Kanindé - Plano de Gest¦o Territorial da TI Sete de Setembro

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  • 7/23/2019 Kanind - Plano de Gesto Territorial da TI Sete de Setembro

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    Plano de GestoEtnoambiental

    da Terra IndgenaSete de Setembro

    Equipe de

    Conservaoda Amaznia

    E d i e s

    Associao Metareil do Povo Indgena Suru

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    Expediente

    Equipe de Conservao da Amaznia (ACT Brasil Edies 2008) permitida a reproduo de parte desta publicao, desde que citadaa fonte.1 Edio. Tiragem: 500 exemplaresFechamento desta edio: Setembro de 2008

    Associao Metareil do Povo Indgena SuruCoordenador Geral: Almir Narayamoga SuruiSecretrio Executivo: Arildo Gapam SuruTesoureiro: Renato Labiway SuruAssociao de Defesa Etnoambiental KanindConselho Deliberativo: Ivanete B. C. da Silva, Israel Correia Vale Junior,Mnica Nascimento, Samuel Vieira Cruz.Coordenao Geral e de Projetos: Ivaneide Bandeira CardozoCoordenao Administrativa Financeira: Alcilene Pereira Paes

    Consultoria Tcnica para o Plano de Gesto da Terra Indgena Sete deSetembro: Carlos Salgado e Rogrio Vargas MottaEquipe de Conservao da Amaznia (ACT Brasil)Presidente: Vasco van RoosmalenVice-Presidente: Almir Narayamoga SuruCoordenao de Meio Ambiente: Marcelo SegalerbaAssessoria Antropolgica: Thiago vila

    Ficha Tcnica da publicao

    Conselho Editorial

    Almir Narayamoga Suru, Ana Carolina Kalume Maranho, Ernani Pilla,Israel Correia Vale Junior, Ivaneide Bandeira Cardozo, Thiago vil a,Renata Carvalho Giglio, Vasco van Roosmalen.

    Projeto Editorial e Edio de Textos

    Ana Carolina Kalume Maranho

    Produo e Projeto Grfico

    Masanori Ohashy Idade da Pedra

    Diagramao

    Joo Gonalves Idade da Pedra

    Textos

    Almir Narayamoga Surui, Ivaneide Bandeira Cardozo e Carlos Salgado

    Reviso

    Ana Carolina Kalume Maranho, Renata Carvalho Giglio eMasanori Ohashy Idade da Pedra

    Fotos Arquivo Kanind, Metareil e Equipe de Conservao da Amaznia(ACT Brasil Edies); Thomas Pizer Aquaverde; Andrea Ribeiro

    Impresso

    Grfica Athalaya

    O Plano de Gesto da Terra Indgena Sete de Setembro foifinanciado pela Secretaria de Coordenao da Amaznia -Ministrio do Meio Ambiente (MMA).

    Agradecemos a colaborao dos parceiros que apoiaram aexecuo de todo trabalho: Rogrio Vargas Motta, Luiz CarlosMaretto, Eloisa Helena, Pedro Rodrigues, Elenice Duran, IvaneteB. C. da Silva, Andrea Ribeiro, Isa Rogedo e a todo povo Paiter-Suru.

    Agradecimentos especiais s seguintes instituies que foramfundamentais para a reali zao do projeto: Amigos da Terra(Sucia), Fundao Nacional do ndio (Funai Cacoal/RO eDepima/BsB) e Equipe de Conservao da Amaznia (ACT Brasil).

    Esta publicao foi realizada com o patrocnio de The Richardand Rhoda Goldman Fund, com objetivo de prestar um servios comunidades indgenas do povo Paiter-Suru do estado deRondnia (RO).

    Associao de Defesa Etnoambiental KanindRua Dom Pedro II, n 1892, sala 07Nossa Senhora das Graas. Porto Velho ROCep: 78.901-150Tel/Fax: (69) [email protected]

    Equipe de Conservao da Amaznia (ACT Brasil)SAS Quadra 03, Bloco CEd. Business Point, Salas 301 a 306Cep: 70.070-934 - Braslia - DFTel: (61)3323-7863Fax: (61)3323-7854

    [email protected] Metareil do Povo Indgena SuruAvenida JK, n 5217Riozinho. Cacoal ROCep: 78.980-000Tel/Fax: (69) [email protected]

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    Introduo 4

    Contextualizao histrica, social e ambiental 8

    Diretrizes e paradigmas do Sistema Nacional de Etno

    Desenvolvimento Sustentvel 10

    Diretrizes 10

    Paradigmas norteadores 11Objetivos do plano de gesto 12

    Metodologia 15

    Subprogramas: contexto diretrizes 16

    Estruturais 16

    Diagnstico e planejamento estratgico participativo 16

    Transferncia de conhecimentos e informaes 16

    Autonomia no gerenciamento e monitoramento de projetos 16

    Temticas 17

    Segurana alimentar 17

    Sade integral 18

    Educao 20

    Cultural 22

    Sustentabilidade ambiental 25

    Habitao e construes indgenas sustentadas 29

    Meios e vias de transporte 30

    Matriz energtica 32

    Critrios de sustentabilidade 34

    ndice

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    As comunidades indgenas tm experimentado

    um grande processo de transformao para o mundo

    tecnolgico. Contudo, historicamente, essa busca,

    tem levado-os a um caminho de dependncia expres-

    siva por tecnologias e bens manufaturados, externos

    ao seu universo.

    Diversas sociedades Indgenas tm procurado

    caminhos onde a implementao do etnodesenvol-

    vimento, muitas vezes espelhando em processosregionais de curto prazo, meramente econmicos,

    onde a questo etnotecnolgica e o uso dos recursos

    naturais so desvinculados de preocupaes com o

    impacto ambiental por ele gerado.

    Nossa sociedade, em seu papel de agente trans-

    formador, deve preocupar-se com os processos de

    modificao do modus vivenditradicional das socie-

    dades indgenas, para que eles ocorram de forma

    adequada, buscando antes o respeito organizao

    tnica diferenciada e s condies ambientais hoje

    limitantes a seus processos de etnodesenvolvimento

    Sustentado.

    Apesar da frgil ao do Estado, dos esforos

    indigenistas coletivos e individuais e dos trabalhos de

    voluntariado annimo, o quadro de fome e misria

    que assola a grande maioria das populaes indge-

    nas, continua grave.

    O alerta parte do Instituto de Estudos socioeco-

    nomicos (Inesc) que desde 1995, em sua publicao

    Mapa da Fome Entre os Povos Indgenas no Brasil,

    demonstra que temos grande parte das sociedadesindgenas submetidas misria e subnutrio.

    A carncia qualitativa e quantitativa de polticas

    pblicas para encaminhar o quadro atual de deman-

    das e solues para dimenso territorial da questo,

    coloca o Estado como vilo histrico do processo.

