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Jornal CASSI

Jornal CASSI · No caso de o benefício da Previdência Social não ... nalados em formulários pré-impressos com ... vocos no processamento dos exames solicitados, a CASSI

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Jornal CASSI �

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Jornal CASSI�

ANS - nº 34665-9

ExpEdiEntEConselho DeliberativoMaria das Graças Machado (Presidente)Roosevelt Rui dos Santos (Vice-presidente)Carlos Frederico Tadeu Gomes (Titular)Ana Lúcia Landin (Titular) Antônio Sergio Riede (Titular) Solon Coutinho de Lucena Filho (Titular) Fernando Sabbi Melgarejo (Titular)Marcel Juviniano Barros (Titular)Claudio Alberto Barbirato Tavares (Suplente)Maria do Carmo Trivizan (Suplente) Milton dos Santos Rezende (Suplente)Jandyra Pacheco Barbosa (Suplente)João Vagnes de Moura Silva (Suplente)Carlos Célio de Andrade Santos (Suplente) Íris Carvalho Silva (Suplente)

Conselho FiscalMarcelo Gonçalves Farinha (Presidente)Gilberto Antonio Vieira (Titular) Francisco Henrique Pinheiro Ellery (Titular)Sérgio Iunes Brito (Titular)Ubaldo Evangelista Neto (Titular)Flávio Alexandre Ferreira Medeiros (Titular)Luiz Roberto Alarcão (Suplente)Marcos José Louzada (Suplente)Marco Antônio Resende (Suplente)Marcelo de Andrade Ribeiro (Suplente)Elington José de Morais (Suplente)Wagner de Siqueira Pinto (Suplente)

Diretoria ExecutivaCarlos Eduardo Leal Neri(Presidente)Roberto Francisco Casagrande Herdeiro(Diretor de Administração e Finanças)Douglas José Scortegagna(Diretor de Saúde e Rede de Atendimento)Denise Lopes Vianna(Diretora de Planos de Saúde e Relacionamentocom Clientes)

Edição e Redação

Editor: Sergio Freire (MTb-DF 7.630)

Jornalistas: Marina Fernandes (MTb-DF 7.164), Nita Queiroz (MTb-DF 2.966) e Tatiana Beltrão (MTb-RS 4.929)

Edição de arte

Projeto gráfico e diagramação: Junior Leão

Produção

Impressão: Fórmula Gráfica e Editora

Tiragem: 167 mil exemplares

Edição: setembro/outubro de 2008

Imagens: Divisão de Marketing e Comunicação (Tatiana Beltrão) e Stockxchng

Valor unitário impresso: R$ 0,20

Publicação da CASSI (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil). “É permitida a reprodução dos textos, desde que citada a fonte”.

ED

Ito

RIA

l Mudar para atEndEr MElhor

Nesta edição, levamos ao seu conhecimento algumas das prin-cipais medidas adotadas pela CASSI que comprovam nosso intui-to de, cada vez mais, prestar atendimento de qualidade para você e sua família.

São decisões que racionalizam processos internos e irão pro-mover ganhos de produtividade, principalmente nas áreas adminis-trativas da Caixa de Assistência. Todo esse movimento tem como objetivo direcionar mais recursos e pessoas para o atendimento em todo o País.

A partir desse pressuposto, elaboramos a nova arquitetura or-ganizacional. A medida unificou setores da sede e demais áreas internas. A partir de uma estrutura de custos mais adequada, me-lhoramos nossa possibilidade de abrir uma unidade da CASSI em cada estado. Foi o que fizemos. A Entidade passa, então, a ficar mais próxima de você e de sua família. Conseguimos ainda viabi-lizar a interiorização da Estratégia Saúde da Família, de forma que não se limitasse a grandes cidades, estendendo-se para municí-pios com população de, no mínimo, 1,2 mil participantes.

Junto com a definição da nova arquitetura, decidimos que é preciso saber a opinião dos beneficiários em relação aos profissio-nais e instituições de saúde que lhes prestam serviços. Realizamos uma ampla pesquisa sobre a nossa rede credenciada. Pedimos sua opinião para obtermos um panorama da qualidade de aten-dimento de hospitais, clínicas e laboratórios de todas as regiões do País. Com essas informações, faremos o redimensionamento da rede.

Além de dar seu parecer sobre os prestadores de serviços, que-remos que você participe de nossa campanha de recadastramen-to. Necessitamos que você atualize seus dados cadastrais para que possamos conhecer melhor o perfil de cada participante. O recadastramento também atende à exigência da Agência Nacional de Saúde Suplementar.

A cada dia, procuramos manter a sustentabilidade econômica e financeira da Entidade, que se refletiu no superávit alcançado no primeiro semestre deste ano. No entanto, queremos mais: traba-lhamos para que os resultados obtidos pela CASSI se direcionem, prioritariamente, para o bem-estar do participante.

Boa leitura,

Carlos Neri presidente

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SE

u P

lAN

o

Estou aposentada pelo INSS desde o ano passado, mas continuo na ativa no Banco do Brasil. Sobre esse benefício recebido do INSS, preciso contribuir com 3% para a CASSI?

Vaniza Schuch Pinto - RJ

Prezada Vaniza,

Enquanto estiver nessa condição, o benefício decor-rente da aposentadoria junto à Previdência Social não constitui base de contribuição à CASSI, tanto pessoal quanto patronal, conforme dispõe o artigo 19 do Estatuto da Caixa de Assistência. Entretan-to, quando houver o desligamento do Banco do Brasil, o aposentado passará a contribuir sobre essa remuneração.

No caso de o benefício da Previdência Social não estar inserido na Folha de Pagamento da Previ, é ne-cessário comunicar o valor recebido do INSS à CASSI no prazo máximo de 30 dias do desligamento, para que seja feito o recolhimento da contribuição pessoal sobre esse valor por meio de débito em conta e não se corra o risco de ser enquadrado nas penalidades previstas no Estatuto. A situação é descrita nos artigos 9 e 11 do Estatuto da CASSI, que está disponí-vel no site www.cassi.com.br, link “Institucional”, item “Documentos”.

