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José Elias de Godoy - Segurança dos Condominios

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    SUMRIO INTRODUO .............................................................................. 3

    PREFCIO .................................................................................... 5

    CAPITULO I - Noes de Relaes Humanas nos condomnios ......................... 6

    CAPTULO II Tcnicas de proteo e medidas de segurana em portarias ...... 17

    CAPTULO III Sistema de comunicao em condomnios ....................... 28

    CAPTULO IV - Tcnicas de identificao de pessoas e veculos .......................... 37

    CAPTULO V Segurana fsica de instalaes condominiais .............................. 43

    CAPTULO VI Sistemas eletrnicos de segurana em condomnios .................. 54

    CAPTULO VII Medidas de emergncia e dicas de segurana em condomnios 64

    CAPTULO VIII

    Segurana contra incndios em edificaes ................................ 83

    CAPTULO IX - Segurana em elevadores ............................................................. 102

    CAPTULO X Noes de Higiene ........................................................................ 108

    CONCLUSO ................................................................................ 114

    BIBLIOGRAFIA

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    INTRODUO

    Com a chegada do novo milnio renovam-se as esperanas de uma

    melhoria na qualidade de vida da populao. Espera-se que haja uma

    conscientizao de todos, no que diz respeito a um aumento dos nveis de

    Proteo da comunidade, atingindo-se as camadas sociais em sua totalidade e,

    principalmente, que a violncia baixe a patamares aceitveis dentro de nossa

    sociedade, tudo isto para que se alcance a to sonhada Segurana e

    Tranqilidade. No entanto, para que esta aspirao deixe de ser um sonho e se

    torne realidade, faz-se necessrio o comprometimento e empenho de todas as

    pessoas, muitas vezes, dando uma parcela a mais de sacrifcio, no intuito de se

    chegar ao to almejado objetivo.

    No se pode acusar ou, melhor ainda, responsabilizar exclusivamente as

    autoridades governamentais como sendo os nicos "culpados" pela situao

    catica pelo qual a sociedade atual est enfrentando, mas bom lembrar que, em

    vrios casos, a omisso e at mesmo a falta de informaes parte da prpria

    populao que acaba se tornando vtima de muitos delitos e atos inseguros.

    Para que esta situao seja minimizada imprescindvel a Atitude Preventiva de

    todos os indivduos, e isto diz respeito aos seus atos mais bsicos, tais como

    exercer seus direitos como cidado, e a partir da exercer as garantias definidas

    pela Constituio e pelas Leis.

    Os condomnios, no final do milnio passado, tm-se proliferado bastante

    devido ao excessivo aumento demogrfico das metrpoles, causando a escassez

    de espao, porm, os principais motivos para que as pessoas optem por residir

    nestes conjuntos residenciais esto relacionados ao Conforto, Tranqilidade e

    Segurana, sendo esta ltima a causa mais citada pelos condminos, tendo-se em

    vista os altos ndices de criminalidade urbana.

    Como j notrio e muito evidenciado nos noticirios da imprensa escrita e

    falada, roubos, furtos e at mesmo seqestros, antes mais comuns ocorrerem em

    bancos, empresas, lojas e residncias, passaram a acontecer, com maior

    impetuosidade e freqncia, em condomnios, onde os marginais chegaram

    concluso que os funcionrios responsveis pelas portarias e vigilncia dos

    prdios, na grande maioria bastante despreparados, so facilmente enganados por

    suas estratgias.

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    Os sndicos, com a aquiescncia dos condminos, tm investido vultosamente

    em segurana perimetral (cercas eletrificadas com sensores infravermelhos),

    sistemas eletrnicos de monitoramento, softwares de segurana (Informtica),

    painis de alarme, CFTV - Circuito Fechado de Televiso, etc., porm nem tudo

    isto tem sido capaz de inibir a ao de meliantes, os quais conseguem facilmente

    sua intruso nos condomnios atravs dos portes de garagens e, na maioria das

    vezes, pelas portarias principais, considerando, como j frisado anteriormente, a

    desqualificao dos funcionrios responsveis por estas reas.

    Ressalto ainda que a perfeita integrao em termos de segurana entre o

    homem e as novas tecnologias condio sine qua non para a implantao de

    uma perfeita e quase intransponvel barreira preventiva dentro de um condomnio,

    mas coloco em evidncia a necessidade de preparar o homem e conscientiz-lo de

    que as rotinas, caractersticas e peculiaridades do condomnio devem ser bem

    gerenciadas pelos profissionais, a fim de que possam definir, de maneira clara e

    precisa, a forma como agir em face de uma tentativa de intruso por bandidos ou

    ante um risco iminente.

    Enfim, para que os condomnios possam oferecer o nvel de proteo

    adequado aos seus moradores e, portanto, auxiliar na garantia de um dos direitos

    bsicos, que o da moradia com segurana, torna-se importante lembrar que os

    sndicos, moradores, funcionrios e prestadores de servios complementados por

    barreiras fsicas e equipamentos eletrnicos, aliados aos rgos de Segurana

    Pblica devam integrar-se para que realmente se possa chegar a um nvel de

    Proteo satisfatrio para todos.

    Dados Estatsticos Anuais sobre Roubos e Furtos em Edifcios Residenciais e Apartamentos Registrados na Cidade de So Paulo

    Ano 1999 2000 2001 Total

    Furto 149 177 228 554

    Roubo 112 159 177 448

    Total 261 336 405 1002

    Fonte: SSP/ So Paulo

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    PREFCIO

    Hoje em dia, basta conversamos um pouco logo vem a baila, um assunto

    que preocupa a todos ns, a violncia urbana e os altos ndices de criminalidade.

    Todos ns, ao final de mais um dia de trabalho, retornamos ao nosso "lar

    doce lar", entretanto, se no adotarmos certas posturas e implementarmos medidas

    humanas, tecnolgicas e organizacionais aplicveis na casa ou no apartamento,

    no conseguiremos um ambiente tranquilo e seguro, para ns e nossa famlia.

    Este trabalho deve ser iniciado pela formao de um conscincia de

    segurana, entendendo o problema e procurando solues com o envolvimento e

    participao de todos (condminos, empregados domsticos, sndico, funcionrios

    do condomnio, prestadores de servio e visitantes).

    Este trabalho, desenvolvido por Jos Elias de Godoy, um especialista em

    segurana empresarial, demonstra uma srie de aes e medidas, embasadas

    com dados estatsticos, artigos publicados na mdia e exemplos concretos, de

    como podemos materializar este sonho.

    Boa leitura e mos a obra!

    Marcy Jos de Campos Verde, CPP

    Consultor Snior em Segurana Empresarial

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    CAPTULO I NOES DE RELAES HUMANAS NOS CONDOMNIOS

    Todos condminos e sndicos sonham ter funcionrios altamente

    especializados e de inteira confiana, quer sejam os que trabalhem em suas

    residncias como os que prestem servios no condomnio . Mas o que deve ser

    feito para se chegar a uma mo-de-obra com tal grau de perfeio?

    O funcionrio, prestador de servios em condomnios ou empregados que

    exeram servios nas suas residncias, presume-se que devam ser pessoas de

    inteira confiana, pois convivem diuturnamente com seus moradores e, portanto,

    devero ser recrutados e selecionados dentro do mercado de trabalho

    independentemente de experincia anterior mas, sim, de forma que atendam, alm

    dos requisitos normais para as funes, tambm os padres tcnicos e bsicos

    visando segurana de todo o conjunto residencial.

    Para tanto, este candidato dever possuir os seguintes requisitos:

    Grau de instruo bsica, ou seja, no mnimo, o 1o grau completo; Possuir estabilidade funcional comprovada em Carteira de Trabalho; Estar apto com relao aos exames de sade; Possuir ficha criminal isenta de antecedentes, de preferncia tirada pelo

    prprio condomnio;

    Passar por entrevista em empresas de recrutamento e seleo ou pela administradora, evitando-se faz-lo no prprio condomnio ou na residncia;

    Preencher uma ficha de registro com todos os dados e anexar uma foto do futuro candidato;

    Dar preferncia a candidatos com experincia comprovada e que possuam cursos e treinamentos na sua rea de atuao;

    Verificar possveis indicaes atravs de cartas de apresentao, cuja veracidade dever ser confirmada, devendo-se, inclusive, comparecer

    pessoalmente at o antigo local de trabalho, a fim de se certificar das referncias

    pessoal e profissional;

    Conferir o endereo residencial do candidato, checando junto a vizinhos sua conduta pessoal e familiar, seus costumes, amizades e at seus vcios,

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    confirmando-os anualmente a fim de que se tenha o perfil real e completo do futuro

    funcionrio.

    Preenchidos e satisfeitos todos os requisitos anteriores, o candidato dever

    ser treinado em cursos especializados, a fim de que adquira conhecimentos

    especficos para exercer suas funes dentro do condomnio, objetivando-se com

    isso:

    Melhoria nas relaes entre funcionrios e moradores; Menor desperdcio de materiais; Maior cuidado com equipamentos e instalaes; Profissionais mais bem preparados e qualificados; Porteiros mais atentos, gerando maior segurana; Moradores mais satisfeitos e tranqilos.

    Observe-se a seguinte frase:

    A PRESENA DO PORTEIRO, MESMO QUE NO SEJA DO TIPO ATLTICO,

    INIBE O LADRO", frase veiculada na matria do suplemento da revista VEJA

    ESPECIAL SEGURANA - Junho/2.001, pgs. 84/85.

    Tal afirmao, isoladamente, no suficiente para garantir a eficiente

    segurana dentro do Condomnio.

    H alguns anos as ocorrncias em condomnios se resumiam a furtos nas

    garagens, onde os ladres adentravam nestes locais com o objetivo de surrupiar

    toca-fitas e objetos de valor que estivessem expostos no interior dos veculos ou

    mesmo outros que estivessem largados nas garagens. Os marginais utilizavam

    como principal modus operandi as falhas havidas nos pontos vulnerveis, uma vez

    que se aproveitavam de alguma brecha, nas reas de acesso principais ou

    perimetrais, tais como portes, grades ou muros baixos a fim de cometerem seus

    ilcitos. Mas, infelizmente no se limitaram apenas aos estacionamentos dos

    prdios, visto que hoje estes agressores da sociedade invadem os apartamentos e

    roubam os bens de seus moradores, isto quando no se utilizam de atos de

    violncia, no intuito de intimidarem e agredirem suas presas, gerando traumas,

    muitas vezes irreversveis, s vtimas deste vandalismo.

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    Para tanto, os delinqentes tm-se utilizado dos mais diversos ardis a fim de

    ludibriarem os funcionrios, mais precisamente aqueles que so responsveis

    pelos controles de acessos, tais como porteiros e garagistas, tendo como objetivo a

    intruso ao edifcio at atingirem as unidades condominiais.

