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Cód. e Designação do Referencial de Formação: 3789-Projecto de Segurança e Higiene no Trabalho- Definição Programa: POPH – Programa Operacional Potencial Humano Local: Moimenta da Beira Modulo: MANUAL

Manual UFCD 3789 - Projeto de segurança e higiene do trabalho - definição

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Manual Formação

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MANUAL

Cd. e Designao do Referencial de Formao: 3789-Projecto de Segurana e Higiene no Trabalho- Definio

Programa: POPH Programa Operacional Potencial HumanoLocal: Moimenta da Beira

Modulo: Projeto de Segurana e Higiene No Trabalho-DefinioFormador:Jorge Gomes

ndiceIntroduo1Objetivos12SISTEMAS DE GESTO DA SEGURANA E SADE DO TRABALHO.5VANTAGENS DA IMPLEMENTAO DE UM SGSST 6PLANEAMENTO 8Requisitos Legais e outros requisitos...14

PROGRAMA DE GESTO DE SEGURANA E SADE DO TRABALHO....18

Formao, sensibilizao e competncia..23

PRINCIPAIS ALTERAES AOS REQUISITOS DO SISTEMADE GESTO SST..30Concluso..37Webgrafia.38

Introduo:

O presente manual de formao foi elaborado para a CINFU, como ferramenta de aplicao no mdulo com o cdigo e Designao do Referencial de Formao: 3789-Projecto de Segurana e Higiene no Trabalho-Definio.Foi elaborado pelo Instituto Beira Tvora-Ensino e Formao Profissional, Lda e este no poder ser reproduzido sem autorizao do mesmo e respetiva entidade formadora. Tem por objetivo, auxiliar o formando na aquisio de conhecimentos e competncias de trabalho.

Objetivos:Este mdulo tem como objetivo ajudar os formandos a identificar a rea da Segurana e Higiene do Trabalho, e reconhecerem os mtodos utilizados na definio de um projeto.

Implementao do Sistema de Gesto de preveno da Empresa (introduo)

As OHSAS - Occupational Health Safety Assessment Series - so especificaes para sistemas de gesto da segurana e sade no trabalho, publicados pela BSI (British Standard Institution). Esta srie constituda por dois referenciais:OHSAS 18001 - Occupational Health Safety Management Systems - Specification, referencial que pode ser sujeito a certificao, e OHSAS 18002 - Occupational Health Safety Management Systems Guidelines for the implementation of OHSAS 18001.

Estes referenciais no so publicados pela ISO (International Organization for Standardization), no entanto, participam no seu desenvolvimento uma srie de entidades a nvel mundial, como responsveis nacionais pela publicao de normas, entidades certificadoras e outros especialistas, o que lhe confere reconhecimento internacional.

Qualquer empresa pode implementar o modelo preconizado nas OHSAS, sendo a sua estrutura, linguagem e requisitos similares aos referenciais ISO 9001 e ISO 14001, como por exemplo o modelo PDCA (Plan-Do-Check- Act). Por este facto, os Sistemas de Gesto de Segurana e Sade no Trabalho so facilmente integrados com outros Sistemas de Gesto, como da Qualidade ou do Ambiente.A norma portuguesa para Sistemas de Gesto da Segurana e Sade no Trabalho a NP 4397, que uma adaptao da OHSAS 18001.A implementao de um Sistemas de Gesto da Segurana, Higiene e Sade no Trabalho (SGSST) de acordo com os requisitos da OHSAS 18001 (no caso de Portugal da norma NP 4397) permite que a empresa possa vir a ter o seu sistema reconhecido por uma entidade exterior semelhana do que acontece com outros sistemas de gesto, como so exemplo a ISO 9001 ou a ISO 14001.

A deciso de certificar o sistema de gesto implementado sempre da empresa, assim como, a escolha da entidade certificadora.As vantagens da implementao de um sistema desta natureza so as seguintes: melhores condies de trabalho; Diminuio de riscos de acidentes e de doenas profissionais; custos reduzidos (indemnizaes, seguros, prejuzos de acidentes de trabalho, perda de dias de trabalho); melhoria da imagem da empresa; Vantagens face concorrncia; compromisso de cumprimento da legislao; motivao dos trabalhadores com a promoo de um ambiente de trabalho seguro e saudvel.O principal compromisso da gesto passa pelo cumprimento da legislao, sendo este um dos principais requisitos da especificao OHSAS 18001. A verificao do cumprimento da legislao em matria de SST efetuasse atravs das auditorias de concesso da certificao.A principal vantagem do SGSST a sua abrangncia, promove a implementao de um modelo pr ativo de gesto da segurana e sade no trabalho e incentiva a empresa melhoria contnua do seu sistema.

SISTEMAS DE GESTO DA SEGURANA E SADE DO TRABALHO

A sade, higiene e segurana no trabalho uma disciplina que visa manter a integridade fsica e mental dos trabalhadores, prevenindo os acidentes de trabalho e as doenas profissionais.De acordo com a Conveno 155 da OIT assinada pelo Governo Portugus, todos os trabalhadores tm direito prestao de trabalho em condies de segurana, higiene e de proteo da sade. Esta conveno deu origem Diretiva 89/391/CEE, que transposta para a legislao nacional deu origem Lei Quadro (DL n441/91) em matria de higiene e segurana no trabalho, e que constitui a referncia estratgica para a poltica SHST e se aplica em todos os sectores da atividade (administrao pblica, empresas privadas, sector cooperativo, profissionais liberais, independentes e funcionrios pblicos).O Decreto-Lei n441/91, de 14 de Novembro, com alteraes introduzidas pelo Decreto-Lei n26/94, de 1 de Fevereiro e ainda pelo Decreto-Lei n133/99, de 12 de Abril, estabelece o regime jurdico do enquadramento de segurana, higiene e sade no trabalho. Estes diplomas legais definem os princpios gerais relativos preveno dos riscos profissionais e proteo da segurana e da sade, eliminao dos fatores de risco e de acidente, informao, formao, consulta e participao dos colaboradores e seus representantes. Estes princpios gerais foram mais recentemente apoiados e reforados com a publicao da Lei n99/2003, de 27 de Agosto, que aprova o novo Cdigo do Trabalho, regulamentado pela Lei n35/2004, de 29 de Julho.