A CASSI aceita pedidos de exames médicos assi-nalados em formulários pré-impressos com múltipla escolha?

tadila Alves de Assis - RJ

Prezada Tadila,

Esta forma de pedido não é aceita. Para evitar equí-vocos no processamento dos exames solicitados, a CASSI exige que, quando houver prescrição, os exa-mes sejam discriminados por escrito pelo médico assistente.

Extrato dE utilizaçãoMais coMplEto no site

O extrato de utilização da CASSI disponibilizado na internet está mais completo. No site www.cassi.com.br, serviço “Exclusivo Participante”, agora é possível acessar os demonstrativos de serviços e procedimentos realizados nos últimos seis meses (antes, ficavam disponíveis os dados de três meses). O extrato também contém informações referentes tanto à co-participação de 30% (incidente sobre consultas médicas, visitas domiciliares, sessões psicoterápicas e acupuntura) quanto à de 10%, que se refere a eventos de diagnose e terapias não vinculadas à internação e é limitada a 1/24 do salário.

Ao mesmo tempo em que complementa as informações disponíveis na internet, a CASSI reduz o envio de extratos em meio físico, via Correios. Os funcionários da ativa e os participantes do CASSI Família deixarão de receber o demonstrativo em suas residências. Além de representar uma economia para a Caixa de Assistência, a suspensão do envio é uma medida alinhada às práticas socioambientais, pois reduz o uso de papel.

Os aposentados e pensionistas continuarão recebendo o extrato pelos Correios. No entanto, se quiserem cancelar o recebimento, podem optar pela suspensão do envio, por meio do serviço “Exclusivo Participante”, no item “Opção de leitura dos informativos”.

Para acessar o serviço “Exclusivo

Participante”, é preciso se cadastrar. Se

você ainda não acessou o link, clique na

opção “Quero me cadastrar”. Fazer o

cadastro é fácil é rápido.

carta doparticipantE

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AN

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cassi tEM supErávit no �º sEMEstrEdesempenho se reflete também nos resultados operacional e recorrente

O superávit do primeiro semestre de 2008 totalizou R$ 169 milhões. Esse valor supera em 284% o apurado em igual período de 2007 (ver tabela abaixo).

O Plano de Associados registrou superávit de R$ 89 milhões, representando um crescimento de R$ 113 mi-lhões em relação ao primeiro semestre de 2007. No Plano CASSI Família, o superávit foi de R$ 80 milhões, com ele-vação de R$ 12 milhões quando comparado ao primeiro semestre do ano passado.

O resultado operacional - representado pelas receitas das contribuições, deduzidas dos custos e despesas di-retamente ligadas à atividade-fim da CASSI - no Plano de Associados foi de R$ 60 milhões, o que representa um incremento de R$ 88 milhões em relação ao primeiro se-mestre de 2007.

O desempenho do semestre decorre, principalmente, das novas fontes de custeio estabelecidas no Estatuto, aprovado em setembro de 2007. A evolução das recei-tas permitiu cobrir o crescimento das despesas básicas. A elevação dos gastos foi causada, principalmente, pelo aumento da população do plano, com a conseqüente elevação dos níveis de utilização, e pela inflação verifica-da nos custos (o grupo saúde do IPC-Fipe, por exemplo, variou 6,66% de julho de 2007 a junho de 2008).

No Plano CASSI Família, o resultado operacional foi de R$ 54 milhões, apresentando crescimento de R$ 9 mi-lhões em relação ao mesmo período de 2007. Veja no grá-fico ao lado o desempenho separado por plano:

Resultados Consolidados (R$ Mil)2007

753.510

- 675.942

11.285

- 71.456

�7.�97

25.506

1.088

��.99�

(+) Receitas Básicas

(-) Despesas Básicas

(+) Outras Receitas Operacionais

(-) Despesas Administrativas

(=) resultado operacional

(+/-) Resultado Financeiro

(+/-) Resultado Patrimonial/Não Operacional

(=) superávit

2008

852.619

- 729.793

71.645

- 80.456

���.0�5

31.121

23.795

�68.9��

Absoluta

99.109

- 53.851

60.360

- 9.000

96.6�8

5.615

22.707

���.9�0

Percentual

13 %

8 %

535 %

13 %

555 %

22 %

2.087 %

�8� %

1º Semestre Variação

Resultado Operacional (R$ Milhões)

As despesas administrativas apresentaram acréscimo de 13%, gerando incremento de R$ 9 milhões em relação ao primeiro semestre de 2007. Esse valor está relaciona-do com a implementação de melhores condições opera-cionais da CASSI, decorrentes de reestruturação organi-zacional, implantação dos procedimentos eletrônicos de autorização e faturamento, renovação de parque tecnoló-gico (aquisição e aprimoramento de hardwares, softwares e sistemas) e reajustes contratuais e salariais.

O resultado não operacional (composto por fatos con-tábeis não ligados à atividade-fim da CASSI) apresentou acréscimo de aproximadamente R$ 23 milhões em rela-ção ao primeiro semestre de 2007, devido à valorização

Associados CASSI Família Consolidado

- 28

6045

54

17

114

1º Semestre 2007 1º Semestre 2008

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resultado recorrente - �º semestre de �008 (r$ Mil)

resultado operacional

(+) Despesas com INSS* (principal)

(-) Contribuição Extraordinária do BB

(=) resultado operacional ajustado

(+) Resultado Financeiro

(+) Despesas com INSS* (juros e multas)

(+) Resultado Não Operacional

(-) Valorização da Participação na CBGS

(=) superávit ajustado

59.906

10.226

-52.773

�7.�59

5.058

6.822

23.795

-23.494

�9.5�0

* Referentes a exercícios anteriores.

FIN

AN

çA

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da participação acionária na Companhia Brasileira de Gestão de Serviços – CBGS.

Resultado Recorrente do Plano de Associados

Excluindo-se os fatos extraordinários que impactaram o resultado do primeiro semestre de 2008 (despesas com recolhimento de INSS de exercícios anteriores e respec-tivas multas apropriadas até junho de 2008, contribuição extraordinária recebida do Banco do Brasil e valorização da participação acionária na CBGS), o resultado recorren-te do Plano de Associados estaria assim representado:

A CASSI finalizou em setembro deste ano o pa-gamento ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) de contribuições previdenciárias referentes ao período de 2003 a 2006, totalizando R$ 20,9 mi-lhões. Cerca de R$ 9,2 milhões do valor total corres-pondem a multas e juros.

