Manual de Enfermagem Unidade de Cuidados Intensivos

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  • UNIDADE DE CUIDADOS INTENSIVOS

    MANUAL DE ENFERMAGEM

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    SUMRIO 0 NOTA INTRODUTRIA .............................................................................................................................. 3

    1 - RECURSOS HUMANOS.............................................................................................................................. 5

    2 - ESTRUTURA FISICA................................................................................................................................... 6

    3 ORGANIZAO E FUNCIONAMENTO DA UCI ........................................................................................ 7

    3.1 - ADMISSO , TRANSFERNCIA E BITO......................................................................................... 8

    3.2 - VISITAS.............................................................................................................................................. 10

    3.3 - ALIMENTAO ................................................................................................................................. 11

    3.4 - REPOSIO DE MATERIAL DE CONSUMO CLNICO, FARMACUTICO E ESTERILIZAO

    ..................................................................................................................................................................... 12

    3.5 - CIRCUITOS DE ROUPA E LIXOS..................................................................................................... 13 4 ORGANIZAO DO SERVIO DE ENFERMAGEM ............................................................................... 14

    4.1 - ORGANIZAO DOS CUIDADOS .................................................................................................... 16

    4.2 - TERAPUTICA ................................................................................................................................... 18

    4.3 UTILIZAO / MANUTENO DO CARRO DE URGNCIA......................................................... 18

    4.4 - REGISTOS DE ENFERMAGEM ......................................................................................................... 19

    4.5 - CLASSIFICAO DA CARGA DE TRABALHO DE ENFERMAGEM.............................................. 21 5 PRINCIPAIS FUNES DOS ENFERMEIROS ....................................................................................... 21

    6 - PRINCIPAIS TAREFAS DOS AUXILIARES DE ACO MDICA ........................................................... 27

    7 PROTOCOLOS EM VIGOR NA UNIDADE DE CUIDADOS INTENSIVOS.............................................. 29

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    0 NOTA INTRODUTRIA

    Uma U.C.I. um servio dotado de instalaes, pessoal e equipamento capaz de assegurar um

    tratamento eficaz a doentes com uma ou mais funes vitais em risco imediato e que no

    possvel efectu-lo noutros servios do Hospital, possuindo os principais objectivos:

    ? Proporcionar aos utentes em estado critico uma melhor assistncia, disponibilizada por pessoal diferenciado e apoiado por tecnologia avanada

    ? Retirar os doentes em estado critico das unidades de internamento / S.O. a fim das mesmas proporcionarem uma assistncia mais homognea aos que a permanecem

    ? Reduzir a mortalidade e morbilidade nos doentes de mdio e alto risco ? Melhorar o nvel de cuidados hospitalares diferenciados ? Permitir ao hospital utilizar com a maior eficincia possvel, o pessoal mais especializado e o

    equipamento de custos mais elevados

    Importa no entanto proceder definio de alguns conceitos que se revelam importantes para a

    prtica diria de enfermagem e que so:

    Doente de Alto Risco

    Aquele cuja vida est ameaada por complicaes que podem surgir em resultado de uma

    afeco, levando falncia de um ou vrios rgos e que necessita de cuidados imediatos e

    diferenciados, alm de observao contnua para detectar e prevenir precocemente as

    complicaes.

    Cuidados de Enfermagem Intensiva

    So cuidados minuciosos e qualificados prestados de forma contnua ao longo das 24 horas, ao

    indivduo com uma ou mais funes vitais em risco imediato, como resposta s necessidades

    afectadas e permitindo manter as funes bsicas da vida, prevenindo complicaes e limitando

    incapacidades.

    Observao Intensiva de Enfermagem

    a colheita e procura contnua, minuciosa e de forma sistematizada de dados, com a finalidade

    de conhecer em cada momento a evoluo da situao do doente, previso e deteco precoce

    das complicaes, permitindo actuar no momento preciso, de modo eficiente.

    Com a elaborao deste documento de apoio, pretende-se transmitir algumas orientaes,

    normas, protocolos, rotinas e procedimentos que se consideram teis e necessrios para o

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    desenvolvimento normal da actividade de enfermagem, assim como permitir a quem admitido,

    integrar-se na dinmica de funcionamento desta Unidade.

    Uma maior uniformidade relativamente actuao da equipa de enfermagem, assim como a sua

    rentabilizao e optimizao dos recursos disponveis, so outros dos objectivos que esto

    subjacentes sua elaborao.

    Este documento no est definitivamente elaborado, pelo que tem sido alvo de actualizao e

    remodelao sempre que a sua necessidade se faa sentir, necessitando para tal, do

    envolvimento de todos, por forma a melhor-lo e torn-lo mais efectivo.

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    1 - RECURSOS HUMANOS

    Para o regular funcionamento da U.C.I., existe um conjunto de recursos humanos que engloba

    diferentes sectores profissionais, constituindo uma equipa multidisciplinar.

    Enfermeiros

    ? Enfermeiro Chefe 1 ? Enfermeiros Graduados - 8 ? Enfermeiros - 10

    Mdicos

    ? A equipa mdica constituda por trs mdicos fixos da UCI e por cinco mdicos externos UCI que do apoio, assegurando as urgncias internas, distribuindo-se pelas seguintes

    especialidades

    ? Especialistas em Medicina Interna 2 ? Intensivista - 1 ? Anestesista - 1 ? Pneumologista 2 ( Sendo um o Director da UCI ) ? Cardiologista - 1 ? Existe apoio pontual por parte de outros especialistas, sempre que solicitados pelos

    mdicos da Unidade

    Auxiliares de Aco Mdica - 10

    ? Os horrios so elaborados com um minimo de: * Manh - 3 ; Tarde - 2 ( dias teis / Sbados ) e 1 aos Domingos ; Noite - 1

    A unidade conta ainda com o apoio de um Fisioteraputa que presta cuidados na unidade no

    mbito da sua competncia, no turno da manh. Poder ser contactado no servio de Medicina

    Fsica e Reabilitao, atravs da extenso 1534.

    Existe tambm uma Secretria de Unidade, responsvel por todos os procedimentos de carcter

    burocrtico .

    A articulao entre os diferentes grupos profissionais dever-se- efectuar dentro das elementares

    regras de respeito pela rea de competncia de cada um, assim como dever ser privilegiado um

    clima relacional que propicie um bom ambiente de trabalho.

