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1ª Série – 2015 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 1 1 LÍNGUA PORTUGUESA Questões de 01 a 20 Leia, com atenção, o Texto I, “ Cést la Guerre!”, de Carlos Heitor Cony, publicado em Antologia de Crônicas, org. Herberto Sales, 3ª ed., São Paulo, para responder às questões de 01 a 08. “C’est la Guerre!” Minhas relações com as Matemáticas nunca foram boas - e exagero ao falar em Matemáticas, no plural e na maiúscula. Nem mesmo a elementar aritmética privou de muita intimidade com meu impenetrável cérebro. Por todos os chamados bancos escolares que lustrei em minhas andanças, sempre deixei a merecida fama de refratário aos números, às operações, às frações e às regras de três. Não cito os logaritmos porque seria um escárnio de minha parte mencionar tais entidades. Não morri de fome pelas sarjetas - como um certo professor um dia profetizou, mas tenho passado vexames abomináveis e tido irrelevantes prejuízos nos trocos. Nada mais do que isso. Paralela ao meu desamor pelas matemáticas, ou fruto dele, surgiu uma babosa admiração pelas máquinas capazes de fazer aquilo que não sei nem posso fazer. Não admiro um guindaste, nem um trator - sei que são máquinas movidas por cavalos-vapor, e sei o que seja um cavalo e imagino o que seja um cavalo em forma de vapor de energia. Mas diante de uma simples máquina de somar, tremo os joelhos de emoção e respeito. Já não falo dos cérebros eletrônicos, esses monstros capazes de calcular eclipses, marés, trajetórias planetárias e de jogar xadrez. Não jogo xadrez e pouco ligo para as trajetórias planetárias e para os eclipses. Sei que os cérebros eletrônicos são capazes até de fazer poemas, o que não conta no saco de seus infindáveis méritos: muito cara-de- pau por aí, muito cérebro ruim também é capaz de fazer poemas, e os poemas terminam em antologias e o cérebro na Academia. Mas voltemos às matemáticas. No outro dia tive babosa admiração não pela máquina de somar, mas por mim mesmo. Deu-se que fui pagar umas contas, dessas contas pequeninas e complicadas que não desprezam os desprezíveis centavos cujo epitáfio o bardo Drummond magistralmente cantou há dias. A fila do guichê era enorme e para ganhar tempo arrisquei fazer a soma dos meus incontáveis débitos. Chegaria ao guichê com o cheque já preenchido e evitaria a justa animosidade dos que esperavam a vez. Apanhei um papel qualquer, escrevi as parcelas com o máximo escrúpulo, tomei coragem e iniciei a soma. Obtive um resultado e ia apelar para uma rígida revisão das contas quando a fila andou e eu tive de andar. Preenchi o cheque e de repente fiquei alarmado: e se a conta estivesse errada? O caixa faria péssimo juízo do meu caráter e os companheiros da fila teriam redobrada razão para me mandarem ao diabo no recôndito de seus ódios e pressas. Eis que o homem do guichê apanhou meus papéis, foi registrando números naquela máquina insignificante, bateu numa tecla achatada e vermelha, puxou uma manivela, a máquina fez um rangido, os mecanismos atritaram lá dentro, e surgiu no mostrador um número que, por espantosa coincidência, era o mesmo que eu havia obtido sem teclas, sem manivelas e sem mecanismos outros que não os do meu parco saber.

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1ª Série – 2015 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA

SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 1 1

LÍNGUA PORTUGUESA – Questões de 01 a 20 Leia, com atenção, o Texto I, “Cést la Guerre!”, de Carlos Heitor Cony, publicado em Antologia de Crônicas, org. Herberto Sales, 3ª ed., São Paulo, para responder às questões de 01 a 08.

“C’est la Guerre!”

Minhas relações com as Matemáticas nunca foram boas - e exagero ao falar em Matemáticas, no plural e na maiúscula. Nem mesmo a elementar aritmética privou de muita intimidade com meu impenetrável cérebro. Por todos os chamados bancos escolares que lustrei em minhas andanças, sempre deixei a merecida fama de refratário aos números, às operações, às frações e às regras de três. Não cito os logaritmos porque seria um escárnio de minha parte mencionar tais entidades. Não morri de fome pelas sarjetas - como um certo professor um dia profetizou, mas tenho passado vexames abomináveis e tido irrelevantes prejuízos nos trocos. Nada mais do que isso.