    A auto-suficincia das diversas etnias atravs da

    utilizao sustentada dos recursos naturais possibi-

    litar a manuteno da biodiversidade no territrio,

    permitindo assim a sobrevivncia sociocultural desses

    povos, que ainda mantm uma forte integrao com

    as foras que regem a natureza e o homem.

    Introduo

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    Com a ocupao de terras no Brasil restam pou-

    cos, muitas vezes reduzidos, territrios para uma

    grande quantidade de etnias, sendo cada vez mais

    difcil a migrao interna, necessria ao funciona-

    mento do sistema tradicional de usufruto dos recur-

    sos ambientais.

    A demarcao de terras insuficientes ou ina-

    dequadas e a grande presso no entorno da terra

    indgena geram um quadro catico de exausto dosrecursos naturais utilizados: seguem primeiro os que

    mais se prestam fcil sobrevivncia e so prioriza-

    dos para uso imediato.

    A falta de controle e conhecimento detalhado,

    sobre boa parte dos fatores que contribuem para

    o aumento acelerado da degradao do meio am-

    biente nas terras indgenas, tem contribudo para o

    aumento do dano ambiental.

    Com o contato intertnico, hbitos antigos de

    sobrevivncia e importantes sementes se perderam.

    Perdeu-se, portanto, parte do que lhes possibilitava

    uma horticultura variada, para uma alimentao dis-

    ponvel, rica e equilibrada. O rompimento do sistema

    de segurana alimentar de grande parte das socie-

    dades indgenas gerou a misria social, contribuindo

    de forma contundente no aumento da degradao

    ambiental.

    Os sistemas de produo de alimentos priorizam

    hoje, culturas que exigem uma alta rotatividade dos

    stios, desgastando-os, sem nenhum compromisso

    com a sustentabilidade cada vez mais necessria,levando exausto dos recursos ambientais.

    A diminuio da diversidade alimentar,

    induzida pela eroso gentica, observada em

    praticamente todas as terras indgenas. A base

    alimentar, em algumas pocas, se restringe quase

    que exclusivamente ao arroz branco e, mesmo em

    pequena quantidade, ou com fartura, mandioca

    que jamais esquecida.

    Os animais so cada vez mais raros e pouco valor

    se d a outras fontes proticas, comuns antigamente

    em pequenas quantidades nas roas, como cips,

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    inhames, favas, mandiocas, milhos, cars, feijes,

    abboras, cabaas, batatas-doce, amendoins entre

    tantas outras plantas que poderiam ser agregadas ao

    sistema de segurana alimentar.

    A busca de caminhos para a auto-sustentao

    Paiter tem historicamente envolvido as comunidades

    locais em atividades introduzidas ao seu universo cul-

    tural que mesmo que apresentem boa rentabilidade

    quando desenvolvidas na sociedade espelho, no casode sua implementao em terras indgenas acabam

    em colapso, gerando frustraes e compromissos

    para a sociedade indgena e para seus dirigentes. O

    mesmo fato acontece com diversas outras atividades

    que so incentivadas pelos rgos de fomento e as-

    sistncia do Estado, federais, estaduais e municipais:

    mais frustraes e mais compromissos no cumpri-

    dos.

    Em meio a frustraes, aes descontnuas, es-

    cassez de recursos humanos e financeiros e falta da

    construo de um plano de alternativas, a misria

    humana se estabelece. Quando isso acontece, a so-

    ciedade perde o respeito por seus prprios valores e

    caminha para o uso perigoso e sem sustentabilidade

    dos recursos sua volta. Esse processo leva fatal-

    mente sua fragmentao e, conseqentemente,

    exausto dos recursos naturais do ambiente onde

    vivem. Ao final, restam a fome, as doenas e uma

    sociedade sem estrutura, sem foras para viver.

    Para que os Paiter no tenham o mesmo destino

    incerto que diversos outros povos tm seguido e, paraquem sabe, pela oportunidade de realizar experin-

    cias adaptveis a outras etnias, possibilitando tambm

    o estabelecimento de seus processos de etnodesen-

    volvimento sustentado, estes decidiram realizar o pla-

    no de gesto de seu territrio.

    Pretendemos estabelecer aqui uma nova forma

    de repassar, mediante uma metodologia educativa,

    conhecimentos sobre manejo e uso de recursos

    naturais para produo de alimentos, construo,

    sade, processamento, preparao e colocao

    de produtos no mercado, dentre outros. Uma

    escola de entendimento holstico, sobre os diversos

    componentes necessrios ao etnodesenvolvimento

    Sustentado com a construo de um programa queatenda de fato as necessidades atuais dos Paiter

    sem comprometer a sustentabilidade scioambiental

    futura.

    A Associao Metareil do Povo Indgena Suru

    vem frente do processo de articulao para a dis-

    cusso do plano. Para tanto, promoveu uma reunio

    da qual participaram o Departamento de Patrimnio

    Indgena e Meio Ambiente (Depima) da Funai, a Ad-

    ministrao Executiva Regional da Funai em Cacoal,

    o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos

    Naturais Renovveis (Ibama), a Empresa Brasileira de

    Pesquisa Agropecuria (Embrapa), a Secretaria Muni-

    cipal de Sade, a Fundao Nacional de Sade (FNS)

    e a Secretaria de Coordenao da Amaznia do Mi-

    nistrio do Meio Ambiente e a Kanind.

    Assim, pretende-se tratar no Programa Paiterey

    grande parte das questes que dizem respeito so-

    brevivncia da sociedade indgena Paiter procurando

    experimentar e descobrir caminhos para o atendi-

    mento de suas atuais demandas, preparando-os nes-

    se processo para o atendimento das futuras deman-das de forma integral, autnoma e sustentvel.

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    Os Suru de Rondnia, autodenominados

    Paiter (Povo Verdadeiro), constituem uma po-

    pulao de aproximadamente 1,2 mil pessoas

    que falam uma lngua do tronco Tupi e famlia

    Mond. Vivem na Terra Indgena Sete de Se-

    tembro, em um territrio de aproximadamente

    248mil147hectares, localizado no sudeste de

    Rondnia e noroeste de Mato Grosso.

    Foram contactados por expedio oficial daFunai, chefiada pelo sertanista Francisco Meirel-

    les, em sete de setembro de 1969, ocasio em

    que se verificava o incio da violenta migrao

    humana oriunda do sul do pas para Rondnia,

    em busca de terras e melhores condies de

    sobrevivncia e vida, com estmulo do Governo

    Federal, atravs do Incra.