    A mudana de turno da equipa mdica ser efectuada s 9 horas, assistindo mesma, os

    mdicos e o enfermeiro responsvel por cada doente.

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    2 - ESTRUTURA FISICA

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    A Unidade constituda por dois sectores, a Unidade de Cuidados Intensivos e a Unidade de

    Cuidados Intermdios.

    Lotao da Unidade de Cuidados Intensivos - 6 camas

    - Uma das camas est localizada num quarto, podendo servir para isolamento

    Lotao da Unidade de Cuidados Intermdios 6-7 camas ( ainda encerrada )

    A unidade possui para alm das tradicionais zonas de apoio, uma Sala de Tratamentos, Sala de

    Trabalho, Sala de Equipamento e outras - ver planta ( Anexo I )

    A unidade de cada doente constituda por uma cama hidrulica / elctrica, uma estrutura

    metlica dividida em dois compartimentos, um sistema de monitorizao cardaca e

    hemodinmica, sistema de gases e aspirao por vcuo, bombas e seringas perfusoras, gavetas

    para arrumos, diversas tomadas de corrente e uma prtese ventilatria

    Est perfeitamente definido o material que dever ser colocado em cada unidade, devendo ser

    rigorosamente cumprida esta orientao ( ver constituio da unidade do doente )

    3 ORGANIZAO E FUNCIONAMENTO DA UCI

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    Neste captulo ser descrito de forma sinttica o modo como a Unidade de Cuidados Intensivos se

    encontra organizada e o seu modo de funcionamento relativamente a aspectos que nos parecem

    fundamentais, por interferirem de modo directo ou indirecto no funcionamento e articulao da

    unidade com outros servios.

    3.1 - ADMISSO , TRANSFERNCIA E BITO

    Admisso

    Os critrios de admisso na UCI esto determinados, sendo os principais, os seguintes:

    - Falncia respiratria

    - Falncia hemodinmica

    - Ps-operatrios e politraumatizados no neurocirrgicos quando complicados por uma das

    situaes atrs descritas

    - Intoxicaes graves

    - Doena coronria aguda

    A provenincia dos doentes, faz-se atravs dos servios de Urgncia e /ou por transferncia de

    outras unidades da instituio hospitalar, assim como do exterior instituio

    A admisso do doente na UCI sempre da nica e exclusiva responsabilidade do mdico de

    servio UCI, devendo transmitir sempre essa informao equipa de enfermagem

    Cabe ao enfermeiro que ir ficar responsvel pelo doente a admitir, a verificao e preparao da

    unidade, de acordo com a condio clnica do doente

    A recepo do doente e a transio para a cama da UCI feita no corredor da unidade, perto da

    porta de acesso directo unidade

    Se o doente estiver consciente, dever ser apresentado equipa e informado do funcionamento

    bsico da unidade. Aquando da admisso do doente, devero ser efectuados obrigatoriamente,

    entre outros, os seguintes procedimentos:

    ? Tomar conhecimento adequado do motivo de internamento e seu grau de estabilidade/instabilidade

    ? Monitorizar o doente ? Avaliar funcionalidade dos acessos venosos ? Iniciar teraputica instituda ? Iniciar a folha de registos ? Identificar o nvel ou mudar as perfuses em curso e todas as drenagens, a fim de melhor

    contabilizao do balano hdrico

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    ? Efectuar a mudana de todos os sistemas de soros e do Urimeter ( se existir ) ? Efectuar cuidada observao fsica do doente ? Colaborar com o mdico na execuo de procedimentos tcnicos

    Sempre que o doente admitido, o processo dever ser organizado pela secretria de unidade ou

    pelo enfermeiro responsvel pelo doente em caso de ausncia da mesma

    Aquando da entrada do doente, no sero permitidos objectos ou valores pessoais, devendo os

    mesmos permanecer no servio de origem do doente

    Dever ser efectuada entrada do doente, zaragatoas das fossas nasais e perneo para pesquisa

    de MRSA. Semanalmente ser efectuado o seu controle atravs da execuo de novas

    zaragatoas. Para facilitar a sua execuo, est afixado no quadro da sala da UCI, um plano de

    colheitas a efectuar aos doentes

    Transferncia

    As transferncias so preferencialmente efectuadas no turno da manh, para os servios de

    internamento, constituindo as unidades de Medicina, Cirurgia, Especialidades Cirrgicas,

    Cardiologia e Pneumologia, a retaguarda da unidade. No caso da Unidade se encontrar lotada e

    exista a necessidade de admisso de um utente emergente, poder ser efectuada a transferncia

    de um utente para o S.O. do Servio de Urgncia.

    Os procedimentos burocrticos inerentes mesma so efectuados pela Secretria de Unidade ou,

    em sua ausncia, pelo enfermeiro responsvel pelo utente

    A transferncia do doente para a cama do servio destinatrio/maca, efectuada no corredor da

    UCI, junto porta de acesso directo unidade

    Quando se procede transferncia de um doente para qualquer outra unidade de internamento

    da instituio, acompanha-o sempre o processo clinico completo.

    Aquando da transferncia para outra unidade hospitalar, o doente dever-se- fazer sempre

    acompanhar de uma Nota de Alta Mdica e uma Nota de Alta de Enfermagem, de acordo com

    os impressos especificamente existentes para esses casos

    Aquando da transferncia para outro servio, o doente ser sempre acompanhado pelo

    enfermeiro que pertence ao servio para onde ir ser transferido. O transporte do doente ao Bloco

