Linguagem e comunicação

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Linguagem/Comunicao " ... a lngua permeia tudo, ela nos constitui enquanto seres humanos Ns somos a lngua que falamos. A lngua que falamos molda nosso modo de ver o mundo e nosso modo de ver o mundo molda a lngua que falamos ... " ( Bagno, 2009) No h consenso nas definies dos dois termos: comunicao e linguagem, em razo da constatao de que a comunicao humana um fenmeno extremamente complexo. A linguagem humana tida ora como representao do mundo e do pensamento, que tem por funo representar o pensamento (como um "espelho") e o conhecimento humano, ora como Instrumento de comunicao (como uma ferramenta), um cdigo, cuja funo principal a transmisso de informaes. Numa concepo mais contempornea a linguagem considerada como uma atividade, como forma de ao, "como lugar de interao que possibilita aos membros de uma sociedade a prtica dos mais diversos tipos de atos, que vo exigir dos semelhantes reaes e/ ou comportamentos, levando ao estabelecimento de vnculos e compromissos anteriormente inexistentes." (Koch, 1992)Aristteles definiu o estudo da retrica (comunicao) como a procura de "todos os meios disponveis de persuaso"- meta principal da comunicao, ou seja, a tentativa de levar outras pessoas a adotarem o ponto de vista de quem fala. Deste modo, o objetivo bsico da comunicao nos tornarmos agentes influentes, influenciarmos os outros, nosso ambiente fsico e a ns prprios e tambm nos tornarmos agentes determinantes. Em suma, ns nos comunicarmos para influenciar com inteno. Assim, como o homem um ser essencialmente poltico, a comunicao tambm pode ser entendida como um ato poltico, uma prtica social bsica. Nesta prtica social que se assentam as razes do direito, conjunto de normas reguladoras da vida social. Elementos da comunicao Estabelecido que as relaes sociais ocorrem em forma de comunicao diversas, nela h os elementos envolvidos no ato comunicativo; deve haver, ento, um objeto de comunicao, ou seja, a mensagem com um contedo (referente), transmitido ao receptor por um emissor, por meio de um canal, com seu prprio cdigo.Assim, temos:O emissor ou codificador: o que emite a mensagem; pode ser um indivduo ou um grupo (firma, organismo de difuso, etc.) quem envia ou codifica a mensagem; O receptor ou decodificador: o que recebe a mensagem; pode ser um individuo, um grupo, ou mesmo um animal ou uma mquina (computador). Em todos estes casos, a comunicao s se realiza efetivamente se a recepo da mensagem tiver uma incidncia observvel sobre o comportamento do destinatrio (o que no significa necessariamente que a mensagem tenha sido compreendida: preciso distinguir cuidadosamente recepo de compreenso). A mensagem: o objeto da comunicao; ela constituda pelo contedo das informaes transmitidas e deve ser comum ao receptor; em diferentes tipos: -as mensagens sonoras: palavras, msicas, sons diversas; -as mensagens tcteis: presses, choques, trepidaes, etc; -as mensagens olfativas: perfumes, -as mensagens gustativas: tempero quente (apimentado) ou no ...O cdigo: um conjunto de signos e regras de combinao destes signos; o destinador lana mo dele para elaborar sua mensagem (esta a operao de codificao). Pode ser Verbal ( falado e escrita) ou No Verbal ( por gestos, mmicas, cores, odores, smbolos, cones, ndices, etc); O cdigo tambm pode ser Aberto (com dupla interpretao) ou Fechado ( com interpretao unvoca, de forma concisa e objetiva) O canal: pode ser Natural (pela fala, gestos, etc.) ou Tecnolgico (correio, telefone, internet, fax, rdio, etc.)Qualquer falha nos sistema de comunicao ou qualquer tipo de barreiras impedir a perfeita captao da mensagem. Ao obstculo que fecha o circuito de comunicao costuma-se dar o nome de rudo. Este poder ser provocado pelo emissor, pelo receptor, pelo canal ou pela mensagem. Barreiras comunicao Existem vrias barreiras a uma comunicao eficaz, elas servem de obstculos ou resistncias comunicao entre as pessoas. So variveis que interferem no processo de comunicao e que o afetam profundamente, fazendo com que a mensagem, tal como enviada se torne diferente da mensagem tal como recebida. Podemos destacar trs principais tipos de barreiras, a seguir: Barreiras humanas (pessoais): so interferncias que decorrem das limitaes, emoes e valores humanos de cada pessoa. As barreiras mais comuns em situaes de trabalho so hbitos deficientes de ouvir, a emoes, as motivaes e os sentimentos pessoais, e principalmente o grau de percepo, esta pode limitar ou distorcer as comunicaes com outras pessoas. Cada pessoa tem seu prprio sistema cognitivo, suas percepes, seus valores, suas motivaes, constituindo um padro pessoal de referncia que torna bastante pessoal e singular sua interpretao das coisas. Portanto, as pessoas possuem lentes atravs das quais veem seu mundo exterior e o interpretam as suas maneiras. A ideia comunicada est intimamente relacionada com as percepes e motivaes tanto da fonte (emissor) como do destinado, dentro de determinado contexto situacional. Barreiras fsicas: so interferncias ocorridas no ambiente em que acontece o processo de comunicao. Um trabalho que possa distrair, uma porta que se abre, a distncia fsica entre as pessoas, canal saturado, paredes que se antepem entre a fonte e o destino, rudos estticos na comunicao por telefone, etc. Barreiras semnticas: so as limitaes ou distores decorrentes dos smbolos, por meio dos quais a comunicao feita. As palavras ou outras formas de comunicao- como gestos, sinais, smbolos etc, podem apresentar diferentes sentidos para as pessoas envolvidas no processo, podendo distorcer o seu significado. As diferenas de linguagem se constituem fortes barreiras semnticas entre as pessoas. Linguagem, lngua e Fala Poucas palavras possuem significao to extensa quanto a palavra linguagem. Ao ouvi-la, voc pode pensar numa srie de