A maior parte da dívida tinha origem no Plano de Associados e se referia à contribuição previdenciária incidente sobre a co-participação de 30% nos pro-cedimentos realizados por prestadores de serviço pessoa física (médicos, em sua maioria). A CASSI recolhia o tributo ao INSS considerando apenas a sua parcela nos pagamentos, que é de 70% do va-lor dos serviços. O INSS, no entanto, estipula como base de cálculo o valor global dos pagamentos. Por isso, a CASSI foi autuada pela Receita Federal.

Atualmente, a Caixa de Assistência faz o reco-lhimento conforme determina a legislação, pagan-do os impostos sobre o valor integral dos serviços. Para o diretor de Administração e Finanças, Roberto Casagrande, a regularização de pendências é im-perativa para a perenidade do Plano de Associados. “O avanço que temos conseguido no domínio das questões fisco-tributárias é fundamental para otimi-zar nossos resultados”, disse o diretor.

pEndênciaJunto ao inssé rEGularizadacontribuições previdenciárias devidas

se referiam ao período de �00� a �006

Em busca do equilíbrio financeiro, principalmente dos indicadores do Plano de Associados, a CASSI tem se com-prometido a controlar as despesas básicas, negociando constantemente melhores condições contratuais com os prestadores de serviço. Outra prioridade é a gestão dos custos administrativos, por meio do aperfeiçoamento de sistemas e processos. Todo esse esforço tem como obje-tivos oferecer melhores serviços de saúde e atendimento ao participante.

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avanços na luta contra o câncEr

Jornal CASSI - De que forma as

células-tronco poderão ajudar no

tratamento dos pacientes com

câncer?

As células-tronco são células muito especiais. Elas surgem no ser humano ainda na fase embrionária. Essas células têm duas característi-cas distintas: conseguem se repro-duzir, duplicando-se e gerando duas células com iguais características, e também são capazes de diferenciar-se, ou seja, transformar-se em diver-sas outras células de seus respecti-vos tecidos e órgãos. Nos casos de

transplante de medula óssea, por exemplo, substitui-se a célula-tronco hematopoética (onde se formam e se desenvolvem as células sangüíneas), que no adulto se localiza na medula óssea vermelha e é responsável pela geração de todo o sangue. Pesqui-sas recentes têm demonstrado a presença de células-tronco específi-cas em tecidos, como fígado, tecido adiposo, sistema nervoso central, pele etc. Sua utilização para fins te-rapêuticos também tem sido alvo de vários estudos e, para o futuro, pos-sivelmente seu aproveitamento será ampliado.

JC - Quais os tipos de câncer

mais comuns? Dentre os citados,

quais têm maior propensão de

serem hereditários?

Os tipos de câncer mais comuns no adulto são os de pulmão, estô-mago, mama, colo uterino, prósta-ta, pele, bexiga e ovário. Em geral, o câncer não é hereditário. Apenas alguns raros casos são herdados, como o retinoblastoma – um tipo de câncer de olho que ocorre em crian-ças. No entanto, existem alguns fato-res genéticos que tornam determina-das pessoas mais sensíveis à ação

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) no Brasil define a doença como “um conjunto de mais de 100 enfermidades que têm em co-mum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo”. Somente no ano passado, o câncer foi responsável pela morte de 7,6 milhões de pes-soas em todo o mundo.

Preocupada com esse assunto, a Caixa de Assistência convidou a ocologista da Unidade Central da CASSI, em São Paulo (SP), Sônia Maria Rossi Vianna, para explicar um pouco mais sobre as principais características e as formas de prevenção ao câncer.

A médica esclarece ainda a importância da pesquisa com células-tronco, visto que, recen-temente, o Supremo Tribunal Federal (STF) foi alvo de críticas de setores da sociedade quan-to à decisão a favor do uso de células-tronco embrionárias. Saiba, também, o porquê de muitos dos defensores terem comemorado a determinação. Especialistas afirmam que tais células podem representar a cura de doenças como Mal de Alzheimer, cardiopatias, lesões incapacitantes da medula espinhal e o câncer.

saiba mais sobre riscos, tratamentos e formas de prevenção à doença

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dos elementos externos causadores de câncer, o que explica o fato de algumas desenvolverem a doença e outras não. Por exemplo, pesso-as que desenvolvem câncer de pele com a constante exposição ao sol ao longo dos anos.

JC - Quais são os comporta-mentos de risco relacionados a esses cânceres mais comuns?

O cigarro é o fator mais impor-tante como causa do câncer de pul-mão. O risco de adquirir a doença é proporcional ao número de cigarros consumidos e aos anos de exposi-ção ao fumo. Já a infecção pelo He-licobacter pylori (bactéria que infec-ta o estômago e ocorre em grande parte devido a condições sanitárias e de higiene inadequadas, por via gastro ou fecal/oral) é um fator de risco para a ocorrência do câncer gástrico. As infecções transmitidas por via sexual, particularmente pelo vírus HPV (o papiloma vírus huma-no), são determinantes para o risco de câncer do colo do útero. Enquan-to que as pessoas com história de polipose adenomatosa familiar (que são centenas de tumores benignos parecidos com verrugas, situados na parede interna do intestino, có-lon ou reto) têm um risco acentu-adamente maior de desenvolver a doença no cólon. A obesidade e a ingestão excessiva de carnes, gor-dura animal e álcool, além do baixo consumo de verduras, frutas e fi-bras, também podem levar ao apa-recimento de cânceres.

JC - Quais são os principais sin-tomas dessas doenças?

As manifestações são variadas, dependendo do local onde o câncer se origina. Pode ser tosse persis-tente, escarro com sangue, falta de ar, emagrecimento inexplicado, falta

de apetite, dor abdominal persisten-te, vômitos, dificuldade de degluti-ção, alteração do ritmo intestinal (prisão de ventre e diarréia), caroço na mama, corrimento vaginal san-guinolento, dificuldade para urinar, nódulos pelo corpo etc.