    Observando-se os assaltos ocorridos nos condomnios foi constatado que,

    na grande maioria das vezes, a entrada se deu pela portaria principal do prdio,

    onde os porteiros, por desateno ou mesmo inexperincia, foram enganados

    pelos meliantes e o outro tanto se deu pelo descuido dos moradores.

    Com isto conclui-se que os assaltantes detectaram um enorme furo no

    sistema de segurana nos condomnios e portanto esto se aproveitando das

    falhas humanas a fim de realizarem seus atos delituosos, sendo isto somente

    possvel devido a desqualificao profissional de seus funcionrios, j que so

    facilmente ludibriados ou simplesmente agem por pura ingenuidade.

    Todos estes problemas esto intimamente relacionados com a falta de

    treinamento destes profissionais, visto que muitos sndicos acham desnecessrio

    gastar-se com cursos especficos, buscando-se uma especializao. Ledo engano,

    pois onde existem pessoas prestando servios para outras, a nica forma de se

    modificar comportamentos distorcidos atravs de um bom treinamento, que deixa

    de ser um gasto para ser um excelente investimento, visto que o retorno vem atravs de uma maior qualidade na mo-de-obra de portaria, acarretando com isto

    um nvel satisfatrio de Segurana para todos condminos.

    Jornal do Sndico : Jun/2001, por Jos Elias de Godoy.

    Ao trmino do treinamento, o candidato dever passar por um estgio

    experimental com o intuito de executar, aperfeioar e aplicar o que foi ministrado

    teoricamente, onde ficar em teste durante a fase de experincia. Cabe ressaltar

    que o custo aplicado no aperfeioamento dos funcionrios no um gasto, mas

    sim um investimento que ser revertido em qualidade, segurana e tranqilidade de

    todos os moradores.

    Ao ser aprovado em todas estas fases, ento, ser efetivado como

    funcionrio. A remunerao e os benefcios devero ser compatveis com os

    acordos salariais da entidade de classe, seguindo tudo que for estipulado pelo

    Sindicato da categoria.

    Durante seu trabalho, o funcionrio do condomnio, em qualquer nvel que

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    seja, deve ser conscientizado que , constantemente, alvo das atenes de todos

    os moradores devido posio que ocupa, pois se relaciona com pessoas diversas

    e, por isso, deve saber como se comportar durante esses relacionamentos, bem

    como estar qualificado e apto para o exerccio de sua funo, primando por uma

    conduta exemplar, a fim de que obtenha xito profissional e dignifique sua

    categoria.

    Para que possa atingir este nvel de preparo, o funcionrio deve seguir os

    princpios:

    Ser assduo - o ato de no faltar ao servio, pois sua presena no local de trabalho, alm de obrigatria, de fundamental importncia para a normalidade do

    servio no condomnio e que sua falta ou absentesmo poder acarretar embaraos

    no trabalho, desfalcando o efetivo e, conseqentemente, causando prejuzos aos

    demais companheiros que devero suprir sua ausncia. Caso haja a

    impossibilidade, por motivo justificvel ou urgente, de comparecer ao trabalho, o

    funcionrio dever cientificar, com antecedncia, seu superior imediato para que

    seja providenciada a devida substituio.

    Ser pontual - dever de todo funcionrio cumprir os horrios estipulados ou contratados, sendo que cada minuto de atraso pode acarretar problemas

    operacionais e administrativos e, muitas vezes, o sacrifcio do encarregado, bem

    como dos colegas. importante que seja comunicado o motivo do atraso e a hora

    provvel de sua chegada, para que seja providenciada a rendio ou o aguardo do

    funcionrio atrasado por parte dos demais. O horrio de chegada deve ser com 15

    (quinze) minutos, no mnimo, de antecedncia.

    Assiduidade e pontualidade so traos positivos da personalidade bem formada, sendo que a pessoa que as cultua digna de confiana.

    Costuma-se falar que os empregados so o carto de visita do condomnio,

    pois neles se refletem a organizao e o empenho da administrao e se projeta a

    boa imagem de seus moradores, por isso mesmo todo bom profissional deve

    prezar:

    Pela sua apresentao pessoal impecvel, nisto incluem-se as boas maneiras;

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    Seu aspecto fsico; Por seu modo de falar e de vestir; para tanto dever zelar pelos princpios de

    higiene e asseio, pois alm de serem salutar, refletem os bons costumes e a boa

    aparncia de cada pessoa;

    Pela responsabilidade; Por possuir iniciativa; Por trabalhar com presteza e entusiasmo; Por possuir atitude de cooperao; Por ser discreto, no comentar com terceiros a rotina de vida de qualquer

    morador, funcionrio ou do prprio servio no condomnio, com isso no divulgando

    informao para a qual no est autorizado;

    Lembrando que conforme o Art. 154 do Cdigo Penal, quem divulga assuntos que possam atrapalhar o desempenho da segurana do Condomnio comete um

    crime e est sujeito as penas da Lei;

    Por falar pouco e ouvir com muita ateno; Por compartimentar as informaes, ao divulg-las aos seus

    superioresimediatos, dentro da rea em que atua, cabendo a estes a deciso;

    Por responder sempre s perguntas formuladas pelos moradores, mesmo que seja repetitivo;

    Por evitar comentar assuntos de servio em pblico, com pessoas estranhas ao ambiente de trabalho, com os familiares e amigos de bar

    Por conhecer bem o Estatuto e/ou Regimento Interno do Condomnio.

    Portanto, o funcionrio dever, ao assumir o servio:

    Estar de banho tomado; Dentes escovados; Mos e unhas limpas; Cabelos penteados; Barba e bigode aparados; Roupas limpas e bem passadas; Utilizar-se do uniforme completo. imprescindvel o uso de uniformes pelos

    funcionrios, a fim de diferenci-los entre si e dos demais;

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    Botes abotoados; Sapatos engraxados e lustrados.

    A fim de que se tenha um bom relacionamento durante o trabalho, o bom

    profissional dever adotar uma postura correta que demonstre firmeza de atitude,

    causando uma boa impresso, tanto ao pblico interno quanto externo. Por este

    motivo, o funcionrio dever:

    Manter o corpo ereto ao ficar de p ou sentado; No ficar encostado, demonstrando que est cansado; No fumar em locais fechados ou quando estiver executando servios; No se deitar, sentar ou debruar-se sobre a mesa de trabalho; Estar sempre atento, mantendo atitude de observao constante; No ficar balanando a cadeira quando estiver sentado; No dormir ou cochilar durante o servio; No se distrair quando estiver de servio; No se envolver em fofocas; No se utilizar de aparelhos visuais ou sonoros quando de servio; No ler revistas, jornais ou similares durante o servio; Manter sempre limpo o local de trabalho.

    Devo lembrar, tambm, que o bom profissional segue os preceitos da boa

    educao e companheirismo, portanto, deve:

    Tratar todos com cortesia e interesse; Agir sempre com amizade funcional, no tomando liberdades indevidas; Dirigir-se s pessoas utilizando-se do tratamento senhor(a); Levantar-se quando algum for falar consigo; Jamais xingar ou falar palavres; Sempre cumprimentar a todas as pessoas (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); Nunca abandonar o posto de servio e aguardar sempre a rendio no local

    de servio mesmo em momentos de alimentao ou de ir ao banheiro, esperando a

    respectiva substituio para poder sair do ambiente de trabalho;

    Sempre obedecer prontamente aos superiores, cumprindo com presteza as

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    ordens recebidas, prestando contas e dando retorno das solicitaes aos

    encarregados;

    Respeitar a todas as pessoas, sem distino, pois todos so seres humanos e, como tal, devem ser honrados e considerados;

    Dar especial ateno s crianas e idosos; No se alterar ou falar alto com os condminos.

    Atribuies do sndico/administrador

    A Lei do Condomnio no 4.591, de 16/12/1964 define direitos, deveres e

    obrigaes dos sndicos e/ou administradores de condomnios, tratando, inclusive,

    sobre a parte de segurana em seu Art. 22, que diz: Ser eleito, na forma prevista

    pela conveno, um sndico do condomnio, cujo mandato no poder exceder a 2

    anos, permitida a reeleio.

    1o - Compete ao sndico:

    a) representar...

    b) exercer a administrao interna da edificao ou do conjunto de edificaes,

    no que respeita sua vigilncia, moralidade e segurana, bem como os

    servios que interessam a todos os moradores;

    Afora o que est definido pela legislao, eles devem:

    Cumprir e cobrar tudo o que foi e o que vai ser descrito nesta Monografia; Conhecer a legislao sobre condomnio e sua administrao; Conhecer profundamente o estatuto e as normas de seu condomnio; Conhecer o andamento dos trabalhos realizados no condomnio; Desenvolver com o conselho de condminos normas firmes e transparentes

    sobre a segurana do condomnio, discriminando, inclusive, punies;

    Realizar reunies peridicas com os condminos a fim de despertar em todos a conscientizao para a segurana;

    Estar sempre atualizado sobre Recursos Humanos a fim de pratic-los no condomnio;

    Acompanhar o fechamento da folha de pagamentos dos funcionrios para evitar erros e com isto acarretar descontentamentos destes;

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    Procurar ser justo e tratar todos os funcionrios com educao e respeito; Tratar todos os moradores com cortesia e polidez, procurando conscientiz-

    los sobre a importncia da unio de todos para a segurana do condomnio;

    Saber administrar conflitos, considerando que vai lidar, no dia-a-dia, com os problemas das pessoas;

    Ser paciente e possuir timo poder de discernimento; No ser autoritrio, lembrando-se que no administra o condomnio sozinho

    nem o seu nico proprietrio, devendo dividir e delegar responsabilidades;

    Freqentar cursos, palestras, feiras, seminrios, etc., que dizem respeito administrao de condomnios, que objetivam mant-lo sempre atualizado com

    novas estratgias e tcnicas administrativas e de poltica de pessoal.

    Atribuies dos condminos

    Os moradores devem estar conscientes de que a segurana no somente

    um dever do sndico ou dos empregados, mas sim responsabilidade de todos,

    devendo ser seguidos os itens abaixo:

    Participar das reunies onde sero tratados os assuntos sobre a elaborao da Conveno do Condomnio e do Regulamento Interno do Condomnio;

    Compreender e colaborar com as normas relativas segurana; Procurar manter sempre uma poltica de boa-vizinhana com os demais

    moradores bem como com o sndico, a fim de facilitar o relacionamento entre todos

    os condminos;

    Respeitar os direitos de todos os funcionrios, no se esquecendo de que estes so trabalhadores do condomnio e no seus empregados em particular;

    Ao constatar irregularidades sobre segurana, transmitir tais problemas ao sndico ou membros do conselho a fim de que sejam tomadas as medidas cabveis

    para san-las;

    Tratar os funcionrios com educao e respeito pois, alm de serem pessoas iguais a todos, tambm fazem parte de todo o sistema de segurana do

    condomnio.