expresses, cada uma empregando o termo de forma diferente.: "linguagem popular", "linguagem de programao" , "linguagem do cinema". Talvez voc tambm se lembre de ter lido ou ouvido em algum lugar que "a linguagem diferencia o homem de todos os outros animais". Ser que existe algo comum a tantos modos de usar uma mesma palavra? A compreenso mtua entre o emissor e o receptor de uma mensagem assegurada pelo emprego de um cdigo comum a ambos. Esse cdigo pode ser gestual, visual olfativo. etc. Dentre os diferentes cdigos comunicativos existentes, a lngua o mais importante, pois seu uso universal e generalizado nos diferentes grupos sociais. Alis, o carter social de uma lngua justamente sua caracterstica mais evidente, sempre ligada comunidade que a possui. O linguista Ferdinand de Saussure diz que a lngua " a parte social da linguagem, exterior ao indivduo, que, por si s, no pode nem cri-la nem modific-la i ela no existe seno em virtude duma espcie de contrato estabelecido entre os membros da comunidade". Individualmente, possvel optar por esta ou aquela forma de expresso no momento de se comunicar, mas no se pode criar uma lngua particular e exigir que outros a entendam. Assim, cada indivduo pode fazer um uso prprio e personalizado da lngua comunitria, originando a fala, sempre condicionada pelas regras socialmente estabelecidas da lngua, mas suficientemente ampla para permitir um exerccio criativo da comunicao. Comunica-se o homem de forma verbal ou no-verbal; esta ltima acontece de vrias formas, dentre elas merece destaque: A linguagem corporal Na crtica cinematogrfica comum dizer que o corpo fala por Charles Chaplin e, constantemente se ressalta a expressividade dos olhos de Bette Davis. Sabe-se que os olhos merecem especial ateno de Machado de Assis, pois lhe retratavam a natureza intima, boa ou m, das pessoas. Para ficar com apenas uma obra, encontram-se em Dom Casmurro, olhos dorminhocos (tio Cosmo); olhos curiosos (Justina); olhos refletidos (Escobar); olhos quentes e intimativos (Sancha); olhos policiais (Escobar); olhos oblquos e de ressaca (Capitu). As partidas de futebol se tornaram mais atraentes com a linguagem gestual dos jogadores. J na Antiga Roma, nos jogos da arena, o imperador, com o polegar levantado ou abaixado, prolatava as sentenas de vida ou de morte. A falsidade de um depoimento pode revelar-se at mesmo pela transpirao, pela palidez ou simples movimento palpebral. Os postulantes aos cargos pblicos, em Roma, vestiam-se de tnicas brancas, indcio de pureza de suas intenes e, por isso, chamavam-se candidatos (de candidus-a-um). A toga, como qualquer pea do vesturio, uma informao indiciai da funo exercida pelo juiz. As variantes lingusticas (regionais; sociais e culturais) e as relaes sociais A comunicao no regida por normas fixas e imutveis. Ela pode transformar-se, atravs do tempo, e, se compararmos textos antigos com atuais, perceberemos grandes mudanas no estilo e nas expresses. Por que as pessoas se comunicam de formas diferentes? Temos que considerar mltiplos fatores: poca, regio geogrfica, ambiente e status social e cultural dos falantes. H uma lngua-padro? O modelo de lngua padro uma decorrncia dos parmetros utilizados pelo grupo social mais culto. s vezes, a mesma pessoa, dependendo do meio em que se encontra, da situao social e cultural dos indivduos com quem se comunica, usar nveis diferentes de lngua. A lngua falada pode ser: culta, coloquial, popular, regional e grupal (gria e tcnica). A lngua escrita pode ser: NO LITERRIA (lngua-padro, coloquial, popular, regional e grupal (gria e tcnica) e LITERRIA.A eficincia do ato da comunicao depende, entre outros requisitos, do uso adequado do nvel de linguagem. Enquanto cdigo ou sistema, a lngua abre possibilidades de um sem-nmero de usos que os falantes podem adotar segundo as exigncias da comunicao. s variaes, sociais ou individuais, que se observam na utilizao da linguagem cabe o nome de variaes lingusticas (dialetos), presentes em vrios nveis de linguagem ou registros, impostos pela variedade de situao. H, assim, os principais nveis de linguagem ou de registros: Nvel culto: em latim, era o sermourbanus ou sermoeruditus. Utilizam-na as classes intelectuais da sociedade, mais na forma escrita e, menos, na oral. de uso nos meios diplomticos e cientficos; nos discursos e sermes; nos tratados jurdicos e nas sesses do tribunal. O vocabulrio rico e so observadas as normas gramaticais em sua plenitude. Nvel Grupal tcnico: presente em cada rea profissional. Por exemplo: a linguagem dos mdicos, dos advogados ("juridiqus"), dos jornalistas, dos economistas, etc. Nvel Grupal: Gria - existem tantas quantas forem os grupos fechados. H gria policial, a dos jovens, dos estudantes, dos militares, dos jornalistas, etc. Obs. Quando a gria grosseira recebe o nome de Calo. Nvel coloquial: utilizada pelas pessoas utilizam um nvel menos formal, mais cotidiano. a linguagem do rdio, televiso, meios de comunicao de massa tanto na forma oral quanto na escrita. Emprega-se o vocabulrio da lngua comum e a obedincia s disposies gramaticais relativa, permitindo-se at mesmo construes prprias da linguagem oral. Nvel popular: utilizam-se as pessoas de pouca escolaridade ou mesmo analfabetas e, com maior frequncia, na forma oral e mais raro na forma escrita. a linguagem das pessoas simples nas comunicaes dirias. Nota-se despreocupao com regras gramaticais de flexo, impostas pela gramtica artificial da norma culta. Nvel regional: tambm conhecida como dialetos, est presente em cada regio. Vale ressaltar que para os linguistas no existe superioridade ou inferioridade em relaes a estas variedades lingusticas ocorridas de Norte a Sul do pas, ou seja, no existe uma regio que se expresse melhor do que a outra em relao ao domnio vocabular e semntico, todavia a gramtica tradicional, normativa no da mesma opinio.

