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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DISCIPLINA: PROJETOS PROFESSOR JOSE LAMARTINE 4ª Lista de Exercícios Aluno Thyago Celso Cavalcante Nepomuceno 1) (a) Calcule o Valor Presente Líquido (VPL) para o fluxo de caixa a seguir. (b) Em seguida, faça a análise de sensibilidade para o VPL, variando a receita total e o custo total (cada uma das variáveis), para mais e para menos em 10%, 20% e 30%. (c) Então, monte 3 cenários; mais provável, otimista e pessimista; considerando a situação original, variação da receita em mais 5% e dos custos em menos 5%, e variação da receita em menos 5% e dos custos em mais 5%, respectivamente, para cada um dos cenários. (d) Comente os resultados dizendo se, em função do VPL o projeto é viável ou não e, em função da análise de sensibilidade e dos cenários, se o projeto apresenta risco excessivamente elevado ou não. ITEM P E R Í O D O S ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 Ano 4 ANO 5 Investimentos -1.000 0 0 0 0 Receitas 0 500 500 500 500 500 Custos 0 150 150 150 150 150 2) Use a metodologia do Valor Esperado - Variância (E-V), para encontrar o VPL(E) e uma estimativa do risco dos projetos abaixo. Diga qual deve ser o projeto escolhido e por que. PROJETO A PROJETO B VPL ($) PROBABILIDADE VPL ($) PROBABILIDADE 2.000 0,5 0 0,5 4.000 0,5 6.000 0,5 Projeto A Projeto B VAL($) Prob. VAL($) Prob. 2000 0,5 0 0,5 4000 0,5 6000 0,5 Valor Esperado Valor Esperado 3000 3000 E(VPL) = ΣpiVPLi

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCOCENTRO DE CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE ECONOMIADISCIPLINA: PROJETOS

PROFESSOR JOSE LAMARTINE

4ª Lista de ExercíciosAluno Thyago Celso Cavalcante Nepomuceno

1) (a) Calcule o Valor Presente Líquido (VPL) para o fluxo de caixa a seguir. (b) Em seguida, faça a análise de sensibilidade para o VPL, variando a receita total e o custo total (cada uma das variáveis), para mais e para menos em 10%, 20% e 30%. (c) Então, monte 3 cenários; mais provável, otimista e pessimista; considerando a situação original, variação da receita em mais 5% e dos custos em menos 5%, e variação da receita em menos 5% e dos custos em mais 5%, respectivamente, para cada um dos cenários. (d) Comente os resultados dizendo se, em função do VPL o projeto é viável ou não e, em função da análise de sensibilidade e dos cenários, se o projeto apresenta risco excessivamente elevado ou não.

ITEM P E R Í O D O S

ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 Ano 4 ANO 5

Investimentos -1.000 0 0 0 0

Receitas 0 500 500 500 500 500

Custos 0 150 150 150 150 150

2) Use a metodologia do Valor Esperado - Variância (E-V), para encontrar o VPL(E) e uma estimativa do risco dos projetos abaixo. Diga qual deve ser o projeto escolhido e por que.

PROJETO A PROJETO BVPL ($) PROBABILIDADE VPL ($) PROBABILIDADE

2.000 0,5 0 0,5

4.000 0,5 6.000 0,5

Projeto A Projeto BVAL($) Prob. VAL($) Prob.

2000 0,5 0 0,54000 0,5 6000 0,5

Valor Esperado Valor Esperado3000 3000

E(VPL) = ΣpiVPLi

δ2= Σpi(VPLi)2 - [E(VPLi)]2

δ2= Σpi(VPLi)2 - [ΣpiVPLi]2

Estimativa de riscoProjeto A Projeto B

1.000.000 9.000.000

O projeto A deve ser o escolhido, por ter um maior VAL e apresentar menor risco.

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3) Use a metodologia do Valor Esperado - Variância (E-V), para encontrar o VPL(E) e uma estimativa do risco dos projetos abaixo. Diga qual deve ser o projeto escolhido e por que.