    O mais importante saber que dentro do esquema de segurana do

    condomnio existe uma engrenagem e que cada pea dessa mquina deve estar

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    consciente de sua importncia. O trinmio sndico/administrador, condminos e

    empregados deve estar sempre bem entrosado. Principais atribuies do zelador

    O zelador atua como um gerente, que soluciona os problemas do dia-a-dia e

    orienta os funcionrios do condomnio atravs da superviso das aes da portaria,

    vigilncia e zelo pelo bem estar material do condomnio.

    Problemas como encanamento, barulho aps as 22 horas, recebimento de

    encomendas, reclamaes sobre a limpeza das reas comuns do prdio devem ser

    resolvidos com o zelador do condomnio, um funcionrio contratado para tratar de

    todos estes incidentes do cotidiano.

    Pode ser considerado como um gerente, responsvel pela superviso dos

    funcionrios, atendimento aos moradores e prestao de contas ao sndico, seu

    encarregado. Porm, somente deve recorrer ao sndico em ltimo caso, por isso

    um profissional para ocupar o cargo precisa ter iniciativa e bom senso para tomar

    providncias, sendo um verdadeiro tcnico em zeladoria.

    Se, por exemplo, um condmino utilizar uma furadeira eltrica aps as 22

    horas, o vizinho incomodado deve dirigir-se ao zelador para fazer a queixa. Cabe

    ao funcionrio entrar em contato com o morador infrator e solicitar o cumprimento

    das normas internas.

    Em caso de recusa no atendimento da solicitao, e at mesmo desrespeitar

    o zelador, a melhor atitude registrar o fato no livro de ocorrncias do condomnio.

    Em seguida, o sndico deve ser informado do fato para autorizar, ou no, a emisso

    de multa prevista no regulamento interno. O objetivo evitar que questes dessa

    natureza criem confronto entre moradores que, por estarem no mesmo nvel

    perante o condomnio, podem entrar em discusso. uma incumbncia do zelador

    fazer cumprir o regulamento.

    Quem d ordens Na hierarquia do condomnio, o zelador quem deve dar as ordens aos

    funcionrios do prdio: porteiro, faxineiro, vigia e subzelador. Tambm pode indicar

    as demisses e contrataes. Se um condmino verificar reas que no esto bem

    limpas, luzes queimadas ou desrespeito s normas, deve recorrer ao zelador para

    que tome as providncias necessrias.

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    O mesmo princpio vale para o sndico, que deve evitar dar ordens ou

    broncas diretamente nos funcionrios. O melhor caminho orientar o zelador e, se

    for o caso, chamar sua ateno em particular, longe dos olhos e ouvidos dos

    demais empregados.

    Principais atribuies do porteiro Porteiro a pessoa credenciada, uniformizada e preparada para exercer a

    vigilncia de um edifcio, contratada por uma pessoa fsica ou jurdica para

    desempenhar a atividade de recepo e vigilncia do condomnio. uma atividade

    estritamente preventiva que visa observar atentamente detalhes que possam

    ajudar no desempenho de suas funes e como finalidade principal, defender o

    patrimnio e especialmente as vidas que esto sob sua guarda.

    O porteiro tem a finalidade de registrar e controlar toda movimentao e

    circulao de pessoas, veculos e materiais junto a portaria, promovendo um

    verdadeiro controle de acesso atravs da identificao das pessoas, conferncia de

    notas fiscais, entrada e sada de veculos e atendimento ao telefone e interfone.

    Em entrevista com o Sr Divaldo Mrlin, no dia 15 de Dezembro de 2001, foi

    passado uma frase sobre a funo do porteiro que chamou muito a ateno:

    Ser Porteiro Ser porteiro, no simplesmente abrir ou fechar um porto;

    Ser porteiro, no apenas receber correspondncias;

    Ser porteiro, no apenas recepcionar visitantes;

    Ser porteiro, no indicar os locais exatos aos usurios;

    Ser porteiro, no atender ligaes e transferi-las;

    Ser porteiro, no apenas acender e apagar as luzes.

    Ser porteiro ter a responsabilidade de abrir ou fechar o porto;

    Ser porteiro saber como e quando receber correspondncias;

    Ser porteiro saber recepcionar visitas;

    Ser porteiro ser gentil em ensinar os caminhos aos usurios;

    Ser porteiro ser educado ao receber ligaes;

    Ser porteiro ter a conscincia quanto aos horrios das luzes.

    Enfim, Ser porteiro, saber que no final de seu turno de trabalho, suas

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    obrigaes foram cumpridas, tendo a certeza de que ir chegar em casa e

    descansar tranqilo, pois assegurou a tranqilidade de vrias vidas.

    Princpios Bsicos de Vigilncia em Portarias

    a) Da ao preventiva

    O porteiro tem por obrigao observar tudo o que ocorre ao seu redor,

    desconfiando sempre de possveis atos delituosos que possam ocorrer. O

    carter de seu trabalho previnir danos ao patrimnio e vida dos moradores

    do condomnio.

    b) Princpio do bom senso

    O que se espera de uma atitude profissional iseno de nimo, coerncia

    e lgica. Em qualquer ocorrncia, por mais banal que seja, as pessoa esto

    com os nimos exaltados e, portanto, mais intolerantes e suscetveis a criarem

    polmicas em assuntos, muitas vezes, sem gravidade, sendo assim, o

    porteirono deve se envolvernos problemas particulares dos fatos, deve ater-se

    soluo dos problemas tcnicos, inerentes a sua funo, no tomando

    partidos ou polemizando.

    c) Princpio do servio permanente

    O porteiro, dentro de seu recinto de trabalho, nunca deve se omitir do ato de

    vigiar, mesmo em repouso ou no almoo, o porteiro deve observar o que est

    acontecendo dentro da sua rea, procurando ausentar-se das suas atribuies

    o menor tempo possvel.

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    CAPTULO II TCNICAS DE PROTEO E SEGURANA EM PORTARIAS

    Os marginais, atualmente, tm-se utilizado dos mais diversos ardis para

    entrar nos condomnios com a finalidade de cometerem algum tipo de delito contra

    seus moradores. Os fatos mostram que em 90% das ocorrncias de roubo em

    condomnios, os assaltantes entraram pela porta da frente do prdio, ou seja de

    alguma forma burlaram ou violaram o sistema de segurana montado, ludibriando

    principalmente o porteiro de servio.

    Portanto, de suma importncia um eficiente e eficaz sistema de controle de

    acesso para se evitar a invaso destes marginais. O que descreveremos, a seguir,

    so conceitos bsicos a fim de que se tenha um grau de segurana satisfatrio

    dentro do condomnio.

    Lembre-se: Toda segurana perfeita at o dia em que falhar.

    Delitos mais comuns em condomnios

    Violao de domiclio - Art.150 do Cdigo Penal - Entrar ou permanecer,

    clandestinamente contra a vontade expressa ou tcita de quem de direito, em casa

    alheia ou em suas dependncias.

    Muitos marginais invadem residncias com fins escusos ou at para se

    esconderem.

    Furtos - Art. 155 do Cdigo Penal - Subtrair para si ou para outrem coisa

    alheia mvel.

    Nos condomnios furtam-se:

    Dinheiro, jias, valores diversos nos apartamentos de moradores ausentes; Materiais e equipamentos existentes nos ptios e depsitos; Veculos, toca-fitas, objetos em porta-luvas de carros, bicicletas guardadas na

    garagem, etc.

    Roubos ou assaltos - Art. 157 do Cdigo Penal - Subtrair coisa alheia, para

    si ou para outrem, mediante grave ameaa ou violncia pessoa ou depois de

    houver, por qualquer meio, reduzido a impossibilidade de resistncia. Esse delito

    pode chegar at ao Latrocnio onde o agente mata a vtima para roub-la.

    Os assaltantes costumam entrar nos condomnios para roubar dinheiro,

    jias, valores diversos e veculos, sempre colocando em risco a integridade fsica

  • 17

    dos moradores.

    Extorso mediante seqestro Art. 159 do Cdigo Penal Seqestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como

    condio ou preo do resgate.

    o crime onde uma ou mais pessoas so levadas sob ameaa para um

    local escondido e o criminoso pede dinheiro ou outros benefcios para poder soltar

    a pessoa presa.

    Estelionato - Art. 171 do Cdigo Penal Obter, para si ou para outrem, vantagem ilcita, emprejuzo alheio, infuzindo ou mantendo algum em erro,

    mediante artifcio, ardil ou qualquer outro meio fraudulento.

    qualquer tipo de ao delituosa, que uma pessoa faz para tirar proveito de

    outra, em geral dinheiro ou bens materiais. Violao de domiclio Art. 150 do Cdigo Penal Entrar ou permanecer,

    clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tcita de quem de

    direito, em casa alheia ou em suas dependncias.

    a invaso da casa que qualquer compartimento habitado, incluindo-se

    a o apartamento, ou o aposento ocupado de habitao coletiva ou ainda o

    compartimento no aberto ao pblico, onde algum exerce profisso ou atividade.

    Acessos mais utilizados pelos ladres para cometimento de delitos

    Saltando os muros e cercas do ptio em locais vulnerveis e fora da visibilidade do porteiro ou vigilantes;

    Pulando os muros e cercas e, uma vez dentro do condomnio, galgam as varandas dos apartamentos para ter acesso a estes ou, tambm, pela escada de

    servio;

    Como passageiros de veculos de entrega que entram na garagem; Pelo porto de servio travestidos de prestadores de servio da Telesp,

    Sabesp, Comgs, Eletropaulo, eletricistas, encanadores, entregadores de pizza e encomendas, etc.);

    Iludindo o porteiro de forma que este permita que o ladro entre pelo porto principal ou mesmo pelo porto da garagem;

    Passando-se por comprador de imvel, ludibriando o porteiro, sob a alegao de ter que olh-lo, a fim de fazer uma avaliao;

    Apresentando-se atravs de uma mulher bonita a fim de distrair a ateno do

  • 18

    porteiro a fim de persuadi-lo a abrir o porto;

    Pela porta principal ou porto da garagem, acompanhando um morador que entra a p ou dirigindo um veculo, ameaado e subjugado pelo assaltante;

    Tocando a buzina ou piscando os faris do veculo defronte o porto da garagem para que o porteiro o abra inocentemente;

    Pelo porto da garagem quando este permanece aberto durante a entrada ou sada de veculos;

    Pelo uso de artimanha junto ao porteiro, dizendo a este que veio buscar um TV, carro, sof, etc., do morador, exibindo, at mesmo, bilhete e telefone do

    condmino para verificao;

    Como morador do prprio condomnio (normalmente adolescente) ou mesmo como empregado;

    Por ao violenta de surpresa, com quadrilhas especializadas em tais delitos.