A linguagem oral e a linguagem escrita A expresso escrita difere, sensivelmente. da oral, muito embora a lngua seja a mesma. No h dvidas: ningum fala como escreve ou vice-versa, como foi visto acima. Em contato direto com o falante, a lngua falada mais espontnea, mais viva, mais concreta, menos preocupada com a gramtica tradicional/artificial. Conta com vocabulrio infinito, com variaes que no conseguem ser abarcadas e sistematizadas pela gramtica tradicional e est em permanente renovao. J na linguagem escrita o contato com quem escreve e com quem l indireto; dai seu carter mais abstrato, mais refletido; exige permanente esforo de elaborao e est mais sujeita aos preceitos gramaticais. O vocabulrio caracteriza-se por ser mais conservador. A lngua falada est provida de recursos extralingusticos, contextuais - gestos, postura, expresses faciais - que, por vezes, esclarecem ou complementam o sentimento da comunicao. O interlocutor presente torna a lngua falada mais alusiva, ao passa que a escrita, geralmente, deve apresentar uma preciso, segunda as moldes apontadas pela norma culta. Toda lngua escrita deveria ser apenas a representao grfica da falada. Na entanto, no isso que acorre. A lngua oral utiliza-se de fonemas para a formao do significante. Na lngua escrita os grafemas (as letras do alfabeto) representam uma tentativa imperfeita de reproduo dos sons da lngua porque no correspondem com exatido aos fonemas. Nem sempre o nmero de fonemas corresponde ao nmero de grafemas. Ex. tax; /t/a/c/s/i/.

As diferenas entre a lngua falada e lngua escrita

Lngua falada: Maior uso de grias e uso de linguagem coloquial; variaes lingusticas; (mana, tu no sabe da missa a metade.) Ruptura na construo de frases; (comprei um carro e tu?) Liberdade no uso de colocao pronominal (me d uma carona?) Mau uso dos pronomes relativos; (A moa cuja encontrei minha irm!)Lngua escrita: Frases de acordo com a norma culta; dicionarizadas; Construes bem elaboradas; Colocao pronominal de acordo com norma culta: ( D-me uma carona?) Uso adequado dos pronomes relativos (A moa com a qual me encontrei minha irm!) Assim, a comunicao oral, diferentemente da escrita, pressupe o contato direto entre os falantes o que a torna mais concreta e mais econmica (porque os elementos a que se refere esto presentes na situao do dilogo). Existe, ainda, na lngua oral um jogo de cadncias e pausas que d ritmo fala e auxilia na decodificao da mensagem. A comunicao escrita no dispe desse joga de cadncias e pausas que deve ser recriado atravs da pontuao e dos caracteres grficos (maisculas, negrito, itlico, etc.). Parque tem que recuperar todos esses elementos, a lngua escrita resulta menos econmica, porque tem que se valer de infinitos mecanismos artificiais para tentar aproximar-se, bem de longe, da verdadeira manifestao do que seja a lngua de um povo.

As Funes da linguagem

As funes da linguagem so seis: 1. Funo referencial ou denotativa;1. Funo emotiva ou expressiva;1. Funo ftica; 1. Funo conativa ou apelativa1. Funo metalingustica1. Funo poticaLeia os textos a seguir:

Texto A (referencial ou denotativa)Funo referencial ou denotativa aquela que traduz objetivamente a realidade exterior ao emissor.

A ndia Everon, da tribo Caiabi, que deu a luz a trs meninas, atravs de uma operao cesariana, vai ter alta depois de amanh, aps ter permanecido no Hospital Base de Braslia desde o dia 16 de maro. No incio, os ndios da tribo foram contrrios ideia de Everon ir para o hospital mas hoje j aceitam o fato e muitos j foram visit-la. Everon no falava uma palavra de Portugus at ser internada e as meninas sero chamadas de Luana, Uiara e Potiara. (Jornal da Tarde,13 julho.1982) No texto A, a finalidade apenas informar o receptor sobre um fato ocorrido. A linguagem objetiva, no admitindo mais de uma interpretao. Quando isso acontece, predomina a funo referencial ou denotativa da linguagem. Texto B (emotiva ou expressiva)