Paralela ao meu desamor pelas matemáticas, ou fruto dele, surgiu uma babosa admiração pelas máquinas capazes de fazer aquilo que não sei nem posso fazer. Não admiro um guindaste, nem um trator - sei que são máquinas movidas por cavalos-vapor, e sei o que seja um cavalo e imagino o que seja um cavalo em forma de vapor de energia. Mas diante de uma simples máquina de somar, tremo os joelhos de emoção e respeito. Já não falo dos cérebros eletrônicos, esses monstros capazes de calcular eclipses, marés, trajetórias planetárias e de jogar xadrez. Não jogo xadrez e pouco ligo para as trajetórias planetárias e para os eclipses. Sei que os cérebros eletrônicos são capazes até de fazer poemas, o que não conta no saco de seus infindáveis méritos: muito cara-de-pau por aí, muito cérebro ruim também é capaz de fazer poemas, e os poemas terminam em antologias e o cérebro na Academia.

Mas voltemos às matemáticas. No outro dia tive babosa admiração não pela máquina de somar, mas por mim mesmo. Deu-se que fui pagar umas contas, dessas contas pequeninas e complicadas que não desprezam os desprezíveis centavos cujo epitáfio o bardo Drummond magistralmente cantou há dias. A fila do guichê era enorme e para ganhar tempo arrisquei fazer a soma dos meus incontáveis débitos. Chegaria ao guichê com o cheque já preenchido e evitaria a justa animosidade dos que esperavam a vez.

Apanhei um papel qualquer, escrevi as parcelas com o máximo escrúpulo, tomei coragem e iniciei a soma. Obtive um resultado e ia apelar para uma rígida revisão das contas quando a fila andou e eu tive de andar. Preenchi o cheque e de repente fiquei alarmado: e se a conta estivesse errada? O caixa faria péssimo juízo do meu caráter e os companheiros da fila teriam redobrada razão para me mandarem ao diabo no recôndito de seus ódios e pressas.

Eis que o homem do guichê apanhou meus papéis, foi registrando números naquela máquina insignificante, bateu numa tecla achatada e vermelha, puxou uma manivela, a máquina fez um rangido, os mecanismos atritaram lá dentro, e surgiu no mostrador um número que, por espantosa coincidência, era o mesmo que eu havia obtido sem teclas, sem manivelas e sem mecanismos outros que não os do meu parco saber.

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LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 1ª Série – 2015

2 GABARITO 1 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

Sim, minhas pernas tremeram de emoção. Olhei a máquina do homem como um aliado, “aí está uma coisa que reconhece o que valho”, e saí para a rua, leve, a alma em festa. Einstein, ao ver confirmada pelo eclipse de 1927 a sua teoria restrita da relatividade, deve ter sentido o que senti naquele momento.

Euclides, Newton, Descartes - cheguei! Custei mas cheguei. Daqui em diante, surgiu um concorrente sério. Tremei em vossas covas que lá vou eu. Por ora, vou exercitar-me honestamente nas contas de subtração. Depois - é a guerra.

1) O objetivo comunicativo principal do autor da crônica é:

a) destacar a importância das máquinas no mundo atual. b) criticar as dificuldades impostas pela matemática à vida moderna. c) justificar a necessidade de se possuir uma máquina de calcular. d) relatar suas experiências com o mundo matemático.

2) O evento principal que DESENCADEIA a sequência narrativa na crônica de

Cony é:

a) o vexame sofrido pelo cronista por desconhecimento da matemática. b) a situação vivida pelo cronista na fila do banco. c) a reflexão sobre os cérebros eletrônicos e seus poderes. d) o comportamento do homem do guichê no banco.

3) Leia, com atenção, o trecho abaixo:

“Não morri de fome pelas sarjetas - como um certo professor um dia profetizou, mas tenho passado vexames abomináveis e tido irrelevantes prejuízos nos trocos. Nada mais do que isso.” (1o parágrafo)

A leitura do fragmento acima PERMITE inferir que saber matemática, isto é, o conhecimento dessa ciência:

a) deixa as pessoas vulneráveis a situações embaraçosas. b) ajuda as pessoas nas situações rotineiras da vida. c) evita perdas irreparáveis nos negócios das pessoas. d) é, dentre outros conhecimentos, o mais valorizado pela escola.