A Lei-quadro estabelece que os princpios gerais da preveno dos riscos profissionais devem ser desenvolvida e assegurada atravs: Da definio das condies tcnicas a que devem obedecer a conceo, a fabricao, a importao, a venda, a cedncia, a instalao, a organizao, a utilizao e as transformaes dos componentes materiais do trabalho em funo da natureza e graus de risco; Da determinao das substncias, agentes ou processos que devem ser proibidos ou sujeitos a controlo da autoridade competente, assim como a definio de limites para a exposio dos trabalhadores a agentes qumicos fsicos e biolgicos; Da promoo e vigilncia da sade dos trabalhadores; Da educao, formao e informao no sentido de promover a segurana higiene e sade no trabalho; Da eficcia de um sistema de fiscalizao do cumprimento da legislao relativa a estas matrias.De forma a assegurar o desenvolvimento e aplicao destes princpios gerais de preveno, a Lei-quadro estabelece as obrigaes da entidade patronal (artigo 8, DL n441/91), sendo estas as seguintes: Proceder, na conceo das instalaes, dos locais e processos de trabalho, identificao dos riscos previsveis, combatendo-os na origem, anulando-os ou limitando os seus efeitos, garantindo assim um nvel to eficaz quanto possvel de proteo; Assegurar que as exposies aos agentes qumicos, fsicos e biolgicos nos locais de trabalho, no constituem risco para a sade dos trabalhadores; Planificar a preveno na empresa de forma a ter em conta a componente tcnica (proteo coletiva) e de organizao do trabalho; Proteger terceiros, que para alm dos trabalhadores possam ser abrangidos pelos riscos e realizao dos trabalhos, tanto nas instalaes como no exterior da empresa; Organizar o trabalho de forma a eliminar os efeitos nocivos do trabalho cadenciado sobre a sade dos trabalhadores; Assegurar, que os trabalhadores, em funo dos riscos a que se encontram expostos no local de trabalho, procedam a uma vigilncia adequada da sua sade;

Realizao de exames mdicos de admisso, antes do incio da prestao de trabalho ou, se a urgncia da admisso o justificar, nos 15 dias seguintes; Exames peridicos, anuais para menores e para colaboradores com mais de 50 anos e de dois em dois anos para os restantes; Exames ocasionais, sempre que existam alteraes substanciais nos componentes materiais de trabalho e que possam ter repercusso nociva param a sade do trabalhador, ou depois de uma ausncia superior a 30 dias por motivo de doena ou acidente. Estabelecer as medidas que devem ser adotadas em situaes de emergncia, tais como combate a incndios, evacuao de trabalhadores, etc.; Permitir o acesso a zonas de risco grave, apenas aos trabalhadores com formao adequada; Instruir os trabalhadores, no sentido de cessar a sua atividade e afastar-se do local de trabalho, nos casos de perigo grave e eminente, que no pode ser evitado. Promover a vigilncia da sade; Afixao de sinalizao de segurana nos locais de trabalho; Anlise dos acidentes de trabalho e das doenas profissionais;Promover inspees internas de segurana de modo a avaliar sobre o cumprimento das normas e procedimentos internos de segurana; Manter registos da distribuio de equipamentos de proteo individual; lista de acidentes de trabalho; relatrios sobre a anlise dos acidentes de trabalho. Comunicar ao IGT - Inspeco-geral do Trabalho num prazo de 24 horas os acidentes graves ou mortais; Preencher o Relatrio Anual da Atividade dos Servios de Segurana, Higiene e Sade no Trabalho e envi-lo ao ISHST - Instituto para a Segurana, Higiene e Sade no Trabalho e DGS Direco Geral de Sade. Promover a formao e informao dos colaboradores, no domnio da higiene e segurana no trabalho, de acordo com o domnio da sua funo e do seu posto de trabalho.

VANTAGENS DA IMPLEMENTAO DE UM SGSST

Dadas as preocupaes emergentes por parte das organizaes para as questes de SHST e devido s exigncias da legislao acima referidas, os benefcios da adoo de um sistema de gesto de SHST tm implicaes que podem no ser partida mensurveis, mas que vo muito para alm da garantia do cumprimento legal, no s no que se refere s leis bases de SHST, mas a todas as outras de mbito aplicvel.A adoo de um sistema de gesto de SHST visa a preveno dos riscos profissionais e doenas profissionais (reduo do absentismo), reduo sustentada dos acidentes de trabalho e dos consequentes custos (prejuzos) materiais e humanos associados, vigilncia da sade dos trabalhadores, melhoria da motivao pessoal dos trabalhadores e do clima organizacional, melhoria das condies nos locais de trabalho, melhoria da imagem da empresa junto das partes interessadas (seguradoras atravs da diminuio de prmios, reconhecimento por parte das autoridades locais e governamentais, entre outras) e evidncia do cumprimento legal. de referir que os benefcios expectveis acima referidos, no so visveis nem de retorno imediato, visto que as questes relativas a SHST referem-se mudana de comportamentos e adoo de uma cultura de segurana, que num primeiro impacto pode causar a sensao de mais uma tarefa para cumprir. ainda de referir que os principais benefcios econmicos imediatos revertem para os trabalhadores, com a consequente melhoria das suas condies de trabalho e de vigilncia da sade, no entanto, as empresas no se devem esquecer que trabalhadores satisfeitos produzem e tm maiores nveis de produo do que trabalhadores insatisfeitos. A adoo de prticas seguras e proteo das instalaes para situaes de emergncia podem conduzir reduo de prmios de seguros evitando-se as coimas por incumprimento legal, bem, como os custos diretos e indiretos associados aos acidentes de trabalho e doenas profissionais.Os investimentos associados implementao de um sistema de gesto, face aos custos que este pode evitar e prevenir so mnimos, pois resumem-se a: Afetao de um tcnico de SHST Disponibilizao de meios materiais (sala, computador, softwares, entre outros) Tempo disponibilizado pelos responsveis de departamentos e gesto de topo na colaborao do desenvolvimento e implementao do sistema; Tempo dos colaboradores investido em formao.A adoo de um sistema de gesto de SHST pressupe: A fixao de objetivos; O planeamento das aes necessrias para os atingir; A avaliao da eficcia da execuo do planeado.Estes 3 passos so fundamentais para que uma organizao saiba e monitorize o seu desempenho em SHST.

Deste investimento resultar sempre uma diminuio do absentismo, uma utilizao de melhores prticas, uma maior salvaguarda da vida humana, um maior empenhamento de todos os trabalhadores em torno de uma causa que lhes inquestionavelmente dirigida e, por ltimo, uma imagem para o exterior da organizao reforada num aspeto que sempre se referiu como sendo o seu capital mais valiosa: as pessoas.

As organizaes devem implementar um sistema de gesto SST, mesmo sem inteno de se certificarem, pois o sistema permite-lhes com maior facilidade identificar os perigos e controlar os riscos melhorando assim o seu desempenho.