PROJETO A PROJETO BVPL ($) PROBABILIDADE VPL ($) PROBABILIDADE

6.000 0,5 5.0000 0,58.000 0,5 10.000 0,5

4) Uma empresa produtora de petróleo adquiriu os direitos de exploração de uma determinada área, em leilão realizado pela ANP – Agência Nacional de Petróleo. A Empresa pode fazer ou não testes sísmicos, perfurar ou não poços, e vender ou não os direitos. Para melhor analisar as diversas possibilidades de ganhos e tomar as decisões corretas, especialistas por ela contratados montaram a árvore de decisões a seguir. As probabilidades de sucesso ou falha, bem como os VPL’s em cada um dos ramos estão ilustradas na árvore de decisão. Com esses dados, indique quais as melhores decisões a ser tomada pela Firma em cada nível/nó de tomada de decisão.

OBS.: S = Sucesso, F = Falha, P = Perfurar Poço, VD = Vender Direitos

Situações possíveis:

TESTE

1

2

2

2

Teste

Sem Teste

P

P

P

VD

VD

VDF (0,4)

S (0,6)

S (0,95)

S (0,05)

S (0,1)

S (0,9)

S (0,3)

S (0,7)

Val=+1.500.000

Val=200.000

Val=1.700.000

Val=-500.000

Val=500.000

Val=-700.000

Val=800.000

Val=1500000Val=-700.000

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D1:VE = 1.500.000 x (0,95) - 700.000 (0,05)

1.390.000 PerfuraD2:

800.000 Vende direitosSe o teste obter sucesso, é melhor perfurar os poços (D1).

D3:VE = 1.500.000 (0,1) - 700.000 (0,9)

-480.000D4:

200.000Se o teste falhar, é melhor vender os direitos (D4).

S/ TESTE

D5:VE = 1.700.000 (0,3) - 500.000 (0,7)

160.000D6:

500.000Sem realizar testes, é melhor vender direitos (D6).

CONCLUSÃO: é melhor realizar testes sísmicos e perfurar os poços, posto que o valor atual líquido esperado desta opção é relativamente maior no caso da não realização dos testes.

5) O que você entende por Avaliação Privada de Projetos e Avaliação Social de Projetos? Quais as principais diferenças entre essas duas abordagens? Dê exemplos.

A avaliação social de projetos tem por objetivo aferir a importância relativa de um projeto ou um conjunto de projetos para a sociedade como um todo. Normalmente esse tipo de estudo deve ser desenvolvido pelos órgãos de fomento ao desenvolvimento, como por exemplo os bancos de desenvolvimento - BADESC, BRDI, BNDES, BID e BIRD, e órgãos de planejamento ao nível nacional, estadual e municipal. Nessa avaliação, os critérios que irão nortear a seleção de um ou outro projeto são subjetivos ou políticos, espelhando dessa forma as preferências do decisor, ou as diretrizes governamentais que o organismo financiador deve respeitar.Avaliação social, avaliação econômica, análise custo/benefício, sob qualquer título esta avaliação tem como objetivo determinar os efeitos das decisões de investimentos, públicos ou privados, sobre a economia de um país ou de uma região. Em outras palavras, o que se pretende medir são os efeitos de decisões de investimentos sobre o bem-estar dos países, regiões ou grupos sociais atingidos pelos projetos.As diferenças entre a avaliação empresarial ou privada e a avaliação social são oriundas de distorções no sistema de preços da economia. As distorções verificadas no sistema de preços são explicadas por diversos fatores existentes em todas as economias, notadamente em países subdesenvolvidos ou em vias de desenvolvimento.Pode-se citar como exemplos:

subemprego de fatores de produção, principalmente de mão-de-obra; práticas protecionistas e de reserva de mercado, favorecendo situações de monopólio; isolamento de mercados, principalmente do interior, impondo dificuldades à livre circulação de

bens e serviços; existência de mercados cativos, tanto interna quanto externamente.