JC - Como a doença pode ser detectada pelo paciente? E pelo oncologista?

Em relação ao câncer de mama, a mulher deve realizar o auto-exa-me periodicamente e mamografia conforme indicação médica. Para a detecção do câncer de colo uterino, deve-se realizar exames ginecológi-cos, como Papanicolau, anualmente. Nos homens com idade acima de 50 anos, a detecção do câncer de prós-tata pode ser obtida com a avaliação anual com o urologista e a realização de exames específicos, como dosa-gem de PSA (uma substância produ-zida pela próstata). Para a detecção de outros tipos de câncer, é preciso procurar um médico sempre que hou-ver sintomas persistentes. O diagnós-tico do oncologista, por sua vez, é fei-to pelo exame clínico, laboratorial, de

imagens ou por biópsia de lesões.

JC - os índices de câncer de mama ainda são altos em mulheres?

O câncer de mama é o terceiro tu-mor mais freqüente na população e a segunda causa de morte entre as mu-lheres. As formas mais eficazes para detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico da mama e a ma-mografia. A população feminina deve ser conscientizada de que o câncer, quando diagnosticado precocemente, apresenta altas taxas de cura.

JC - Quais são os tratamentos para os casos mais comuns de câncer?

O tratamento pode ser feito por meio de cirurgia, radioterapia, qui-mioterapia, imunoterapia ou trans-plante de medula óssea. Em muitos casos, é necessário combinar essas modalidades. Para cada tipo de cân-cer – dependendo do estágio (exten-são) da doença, do estado clínico do paciente e da idade –, é indicado pelo oncologista o tratamento mais adequado, que pode ser uni ou mul-timodal.

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CA

SS

I Em

Fo

Co

participantEs dEvEMrEcadastrar dados

A Caixa de Assistência começou em outubro o recadastramento dos participantes dos planos Associados e CASSI Família. Todos precisam atu-alizar os dados até 31 de dezembro. O objetivo é atender à exigência da Agência Nacional de Saúde Suple-mentar - ANS.

“A atualização dos dados pelos participantes evitará que a agên-cia reguladora venha a penalizar a CASSI, o que poderá, inclusive, com-prometer a qualidade do atendimen-to prestado pela Caixa de Assistên-cia”, explica a diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clien-tes, Denise Lopes Vianna.

Além de responder a uma determi-nação legal, o recadastramento apri-mora a gestão do cadastro e auxilia a tomada de decisão por parte dos gestores. Não há como construir um planejamento eficaz se a Entidade não possuir informações consistentes so-bre as pessoas que utilizam seus servi-ços. Esse é um pressuposto básico de uma boa administração, regra da qual a CASSI não pode prescindir, já que a busca pelo profissionalismo na gestão tornou-se ainda mais evidente após a reforma do Estatuto e o direcionamen-to de recursos pelo Banco do Brasil.

Com os cadastros atualizados, a Caixa de Assistência pode, por exem-

Basta acessar o site, ir a uma unidade ou preencher o formulário encartado neste jornal

plo, acompanhar o ritmo de envelheci-mento dos participantes e obter a quan-tidade de jovens que ingressam no plano, o que é fundamental para o dire-cionamento de políticas assistenciais e para um planejamento mais adequado. Um cadastro confiável permite que a CASSI acompanhe a divisão dos par-ticipantes por faixa etária. Isso garantirá a correta provisão de recursos.

O aperfeiçoamento de um mode-lo de gestão depende ainda da con-tribuição dos beneficiários. Para que essa prática ocorra, é necessário um cadastro confiável que garanta o re-cebimento, pelos participantes, dos informativos publicados pela CASSI.

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CA

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Fo

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» A atualização dos dados é simples e rápida. Basta acessar o site da CASSI (www.cassi.com.br). Para ter acesso ao formulário, você precisa estar cadastrado no link “Exclusivo Participante”. Caso ainda não tenha acessado o canal, clique na opção “Quero me cadastrar” para obter a senha de acesso.

» Você também pode fazer seu recadastramento nas Unidades CASSI, onde formu-lários estão disponíveis para preenchimento manual. Outra alternativa é preencher o formulário encartado neste jornal e enviar para a CASSI, sem custos postais. É importante não esquecer de assinar a declaração da última página.

» Os dados solicitados não se referem apenas ao titular, mas também aos dependentes. Por isso, no momento do re-cadastramento, é necessário ter em mãos os documentos de identificação dos dependentes. Entre os dados que de-verão ser fornecidos, por exigência da ANS, estão o nome da mãe, identidade, CPF, atividade principal e endereço.

» O prazo termina em 31 de dezembro. E não esqueça: sempre que ocorrer qualquer alteração em seus dados, informe a CASSI.

coMo sE rEcadastrar

rEdE dE crEdEnciadossErá apErFEiçoada

A CASSI realiza pesquisa de avaliação da rede de mé-dicos, laboratórios, clínicas e hospitais credenciados. Por meio do site www.cassi.com.br, até 30 de novembro, os participantes podem avaliar a qualidade dos serviços de assistência prestados e também sugerir o credenciamento de profissionais e instituições de saúde. Os dados estão em fase de processamento e o resultado será divulgado na próxima edição do Jornal CASSI.

A pesquisa integra o processo de readequação nacio-nal de rede credenciada. O objetivo é aperfeiçoar o aten-dimento, tornando a oferta de serviços mais adequada às necessidades dos participantes.

Além da consulta, a CASSI está mapeando a disponibi-lidade de prestadores em todo o País. Com esses dados e as informações fornecidas pelos participantes, a Caixa de Assistência definirá o redimensionamento da rede, que hoje abrange 38 mil credenciados.

Meta é tornar a oferta de serviços mais adequada às suas necessidades

veja algumas questões pesquisadas:

» A quantidade de médicos, laboratórios, clínicas e hospitais é suficiente?

» Há indicações de bons profissionais ou entidades de saúde que deveriam ser credenciados?

» O tempo médio gasto entre a marcação e o aten-dimento é inferior a 10 dias?