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1ª Série – 2015 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA

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4) Leia novamente: “(...) sempre deixei a merecida fama de refratário aos números, às operações,

às frações e às regras de três.” (1o parágrafo)

A palavra destacada acima, refratário, pode ser substituída, sem perda substancial de sentido, por:

a) maleável. b) resistente. c) teimoso. d) inábil.

5) Leia novamente:

“Euclides, Newton, Descartes - cheguei! Custei mas cheguei. Daqui em diante, surgiu um concorrente sério. Tremei em vossas covas que lá vou eu.” (último parágrafo)

No trecho destacado acima, o cronista assume uma atitude de:

a) cumplicidade. b) desprezo. c) desafio. d) raiva.

6) No final do 2º parágrafo, o autor exclui, da lista dos méritos dos cérebros

eletrônicos, a capacidade de fazerem poemas. Para justificar essa exclusão, o

autor afirma que:

a) os poemas criados são de péssima qualidade. b) os cérebros eletrônicos não recebem honrarias da Academia. c) não é preciso ser gênio para criar poemas. d) pessoas são muito melhores do que máquinas para fazer poemas.

7) O provérbio que MELHOR expressa a resolução do conflito, na crônica, pode

ser:

a) Casa de ferreiro, espeto de pau. b) Quem semeia ventos colhe tempestade. c) Quem não tem cão caça com gato. d) Quem ama o feio bonito lhe parece.

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4 GABARITO 1 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

8) Leia o fragmento a seguir: “Por ora, vou exercitar-me honestamente nas contas de subtração.” (último parágrafo)

O enunciado destacado acima indica que o autor:

a) treinará operações de subtração sem usar calculadora. b) será um dedicado aprendiz de matemática a partir de então. c) resolverá outros exercícios que envolvam a subtração. d) vai disputar, sem trapaças, o lugar de Newton, Euclides e Descartes.

9) "Foi ao cinema, comprou o ingresso, mas não conseguiu entrar". A última oração

é coordenada sindética:

a) aditiva b) adversativa c) alternativa d) conclusiva

10) ''_______________ o direito de viver livre da fumaça alheia seja garantido por

lei, psicólogos e especialistas no combate ao fumo afirmam que os incomodados estão certos ao substituir um confronto direto pela intervenção de um mediador.'' Para que a oração que inicia o período acima seja caracterizada pela circunstância de concessão, a lacuna somente poderá ser preenchida por:

a) Desde que b) Embora c) Como d) Tanto quanto

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Atenção: As questões de números 11 a 13 baseiam-se na bula apresentada abaixo.

11) A parte principal do texto está

a) no aviso sobre manter o medicamento longe das crianças. b) nas informações básicas, necessárias ao paciente. c) nas possíveis reações adversas ao tratamento. d) no fato de a embalagem conter 30 comprimidos revestidos.

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LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 1ª Série – 2015

6 GABARITO 1 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

12) O texto informa claramente que

a) o remédio tem validade de 3 anos, a partir da data de sua fabricação. b) foram comprovados riscos à saúde durante uma possível gravidez. c) o médico deverá ser informado das condições de conservação após o

tratamento. d) o prazo de validade do medicamento é indeterminado, sob certas

condições. 13) O texto tem por objetivo

a) divulgar os bons resultados obtidos por um determinado remédio. b) insistir na necessidade de sempre respeitar as ordens médicas. c) identificar o laboratório responsável pela fabricação de remédios. d) orientar usuários para o correto consumo de um medicamento.

Atenção: As questões de números 14 a 16 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

Importância da Norma Culta

Diálogo difícil do professor de Português com os alunos é convencê-los a falar e a escrever conforme as normas da língua culta.

Para muitos representam esses padrões uma imposição das classes dominantes e devem ser, como outras formas de opressão, abolidos, em benefício do sofrido povo brasileiro.

Existe em tal argumentação uma convergência de elementos heterogêneos. Ressalva-se, de logo, que a língua, toda língua, é sempre uma propriedade coletiva, um bem socializado, um patrimônio nacional. Nenhuma classe é donatária exclusiva do idioma.

