas é calcular custos. “É preciso criar ummecanismo de incentivo macroeconômico paradiminuir a emissão e o número de mortes.”

Meio ambiente e energiaEssa é também a opinião de Cassiano Au-

gusto Agapito, do banco BTG Pactual. Falandosobre a inserção da biomassa na matriz elétricabrasileira, ele salientou que a opção dependede o processo ser viável economicamente. Aoque, no caso da biomassa, tem havido incenti-

vo governamental, o que tem lhe agregadovalor. Entre seus tipos, Agapito elencou asflorestas nativas ou plantadas, o bagaço dacana-de-açúcar, outros resíduos agrícolas,além dos urbanos, como o lixo. Também estãonesse rol o carvão vegetal, casca de arroz ecapim-elefante, além de outras gramíneas.

Quanto ao lixo, a situação é alarmante.Segundo palestra ministrada pelos pesqui-sadores do Nipe (Núcleo Interdisciplinar dePlanejamento Energético) da Unicamp(Universidade Estadual de Campinas), Car-los Alberto Mariotoni, Sergio Augusto Luckee Mauro Berni, em São Paulo, são 16 miltoneladas por dia. Já no Brasil, esse númerochega a 180 mil t/dia. Desse total, 56% vãopara aterros sanitários, 23,9% para con-trolados e 19,3% para lixões, que em breveestarão extintos, conforme a nova políticanacional de resíduos sólidos, objeto da Leinº 12.305/2010 – tema da explanação dodeputado federal Arnaldo Jardim (PPS/SP).

Em cumprimento a essa norma e levandoem conta o desenvolvimento de alternativasrenováveis face ao crescimento do País, ospesquisadores apresentaram projeto de gera-ção de energia a partir da massa seca separa-da, queimada em processo de combustão.“Depois, o calor gerado é utilizado paraesquentar a água numa fornalha, que setransforma em vapor e em seguida vai parauma turbina que move o gerador e resulta emenergia elétrica”, explicou Lucke.

Também foi tema durante o encontro atransformação do óleo de cozinha em biocom-bustível. Jorge Hori, do Programa BióleoDuplamente Sustentável, indicou que hojeapenas 0,4% do resíduo é aproveitado paraprodução de biodiesel – a grande maioria édespejada inadequadamente no esgoto. Émister, portanto, utilizá-lo de forma “dupla-mente sustentável”, ou seja, viabilizando subs-tituição do diesel e reduzindo os níveis depoluição decorrentes da queima daquelecombustível e do descarte impróprio. O que,como continuou Hori, depende da sustentabili-dade socioeconômica e ambiental do projeto.

A construção civil também precisa de mu-danças, ainda mais face à expansão do País,como ponderou Martin Paul Schward, vice--presidente da VDI (Associação de Engenhei-ros Brasil-Alemanha). Considerado um dosgrandes vilões do meio ambiente, o setorconsome 66% das florestas, 40% de todos osrecursos naturais e da energia do mundo e 30%

da água potável do planeta. Além disso, gerade 40 a 70% do volume de resíduos sólidosurbanos e cerca de uma tonelada de entulhopor habitante/ano. Outro dado preocupante éque desperdiça 6% dos materiais em valor e20% em massa. Na sua concepção, as tecno-logias dão respostas a essas questões. Entre asque podem contribuir nesse processo, ele citouum novo conceito de pontes ferroviárias pré--fabricadas que usam 30% menos material.

Reúso de águaOutra inovação tecnológica apresentada

durante o EcoSP visa o reúso de água parafins industriais, utilizando-se como insumoo esgoto tratado. Trata-se do projeto Aquapo-lo, o qual conta com investimentos de R$ 253milhões e objetiva sobretudo abastecer o PoloPetroquímico do ABC paulista. Realizadonuma parceria com a Sabesp e a Foz do Brasil,foi abordado por Giancarlo Ronconi, repre-sentante desta última empresa, vinculada àOrganização Odebrecht. De acordo com ele,o Aquapolo terá capacidade para produzir 650litros por segundo de água de reúso, podendose expandir para 1.000 l/s. O volume quedeixará de ser consumido pelo setor é sufi-ciente para abastecer continuamente uma po-pulação de 350 mil habitantes.