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    Operatrio assim como o seu retorno, da responsabilidade do enfermeiro responsvel pelo

    doente

    Aps a transferncia do doente, da responsabilidade do enfermeiro supervisar a limpeza e

    desinfeco da unidade, bem como a sua preparao para recepo de novo doente

    bito

    A informao do bito aos familiares dever ser efectuada sempre que possvel, pelo mdico

    responsvel pelo doente

    A preparao do cadver da responsabilidade do enfermeiro ao qual o doente estava

    atribudo, devendo proceder retirada de todos os cateterismos, higiene corporal,

    tamponamento de todos os orificios naturais, sutura de eventuais estomas e imobilizao dos

    membros superiores e inferiores, mantendo sempre o alinhamento corporal

    O cadver dever ser sempre identificado com 2 etiquetas, uma interna e outra externamente e

    posteriormente transportado obrigatoriamente em maca especifica, que se encontra localizada

    na casa morturia. A transferncia do cadver para a maca da casa morturia, feita no corredor

    da UCI, perto da porta de acesso directo unidade

    Os cuidados que foram prestados ao corpo, devero ser referenciados pelo enfermeiro nos

    registos de enfermagem do doente

    A sada do cadver da Unidade, s ser efectuada aps informao dos familiares ou, em caso de

    impossibilidade, das autoridades ( PSP ou GNR ) da rea de residncia do doente falecido e

    somente aps autorizao do enfermeiro responsvel

    Dever ser efectuado o registo da sada do cadver em livro prprio existente para esse efeito

    3.2 - VISITAS

    Na Unidade, o horrio das visitas das 13.30 s 14.30 horas e das s 18 s 20 horas, tendo cada

    doente direito a 3 visitas, no devendo ultrapassar os 10 15 minutos cada

    S podem permanecer simultaneamente junto a cada doente, uma visita, no sendo permitida a

    entrada de menores

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    O controle da entrada/sada das visitas efectuado por um Auxiliar de Aco Mdica (AAM) que

    fornecer bata de proteco a cada um dos visitantes, que devero igualmente efectuar a

    lavagem das mos antes e depois da visita

    O enfermeiro deve compreender a necessidade que todos os familiares tm , pelo que deve

    facilitar a verbalizao de todas as dvidas e preocupaes, informando igualmente sobre a

    possibilidade de poderem contactar o mdico assistente do doente para obteno de mais

    informaes, durante o perodo da visita, para alm de fornecer o Guia de Acolhimento da UCI

    Prestados todos os esclarecimentos aos familiares e ouvidas todas as suas dvidas e anseios,

    deve-se aproveitar esta oportunidade como um momento ptimo para o enfermeiro desenvolver

    aces de educao para a sade, atendendo especificidade de cada caso .

    Informaes a dar aos familiares :

    Preferencialmente, as informaes aos familiares devero ser comunicadas pelo mdico de

    servio, devendo o enfermeiro responsvel pelo doente, esclarecer outras questes, com o

    cuidado das mesmas serem o mais precisas e personalizadas possvel.

    O enfermeiro que d a informao tem sempre que ter em conta o nvel sociocultural e o estado

    emocional dos familiares, bem como a gravidade da situao do doente

    Todas as informaes devem ser dadas no sentido de esclarecer e acalmar os familiares,

    mantendo-os o mais possvel a par da realidade e ajudando-os a consciencializar-se da situao

    do doente. A ansiedade dos familiares deve ser compreendida como uma manifestao natural

    nestas situaes, pelo que uma informao correcta e clara contribuir para a sua diminuio

    Deve haver o cuidado de no dar informaes pouco precisas, e que a informao seja partilhada

    com os outros elementos da equipa de forma a no criar desentendimentos

    O enfermeiro deve ter a preocupao de no fornecer informaes do foro clinico (

    previses de altas, tempo de internamento, prognstico, ...). Estas s sero dadas se o enfermeiro

    tiver conhecimento exacto da situao, j informada pelo mdico assistente

    Por regra, no sero dadas quaisquer informaes telefnicas aos familiares/amigos dos utentes.

    Esse mtodo de transmisso de informao, ser pontualmente adequado e ponderado

    relativamente a cada caso

    3.3 - ALIMENTAO

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    A alimentao dos doentes fornecida pelos servios de alimentao, sendo diariamente

    preenchido um impresso de informao ao servio de alimentao, sobre o nmero e tipo de

    dietas a requisitar. Sempre que houver a entrada de um doente ou que exista alterao da dieta

    prescrita, dever ser feito um pedido extemporneo e/ou revertncia

    Caso os doentes manifestem algum desagrado por algum tipo de alimentos, o mesmo pode ser

    mencionado no impresso atrs referido. Pode ser contactada a Dietista para a elaborao de

    dietas personalizadas

    Horrio das refeies :

    Pequeno almoo - 8.30 h. s 9.30 h

    Almoo - 12.30 h. s 13.30 h

    Lanche - 16 h

    Jantar 19h

    expressamente proibida a entrada de quaisquer alimentos do exterior

    3.4 - REPOSIO DE MATERIAL DE CONSUMO CLNICO, FARMACUTICO E

    ESTERILIZAO

    Material de consumo clnico

    O material de consumo clnico fornecido pelo sistema de reposio de nveis, mediante pedido

    efectuado informaticamente pelo Enfermeiro Chefe 2 feira e fornecido o respectivo material 3

    feira. pedida a colaborao de todos no sentido da arrumao desse material, assim como na

    manuteno da arrumao da arrecadao onde o mesmo se encontra armazenado

    Medicamentos e produtos farmacuticos

    O fornecimento de teraputica feito diariamente pelos servios farmacuticos, de acordo com o

    sistema de troca de carros, sendo efectuada no final do turno da manh ( 15 horas ). Os medicamentos que no existam no servio, so pedidos diariamente, em impresso prprio, no

    turno da manh ou aquando da sua prescrio, sendo requisitada a quantidade necessria at ao

    dia seguinte. Os produtos farmacuticos de uso corrente ( solutos ), so fornecidos

    semanalmente tera-feira, mediante pedido efectuado informaticamente pelo Enfermeiro Chefe

    Existem medicamentos que necessitam de justificao mdica, como o caso de alguns

    antibiticos, hemoderivados e estupefacientes, devendo a mesma ser preenchida pelo mdico

    responsvel pela prescrio

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    Os servios farmacuticos encontram-se em funcionamento das 9 s 18 horas aos dias teis e

    das 9 s 17 horas aos sbados. Fora destes horrios e sempre que se justifique, dever ser

    contactado o responsvel pelos servios farmacuticos do Hospital, atravs da telefonista

    Esterilizao

    da responsabilidade do AAM o envio do material esterilizao. Deve ser enviado no turno da

    manh at s 12 horas e se necessrio no turno da tarde at s 20 horas. Quando o material

    chega unidade, deve ser obrigatoriamente conferido pelo AAM e arrumado nos armrios da sala

    de tratamentos ou nos Raquis murais

    Deve ser procedimento comum a todos os utilizadores de material esterilizado, a observao e

    cumprimento das normas de manuteno do mesmo, tendo sempre presente o cuidado de utilizar

    o material cuja data de esterilizao seja mais antiga.