Mas a grande confusão está mesmo no entendimento deficiente do processo de comunicação. Vivendo em comunidade, todo falante é naturalmente entendido pelos parentes. Há, porém, outros estratos na vida social: a escola, a igreja, o clube, o trabalho que proporcionam momentos informais e formais. O falante civilizado não deve se expressar, em toda parte, em todo momento, com a linguagem da tribo ou do clã. Seria uma inadequação a ser repelida pela sociedade como um comportamento inconveniente.

Ao instruir o estudante no manejo oral e escrito das modalidades cultas não está o professor de Português impondo-lhe um código arbitrário, mas simplesmente habilitando-o a que, em qualquer situação, possa utilizar o extraordinário instrumento que é uma língua de civilização.

O conhecimento do idioma é então necessário como o de outras normas de convivência social.

Se não aceitam as normas de educação, de higiene, de trânsito etc., o recurso é o retorno às selvas. Mas, ainda nesse caso extremo, porque o homem não vive isolado, sempre haverá alguma regra a ser seguida.

O acesso à língua culta, por ser esta uma certidão de cidadania, constitui-se numa aspiração legítima. Cumpre ao professor de Português assegurar a seus alunos esse direito.

CARVALHO, Jairo Dias de – Jornal dos Sports – 20/11/1992. (TEXTO ADAPTADO)

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14) Segundo o texto, o conhecimento do idioma, em seus diferentes registros, é:

a) Previlégio das classes de maior poder econômico. b) Imposição tanto das classes dominantes quantos dos professores de

Português. c) Fator tão importante quanto quaisquer outras normas sociais. d) Necessidade menos relevante do que algumas regras de convivência

social.

15) O autor afirma, no 3º parágrafo, que existe uma “convergência de elementos heterogêneos”. Assinale a opção que apresenta equivalência semântica com essa expressão:

a) influência de elementos semelhantes para fins variados. b) mistura de diversos elementos para fins variados. c) divisão de vários elementos para o mesmo fim. d) concorrência de elementos diversos para o mesmo fim.

16) O texto aponta-nos algumas razões relativas à dificuldade de diálogo entre o professor de Português e os alunos. Assinale a opção que identifica, na visão do autor, a razão fundamental para essa dificuldade:

a) imposição das classes dominantes. b) falha no entendimento do processo de comunicação. c) fragilidade das normas de convivência social. d) pouca familiaridade dos alunos com os autores clássicos.

17) A lacuna que pode ser preenchida pela expressão "ainda que" é a da alternativa:

a) A divulgação de alguns fatos é necessária ______ eles sejam chocantes. b) As notícias divulgadas pelos jornais contribuem para formar a opinião

pública ______ sejam fidedignas. c) O comentário de um fato da atualidade orienta o público ______ for objetivo. d) A análise dos fatos conduz à formulação de opiniões ______ seja clara e

compreensível.

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LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 1ª Série – 2015

8 GABARITO 1 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

18) ...... seja promovida, ela dará uma festa, ...... ninguém ponha em dúvida seu sincero e imediato reconhecimento. A frase acima ganha sentido lógico e completo preenchendo-se as lacunas, respectivamente, com as expressões:

a) Tão logo - mesmo que b) Mesmo que - para que c) Embora - a fim de que d) Ainda que não - tão logo

19) "Podem acusar-me: estou com a consciência tranquila." Os dois-pontos (:) do

período acima poderiam ser substituídos por vírgula, explicitando-se o nexo entre as duas orações pela conjunção:

a) portanto b) e c) como d) pois

20) Em “O computador não esta funcionando, não obstante tenha acabado de chegar do conserto”, a oração destacada expresa relação lógico-semântica de:

a) Causalidade b) Concesão c) Consecução d) Finalidade

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LITERATURA – Questões de 21 a 40

21) Leia o poema a seguir:

Lira XIX

Enquanto pasta alegre o manso gado, Minha bela Marília, nos sentemos À sombra deste cedro levantado.

Um pouco meditemos Na regular beleza,

Que em tudo quanto vive, nos descobre

A sábia natureza.

Atende, como aquela vaca preta O novilhinho seu dos mais separa,

E o lambe, enquanto chupa a lisa teta. Atende mais, ó cara, Como a ruiva cadela

Suporta que lhe morda o filho o corpo, E salte em cima dela.