A situação das águas no Estado de São Paulonão deixa dúvidas quanto a essa necessidade.Amauri Luiz Pastorello, superintendente doDaee (Departamento de Águas e Energia Elé-trica), destacou que o território apresentaproblemas de disponibilidade. Mundialmente,é considerada ideal uma bacia que conte com2.500m3/ano por habitante. “Nas do Alto Tietêe do Rio Piracicaba, temos uma situaçãobastante crítica, de menos de 1.500m3. Nessaregião, já há disputa a tapa por um copod´água.” Ele enfatizou que esse cenário tem aver com a forma como as cidades sedesenvolveram. “Mais ou menos 20% dosrecursos hídricos estão alocados na área leste,em que está concentrada 80% da população.A ideia é tentar implementar política deincentivo ao adensamento populacional umpouco maior do lado oeste do Estado”, frisou.

Desafio refere-se ainda à qualidade da água,“muito ruim nas bacias do Alto Tietê e do Rio

Piracicaba, assim como no norte paulista, noPontal do Paranapanema e na região de Marília”.De acordo com sua explanação, o lançamentode esgoto ocorre in natura. “O Governo doEstado quer atingir até 2015 a totalidade dosmunicípios com tratamento.”

Também sobre recursos hídricos, projetointitulado “Manuelzão” – em referência apersonagem do escritor Guimarães Rosa –desenvolvido na UFMG (Universidade Federalde Minas Gerais) com o objetivo de recuperar aBacia do Rio das Velhas, afluente do Rio SãoFrancisco, foi apresentado pelo professor dessainstituição Antonio Thomaz Gonzaga da MattaMachado. Na sua visão, o grande desafio estáem garantir a sazonalidade do rio. Ele apontouestudo que mostra que é possível “definirmelhor a vazão, com critérios mais consis-tentes”, sem afetar a produção de energia.

Também foram proferidas palestras sobre“Paleoclimas do quaternário e a teoria do aque-cimento global”, pelo professor Kenitiro Su-guio, da Universidade de Guarulhos; “Nano-tecnologia na agricultura”, por Cauê Ribeirode Oliveira, da Embrapa (Empresa Brasileirade Pesquisa Agropecuária); e “A engenharia eo meio ambiente caminhando juntos: a rodoviados Imigrantes”, por João Antonio Del Nero,da Figueiredo Ferraz Consultoria e Engenhariade Projetos. Ao final, o ator, cantor e com-positor Rolando Boldrin apresentou show, ani-mando e emocionando a plateia com divertidos“causos” e músicas regionais. Encerrou decla-mando a grandeza e diversidade do “SenhorBrasil” – título do seu programa semanalapresentado na TV Cultura.

Engenharia e tecnologia em prol do desenvolvimento sustentável são tema durante IV EcoSPSoraya Misleh

À abertura, destaque para importância de se realizar debate sobre expansão socioeconômica sem descuidar do meio ambiente.

Público incluiu engenheiros e estudantes da área, cuja contribuição a um projeto sustentável é crucial.

INOVAÇÕES PARA garantir menor impacto no meio ambienteurbano e rural foram abordadas entre 17 e 19 de novembro naCapital. No período, realizou-se a quarta edição do EcoSP (En-contro de Meio Ambiente de São Paulo). A iniciativa, organi-zada pelo SEESP e FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), con-tou nesta versão com cerca de 400 participantes a cada dia.

Propiciando discussãosobre expansãosocioeconômica compreservação ambiental,encontro reuniu cercade 400 pessoas/dia.

Veículos elétricos,nanotecnologia naagricultura, projetosde reúso da águae aproveitamentodo lixo para geraçãode eletricidadeforam apresentados.

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Rolando Boldrin, em seushow de encerramento.

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Cresce Brasil

6 JORNAL DO ENGENHEIRO

Na sua ótica, a contribuição dos engenhei-ros nesse sentido é crucial para que fiquelegado à cidade e ao Estado.