PLANEAMENTOIDENTIFICAO DE PERIGOS E AVALIAO DE RISCOSPlaneamento para a identificao de perigo, avaliao e controlo do risco

A Organizao deve estabelecer e manter procedimentos para a identificao sistemtica dos perigos, avaliao dos riscos e a implementao das necessrias medidas de controlo. Estas devem incluir: Atividades de rotina e fora da rotina; Atividades de todo o pessoal que tenha acesso ao local de trabalho (incluindo fornecedores eVisitantes); Instalaes no local de trabalho, quer sejam fornecidas pela organizao ou terceiros.A organizao deve assegurar-se que os resultados destas avaliaes e os efeitos destes controlos so considerados quando estabelecer objetivos de SST. A organizao deve documentar e manter esta informao atualizada.A metodologia da organizao para a identificao dos perigos e avaliao dos riscos deve: Ser definida com respeito ao seu mbito, natureza e calendarizao de modo a garantir que seja proactiva e no apenas reativa; Permitir a classificao dos riscos e a identificao dos que devem ser eliminados ou controlados por medidas como as definidas em 4.3.3 e em 4.3.4; Ser consistente com a experincia operativa e com as potencialidades das medidas utilizadas para o controlo do risco; Fornecer entradas para a determinao de requisitos das instalaes, para a identificao das necessidades de formao e/ou para o desenvolvimento de controlos operacionais;

0 INTRODUOQualquer Organizao deve possuir um conhecimento to completo quanto possvel dos perigos inerentes s suas atividades, de modo a poder eliminar ou reduzir, at limites tolerveis, os riscos que lhe esto associados.A identificao dos perigos, a avaliao e o controlo de riscos so as bases onde se deve apoiar todo o Sistema de Gesto de Segurana e Sade no Trabalho.

1 OBJECTIVOO objetivo deste procedimento estabelecer os princpios e a metodologia para a realizao das trs tarefas implcitas na anlise de risco:1 Identificao dos Perigos2 Avaliao dos Riscos3 Controlo dos RiscosO resultado da aplicao deste procedimento ser a elaborao de um Plano de Controlo de Risco.

2 MBITO DE APLICAOOs preceitos estabelecidos neste procedimento aplicam-se a todas as atividades, equipamentos e processos existentes na organizao.

3 SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIES3.1 Siglas e AbreviaturasXPTO Designao da organizaoEPI Equipamento de Proteo IndividualOHSAS 18001:1999 Relativo atividade de preveno e segurana

3.2 - DefiniesRisco - Combinao entre a probabilidade de ocorrncia de um acidente e o grau de gravidade associado a esse mesmo acidente.Identificao de perigos Processo que permite reconhecer a existncia dos perigos e definir as suas caractersticas.Avaliao de risco Processo de estimativa da amplitude do risco, relacionado com determinado evento, e a determinao da sua tolerabilidade.Controlo de risco Processo ou conjunto de processos que permite manter os riscos existentes dentro da zona tolervel.Plano de controlo de risco Conjunto de aes a desenvolver que garantam os riscos existentes na zona tolervel (cartas de risco, programas de aes corretivas).Anlise de risco o conjunto de procedimentos que envolvem a identificao de perigos, a avaliao de risco e o controlo de risco.Atividade - Conjunto de aes ou operaes a desenvolver, com esforo fsico ou mental, para se obter um objetivo bem delimitado.Funo - Conjunto bem definido de atividades que pode ser atribudo a um s trabalhador ou, de modo semelhante a vrios.Equipamento de Proteo Individual todo o equipamento, bem como qualquer complemento ou acessrio, destinado a ser utilizado pelo trabalhador para se proteger dos riscos, para a sua segurana e sua sade.Parte interessada - Indivduo ou grupo preocupado com, ou afetado pelo, desempenho da SST de uma organizao.

4 REFERNCIASOs documentos que serviram de suporte para a elaborao do presente procedimento foram os seguintes:OHSAS 18.001 Norma relativa rea de Preveno e SeguranaOHSAS 18.002 Norma Regulamentadora da Norma OHSAS 18001.BS 8.800 Norma relativa anlise de risco.Decreto-Lei n 144/91 de, de 14 de NovembroDecreto-Lei n 273/2003, de 29 de Outubro

5 RESPONSABILIDADES5.1 AdministraoAprova a anlise de risco e o Plano de Controlo de Risco, criando condies para a sua realizao.5.2 Coordenador do SGSSTEfetua a avaliao de risco da instalao, com a colaborao das hierarquias, ouvindo as partes interessadas.Elabora e prope Direo o Plano de Controlo de Risco que resultou da avaliao efetuada.Estabelece o controlo das medidas a implementar e efetua o seu acompanhamento.5.3 HierarquiasColaboram, com o Coordenador do SGSST, no processo de avaliao de risco.Promovem a implementao das medidas preconizadas e aprovadas no Plano de Controlo de Risco.5.4 Restantes TrabalhadoresDe acordo com a Poltica de Segurana aprovada pela Organizao, os trabalhadores tm a obrigao de contribuir no s para o processo de avaliao de risco, mas tambm para todo o processo de Controlo do Risco.Devido ao facto de os agentes executantes estarem, na maior parte dos casos, mais perto das situaes de perigo, extremamente importante o seu alerta imediato, como contributo para uma eficiente tomada de medidas, que minimize os riscos de uma atividade ou processo.

6 MODO DE ACTUAO6.1 Metodologia para abordar a anlise de risco.A anlise de risco da instalao assentar no estudo de todas as envolventes ao desenvolvimento de cada uma das atividades. O primeiro passo efetuar o levantamento de todas as funes existentes e para cada uma delas detalhar o conjunto das suas atividades. Cada atividade ser abordada de uma forma sistemtica, utilizando um conjunto de passos bem definidos cujo fluxograma se mostra na figura em baixo.

A implementao de um processo deste tipo que a base de todo o SGSST e implica a observncia de um conjunto de requisitos dos quais salientamos os seguintes: Nomeao de um responsvel que promova e faa a gesto operacional deste conjunto de atividades. Consulta de todas as partes interessadas, garantindo o seu envolvimento no processo. Dotar os elementos que efetuam a anlise de risco com as competncias necessrias para o desenvolvimento da atividade Definir previamente o detalhe e o rigor pretendido. Documentar, atravs de procedimentos operacionais, todos os requisitos necessrios. Comprometimento global de todos os elementos da organizao.

Figura 1 Metodologia para abordar a anlise de risco.