Repara, como cheia de ternura Entre as asas ao filho essa ave

aquenta, Como aquela esgravata a terra dura,

E os seus assim sustenta:

Como se encoleriza, E salta sem receio a todo o vulto,

Que junto deles pisa.

Que gosto não terá a esposa amante, Quando der ao filhinho o peito brando,

E refletir então no seu semblante! Quando, Marília, quando Disser consigo: “É esta

“De teu querido pai a mesma barba, “A mesma boca, e testa.”

Que gosto não terá a mãe, que toca, Quando o tem nos seus braços, c’o

dedinho Nas faces graciosas, e na boca

Do inocente filhinho! Quando, Marília bela,

O tenro infante já com risos mudos Começa a conhecê-la!

Que prazer não terão os pais ao verem

Com as mães um dos filhos abraçados;

Jogar outros a luta, outros correrem Nos cordeiros montados! Que estado de ventura!

Que até naquilo, que de peso serve, Inspira Amor, doçura.

(GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. Rio de Janeiro: Ediouro, Coleção Prestígio. s/d, p. 40 e 41.)

Marque a alternativa que apresenta CORRETAMENTE a evidente relação dos

versos da Lira XIX com as características recorrentes na produção literária do Arcadismo brasileiro:

a) As interferências do eu lírico na tentativa de convencer a amada a aceitá-lo

como amante que lhe dará o filho tão desejado e querido por todas as mulheres.

b) A linguagem rebuscada, fruto de um pensamento antagônico, demonstrado pela aproximação dos bens terrenos, como o gosto pela terra e a abstração do amor materno.

c) A tradução de um cenário bucólico e pastoril feita através de uma linguagem clara e de uma temática amorosa, plena de ternura e simplicidade.

d) O enaltecimento dos aspectos urbanos e citadinos como cenário exemplar do desenvolvimento do Brasil, enquanto um projeto de construção nacional.

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22) A respeito de I - Juca Pirama, o belo poema de Gonçalves Dias, podemos afirmar:

a) Trata-se de um poema lírico, onde não se percebem momentos de intensa

dramaticidade. b) Não há multiplicidade de ritmos e metros, caracterizando sua monotonia

formal. c) Desenvolve o forte amor platônico de Lindóia. d) Trata-se de um poema épico, onde o indianismo é exaltado.

23) O Arcadismo é um estilo de época que pode ser definido, segundo o que

determina a seguinte afirmação:

a) Nesse período o homem é regido pelas leis físico-químicas, pela hereditariedade e pelo meio social.

b) A poesia dessa época dá ênfase ao poder de vidência do artista c) Destaca-se nessa fase certo gosto pelo equilíbrio, pela simplicidade e pela

harmonia, a partir dos modelos clássicos antigos. d) Há nessa Escola literária uma tendência à valorização do humor, com vistas

a afugentar as circunstâncias desagradáveis da vida. 24) Leia

MARÍLIA DE DIRCEU – LIRA XXVIII

Cupido, tirando Dos ombros a aljava Num campo de flores Contente brincava.

E o corpo tenrinho Depois. Enfadado. Incauto reclina Na relva do prado.

Marília formosa, Que o Deus conhecia, Oculta espreitava Quanto ele fazia.

Mal julga que dorme Se chega contente. As armas lhe furta. E o Deus a não sente.

Os Faunos, mal viram As armas roubadas, Saíram das grutas Soltando risadas.

Acorda Cupido, E a causa sabendo. A quantos o insultam Responde, dizendo:

“Temíeis as setas “Nas minhas mãos cruas! “Vereis o que podem “Agora nas suas.”

Tomás Antônio Gonzaga

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1ª Série – 2015 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA

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No poema, podemos observar o tema do “locus amoenus”, característico da estética árcade, através da representação da natureza como lugar:

a) culto e belo b) selvagem e perigoso c) tranquilo e agradável d) agitado e perturbador

25) Tomadas em conjunto, as obras de Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Castro Alves demonstram que, no Brasil, a poesia romântica:

a) repercutiu, com efeitos locais, diferentes valores e tonalidades da Literatura

européia: a dignidade do homem natural, a exacerbação das paixões e a crença em lutas libertárias.

b) pouco deveu às Literaturas estrangeiras, consolidando de forma homogênea a inclinação sentimental e o anseio nacionalista dos escritores da época.

c) constituiu um painel de estilos diversificados, cada um dos poetas criando livremente sua linguagem, mas preocupados todos com a firmação dos ideais abolicionistas e republicanos.

d) refletiu as tendências ao intimismo e à morbidez de alguns poetas europeus, evitando ocupar-se com temas sociais e históricos, tidos como prosaicos.