    Semanalmente no turno das 16-24 horas de 2 feira, um AAM far o controle de todos os

    instrumentos cirrgicos, a fim de detectar eventuais faltas

    3.5 - CIRCUITOS DE ROUPA E LIXOS

    Roupa limpa

    A roupa limpa fornecida diariamente pela Lavandaria, no final do turno da manh, sendo o seu

    fornecimento destinado ao consumo nas prximas 24 horas, de acordo com um nvel previamente

    estabelecido. 4 feira no h fornecimento de roupa

    Roupa suja

    Os sacos amarelos existentes nos carros de higiene, so retirados sempre que se encontrem

    cheios at 2/3 e transportados para a sala de sujos, colocados no carro metlico existente para

    esse efeito, sendo encaminhados posteriormente para a lavandaria. Os sacos de roupa devero

    ser todos identificados com um marcador, escrevendo-se a sigla UCI

    Roupa considerada infectada dever ser colocada separadamente no mesmo tipo de sacos

    ( amarelos ), colocada posteriormente dentro de outro saco e depois escrito/rotulado como

    contendo roupa infectada

    Lixos

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    Os lixos so acondicionados em sacos plsticos pretos, brancos ou vermelhos, de acordo com a

    sua tipologia, sendo retirados sempre que necessrio e no final de cada turno, transportados para

    a sala de sujos e cumprindo o mesmo principio relativamente ao nvel de enchimento do saco

    O material cortante e perfurante dever ser colocado em contentores especficos, que quando

    cheios so transportados para a sala de sujos e encerrados em saco de cor vermelha

    Todos os sacos de lixo ( cor preta, branca e vermelha ), devero ser identificados com um

    marcador ou etiqueta, escrevendo-se a sigla UCI

    4 ORGANIZAO DO SERVIO DE ENFERMAGEM

    O mtodo de distribuio de trabalho utilizado o individual, que consiste na atribuio de um

    nmero de doentes, habitualmente no ratio de 1:2, aos quais o Enfermeiro dever prestar todos os

    cuidados necessrios

    A utilizao desta metodologia, no impede que seja promovido o espirito de trabalho em equipa,

    sendo obrigatrio que cada enfermeiro seja conhecedor da situao dos restantes doentes, pelo

    que passagem de turno tm que estar presentes todos os enfermeiros

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    elaborado diariamente pelo Enfermeiro Chefe, um Plano de Distribuio de Trabalho (

    Anexo II ), que abrange todas as 24 horas, designando em cada turno, o respectivo enfermeiro

    responsvel de equipa

    A integrao de novos enfermeiros na Unidade, ser feita de acordo com um Guia de Integrao

    existente ( Anexo III )

    Turno da manh :

    Para alm do Enfermeiro Chefe, existe 1 enfermeiro em regime de horrio fixo e trs enfermeiros

    em regime de horrio rotativo, excepto aos sbados, domingos e feriados, em que apenas existem

    trs enfermeiros em regime de horrio rotativo

    Turno da tarde e noite:

    Trs enfermeiros

    O horrio semanal de trabalho tem duas modalidades:

    Horrio de 35 horas Horrio de 40 Horas

    8 horas - 16 horas ( Manh )

    15,30 horas - 0 horas ( Tarde )

    23,30 horas - 8,30 horas ( Noite )

    A sobreposio de horrios, corresponde ao perodo destinado mudana de turno

    Em cada turno existe um Responsvel de Equipa de Enfermagem, que orientar a equipa de

    enfermagem e Auxiliares de Aco Mdica, na resoluo dos problemas de maior dificuldade,

    zelando sobretudo pela qualidade dos cuidados prestados, sendo por principio, um agente

    motivador da sua equipa

    possvel realizarem-se trocas de horrio, devendo as mesmas serem evitadas o mais possvel.

    Devero ser comunicadas em impresso prprio com o prazo mnimo de 48 horas e s sero

    efectuadas aps autorizao do Enfermeiro Chefe. No sero autorizadas trocas que impliquem

    ficar escalados simultaneamente dois enfermeiros mais recentes na unidade, excepto no turno da

    manh aos dias teis

    Cada enfermeiro apenas pode efectuar 4 trocas por ms. Poder solicitar o pedido de mais uma

    troca suplementar, efectuando para o efeito, uma Comunicao Interna dirigida Enf Directora

    dos Servios de Enfermagem, com conhecimento e autorizao prvia do Enfermeiro Chefe

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    4.1 - ORGANIZAO DOS CUIDADOS

    O pedido de exames complementares de Imagiologia e anlises clnicas, s saem do servio

    devidamente protocolados em livro existente para esse efeito

    As colheitas de sangue para rotinas, efectuam-se no final do turno da noite ( s 7 horas ) e so da responsabilidade do enfermeiro. As anlises urgentes sero efectuadas sempre que

    necessrias, em estreita colaborao com a equipa mdica e de enfermagem

    Outros produtos para anlise ( caso das urinas ) devero ser entregues no laboratrio at s 11

    horas, excepo daqueles que resultaram da execuo de exames complementares de

    diagnstico urgentes, que devero ser entregues o mais imediato possvel

    Sempre que um doente necessite de ser submetido a exames complementares de

    diagnstico/tratamento, ao enfermeiro responsvel pelo doente quem cabe a responsabilidade

    de preparao de todo o material necessrio, assim como a colaborao durante a realizao do

    mesmo

    A preparao da unidade do doente, como j foi referido da responsabilidade do AAM, excepto

    no que diz respeito ao ventilador, que da funo do enfermeiro. Aps a sua montagem, dever

    ser identificado com uma etiqueta, referindo a data e rubrica de quem o preparou

    Na Unidade, obrigatria a manuteno de um ambiente calmo e isento de rudos, pelo que

    cada funcionrio dever adoptar um comportamento que cumpra este requisito

    A prestao de cuidados ser efectuada com o mximo de exigncia qualitativa, sendo

    obrigatrio o cumprimento das normas de procedimentos, que orientam as intervenes mais

    significativas. Descrevem-se algumas intervenes por serem mais frequentes:

    Higiene oral da manh e aps as refeies, com soluo de Tantum Verde ( diludas com gua )

    Higiene traqueobrnquica durante os cuidados de higiene e SOS Lavagem de cabea de 1 vez por semana e S.O.S.