Uma morena

No ofereo perigo algum: sou quieta como folha de outono esquecida entre as pginas de um livro, sou definida e clara como o jarro com a bacia de gata no canto do quarto - se tomada com cuidado, verto gua limpa sobre as mos para que se possa refrescar o rosto mas, se tocada por dedos bruscos, num segundo me estilhao em cacos, me esfarelo em poeira dourada. Tenho pensado se no guardarei indisfarveis remendos das muitas quedas, dos muitos toques, embora sempre eu tenha evitado aprendi que minhas delicadezas nem sempre so suficientes para despertar a suavidade alheia, mesmo assim insisto; meus gestos, minhas palavras so magrinhos como eu, e to morenos, que esboados a sombra, mal se destacam do escuro, quase imperceptvel me movo, meus passos so inaudveis feito pisasse sempre sobre tapetes, impressentida, mos to leves que uma carcia minha, se porventura a fizesse, seria mais branda que a brisa da tardezinha. Para beber, alem do ch, raramente admito um clice de vinho branco, mas que seja seco para no esbrasear em excesso minha garganta em ardores.ABREU, Caio Fernando. Fotografias. In: Morangos mofados. 2. ed. So Paulo, Brasiliense, 1982. p.93

Funo emotiva ou expressiva aquela que traduz opinies e emoes do emissor.No texto b, descrevem-se as sensaes da mulher, que faz uma descrio subjetiva de si mesmo. Nesse caso, em que o emissor exterioriza seu estado psquico, predomina a funo emotiva da linguagem, tambm chamada de funo expressiva.

Texto C (ftica)

Funo ftica aquela que tem por objetivo iniciar, prolongar ou encerrar o contato com o receptor.

Voc acha justo que se comemore o Dia Internacional da mulher?

Nada mais justo! Afinal de contas, voc est entendendo, a mulher h sculos, certo, vem sendo vtima de explorao e discriminao, concorda? J houve alguns avanos, sabe, nas conquistas femininas. Voc percebeu? Apesar disso, ainda hoje a situao da mulher continua desfavorvel em relao do homem, entende? No texto C, o emissor utiliza expresses que tentam prolongar o contato com o receptor, testando frequentemente o canal. Neste caso, predomina a funo ftica da linguagem, testa-se o canal para saber se est havendo comunicao.

Texto D (conativa ou apelativa)Funo conativa ou apelativa aquela que tem por objetivo influir no comportamento do receptor, por meio de um apelo ou ordem.

Mulher, use o sabonete X. No dispense X: ele a tornar to bela quanto as estrelas de cinema.A mensagem do primeiro texto contm um apelo que procura influir no comportamento do receptor. Nesse caso, predomina a funo conativa ou apelativa. So caractersticas dessa funo: verbos no imperativo; (Use, dispense) presena de vocativos; ( Mulher)

Texto E (metalingustica)

Funo metalingustica aquela que utiliza o cdigo como assunto ou para explicar o prprio cdigo.

Mulher. [Do lato Muliere.] S. f. 1. Pessoa do sexo feminino aps a puberdade. [Aum.: mulhero, mulheraa, mulherona.] 2. Esposa.

O texto E a transio de um verbete de um dicionrio. Essa mensagem explica um elemento do cdigo - a palavra mulher - utilizando o prprio cdigo nessa explicao. Quando a mensagem visa a explicar o prprio cdigo ou utiliza-o como assunto, predomina a funo metalingustica da linguagem.Obras de arte ou cenas marcantes tambm so bons exemplos.

Texto F (potica)Funo potica aquela cuja preocupao intencional do emissor com a mensagem, ao elabor-la, caracteriza a funo potica da linguagem, enfatiza a elaborao da mensagem, de modo a ressaltar seu significado.

A mulher que passa Meu Deus, eu quero a mulher que passa. Seu dorso frio um campo de lrios Tem sete cores nos seus cabelos Sete esperanas na boca fresca! Oh! Como s linda, mulher que passas....MORAIS, Vinicius de. A mulher que passa. In: __ . Antologia potica. 4. ed. Rio de Janeiro, Ed. Do autor, 1960. p.90.

Em todos os textos lidos, o tema um s: mulher, no entanto, a maneira de cada autor varia. O que provoca essa diversificao o objetivo de cada emissor, que organiza sua mensagem utilizando uma fala especfica. Portanto, cada mensagem tem uma funo predominante, de acordo com o objetivo do emissor. No texto C, o emissor utiliza expresses que tentam prolongar o contato com o receptor, testando frequentemente testar o canalNeste caso, predomina a funo ftica da linguagem.

Estudo de textos e aplicao de exerccios 1.Com base nas teorias estudadas, apresente sua compreenso a respeito da lngua falada e da gramtica normativa. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2. Estudo de texto: lngua e Fala "A linguagem, pois, distinguem-se dois fatores - a lngua e a fala. Foi Saussure o primeiro a separar e conceituar estes dois aspectos. Compara a lngua a um dicionrio cujos exemplares idnticos so distribudos entre os indivduos. Cada falante escolhe na lngua os meios de expresso de que necessita para comunicar-se, confere-lhe natureza material, produzindo-se assim a fala. A fala, de aplicao momentnea, fruto da necessidade psicolgica de comunicao e expresso, porque a realizao individual da lngua, torna-se flutuante e varia, pois muda de indivduo para indivduo, de situao para situao. Altera-se facilmente pela influncia de fatores diversos - estados psquicos, ascenso social, migrao, mudana de atividade, etc ...no , porm, um fator de criao e sim de modificao. O indivduo, pelo ato da fala, no cria a lngua, pois recebe e usa aquilo que a sociedade lhe ministrou e, de certa forma, lhe imps. A lngua tem sempre a possibilidade de fixao e sistematizao em dicionrios e gramticas. um patrimnio extenso e ningum a possui na sua totalidade. Cada falante retm uma parte (embora grande) do sistema, que no existe perfeito em nenhum indivduo." (Borba, Francisco da Silva. Introduo aos Estudos lingusticos.)Escreva se as afirmaes so verdadeiras ou falsas, tendo por base o texto: 1. Lngua e fala so fenmenos exatamente idnticos? a) A lngua comparada a um dicionrio, pois impessoal e comum a todos os integrantes de uma comunidade. b) A fala pessoal, cada falante a produz conforme a sua vontade. c) A fala invarivel, mantendo-se independente da situao. d) Uma mudana de atividade implica uma alterao da fala. e) A gramtica sistematiza a lngua. O dicionrio a fixa.