Na linha pensada pelo secretário, um grupode mais de 20 engenheiros – incluindo diri-gentes do SEESP e da FNE (Federação Na-cional dos Engenheiros) – começou a discutirhá cerca de dois anos um projeto que garan-tisse essa herança após a Copa. A proposta érevitalizar área desocupada no centro dacidade, na Av. Presidente Wilson, e transfor-má-la em um centro cultural, de educação,lazer e recreação com arena multiuso. A ideia,

conforme o diretor adjunto da DelegaciaSindical do SEESP no Alto Tietê, LeonídioFrancisco Ribeiro Filho, leva em conta ainfraestrutura já disponível no local. Noestádio, com capacidade de 60 mil lugares,seria realizada a partida inaugural – à qual aCapital é candidata. Entre as possibilidadespara a abertura, a Arena do Corinthians, nobairro de Itaquera, ainda a ser construída.

Obras em andamentoPara além das novas ideias, segundo asses-

soria do Comitê Paulista e da Secretaria deEconomia e Planejamento do Estado, as prin-cipais obras que devem atender à Copa refe-rem-se à mobilidade urbana – desafio centralna megalópole, que enfrenta congestionamen-tos gigantescos. Nenhuma visa especifica-mente o evento mundial, mas servir à cidade

e à região. Todas já estão em andamento. In-cluem expansão e ampliação da rede metro-ferroviária, ligações e adequações no sistemaviário. “Os investimentos da Prefeitura e doGoverno do Estado serão superiores a R$ 33bilhões.” A maior inovação deve se dar noâmbito da tecnologia da informação, acreditaBrízida. “Deve ser um show à parte.”

Apesar das indefinições, o secretário apontauma certeza: não há qualquer possibilidade deSão Paulo ficar fora da Copa, seja pela suaimportância enquanto maior cidade do Hemis-fério Sul, seja porque a previsão é de entregadas obras até final de 2013. Mesmo quanto aestádios, ele não vê maiores desafios. “SãoPaulo pode entrar com três ou quatro locaispara as disputas.” Ademais, o Estado conta com50 municípios com capacidade para camposbase, ou seja, para sediar seleções.

São Paulo precisa de novo projeto para a CopaSoraya Misleh

A OPINIÃO É DE Flávio Brízida, secretário adjunto de Esportes,Lazer e Turismo do Estado de São Paulo. Ele pondera que “jáexistem muitos diagnósticos de necessidades em relação à in-fraestrutura. O que precisamos é do desenho de um novo projeto”.

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Engenheiro XXI

JORNAL DO ENGENHEIRO 7

CAMPINASUnicamp (Universidade Estadual deCampinas) – Departamento de PolíticaCientífica e TecnológicaSite: www.extecamp.unicamp.br/gestaodainovacaoE-mail: [email protected]: (19) 3521-5167 ou 9445-9335• Gestão estratégica da inovação

tecnológica. Para capacitar profissionaisque atuam na área tecnológica agerenciarem o processo de inovação demodo integrado à estratégia da empresa.O curso apresentará conceitos, métodos,processos e ferramentas de gestão detecnologia, além de práticasorganizacionais das companhiasinovadoras e o sistema nacional deinovação no Brasil. Com carga de 360horas, a especialização terá aulasquinzenais ministradas às sextas-feiras,das 18h30 às 23h, e aos sábados, das8h30 às 13h. O custo é de 19mensalidades de R$ 1.275,00.

SÃO CAETANO DO SULInstituto Mauá de TecnologiaSite: www.maua.brE-mail: [email protected]: (11) 4239-3401• MBA em gestão ambiental e práticas

de sustentabilidade. Ao final do curso,o participante vai aprender a gerenciaratividades ambientais em suasorganizações, extrair oportunidades ecompetitividade e integrar equipesmultidisciplinares para realização dediagnósticos e formulação de soluçõesinovadoras. Com carga de 360 horas, asaulas serão ministradas às sextas-feiras,das 19h às 22h30, e aos sábados, das 8h30às 17h, quinzenalmente. O preço é de 21parcelas de R$ 1.070,00 para quem fizera matrícula até 30 de janeiro de 2011.

SÃO PAULOYcon Formação ContinuadaSite: www.ycon.com.brE-mail: [email protected]: (11) 3816-0441• Gerenciamento de obras. O método

inclui todos os procedimentos e

instrumentos necessários paragarantir que a obra seja executada naqualidade requerida pelo projeto,dentro do orçamento, no prazocontratual e com segurança. Aatividade será realizada nos dias 10de dezembro, das 19h às 23h, e 11,das 9h às 18h. O custo é de R$ 590,00.