    * Camas 1,3 e 5 - Domingos

    * Camas 2,4 e 6 - Sbados

    Substituio dos elctrodos diariamente aps a higiene, alternando de posies

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    Posicionamento de 3/3 h e massagem da pele com substncia hidratante dando especial ateno s proeminncias sseas

    Nos doentes inconscientes ou curarizados - hidratar o globo ocular de 4/4 h e fazer o encerramento da plpebra com penso oftlmico ( desocluir aquando do perodo da visita,

    voltando a ocluir posteriormente )

    Mudana da fixao do TET / Sondas O2 ou SNG diariamente ( Turno da Manh ) e SOS Substituio dos sistemas de perfuso, prolongadores, rampas de soros e torneiras de

    trs vias - de 96/96 horas ou diariamente se infuso de lipidos ( Turno da manh )

    Substituio das mangas de presso 96 / 96 horas ( Turno da Tarde ) Sistemas de nutrio entrica - diariamente ( Turno da Manh ou 1 bolsa do dia ) Sistemas de nutrio parentrica/filtro para lpidos diariamente ( Turno da Tarde ou

    sempre que mudada a bolsa )

    Seringa de 100 cc p/ administrao de teraputica / lavagem diariamente ( Turno da Tarde )

    Urimeter - 1 vez por semana ( Turno da Noite - determinar o dia a mudar em Plano de Cuidados )

    Tubos de aspirao / Tubos de O2 - 48/48 horas ou em SOS ( turno da Tarde ) Substituio dos cateteres vesicais Turno da Manh

    * Latex 10 / 10 dias

    * Silicone - 30 dias

    Substituio de SNG - 10 dias ( Turno da Manh ) Proteco das torneiras de 3 vias - SOS Heparinizao dos catteres de hemodilise 48/48 horas ( Turno da Tarde ) Lmens no utilizados de cateteres centrais so mantidos com perfuso contnua de soro

    fisiolgico a 3 ml/h

    Pensos com drenos - feitos diariamente Pensos cirrgicos segundo indicao mdica e SOS Pensos a cateteres venosos centrais e cateter arterial - SOS

    Existe uma tabela de mudanas afixada na Sala de Trabalho, que orientar a execuo das

    mesmas ( Anexo V )

    Entre a 1 e as 6 horas, no turno da noite, dever ser efectuada pausa no posicionamento aos

    doentes, de modo a que estes possam ter um descanso mais efectivo que lhes venha a

    proporcionar uma maior colaborao no desmame da prtese ventilatria

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    As rotinas/cumprimento de protocolos que tenham de ser executadas no turno da noite, devero

    ser efectuadas o mais precoce possvel ( mais perto das 24 horas ) de modo a que se possa

    proporcionar o mximo de descanso aos doentes

    4.2 - TERAPUTICA

    Em cada unidade do doente existe uma caixa SUC , onde ser colocada pelo enfermeiro, no

    turno da Manh, toda a teraputica para as prximas 24 horas, devendo ser revertida toda aquela

    que no foi utilizada

    Todas as perfuses/infuses, devero estar identificadas com etiqueta autocolante amarela,

    excepo das perfuses de Cloreto de Potssio, que devero ter etiqueta autocolante de cor

    vermelha, identificando o medicamento, a dosagem, hora e data de preparao. Nenhuma infuso

    dever permanecer mais do que 24 horas preparada, devendo-se em tais casos proceder sua

    substituio

    Os prolongamentos / sistemas, devero estar identificados com etiqueta autocolante na sua

    extremidade prxima da adaptao s rampas de torneiras/torneira de 3 vias/catter,

    especificando a droga/perfuso a que corresponde e a data de colocao

    Em cada unidade do doente existe uma tabela referente s compatibilidades medicamentosas,

    para esclarecimento de eventuais dvidas

    4.3 UTILIZAO / MANUTENO DO CARRO DE URGNCIA

    O carro de urgncia dever manter-se sempre preparado e reposto de acordo com listagem

    correspondente ao material / medicao que o mesmo dever conter, existindo para o efeito um

    dossier no carro de urgncia, com toda a sua composio e localizao

    As lminas do laringoscpio e pinas de Maguill, no so enviadas esterilizao, devendo ser

    lavadas com gua corrente e posteriormente colocadas em soluo desinfectante de Alcool a 70

    , durante 20 minutos e s depois guardadas no carro de urgncia

    O carro de urgncia dever ser reposto aps cada utilizao e posteriormente selado com

    cadeado numerado, devendo ser rubricado por quem o verifica e assinalado o n de cadeado.

    Existe numa das gavetas do carro de urgncia, um Manual que orienta a sua adequada

    manuteno

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    -19-

    4.4 - REGISTOS DE ENFERMAGEM

    Os registos de Enfermagem, entre outros, possuem como objectivos :

    Estabelecer um meio de comunicao entre os membros da equipa de sade envolvida na prestao de cuidados ao utente

    Facilitar a coordenao e continuidade na prestao de cuidados. Colaborar na avaliao da qualidade e eficincia do cuidado/tratamento. Fornecer dados teis para a pesquisa, educao e planeamento a curto e a longo prazo. Responsabilizar o grupo profissional envolvido no cuidado/tratamento do utente

    Os registos de enfermagem so elaborados em impressos prprios, contendo um conjunto de

    informaes que devem reflectir a quantidade e qualidade dos cuidados prestados ( Anexo IV )

    Em cada unidade do doente, existe um Placard onde esto colocadas as folhas de prescrio

    mdica, a folha de registos de enfermagem e os exames radiolgicos efectuados. O processo

    clnico do doente encontra-se numa prateleira por cima da bancada central

    As folhas de registos de enfermagem so iniciadas no turno da Noite ou sempre que der entrada

    um doente, devendo o seu cabealho ser totalmente preenchido e colocando-se sempre uma

    vinheta de identificao do doente, assim como devero ser efectuadas as transcries de todas

    as informaes existentes na folha anterior

    A fim de evitar a acumulao de folhas, as mesmas devero ser retiradas na noite de Sbado /

    Domingo, sendo guardadas no processo clnico, devendo s permanecer a do dia anterior.