    Tiveram por volta desse perodo grande

    parte de seu territrio invadido e conseguiram

    retom-lo parcial e definitivamente apenas

    em 1983, a custa de muitos confrontos com

    o governo e os prprios colonos. Alm disso,

    fora dos limites do territrio retomado ficaram

    reservas de matria prima que constituam a

    base para a confeco de artefatos de sua cul-

    tura material como a taquara, tradicionalmente

    utilizada para a confeco de suas flechas. Por

    outro lado, ficaram no interior desses limites os

    cafezais dos colonos invasores que, herdados

    pelos Paiter, constituram a primeira experincia

    mercantil do grupo. Com estmulo da Funai,dividiram o grupo que antes vivia em grandes

    malocas instaladas em um mesmo local , em 10

    aldeias localizadas nas proximidades dos cafe-

    zais e nos finais das estradas coletoras, (linhas)

    do projeto de colonizao.

    Contextualizao Hist

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    Por ocasio do contato oficial, segundo

    dados de Jean Chiappino, a populao estaria

    constituda em torno de 800 pessoas. Dessa

    poca os Suru mais velhos guardam a mais

    amarga lembrana e dizem que, embora tives-

    sem trazido coisas boas, na ponta dos faces

    e das facas os brancos trouxeram a desgraa e

    a morte.

    O processo de degradao fsica e culturalganhou um rumo rpido, em funo da grande

    proximidade com a populao sulista migrante

    e com os ncleos populacionais que cresciam

    rapidamente em Rondnia, como Cacoal e Es-

    pigo DOeste.

    , Social e Ambiental

    O povo indgena Paiter-Suru, no entanto,

    discorda desta afirmao e diz terem sido 5

    mil o nmero de pessoas encontradas du-rante o primeiro contato. Dois anos depois

    este nmero foi reduzido a 250 pessoas.

    Grande parte das mortes se deve a uma

    epidemia de sarampo, contrada por uma

    visita amigvel a um acampamento de co-

    lonos.

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    DiretrizesPara a execuo prtica do plano, busca-

    mos o desenvolvimento de uma metodolo-

    gia de trabalho que procure implementar;

    Poltica indigenista agro-ambiental

    sustentvel

    Poltica indgena de desenvolvimentoagro-ambiental sustentvel

    Diagnsticos agro-ambientais

    participativos

    Desenvolvimento de cartas temticas

    ambientais

    Formao de interlocutores ambientais

    mediante uma metodologia educacional

    Manejo agro-ambiental sustentvel

    Programas de etnodesenvolvimentosustentado

    Formao de um banco multimdia de

    dados ambientais

    Diretrizes e Paradigmade Etnodesenvolviment

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    ParadigmasNorteadores

    Estabelecer a sustentabilidade

    scioambiental com a melhoria gradativa

    da qualidade de vida perdida

    Valorizar e resgatar o conhecimentotradicional indgena relativo

    sobrevivncia e ao uso sustentvel dos

    recursos naturais

    Considerar a perspectiva de gnero,

    valorizando a participao da mulher

    como agente modificador da realidade

    ambiental

    Respeitar as classes etrias e outras

    formas de organizao cultural por

    grupos, buscando o envolvimento dapopulao como um todo

    Valorizar a unidade familiar de produo

    e sobrevivncia, valorizando a sua

    existncia como forma de organizao

    primria, respeitando as formas de

    organizao comunitria

    Resgate da segurana alimentar, com o

    restabelecimento da sade atravs da

    alimentao

    Acesso informao ambiental, atravs

    da construo de mecanismos que

    facilitem a sua implementao

    Desenvolvimento dos trabalhos

    ambientais com o uso de metodologias

    educativas

    o Sistema Nacionalustentvel

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    Objetivos do Plano de Ge

    Geral

    Implementar o Programa Paiterey para

    a gesto ambiental, estabelecendoprocedimentos e diretrizes para o

    encaminhamento das demandas

    sciocultural, de forma a permitir

    condies para o uso responsvel dos

    recursos naturais gerando os benefcios

    necessrios, a valorizao da cultura e a

    conservao do meio ambiente

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    o

    Especficos

    Realizar o levantamento tcnico-cientfico da

    fauna da Terra Indgena Sete de Setembro,

    que no ocorreu durante o Diagnstico

    Agroambiental Participativo, cuja

    informaes foram levantadas apenas com

    informao oral dos indgenas

    Desenvolver projetos alternativos de

    produo de alimentos, farmcia viva,

    habitao sustentvel e gerao de

    excedentes comercializveis

    Elaborar um plano de manejo de recursos

    naturais com nfase para os recursos

    florestais de usos mltiplos para a

    recuperao ambiental de reas de floresta

    j impactadas

    Promover a cultura Paiter, com a criao doCentro de Formao e Pesquisa Indgena

    para divulgao da cultura na sociedade

    regional, nacional e internacional

    Viabilizar a implementao do programa de

    melhoria da qualidade e da comercializao

    dos artesanatos indgenas

    Desenvolver uma marca indgena

    (marketing) para a colocao diferenciada

    de produtos no mercado local, regional e

    nacional

    Implantar a escola agroambiental Paiterey

    como instrumento para repasse de

    conhecimentos ambientais sobre uso dos

    recursos naturais

    Implantar a Universidade Indgena

    Desenvolver a proteo ambiental da Terra

    Indgena

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    Foram criados subprogramas de acordo com

    reas estruturais e temticas. A rea estrutural

    refere-se s bases sobre as quais se desenvol-

    vem o planejamento, a execuo, o gerencia-

    mento e o monitoramento de projetos. Tam-

    bm se refere a diversas atividades humanas,

    necessrias para se atingir os objetivos, sendo

    elas as orientadoras de projetos especficos.

    Cada subprograma tecnicamente orientadopor diretrizes, que nortearo a elaborao dos

    projetos.

    O tempo uma questo delicada a ser defi-

    nida previamente. Para o plano de gesto, que

    pretende trabalhar mudanas de paradigmas

    sobre o uso e conservao de recursos naturais,

    trabalharemos, em um primeiro momento, com

    uma estimativa de 20 anos de planejamento,

    procurando aes sustentveis em termos so-

    ciais, culturais, ambientais e econmico.

    Para o seu sucesso, o plano de gestodever contar com a assessoria constante de

    tcnicos e consultores especializados, que pos-

    sam, junto com os Suru, fazer as adequaes e

    encaminhamentos para sua execuo. Esse es-

    foro tcnico deve ser maior no incio do plano,

    diminuindo em mdio prazo, e deve desapare-

    cer em longo prazo.

    Para o financiamento das atividades sero

    buscadas fontes oficiais que trabalham com re-

    cursos no reembolsveis. Em um segundo mo-mento o plano poder trabalhar com recursos

    prprios oriundos das atividades econmicas

    que destinaro parte de seus lucros a um Fundo

    Rotativo de Cooperao.

    A elaborao do plano teve como base o

    Programa Paiterey. Ao longo do processo, ha-

    ver reunies de monitoramento e avaliao.