3.Escreva o nome a funo de linguagem adequada a cada situao.

a) O sono est perdido. Sinto-me um pouco s. Acho que estou carente. Pego o telefone. Talvez seja bom falar com algum. muito tarde. Vou fazer um suco de amora. Colhi amoras doquintal da vizinha. Admito que ela atraente. Acho que vou convid-la para um cineminha. Devo acordar cedo, mas o sono no chega. Vou ler um pouco ou ouvir msica. Mozart relaxante...___________________b) H quanto voc sonha com um carro importado?Chegou a sua vez! Voc que moderno, dinmico e empreendedor merece o melhor pelo menor preo.Voc vai s sentir elegante e seguro com a beleza e a tecnologia o Speed. Venha conhec-lo no nosso showroom.__________________c) A II Guerra foi a guerra da sociedade industrial, no que ela tem de mais avanado e mais tenebroso. O computador, o avio a jato, o tecido sinttico, o radar e o foguete balstico foram inventados ou desenvolvidos em funo do conflito. O medo de que os nazistas chegassem l primeiro levou os Estados Unidos a fabricar a bomba atmica, que seria jogada sobre Hiroshima e Nagasaki para encerrara guerra com o Japo.________________ d) Toda gente sabe que a lngua varivel. Dois indivduos da mesma gerao e da mesma localidade, que falam precisamente o mesmo dialeto e frequentam os mesmos crculos sociais, nunca esto propriamente a par de seus hbitos lingusticos. Investigao minuciosa da fala revelaria inmeras diferenas de detalhe - na escolha do vocabulrio, na estrutura das sentenas, na relativa frequncia com que so usadas certas formas ou combinaes de palavras, a pronncia.(E. Sapir)___________________ e) Pessoal, Ateno, por favor! Vocs esto prestando ateno?___________________f) Amanheceu pela terra um vento de estranha sombra, que a tudo declarou guerra. Paredes ficaram tortas, animais enlouqueceram e as plantas caram mortas.O plido mar to branco levantava e desfazia um verde-lvido flanco. Das linhas claras da areia fez o vento retorcidas, rotas, miserveis teias.(Ceclia Meireles) _______________

4)Analise a campanha publicitria e faa o que se pede.

Uso de Estar ou Est? Dar ou D? Muita gente se confunde quando se depara diante dessas palavras quando est escrevendo alguma coisa. Ento, aqui vai uma dica para tentar ajudar.

O Verbo no infinitivo (dar ou estar) pode ser substitudo por outro infinitivo; a forma flexionada (d ou est) no pode.Vamos ver um exemplo: Ele pode [est] ou [estar] certo? Se voc tentar substituir a palavra por outro verbo no infinitivo, e continuar legal a frase, ento o certo seria escrever ESTAR: Ele pode andar certo. A substituio, neste caso, por um infinitivo foi possvel, logo Ele pode estar certo.

Outro exemplo: Ele [est] ou [estar] muito nervoso! Tentando mudar para o mesmo infinitivo (andar), ficaria: Ele andar muito nervoso. perceptvel que no caberia a forma infinitiva. Neste caso, o certo seria: Ele EST muito nervoso!.

Mais um teste: Governador [d] ou [dar] nova funo a secretrio. Neste caso o certo d, pois a substituio por outro infinitivo no possvel, no pode ser Governador ofertar nova funo a secretrio.

VEJA:

ESTAR = FICAREST = FICAExerccio: Use estar ou est de acordo com o sentido.a) O fato de eu ____ aqui no significa que esteja prestando ateno.b) O trabalho _______ cancelado.c) Certamente voc vai _______ acordado para assistir.d) No de repente que ______ aumentando o ndice de violncia.e) Vai ____ para voc me substituir?f) Assim no ____!g) O mdico ____ atrasado.

Texto DescritivoAlgumas das caractersticas que marcam o texto descritivo so:

presena de substantivo, que identifica o que est sendo descrito.adjetivos e locues adjetivas.

presena de verbos de ligao.

h predominncia do predicado verbal, devido aos verbos de ligao e aos adjetivos.

emprego de metforas e comparaes, para auxiliar na visualizao das caractersticas que se deseja descrever.Exemplo de texto descritivo:"A rvore grande, com tronco grosso e galhos longos. cheia de cores, pois tem o marrom, o verde, o vermelho das flores e at um ninho de passarinhos".