    Caso o doente se mantenha internado mais do que catorze dias, no primeiro turno do 15 dia

    ( Noite ) e mltiplos deste nmero, dever ser feito um ponto da situao nos registos de

    enfermagem ( resumo do que se passou at data )

    Os registos dos utentes, em todos os turnos, devero ser efectuados de forma clara, precisa,

    concisa, devendo abranger obrigatoriamente os seguintes aspectos:

    Procedncia do doente data / hora de entrada / diagnstico Observao fsica (sem alteraes / com alteraes - especificar o qu, como se

    manifesta, localizao e evoluo)

    Estado de conscincia (lcido / sonolento / confuso / agitado / inconsciente / orientado no tempo e espao)

    Estado emocional (colaborante / ansioso / deprimido / aptico / agressivo)

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    Nvel de dor localizao / tipo / durao / intensidade / reaco analgesia Alteraes mrficas / trficas (pode ser referido s na nota de entrada ou dia em que se

    fizer o ponto da situao)

    Aspecto da pele e mucosas / leses - (seca / hmida / ciantica / ictrica / corada / descorada / integra / solues de continuidade)

    Estado hemodinmico ( frequncia e ritmo cardaco / presso arterial / temperatura ) Tipo de respirao (se no ventilado) Modalidade ventilatria instituida e adaptao ao ventilador (se ventilado) Caractersticas das secrees Cateterismos existentes centrais e perifricos Alimentao / nutrio - entubao / dieta / disfagia / anorexia / tolerncia Eliminao vesical e intestinal - vesical ( sem alteraes / incontinente / reteno urinria /

    algaliado / n e caractersticas ; intestinal ( sem alteraes / incontinente / diarreia /

    obstipao / n e caractersticas

    Drenagens e nveis de sacos Intercorrncias Exames complementares efectuados, produtos colhidos para anlise, intervenes

    teraputicas, etc

    Posicionamentos efectuados e decbito em que fica posicionado Resposta emocional do doente Existncia ou no de visitas Cuidados ou aces especficas a desenvolver

    Escala de comas de Glasgow

    Dever ser avaliada e registada uma vez por turno, exceptuando-se as situaes em que os doentes se encontrem sedados ou curarizados, em que apenas dever ser registado o

    tamanho e reaco pupilar Nos doentes com alteraes neurolgicas, avaliar e registar de

    4/4 horas os parmetros da Escala de Comas de Glasgow

    Se por lapso houver um espao em branco ou ocorrer um erro, o mesmo deve ser atravessado

    com um risco , sendo igualmente proibido o uso de corrector. Se houverem correces extensas,

    devem ser acrescentadas como emenda ao texto inicial

    S permitido o uso de abreviaturas standartizadas, descritas na folha anexa ( Anexo V )

    Deve haver a preocupao de fornecer informao com dados objectivos e nunca fazer juzos de

    valor sobre a situao

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    -21-

    Os registos de enfermagem devem ser assinadas de forma legvel pelo autor, que se torna

    automaticamente responsvel por elas, bem como identificado o seu nmero mecanogrfico

    4.5 - CLASSIFICAO DA CARGA DE TRABALHO DE ENFERMAGEM

    A carga de trabalho de enfermagem efectuada com base no TISS 28 adaptado para sistema

    informtico. A sua execuo diria e da responsabilidade do enfermeiro que tem o utente a seu cargo, sendo efectuada no inicio do turno da noite, logo a partir das 24 horas, com base nos

    cuidados e procedimentos efectuados nas ltimas 24 horas

    Para esclarecimento de eventuais dvidas relativamente utilizao do TISS 28, existe uma folha

    afixada no placard da UCI

    5 PRINCIPAIS FUNES DOS ENFERMEIROS

    ENFERMEIROS DE NVEL 1 :

    Turno da manh:

    Receber a passagem de turno Efectuar o pedido de medicamentos inexistentes na UCI, em impresso especfico Efectuar o pedido de dietas aos doentes, em impresso especfico Supervisar a execuo de radiografias de rotina efectuadas aos doentes, no inicio do turno Confirmar/supervisar que foram entregues no laboratrio de bacteriologia os pedidos de

    serologias ou outros produtos para anlises ( s podem ser entregues aps as 9 horas )

    Acompanhar a visita mdica, obrigatoriamente em relao aos doentes que lhe esto atribudos e facultativamente em relao aos restantes doentes

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    Prestao de cuidados de higiene de rotina, aos doentes que lhe esto atribidos em plano de trabalho

    Prestao de cuidados globais aos doentes que lhe esto atribudos em plano de trabalho, de acordo com as Normas, Rotinas e Protocolos em vigor na UCI

    Colaborao com a equipa mdica na execuo de exames complementares de diagnstico/tratamento

    Superviso da administrao da alimentao aos doentes em que os AAM administram a dieta Manuteno da unidade do doente no sentido de manter o seu bom estado de higiene,

    arrumao e funcionalidade

    Superviso da limpeza/desinfeco da unidade do doente , efectuada pelos AAM Registo horrio na folha de registos de cada doente, dos seguintes parmetros:

    * Frequncia Cardaca

    * Respirao

    * Tenso Arterial

    * Saturao de oxignio

    * Dbito urinrio

    Registo de pelo menos uma vez por turno, da Presso Venosa Central Registo de pelo menos duas vezes ao turno, da temperatura corporal Registo de pelo menos uma vez por turno, da Escala de comas de Glasgow, excepto em caso

    de doentes traumatizados de crneo, em que a Escala de Comas de Glasgow dever ser

    registada duas vezes por turno

    Registo de pelo menos duas vezes ao turno, do nvel de sedao Registo de pelo menos duas vezes ao turno, do nvel de dor Estar presente na visita dos familiares/amigos, aos doentes, para esclarecimento de dvidas e

    acompanhamento dos familiares

    Elaborao de registos de enfermagem para cada doente Efectuar a " passagem de turno "

    Turno da tarde :