    Com esse procedimento poderemos, sempre

    que quisermos, promover alteraes necessrias

    ao longo do tempo de implementao do pro-

    grama, reforando o carter dinmico do plano.

    Metodologia

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    Estruturais

    Diagnstico e planejamentoestratgico participativo

    Para o manejo sustentvel dos recursos naturais

    na Terra Indgena Sete de Setembro foi desenvolvido

    o diagnstico agroambiental participativo. Esse diag-

    nstico deve ser o suporte para a elaborao do pla-no de manejo florestal de uso mltiplo e de diversos

    outros projetos relativos ao uso dos recursos naturais

    na Terra Suru.

    Transferncia de conhecimentose informaes

    Atravs do sistema de ensino formal e das formas

    de ensino livre, como Escola Agroambiental, Centro de

    Vivncia Cultural e Biblioteca Ambiental, pretendemos

    construir um forte sistema de repasse de conhecimen-

    tos e tecnologias de fcil apropriao pelos Suru.

    Autonomia no gerenciamentoe monitoramento de projeto

    A implementao de atividades de capacitao,

    que repassem os conhecimentos, desenvolvam diag-

    nstico de forma participativa e privilegiem a partici-

    pao pr-ativa dos Suru em todos os projetos, asse-

    gura a autonomia de gerenciamento e monitoramen-

    to do plano. Neste sentido, devem ser desenvolvidas

    atividades especficas com a preparao de membros

    da sociedade para assumir o seu papel.

    O gerenciamento do plano deve ser feito pelas

    organizaes indgenas, com pessoal capacitado em

    administrao de recursos financeiros e na gesto de

    projetos. Cada organizao deve definir qual subpro-

    grama ir executar e elaborar projeto especfico a ser

    implementado.

    No aconselhvel que um mesmo subprograma

    seja desenvolvido por duas organizaes diferentes,

    pois traria dificuldades na gesto e na tomada de

    decises.

    SubprogramasContextos e diretrizes

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    Temticos

    Segurana alimentar

    Reestruturao dos bancos de sementesApresenta especial ateno aos processos de

    resgate dos sistemas tradicionais de produo de

    alimentos, como alternativa aos atuais sistemas quevm sendo implementados atravs de tecnologias

    antagnicas ao sistema tradicional indgena.

    Os bancos autnomos de sementes devem ser

    estruturados com base prioritria para alimentos que

    ficam em baixo da terra e permite uma maior mobi-

    lidade de colheita, sendo a seguir contemplados os

    de ciclo curto que precisam ser colhidos rapidamente

    aps a maturao. Deve-se procurar o uso de alimen-

    tos que tm seu ponto de maturao em pocas de

    maior escassez de provises.

    SubsistnciaCom a reestruturao dos bancos de sementes

    e do sistema de produo poderemos garantir um

    novo tempo para os Suru. Assim poderemos garantir

    um melhor atendimento s demandas internas por

    alimento de qualidade e diminuir a dependncia por

    produtos de baixa qualidade que so adquiridos fora,

    quase sempre velhos e contaminados.

    Educao alimentarEstabeleceu-se a necessidade de anlise mais pro-

    funda sobre a modificao dos hbitos tradicionais

    de alimentao, procurando verificar os alimentos

    abandonados, os introduzidos e as suas implicaes

    com o aparecimento e desenvolvimento de doenas.

    Quintais agroflorestaisSo aqui objetivadas as reas de produo no

    entorno da casa. Os projetos a serem desenvolvi-

    dos buscam enriquecer os quintais com espcies

    medicinais, frutferas nativas e introduzidas, plantas

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    Sade integral

    A resoluo de problemas da rea de sade se

    apresenta relativamente bem encaminhada. De-

    vendo porm ser realizadas novas reunies para

    discusso mais aprofundada dos seguintes temas:

    guaA gua e sua estrutura de uso precria, ha-

    vendo a necessidade de melhoria no abastecimen-to de gua potvel em quase todas as 24 aldeias.

    Para a captao de gua, quando for a melhor

    opo, devem ser construdos poos semi-artesia-

    nos, com bombeamento eltrico ou solar, restrin-

    gindo-se o uso dos atuais geradores a leo diesel.

    Por ter sido incorporado pelos Suru, o hbito

    de filtrar amplamente utilizado

    Saneamento BsicoA preocupao aqui macroambiental e ori-

    gina-se da possvel degradao ambiental a ser

    causada com a contaminao por resduos txicos

    depositados nas microbacias a montante da terra

    indgena, nas fronteiras agrcolas de desenvolvi-

    mento, por projetos agropecurios e de coloniza-

    o e outras atividades degradadoras externas e

    internas.

    O ambiente no entorno das aldeias bastante

    sensvel e costumeiramente uma fonte de reinfec-

    o de doenas parasitrias, havendo um grande

    desperdcio de matria prpria para a adubaoorgnica de rvores, que anos aps daro frutos

    teis para o reforo alimentar.

    Ficou estabelecida a necessidade de um tra-

    balho eficaz de saneamento que permita uma

    melhor salubridade vida dos Paiter, com solu-

    es de maior compromisso social, e um menor

    impactoambiental

    utilizadas para a confeco de artesanato, plan-

    tas ornamentais e fornecimento de material para

    construes e aproveitamento energtico. Como

    nesse espao que se acumula grande quantida-

    de de adubos sustentveis, poderemos produzir

    bastante alimento, assim reforaremos o sistema

    de produo das roas.

    Dessa forma estaremos dando ateno ao uso

    do espao domstico, onde privilegiaremos a atu-

    ao das mulheres, sendo este um procedimentoque trar a luz da discusso ambiental na unidade

    de produo, a valorizao da perspectiva de g-

    nero.

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    Formao de agentes indgenas de sade esaneamento

    Dever haver investimento nos agentes indge-

    nas de sade para que possam cursar a faculdade

    de medicina e enfermagem, garantindo assim um

    atendimento de qualidade na terra indgena.

    Necessrio ainda se faz a formao de agentes

    indgenas de saneamento para tratarem dos te-

    mas de esgoto, lixo e educao na rea de sanea-

    mento e os outros temas relativos ao atendimentoprimrio na rea de sade.

    Atendimento mdico hospitalarFicou estabelecida a necessidade de trata-

    mento diferenciado no discriminatrio, sendo

    fundamental o acompanhamento do tratamento

    pelo agente indgena e profissional de sade devi-

    damente habilitado, alm do uso de alimentao

    tradicional durante os internamentos. Os trata-

    mentos devero privilegiar os procedimentos da

    medicina tradicional indgena.

    Participao dos SuruA participao dos Suru nas discusses e

    encaminhamentos para o atendimento sade,

    tais como os conselhos municipais de sade e os

    distritos sanitrios devem ser feitos com qualidade

    tcnica. Para tanto faz-se necessrio a formao

    tcnica para que os participantes exeram sua

    funo de conselheiros com qualidade.