Texto narrativoAteno a algumas perguntas fundamentais da modalidade narrativa:O que aconteceu? ____________________ Acontecimento, fato, situao. Com quem? _________________________Personagem.Onde? Quando? Como? _______________Espao, tempo, modo. Quem est contando? _________________ Narrador

Leia o texto a seguir:O motorista Maurlio de Jesus Antnio, 51, foi encontrado ontem de manh em um terreno, no km 43 da via Dutra, em Cachoeira Paulista, com os ps e mos amarrados com fios de cobre. Ele disse Polcia Rodoviria Federal que ficou oito dias amarrado. Antnio afirmou que foi assaltado na rodovia no dia 30 de janeiro. Ele foi encontrado por funcionrios de uma empresa que faz a manuteno da Dutra. Antnio est internado na Santa Casa de Cachoeira Paulista. (Folha de So Paulo, 8/2/95)

Responda s perguntas inerentes narrativa.O que aconteceu?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Com quem?______________________________________________________________________

Onde? Quando? Como?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Texto descritivo: A casa de BotafogoPrdio talvez um pouco antigo, porm limpo; desde o porto da chcara pressentia-se logo que ali habitava gente fina e de gosto bem educado; atravessando-se o jardim por entre a simetria dos canteiros e limosas esttuas cobertas de verdura e enormes vasos de tinhores e begnias do Amazonas, e bolhas de vidro de vrias cores com pedestal de ferro fosco, e lampies de trs globos que surgiam de pequeninos grupos de palmeiras sem tronco, e banco de madeira rstica, e trombones de faiana azul-nanquim, alcanava-se uma vistosa escadaria de granito, cujo patamar guarneciam duas grandes guias de bronze polido, com as asas em meio descanso, espalmando as nodosas garras sobre colunatas de pedra branca. Na sala de entrada, por entre muitos objetos de arte, notava-se, mesmo de passagem, meia dzia de telas originais; umas em cavaletes, outras suspensas contra a parede por grossos cordis de seda frouxa; e, afastando-se um pouco, adentrava-se imediatamente no principal salo da casa.Copie os 03 adjetivos e as palavras s quais se referem.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Descreva a sala de entrada de forma objetiva, precisa.______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Podem-se perceber as caractersticas de personagens? Em que passagem?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Texto dissertativoA dissertao um texto de natureza terica que visa expor minuciosamente um tema, desdobrando-o em todos os seus aspectos. Atravs desta estruturao lgica e ordenada das concepes iniciais, o autor prope reflexes, incrementa uma forma de pensar, defende um ponto de vista, discorre sobre uma ideia, cria polmicas, prope debates, insere raciocnios dos quais extrai consequncias, introduz questionamentos que abalam as certezas absolutas.A sua principal qualidade o corpo terico que desperta profundas meditaes. Dissertar passa pelo encadeamento de causas e efeitos; seu criador pode e deve oferecer exemplificaes, buscar concluses, mas no impor suas ideias, nem mesmo se esforar para convencer, a qualquer custo, seus interlocutores. Acima de tudo ele precisa ter a conscincia de que vai to somente propagar um novo saber. Fonte: http://www.infoescola.com/redacao/texto-dissertativo/

Modelo de tcnica argumentativa1 pargrafo Introduo

Ttulo

Tema + argumento 1 + argumento 2 + argumento 3

2 pargrafoDesenvolvimento

Retomada do argumento 1

3 pargrafodesenvolvimento

Palavras de ligao+ retomada argumento 2 Vale ressaltar, ainda,... Ainda merece destaque.... ,Um outro aspecto importante..., Um segundo argumento..., Uma Segunda justificativa...

4 pargrafodesenvolvimento

Palavras de ligao+ retomada argumento3

Vale ressaltar, ainda,... Ainda merece destaque.... ,Um outro aspecto importante..., Um terceiro argumento..., Uma terceira justificativa...

5 pargrafo concluso

Palavras de ligao, indicando a concluso + retomada do tema + opinio pessoal (sem usar a 1 pessoa do singular)

Palavras Usadas na concluso: Dessa forma, Sendo assim, Assim, Por tudo isso, Dado o exposto,Do exposto, Portanto, Deste modo,Isto posto ou Isso posto

No use: Concluindo.... terminando....

EXEMPLO DE UMA REDAO ARGUMENTATIVA

Chegando ao terceiro milnio, o homem ainda no conseguiu resolver gravesproblemas que preocupam a todos.

Faa a pergunta POR QU?

Os tpicos da pergunta por qu se referem aos argumentos 1, 2 e 3TEMA

POR QU?

Chegando ao terceiro milnio, o homem ainda no conseguiu resolver graves problemas que preocupam a todos.1. Existem populaes imersas em completa misria.2. A paz interrompida frequentemente por conflitos internacionais.3. O meio ambiente encontra-se ameaado por srio desequilbrio ecolgico.

Terra: uma preocupao constante

Chegando ao terceiro milnio, o homem ainda no conseguiu resolver graves problemas que preocupam a todos, pois existem populaes imersas em completa misria, a paz interrompida frequentemente por conflitos internacionais, alm do mais, o meio ambiente encontra-se ameaado por srio desequilbrio ecolgico.

Embora o planeta disponha de riquezas incalculveis estas, mal distribudas, quer entre Estados, quer entre indivduos, encontramos famintos em pontos especficos da Terra. Nos pases do Terceiro Mundo, sobretudo em certas regies da frica, v-se, com tristeza, a falncia da solidariedade humana e da colaborao entre as naes.

Alm disso, nestas ltimas dcadas, tem-se assistido, com certa preocupao, aos inmeros conflitos internacionais que se sucedem. Muitos trazem na memria a lembrana das guerras do Vietn e da Coreia, as quais provocaram grande extermnio. Em nossos dias, testemunhamos conflitos na antiga Iugoslvia, em alguns pases membros da Comunidade dos Estados Independentes, sem falar da Guerra do Golfo, que tanta apreenso nos causou.