    Receber a passagem de turno Fechar os balanos hidricos parciais ( entre as 8 e as 16 horas ) Preparar os tubos de sangue para colheitas, para o dia seguinte Registar no livro de protocolo da radiologia, os pedidos de rotina para o dia seguinte Efectuar as folhas de registos de enfermagem, a entrar em vigor aps as 24 horas Prestao de cuidados globais aos doentes que lhe esto atribudos em plano de trabalho, de

    acordo com as Normas, Rotinas e Protocolos em vigor na UCI

    Colaborao com a equipa mdica na execuo de exames complementares de diagnstico/tratamento

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    -23-

    Superviso da administrao da alimentao aos doentes em que os AAM administram a dieta Manuteno da unidade do doente no sentido de manter o seu bom estado de higiene,

    arrumao e funcionalidade

    Superviso da limpeza/desinfeco da unidade do doente , efectuada pelos AAM Registo horrio na folha de registos de cada doente, dos seguintes parmetros:

    * Frequncia Cardaca

    * Respirao

    * Tenso Arterial

    * Saturao de oxignio

    * Dbito urinrio

    Registo de pelo menos uma vez por turno, da Presso Venosa Central Registo de pelo menos duas vezes ao turno, da temperatura corporal Registo de pelo menos uma vez por turno, da Escala de comas de Glasgow , excepto em caso

    de doentes traumatizados de crneo, em que a Escala de Comas de Glasgow dever ser

    registada duas vezes por turno

    Registo de pelo menos duas vezes ao turno, do nvel de sedao Registo de pelo menos duas vezes ao turno, do nvel de dor Estar presente na visita dos familiares/amigos, aos doentes, para esclarecimento de dvidas e

    acompanhamento dos familiares

    Elaborao de registos de enfermagem para cada doente Efectuar a " passagem de turno "

    Turno da noite:

    Receber a passagem de turno Fechar os balanos hidricos parciais ( entre as 15.30 e as 24 horas ) e o balano hidrico total e

    acumulado

    Efectuar o TISS 28 aplicado a cada doente, de forma informtica Prestao de cuidados globais aos doentes que lhe esto atribudos em plano de trabalho, de

    acordo com as Normas, Rotinas e Protocolos em vigor na UCI

    Colaborao com a equipa mdica na execuo de exames complementares de diagnstico/tratamento

    Manuteno da unidade do doente no sentido de manter o seu bom estado de higiene, arrumao e funcionalidade

    Registo horrio na folha de registos de cada doente, dos seguintes parmetros: * Frequncia Cardaca

    * Respirao

    * Tenso Arterial

    * Saturao de oxignio

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    * Dbito urinrio

    Registo de pelo menos uma vez por turno, da Presso Venosa Central Registo de pelo menos duas vezes ao turno, da temperatura corporal Registo de pelo menos uma vez por turno, da Escala de comas de Glasgow , excepto em caso

    de doentes traumatizados de crneo, em que a Escala de Comas de Glasgow dever ser

    registada duas vezes por turno

    Registo de pelo menos duas vezes ao turno, do nvel de sedao Registo de pelo menos duas vezes ao turno, do nvel de dor Proceder s colheitas de espcimens para anlise de acordo com as orientaes tcnicas /

    normas especificas

    Proceder realizao de gasimetrias arteriais a todos os doentes ventilados e transcrio dos resultados para a folha de registos de enfermagem

    Fechar os balanos hidricos parciais ( entre as 24 e as 8 horas ) Providenciar que sejam entregues no laboratrio, os produtos para anlise ( excepto os

    destinados ao laboratrio de bacteriologia )

    Fazer os pedidos de dietas para os doentes, em impressos especficos Efectuar a " passagem de turno "

    FUNES NO ESPECFICAS DE QUALQUER TURNO: Acolhimento de doentes recm-admitidos Desenvolvimento de aspectos burocrticos inerentes admisso ou sade de doentes,

    aquando da no existncia da secretria de unidade

    Orientao de formandos de enfermagem aquando dos seus estgios de ensino clnico Superviso da desinfeco e preparao global das unidades dos doentes sados Preparao das unidades dos doentes sados, relativamente a:

    * montagem e testagem dos ventiladores

    * efectuar o patient discharge no monitor de parmetros vitais

    * efectuar a normalizao dos limites dos parmetros do monitor e activao dos respectivos

    alarmes, respeitando os seguintes valores

    - Frequncia cardaca 120 / 50

    - Derivao ECG II

    - Ganho do ECG 2

    - Tenso arterial sistlica 180 / 100

    - Tenso arterial diastlica 100 / 50

    - Tenso arterial mdia 100 / 50

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    - Respirao 30 / 10

    - Saturao de oxignio - < 90 %

    - Presso Venosa Central anular alarmes

    Colaborar / receber o material de consumo clnico ( habitualmente 3 feira ), assim como providenciar sempre que possvel a sua arrumao

    Transportar doentes fora da UCI (intrahospitalar), aquando da relizao de exames complementares de dignstico /tratamento ou ao bloco operatrio

    Desenvolver atitudes de zelo pelo regular funcionamento da UCI Colaborar ou participar noutras actividades no programveis / prevsiveis, que se enquadrem

    no seu contedo funcional definido na Carreira de Enfermagem ou que, embora no

    contempladas, por questes de bom senso cabe-lhe a sua participao

    Dar sequncia s orientaes do Enf Chefe da UCI Aos enfermeiros responsveis de equipa, compete, para alm do anteriormente descrito,

    orientar os restantes elementos da equipa na resoluo de problemas, garantir o correcto

    funcionamento do servio, dar continuidade s orientaes recebidas do enfermeiro chefe e

    genericamente ser responsvel pelo servio na ausncia deste ltimo. Para orientao na

    resoluo de problemas, existe uma lista de ajuda resoluo de problemas (Anexo VII)

    ENFERMEIRO SUBSTITUTO DO ENFERMEIRO CHEFE: Todas as funes descritas anteriormente, mais as seguintes: Substituir o Enf Chefe nas suas ausncias ou impedimentos, desenvolvendo todas as suas

    actividades durante esse perodo

    Colaborar na superviso dos cuidados prestados Ajudar os restantes elementos da equipa no esclarecimento de questes de maior

    complexidade

    Participar nas reunies da Comisso de Controlo da Infeco Hospitalar, como elo de ligao