    Valorizao e resgate das formas de curatradicional

    A desvalorizao da medicina tradicional, com

    a sua substituio por opes da medicina ociden-

    tal, fez com que o conhecimento ancestral sobre

    doenas e prticas de cura utilizado milenarmente

    desaparecesse do cotidiano indgena.

    O apoio e incentivo s praticas tradicionais de

    cura devem ocorrer de modo a se fortalecer os

    pajs e os indgenas que exercem a medicina tra-dicional.

    Uso da medicina alternativa como opo alopatia

    Deve-se dar ateno para as possibilidades de

    cura atravs das prticas da medicina alternativa,

    antes mesmo de se iniciar tratamentos alopticos.

    Esse procedimento poder diminuir os custos de

    medicalizao e evitar uma srie de efeitos colate-

    rais causados por drogas alopticas.

    O remdio sustentvel: Farmcia VivaDevese apoiar a iniciativa, como a manipula-

    o de plantas e outras matrias - primas para a

    fabricao sustentvel de remdios.

    As vantagens do desenvolvimento de uma

    Farmcia Viva para o processamento de ervas

    medicinais e sua manipulao para a fabricao

    de pomadas, xaropes e outros remdios de uso

    comum, devero ser incentivadas. Dessa forma,

    poderemos suprir as demandas por remdios no-vos para doenas novas e por novos processos de

    manipulao para remdios antigos.

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    A escola ser constituda na regio do rio

    Branco, onde foi feito o primeiro contato com os

    Paiter e dela participaro unidades familiares de

    produo, representantes de todas as aldeias

    Essa escola ser administrada de forma aut-

    noma pelos prprios indgenas, atravs da Asso-

    ciao Metareil, podendo contar com o apoio

    inicial de outras organizaes.Ser criado ainda o Centro de Cultura e Tecno-

    logia Paiter, onde sero apoiados indgenas para

    realizarem junto com pesquisadores no indgenas

    pesquisas culturais e cientficas, via convnios e

    parcerias com instituies e institutos de pesquisa,

    faculdades, ongs e empresas.

    Infra-estrutura operacionalNas aldeias s existem duas escolas - plo at

    o ensino fundamental funcionando em prdio

    adequado e para o reforo e desenvolvimento de

    atividades relativas ao ensino formal bilnge, de-

    vero ser construdas quatro escolas padro com

    uma sala de aula e trs escolas com duas salas de

    aula.

    Alm da construo dessa base para o en-

    sino formal, dever ser construda uma escola

    agroambiental que atender a todas as aldeias e

    trabalhar com unidades familiares de produo.

    A escola funcionar quatro vezes ao ano, por pe-

    rodos de vinte dias.

    Educao

    Mtodos formais de aprendizado atravs dasescolas oficiais do Ministrio da Educao

    necessrio dar maior ateno continuidade

    e ampliao da formao de professores ind-

    genas, como forma de passar essa atribuio

    prpria comunidade.

    A criao de uma escola padro que d conti-

    nuidade a uma formao diferenciada uma rei-vindicao dos Suru. J se sente a falta de escola

    que atenda a alunos aps a 4 sria e indo da 5

    8 e ao segundo grau.

    Existem oito estudantes indgenas cursando

    faculdade em Porto Velho e Cacoal (RO). A meta

    implantar a Universidade Indgena dentro da

    Terra Indgena Sete de Setembro, que atenda ao

    povo Paiter-Suru e aos demais estudantes indge-

    nas do Brasil.

    Mtodos livres de aprendizado atravs doensino informal

    Diferentemente do ensino formal, aqui no se

    pretende formar ndios com diploma para a sua

    atuao junto sociedade nacional, nem alfabe-

    tiz-los para o entendimento da cultura do no

    - indgena, mas sim prepar-los para o estabele-

    cimento dos processos de sustentao do prprio

    etnodesenvolvimento Sustentado.

    Mudam tambm os alvos para capacitao,

    que aqui passam a ser as unidades familiares deproduo, ou seja, a prpria famlia e no um

    aluno ou aluna isolado.

    Assim ser criada a escola agroambiental Pai-

    terey, que se constitui em um centro de capacita-

    o e vivncia ambiental que abranger as reas

    de sade integral, sistemas agroflorestais, manejo

    florestal, alternativas de produo e verticalizao

    econmica, ecoturismo e colocao de produtos

    no mercado.

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    A busca da certificao do Plano de Manejo

    de Uso Mltiplo e de Reflorestamento deve ser

    um dos objetivos a ser alcanado.

    Contexto dos projetos em desenvolvimentoNa linha 14 vem sendo desenvolvido um

    projeto onde foi recentemente implantado

    um cafezal com 100 mil ps. Esse projeto en-

    contra-se em fase de implantao, estando no

    momento com dificuldades relativas irrigao,sendo que para o seu plantio a terra foi pre-

    parada com mecanizao e foram utilizados

    adubos qumicos, seguindo a regra geral para

    plantios comerciais convencionais.

    Nesse projeto da linha 14, no h consrcio

    com outras culturas, nem se seguiu recomen-

    daes bsicas sobre conservao de solos, tais

    como cobertura morta e curva de nvel, o que

    alm de garantir menor perda de nutrientes,

    amenizaria o dficit hdrico. Dessa forma, deve-

    ro ser acrescentadas ao projeto novas culturas,

    compatveis com o caf, que possam diversificar

    a produo; dando uma maior estabilidade ao

    sistema. As prticas necessrias sua melhoria

    sero repassadas na Escola agroambiental e no

    prprio projeto.

    Na linha 11, existe o projeto do Programa

    de Apoio s Atividades Produtivas Agropecu-

    rias em Terras Indgenas, desenvolvido pelo

    Ministrio da Agricultura. Esse projeto encon-

    tra-se em fase de desenvolvimento inicial comatividades de produo de matrias-primas para

    fabricao sustentada de rao para peixes,

    criao de gado e de peixes. O projeto no tem

    sido devidamente acompamhado pela Emater,

    que ficou responsvel por sua assistncia tcni-

    ca e no tem feito nada, tanto que a barragem

    arrebentou. Neste sentido faz-se necessria a

    reconstruo da barragem e a aquisio de

    alevinos, pois esta uma base alimentar tradi-

    cional do povo Surui, quando vivia as margens

    do rio Branco.

    Cultura

    Promoo e difuso culturalA criao do Centro de Cultura e Tecnologia Pai-

    ter dever prestar suporte ao desenvolvimento de

    atividades de valorizao da cultura indgena. Nesse

    local sero feitas exposies de arte indgena para

    recepo do pblico em geral, cursos com progra-

    maes pr-definidas e recebimento de turistas que

    passam pela regio.Como forma de prestar maior suporte s ativida-

    des, sero desenvolvidos produtos visuais que valo-

    rizem sua lngua, seus mitos, tradies e rituais, tais

    como: camisetas, cartes postais, livros e outros ma-

    teriais, que podero ser vendidos no prprio centro.