Reviso do planoAvaliao dos riscosIdentificao dos perigosClassificao das atividades

Definio do risco tolervelControlo de implementao do planoPreparao do plano de controlo de riscos

6.2 - RealizaoTodo este procedimento inicia-se com a classificao das atividades desenvolvidas por cada uma das funes e para tal devero ser considerados mltiplos aspetos dos quais destacamos:-Localizao no processo produtivo-Atividade planeada ou imprevisvel-Designao da atividade-Durao e frequncia-Quem realiza a atividade-Quem afetado pela atividade-Qual o treino recebido pelos executantes da atividade-Quais os procedimentos ou instrues existentes-Mquinas e ferramentas utilizadas na atividade-Materiais utilizados-Medidas de controlo de risco-Caracterizao do tamanho, peso, e tipo de superfcie dos materiais utilizados-Servios utilizados (p.e. , ar comprimido, gs, eletricidade, etc.)-Caracterizao fsica das substncias utilizadas (p.e. vapor, poeiras, lquidos, slidos) ou resultantes da atividade-Fichas de segurana das substncias manipuladas-Medidas de controlo de risco existentes no local-Monitorizao reativa existente (anlise de acidentes ou informao sobre produtos).Podemos assim dar resposta s seguintes questes:-Qual o dano que pode ocorrer?-Quando previsvel a ocorrncia do dano?-Qual o tipo de perigo:-Mecnico-Eltrico-Radiolgico-Substncias perigosas-Fogo ou exploso-QuedaAgora, uma vez na posse deste conjunto de dados que correspondem definio de risco potencial, dever ser feita a avaliao de risco considerando as duas seguintes vertentes:Estimativa da gravidade dos danosProbabilidade de ocorrncia dos danosPara que se possa fazer uma avaliao necessrio estabelecer escalas de comparao. Nos assuntos que estamos a tratar no existem processos de quantificao exata pelo que as anlises efetuadas tm necessariamente uma carga subjetiva. por esta razo que as pessoas que realizam esta atividade devem possuir as competncias e os conhecimentos adequados.

Face s observaes anteriores, deve estabelecer-se, de forma consensual na anlise de risco, a seguinte escala de valores para cada uma das vertentes consideradas.Gravidade:Danos ligeirosDanos gravesDanos muito gravesProbabilidade:Altamente improvvelImprovvelProvvel

Do cruzamento destas duas escalas resulta o seguinte quadro, que classifica os diversos graus de risco resultante:

TABELA DE CLASSIFICAO DE RISCOS

AltamenteImprovvel Trivial Tolervel Moderado

Danos Ligeiros Danos Graves Danos Muito Graves

TrivialTolervelModerado

Improvvel Tolervel Moderado Elevado

TolervelModeradoElevado

Provvel Moderado Elevado Intolervel

ModeradoElevadoIntolervel

Figura 2-Tabela de Classificao de riscos

Como podemos observar estamos perante cinco diferentes nveis de risco:o Trivialo Tolervelo Moderadoo Elevadoo Intolervel

Nvel de RiscoAo a desenvolver e cronologia

Trivial um risco para o qual no necessria qualquer atuao

TolervelNo so necessrios controlos adicionais. Devem ser consideradas soluescom um melhor custo/benefcio. Deve ser efetuado o acompanhamento deforma a garantir que os controlos existentes se mantm

ModeradoDevem ser implementadas medidas de reduo do risco num perododeterminado. Devem ser feitos esforos para reduzir o risco, mas os custos depreveno devem ser medidos e limitados. Devem ser implementadasmedidas de reduo de risco num tempo bem determinado.

ElevadoA atividade no deve ser iniciada at o risco ser reduzido. Podem sernecessrios recursos elevados para a reduo do risco. Quando o riscoenvolve processo em execuo as aes a desenvolver devem ser tomadas com a mxima urgncia.

IntolervelO trabalho no deve ser iniciado ou dever ser interrompido at seremtomadas medidas de reduo do risco.

6.3 Implementao do controlo de riscoAps a avaliao dos riscos inerentes a todas as tarefas nas instalaes da organizao, dever ser elaborado um programa com a indicao das aes corretivas que necessrio implementar. As aes corretivas devem ser escolhidas tendo em considerao, entre outros, os seguintes aspetos:a) Promover completamente a eliminao dos riscos ou, caso no seja possvel, combater os riscos o mais prximo da sua origem, reduzindo-os o mais possvel;b) Sempre que for possvel, adaptar os processos de trabalho aos indivduos que neles intervm, tendo em ateno os aspetos ergonmicos e outros;c) Aproveitar as inovaes tecnolgicas como facto redutor de risco;d) As medidas de controlo devem ser aplicadas de modo a proteger toda a populao em riscoe) Adotar os EPIs como ltima soluo para o controlo de risco, depois de esgotadas todas as outras solues de combate ao perigo na sua origem.Da anlise de risco resulta um Plano de Controlo de Risco

Requisitos Legais e outros requisitos

A organizao deve estabelecer e manter um procedimento para identificar e ter acesso aos requisitos legais, e outros requisitos de SST que lhe sejam aplicveis.A organizao deve manter atualizada esta informao. Deve comunicar a informao relevante sobre requisitos legais ou outros, aos seus trabalhadores e a outras partes interessadas relevantes.

0 INTRODUODa anlise da legislao e da regulamentao extraem-se os requisitos legais e regulamentares aplicveis, os quais, se documentados e sistematizados por reas temticas, proporcionam um mais fcil acesso e entendimento das normas que, de uma forma direta ou indireta, tm de ser tomadas em considerao, quer na elaborao de planos de atividades, quer na execuo e controlo das tarefas de rotina.

1 OBJECTIVOO objetivo deste procedimento satisfazer o requisito 4.3.2 da norma OHSAS 18.001:1999, na parte que respeita ao estabelecimento e manuteno de um procedimento para identificar aos requisitos legais e outros requisitos que a organizao subscreva, aplicveis em matria de SST, bem como definir regras para manter atualizada a informao acedida e transmiti-la aos colaboradores da organizao e outras partes interessadas.

2 MBITO DE APLICAOAs disposies do presente procedimento aplicam-se s atividades de identificao e caracterizao dos requisitos legais e regulamentares e a outros sectores que a organizao subscreva, e afetos matria de SHST.

3 SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIES3.1 Siglas e AbreviaturasSST Segurana e Sade no TrabalhoDRH Departamento de Recursos Humanos

3.2 DefiniesLei em sentido lato, genrico, lei toda a disposio genrica provinda dos rgos estaduais competentes.Em sentido restrito, lei a designao da forma que reveste o exerccio do Poder Legislativo, emanado da Assembleia da Repblica.Decreto-Lei Norma jurdica, de valor formal equivalente Lei, que constitui a forma principal que reveste a funo normativa do Poder Executivo (Governo).Decreto Regulamentar Disposio legal que visa a concretizao das regras legais de valor formalmente superior (lei ou decreto-lei).Despacho Normativo Ato do Governo, de natureza regulamentar, expressamente autorizado por lei e de publicao obrigatria.Portaria Ato do Governo de natureza regulamentar.Postura Forma que reveste o poder normativo das Cmaras Municipais em matrias da sua competncia Requisito legal/regulamentar disposio legal / regulamentar a que uma determinada entidade se encontra vinculada e que, em virtude da uma particular situao jurdica, condiciona nomeadamente a atividade que desenvolve ou a obrigatoriedade de determinados resultados.Outros requisitos Requisitos que embora no legais possam ser adotados pela organizao, tais como regulamentos, normas, regras tcnicas, acordos estabelecidos voluntariamente, etc.