    Controle de entrada e sada de pessoas pela portaria Portaria - o principal ponto de segurana do condomnio, pois por ela

    circulam todas as pessoas, materiais e veculos que entram ou saem deste, de

    forma regular.

    O porteiro/vigia tem por funo normal controlar essa circulao atravs da

    identificao de pessoas, funcionrios do condomnio, empregados de condminos,

    visitantes, entregadores de servio, entrada e sada de veculos e conferncia de

    mercadorias deixadas na portaria. Para isto, cada condomnio deve adotar suas

    normas de procedimento a fim de que atenda a suas peculiaridades.

    Passaremos, a seguir, estas normas, atravs de um roteiro bsico, a serem

    seguidas pelos integrantes da portaria, que inclui os seguintes itens:

    Identificao de visitantes

    Fazer a identificao visual da pessoa; Cumpriment-la (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); Solicitar, com educao, um documento com foto, para conferir seus dados

    completos;

    Manter os portes fechados; Os visitantes devero aguardar do lado de fora do condomnio ou em um local

  • 19

    reservado para isto;

    Entrar em contato com o morador informando-o sobre a presena do visitante e da convenincia de sua entrada ou no;

    Em caso de dvida, por parte do condmino, solicitar sua presena junto portaria a fim de identificar o visitante pessoalmente ou atravs do sistema de

    CFTV ligado ao apartamento;

    Sendo autorizada sua entrada, anotar os dados da pessoa, em livro prprio, e devolver seu documento, agradecendo;

    Entregar seu crach de identificao ou autorizao, caso seja norma do condomnio, pessoa;

    Indicar ou pedir que algum funcionrio do condomnio conduza a pessoa ao local ou residncia do condmino;

    Na sada, recolher o crach ou a autorizao com a devida assinatura do visitado.

    Identificao de prestadores de servio

    Fazer a identificao visual da pessoa; Cumpriment-la (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); Pedir, com educao, um documento com foto, para conferir seus dados

    completos, solicitando, tambm, seu documento funcional ou crach de

    identificao da empresa em que trabalha;

    Manter os portes fechados; A pessoa dever aguardar do lado de fora do condomnio ou em local

    apropriado;

    Contatar o condmino, confirmando se h algum defeito na residncia a ser verificado e se tal prestador de servio era esperado;

    Caso haja dvida sobre a presena do prestador de servio, solicitar a presena do condmino at a portaria para identific-lo pessoalmente ou atravs

    do sistema de CFTV ligado ao apartamento;

    Sendo autorizada a entrada da pessoa, anotar seus dados em livro prprio, registrando o horrio de entrada e sada, devolver-lhe os documentos,

    agradecendo;

    Entregar-lhe um crach de identificao de prestador de servio ou uma

  • 20

    autorizao de entrada;

    Pedir que algum funcionrio do condomnio o acompanhe at o local do servio ou residncia do condmino;

    Na sada, recolher o crach ou a autorizao devidamente assinada pelo condmino;

    O condomnio dever ter um horrio predeterminado para a autorizao de entrada dos prestadores de servio, devendo evitar horrios noturnos.

    Obs.: Esta norma vlida tambm para quando os prestadores de servio

    forem executar um trabalho no condomnio, onde dever ser consultado o sndico

    ou o zelador, para que estes autorizem sua entrada.

    Identificao de entregadores de mercadoria (encomendas, pizzas, flores, presentes ou outros objetos)

    Fazer a identificao visual da pessoa; Cumpriment-la (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); Manter os portes fechados; A pessoa dever aguardar do lado de fora do condomnio ou em local

    reservado para isto, devendo ser tratada distncia, pois prtica comum

    marginais inventarem uma entrega fictcia;

    Avisar o condmino, solicitando sua presena ou de algum funcionrio seu na portaria a fim de pegar a encomenda;

    Jamais permitir que o entregador leve pessoalmente a encomenda at a residncia;

    Caso o material venha acompanhado de Nota Fiscal, receber e assinar o recibo;

    Na ausncia do condmino, receber e guardar para, posteriormente, ser retirada pelo morador ou entregue por um funcionrio.

    Caso o condomnio possua bloqueios tais como grades e portes duplos, com o objetivo de interromper o acesso de pessoas estranhas, alm do citado anteriormente:

    Trancar-se dentro da cabine, antes de deixar a pessoa entrar na gaiola com a

  • 21

    encomenda;

    Pela janela, feita especialmente para isso, o porteiro recebe o documento para assinar, confere-o e o devolve pelo mesmo caminho;

    Solicita que a pessoa se retire, deixando na gaiola a encomenda; Coleta a encomenda da gaiola, somente aps a pessoa se retirar e o porto

    voltar a ser trancado;

    Havendo passagem ou gaveto de segurana, toda encomenda dever ser passada por ali.

    Controle de entrada e sada de prestadores de servio por empresas de

    terceirizao de mo-de-obra (limpeza, vigilncia, empreiteiras, etc.)

    Identificar o empregado pelo seu crach de identificao da empresa, conferindo com a relao que possua na portaria;

    Entregar-lhe o crach de identificao do condomnio como prestador de servios;

    Anotar seus dados em livro prprio, registrando o seu horrio de entrada e sada;

    Na sada, recolher o crach de identificao.

    Controle de entrada e sada de veculos A identificao de todos os veculos que queiram entrar no condomnio

    obrigao e dever de todo porteiro, vigia, vigilante, garagista ou zelador. Portanto,

    devem seguir as normas abaixo relacionadas:

    Jamais abrir os portes sem antes ter certeza de que o veculo pertence a morador e que este se encontra em seu interior (ver quem , para depois abrir o

    porto);

    Fazer inspeo visual na pessoa e no veculo; Nunca abrir o porto da garagem a veculos e pessoas estranhas ao

    condomnio, inclusive no se deve deixar impressionar com veculos novos (de

    luxo) ou importados que apontem em direo da garagem;

    Antes de abrir o porto da garagem, verifique se no h risco de intruso de alguma pessoa estranha junto com o veculo;

    Prestar ateno quando o motorista estiver acompanhado por pessoas

  • 22

    estranhas ou em atitudes suspeitas. Observar possveis sinais de alerta por parte

    do motorista, pois o condmino poder estar sob ameaa de assaltante;

    Nenhum veculo deve sair do condomnio quando o proprietrio no estiver junto e sem sua autorizao expressa, principalmente quando se tratar de menor

    ou desconhecidos.

    Em casos de veculo de visitante, deve-se:

    Quando o veculo no entrar no condomnio, o motorista deve ser alertado para que no estacione em local proibido, junto aos portes, prejudicando o ngulo

    de viso da portaria ou obstruindo a passagem de veculos e pedestres;

    Quando o veculo for adentrar o condomnio, deve-se fazer uma inspeo visual na pessoa e no veculo;

    Pedir educadamente o documento da pessoa; Contatar o condmino solicitado; Anotar dados da pessoa, do veculo, bem como do condmino a ser visitado,

    registrando seu horrio de entrada e sada;

    Entregar crach e carto do veculo pessoa; Indicar local para estacionar o veculo; Na sada, fazer uma inspeo visual no veculo; Recolher o crach e o carto do veculo.

    Em casos de veculos que venham entregar encomendas no interior do

    condomnio ou mu- danas, alm do descrito anteriormente deve-se:

    Inspecionar o veculo de entrega antes de sua entrada, solicitando a vistoria de sua carga e de sua documentao;

    Solicitar documentao do motorista e dos ajudantes, quando houver, a fim de anot-la em livro prprio;

    Em mudanas ou transporte de qualquer mobilirio deve-se entrar em contato com o condmino a fim de certificar-se se realmente h sua autorizao e que todo

    o material retirado o determinado;

    Ao suspeitar de algo estranho, solicitar ao motorista o documento do veculo; Em mudanas, quando o condmino estiver ausente, somente deixar que o

    veculo seja carregado quando houver autorizao por escrito por parte do

  • 23

    morador;

    O zelador ou outro funcionrio determinado pelo sndico dever acompanhar qualquer tipo de carga ou descarga no interior do condomnio;

    Verificar se todos que entraram com o veculo esto nele saindo e/ou se algum foi autorizado a permanecer no condomnio;

    Caso perceba alguma irregularidade, reter o veculo e acionar seu superior imediato ou, se for o caso, a Polcia;

    Deve-se evitar fazer mudanas noite ou aos domingos e feriados.

    Controle de entrada e sada de materiais Quando o material for deixado na portaria, o funcionrio dever tomar a

    seguinte atitude:

    Fazer inspeo visual na pessoa e no material; Verificar seu contedo sem, no entanto, abri-lo; Anotar os dados do portador, do remetente e residncia do destinatrio; Contatar o condmino responsvel pela mercadoria, a fim de que este venha

    retirar o material junto portaria ou se algum funcionrio do condomnio dever

    entreg-lo na residncia;

    Anotar a data e a hora da entrega em livro prprio; Conferir o material juntamente com a Nota Fiscal; Quando no houver nenhuma pessoa na residncia, o funcionrio dever

    assinar a 2a via da Nota Fiscal, devolvendo-a ao portador, ficando a 1a consigo ou

    deve assinar o canhoto de recebimento, destacando-o conforme o caso;

    No autorizar a sada de pessoas estranhas ao condomnio que estejam de posse de objetos ou pacotes sem obter prvia autorizao do condmino;

    No entregar chaves, objetos ou pacotes de moradores a pessoas estranhas sem sua autorizao expressa;

    Revistar bolsas e sacolas de funcionrios e prestadores de servio, quando o Estatuto ou Regimento Interno do Condomnio assim determinar.

    Lembre-se: Todos os procedimentos de atendimento so estabelecidos de

    acordo com o Estatuto ou Regimento Interno do Condomnio e na ausncia destes

    conforme orientao expressa do sndico.

  • 24

    Relatrios de registro Os relatrios de registro so documentos que servem para relacionar

    materiais, fatos, situaes e pessoas observados durante um espao de tempo em

    determinado local.

    Nos condomnios, os relatrios de registro so de grande interesse, pois

    descrevem as condies de passagem do servio (principalmente na portaria) e

    qualquer irregularidade ocorrida na rotina do condomnio em um determinado turno

    de trabalho. Estes livros de registro devem ficar na portaria ou outro local de fcil

    acesso e que seja de conhecimento de todos no condomnio. Podem ser utilizados

    para relacionar:

    Entrada e sada de visitantes ou prestadores de servio; Entrada e sada de veculos; Entrada e sada de materiais; Protocolos para registros de correspondncias; Alteraes havidas durante o servio.

    Alguns condomnios utilizam livros de ocorrncia, outros preferem impressos

    prprios e especficos para tais lanamentos. Existem condomnios que adotaram

    registros informatizados para controles de relatrios especficos.