VDI-Brasil (Associação de EngenheirosBrasil – Alemanha )Site: www.vdibrasil.com.brE-mail: [email protected]: (11) 5180-2325• Seminário de logística. Para conhecer

as soluções que podem eliminar osgargalos da logística no Brasil. Oevento abordará o custo nos portos eaeroportos brasileiros, agilidade nosprocessos alfandegários, formas demelhor escoamento, distribuição dascargas com qualidade e segurança nasrodovias, melhorias na malhaferroviária e formação eaperfeiçoamento dos profissionais delogística nacional e internacional. Aatividade acontece no dia 7 dedezembro, das 14h30 às 17h30, e ocusto é de R$ 20,00 para filiados àVDI-Brasil e R$ 40,00 para os demais.

Poli/USP (Escola Politécnica daUniversidade de São Paulo)Site: www.ppgem.uspnet.usp.brE-mail: [email protected]: (11) 3091-6055• Mestrado e doutorado em

engenharia mecânica. O programaoferece cursos nas seguintes áreas:Engenharia de controle e automaçãomecânica, Engenharia mecânica deenergia e fluidos e Engenhariamecânica de projeto e fabricação. Oobjetivo é a formação de docentes paracursos superiores, pesquisadores paraárea técnico-científica e profissionaisespecializados para o meio produtivo.As inscrições são gratuitas e vãoaté 9 de dezembro para doutoradoe 10 para mestrado. Os dias e horáriosde aula ainda serão definidos, cominício em março de 2011.

Ao longo do próximo ano, serão promovi-dos quatro eventos, que contarão com a partici-pação de palestrantes de renome internacionale profundo conhecimento do tema, como JoséCarlos Quadrado, da Asibei (Asociación Ibe-roamericana de Instituciones de Enseñanza dela Ingeniería) e Instituto Superior de En-genharia de Lisboa; Vicente Albeniz, da Acofi(Asociación Colombiana de Facultades deIngeniería); Hans Hoyer, da Asee (AmericanSociety for Engineering Education); e ManuelRecuero Lopes, da Universidade Politécnicade Madri e Insia (Instituto Universitario deInvestigación del Automóvil).

O primeiro evento da série acontecerá nodia 3 de dezembro, às 15h, no auditório doSEESP, e contará com a palestra da confe-rencista Lueny Morell, gerente do Programade Inovação e Pesquisa da HP (HewlettPackard), membro da Fundação Nacionalde Ciências dos Estados Unidos e do ComitêConsultivo Internacional de Ciência e En-genharia, que promete trazer “Cinco temasda educação em engenharia que podemresponder aos desafios do século XXI”.Além dela, participarão como debatedoresPaulo Afonso Ferreira, 1º secretário da CNI(Confederação Nacional da Indústria) ediretor-geral do IEL (Instituto EuvaldoLodi); Marcos Cintra, secretário municipaldo Trabalho de São Paulo e vice-presidenteda Fundação Getúlio Vargas; Roberto Lobo,presidente do Instituto Lobo para o Desen-volvimento da Educação, da Ciência e daTecnologia; e José Roberto Cardoso, diretorda Poli/USP (Escola Politécnica da Univer-sidade de São Paulo) e coordenador do Con-selho Tecnológico do SEESP.

O evento acontece na sede do sindicato, naRua Genebra, 25, Bela Vista, São Paulo – SP.A participação é gratuita, e as inscrições de-vem ser feitas pelo telefone (11) 3105-0700ou pelo e-mail [email protected].

Desafios do ensino daprofissão em debateCOM O OBJETIVO de discutir novas propostas para a educaçãoem engenharia, o Isitec (Instituto Superior de Inovação Tecnoló-gica), em fase de implantação pelo SEESP, realizará “Encontrosde Tecnologia de Educação em Engenharia 2011”.