Assim, enquanto a avaliação privada identifica e contrapõe as receitas e custos na esfera da empresa, onde essencialmente se concentram os efeitos diretos do projeto, a avaliação social deve considerar os

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benefícios e custos numa perspectiva mais ampla - a de todos os agentes econômicos atingidos pelos efeitos diretos, indiretos ou induzidos do projeto.Em síntese, o problema da avaliação de projetos, pela ótica de seus efeitos, se resume em medir as modificações que esses projetos provocam nas diferentes grandezas econômicas e em seu equilíbrio relativo, pelo fato de atuarem de forma diferenciada sobre elas.

6) Quando trabalhamos com a Avaliação Social de Projetos, temos que recalcular os parâmetros, ou seja, os valores que vamos inserir nas análises dos projetos. Temos que calcular, então, os preços sociais. Se tivermos o preço de um determinado produto dado p = R$5,00, com: elasticidade-preço da demanda (|η|) igual a 0,7; elasticidade-preço da oferta (ε) igual a 1,1; e o conjunto das distorções na economia entre os preços privados e públicos (φ) sendo igual a 0,2; calcule o preço social deste produto.

Cálculo do Preço Social

P* = P x [|η| + (1-Ф)ε][|η| + ε

P* = 5 x 0,7 + (1-0,2) x 1,10,7 + 1,1

P* = 5,61

7) Uma das maiores dificuldades na Avaliação Social de Projetos, diz respeito à valoração ambiental. Fale sobre os métodos de valoração ambiental a seguir, explicando em consistem, principais aplicações e dê exemplos de aplicações.

a) Custo de Uso; b) Custo de Reconstrução; c) Preços Hedônicos; d) Custo de Viagem; e) Avaliação Contingente.

a) Método do Custo de Uso:

O método do Custo de Uso é aplicado na medida em que se estima todos os investimentos, custos operacionais e receitas que poderão vir a ocorrer durante todo o período de exploração do ativo ambiental:

Onde: I = investimentos necessários à exploração da reserva;

Rt = receita no ano t; Ct = custo no ano t; i = taxa de juros; n = números de períodos de vida útil (anos) da reserva extrativa.

Nesse caso, caso o resultado seja maior que zero, é interessante realizar o projeto, mesmo com os impactos ambientais. Esta técnica nem sempre pode ser utilizada devido a dificuldades em saber o que cada espécie animal e/ou vegetal pode gerar em termos econômicos-financeiros; e, por isso, torna-se necessário optar por Mercados de Recorrência, que são mercados hipotéticos capazes de estimar o valor dos ativos ambientais.

MCUso=−I+∑t=1

n (R t−Ct )(1+ i )t

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b) Método do Custo de Reconstrução:

O método do Custo de Reconstrução é uma técnica utilizada para se obter uma estimativa do valor da agregação ambiental. Para isso, esse método determina o valor de um bem ou recurso ambiental que foi danificado ou destruído com base nos custos de reconstrução desse mesmo recurso, caso no futuro seja necessário reimplantar este bem destruído. O ponto fundamental desse método é que o benefício proporcionado pelo recurso ambiental deve ser, pelo menos, igual ao valor dos custos de sua reimplantação.

Exemplo: Ao se construir uma hidrelétrica, projeta-se a inundação de uma área que pode ser florestal ou, até mesmo, residencial (uma cidade). Assim, deve-se calcular quais os custos de reconstruir essa área e confrontar esse resultado com os benefícios que você irá ter com a construção da hidrelétrica.

c) Método dos Preços Hedônicos:

O método dos preços hedônicos admite que o valor dos bens deve ser calculado em função dos benefícios líquidos propiciados pela sua utilização. Esse método pode ser bem aplicado no mercado de bens imobiliários devido à disposição das pessoas a pagar mais ou menos para morar em determinada localidade. Assim, o preço do imóvel deixaria de ser função apenas das qualidades inerentes à obra e seria também função das qualidades do local e do ambiente.