    ENFERMEIRO CHEFE: Assistir passagem de turno de enfermagem Assistir passagem de turno mdica Transmitir ao enfermeiro responsvel de cada doente, dados significativos que tenham sido

    transmitidos na passagem de turno mdica

    Efectuar informaticamente o pedido dirio dos produtos farmacuticos Efectuar informaticamente o pedido dos produtos farmacuticos que so pedidos

    semanalmente ( 3 feira )

    Efectuar informaticamente o pedido do material de consumo clnico ( 2 feira )

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    Verificar diariamente se existe falta de algum material de consumo clnico, para eventual reposio

    Efectuar pedidos de reparao de material / equipamento Assegurar-se de que a mquina de gasimetrias est funcionante Elaborar o plano de trabalho para o dia seguinte Efectuar a troca dos estupefacientes Supervisar o estado de higiene das instalaes Supervisar a prestao de cuidados Colaborar na prestao de cuidados sempre que se mostre necessrio Estabelecer comunicao com o Director da UCI, para acerto de situaes que se revelem

    necessrias

    Efectuar o pedido semanal das senhas de ceias para os funcionrios ( 6 feira ) Convocar e participar nas reunies de servio, nos sectores de enfermagem e auxiliares de

    aco mdica

    Participar nas reunies mdicas sempre que seja convocado Participar nas aces de formao em servio que so efectuadas na unidade Participar nas reunies da Comisso de Enfermagem ( uma vez por ms ) Efectuar a avaliao do desempenho dos enfermeiros, de acordo com a legislao e

    orientaes da instituio

    Efectuar auditorias peridicas aos registos de enfermagem Colaborar na avaliao dos auxiliares de aco mdica Elaborar horrio de enfermagem para cada ms Elaborar semestralmente, relatrio sobre a utilizao do TISS 28, e envi-lo Direco dos

    Servios de Enfermagem

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    6 - PRINCIPAIS TAREFAS DOS AUXILIARES DE ACO MDICA

    De acordo com o Decreto - Lei n 231/92, compete aos auxiliares de aco mdica entre outras

    funes as seguintes:

    Colaborar sob superviso, na prestao de cuidados de higiene e conforto aos doentes. Auxiliar nas tarefas de alimentao. Preparar o material para a esterilizao. Ajudar nas tarefas de recolha de material para anlise. Velar pela manuteno do material utilizado nos cuidados prestados aos doentes. Assegurar o servio de mensageiro e proceder limpeza especifica dos respectivos

    sectores, assim como dos seus acessos.

    Assegurar a manuteno das condies de higiene nos respectivos locais de trabalho.

    Com base nas funes que lhe so atribuveis, enumeram-se as principais actividades que

    devero desenvolver ao longo dos diferentes turnos de trabalho.

    Turno da manh

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    Proceder preparao de dois carros de higiene de acordo com listagem de material previamente existente

    Levar o expediente e efectuar todos os servios externos necessrios. Colaborar na prestao dos cuidados de higiene e conforto, sob orientao do enfermeiro

    responsvel.

    Efectuar a reposio do material a existir em cada unidade do doente, de acordo com listagem da constituio da unidade ( Anexo VII I)

    Fornecer e retirar urinis e arrastadeiras, sempre que forem solicitadas Retirar os lixos sempre que necessrio Remover sacos da roupa suja e proceder ao respectivo transporte para a desinfeco Preparar todo o material a enviar esterilizao Conferir e arrumar o material esterilizado Efectuar a " passagem de turno "

    Turno da tarde

    Efectuar recados Remover os lixos e roupas sujas sempre que necessrio, transportando-as para a desinfeco Preparar o material para enviar esterilizao Proceder limpeza das unidades sempre que se justifique Proceder limpeza/desinfeco do carro de pensos Colaborar com os enfermeiros na realizao de cuidados de higiene e conforto Fornecer e retirar urinis e arrastadeiras, sempre que forem solicitados Efectuar a reposio do material a existir em cada unidade do doente Ajudar os enfermeiros sempre que para isso seja solicitada Efectuar a " passagem de turno "

    Turno da noite

    Retirar os lixos e sacos de roupa suja sempre que se justifique Efectuar recados Proceder limpeza das unidades se tal se justificar Colaborar com os enfermeiros na realizao de cuidados de higiene e conforto Efectuar a reposio do material a existir em cada unidade do doente Colaborar na recolha de espcimes para anlise Efectuar a " passagem de turno "

    Diariamente ser elaborado um Plano de distribuio de trabalho, que distribuir os AAM em

    relao s funes/tarefas a desempenhar

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    obrigatrio que os AAM efectuem a passagem de turno, por forma a permitir a adequada

    continuidade dos servios

    A reposio da unidade dos doentes, dever ser efectuada de forma a respeitar a quantidade que

    determinada na sua lista de constituio

    Existe um plano de limpeza/desinfeco da Unidade de Cuidados Intensivos, que distribui as

    tarefas a cumprir ao longo dos dias da semana, dos meses e do ano ( Anexo IX )

    A desinfeco da Unidade ser efectuada com base nas orientaes emanadas pela Comisso de

    Controle da Infeco Hospitalar, relativamente sua frequncia, desinfectantes a utilizar e regras

    a cumprir ( Anexo IX )

    7 PROTOCOLOS EM VIGOR NA UNIDADE DE CUIDADOS INTENSIVOS

    No sentido de normalizar procedimentos, existe um conjunto de de actividades que sero

    definidas em Protocolos estabelecidos entre os diferentes grupos profissionais que exercem

    funes na Unidade

    At presente data esto estabelecidos os seguintes protocolos:

    PROTOCOLO PARA MANUTENO/HEPARINIZAO DE LMENS DE CATETERES CENTRAIS E DE HEMODILISE

    PROTOCOLO PARA ADINISTRAO DE INSULINA DE ACO RPIDA SUB-CUTNEA, SEGUNDO VARIAO DA GLICMIA CAPILAR

    PROTOCOLO PARA ADINISTRAO DE INSULINA DE ACO RPIDA ENDO-VENOSA, SEGUNDO VARIAO DA GLICMIA CAPILAR

    PROTOCOLO DE NUTRIO ENTRICA

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    PROTOCOLO DE PESQUISA DE MRSA

    PROTOCOLO PARA COLHEITA DE PONTA DE CATTER PARA ANLISE

    PROTOCOLO DE SEDAO

    PROTOCOLO PARA POSICIONAMENTO DE DOENTES EM DECBITO VENTRAL