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gE

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A CASSI está implantando nova estrutura organizacional. As mudan-ças vão deixar a Entidade mais ágil e eficiente para, a partir da melhoria na gestão, aprimorar os serviços presta-dos aos participantes.

Desde setembro, diversas ade-quações na administração da Caixa de Assistência vêm sendo implanta-das. Departamentos foram unifica-dos e serviços operacionais, centra-lizados. Os objetivos são racionalizar os processos de trabalho, reduzir custos, otimizar recursos e aumentar a produtividade, liberando as áreas administrativas e as Unidades CASSI para que possam se dedicar priori-tariamente à atividade essencial de atender bem às necessidades dos participantes.

Com a nova estrutura operacional, cada estado terá uma Unidade CASSI. Assim, a Entidade fica mais perto dos

cassi ModErniza GEstão para apriMorar sErviçosnova estrutura organizacional racionaliza

administração e prioriza atendimento

novo sistema que vai agilizar o atendi-mento na Central CASSI, reduzindo o tempo de resposta às demandas dos participantes. A medida faz parte do processo de revitalização da Central, que também inclui investimentos no treinamento dos atendentes.

A nova estrutura organizacional permite que a Caixa de Assistência modernize a gestão, atualizando-se para ajustar-se às novas realidades de atendimento e de prestação de serviços, mais humanizadas e foca-das no usuário. Para auxiliar o pro-cesso, foi contratada uma consultoria de reconhecimento internacional em revisão de estruturas e desenvolvi-mento de novas formas de trabalho.

Ao racionalizar a administração, a CASSI distribui melhor os recur-sos para privilegiar o atendimento. “O foco de todo o processo é a me-lhoria dos serviços de saúde pres-tados aos participantes”, afirma o presidente da Entidade, Carlos Neri, ressaltando que a reforma teve am-plo debate interno e foi aprovada por unanimidade pela Diretoria Executiva e pelo Conselho Deliberativo.

participantes. Também foram defini-dos critérios técnicos para aperfeiçoar a gestão da Estratégia Saúde da Fa-mília. Com uma relação custo-benefí-cio mais adequada, a estratégia será expandida para o interior do País, ofe-recendo atenção integral também aos participantes que residem fora das ca-pitais e das grandes cidades. Agora, é necessária uma população de 1,2 mil participantes (sendo que pelo menos 800 devem ser associados) para a instalação de uma CliniCASSI.

Ao mesmo tempo em que unificou serviços e reduziu custos em áreas operacionais administrativas, a CASSI investiu em outras atividades essen-ciais para qualificar o atendimento, como a informática. Na nova estrutu-ra, a área de tecnologia foi fortaleci-da, ganhando novos equipamentos e recursos para desenvolver e aplicar ferramentas tecnológicas destinadas à qualificação do serviço – como um

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Cu

RtA

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Apoio à amamentação “Nada mais natural que amamentar. Nada mais

importante que apoiar.” Esse é o tema da Campanha de Amamentação promo-

vida pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em parceria com o Ministério

da Saúde. A campanha busca sensibilizar familiares e toda a sociedade sobre

a importância de apoiar a mulher para que ela possa dispor de tempo e tranqüi-

lidade para amamentar. Fotos da atriz Dira Paes amamentando o filho, Antônio,

ilustram cartazes distribuídos a postos de saúde, hospitais e escolas. O material

explica como família, empregadores, profissionais de saúde e governo podem

apoiar a amamentação. Informações em www.saude.gov.br e www.sbp.com.br.

Vacina contra gripe Cientistas da Universidade de

Oxford, na Inglaterra, estão testando uma vacina que po-

derá oferecer proteção contra todas as variações do vírus

da gripe (incluindo a aviária) e que não precisaria ser re-

novada a cada ano. Com o novo sistema de imunização,

uma vez que tenha recebido a vacina, a pessoa só teria

que tomar outra dose após 10 anos.

genérico para Aids Em 2009, o Brasil vai começar a

produzir o medicamento genérico do Efavirenz, utilizado no

tratamento da Aids. Segundo o Ministério da Saúde, além

de representar economia de recursos públicos, a produção

estimula o desenvolvimento da indústria farmacoquímica

nacional. Dos 17 medicamentos do coquetel para tratamen-

to da Aids, este será o oitavo produzido nacionalmente.

“Quase-morte” Neurologistas britânicos deram início

ao maior estudo já realizado sobre experiências de qua-

se-morte. O trabalho vai monitorar pacientes que passam

pela experiência, em que o coração pára de bater e o cé-

rebro cessa de registrar atividade até que procedimentos

médicos de emergência revertam o processo. O objetivo é

usar tecnologias sofisticadas para estudar o que acontece

com o corpo e a consciência neste estado.

Células-tronco Pesquisadores da Universidade de

São Paulo (USP) produziram as primeiras células-tronco

embrionárias humanas do Brasil. Os cientistas usaram em-

briões que estavam congelados em clínicas de fertilização

in vitro e que foram doados pelos genitores. As células-tron-

co têm capacidade de se tornar diferentes tipos de células.

Os pesquisadores já conseguiram criar células musculares

e neurônios a partir do material produzido na Universidade.

notas dE saúdEVeja o que é notícia no Brasil e no mundo

Ranking dos alimentos Brócolis, kiwi, couve-flor, alface, laran-

ja, espinafre e morango são alguns dos alimentos que receberam pontua-

ção máxima em um ranking elaborado por cientistas norte-americanos da

Universidade de Yale e de outras instituições. Disponível em inglês no site

www.nuval.com, o ranking classifica os alimentos de acordo com seus be-

nefícios para a saúde. Aqueles ricos em vitaminas, fibras, potássio, cálcio

e ferro, por exemplo, ganham as notas mais altas. Já os que têm açúcar,

colesterol, sal, gordura saturada e gordura trans baixam sua posição no

ranking. Os especialistas esperam que o índice possa orientar os consu-

midores a adotar uma dieta mais saudável.