Exemplo: os preços dos imóveis localizados no bairro de Boa Viagem são mais elevados que os preços dos imóveis localizados longe da praia, pois os indivíduos estão dispostos a pagar mais para ter o prazer de morar perto da praia.

d) Método do Custo de Viagem:

Baseado nas preferências reveladas dos consumidores, esse método utiliza-se das informações observadas sobre o comportamento do consumidor para avaliar o bem-estar dos indivíduos derivado de variações na qualidade ambiental. Esse método é comumente aplicado para medir o lazer proporcionado por parques, áreas verdes, paisagens, etc. O custo do consumo do lazer é medido pelo custo da viagem até os locais que possuam estes benefícios. Normalmente, esse método procura determinar a demanda por recreação de uma localidade através de informações como o número de visitas por ano, a renda paga durante a visita, o preço dos bens e outras características socioeconômicas.

Exemplo: o valor que as pessoas estão dispostas a pagar pela preservação de Fernando de Noronha depende do custo de transporte de ir até lá, do custo de hospedagem e do custo de oportunidade do tempo gasto na viagem.

e) Método da Avaliação Contigente:

Esse método é usado como uma alternativa para dar valor monetário aos bens não transacionáveis, através de suposições que geram um mercado artificial para os bens em questão. A metodologia utilizada nesse método consiste em questionar as pessoas sobre o quanto elas estariam dispostas a pagar ou receber por um determinado bem ou serviço. Assim, a essência desse método consiste em revelar as preferências dos consumidores e compará-las, a partir do seu comportamento nos mecanismos de mercado.Um problema enfrentado por esse método é o fato de que algumas características particulares dos indivíduos poderem vir a viesar a sua própria avaliação da mudança e prejudicar os resultados.Já a vantagem dela, é que se alguém discordar do valor obtido, um argumento forte de defesa seria o fato de que a população como um todo concorda.

Exemplo: Reconstrução de um sistema de esgoto

8) No estudo de um projeto para a fabricação de alumínio em lingotes, sob a ótica da economia como um todo (projetos públicos), se verificou os seguintes dados:

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• Investimento em reais de: R$1660.000,00, sendo que R$700.000,00 se referem a obras civis, R$860.000,00 a máquinas e equipamentos adquiridos no País, e R$100.000,00 a capital de giro; e mais investimentos em moeda estrangeira representados por US$200.000,00, referentes a máquinas e equipamentos adquiridos no exterior; • Serão comercializadas 200.000 unid/ano; • Preço de mercado do produto: p = R$13,00; • Custos Fixos: CF = R$ 200.000 /ano, a preços de mercado; • Custos Variáveis Totais, representados por: Mão-de-Obra, R$400.000,00/ano; e energia elétrica, R$400.000,00/ano; • Taxa de câmbio privada: E = R$1,70/US$; • Taxa social de câmbio: ES = 1,3 E; • Taxa de juros de mercado: i = 10% a. a.; • Taxa social de juros: iS = 1,1 i; • Preço social do produto: pSp = 1,5 pp ; • Preço social da mão-de-obra: pSmo = 0,8 pmo; • Preço social da energia elétrica: pSee = 0,9 pee ;• Alíquota de Imposto de Renda: AIR = 20%; • Alíquota de Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI): AIPI = 30%; • Vida útil do projeto: 10 (dez) anos. Calcular o VPL e a TIR do projeto, sob a ótica privada e sob a ótica social, e comparar os resultados. Analise o que aconteceria, novamente sob as duas óticas, caso o governo desse um subsídio anual de R$200.000,00 à empresa: o projeto seria viável sob as duas óticas?

I = R$ 1660.000,00Ioc = R$ 700.000,00Imq = R$ 860.000,00Imq = US$ 200.000,00q = 200.000 unid./anop = R$ 13,00/unid.Custo Fixo (CF) = R$ 200.000,00/anoCusto Variável (CV):CVMO = R$ 400.000,00/anoCVEE = R$ 400.000,00/anoE = R$ 1,70/US$ES = 1,3 Ei = 10% a. a.iS = 1,1 iPSp = 1,5 pPm0 = 0,8 pmoVida útil do Projeto = 10 anos

Projeto Privado: (E = R$ 2,40/US$, p = R$ 13,00/unid., i = 10% a. a.)