    Esses registros seguem uma regra de elaborao, devendo constar deles os

    seguintes itens:

    Relatrio de servios - Local e data;

    - Horrio e turno de servio;

    - Emissor (nome do porteiro ou qualquer outro funcionrio que fez o registro);

    - Condies das instalaes e dos equipamentos de uso no local, tais como

    controles e lanternas;

    - Correspondncias que se encontram na portaria;

    - Materiais existentes na portaria;

    - Assunto (referncia sobre os fatos ou novidades ocorridos);

    - Ordens determinadas, por escrito, pelo sndico ou zelador;

    - Histrico, devendo fazer as seguintes perguntas: quando?, onde?, o qu?,

    como?, por qu?, quem?;

  • 25

    - Ocorrncias havidas nos turnos anteriores;

    - Providncias adotadas;

    - Assinatura do funcionrio que sai e do que entra de servio.

    Relatrio de visitantes ou prestadores de servio - Data;

    - Nome do visitante ou prestador de servio;

    - Nome da empresa e seu respectivo telefone de contato;

    - Nmero do seu documento de identidade, crach funcional com foto ou outro

    similar;

    - Nmero da residncia a ser visitada ou local e tipo de servio a ser realizado;

    - Nome do morador visitado ou funcionrio que autorizou a entrada;

    - Nmero do crach que for ser entregue, quando possuir;

    - Horrio de entrada e sada;

    - Deixar um campo prprio para observao, caso haja alguma novidade ou

    alterao.

    Relatrio de veculos - Data;

    - Marca;

    - Modelo;

    - Cor;

    - Placas;

    - Nome do motorista e dos passageiros;

    - Nmero da residncia de destino;

    - Nome do morador ou funcionrio que autorizou a entrada;

    - Horrio de entrada e sada;

    - Deixar um campo prprio para observao, caso haja alguma novidade ou

    alterao.

    Relatrio de materiais - Data;

    - Quantidade;

  • 26

    - Tipo de material;

    - Remetente;

    - Portador;

    - Destinatrio (nome do morador e residncia de destino);

    - Horrio do recebimento e da entrega do material.

    Todos os relatrios, ora citados, devero ser confeccionados diariamente e

    por turno de servio, e todas as ocorrncias devem ser, minuciosamente,

    transmitidas aos funcionrios do turno seguinte. Estes relatrios servem como

    referncia, ao sndico e demais moradores, para poder controlar todas as

    alteraes havidas no condomnio, principalmente na portaria, assim como limitar o

    acesso de pessoas estranhas ao interior do conjunto residencial.

  • 27

    CAPTULO III SISTEMAS DE COMUNICAO EM CONDOMNIOS

    Os meios de comunicao so vitais para a segurana dos condomnios,

    quer sejam verticais ou horizontais, pois quando utilizados corretamente, tanto para

    transmisses de mensagens internas quanto externas, aumentam os nveis de

    proteo e eficcia em situaes de emergncia.

    Abordaremos, neste captulo, os sistemas de comunicao mais utilizados

    em condomnios, os quais so: o telefone, o interfone e o radiotransmissor.

    Correta utilizao de telefones O telefone um processo eltrico, com ou sem fio, que transmite os sons

    distncia. um dos meios de comunicao mais rpidos e avanados, que facilita

    e agiliza a vida corrida do Homem moderno, principalmente aps a era da

    digitalizao.

    Por estas facilidades e vantagens que se torna obrigatria e necessria

    sua utilizao nas portarias dos condomnios, pois muitos problemas so

    detectados pelo porteiro/vigia ou qualquer outro funcionrio, sendo que havendo

    um meio de comunicao externo, ou seja, uma linha telefnica na portaria

    principal do condomnio facilitaria em muito o acionamento de rgos pblicos e

    privados quando em situaes de emergncia. A linha telefnica da portaria poder

    ser uma extenso da sala de administrao ou da residncia do zelador.

    Vrias ocorrncias acontecem em ocasies onde os condminos que

    possuem sua linha telefnica esto ausentes ou descansando, sendo que muitas

    vezes ocorrem delitos no condomnio que poderiam ser evitados se na portaria

    houvesse uma linha telefnica, pois, atravs destas, os porteiros deixariam de ficar

    na dependncia de terceiros ou, o que pior, at de abandonar o local de trabalho

    para ligar aos setores de emergncia, causando grandes transtornos ao

    condomnio.

    Atualmente, existem centrais telefnicas modernas e at digitalizadas que

    so instaladas em condomnios, sendo que seus ramais atendem a todas as

    residncias, inclusive a portaria, servindo inclusive como um sistema eletrnico a

    mais de segurana . Para isso, so necessrias uma ou duas linhas telefnicas

    convencionais ligadas central, atravs da qual os condminos podem fazer ou

    receber chamadas por este sistema, ficando a(s) linha(s) telefnica(s) para o

  • 28

    condomnio, ou seja, de uso coletivo, no havendo necessidade de cada

    residncia, individualmente, possuir uma. Com esse moderno sistema, os

    apartamentos podem, tambm, comunicar-se entre si, ou seja, diretamente, sem

    necessitar da interferncia de terceiros, substituindo, assim, o interfone, so os

    chamados sistemas DDR (Discagem Direta por Ramais) .

    Infelizmente, muitos condomnios no possuem essa estrutura, portanto,

    necessrio um esquema de acionamento de emergncia uniforme e que seja

    comum entre o sndico, os moradores e os porteiros, para que, em condies

    crticas, possa ser desencadeado. Para isto, sugiro que 3 (trs) condminos

    voluntrios que possuam telefone prprio sejam relacionados e os nmeros de

    suas residncias sejam deixados na portaria, a fim de que, surgindo algum

    problema que necessite de apoio externo, o porteiro possa acion-los e eles, com

    os telefones de urgncia em mos, liguem para os rgos emergenciais, a

    qualquer hora do dia ou da noite.

    Passaremos, agora, algumas informaes sobre o comportamento ideal que

    as pessoas devem ter ao telefone e algumas sugestes que podero gerar maior

    simpatia e segurana no atendimento telefnico de seu condomnio ou at de sua

    residncia.

    As regras bsicas que falaremos a seguir se aplicam tanto a moradores

    quanto a funcionrios de condomnios.

    Lembre-se: Em uma comunicao ao telefone no conseguimos ver a

    pessoa com quem estamos falando. Deste modo, a forma como falamos a

    imagem que estamos passando para essa pessoa.

    Como proceder ao receber ligaes

    Atenda ao telefone o mais rpido possvel, no deixe ficar tocando durante muito tempo;

    Em ligaes externas diga o nome do condomnio, isto quando estiver falando em suas instalaes, identificando o setor onde se encontra. Exemplo:

    Condomnio do Sol, portaria central;

    Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite), seja corts, sem cometer exageros;

  • 29

    Ao ser solicitado, identifique-se corretamente, diga seu nome. Exemplo: Aqui o porteiro Jos;

    Identificar a pessoa que est falando. Exemplo: Por favor, quem deseja falar? ou Eu poderia saber seu nome, por favor?;

    Verificar o que a pessoa deseja. Exemplo: Posso ajud-lo(a)?; Falar num tom mdio e tranqilo, procurando emitir a voz naturalmente,

    pausadamente e numa linguagem simples. Jamais grite;

    Ser breve ao telefone; Esperar que o interlocutor termine de falar, sem interromp-lo; Registrar tudo o que for importante da ligao, anotando recados. No confie

    na memria;

    Em caso de pergunta demorada a uma terceira pessoa, pergunte ao seu interlocutor se ele pode esperar ou oferea-se para cham-lo quando estiver com

    todas as informaes solicitadas. Exemplo: O(a) Sr.(a) no se incomodaria de

    esperar um momento? ou Vou verificar sobre este assunto e, logo em seguida,

    ligarei para dar o retorno para o(a) Sr.(a);

    Garantir informaes corretas ou transferir a chamada para quem as tem; Concluir a ligao com calma e cordialidade. Nunca bata o telefone no

    gancho;

    Nunca fornecer, por telefone, dados sobre seu local de trabalho, informaes pessoais, nomes, endereos, nmeros de telefone de condminos nem detalhes

    sobre a rotina do condmino, sua segurana e dados de seus funcionrios.

    Caso seu condomnio ou residncia tiver sistemas de alarme monitorados

    por empresas especializadas e houver disparo de alarme, o atendente dessa

    empresa entrar em contato para certificar-se do que est ocorrendo, portanto,

    quem atender ao telefone dever, alm do citado acima:

    Informar seu nome; Responder s perguntas do atendente, que falar a senha de emergncia

    previamente convencionada;

    Informar a contra-senha pr-estipulada, quer seja a que transmita a situao de normalidade ou alarme falso, como aquela que define a situao de emergncia

    ou de coao, tudo isto conforme o que esteja ocorrendo no momento;

  • 30

    A empresa de alarmes tomar as providncias acordadas entre o morador e a Central de Monitoramento.

    Como proceder ao fazer ligaes

    Discar corretamente, no se utilizando de outros objetos como caneta ou lpis para ligar, mas sim os dedos;

    Evitar quedas do aparelho; Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); Falar num tom mdio de voz; Identificar-se corretamente. Exemplo: Aqui quem fala o porteiro Jos, do

    Condomnio do Sol;

    Transmitir o assunto na ntegra; Ser breve ao telefone; No entrar em detalhes que no dizem respeito ao assunto; Concluir a ligao com calma e cordialidade, agradecendo sempre o

    interlocutor pela ateno dispensada;

    No utilizar o telefone de servio para tratar de assuntos pessoais, salvo em situaes de urgncia.

    Como acionar rgos de emergncia Citaremos algumas regras bsicas a fim de que todos os integrantes do

    condomnio, tais como sndicos, condminos ou funcionrios, saibam acionar os

    rgos pblico e privado em situao de emergncia, tudo isto com o objetivo de

    mostrar como deve ser feita a chamada corretamente para facilitar e agilizar seu

    atendimento:

    Discar corretamente sem nenhuma precipitao. Normalmente os nmeros de emergncia so de trs dgitos, o que facilita bastante sua memorizao e

    chamada. Exemplos: 190, 193, 147, 192, etc.;

    Procure comunicar-se num tom de voz bem audvel sem, no entanto, gritar, falando pausadamente e naturalmente, mesmo que esteja sob presso;

    Cumprimentar o(a) interlocutor(a) (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); Identificar-se corretamente, passando seu nome, funo, condomnio,

    endereo completo de onde est falando, bairro, nmero do telefone do qual est

  • 31

    ligando e uma rua ou local, como ponto de referncia, prxima ao local da

    ocorrncia. Exemplo: Boa-noite, aqui quem fala o porteiro Jos, do Condomnio

    Boa Morada, situado na Rua dos Moinhos, 136, Vila So Carlos, prximo a Padaria

    Po de Mel, meu nmero do telefone 222-4536...;

    Solicitar educadamente o nome da atendente; Responder corretamente s perguntas feitas pelo(a) atendente; Procurar manter a tranqilidade ao passar as informaes, isto para facilitar

    sua compreenso e entendimento;

    Contar com detalhes o que est ocorrendo e o motivo da ligao; Definir o local onde aguardar o auxlio, passando as coordenadas ao

    atendente;

    Caso o(a) atendente ligue para confirmar alguns dados, atenda chamada passando todas as informaes solicitadas;

    Em caso de demora excessiva, ligue de novo para o rgo acionado, fornecendo todos os dados novamente, informando que j havia solicitado

    anteriormente, passando inclusive o nome do(a) atendente anterior que recebera a

    chamada.