    Ser criado um stio na Internet para veiculao de

    informaes relativas cultura.

    Arte material indgenaA arte indgena permeia todo o universo dos Pai-

    ter, que buscam resolver o simples com qualidade,

    dispondo apenas do que a natureza lhes oferece.

    Um programa de apoio ao desenvolvimento do ar-

    tesanato dos Povos Indgenas de Rondnia deve ser

    construdo em Riozinho, anexo Metareil, que dar

    suporte aos trabalhos com a colocao da arte - ma-

    terial que se destinar ao comrcio.

    Manejo agroambiental sustentvelOs Paiter tm procurado o desenvolvimento de

    atividades que supram os recursos financeiros neces-srios ao atendimento de demandas que vo alm da

    simples subsistncia. Assim, devem ser desenvolvidos

    projetos que ajudem a criar essas alternativas que de-

    vero ser planejadas com mais cuidado e oramento

    adequado para garantir o sucesso de suas aes.

    O Plano de Manejo Florestal de Uso Mltiplo e

    de Reflorestamento da Terra Indgena deve ter o

    acompanhamento de engenheiro florestal e deve ser

    implementado pelos indgenas.

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    Sustentabilidade econmica

    Suporte tcnico

    A procura de alternativas econmicas sustentveis, para

    que se tenha xitos, exige conhecimentos tcnicos dos re-

    cursos naturais como solos, espcies adaptadas, doenas,

    pragas e outros. No processo de produo agroflorestal e

    animal, mesmo de forma extensivas, necessrio que se

    tenha o mnimo de aplicao e orientao tcnica.

    Agregao de valores agroindustriais

    A venda de matria bruta explorada da natureza tem

    sido a prtica mais comum das populaes rurais de baixa

    renda. A manufatura da produo rural acrescenta valor

    monetrio de forma exponencial. Essa estratgia deve ser

    acompanhada de uma capacitao nas tcnicas de produ-

    o e conhecimento de mercado, na busca de preo justo

    para a produo indgena.

    Estratgias de marketingO marketing tem um poder mgico na determinao do

    interesse do consumidor por um produto. A embalagem e

    meios de divulgao de um determinado produto indgena

    fundamental para o sucesso do empreendimento. A criao

    de uma marca que identifique o produto Paiter agregar

    valor produo.

    Explorao e estabelecimento de mercado

    Deve-se buscar contratar um consultor de mercado, que

    possa promover a articulao e o contato dos indgenas com

    os produtores e consumidores, para que possam ter com-pradores de seus produtos que valorizem a cultura indgena.

    Estudo de sustentabilidade interna e externa de mercado

    Uma vez conquistado um mercado em determinada

    rea, importante ter uma perspectiva de curto, mdio e

    longo prazo dos outros produtores que competem no mes-

    mo mercado, mesmo a nvel internacional.

    A contratao de uma consultoria que possa fazer esses

    estudos necessria para que os Paiter possam garantir

    mercado aos seus produtos.

    O projeto precisa passar por uma

    readequao completa de seus obje-

    tivos e tecnologia de implementao,

    pois, assim como no projeto da linha

    14 o projeto carece de tecnologias

    de conservao de solos, adubao

    sustentvel e composio de sistemas

    agroflorestais mais diversificados e

    estveis.

    Estabilizao dos stios de

    produo de alimentosA situao atual dos stios de pro-

    duo de alimentos em terras indge-

    nas apresenta um sistema dependente,

    desestruturado, de baixa diversidade

    gentica quantitativa e qualitativa,

    sem planejamento e que se exaure em

    pouco tempo, sendo necessria uma

    grande rotatividade de stios.

    O uso de metodologias agroa-

    bientais de produo de alimentos,

    com baixo impacto ambiental e efetiva

    sustentabilidade, busca valorizar, refor-

    ar e resgatar os bancos de sementes,

    aumentando a variabilidade e estabe-

    lecendo um fluxo mais estvel na pro-

    duo de alimentos ao longo do ano.

    Aqui os roados sero estabelecidos

    por mais tempo estando sujeitos aos

    processos agro-florestais para o stiode uso, atravs do emprego autosus-

    tentado da fertilizao e conservao

    de solos.

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    Sustentabilidade Ambiental

    Valorizao culturalO investimento em atividades que promovam

    a realizao de rituais e formas tradicionais devem

    pautar todas as atividades do plano de gesto.

    Correo das atividades degradantes

    adquiridas

    Todas as atividades agro-silvopastoris que vmsendo desenvolvidas na Terra Indgena devero

    passar por uma anlise e adequao. Aos projetos

    devem ser agregados condicionantes de conserva-

    o de solos e umidade, critrios de sucesso para

    sistemas agro-florestais, adubao sustentada e

    outras prticas que contribuam com sua melhoria

    produtiva e maior rentabilidade financeira.

    Uso sustentado de recursos naturaisDiversas idias podem aqui se encaixar de for-

    ma a encontrar solues inovadoras, habilmente

    arquitetadas em parcerias exeqveis. Esses pro-

    jetos de forte interao ambiental (dependncia

    pelo meio ambiente) geram interlocutores am-

    bientais indgenas, que estaro preparados para

    discutir e raciocinar a dimenso ambiental.

    necessria a elaborao de um banco de

    informaes que nos permita, em curto, prazo

    estabelecer um diagnstico sobre as potencialida-

    des de implementao de modelos sustentveis

    de uso desses recursos e seus benefcios comrelao alimentao, sade e conservao

    ambiental.

    Criao de abelhasA Funai j desenvolve o programa Criao de

    Abelhas Nativas em Terras Indgenas, sendo esta

    uma estratgia bsica para a formao de am-

    bientalistas da prpria comunidade que estaro

    entre os principais interlocutores para a discusso

    da temtica ambiental e construo participativa

    de alternativas sustentveis de sobrevivncia.

    O apoio criao de abelhas nativas deve ser

    uma das metas a serem devolvidas pelo Plano deGesto, desde sua criao colocao no merca-

    do do produto com a marca Paiter.

    Viveiros florestais/reflorestamentoA iniciativa do desenvolvimento da atividade

    agroflorestal cria uma grande demanda por mu-

    das de plantas frutferas para a composio dos

    sistemas de manejo. A produo sustentada das

    mudas na prpria aldeia deve ser incentivada, pois

    alm da economia considervel, tanto na aquisi-

    o quanto no transporte das mudas, teremos em

    funcionamento constante uma sala de aula espe-

    cial para o processo de conscientizao ambiental.