26) Leia o poema abaixo, de Castro Alves:

O Sol e o Povo

O Sol, do espaço Briaréu gigante, P’ra escalar a montanha do infinito, Banha em sangue as campinas do levante. Então em meio dos Saarás – o Egito Humilde curva a fronte e um grito errante Vai despertar a Esfinge de granito.

O povo é como o sol! Da treva escura Rompe um dia co’a destra iluminada, Como o Lázaro, estala a sepultura!... Oh! temei-vos da turba esfarrapada, Que salva o berço à geração futura, Que vinga a campa a geração passada.

(ALVES, Castro. Poesias completas. 17 ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995. p. 104.)

De acordo com a leitura do poema acima pode-se afirmar que,

a) menospreza os sofrimentos do povo. b) clama pela vingança da justiça divina. c) alerta para o poder do povo maltratado. d) ressalta a beleza do sol no deserto.

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27) A estrofe apresentada revela uma situação caracteristicamente romântica.

Aponte-a.

Minh’alma é triste como a rola aflita Que o bosque acorda desde o albor da aurora, E em doce arrulo que o soluço imita O morto esposo gemedora chora.

a) A natureza agride o poeta: neste mundo, não há amparo para os desenganos morosos.

b) O poeta atribui ao mundo exterior estados de espírito que o envolvem. c) A morte, impregnando todos os seres e coisas, tira do poeta a alegria de

viver. d) O poeta recusa valer-se da natureza, que só lhe traz a sensação da morte.

28) Os versos abaixo constituem um exemplo da poesia em que:

Ó Guerreiros da taba sagrada Ó guerreiros da Tribo Tupi, Falam Deuses nos cantos do Piaga, Ó Guerreiros, meus cantos ouvi.

a) Castro Alves exorta os cidadãos à luta abolicionista. b) Álvares de Azevedo se entrega à confissão lírica mais intimistas. c) Gonçalves Dias dá expressão a um tema caro aos nacionalistas. d) Casimiro de Abreu explora os sentimentos nostálgicos da infância.

29) Leia:

“Que diversas que são, Marília, as horas Que passo na masmorra imunda, e feia, Dessas horas felizes já passadas Na tua pátria aldeia!”

Esses versos de “Marília de Dirceu”, de Tomás Antônio Gonzaga, caracterizam:

a) a primeira parte da obra, o namoro. b) a felicidade da futura família. c) o sonho de realizar a Inconfidência. d) a segunda parte da obra, a cadeia.

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1ª Série – 2015 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA

SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 1 13

30) Observe:

“Oh! eu quero viver, beber perfumes Na flor silvestre, que embalsama os ares; Ver minh'alma adejar pelo infinito, Qual branca vela n'amplidão dos mares. No seio da mulher há tanto aroma... Nos seus beijos de fogo há tanta vida... - Árabe errante, vou dormir à tarde À sombra fresca da palmeira erguida.” Nesta estrofe de Mocidade e Morte, de Castro Alves, reúnem-se, como numa espécie de súmula, vários dos temas e aspectos mais característicos de sua poesia. São eles:

a) identificação com a natureza, condoreirismo, erotismo franco, exotismo. b) aspiração de amor e morte, titanismo, sensualismo, exotismo. c) sensualismo, aspiração do absoluto, nacionalismo, orientalismo. d) personificação da natureza, hipérboles, sensualismo velado, exotismo.

31) Leia a estrofe de Tomás Antônio Gonzaga e faça o que se pede:

Os teus olhos espalham a luz divina, A quem a luz do sol em vão se atreve; Papoila ou rosa delicada e fina Te cobre as faces, que são cor da neve. Os teus cabelos são uns fios de ouro; Teu lindo corpo bálsamo vapora. Ah! não, não fez o Céu, gentil Pastora, Para glória de amor igual Tesouro.