    Alguns nmeros de telefones de utilidade pblica mais usados Forneceremos como base, a seguir, os telefones de emergncia e de

    servios utilizados na cidade de So Paulo.

    Alm dos telefones descritos, importante manter na portaria do condomnio

    uma lista atualizada de nmeros telefnicos teis, tais como:

    Hospitais e prontos-socorros mais prximos; Posto policial e distrito policial mais prximos; Grupamento do Corpo de Bombeiros prximo; Assistncia tcnica de elevadores; Chaveiros 24 horas; Empresas de manuteno em geral; Depsito de gs engarrafado (GLP); Outros telefones teis ao condomnio.

  • 32

    Correta utilizao de interfones ou centrais de portaria Interfone ou central de portaria, conhecido tambm como porteiro eletrnico,

    um equipamento eletroacstico utilizado para a comunicao interna de edifcios,

    que transmite mensagens entre os apartamentos e a portaria e/ou entre os

    apartamentos . composto basicamente por um microfone ligado a um alto-falante

    por meio de fios ou cabos.

    Pode ser utilizado atravs de uma central localizada na portaria ou

    diretamente acoplado ao porto de entrada do edifcio. Existem diversos tipos de

    aparelho interfnico, com as mais variadas marcas disponveis no mercado.

    imprescindvel e vantajoso que os edifcios tenham tal equipamento, pois

    este auxilia, sobremaneira, na intercomunicao funcional e administrativa do

    condomnio e, principalmente, no que diz respeito segurana, uma vez que:

    Alerta sobre visitas inoportunas ou inconvenientes; Transmite mensagens aos demais funcionrios; Permite apenas a entrada de pessoas autorizadas; Tranqiliza, em casos de falta dgua ou de energia, o pessoal que porventura

    esteja preso no elevador;

    Transmite alarmes e avisos em casos de incndio; discreto e econmico; O porteiro pode, atravs do interfone, enviar e/ou receber mensagens de

    condminos sobre situaes de emergncia que possam estar ocorrendo dentro ou

    fora do condomnio;

    Permite a comunicao interna entre moradores.

    Sua correta utilizao importante, a fim de disciplinar a transmisso e

    recepo de mensagens. Para tanto, devem ser obedecidas as seguintes normas

    ao se fazer uso do interfone:

    Procedimentos ao atender chamadas

    Identificar o local de onde est falando. Exemplo: Portaria, apartamento 142...;

    Identificar-se, declinando nome e funo. Exemplo: Porteiro Jos...;

  • 33

    Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); Identificar a pessoa com quem est falando. Exemplo: Com quem estou

    falando, por favor?;

    Receber ou transmitir a mensagem; Quando a chamada for na portaria e for solicitado, fazer a ponte entre

    apartamentos;

    Ser breve, falando somente o necessrio; Conclua a chamada com calma e cordialidade.

    Procedimentos ao efetuar chamadas

    Fazer a ligao conforme o funcionamento do equipamento; Cumprimentar (bom-dia, boa-tarde, boa-noite); Identificar-se declinando nome, funo e local de onde est falando.

    Exemplo: Aqui quem fala o Sr. Carlos, morador do apartamento 142...;

    Identificar com quem fala; Transmitir ou receber a mensagem; Ser breve ao transmitir a mensagem; Desligar, concluindo com calma e cordialidade.

    Correta utilizao do radiotransmissor Radiotransmissor ou transceptor um equipamento eltrico sem fio, porttil,

    que funciona atravs de ondas magnticas, podendo ser transportado por uma s

    pessoa e ser operado mesmo em movimento. um meio de comunicao muito

    utilizado na segurana de condomnios.

    Muitos condomnios esto utilizando os radiotransmissores portteis (Hand-

    Talk - HT), alm da segurana para comunicaes administrativas e entre zelador e

    portaria e/ou estes com o sndico. Atualmente, existem equipamentos de rdio

    trunking, que se utilizam do sistema de comunicao rdio e telefone de ltima

    gerao, com funcionamento semelhante aos aparelhos celulares por meio de

    sistemas computadorizados.

    importante sua correta utilizao para facilitar e agilizar as transmisses

    entre os usurios, portanto, deve-se atentar para as seguintes normas de operao

    em sistemas de rdios convencionais:

  • 34

    Para falar, apertar a tecla de acionamento; Chamar a pessoa desejada, atravs de cdigos; Falar claro e pausadamente; Transmitir somente o necessrio; Utilizar-se do cdigo Q e do alfabeto fontico; No interromper a comunicao de outro operador; Deixar livre a tecla de acionamento, para que o outro operador possa falar; Atender prontamente s chamadas; Repetir a operao sucessiva e alternadamente; Manter a disciplina na rede.

    CDIGO Q QAP - Estou na escuta QTY Estou a caminho QRV - Estou disposio QTH Local ou endereo QRM Interferncia QRA Nome do operador QSM - Repita a mensagem QSA Intensidade dos sinais QSL - Entendido 5 tima QRX - Aguarde 4 Boa QRU - Novidade 3 Regular QTR - Hora certa 2 M QRT - Parar de transmitir 1 Pssima QTO - Banheiro QSP Ponte auxlio QSJ - Dinheiro QTC Mensagem QSO - Contato pessoal QTA Cancele ltima mensagem TKS - Obrigado QTY Destino

  • 35

    CDIGO ALFABETO FONTICO INTERNACIONAL A - Alpha N - November 0 - Zro B - Bravo O - Oscar 1 - Uno C - Charlie P - Papa 2 - Dois D - Delta Q - Quebec 3 - Treis E - Eco R - Romeu 4 - Quatro F - Foxtrot S - Sierra 5 - Cinco G - Golf T - Tango 6 - Meia dzia H - Hotel U - Uniform 7 - Sete I ndia V - Victor 8 - Oito J Juliet W - Whiskey 9 - Nove K - Kilo X - Xingu L - Lima Y - Yankee M - Mike Z - Zulu

  • 36

    CAPTULO IV TCNICAS DE IDENTIFICAO DE PESSOAS E VECULOS

    Identificar pessoas em atitude suspeita condio bsica e imprescindvel

    para que haja eficincia e efetividade no sistema de segurana de um condomnio.

    Portanto, necessrio que todos os integrantes do condomnio, quer seja

    sndicos, moradores e funcionrios, considerem que determinadas caractersticas

    identificadoras so de extrema importncia para se prevenir ou mesmo evitar

    assaltos, furtos, invaso de domiclio ou, at mesmo, seqestros. Por este motivo,

    deve-se estar sempre atento a qualquer situao de anormalidade que venha a

    rondar o condomnio, procurando observar o que acontece a sua volta e, com

    tranqilidade, poder descrever tudo o que foi avistado, a fim de se evitar ataques

    inesperados e, se for o caso, facilitar futuras aes repressivas ou investigatrias.

    Deve-se buscar sempre o carter preventivo, precavendo-se contra

    situaes adversas, mas, caso haja alguma falha no esquema de segurana, os

    condminos e funcionrios devero estar em condies de passar a descrio fiel

    do indivduo causador do delito, a fim de ajudar as autoridades a elucidar qualquer

    crime que tenha ocorrido no condomnio.

    Considera-se pessoa em atitude suspeita o indivduo que por sua conduta,

    atitude ou vestimenta destoe daquela adotada pelo cidado comum, levando-se em

    conta o local e o tempo onde se encontra.

    Tcnicas de observao e descrio de pessoas de suma importncia que todos os envolvidos no sistema de segurana do

    condomnio apliquem regras bsicas de observao e descrio de pessoas,

    coisas e fatos que ocorrem ao seu redor. Observar atentar para alguma coisa ou

    pessoa, olhar com ateno. A viso e a audio so os sentidos mais utilizados

    na observao.

    Quando se examina minuciosamente um indivduo com o objetivo de

    identific-lo posteriormente, deve-se partir da observao geral seguindo para

    aspectos especficos e sinais particulares.

    Caractersticas gerais e especficas Para se utilizar das tcnicas de observao de pessoas deve-se atentar e

  • 37

    gravar a seguinte seqncia de detalhes:

    Sexo: masculino ou feminino; Etnia: japons, alemo, portugus, nigeriano, etc.; Cor: branca, negra, amarela, parda, etc.; Altura: comparar a pessoa com sua prpria estatura para se ter a altura

    aproximada;

    Idade: verificar postura, rugas no rosto, mos, cor dos cabelos e agilidade; Porte fsico: forte, fraco, gordo, magro, etc. Cabea: redonda, alongada, oval, cheia, quadrada, etc.; Cabelos: ralos, cheios, crespos, lisos, longos, curtos, encarapinhados, tipo de

    penteado, calvcie, etc.;

    Cor dos cabelos: castanhos, ruivos, loiros, pretos, etc.; Sobrancelhas: grossas, finas, emendadas, horizontais, etc.; Olhos: grandes, pequenos, redondos, amendoados, etc.; Cor dos olhos: castanhos, pretos, azuis, verdes, etc.; Plpebras: fundas, retas, escurecidas, etc.; Orelhas: grandes, pequenas, de abano, pontiagudas, etc.; Nariz: pequeno, grande, fino, arrebitado, pontiagudo, etc.; Bochechas: altas, baixas, salientes, cheias, magras, etc.; Formato do rosto: largo, fino, comprido, redondo, oval, etc.; Lbios: finos, grossos, grandes, pequenos, etc.; Bigodes: finos, grossos, ralos, cheios, barba, cor, etc.; Dentes: completos, incompletos, separados, saltados, dentadura, etc.; Maxilar: formato, comprimento, etc.; Queixo: grande, arredondado, pontiagudo, quadrado, etc.; Pescoo: fino, musculoso, curto, longo, etc.; Ombros: largos, levantados, cados, etc.; Cintura: fina, grossa, com barriga, etc.; Mos: grossura, comprimento, unhas, cicatrizes, manchas, etc.; Braos: curtos, longos, musculosos, mdios, etc.; Pernas: grossas, finas, etc.; Ps: tamanho;

  • 38

    Voz: sotaque, entonao, timbre, velocidade no falar, etc.; Gestos: cacoetes, deficincias fsicas, comportamento, maneira de caminhar,

    etc.;

    Sinais particulares: cicatrizes, manchas, pintas, verrugas, tatuagens artsticas ou malfeitas, uma vez que estas, possivelmente, podem ter sido

    desenhadas na priso, etc.;

    Vestimentas: roupa que est usando no momento - cala, camisa, blusa, jaqueta, saia, vestido, agasalho, sapato, bon, anis, pulseiras, colorao, tecido,

    estado de conservao, etc.;

    Objetos: bolsa, pochete, carteira, pasta, sacola, embrulho, etc.; Armas: revlver, pistola, submetralhadora, faca, punhal, etc.