I = Ioc + Imq Ioc = R$ 700.000,00Imq = R$ 860.000,00 + US$ 200.000,00 x R$ 1,70 = R$ 1.200.000,00

US$I = R$ 700.000,00 + R$ 1200.000,00 = R$ 1.900.000,00

Custo Total = CF + CVCF = R$ 200.000,00 CV = CVMO + CVEE = R$ 400.000,00/ano + R$ 400.000,00/ano = R$ 800.000,00/anoCusto Total = R$ 200.000,00 + R$ 800.000,00/ano = R$ 1000.000,00/ano

Receita = p x q = R$ 13,00 x 200.000 Receita = R$ 2.600.000,00/ano

Razão Benefício/Custo:

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Benefício = 2.600.000 a10 10% = R$ 7.987.937,24Custo = 1.390.000 + 700.000 a10 10% = R$ 5.691.196,97

B/C =7.987.937,24

= 1,4035605.691.196,97

Valor Atual Líquido:Val = -1.390.000 + (1.300.000 - 700.000) a10 11% = -1.390.000 + 600.000 a10 11% Val = R$ 2.296.740,26

TIR:Na HP 12C: IRR = 41,86%

Projeto Público: (ES = 1,3 E, iS = 1,1 i, PSp = 0,8 p, PSi = 0,9 pi)

ES = 1,3 E = 1,3 x R$ 2,30/US$ = R$ 2,99/US$iS = 1,1 i = 1,1 x 10% = 11% a. a.PSp = 0,8 p = 0,8 x R$13,00 = R$ 10,40PSi = 0,9 pi :

CVMOs = 0,9 x CVMO = 0,9 x R$ 200.000,00/ano = R$ 180.000,00/anoCVEEs = 0,9 x CVEE = 0,9 x R$ 300.000,00/ano = R$ 270.000,00/ano

I = Ioc + Imq Ioc = R$ 400.000,00Imq = R$ 300.000,00 + US$ 300.000,00 x R$ 2,99 = R$ 1.197.000,00

US$I = R$ 400.000,00 + R$ 1.197.000,00 = R$ 1.597.000,00

Custo Total = CF + CVCF = R$ 200.000,00 CV = CVMO + CVEE = R$ 180.000,00/ano + R$ 270.000,00/ano = R$ 450.000,00/anoCusto Total = R$ 200.000,00 + R$ 450.000,00/ano = R$ 650.000,00/ano

Receita = p x q = R$ 10,40 x 100.000 Receita = R$ 1.040.000,00/ano

Razão Benefício/Custo:

Benefício = 1.040.000 a10 11% = R$ 6.124.801,29Custo = 1.597.000 + 650.000 a10 11% = R$ 5.425.000,81

B/C =6.124.801,29

= 1,1208995.464.000,81

Valor Atual Líquido:

Val = -1.597.000 + (1.040.000 - 650.000) a10 11% = -1.597.000 + 390.000 a10 11% Val = R$ 699.800,48

TIR:

Na HP 12C: i’ = 20,70%

Projeto Privado x Projeto PúblicoB/C = 1,403560 B/C = 1,120899Val = R$ $ 2.296.740,26 Val = R$ 699.800,48TIR = 41,86% TIR = 20,70%

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A partir do comparativo feito acima, conclui-se que o projeto apresenta melhor viabilidade no ponto de vista privado do que no ponto de vista público.

9) O que você entende por Teoria das Opções Reais? Como essa teoria pode ser aplicada à análise de viabilidade/riscos de projetos?

Essas opções são importantes pois permitem ao tomador de decisão reagir – preventivamente – a situações favoráveis/desfavoráveis e ir modificando – de uma forma dinâmica – o processo de tomada de decisão. Embora os tradicionais métodos usados na tomada de decisão Valor Presente Líquido (VPL) e TIR (Taxa Interna de Retorno) não levem em conta essa flexibilidade, eles continuam a ser cruciais na TOR – como mostrado no estudo de caso adiante, no item 3. Este ensaio mostra a aplicação da TOR a uma decisão de investimento de uma forma introdutória e intuitiva.