Vale ressaltar ainda o constante o desequilbrio ecolgico, provocado pela ambio desmedida de alguns, que promovem desmatamentos desordenados e poluem as guas dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente, em virtude de tantas agresses, acabe por se transformar em local inabitvel.

Pelo exposto, acredita-se que o homem est muito longe de solucionar os graves problemas que afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidria. Deseja-se que algo seja feito no sentido de conter essas foras ameaadoras, para que se possa suportar as adversidades e construir um mundo que, por ser justo e pacfico, ser mais facilmente habitado pelas geraes vindouras.

Aprimoramento lingustico O que voc deve evitar na produo textual dissertativa Por ser um conjunto de opinies pessoais logicamente concatenadas, a produo textual deve ser precisa e rigorosa. Para despertar interesse, deve ser sugestiva e original. A vulgaridade o nvel em que a mensagem s redundncia. Vejamos os casos mais frequentes de vulgaridades, em que a redundncia desnecessria e mesmo prejudicial informao: 1.Adjetivao excessiva A incmoda e nociva poluio ambiental pode tornar o j problemtico e atrasado Brasil uma terra inabitvel. 2. Quesmo O fato de que o homem que seja inteligente tenha que entender os erros dos outros e perdo-los no parece que seja certo. 3. Intromisso Cultura, na minha opinio, ... 4. Projeo da linguagem oral Hoje em dia a gente no vive, a gente vegeta; dizem que antigamente a coisa era melhor porque havia mais tempo para as diverses, para as conversas, para a famlia, e assim sucessivamente. 5. Atualidade redundante O sistema de disco laser, hoje, pouco acessvel maioria dos consumidores que, atualmente, continuam preferindo os toca-discos tradicionais, porm, na atualidade, tem havido um crescente interesse pela aquisio dessa recente inovao tecnolgica. 6. Abstrao grosseira Porque a ns pegamos e pensamos: para onde vai a humanidade? 7. Predominncia do gerndio (endorria) Entendendo dessa maneira, o problema vai-se pondo numa perspectiva melhor, ficando mais claro... 8. Palavras de introduo embromatria A vida, nica e exclusivamente, to complexa que, apesar de tudo, no obstante o que possam dizer torna-se altamente problemtica. 9. Adjetivos cristalizados "Silncio mortal", "calorosos aplausos", "mais alta estima", "sol quente, "cabelos negros como a noite", "grande homem", sria conversa, "notvel artista", "mulher fatal, 'lbios de mel", "dentes de prola", "semblante carregado", "sinceros votos de feliz natal , merecidos aplausos", "calorosa polmica, gol espetacular", "amor inesquecvel", "alma trasbordante", esmagadora maioria". 10. Lugar-comum ou clich "Subir os degraus da glria, "fazer das tripas corao", "encerrar com chave de ouro", a nvel de", "a grosso modo, "soluo para este problema", colocar os pingos nos ii ", sair com as mos abanando", "fazer f em", "da melhor maneira possvel", "em todos os cantos do mundo, com a voz embargada pela emoo", "muita gente pensa que", "isto quer dizer que", "pedra sobre pedra", "dos males o menor", "encher os bolsos", "agora ou nunca", "contorcendo-se em dores, "chorando copiosamente", " uma vergonha". 11. Trusmo - (verdade evidente) Todos os homens so mortais. / So Paulo, o maior centro industrial da Amrica Latina./ Pel considerado rei do futebol. / A criana de hoje ser o adulto de amanh. /Os idosos so pessoas que viveram mais que os jovens.

DICAS SOBRE A DISSERTAO:

ERROS DA INTRODUO:1. difcil falar sobre esse assunto...2. Este um tema muito complexo...3. Este um assunto que me atrai muito, pois de longa data...4. No faa plgio.

ERROS DE DESENVOLVIMENTO:1. no use palavro nem termos grosseiros e deselegantes ;2. no critique as instituies (descer a lenha...)3. evite definir (liberdade ...4. no encha linguia; faa um trabalho honesto.5. prefervel poucas linhas bem redigidas a muitas mal escritas.6. No faa plgio

ERROS DA CONCLUSO:11. Eu sei que no sou a pessoa mais qualificada para falar sobre isso...2. Tentei, com o pouco conhecimento que tenho...3. Desculpem-me se a minha opinio no a mais convincente...4. Voltarei a ler mais sobre o assunto e ento...5. Nada de panfletagem: devemos nos unir!; vamos reciclar o planeta!6.No faa plgio.A IMPORTNCIA DOS CONECTIVOSA coeso de um texto depende muito da relao entre as oraes que formam os perodos e os pargrafos. Os perodos compostos precisam ser relacionados por meio de conectivos adequados. Os principais so as conjunes e os pronomes.CONJUNES COORDENATIVASRELAOCONJUNOEXEMPLO

Adioe, nem, mas tambmSofia estuda e brinca.

Adversidade (oposio)Mas, porm, contudo, todavia, entretantoJoana estudou muito, porm no foi aprovada.

Alternnciaou.. ou, ora... ora, quer... quer, seja... sejaBeatriz ora estuda, ora trabalha.

ConclusoLogo, portanto, pois (aps o verbo)Penso, logo existo.

ExplicaoQue, porque, pois (antes do verbo)Estudem bastante, pois s assim sero aprovados.

CONJUNES SUBORDINATIVASRELAOCONJUNOEXEMPLO

CausaPorque, j que, visto que, como J que todos faltaram, no haver aula.

ComparaoMais... que, menos... que, assim como, to/tanto... comoVnia mais esperta do que sua irm.

ConcessoEmbora, ainda que, conquanto, mesmo queAinda que chova, iremos aula inaugural do curso.