    Encontrando-se numa situao embaraosa ou de assalto, em que no se

    possa atentar para detalhes, deve-se voltar a ateno para os seguintes pontos

    bsicos:

    Aspectos gerais: sexo, compleio fsica, altura, idade, raa e vesturio; Aspectos pormenorizados: cabelo, cor dos olhos, boca, barba, etc.; Sinais particulares: cicatrizes, tatuagens, etc.

    Tcnicas de observao e descrio de veculos Muitos veculos podem estar em condies que causem desconfiana por

    parte dos moradores ou funcionrios do condomnio, portanto, importante que as

    pessoas saibam como identific-los, devendo possuir um mnimo conhecimento

    sobre veculos automotores a fim de poder descrev-los corretamente.

    Em tal situao, deve-se observar e considerar o seguinte:

    Marca do veculo: Exemplos: Volkswagen, General Motors, Fiat, Ford, Yamaha, Honda, Mercedes-Benz, etc.;

    Modelo do veculo: Exemplos: Gol, Corsa, Palio, RD 350 cc, etc.; Cor do veculo: Exemplos: vermelho, azul, cinza, preto, etc.; Placas do veculo: Exemplos: BGE 5812, CGA 5123, BID 5980, CGH 1234,

    etc.;

    Municpio de origem do veculo: Exemplos: So Paulo, Porto Alegre, Vitria, Manaus, etc.;

  • 39

    Estado de origem do veculo: Exemplos: SP, RS, RJ, ES, AM, etc.; Ano aproximado do veculo: Exemplos: 1990, 1991, 1996, 1997, 1998, etc.; Marcas e sinais caractersticos aparentes: Exemplos: pintura riscada, pra-

    lama dianteiro esquerdo amassado, vidro traseiro trincado, falta de retrovisor do

    lado direito, etc.;

    Situaes que levantam suspeitas Destacaremos, a seguir, situaes em que as pessoas podem estar em

    atitude suspeita e que demandam observao minuciosa por parte de todos os

    integrantes do condomnio:

    Pessoas paradas estranhamente na rua, lendo jornal ou andando vagarosamente prximas ao condomnio, observando-o atentamente;

    Indivduos que permaneam parados em ponto de nibus, sem tomar nenhum deles;

    Pessoas que demonstrem nervosismo sem motivo aparente; Mendigos ou vendedores-ambulantes estranhos ao local; Aparentes funcionrios da Companhia Telefnica, de gua e Esgoto, de

    Energia Eltrica, de entrega de Gs, etc., que simulam consertos a serem

    executados;

    Indivduos fazendo aparentes consertos demorados em automveis prximo entrada do condomnio;

    Qualquer pessoa que preste muita ateno ao condomnio, observando principalmente sua portaria ou garagem;

    Pessoas que estejam de carro, motocicleta ou bicicleta, sempre com os mesmos ocupantes, que passem lentamente, por vrias vezes, em frente do

    condomnio como se estivessem observando a rotina da portaria e da garagem;

    Indivduos que demonstrem muito interesse pelo sistema de segurana do condomnio;

    Pessoas andando juntas, vagarosamente, sem conversar; Rapazes ativos sem destino certo; Indivduos com roupa de inverno (pesadas) em tempo quente; Pessoas usando possveis disfarces, tais como peruca, barba, bigode, culos

    escuros em dia sem sol;

  • 40

    Tcnicos no solicitados (telefone, eletricistas, gs, eletrodomsticos, servios gerais, etc.) que insistam em entrar no condomnio ou que solicitem

    consertos nas residncias;

    Pessoas muito bem vestidas e extremamente simpticas que se fazem passar por compradores de imveis que, procurando ganhar a confiana dos porteiros,

    conseguem entrar nas dependncias do condomnio, a fim de consumar seus

    delitos;

    Vendedores, pedintes, pregadores religiosos que insistam em entrar no condomnio ou que solicitem a presena de moradores portaria;

    Pessoas que, ao conversarem consigo, escondam as mos em bolsos de blusas ou de jaquetas, onde possivelmente estejam escondendo armas. Isso

    ocorre muito nas portarias dos condomnios;

    Indivduos que circundam um veculo (quando estacionado) e/ou paream aguardar a chegada do dono para apanh-lo;

    Estranhos funcionrios, com perfis suspeitos, encarregados da leitura de relgios de luz e gua que, por sua localizao, tenham que adentrar o

    condomnio;

    Motoristas ou motoqueiros que se aproximem, exageradamente, de moradores quando estiverem adentrando o condomnio;

    Pessoas em grupo ou mesmo isoladas que procurem aproximao fsica de moradores nas proximidades do condomnio;

    Indivduos que possuam tatuagens grosseiras, malfeitas, tpicas de presidirio;

    Veculos estacionados nas imediaes do condomnio por muito tempo, com pessoas em atitudes suspeitas em seu interior, principalmente noite;

    Veculo estacionado nas proximidades do condomnio por mais de 24 horas, parecendo haver sido abandonado no local;

    Telefonemas de pessoas estranhas que solicitam informaes confidenciais e pessoais de moradores ou de funcionrios do condomnio;

    Desaparecimento de correspondncias da caixa do correio do condomnio; Pessoas que resistam quando lhes solicitado algum documento de

    identidade na portaria do condomnio;

    Indivduos muito bem trajados que se fazem passar por pessoas de classe

  • 41

    social elevada, intitulando-se doutores ou mesmo autoridades, forando sua

    entrada no condomnio, intimidando os porteiros;

    Pessoas na rua simulando acidentes e que pedem socorro, solicitando, inclusive, para entrar no condomnio, a fim de ligar para os rgos de emergncia,

    o que pode ser uma armadilha ou cilada;

    Entregadores de pizzas, flores, refeies, etc., e mesmo de encomendas no solicitadas, que desconhecem o nome e o endereo correto do morador.

    Preservao de local de crime Quando acontece um fato delituoso (crime) importante que o local onde

    ocorreu seja preservado, para que a autoridade faa uma observao mais

    rigorosa e de acordo com os padres de investigao. Para isto necessrio que o

    porteiro ou vigilante ou mesmo o zelador ao tomar conhecimento do fato preserve o

    local de crime, descreva o tipo de carro, objeto e/ou a pessoa suspeita de ter

    praticado o crime.

    Fazer um pequeno relatrio do que aconteceu numa folha, comeando pala

    descrio do que viu. No colocar neste relatrio as opinies pessoais.

    Os fatos anotados de maneira correta iro auxiliar a Polcia na soluo do

    crime.

  • 42

    CAPTULO V SEGURANA FSICA DE INSTALAES CONDOMINIAIS

    A segurana fsica das instalaes de um condomnio um tema

    extremamente essencial na proteo de conjuntos residenciais, pois outro fator

    preponderante e imprescindvel para que se tenha ausncia ou mesmo diminuio

    de riscos que possam ameaar o bem-estar dos condminos.

    Cabe-nos lembrar que utopia afirmar sobre a existncia de locais ou

    situaes totalmente seguros, pois o ser humano, atravs de sua criatividade e

    perspiccia, sempre arrumar uma maneira de burlar o esquema de segurana

    implantado, isto sem falar nas falhas muitas vezes j existentes, na indisciplina

    humana que favorece estas deficincias, sem contar os transtornos causados se

    fossem adotados excessos nos dispositivos de segurana que, impedissem as

    pessoas de ter livre acesso a seus lares ou mesmo cerceassem a liberdade de

    visita de seus parentes e amigos.

    Vale a recordao de que muitas pessoas atribuem, equivocadamente, o

    tema Segurana um problema exclusivo do governo, o que uma inverdade. Em

    vrios pases, principalmente os chamados de primeiro mundo, a Segurana

    Privada est em franca ascenso, sendo esta atividade um meio de ajuda aos

    rgos de Segurana Pblica, permitindo que estes direcionem melhor seus

    recursos para a proteo da coletividade.

    O que gostaramos de ressaltar que, apesar de no existir proteo

    intransponvel pelo Homem, devemos escolher medidas, esquemas, planos e at

    sistemas de segurana que venham desestimular atos criminosos e possam

    dificultar, ao mximo, qualquer tipo de violncia por parte de pessoas mal-

    intencionadas. Para tanto, devemos adotar mtodos preventivos a fim de que

    possamos, dentro do possvel, evitar situaes adversas que venham afetar a

    tranqilidade do meio em que vivemos.

    Quando se fala em racionalizar os meios existentes, deve-se atentar para

    que haja um perfeito entrosamento entre o binmio homem-equipamento, sendo

    que um complementa o outro e cada um isoladamente no pode subsistir num

    sistema adequado de Segurana. S assim que teremos a eficincia e a eficcia

    na proteo dos condomnios e das residncias.

    Aps esta pequena introduo, vamos abordar assuntos concernentes

    proteo especfica de condomnios, para que cada ponto vulnervel seja

  • 43

    reforado, tudo isto com o intuito de fortalecer os locais onde os malfeitores

    normalmente escolhem para atacar.

    Basicamente so utilizadas duas formas de medidas de segurana para se

    proteger um edifcio residencial: a medida esttica ou de informao e a medida

    dinmica.

    Medidas estticas: so aquelas que informam uma invaso de maneira ilcita numa rea e tm por objetivo minimizar, ou evitar, a ocorrncia de aes contra o

    condomnio, como furto, roubo, incndio ou outro tipo de dano. So consideradas

    medidas estticas: barreiras perimetrais (muros e cercas), iluminao, alarmes,

    circuito fechado de TV, etc...

    Medidas dinmicas: so aquelas de natureza estritamente racional e esto ligadas s aes dos porteiros e do zelador, envolvendo tambm a superviso

    exercida por cada morador, at a seleo e treinamento de pessoal. So chamadas

    de medidas dinmicas: a seleo profissional, a identificao de pessoal na

    portaria, o treinamento de pessoal, etc...