    Os Paiter tem como meta plantar um milho

    de rvores e implantar pequenos viveiros em

    todas as aldeias que devero atuar de forma des-

    centralizada, com a produo de parte das mudas

    no espao familiar.

    Outra objetivo disponibilizar mudas de rvo-

    res para serem plantadas junto aos colonos, fora

    do territrio indgena, iniciando o projeto com oplantio s margens dos igaraps e rios para recu-

    perar a mata ciliar.

    Essa ao ter carter educativo, para que os

    fazendeiros e pequenos produtores rurais possam

    recuperar a mata ciliar, proteger os recursos hdri-

    cos e cumprir a meta de ter 50% da reserva legal

    recuperada como diz o cdigo florestal.

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    Proteo, recuperao ambiental e benefciosOs ecossistemas florestais so os principais

    pontos afetados pela retirada seletiva de madeiras

    e pela garimpagem. O sistema de produo de

    alimentos tambm d sua contribuio, mesmo

    que em menor escala, pois sua grande rotativi-

    dade, aliada a pequenos estoques de recursos

    ambientais para implantao dos stios, acaba

    por no permitir a recuperao do stio antigo em

    tempo hbil para a sua reutilizao.As roas podem e devem ser mais permanen-

    tes. Precisamos construir uma nova concepo

    sobre agroecossistema e sucesso vegetal, de-

    monstrando a possibilidade de explorao conti-

    nuada dos stios ao longo de perodos mais exten-

    sos, onde as necessidades scioambientais futuras

    estejam contempladas.

    Devido inoperncia do Estado, urgente

    que os Paiter construam seu prprio sistema de

    proteo ambiental, onde possam estabelecer um

    Plano de Proteo do territrio indgena, no qual

    os indgenas sejam os agentes ambientais, tendo

    o controle de seu patrimnio.

    Proteo territorial: vigilncia e fiscalizaoDeve-se dar grande importncia a essas aes.

    As aes de vigilncia e fiscalizao no se susten-

    tam e acabam por sofrer interrupes desastrosas.

    necessrio que o sistema esteja devidamente

    sustentando economicamente em uma matriz

    mais completa, onde se produzem recursos quese destinem a essa finalidade.

    Aqui, o que se prope capacitar os agentes

    ambientais indgenas para atuarem na vigilncia

    de seu territrio, tendo a infra-estrutura necess-

    ria para agirem, tais como: capacitao, criao

    de postos de vigilncia, material e veculos para

    defenderem o meio ambiente.

    Sistemas agroflorestais (SAFs)Com a implantao dos viveiros teremos con-

    dies de priorizar a implantao de SAFs nas

    aldeias.

    ExtrativismoA exausto dos recursos extrativistas na regio,

    devido ao desmatamento, faz com que seja ne-

    cessrio a implantao de sistemas de produo

    extrativistas, com o plantio de mudas nativascomo de tucum, inaj, que so utilizados nas

    artes indgenas.

    Educao ambientalA educao ambiental deve ser desenvolvida

    nas aldeias, trazendo entendimento e apropriao

    de novas tcnicas.

    Novos hbitosCom o desenvolvimento do Plano de Gesto,

    ser necessrio se adequar s novas formas de

    produo, o que no significa deixar de lado o

    sistema tradicional.

    A valorizao da unidade familiar de produo

    e comrcio ser incentivada, valorizando a tra-

    dio de cooperao para trabalho de produo

    comunitria.

    Parte importante da sustentabilidade social

    ser garantida se forem colocadas, de forma clara

    e concisa, quais as responsabilidades individuais

    e coletivas com a conduo e adequao do pro-grama.

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    Negociao de benefcios da dvida ambiental

    ICMS EcolgicoDeve-se trabalhar polticas pblicas para que os re-

    cursos do ICMS Ecolgico que vo para o municpio de

    Cacoal sejam repassados para a organizao indgena.

    Esta dever aplic-los na defesa de suas terras. Uma vez

    conquistada essa etapa, cabe reivindicar a contrapartida

    dos governos municipais em relao a esse benefcio,

    obtido por efeito da terra indgena.

    Mecanismo de desenvolvimento limpoInstrumento da Conveno Quadro de Mudanas

    Climticas da Organizao das Naes Unidas (ONU)

    outro espao a ser negociado com grande capacidade de

    propor meios de no emisso de CO2, tendo a biomassa

    da terra indgena protegida como sumidouro desse gs.

    Essa fonte de negociao ja se faz presente em unidades

    de conservao da Costa Rica e Bolvia. Um bom traba-

    lho de articulao pode fazer-nos avanar na valoraoda floresta amaznica, principalmente nas terras indge-

    nas.

    A proposta buscar parcerias para desenvolver aes

    que garantam a manuteno da floresta em p e o pa-

    gamento de servios ambientais por essa proteo, alm

    de apoio para saber a valorao e o beneficio adquiridos

    com essa ao.

    BiodiversidadePreocupados com a evaso de recursos genticos das

    terras indgenas e do conhecimento de uso associadodesenvolvido imemorialmente pelas sociedades nelas

    existentes, precisamos desenvolver um programa de

    conservao da biodiversidade. Para tanto, necessrio

    resgatar as prticas tradicionais de conservao e uso de

    recursos genticos e ecossistemas endmicos.

    A busca de parcerias com a Embrapa, organizaes

    no-governamentais e instituies de pesquisa para o

    conhecimento e preservao da biodiversidade local e a

    capacitao de indgenas para atuarem no desenvolvi-

    mento de pesquisa e proteo da fauna, flora e recursos

    hdricos uma das metas deste plano.

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    Habitaes e construesindgenas adaptadas

    A habitao adequada condio inicial para

    o estabelecimento da melhoria da qualidade de

    vida. Buscando uma linha no desenvolvimento de

    projetos sustentveis de baixo custo e impacto

    ambiental reduzido, importante a realizao de

    trabalhos que permitam o uso sustentado de tec-

    nologias de construo alternativas com o uso dobambu e outros materiais de fcil sustentao.

    As aldeias no devem perder toda sua origina-

    lidade e tradio de construo, pois como no

    mais falar a lngua materna, no saber da sua pr-

    pria histria. Podemos misturar nas construes

    indgenas materiais mais adequados, respeitando

    sempre o saber indgena e a beleza da forma de

    suas malocas.

    No menos importante a demanda por cerca

    para pastagens, quintais, roas e pomares, bem

    como a necessidade de diversas outras constru-

    es.

    Para diminuir a demanda por recursos pre-

    dominantemente utilizados como cerca, existem

    diversas possibilidades de substituio, como, por

    exemplo cercas vivas.

    Ao longo do tempo, temos visto o abandono

    gradativo de construes de maior sustentabi-

    lidade que as atuais, que so procuradas pela

    facilidade de realiz-las em tempos de recursos

    fceis. Assim, recomenda-se o uso de materiaisoriginrios de palmeiras diversas e outros tradicio-

    nalmente mais disponveis.