Page 7: Jornal do Engenheiro - SEESP · Cresce Brasil 4 JORNAL DO ENGENHEIRO JORNAL DO ENGENHEIRO 5 Cresce Brasil DELEGACIAS DO SINDICATO – ALTA MOGIANA: Av. Mogiana, 1.885 – Ribeirão

Canteiro

8 JORNAL DO ENGENHEIRO

Preocupação daFNE com formaçãode engenheirosrepercute na mídia

Oportunidades

Segundo levantamento feito até o dia 25 de novembro, a área deOportunidades & Desenvolvimento Profissional do SEESP dispõe de96 vagas, sendo 86 para engenheiros das diversas modalidades, setepara estudantes, duas para trainees e uma para docente. Para secandidatar, acesse em www.seesp.org.br, link Ao Profissional – Currículose Vagas. Mais informações pelos telefones (11) 3113-2669/74.

Em correspondência enviadaem 24 de novembro último ao mi-nistro da Fazenda, Guido Man-tega, e à presidenta eleita, DilmaRousseff, a CNTU (Confedera-ção Nacional dos TrabalhadoresLiberais Universitários Regula-mentados) manifestou seu apoioà luta pelo reajuste do salário mí-nimo e dos benefícios dos apo-sentados. “Acertadamente defen-

CNTU defende reajuste do mínimo e correção da tabela do IRdida pelo movimento dos traba-lhadores, a valorização do míni-mo mostrou-se instrumento es-sencial de distribuição de rendae fortalecimento do mercado in-terno brasileiro, beneficiando,portanto, a economia como umtodo”, destaca o documento,também encaminhado à CGTB(Central Geral dos Trabalhadoresdo Brasil), CTB (Central dos

Trabalhadores e Trabalhadorasdo Brasil), CUT (Central Únicados Trabalhadores), UGT (UniãoGeral dos Trabalhadores), ForçaSindical e Nova Central Sindical.

A confederação salientou ain-da a necessidade de manter a cor-reção da tabela do Imposto deRenda, tal como feita até 2010,após acordo entre o Governo e omovimento sindical.

Em matéria publicada no dia22 de novembro, na Folha deS. Paulo, o presidente do SEESPe da FNE (Federação Nacionaldos Engenheiros), MuriloPinheiro, abordou as iniciativasdas duas entidades para evitarque a escassez de engenheirostransforme-se num gargalo dodesenvolvimento. Ele falousobre a criação de umainstituição de ensino superiorvoltada às necessidades daindústria, com cursos degraduação, pós, mestrado edoutorado. Ainda sobre o tema,o site do jornal publicou ovídeo “Mais engenheiros paraconstruir o Brasil”, produzidopela federação e que trazinformações sobre as cincograndes áreas – civil, elétrica,mecânica, química e agronomia– para incentivar estudantes dosegundo grau a optarem pelaprofissão. Para assistir, acesse:http://migre.me/2tvfm.

Durante a 63ª Reunião Ordi-nária da CTPP (Comissão Tri-partite Paritária Permanente), daSIT (Secretaria de Inspeção doTrabalho), do MTE (Ministériodo Trabalho e Emprego), reali-zada entre 23 e 24 de novembro,em Salvador, foi aprovada a so-licitação da FNE (Federação

Nacional dos Engenheiros), re-ferente à criação de um grupotripartite para elaboração de umanorma regulamentadora para otrabalho em altura, hoje respon-sável por aproximadamente40% das fatalidades.

A entidade fez o alerta para anecessidade de adequação da

legislação vigente, já que essatrata apenas do assunto em nor-mas específicas, como a NR 18ou a futura NR 34, destinadasaos setores das indústrias dasconstruções civil e naval. A pro-posta da FNE objetiva que a no-va norma seja aplicável a todosos setores econômicos.

Federação faz proposta para evitar acidentes do trabalho

Ação para melhorarbenefícioprevidenciárioEm convênio com o escritóriode advocacia NoronhaGustavo Advogados, o SEESPpossibilita aos engenheiroscontribuintes da PrevidênciaSocial interessados ajuizaremação de desaposentação outroca de benefício. Afinalidade é permitir que osegurado venha a obter umaremuneração melhor, nassituações em que tenhaefetuado contribuiçõesposteriores à aposentadoriaou pretenda a mudançade regime. Com adesaposentação, mantém-se opagamento do benefício atualmensal até a decisão judicial.Se o julgamento for favorável,o valor será majorado e haverápagamento da diferençaacumulada desde a data depropositura da ação. Contatose informações pelo [email protected],telefones (11) 3101-2887, emSão Paulo, e (19) 3295-3573,em Campinas.