Tipos de Opções ReaisA Teoria das Opções Reais surgiu a partir das Opções do Mercado Financeiro. Uma primeira visão pode ser vista na sempre útil Wikipédia ou, para os mais acadêmicos, no site da PUC-Rio e em Tong e Reuer (2007). Opções Reais podem envolver o “timing” do investimento (decisão de antecipar ou adiar o investimento), crescimento, expansão e abandono. Uma introdução aos diversos tipos de opções é mostrada em Antonik e Assunção (2005). Um estudo de caso interessante (de um passado não tão longíquo!), apresentado originalmente em Martelanc et al (2004), é apresentado a seguir, com algumas adaptações e extensões, para melhor ilustrar o conceito da TOR.Uma breve introdução a conceitos básicos de Valor Presente Líquido (VPL), árvore de decisão e probabilidade de eventos discretos – presentes nesse estudo de caso – pode ser vista em Santos e Pamplona (2001).

Estudo de caso didáticoUm investidor X está interessado em adquirir uma empresa Y – uma provedora de acesso gratuito à internet. Após a aquisição, ele deseja investir pesado na empresa Y para aumentar o seu faturamento e lucro, uma vez que vislumbra um aumento da demanda nesse mercado.

10) O que é a Simulação Monte Carlo? Como podemos usá-la na análise de risco em projetos de investimentos?

O método de Monte Carlo (MMC) é um método estatístico utilizado em simulações estocásticas com diversas aplicações em áreas como a física, matemática e biologia[1]. O método de Monte Carlo tem sido utilizado há bastante tempo como forma de obter aproximações numéricas de funções complexas. Este método tipicamente envolve a geração de observações de alguma distribuição de probabilidades e o uso da amostra obtida para aproximar a função de interesse. As aplicações mais comuns são em computação numérica para avaliar integrais. A ideia do método é escrever a integral que se deseja calcular como um valor esperado. De acordo com (HAMMERSELEY,1964) o nome "Monte Carlo" surgiu durante o projeto Manhattan na Segunda Guerra Mundial. No projeto de construção da bomba atómica, Ulam, von Neumann e Fermi consideraram a possibilidade de utilizar o método, que envolvia a simulação direta de problemas de natureza probabilística relacionados com o coeficiente de difusão do neutron em certos materiais. Apesar de ter despertado a atenção desses cientistas em 1948, a lógica do método já era conhecida há bastante tempo. Por exemplo, existe um registro de um artigo escrito por Lord Kelvin dezenas de anos antes, que já utilizava técnicas de Monte Carlo em uma discussão das  equações de Boltzmann. (Fonte Mundo PM)Existem três classes de algoritmos Monte Carlo: Erro-Unilateral, Erro-Bilateral e Erro-Não-Limitado.

11) O que você entende por valuation?

Valuation é o termo em inglês para "Avaliação de Empresas", "Valoração de Empresas" e "Arbitragem de Valor". Esta área de finanças estuda o processo de se avaliar o valor de determinado ativo, financeiro ou real.

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12) O que você pode dizer quanto ao funcionamento do FINOR e o que pode esperar do FDNE quando comparando as duas experiências? OBS.: para responder a esta pergunta, utilize o artigo sobre a SUDENE.

O sistema FINOR (Fundo de Investimentos do Nordeste) compreendeu um conjunto de incentivos (financeiros e fiscais) que tinham como objetivo atrair empreendimentos para a Região Nordeste. Inicialmente, o foco era a indústria de transformação, devido ao grau de importância que este ramo da indústria dispunha. Porem, dada à precariedade do mecanismo de renuncia fiscal, seus abusos e sua pouca formalidade, percebeu-se que as fatias de dedução do IR, acabavam sendo so utilizadas pelos grandes grupos nacionais. O principal aspecto desse sistema foi contribuir para uma politica de industrialização do Nordeste. Com o objetivo de acelerar a taxa de crescimento na renda e diminuir disparidades em relação às outras regiões do pais, a SUDENE estabeleceu um conjunto de parâmetros para a classificação de projetos incentivados que tiveram reflexos na tentativa de criação de um mercado de capitais regional, na estruturação de uma base industrial e na formação de uma nova classe de empresariado local. Os critérios faziam um balanceamento entre padrões competitivos da época e as indicações de localizações de investimentos em zonas de baixo desempenho econômico