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cassi oBEdEcE a critérios técnicos E éticos para autorização dE MatEriaisa concessão de materiais e artigos implantáveis atende regulamentação da agência nacional de saúde suplementar (ans)

Submeter-se a qualquer tipo de cirurgia é sempre de-licado. Geralmente, o paciente e seus familiares, pressio-nados emocionalmente para obter a reabilitação ou cura, não têm informações sobre a real necessidade do que lhes é apresentado como solução.

Muitas demandas judiciais propostas contra a CASSI estão relacionadas à negativa de materiais a serem uti-lizados em cirurgias, como, por exemplo, as órteses e próteses importadas. A Caixa de Assistência se propõe a custear as consultas, serviços, tratamentos, materiais e

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procedimentos médicos em prol de todos os participan-tes. Os planos Associados e CASSI Família dispõem de todos os eventos previstos no Rol de Procedimentos da Agência de Nacional de Saúde Suplementar – ANS, que estabelece a cobertura mínima de serviços médicos e hospitalares a ser oferecida aos participantes de planos de saúde privados.

Entretanto, para autorizar a realização de procedi-mentos e utilização de materiais, a Caixa de Assistência obedece a critérios técnicos e éticos, regulamentados pela ANS. Os produtos e materiais devem atender aos padrões de qualidade estabelecidos e aos requisitos de segurança em saúde pública. Precisam também apresen-tar registro atualizado, garantindo que o material tenha sido avaliado sob bases científicas, de acordo com as normas de vigilância sanitária. Com base nesses crité-rios, são abonados pela Entidade os materiais nacionais e importados que obedeçam às especificações técnicas brasileiras.

» AutoRIzAção DE PRoCEDImENtoS

Para solicitar autorização, o prestador entra em contato com a Central CASSI e envia, via fax, a soli-citação do evento cirúrgico. Após liberada senha, o prestador encaminha pedido de material à unidade da Caixa de Assistência no estado, que analisará o requerimento dentro das normas da Entidade.

Já nos casos em que há risco de morte ou dano

irreversível ao paciente, o prestador realizará a ci-rurgia e comunicará à CASSI, em até 24 horas após o término do procedimento, os materiais utilizados e respectivos valores.

Baseadas em mecanismos de regulação, as au-torizações visam à correta utilização dos serviços prestados e à preservação do interesse coletivo dos participantes. É dever da Entidade zelar pelo fundo comum de propriedade dos próprios bene-ficiários, resguardando-o de fraudes, utilizações e reembolsos sem previsão contratual ou carentes de justificativa médica.

Essas medidas garantem que a Caixa de Assis-tência não autorize procedimentos e materiais ino-vadores sem eficácia comprovada e cuja utilização torna-se perigosa ao participante.

» mAtERIAIS E ARtIgoS ImPlANtáVEIS

O Código de Ética Médica, art. 9º, diz que “a medicina não pode, em qualquer circunstância ou de qualquer forma, ser exercida como comércio”. O art. 10 determina que o trabalho médico não seja explorado por terceiros com objetivos de lucro, fi-nalidade política ou religiosa. A vinculação médica ao recebimento de vantagens materiais também é proibida pela Resolução 1595/00 do Conselho Fe-deral de Medicina – CFM, art. 1º.

Apesar disso, vários questionamentos vêm sur-gindo sobre a relação entre médicos e indústrias de implantes. O Jornal da Associação Médica de Minas Gerais, na edição 110, traz matéria sobre o tema. Segundo o presidente da Sociedade Mineira de Cirurgia Cardiovascular, Eduardo Augusto Victor Rocha, em entrevista dada ao jornal da associação, a atitude está relacionada aos baixos honorários re-cebidos pelos médicos. “Muitas vezes, usa-se esse artifício para pagar despesas de equipe, como resi-dentes, instrumentadores e perfusionistas”, disse.

Não se sabe ao certo a dimensão do problema. Por isso, é importante o beneficiário se informar sobre alternativas antes da realização de procedi-mentos mais complexos. No site da ANS (www.ans.gov.br), por exemplo, o participante encontrará nor-mativos com os direitos do usuário e exigências às operadoras de saúde. Em caso de dúvidas, basta recorrer ao contrato para rever todas as coberturas oferecidas pelos planos.

Stents coronarianos (figura acima) e próteses de quadril evalvar são alguns dos materiais implantáveis mais usados

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Médicos recebem, sim, comissão por implante de órteses e próteses. É o que revelam profissionais ouvi-dos pelo Jornal da AMMG, entre eles, presidentes e diretores de Sociedades de Especialidades. A prá-tica não abrange todos os médicos, mas parece ser corriqueira em algumas especialidades, como ci-rurgia cardiovascular, cirur-gia plástica, neurocirurgia, oftalmologia e ortopedia.

“É comum e neces-sária para muitas equipes se manterem”, admite o presidente da Sociedade Mineira de Cirurgia Cardio-vascular, Eduardo Augusto Victor Rocha. “A promiscui-dade dos médicos com a indústria está diretamente relacionada aos baixos ho-norários recebidos. Muitas vezes, usa-se esse artifício para pagar despesas de equipe, como residentes, instrumentadores e perfu-sionistas”, explica.

Rocha afirma que, em sua área de atuação, uma equipe média custa R$ 20 mil. “Precisamos operar 14 cirurgias de revasculariza-ção miocárdica para pagar essas despesas”, exemplifi-ca. Segundo ele, os hospi-tais se eximem dos custos e os médicos acabam por ficar reféns dessa relação.

De acordo com um or-topedista que pediu para

manter sua identidade em sigilo, o custo do material utilizado numa cirurgia de coluna varia entre R$ 20 mil e R$ 100 mil e a comis-são do médico é de 20%. Ao realizar duas cirurgias de coluna por semana, ao final do mês, é possível an-gariar entre R$ 32 mil e R$ 160 mil – bem mais do que os R$ 400,00 de honorá-rios que afirma receber do plano de saúde por cada procedimento.

