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JOSÉ ALBERTO FRANCO

JOSÉ ALBERTO FRANCO - APSEI · Os trabalhos normativos em Portugal • Em 22.7.1969, o então chefe do Serviço de Transportes Internacionais da DGTT, Dr. Gonçalo Meireles, propôs

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JOSÉ ALBERTO FRANCO

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PASSADO, PRESENTE E FUTURO DOS TRANSPORTES DE MERCADORIAS

PERIGOSAS

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As mercadorias perigosas

• As mercadorias ditas perigosas sempre foram essenciais aodesenvolvimento industrial, à mobilidade e ao conforto daspopulações, e ao progresso em geral

• Por conseguinte, a revolução industrial do séc. XVIII e astransformações sociais que se lhe seguiram, impuseram grandessaltos na produção, transporte e utilização das referidasmercadorias perigosas

• Particular destaque para os combustíveis, para os explosivos epara os produtos químicos

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Regulamentação de segurança do transporte

• A primeira regulamentação organizada que se ocupa dasegurança do transporte de mercadorias perigosas data de1880, e refere-se ao transporte ferroviário (RID)

• Até à primeira metade do séc. XX, não existia regulamentaçãointernacional aplicável ao transporte rodoviário demercadorias perigosas

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• O Regulamento RID, o anexo 4 da SGMS, aConvenção da Haia, os regulamentos ferroviários doCanadá, dos Estados Unidos e do México, o cap. IVda SOLAS, e o regulamento da IATA aplicavam-se aosoutros modos de transporte.

Regulamentação de segurança do transporte (cont.)

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A evolução normativa europeia

• Depois da 2ª Guerra Mundial, em face do incremento docomércio internacional de produtos químicos na Europa, afalta de uniformidade e o caráter fragmentário daregulamentação de transporte constituíam um real obstáculoàs trocas

• Foi assim que a UNECE avançou com a preparação do queviria a ser o ADR – Acordo Europeu relativo ao TransporteInternacional de Mercadorias Perigosas por Estrada

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A evolução normativa europeia (cont.)

• O Acordo ADR foi assinado em Genebra em 30.9.1957 pelaAlemanha Ocidental, pela Áustria, pela Bélgica, pela França,pela Holanda, pela Itália, pelo Luxemburgo, pelo Reino Unidoe pela Suíça

• Eram necessárias 5 ratificações ou adesões para que o ADRentrasse em vigor, e nos primeiros 10 anos só ratificaram oAcordo a Bélgica, a França, a Holanda e a Itália

• Portugal aderiu ao ADR em 29.12.1967, o que fez o Acordoentrar em vigor em 29.1.1968

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A evolução normativa europeia (cont.)

• Uma vez entrado em vigor, as disposições técnicas do ADRforam sendo regularmente revistas e atualizadas pelo WP.15 –Grupo de Trabalho da UNECE para o Transporte deMercadorias Perigosas

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A evolução normativa europeia (cont.)

• Alguns dos momentos de inovação durante estas décadas:o Etiquetas de perigo (1973)o Contentores-cisternas (1974)o Painéis laranja (1974)o Cisternas plásticas (1974)o Renumeração das classes (1976)o Matérias radioativas (1976)o Gases (1978)o Formação de condutores (1982)

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A evolução normativa europeia (cont.)

o Líquidos inflamáveis, matérias tóxicas e matérias corrosivas (1985)

o Ensaios e marcação de embalagens (1985)o Grandes recipientes para granel (1988)o Matérias e objetos explosivos (1993)o Gases (1997)o Reestruturação global (2001)

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A evolução normativa europeia (cont.)

o Conselheiros de segurança (2003)o Segurança pública (2005)o Restrições nos túneis (2007)o Instruções escritas (2009)o Quantidades limitadas (2011)o …

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A evolução normativa noutros âmbitos

• Em paralelo com este processo histórico do Acordo ADR,desenvolveu-se o trabalho de âmbito mundial do Comité dePeritos de Transportes de Mercadorias Perigosas do ECOSOC,criado em 15.4.1953, e que preparou e adotou em 12.9.1956a primeira versão das suas Recomendações (futuro LivroLaranja)

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• Enquadradas pelo Livro Laranja (com revisões bienais desde1977), as agências especializadas das Nações Unidas têmvindo a promover com regularidade a atualização dosregulamentos dos modos ferroviário, marítimo, aéreo efluvial

A evolução normativa noutros âmbitos (cont.)