    H a necessidade de resgatar a arquitetura

    tradicional com algumas modificaes, sendo im-

    portante a criao de um programa de moradia,

    onde parte dos materiais e mos-de-obra sero

    fornecidas pelos Paiter.

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    Infra-estrutura operacionalnecessria

    As aldeias carecem de infra-estrutura,

    que viabilizem suas atividades e dem

    sustentabilidade a suas aes.

    Para cada programa deve-se ter um

    planejamento da infra-estrutura ne-

    cessria. Listamos abaixo algumas das

    necessidades gerais que, alm de contri-buir para uma meta, complementar a

    outras aes.

    Para a vigilncia 02 Toyota 4x4 cabine dupla

    02 Toyota 4x4 cabine dupla com

    carroceria fechada

    12 motocicletas para vigilncia

    preventiva

    Construo de 03 Postos de

    Vigilncia- PIV

    Aquisio de material de utilidade

    domstica para os PIVs

    Mobilirio para os PIVs

    12 GPS

    03 lap top

    03 Placas solares

    Meios e vias de transporte

    Construo e manuteno de estradas de usoexclusivo indgena

    A construo e a manuteno de estradas de uso

    exclusivo indgena de responsabilidade de todos os

    governos. Do federal com o DNIT; do estadual com o

    DER; as brigadas e consrcios; as secretarias munici-

    pais de transporte.

    A construo de estradas que se destinam a fo-mentar atividade ilegal de explorao de qualquer

    recurso natural devem ser proibidas. As que se des-

    tinam s ligaes das aldeias, entre si e com seus

    sistemas de produo de alimentos, devem ser incen-

    tivadas.

    As estradas j existentes carecem de recuperao

    e terraplanagem para suportar o perodo chuvoso.

    Sistema de transporteO sistema de transporte na Terra Paiter precrio.

    Hoje so utilizados o veculo da Funai que atende

    rea de vigilncia e fiscalizao, um caminho velho

    que atende produo e um veculo da Funasa que

    atende rea de sade. Porm, todos esses de vecu-

    los esto em pssimo estado de conservao.

    Os Paiter necessitam veculos prprios que aten-

    dam s necessidades de transporte de produo na

    poca adequada, de veculo para atuar na proteo

    preventiva e de veculo para atender sade nos mo-

    mentos de emergncias, j que os da Funasa sempre

    chegam na aldeia atrasados.

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    Para a produo 02 Caminhes para transporte da

    produo

    1 Trator potente com carreta e lmina

    frontal para reparos em estradas

    1 Trator pequeno com carreta

    20 Carroas para cavalo

    20 Galpes para guardar a produo

    02 trilhadeiras de gros 02 beneficiadoras de caf

    20 terreiros

    03 Piscicultura

    Ferramentas agrcolas

    40 Carrinhos de mo

    01 barco de alumnio 8 mts

    01 motor de popa 15 hp

    Material para os viveiros

    Para educao Construo de escolas nas aldeias

    Construo da universidade e seu

    campus

    Construo de 01 biblioteca indgena

    Construo da escola agroambiental

    Aquisio de equipamentos de

    informtica para as escolas e

    universidade

    Aquisio de equipamentos escolares

    e livros na rea de meio ambiente e

    educao indgena

    Para valorizar a cultura Construo do Centro de

    cultura e tecnologia Paiter

    Construo do Centro de

    Vivncia Cultural

    Construo do local em

    Riozinho para expor o material

    cultural e venda dos produtos

    indgenas

    Para melhorar a via detransporte

    Construir e recuperar as

    estradas de acesso s aldeias

    Para melhorar a arquitetura dascasas nas aldeias/saneamentobsico

    Construir casas de moradia,

    buscando respeitar a arquitetura

    indgena aliada a materiais de

    construo no-indgena

    Construir malocas em todas

    as aldeias para fazer reunies e

    receber visitantes

    Construir locais apropriados

    para banho e sanitrios

    Construir sistema de tratamento

    de gua e esgoto nas aldeias

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    Matriz energtica

    BiodigestoresCapacitar e preparar os indgenas para utilizar

    biodigestores.

    Energia eltricaExistem cinco aldeias que precisam ser atendi-

    das pelo programa de energia eltrica.

    Novas possibilidades energticas

    Motor multicombustvelExiste hoje no mercado tecnologia para a fa-

    bricao de leo de amndoas de babau e outras

    palmeiras em pequena escala, que poder servir

    como combustvel de motores multicombustvel.

    Esse mercado deve ser alcanado pelos Paiter,

    j que existem muitas palmeiras de babau na

    Terra Indgena.

    Energia hidrulicaNos processos de irrigao com tecnologias

    sustentveis, as rodas dgua e carneiros devero

    ser priorizados, pois o custo reduzido e se con-

    segue grande eficincia para pequenas reas.

    Energia solarDentre as formas de energia limpa, podemos

    destacar o uso da energia solar que poder se

    adequar a diversas atividades e demandas dosPaiter. Seu custo inicial no to grande e as ma-

    nutenes reduzidas, sendo uma excelente opo

    principalmente em pocas de maior vero.

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    SustentabilidadeSciocultural

    Valorizao e resgate cultural em diversas

    reas do conhecimento

    Capacitao em diversas reas temticas

    Melhoria da qualidade de vida

    Adequao das novas atividades cultura

    indgena

    Adaptao de costumes s novas atividades

    Educao agroambiental para leitura e

    entendimento de novas tcnicas

    Valorizao da unidade familiar de produo

    e uso recursos ambientais

    Sistema de cooperao comercial Planejamento e execuo autnoma de

    projetos

    Responsabilidade individual e coletiva com a

    conduo e adequao do programa

    Realizao de um festival cultural

    Critrios de Sustentab

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    SustentabilidadeAmbiental

    Integridade fsica e territorial da Terra Indgena

    Manejo sustentvel de recursos naturais

    Resgate e promoo das formas tradicionais

    de uso dos recursos naturais

    Correo das atividades degradantes

    adquiridas

    Reflorestamento

    SustentabilidadeTcnica

    Suporte tcnico de assessoria e consultoria

    Formao de tcnicos indgenas

    SustentabilidadeEconmica

    Estratgias de marketing e verticalizao da

    produo

    Anlise de mercado a curto e mdio prazo

    Convnios e outras formas de parceria

    Fundo rotativo de gesto da floresta Paiter

    Avaliao do plano deve ocorrer de trs

    em trs anos como forma de anlise dos

    resultados e apontamento futuros

    ade

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    Avenida JK, n 5217, RiozinhoCacoal/RO Cep: 78.980-000

    Tel/Fax: (69) 344 3-2714orggamebey@gmail com

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