4 REFERNCIASOs documentos que serviram de base elaborao do presente procedimento foram os seguintes: Norma OHSAS 18.001:1999 Especificaes para sistemas de gesto da Preveno e Segurana Norma OHSAS 18.002:2000 Sistemas de gesto da Preveno e Segurana Linhas de orientao para implementao da norma OHSAS 18.001 Dirio da Repblica

5 RESPONSABILIDADES5.1 Gestor do SistemaGestor do Sistema Os requisitos legais so identificados atravs da consulta informtica do Dirio da Repblica e mantidos arquivados e atualizados em ficheiro, com suporte informtico, com toda a legislao, aplicvel.Sempre que proceda a uma atualizao proceder divulgao do ficheiro revisto.Identifica, compila e divulga pela Organizao a nova legislao que venha a surgir.Analisa e avalia as implicaes que resultam dos requisitos legais identificados (preenchimento e divulgao de Fichas de Requisitos Legais). Ver anexo 7.

5.2 HierarquiasPromovem a aplicao e cumprimento dos diversos requisitos legais aplicveis.

6 MODO DE ACTUAOCompete ao DRH, ou de acordo com o contrato estabelecido com empresa da especialidade, adquirir a legislao.Compete ao gestor do SGSST analisar e avaliar da sua aplicabilidade Organizao. Identifica os impactes dos requisitos legais e divulga as recomendaes necessrias ao seu cumprimento, atravs das Fichas de RequisitosLegais criadas para este efeito. A legislao aplicvel ao SGSST tem como suporte um conjunto de documentos, elaborados em forma de listagem e em suporte informtico, que dever conter uma folha de onde sero registadas todas as revises efetuadas (datas, documentos adicionados e documentos substitudos).Para garantir as evidncias dos registos do SGSST, a sua divulgao dever ser formalizada atravs de Correio Eletrnico (e-mail) via sistema de gesto documental da Organizao.A lista de Requisitos Legais sobre Preveno e Segurana permite ao conjunto de utilizadores do SGSST conhecer, consultar e analisar a legislao aplicvel a cada situao e introduzir nas suas atividades os procedimentos de segurana que a Lei contempla.

7 ANEXOS

Ficha de Requisitos Legais

Logo da Organizao Ficha de Requisitos Legais PAG Reviso

Documento:

Publicao: Data:

Assunto:

Aplicabilidade:

Figura 3 - Ficha de Requisitos Legais

A organizao deve estabelecer e manter objetivos documentados sobre SST, em cada funo e nvel relevantes.Nota: Os objetivos devem ser quantificados se praticvel.Ao estabelecer e ao rever os seus objetivos, a organizao deve considerar os requisitos legais e outros, os seus perigos e riscos para SST, as suas opes tecnolgicas, as suas exigncias financeiras, operacionais e do negcio, e as vises das partes interessadas. Os objetivos devem ser consistentes com a poltica de SST, incluindo o compromisso com a melhoria contnua.

0 INTRODUONo mbito do SGSST a Organizao tem que estabelecer objetivos, documentados e calendarizados, para a SST, tendo em conta os diversos nveis de atividade.Os objetivos a estabelecer devem ser quantificveis, sempre que possvel, e terem em considerao a poltica de Preveno e Segurana da Organizao bem como os requisitos legais, normativos e outros em vigor.Os compromissos estabelecidos nos objetivos podem ser de realizao a curto, mdio ou longo prazo.

1 OBJECTIVOO objetivo deste procedimento definir o processo para o estabelecimento dos Objetivos do SGSST da Organizao.

2 MBITO DE APLICAOOs preceitos estabelecidos neste procedimento aplicam-se aos nveis funcionais do estabelecimento, para os quais so formulados, considerando os vrios nveis de responsabilidade envolvidos.

3 SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIES3.1 Siglas e AbreviaturasObjetivo Metas, em termos de desempenho da SST, que uma Organizao estabelece para ela prpria alcanar.SGSST Sistema de Gesto de Segurana e Sade no Trabalho

3.2 - DefiniesPartes interessadas Indivduos ou grupos de indivduos com interesse ou abrangidos pelo desempenho da SST de uma Organizao.Sistema de Gesto de Segurana e Sade no Trabalho - Subconjunto do processo de gesto da Organizao que gere os riscos ocupacionais da sua atividade. O Sistema inclui a estrutura organizativa, o planeamento das atividades, prticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, objetivar, rever e manter a Politica de Segurana e Sade no Trabalho da Organizao. No fundo, um subsistema, da gesto global da organizao, que possibilita a gesto dos riscos ocupacionais relacionados com a atividade da organizao.Auditoria - Exame sistemtico para determinar se as atividades e resultados relacionados esto em conformidade com as providncias planeadas, e se essas providncias esto implementadas efetivamente e so adequadas para atender poltica e aos objetivos da organizao.

4 REFERNCIASOs documentos que serviram de base elaborao do presente procedimento foram os seguintes:OHSAS 18001:1999 - Norma relativa rea de Preveno e SeguranaOHSAS 18002:2000 - Norma regulamentadora da OHSAS 18001

5 RESPONSABILIDADES

5.1 AdministraoAprova os objetivos de Gesto do SGSST criando condies para a sua implementao

5.2 Representante da GestoPrope administrao a aprovao dos objetivos do SGSST para cada ano.

5.3 Coordenador do SGSSTElabora a proposta dos objetivos ouvindo as partes interessadas, de modo a envolver todos os nveis de responsabilidade nas decises a tomar.

6 MODO DE ACTUAOOs Objetivos para a SST devem ser estabelecidos anualmente. Para o estabelecimento desses objetivos devem ser tidos em considerao os seguintes aspetos:

- Poltica de Segurana da empresa;- Resultados da anlise de riscos;- Concluses da ltima auditoria;- Requisitos legais e normativos;- Resultados da reviso do SGSST;- Avaliao do desempenho relativa a objetivos anteriormente estabelecidos;- Registo histrico de acidentes e incidentes;- Opinio das partes interessadas;- Planos de Atividades e Oramento;- Novas opes tecnolgicas;

Tendo em considerao os aspetos atrs enumerados, o Coordenador do SGSST da Organizao dever elaborar uma proposta com os objetivos e respetivo cronograma onde constem as diversas etapas para a sua realizao durante o ano seguinte.Uma vez aprovados os objetivos, dever ser desenvolvido um processo de comunicao para que todas as partes interessadas tenham um conhecimento completo sobre as atividades que vo ser desenvolvidas, bem como as respetivas responsabilidades.