O FDNE (Fundo de Desenvolvimento do Nordeste), este tinha objetivo de criar um instrumento especifico e adequado às necessidades de investimentos para a Região Nordeste, bem como os espaços do Norte do Espirito Santo e Parte de Minas Gerais. Voltado para empreendimentos de infraestrutura, bem como os de alta capacidade germinativa e de inovação. O FDNE e o atual instrumento de promoção do desenvolvimento regional, com recursos provenientes do Tesouro Nacional, sendo administrado pela SUDENE. Seu objetivo e financiar investimentos em infraestrutura, serviços públicos, projetos estruturadores e os baseados em inovação. Uma particularidade deste fundo e seu caráter de empréstimo por meio de debentures (com possibilidade de conversão em ações). Essa conversão fica a critério da SUDENE, mas limitada a ate 15%, na maioria dos projetos e ate 50% em projetos de infraestrutura ou estruturadores.

Com relação ao FINOR, o FDNE tem semelhança do uso das debentures como instrumentos de empréstimos, inclusive com a possibilidade de conversão em ações. As debentures passaram a fazer parte do FINOR a partir do ano de 1992. Antes, ate 1991, os financiamentos tinham como contrapartida as ações preferenciais, que em sua essência não pressupõem uma obrigação de pagar, ficando sua rentabilidade da lucratividade das empresas e do mercado de ações. Um aspecto que ainda se coloca e qual a real capacidade do FDNE de atrair grandes negócios, sejam estruturadores ou de infraestrutura, bem como suas possibilidades de resolver os gargalos da economia regional. O FDNE pode ser configurado como um instrumento capaz de alavancar investimentos estratégicos na área de atuação da SUDENE. Podendo ser bastante útil para superar gargalos e problemas de emprego no espaço considerado, falta, porem uma maior articulação do Órgão junto aos estados e municípios, de modo a minorar os desequilíbrios inter-regionais.

13) Que recomendações você daria para um analista de projetos de um banco de desenvolvimento para que um projeto submetido a esse banco não corresse risco de insucesso devido a problemas operacionais desse mesmo banco? OBS.: para responder a esta pergunta, utilize o artigo sobre a SUDENE.

Em termos de procedimentos técnicos a serem adotados de modo a tornar o atual Fundo mais competitivo e ajustável, frente às necessidades de crescimento e formação de capital de sua área de atuação, e afim do mesmo não corresse risco de insucesso devido a problemas operacionais sugeriríamos:

• Análise econômico-financeira realizada em bases solidamente técnicas, com o VPL e a TIR sendo os critérios decisivos para a aprovação, ou não, dos projetos;

• Avaliação do risco e incerteza, considerando aspectos de sensibilidade, cenários e uso de metodologias de simulação15 (Método Monte Carlo) e de viabilidade dos projetos (Teoriadas Opções Reais);

• Promover a análise dos fatores de competitividade realmente relevantes por setor econômico, inclusive envolvendo fatores de sustentabilidade ambiental;

Page 10: Lista 4 Projetos UFPE (2012.1) Incompleta - Thyago

• Evitar o atraso nos cronogramas de liberação dos recursos – isto pode comprometer o desempenho do empreendimento;

• Incentivar e estabelecer a alavancagem financeira acerca das fontes de financiamento para o projeto, e fazer uso de arranjos financeiros mais sofisticados (como projetos estruturados ou Project Finance) quando for o caso;

• Transformar os recursos do FDNE de orçamentários contábeis para financeiros, de forma que os valores pagos pelos tomadores dos financiamentos, ao serem pagos, reforcem o caixa do Fundo, ampliando a sua capacidade de alavancar novos projetos.