“É abominável o mé-dico receber percentual pela utilização de material ou ficar preso a determina-do fornecedor em função de algum benefício con-cedido, mas infelizmente isso acontece”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regio-nal Minas Gerais, Marcelo Back Sternick. Ele acredita que esse seja o motivo de alguns médicos preferirem utilizar próteses importa-das a nacionais. “É uma grande mentira falar que material nacional não pres-ta”, afirma. O especialista conta ainda que centenas de ortopedistas brasileiros são réus em um processo na Justiça Federal, acusa-dos de utilizarem próteses de qualidade duvidosa. “Alguns materiais reprova-dos em países do primei-ro mundo são despejados aqui. Verdadeiras sucatas”, denuncia. “A coisa saiu

da esfera ética para a policial.”

Não se sabe, ao certo, quantos médicos recebem comissão de indústrias ao implantarem seus produtos em pacientes. “Estima-se que até 10% dos profissio-nais brasileiros, cerca de 30 mil médicos, participem dessa farra. Os hospitais fa-zem vista grossa, pois não estão diretamente envolvi-dos. O pagamento é acer-tado de forma direta com o médico. É o chamado ‘chocolate’”, conta um dire-tor de um hospital geral de Belo Horizonte.

De acordo com o pre-sidente da Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Implan-tes, Roberto Rodrigues, o volume de compras de equipamentos, órteses e próteses chega a R$ 8 bilhões por ano no Brasil. Pelo montante, dá pra se ter uma idéia de que a cifra destinada a médicos não é pequena.

“Como um médico que opera pelo SUS tem apar-tamento de luxo e Merce-des Benz na garagem?”, questiona um especialista que pede anonimato. Um cardiologista calcula em 10% a comissão por colo-cação de desfibrilador car-díaco: “A cada dez implan-tes, são em média R$ 100 mil para o médico”.

O diretor da Socieda-de Mineira de Cardiologia Estêvão Lanna Figueiredo confirma: “Sei que isso ocorre com freqüência. Acho antiético e imoral. Não podemos falar mal dos políticos corruptos, se aceitarmos essas comis-sões no meio médico. É a mesma coisa”.

“É uma prática comum, que eu considero ilegal”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regio-nal Minas Gerais, Jorge Antônio de Menezes. Opi-nião semelhante tem o presidente da regional mi-neira da Sociedade Brasi-leira de Mastologia, Regis Leite L’abbate: “É usual nas especialidades cirúr-gicas que utilizam esses materiais. Na minha opi-nião, deveria ser proibido e punido.”

Apesar de condenar a prática, o Conselho Regio-nal de Medicina de Minas Gerais afirma que não re-cebe denúncias sobre co-missionamento médico e que, por isso, não pode to-mar providências. “Quem paga a conta é o usuário. O que o profissional rece-be como comissão certa-mente é repassado para o preço final do produto”, alerta o diretor científico da Associação Médica de Mi-nas Gerais, Epotamenides Maria Good God”.

Leia abaixo a reprodução da matéria publicada pelo Jornal da Associação Médica de Minas Gerais (edição 110 - abril/maio)

“Fabricantes de órteses premiam médicos

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O cotidiano frenético das grandes cidades impõe um desafio: como con-ciliar pouco tempo com alimentação saudável? Essa dúvida se intensifica quando a única opção é fazer refei-ções fora de casa, no intervalo entre os turnos de trabalho. O segredo para ficar de bem com o corpo e a saúde é tomar alguns cuidados simples, mas que fazem toda a diferença.

Quem se alimenta em restauran-tes, self service ou lanchonetes deve observar a higiene do local e da pes-soa que manipula os alimentos. É importante checar se a comida está exposta em ambiente e na tempera-tura adequados.

Alimentação saudável também significa fazer boas escolhas. Pratos com menor teor de gordura e pou-cos condimentos são os mais indica-dos. A refeição deve ser balanceada, com uma opção de cada grupo de nutrientes: carboidratos (arroz, mas-

aliMEntação saudávEl,MEsMo Fora dE casaFazer boas escolhas é a dica para

garantir uma refeição balanceada

sa, batata, mandioca, pão, torrada); leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, soja); proteínas (carnes, ovos, leite e derivados); vitaminas, minerais e fibras (folhas, legumes e frutas).

Qual seria a duração ideal de uma refeição? Segundo o Conselho Regional de Nutricionistas do Distri-to Federal, 30 minutos saboreando os alimentos já são suficientes, des-contando o tempo de deslocamento e pagamento da conta. A falta de tempo não é desculpa para recorrer ao fast food. Sanduíches naturais e frutas podem assumir o lugar do al-moço nos dias mais corridos.

Um detalhe importante e muito esquecido é a mastigação. “Masti-gue o alimento sentindo o sabor e evite engolir de uma vez a refeição. É bom lembrar que a digestão co-meça nesse momento”, sugere a nu-tricionista Jacqueline Jaguaribe, da CASSI Ceará.

» Acompanhar as refeições com sucos ou refrigerantes não é uma prática saudável. Recomenda-se ingerir líquidos 30 minutos antes ou uma hora após, para não inter-ferir na digestão.

» As sobremesas estão liberadas, desde que com moderação. Elas fazem parte do prazer da refeição.

» Dê preferência às sobremesas a base de frutas, que são mais leves (salada de frutas, cremes com iogurte, gelatinas e frutas naturais ou secas).

DICAS DA NutRICIoNIStA

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CASSI SedeSCS • Qd. 8 • Ed. Venâncio 2000 • Bl. C 60 • 4º and. Brasília/DF • CEP 70333-900 Telefone: (61) 3212-5000

unidade AcreRua Quintino Bocaiúva, 1790 • Bosque Rio Branco (AC) • CEP 69909-400Telefone: (68) 3223-0385 Gerente e.e.: Emilia Figueiredo Bezerra

unidade AlagoasRua Dr. Antônio Pedro de Mendonça, nº 150 Pajuçara • Maceió (AL) • CEP 57030-070 Telefone: (82) 3327-5797Gerente e.e: Ana Márcia Agra Lemos de Carvalho

unidade AmapáAv. Antonio Coelho de Carvalho, 910 • Centro Macapá (AP) • CEP 68900-001Telefone: (96) 3223-2279 Gerente: José Augusto Dominguez Mendes

unidade AmazonasAv. Senador Álvaro Maia, nº 1286 • Praça 14 Manaus (AM) • CEP: 69020-210Telefone: (92) 3131-2350Gerente e.e: Rosana Celeste Maia