PROGRAMA DE GESTO DE SEGURANA E SADE DO TRABALHOPrograma de gesto da SST

A organizao deve estabelecer e manter (um) programa (s) de gesto da SST, para atingir os seus objetivos.Este deve incluir documentao sobre:- A responsabilidade e a autoridade designadas para a realizao dos objetivos em funes e em nveis relevantes da organizao e;- Os meios e os prazos para conseguir atingir os objetivos.O (s) programa (s) de gesto da SST deve (m) ser revisto (s) em intervalos regulares e planeados. Sempre que necessrio o (s) programa (s) de gesto da SST deve(m) ser corrigido(s) para acomodar as alteraes das atividades, produtos, servios, ou condies de funcionamento da organizao.

0 INTRODUOPara a existncia de um Sistema de Gesto da Segurana e Sade no Trabalho a Organizao tem que estabelecer e manter um Programa de Gesto do Sistema que permita a implementao dos objetivos aprovados no mbito da preveno e segurana ocupacionais.O nmero e descrio das atividades a desenvolver; O Programa de Gesto dever incluir os seguintes elementos:- Os responsveis pela concretizao dos objetivos em cada um dos nveis de responsabilidade envolvidos;As datas de incio e fim previstas para a realizao de cada atividade;- Quais os recursos a utilizar;- Cronograma de realizao.

1 OBJECTIVOO objetivo deste procedimento definir o processo para elaborao, realizao, manuteno e realizao do Programa de Gesto do SGSST na Organizao.

2 MBITO DE APLICAOA metodologia proposta neste procedimento aplica-se aos nveis funcionais da Organizao envolvidos na planificao e realizao das atividades inerentes concretizao dos Objetivos do SGSST.

3 SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIES

3.1 Siglas e AbreviaturasSGSST Sistema de Gesto de Segurana e Sade no TrabalhoSST Segurana e Sade no TrabalhoOrganizao - Companhia, corporao, firma, empresa, instituio ou associao, ou parte dela, incorporada ou no, pblica ou privada, que tem funes e estrutura administrativa prprias.NOTA: Para organizaes com mais de uma unidade de negcio, uma nica unidade pode ser definida como uma organizao.

3.2 - DefiniesPartes interessadas Indivduos ou grupos de indivduos com interesse ou abrangidos pelo desempenho da SST de uma Organizao.Sistema de Gesto de Segurana e Sade no Trabalho - Subconjunto do processo de gesto da Organizao que gere os riscos ocupacionais da sua atividade. O Sistema inclui a estrutura organizativa, o planeamento das atividades, prticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, objetivar, rever e manter a Politica de Segurana e Sade no Trabalho da Organizao. No fundo, um subsistema, da gesto global da organizao, que possibilita a gesto dos riscos ocupacionais relacionados com a atividade da organizao.

4 REFERNCIASOs documentos que serviram de base elaborao do presente procedimento foram os seguintes:OHSAS 18001:1999 - Norma relativa rea de Preveno e SeguranaOHSAS 18002:2000 - Norma regulamentadora da OHSAS 18001

5 RESPONSABILIDADES

5.1 Representante da GestoAprova o Programa de Gesto do SGSST.Nomeia os responsveis pelas diversas tarefas constantes do Programa.Disponibiliza os recursos necessrios ao cumprimento do Programa.Promove as condies para a divulgao do Programa.Promove o acompanhamento do Programa.

5.2 Coordenador do SGSSTElabora e prope para aprovao o Programa de Gesto do SGSST em funo dos Objetivos aprovados.Procede divulgao do Programa a todas as partes interessadas, aps a sua aprovao.Efetua o acompanhamento da implementao das diversas tarefas, em conjunto com os responsveis nomeados para cada uma dessas tarefas.Procede ao registo histrico das atividades desenvolvidas.

5.3 Responsveis pelas diversas atividadesOs responsveis por cada uma das atividades includas no Programa de Gesto aprovado:- Criam condies para a realizao das diversas tarefas;- Definem indicadores para o acompanhamento das diversas fases de implementao;- Efetuam o acompanhamento do processo.

6 MODO DE ACTUAOUma vez aprovados os Objetivos para a SST, o Coordenador do SGSST deve elaborar uma proposta de Programa de Gesto onde constem os seguintes aspetos:- atividades a desenvolver para a concretizao de cada um dos objetivos;- indicao dos responsveis para cada uma das atividades a desenvolver;- indicao do cronograma para todas as atividades;- indicao dos meios necessrios para a concretizao das atividades.Aps a aprovao do Programa de Gesto do SGSST, o Coordenador do Sistema dever promover, juntamente com os responsveis nomeados para cada uma das atividades, a definio dos indicadores necessrios ao correto acompanhamento dos trabalhos.O coordenador do SGSST da Organizao deve efetuar o acompanhamento do programa estabelecido, efetuando a sua reviso pelo menos trimestralmente, ou sempre que for necessrio. Se for necessrio proceder a alteraes do programa, por razes operacionais, logsticas, tecnolgicas ou outras, o Coordenador dever submeter essas alteraes ao Diretor da Organizao e, uma vez aprovadas, dever desenvolver o processo normal de implementao. Todas as atividades desenvolvidas devem ser convenientemente registadas de forma a garantir no s a prova documental das melhorias introduzidas como tambm a informao necessria para anlises posteriores.

No anexo 7, indica-se o mapa tipo para o estabelecimento do Programa de Gesto.

7 - ANEXOS

SISTEMA DE GESTO DE SEGURANA E SADE NO TRABALHO PROGRAMA DE GESTO

Objetivo:...Ano:

Atividade Datas Responsvel R:Humanos R- Financeiros

Figura 4 Programa de Gesto

Formao, sensibilizao e competncia

O pessoal deve ser competente para desempenhar as tarefas que possam ter impacto na SST no local de trabalho. A competncia deve ser definida em termos de educao, formao profissional e/ou experincia apropriadas.A organizao deve estabelecer e manter procedimentos que permitam aos seus trabalhadores ou membros, em cada nvel e funo relevante, estarem sensibilizados para:- A importncia da conformidade com a poltica da SST, os procedimentos e os requisitos do sistema de gesto da SST;- As consequncias reais ou potenciais para a SST das atividades do seu trabalho e os benefcios para a SST decorrentes da melhoria do seu desempenho pessoal;- As suas funes e responsabilidades para atingir a conformidade com a poltica, procedimentos e requisitos do sistema de gesto da SST, incluindo os requisitos de preveno e de resposta a situaes de emergncia (veja-se 4.4.7);- As consequncias potenciais do no cumprimento dos procedimentos operacionais especificados.Os procedimentos de formao profissional devem ter em ateno os diferentes nveis:- De responsabilidade, capacidade e literacia e;- De risco.