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Os trabalhos normativos em Portugal

• Em 22.7.1969, o então chefe do Serviço de TransportesInternacionais da DGTT, Dr. Gonçalo Meireles, propôs aoGoverno a criação de “um grupo de trabalho altamenterepresentativo” para tratar da implementação em Portugal doAcordo ADR, que entrara em vigor com a adesão do nossopaís

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• A proposta viria a ser aprovada em 28.4.1971 pelo Secretáriode Estado Eng.º J. M. Oliveira Martins, argumentando que “odesenvolvimento previsto para os transportes rodoviáriosinternacionais porá problemas cada vez mais agudos quanto àmatéria constante do ADR”

Os trabalhos normativos em Portugal (cont.)

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Os trabalhos normativos em Portugal (cont.)

• Em 25.4.1973, após designação de todos os membrosprevistos para integrarem o GTTMP, foi nomeado o seuprimeiro presidente e o secretário-relator

• Na sua composição inicial, faziam parte do GTTMP 11 serviçospúblicos (Presidência do Conselho e Ministérios do Interior,Negócios Estrangeiros, Economia, Comunicações e Saúde eAssistência), e ainda o GITA e a CP

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Os trabalhos normativos em Portugal (cont.)

• Elaborados os trabalhos que se decidiu deverem anteceder oarranque do GTTMP, realizou-se a 1ª reunião plenária em16.4.1974

• De 1974 a 1980, o GTTMP preparou e obteve a aprovação do Governo para diversas medidas de aplicação do ADR, e de regulamentação nacional no transporte de explosivos e em veículos-cisternas

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Os trabalhos normativos em Portugal (cont.)

• Nos anos 1980’s, o GTTMP alargou a sua composição a muitasoutras organizações empresariais de ramos industriaisinteressados, e às organizações sindicais do setor

• Paralelamente, foi preparado, e aprovado pelo Governo, umregulamento nacional global para o transporte de produtosinflamáveis, tóxicos, radioativos e corrosivos

• O GTTMP também preparou e fez aprovar normas nacionaissobre restrições à circulação rodoviária de mercadoriasperigosas e sobre formação de condutores de veículos

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• Desde 1998, a CNTMP iniciou a sua atividade com uma configuração institucional reforçada

• Como primeiro teste às suas condições de funcionamento, colocou-se desde logo a questão do processo de aceitação das organizações económicas e profissionais

• Questão resolvida com a adoção de um Regulamento Interno inspirado nas normas que regem o WP15 da UNECE

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• No início dos anos 2000’s, preparação das normas nacionaissobre formação e certificação de conselheiros de segurança

• Em 2002/2003, análise das disposições a adotar no domínioda segurança pública (security)

• Em 2004 e 2015, preparação e adoção de medidas nacionaisde derrogação ao Acordo ADR

A experiência da CNTMP

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A experiência da CNTMP (cont.)

• De 2003 a 2005, revisão das normas nacionais sobrerestrições à circulação de veículos de mercadorias perigosas

• De 2006 até à atualidade, participação na revisão bienal dosADR e RID

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• Ao longo de todo este percurso, atualização das normasaplicáveis à formação e certificação de conselheiros desegurança e de condutores de veículos

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• Participam atualmente na CNTMP 17 serviços públicos (ACT,ANEPC, ANSR, APA, ASAE, AT, DGAE, DGEG, DGRM, DGSaúde,DRET/RAM, DRT/RAA, GNR, IAPMEI, IMT, IPQ e PSP), 7associações empresariais (ANAREC, ANTRAM, APAT, APETRO,APQuímica, FIOVDE e GROQUIFAR), 3 associações técnicas(AP3E, APSEI e LBP)

A atual organização da CNTMP

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• … e, ainda, 4 organismos de inspeção (BVR, CNE, ISQ e ITG), 3empresas especializadas (Medway, Takargo e Tutorial) e 3organizações sindicais (FECTRANS, FIEQUIMETAL e SITRA).

A atual organização da CNTMP (cont.)

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• O Regulamento Interno da CNTMP, aprovado na sua últimaversão em 3.2.2016, garante um funcionamento aberto etransparente, e proporciona condições de ampla participaçãoa todas as instituições

• Todos os técnicos do setor têm pois a oportunidade deintervir ativamente, através da organização que melhor osrepresente

A atual organização da CNTMP (cont.)

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Muito obrigado pela vossa atenção

[email protected] 96 370 84 81