(TAG, MD, Parte I, Lira I)

Sobre a personagem central feminina, podemos afirmar que:

a) Apesar da beleza deslumbrante da amada, não se verifica, na construção

dessa personagem, qualquer idealização clássica da mulher. b) O poeta dirige-se a Marília unicamente como sua noiva e futura esposa. c) A beleza luxuriante de Marília contrasta com o ideal de serena fruição dos

prazeres sadios da vida. d) Marília, pela sua intensa sensualidade, representa o ideal de amante e não

o de noiva ou esposa.

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14 GABARITO 1 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO

Instrução: As questões de números 32 e 33 tomam por base um poema de Tomás

Antônio Gonzaga (1744-1810).

Não vês aquele velho respeitável, que à muleta encostado,

apenas mal se move e mal se arrasta? Oh! quanto estrago não lhe fez o

tempo, o tempo arrebatado,

que o mesmo bronze gasta!

Enrugaram-se as faces e perderam seus olhos a viveza:

voltou-se o seu cabelo em branca neve;

já lhe treme a cabeça, a mão, o queixo, nem tem uma beleza das belezas que teve.

Assim também serei, minha Marília,

daqui a poucos anos, que o ímpio tempo para todos corre. Os dentes cairão e os meus cabelos.

Ah! sentirei os danos, que evita só quem morre.

Mas sempre passarei uma velhice

muito menos penosa. Não trarei a muleta carregada, descansarei o já vergado corpo

na tua mão piedosa, na tua mão nevada.

As frias tardes, em que negra nuvem os chuveiros não lance,

irei contigo ao prado florescente: aqui me buscarás um sítio ameno,

onde os membros descanse, e ao brando sol me aquente.

Apenas me sentar, então, movendo

os olhos por aquela vistosa parte, que ficar fronteira, apontando direi: — Ali falamos,

ali, ó minha bela, te vi a vez primeira.

Verterão os meus olhos duas fontes,

nascidas de alegria; farão teus olhos ternos outro tanto;

então darei, Marília, frios beijos na mão formosa e pia,

que me limpar o pranto.

Assim irá, Marília, docemente meu corpo suportando

do tempo desumano a dura guerra. Contente morrerei, por ser Marília

quem, sentida, chorando meus baços olhos cerra.

(Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu e mais poesias. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1982.)

32) A leitura atenta deste poema do livro Marília de Dirceu revela que o eu lírico.

a) sente total desânimo perante a existência e os sentimentos. b) aceita com resignação a velhice e a morte amenizadas pelo amor. c) está em crise existencial e não acredita na durabilidade do amor. d) não aceita de nenhum modo o envelhecimento e prefere morrer ainda

jovem.

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1ª Série – 2015 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA

SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 1 15

33) No conteúdo da quinta estrofe do poema encontramos uma das características mais marcantes do Arcadismo:

a) paisagem bucólica. b) pessimismo irônico. c) conflito dos elementos naturais. d) desencanto com o amor.

34) TEXTO:

Lira XXX

Junto a uma clara fonte a mãe do Amor se sentou; encostou na mão o rosto, no leve sono pegou.

Cupido, que a viu de longe, contente ao lugar correu; cuidando que era Marília, na face um beijo lhe deu.

Acorda Vênus irada: Amor a conhece; e então, da ousadia que teve assim lhe pede perdão:

- Foi fácil, ó mãe formosa, foi fácil o engano meu; que o semblante de Marília é todo o semblante teu.

(In: GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. Rio de Janeiro, Edições de Ouro, [s/d].p.86-87.)

A reação de Vênus, descrita no poema, se deve ao fato de ter sido

a) confundida por Cupido. b) acordada por Amor. c) identificada por Cupido. d) comparada com Marília.

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Leia o texto a seguir e responda às questões 35 e 36.

Lira 83 Que diversas que são, Marília, as horas, que passo na masmorra imunda e feia, dessas horas felizes, já passadas na tua pátria aldeia! Então eu me ajuntava com Glauceste; e à sombra de alto cedro na campina eu versos te compunha, e ele os compunha à sua cara Eulina. Cada qual o seu canto aos astros leva; de exceder um ao outro qualquer trata; o eco agora diz: Marília terna; e logo: Eulina ingrata. Deixam os mesmos sátiros as grutas: um para nós ligeiro move os passos, ouve-nos de mais perto, e faz a flauta cos pés em mil pedaços.