0 INTRODUOTodos os colaboradores da empresa devem possuir competncias que os habilitem a desempenhar corretamente as tarefas que lhes esto cometidas. com base nestes considerandos que a Organizao deve estabelecer e manter um procedimento, de modo a assegurar que todos os seus colaboradores internos e externos possuam competncias e sensibilizao sobre os riscos associados s suas funes e as melhores prticas para os minimizar, no esquecendo no entanto que algo pode falhar e poder ser necessrio ativar o PEI (Plano de Emergncia Interno).A ideia base do programa de formao e sensibilizao em Preveno e Segurana que se apresenta, que os colaboradores da Organizao e prestadores de servios externos, tenham o acesso facilitado aos processos mais eficientes para a melhoria de competncias, tcnicas e cultura, nesta rea.

1 OBJECTIVOO objetivo fundamental deste procedimento estabelecer um programa de aes de formao e sensibilizao, a desenvolver ao longo do tempo, de modo a fomentar o aprofundamento duma cultura de Preveno e Segurana a todos os nveis de responsabilidade.

2 MBITO DE APLICAOAs aes de formao programadas no plano aplicam-se a:a) todos os trabalhadores da empresa;b) todos os trabalhadores de entidades externas a prestarem servio nas instalaes da Organizao.NOTA: As aes propostas para estes ltimos devem ser relacionadas com o sistema de gesto, os riscos das respetivas atividades e meio envolvente.

3 SIGLAS, ABREVIATURAS E DEFINIES3.1 Siglas e AbreviaturasEPI - Equipamento de Proteo IndividualDRH Direo de Recursos HumanosPS - Preveno e SeguranaRIA Rede de Incndios ArmadaSHST Segurana, Higiene e Sade no Trabalho3.2 - DefiniesCompetncia - Pode ser definida como a conjugao dos conhecimentos tericos com a prtica e a experincia adquirida.Aes de Formao Interna So aes de formao dirigidas aos colaboradores da Organizao e a trabalhadores dos prestadores regulares de servios, ministradas por pessoal interno empresa.Aes de Formao Externas So as aes de formao organizadas e ministradas por entidades externas e em que podem participar um ou mais colaboradores da Organizao.

4 REFERNCIASOs documentos que serviram de base elaborao do presente procedimento foram os seguintes:OHSAS 18001:1999 - Norma relativa rea de Preveno e SeguranaDecreto-lei 441/91, de 14 de NovembroDecreto-Lei 133/99, de 21 de Abril

5 RESPONSABILIDADES5.1 AdministraoAprova o Plano de Formao para o ano seguinte

5.2 Representante da GestoRatifica as Aes de Formao propostas e envia-as ao DRH.Cria condies para o cumprimento do Plano de Formao.Submete Administrao a proposta da Aes de Formao para o ano seguinte.Cria condies para o cumprimento do Plano de Formao.

5.3 Direo Recursos HumanosElabora o Plano de Formao a partir da proposta apresentada, tratando os temas, contedos programticos, periodicidade e custos das Aes de Formao nesta rea.No caso de formao por entidade exterior, esta fornece um certificado individual de formao, cujo original a DRH entrega ao participante na ao e envia cpia ao Coordenador do SGSST para registo em arquivo.D seguimento ao Plano aprovado, selecionando as entidades formadoras externas.

5.4 - O Coordenador do SGSSTAtualiza a respetiva base de dados e emite periodicamente informao, por trabalhador, das aes frequentadas. Tambm corrige ou rev o plano de Formao anual de acordo com as alteraes propostas.Regista cpia dos certificados dos participantes nas aes de formao, emitidos pelas entidades formadoras.

5.5 HierarquiasProcedem ao levantamento das necessidades de formao dos seus colaboradores tendo em considerao os seguintes fatores:Anlise de risco das atividades;Anlise de consciencializao e competncias;Avaliao de desempenho operacional;Colaboram com o Representante da Gesto na preparao da proposta anual de aes de formao.Asseguram a participao dos trabalhadores em cada uma das aes.Procedem avaliao de resultados das aes ministradas.Disponibilizam-se ou disponibilizam colaboradores seus, quando necessrio, para serem formadores na realizao das aes.Recorrero, eventualmente, colaborao dos Tcnicos da Preveno e Segurana, em reas do conhecimento muito especficas da Preveno e Segurana, quer na fase de levantamento de necessidades, quer na fase de avaliao de resultados.

5.7 - Tcnicos SHSTColaboram como assessores na transmisso do conhecimento especfico da rea de SHST.

6 MODO DE ACTUAO6.1 - Organizao - Regras BsicasUma vez que existem na Organizao um nmero alargado de funes, que intervm em processos muito diferenciados, deve utilizar-se como metodologia a constituio de diversos conjuntos agrupados, por um lado em funo dos diferentes riscos a que esto sujeitos e por outro, em funo dos objetivos especficos de certos grupos.Os trabalhadores de entidades externas, a prestar servio nas instalaes da empresa, constituem tambm grupos com riscos especficos que resultam no s das funes desempenhadas, mas tambm do seu menor conhecimento das instalaes.Assim, consideram-se os seguintes grupos:

a) Elementos da Preveno e Segurana;b) Elementos das equipas de 1 interveno;c) Elementos com funes tcnicas operacionais;d) Elementos com funes administrativas;e) Prestadores regulares de servios;f) Prestadores pontuais de servios;