    Barreiras fsicas So obstculos naturais ou artificiais (estruturais) que servem para impedir

    ou dificultar o acesso de pessoas estranhas em locais delimitados ou proibidos, e

    controlar os permitidos em um condomnio, alm de proteger os seus pontos

    estratgicos e vulnerveis. Podem ser divisas, vegetao, muros, cercas,

    concertinas, alambrados, ofendculos, cancelas, portarias, portes, portas internas

    ou intermedirias, etc. Passaremos a comentar sobre cada uma das barreiras

    fsicas mais utilizadas em conjuntos residenciais, descrevendo as medidas tcnicas

    e de proteo que servem tanto para os condomnios verticais como para os

    horizontais.

    Divisas do condomnio Ao se projetar um condomnio, deve-se atentar para sua Arquitetura arrojada

    aliada ao quesito Segurana.

    Portanto, suas divisas fsicas tm que ser avaliadas para que este projeto

    possa atender s exigncias tcnica e esttica, assim como a proteo perimetral

  • 44

    do condomnio.

    Divisa frontal Normalmente, nas divisas frontais do condomnio se utilizam muros

    fechados, gradis, grades com vegetao, misto de muro ou gradil em cima, cercas

    vivas, alambrados, entre outros.

    Deve-se atentar para que tais obstculos fsicos no sirvam como escada

    para posterior escalada de marginais e, tambm, para que no sirvam como

    esconderijo. Ao optar-se por grades de ferro, necessrio observar que estas

    devem ser altas, no mnimo 2,50 metros, e com barras transversais distantes entre

    si o mximo possvel, para que no sirvam como degrau.

    As divisas da frente de um condomnio podem tambm ser fechadas com

    muros pois, na grande maioria, existe uma portaria que elimina a necessidade de

    se observar o interior dos jardins chegada dos moradores.

    Divisas laterais e dos fundos Essas divisas devem, sempre que possvel, ser altas, tambm no mnimo

    com 2,50 metros, sem rvores e cercas vivas, nem com mezaninos de flores

    prximos, a fim de dificultar sua escalada.

    Vegetao comum em condomnios que se tenha vegetao tanto na sua parte

    externa quanto internamente, mas deve-se atentar para que as rvores grandes e

    com galhos longos estejam distantes das divisas perifricas. A vegetao deve ser

    baixa e esparsa, a fim de se evitar escaladas ou mesmo para que sirva como

    esconderijo de malfeitores.

    Muros O muro do condomnio deve ser de alvenaria ou de concreto, com altura

    mnima de 2,50 metros, no devendo fugir de seu projeto arquitetnico e esttico.

    Pode tambm ser protegido no topo por extenses em L, voltadas para dentro.

    muito empregado em edificaes verticais.

  • 45

    Cercas Feitas de arame farpado, com fios intervalados de 10 cm, com altura mxima

    de 2,50 metros. Podem ter extenses, em ngulo, semelhantes aos muros para

    aumentar a eficincia. Normalmente, so complementadas com vegetao ou

    cercas vivas. usado em condomnios horizontais, principalmente em reas rurais.

    Alambrados So construdos com arame retorcido galvanizado, com elos tipo corrente e

    malhas de, no mximo, 5cm x 5 cm, presos em cima e embaixo com arame, tudo

    isto revestido em PVC.

    Servem como telas, sendo muito eficientes quando utilizados, tambm,

    como extenses nos topos de muro, com suas pontas em L, complementadas por

    arame farpado em forma de ganso, em "Y" ou dupla, voltadas para dentro do

    condomnio.

    So muito utilizados tanto em condomnios horizontais quanto verticais, em

    reas urbanas ou rurais.

    Ofendculos So extenses fsicas que servem como complemento de muros, cercas,

    alambrados e que dificultam a transposio de meliantes. So considerados

    ofendculos: pontas de lana, pedaos de vidro pontiagudos, pregos ou grampos

    encravados nos muros, pedaos de lmina colocados nos muros, arames farpados,

    arames de inox com lminas em suas bordas e cercas eletrificadas. Estes trs

    ltimos so os mais recomendados como suplemento da segurana dos

    condomnios.

    Cancelas So porteiras de pequena altura, geralmente de armao metlica, que se

    abrem e se fecham ao trnsito nas passagens de nvel. Normalmente, so

    utilizadas em condomnios horizontais e estacionamentos de condomnios

    comerciais, servindo para controlar o acesso de veculos no trnsito local e interno.

  • 46

    Portarias A portaria deve ser construda de maneira a ficar retirada das divisas do

    condomnio, estando a uma altura acima do nvel da rua para aumentar o ngulo

    de viso do porteiro. importante salientar a necessidade de que se tenha dois

    portes formando, assim, as chamadas eclusas, onde um se abre quando o outro

    se fecha. A portaria deve ser protegida com vidro prova de balas, que deve ser

    complementado por uma pelcula que dificulte a viso do seu interior no horrio

    diurno ou noturno. O porteiro precisa ser preservado e, para isto, necessrio que

    a portaria possua um banheiro exclusivo, intercomunicadores, monitores de vdeo,

    interfones, espelhos convexos para facilitar a observao de reas internas ou

    externas e rdio. Estes equipamentos complementam a lista de materiais de

    segurana na portaria.

    Portes Os portes de entrada, tanto de pedestres quanto de veculos, devem ser

    fabricados de materiais leves mas resistentes, devendo possuir trancas e

    fechaduras em perfeitas condies e de boa qualidade, para se evitar muita

    manuteno e defeitos. O nmero de portes que serve a rea externa deve ser

    reduzido ao mnimo possvel. De preferncia, devem ser automticos para abertura

    distncia pelo porteiro ou por controle remoto pelos moradores, sendo

    complementados com interfones ou videoporteiros.

    Portas internas ou intermedirias So obstculos fsicos que servem para delimitar reas de acesso

    reduzidas, tais como entradas de estao de caixa-dgua, cabinas de fora,

    centrais eltricas, cabina de entrada de linhas telefnicas, entrada do

    abastecimento de gua, cabina do gerador, sala dos elevadores, salo de guarda-

    lixo, sala de materiais, entradas secundrias do condomnio, entrada da cobertura,

    sala da administrao, sala de segurana, depsitos, barrilhetes etc. Estas portas

    devem ser de materiais resistentes e leves, tais como madeira, ferro ou alumnio,

    possuindo trancas ou fechaduras de boa qualidade e cadeados resistentes, quando

    for o caso. Devem sempre permanecer fechadas e trancadas.

  • 47

    Garagens Sem dvida alguma, falando-se de proteo, a garagem um dos pontos

    mais vulnerveis dos conjuntos residenciais ou de maior indisciplina e at descaso

    por parte dos moradores, pois estes no tomam as devidas cautelas ao entrar ou

    sair do condomnio ou, ento, deixam de seguir as orientaes preconizadas em

    Assemblias de Condminos. Por este motivo, importante construir eclusas, ou

    seja, dois portes acionados eletronicamente que confinem o veculo entre si, de

    modo que uma delas se abra somente quando a outra estiver fechada, podendo

    ser acionadas pela portaria ou pelo prprio condmino, evitando-se, assim, a

    entrada do meliante carona, isto , aquele que espera o carro entrar e aproveita a

    porta ainda aberta para adentrar o condomnio e praticar, posteriormente, seus atos

    criminosos. Aliado a isto, deve-se utilizar um sistema que muito se tem destacado

    pela sua praticidade, aquele em que cada morador tem um controle remoto

    acionando o porto automtico para entrar e sair da garagem sem a ao da

    portaria. Caso no seja possvel adotar estes sistemas, deve-se contratar

    garagistas para controlarem o acesso de veculos nas garagens. Alm disso, toda

    garagem deve possuir espelhos convexos que facilitem a visualizao de porteiros

    ou garagistas.

    Iluminao fundamental que as dependncias do condomnio sejam bem iluminadas,

    a fim de que atravs deste dispositivo possa desestimular a ao dos meliantes. As

    reas externas do condomnio tambm precisam ser racionalmente iluminadas

    para que se tenha uma ampla viso da rua, caladas, frente da portaria e da porta

    da garagem. Nas reas de entrada de pedestres e veculos pode ser instalado um

    holofote a ser utilizado pelo porteiro para poder identificar visitantes e veculos que

    estejam defronte do porto. Tambm devem ser instaladas luminrias ao redor dos

    muros do condomnio, caso haja trnsito de pessoas, tanto nas laterais quanto nos

    fundos da edificao, a fim de melhorar a iluminao pblica, isso se a existente

    no for adequada. Apesar da possibilidade de o consumo de energia eltrica

    aumentar, tem que se evitar pontos de penumbra nas reas internas, quer sejam

    centrais ou perimetrais, principalmente nos jardins, playgrounds ou mesmo

    corredores ao redor do condomnio, para que, atravs da iluminao adequada e

    bem focada, possa ser verificada a presena ou no de pessoas estranhas.

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    Atualmente, existem sensores de presena ou de fotoclulas que ao

    detectarem a aproximao de pessoas ou veculos acendem automaticamente as

    luzes por onde estes vo passar. Existem, ainda, lmpadas que consomem bem

    menos energia, chamadas lmpadas PL que, apesar de ficarem por mais tempo

    acesas, trazem uma considervel economia aos seus usurios. Alm dos meios

    luminosos citados, no se pode prescindir das luzes de emergncia, que devem ser

    instaladas no interior de edifcios e escadas e, tambm, adotadas em casa, sendo

    este um quesito obrigatrio, inclusive, em preveno e combate a incndios, o qual

    ser abordado em captulo prprio.

    Sinalizao fundamentalmente necessrio que elucidemos sobre a utilizao da

    sinalizao no interior dos condomnios, porque estes sinais tambm fazem parte

    do sistema de segurana, pois tm a finalidade de advertir e indicar sobre algo ou

    mesmo sobre alguma notcia comum convencionada entre os moradores do

    conjunto residencial. A sinalizao pode ser visual, atravs de placas ou sinais

    luminosos, como tambm sonora, utilizando-se dispositivos sonoros eletrnicos ou

    apitos, entre outros. Pode ser horizontal, atravs de marcas inscritas no solo ou

    pisos, como tambm vertical atravs de placas ou faixas expostas ao longo das

    instalaes condominiais. Aos condminos e funcionrios cabem respeitar e

    obedecer a sinalizao convencionada, quando estiverem dentro do condomnio.

    Segurana fsica das residncias As residncias ou apartamentos em condomnios verticais, merecem

    especial ateno dos moradores, pois evitando-se falhas em algum dos pontos de

    segurana acima descritos, haver um obstculo a mais para dificultar o acesso de

    malfeitores ao interior dos lares. Portanto, deve-se tomar cautela, especialmente,

    com relao aos seguintes pontos:

    Portas - As portas de acesso s reas externas da residncia, tais como da entrada do hall social, entradas de servio, sacadas, varandas privativas, etc.,

    devem ser fabricadas com ma