unidade BahiaRua das Hortênsias, n°274 Ed. Antônio Fernando Silvani • Pituba Salvador (BA) • CEP: 41810-010Telefone: (71) 3453-8000Gerente: Daylton José Ataíde Gomes

unidade CearáAv. Dom Luís, nº 1233 - 2º andarEd. Harmony Medical Center • Meireles Fortaleza (CE) • CEP: 60160-230Telefone: (85) 3366-0500Gerente: Henio Braga Junior

unidade Distrito FederalSTN • Conjunto M, entrada A • Edifício Centro Clínico Vital Brazil - Brasília (DF) • CEP: 70770-909Telefone: (61) 3424-4600 Gerente: Denise Rodrigues Eloi de Brito

unidade Espírito SantoAv. N.S. dos Navegantes, nº 325 • Enseada do SuáVitória (ES) • CEP: 29050-420Telefone: (27) 3335-3777Gerente: Maria de Fátima Tudesco

unidade goiásRua T-50 nº 566 • Setor Bueno Goiânia (GO) • CEP: 74215-200Telefone: (62) 3250-6000Gerente: Deborah do Egito Almeida

unidade maranhãoAv. dos Holandeses, QD-09, nº 13 • Calhau São Luiz (MA) • CEP: 65075-480Telefone: (98) 2109-2100Gerente: Maria do Socorro Rios Soares Fonseca

unidade mato grossoRua Rui Barbosa nº 444 • GoiabeirasCuiabá (MT) • CEP: 78020-805Telefone: (65) 3617-9191Gerente: Sandra Maria Luiz Pereira

unidade mato grosso do SulRua Pedro Celestino, nº 2670 • São Francisco Campo Grande (MS) • CEP: 79002-372Telefone: (67) 3322-2100Gerente: Júlio Cesar Camisolão

unidade minas geraisAv. Raja Gabaglia, nº 1093 • Luxemburgo Belo Horizonte (MG) • CEP: 30380-090Telefone: (31) 3290-6800Gerente e.e.: Paulo Muradas

unidade ParáAvenida Duque de Caxias, nº 277 • Marco Belém (PA) • CEP: 66093-400 Telefone: (91) 4008-2101Gerente: Paulo Felix de Almeida Pena

unidade ParaíbaAv. Júlia Freire, nº 1200 - 7º and • Expedicionários João Pessoa (PB) • CEP: 58041-000 Telefone: (83) 3015-2525Gerente e.e.: Mario Jorge da Cruz Vital

unidade ParanáRua Mateus Leme, nº 651 • Centro Cívico Curitiba (PR) • CEP: 80530-010Telefone: (41) 3219-9500Gerente: Maria Helena Possas Feitosa

unidade PernambucoAv. Cons. Rosa e Silva, nº 1.460Executive Trade Center - 5º, 6º e 7º and. • Aflitos Recife (PE) • CEP: 52050-020 Telefone: (81) 3243-8300Gerente e.e.: Rosemary da Mota Nascimento

unidade PiauíAv. Miguel Rosa, nº 3260 • Centro-SulTeresina (PI) • CEP: 64001-490Telefone: (86) 2106-9600Gerente: Maria Helena Andrade Boavista

unidade Rio de JaneiroRua do Passeio, nº 62 - 7º, 8º e 9º and. • Centro Rio de Janeiro (RJ) • CEP: 20021-290Telefone: (21) 3861-1700Gerente: David Salviano de Albuquerque Neto

unidade Rio grande do NorteAvenida Rodrigues Alves, nº 766 • Tirol Natal (RN) • CEP 59020-000Telefone: (84) 3087-2200Gerente: Adriana Franck Sarmento

Localize a cassi

Banco do Brasil coMEMora �00 anosNo mês de outubro, o Banco do Brasil comemorou seu bicen-

tenário. Presente em 23 países, o Banco possui atualmente mais de 46 milhões de clientes e se destaca como uma das maiores instituições financeiras do Brasil. Gerações de funcionários constru-íram nesses 200 anos o conglomerado do BB, do qual a Caixa de Assistência faz parte.

Criada por um grupo de funcionários do Banco do Brasil, em 1944, a CASSI é hoje uma das maiores instituições sem fins lucrati-vos administradoras de planos de saúde do País. Atualmente, são 746 mil vidas sob os cuidados da Entidade, que tem por missão assegurar atenção integral à saúde para uma vida melhor.

Em comemoração aos 200 anos do BB, até o mês de dezembro, serão promovidos pelo Banco eventos em diversos estados, como circuito de vôlei de praia, exposições, peças teatrais e campeonatos de Futsal. Acesse o site www.bb.com.br e confira a programação.

unidade Rio grande do SulAvenida Cristóvão Colombo, nº 2240, 5º e 6º andares • Floresta Porto Alegre (RS) • CEP: 90560-002 Telefone: (51) 2139-8000Gerente: Vilma Regina Freitas Gonçalves Dias

unidade RondôniaRua Tenreiro Aranha, 2862 Olaria • Porto Velho (RO) • CEP: 78900-750Telefax: (69) 3223-6967 Gerente e.e.: Maria do Socorro Araujo Carvalho

unidade RoraimaEm fase de implantação.

unidade Santa CatarinaRua Padre Clemente, nº 63 • Centro Florianópolis (SC) • CEP: 88015-350Telefone: (48) 3224-2344Gerente: Francisca Alzira Maia Galvão

unidade São PauloRua Boa Vista, nº 99 - 6º, 8º e 10º and. • CentroSão Paulo (SP) • CEP: 01014-001 Telefone: (11) 2126-1500Gerente: Neander Teixeira Mendonça

unidade SergipeAv. Tancredo Neves, nº 242 • GrageruAracaju (SE) • CEP 49025-620 Telefone: (79) 3249-1530Gerente: Natanael Dantas Soares

unidade tocantinsQuadra 103 Norte, Av. LO-2, Lote 74 Plano Diretor Norte • Palmas (TO) CEP -77001-022 Telefax: (63) 3215-8002Gerente e.e.: Fernanda Silva Almeida

Central CASSI: 0800 729 0080