Condiose, caso, desde que, a no ser que, a menos queSe no chover, iremos ao concerto no Municipal.

ConformidadeConforme, como, segundoFizeram tudo conforme o combinado.

ConsequnciaTo/tanto... que, de modo queComeu tanto, que teve distrbio intestinal.

FinalidadePara que, a fim de queLutou muito a fim de ser reconhecido.

Proporcionalidade medida que, proporo que medida que estudava, ganhava mais nimo.

TempoQuando, logo que, assim que, mal, enquantoQuando chegou, a reunio j havia comeado.

Relao dos principais elementos de coeso: 1. assim, desse modo: tm um valor exemplificativo e complementar. A sequncia introduzida por eles serve normalmente para explicitar, confirmar ou ilustrar o que se disse antes.

1. e: anuncia o desenvolvimento do discurso e no a repetio do que foi dito antes; indica uma progresso que adiciona, acrescenta, algum dado novo.

1. ainda: serve, entre outras coisas, para introduzir mais um argumento a favor de determinada concluso, ou para incluir um elemento a mais dentro de um conjunto qualquer.

1. alis, alm do mais, alm de tudo, alm disso: introduzem um argumento decisivo, apresentado como acrscimo, como se fosse desnecessrio, justamente para dar o golpe final no argumento contrrio.

1. isto , quer dizer, ou seja, em outras palavras: introduzem esclarecimentos, retificaes ou desenvolvimento do que foi dito anteriormente.

1. mas, porm e outros conectivos adversativos: marcam oposio entre dois enunciados ou dois segmentos do texto.

1. embora, ainda que, mesmo que: so relatores que estabelecem ao mesmo tempo uma relao de contradio e de concesso. Servem para admitir um dado contrrio para depois negar seu valor de argumento. Trata-se de um expediente de argumentao muito vigoroso.

Observe o modelo:Frase errada:Embora o Brasil seja um pas de grandes recursos naturais, tenho certeza de que resolveremos o problema da fome.Frase correta:Como o Brasil um pas de grandes recursos, tenho certeza de que resolveremos o problema da fome.Veja que no existe a relao de oposio ou a ideia de concesso que justificaria a conjuno EMBORA. Como a relao de causa-efeito, deveria ter sido usada uma conjuno causal.Exerccios: 1.Una as oraes usando os conectivos adequados ao sentido da frase, reestruturando o quesito 2.

1. Israel possui um solo rido e pouco apropriado agricultura, _______ chega a exportar certos produtos agrcolas. (por isso / assim / porm)

2. O Governador resolveu no se comprometer com nenhuma das faces em disputa pela liderana do partido. _______, ele ficar vontade para negociar com qualquer uma que venha a vencer. (porm /embora / desse modo)_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3. Tudo permanece imvel ___ fica sem se alterar. (porm / por isso / e)

4. Os salrios esto cada vez mais baixos porque o processo inflacionrio diminui consideravelmente seu poder de compra. ________, so considerados como renda e taxados com impostos. (todavia / porm / e /alm disso)

5. A associao ____________ preceitos obedecemos fica na Avenida Paulista. (a cujos / de cujos / por cujos / em cujos)

6. A enfermeira ________ habilidade confio entrar em frias amanh. (a cuja / de cuja / por cuja / em cuja)

2. Associe as oraes atravs do uso adequado da conjuno, expressando as relaes semnticas possveis (ideias coesas e coerentes).

1. No duvide de nada. Neste mundo tudo possvel.____________________________________________________________________________________________________________________________________________

2. Vocs estudam. Devero passar.____________________________________________________________________________________________________________________________________________

3. Carlota no vai praia. Carlota no vai ao cinema.____________________________________________________________________________________________________________________________________________

4. Plante. O governo garante.____________________________________________________________________________________________________________________________________________

5. O lavrador semeia. A lavradeira, tempos depois, colhe.____________________________________________________________________________________________________________________________________________

6. O espetculo foi bom. No agradou ao pblico.____________________________________________________________________________________________________________________________________________

7. Todos falam em eleies. Ningum faz eleies.____________________________________________________________________________________________________________________________________________

8. Nadando, ele grande atleta. Jogando futebol, ele grande atleta.____________________________________________________________________________________________________________________________________________

9. Est fazendo frio. Levarei uma blusa.____________________________________________________________________________________________________________________________________________

10. As crianas brincam. As crianas brigam.____________________________________________________________________________________________________________________________________________

3. Escreva a relao semntica que a conjuno coordenativa estabelece ao associar as oraes: Exemplo: Voc est preparado para o vestibular, por isso no se preocupe!Por isso: relao de concluso

1.Vocs estudam, portanto (por isso logo por conseguinte) devero passar.______________________________________________________________________

2. Carlota no vai praia, nem vai ao cinema. (... no s no vai... mas tambm novai...)____________________________________

3. Plante, que (porque) o governo garante.______________________

4. O lavrador semeia e a lavradeira, tempos depois, colhe.____________________

5. O espetculo foi bom, mas (entretanto porm no entanto) no agradou aopblico.__________________________

6. Todos falam em eleies, mas (entretanto porm no entanto) ningum fazeleies.__________________________RefernciasOs textos utilizados foram compilados e adaptados das indicaes: BAGNO, Marcos. O Preconceito lingustico. O que , como se faz. So Paulo: Loyola, 2009.MOYSES, Carlos Alberto. Lngua Portuguesa: Atividades de Leitura e Produo de Textos.3 ed. Rev e atual. So Paulo: Saraiva, 2009.