— Dirceu — clama um pastor — ah! bem merece da cândida Marília a formosura. E aonde — clama o outro — quer Eulina achar maior ventura? Nenhum pastor cuidava do rebanho, enquanto em nós durava esta porfia; e ela, ó minha amada, só findava depois de acabar-se o dia. À noite te escrevia na cabana os versos, que de tarde havia feito; mal tos dava e os lia, os guardavas no casto e branco peito. Beijando os dedos dessa mão formosa, banhados com as lágrimas do gosto, jurava não cantar mais outras graças que as graças do teu rosto. Ainda não quebrei o juramento; eu agora, Marília, não as canto; mas inda vale mais que os doces versos a voz do triste pranto.

(GONZAGA, T. A. Marília de Dirceu & Cartas Chilenas. São Paulo: Ática, 1997. p. 126-127.)

35) O ideal horaciano da “áurea mediocridade”, tão cultivado pelos poetas árcades,

faz-se presente pelo registro:

a) de uma existência em contato com seres míticos, como é o caso dos sátiros.

b) de uma vida raciocinante expressa por meio de linguagem elaborada mefaforicamente.

c) do prazer suscitado pelas situações difíceis a serem disciplinadamente encaradas.

d) de uma vida tranquila e amorosa em contato com a natureza sempre amena.

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36) Assinale a alternativa que enumera corretamente as características do Arcadismo brasileiro presentes no poema de Tomás Antônio Gonzaga.

a) A presença do ambiente rústico; a transmissão da palavra poética ao autor;

a celebração da vida familiar; a engenhosa elaboração pictórica do poema de maneira a dominarem as figuras de linguagem.

b) A presença do ambiente nacional; a supressão da palavra poética; a celebração da vida familiar; a construção pictórica do poema de maneira a dominarem as figuras de linguagem.

c) A presença do ambiente urbano; a transmissão da palavra poética ao autor; a celebração da vida rústica; a elaboração predominantemente hiperbólica do poema.

d) A presença do ambiente nacional; a delegação da palavra poética a um pastor; a celebração da vida em sociedade; a construção racional do poema enfatizando o decoro e a discrição.

37) A partir do fragmento abaixo, assinale a alternativa que melhor o interpreta:

Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba; Verdes mares que brilhais como líquida Esmeralda aos raios do sol nascente, perlongando As alvas praias ensombradas de coqueiros; Serenai, verdes mares, e alisai docemente a Vaga impetuosa para que o barco aventureiro, Manso resvale à flor das águas

a) Revela traços do Barroco pela presença da valorização à natureza. b) Faz uma alusão à natureza de forma a caracterizar-se como tipicamente

Neoclássico. c) Denota um sentimento nativista próprio do Medievalismo. d) Traduz um forte sentimento nacionalista típico do Romantismo.

38) (PUC-RS)

“Era a virgem do mar! Na escuma fria Pela maré das águas embaladas Era um anjo entre nuvens d’alvorada Que em sonhos se banhava e se esquecia!”

A estrofe denuncia que a mulher aparece frequentemente na poesia de Álvares de Azevedo como figura: a) inacessível b) sensual c) concreta d) próxima

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39) (FUVEST)

Teu romantismo bebo, ó minha lua, A teus raios divinos me abandono, Torno-me vaporoso... e só de ver-te Eu sinto os lábios meus se abrir de sono. Neste excerto, o eu-lírico parece aderir com intensidade aos temas de que fala, mas revela, de imediato, desinteresse e tédio. Essa atitude do eu-lírico manifesta a:

a) tendência romântica b) ironia romântica c) melancolia romântica d) aversão dos românticos à natureza

40) (UEL) Leia o fragmento da obra Marília de Dirceu.

- Sou Pastor; não te nego; os meus montados São esses, que aí vês; vivo contente Ao trazer entre a relva florescente A doce companhia dos meus gados. Os versos acima são exemplos a) do espírito harmonioso da poesia arcádica. b) do estilo tortuoso do período barroco. c) do refinamento poético e da ostentação da poesia árcade. d) do intento nacionalista na poesia romântica.

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