Tem que se considerar que a formao/sensibilizao em Preveno e Segurana de carcter contnuo e repetitivo, quer devido mudana nas tcnicas e produtos, que alteram os riscos para as pessoas, quer devido necessidade de treino no manuseamento de equipamentos (por exemplo extintores, RIA e outras) em situaes de emergncia.Devido sua natureza especfica, os elementos que constituem os grupos de Preveno e Segurana e as equipas de 1 interveno, merecem uma ateno especial, no tipo de aes que lhe devem ser ministradas e na periodicidade entre aes, por forma a manter a sua operacionalidade a um nvel elevado.A relao com os prestadores de servio dever ser muito flexvel pois existem muitas variveis em presena.Quando as prestaes de servio so de longa durao, pode estabelecer-se equidade para as aes de formao entre os trabalhadores envolvidos e os trabalhadores da Organizao, para funes equivalentes, uma vez que a sua colaborao se mantm durante largos perodos e os riscos em presena sero portanto comuns aos trabalhadores da empresa.Para as empreitadas de natureza pontual, dever existir um cuidado acrescido, em termos de elaborao de contratos, de forma a garantir um mnimo de conhecimentos obrigatrios para qualquer trabalhador que venha a desenvolver a sua atividade numa instalao da empresa.Dever existir, para alm deste cuidado indispensvel, uma ao de sensibilizao a todos os contratados de forma a garantir o adequado conhecimento das obrigaes legais de cada trabalhador, (por exemplo no mbito da utilizao de EPIs), e quais os riscos inerentes s instalaes e processos, assim como as regras de circulao dentro das instalaes.A ttulo meramente exemplificativo indicam-se no ponto 7 Anexo, as aes de formao recomendadas para cada um dos grupos.Sempre que necessrio promover-se-o aes de carcter operacional quer sejam para colmatar deficincias detetadas, quer para a implementao de eventuais procedimentos operacionais que se venham a estabelecer.

6.2 - Levantamento das NecessidadesAs necessidades de formao so inventariadas pelas hierarquias atravs de uma avaliao contnua e tendo em considerao os fatores j mencionados anteriormente.As necessidades so enquadradas em duas perspetivas: reativa/disfuncional (necessidades de resoluo de problemas existentes, diferencial entre competncias existentes e requeridas) e pr-ativa/desenvolvimento(necessidades que se preveem venham a surgir, sendo imperativo o respetivo desenvolvimento de competncias em alguns trabalhadores).Os gestores de contratos de prestadores regulares de servios colaboram na inventariao das necessidades de formao dos colaboradores dos referidos prestadores.

6.3 - PlaneamentoAs necessidades inventariadas do origem elaborao de um plano.O plano anual e a sua preparao deve decorrer normalmente durante o 3 trimestre do ano anterior.O plano proposto ao Representante da Gesto da empresa que o analisa, uniformiza e ratifica enviando-o Administrao da Empresa, a qual o aprova.O plano deve conter a seguinte informao:- Identificao da necessidade;- O que se espera do contributo da formao;- A durao expectvel da ao;- A identificao dos colaboradores a envolver;- Informao sobre se a ao interna ou externa;- Qual o perodo mais conveniente para a realizar.

6.4 - RealizaoUma vez obtida a aprovao do plano passa-se fase da sua concretizao.Estabelecem-se as aes a realizar, os seus contedos, a calendarizao, decide-se sobre as aes que sero internas e sobre as que so externas e definem-se os colaboradores para monitorizarem as internas.O Representante da Gesto garante o processo de realizao das aes externas, as hierarquias asseguram a realizao das aes internas.Elabora-se finalmente um plano de execuo onde consta: ao a realizar, data, local, colaboradores para participarem e identificao do monitor.Os monitores para as aes internas so selecionados no universo dos colaboradores da unidade organizativa tendo em ateno as suas competncias versas contedos programticos.

H situaes em que se poder recorrer formao em cascata, formam-se inicialmente alguns formadores os quais posteriormente transmitem o seu conhecimento a grupos de colaboradores.As aes consoante os contedos e objetivos a atingir podero realizar-se em sala, no local de trabalho ou em qualquer ponto da instalao.Promovem-se aes de sensibilizao e informao considerada indispensvel destinadas aos colaboradores dos prestadores no regulares de servios.Aos grupos de visitantes, apesar de devidamente enquadrados, d-se informao para consciencializao dos riscos a que podero vir a estarem sujeitos assim como as medidas de precauo a tomar.Em todas as aes feito o registo de presenas e formador e formando elaboram relatrios pr-formatados sobre a mesma.Mensalmente a unidade organizativa (hierarquias), elabora relatrio de acompanhamento do plano de execuo e envia informao para o Representante da Gesto e Coordenador do SGSST sobre os trabalhadores que frequentaram cada uma das aes realizadas.O Coordenador do SGSST com a informao recebida atualiza a respetiva base de dados e emite periodicamente informao, por trabalhador, das aes frequentadas. Tambm corrige ou rev o plano de Formao anual de acordo com as alteraes propostas pelo Representante da Gesto.

6.5 - RegistosDocumento suporte para registo do Levantamento das Necessidades.Plano de Aes de Formao.Plano para a Execuo das Aes de Formao.Documento suporte para caracterizao da ao.Contedos programticos.Registo de presenas nas aes.Cpia dos certificados emitidos pelas entidades formadoras.Relatrios de avaliao das aes elaborados pelos formadores e formandos.Relatrios de acompanhamento da realizao do plano.Listagens de informao, por ao, dos trabalhadores que as frequentaram.Listagens de informao, por trabalhador, das aes frequentadas.

7 ANEXOS7.1 Orientaes para as Aes de Formao a ministrar por Grupo ProfissionalA ttulo meramente exemplificativo e como referimos no ponto 6.1, indicam-se neste captulo, as aes de formao recomendadas para cada um dos grupos.Tendo em ateno as necessidades de atuao dos elementos inseridos nos vrios grupos profissionais, indicam-se como orientao, os temas das aes de formao, que, em princpio, devero ser ministradas a cada um deles: Elementos da Preveno e Segurana:Andaimes; Riscos Industriais; Riscos Eltricos; Higiene e Segurana; Segurana contra Incndios; Cenrios de Risco, Anlise de Risco. Elementos das equipas de 1 interveno:Extino de incndios; Primeiros Socorros; Planos de Evacuao. Elementos com funes Tcnico Operacionais:Manuseamento de Extintores; Planos de Evacuao; Utilizao de EPIs; Sinalizao de Segurana; Preveno; Alcoolismo/Uso Drogas e Frmacos; Qualidade/Ergonomia; Movimentao Manual e Mecnica de Cargas; Rudo Industrial; Segurana Contra Radiaes Ionizantes; Efeitos da Corrente Eltrica no Organismo; Armazenagem;Lubrificantes e leos Usados; Contaminantes Qumicos; Cabos de Ao; Segurana Rodoviria. Elementos com Funes Administrativas:Manuseamento de Extintores; Planos de Evacuao; Preveno Alcoolismo/Uso Drogas e Frmacos; Segurana em Escritrios. Prestadores de Servio Regulares:Este pessoal ser enquadrado nas aes de formao conjuntamente com os trabalhadores da empresa, tendo em considerao a sua principal atividade. Prestadores Pontuais de Servio:Informao geral sobre a empresa e sobre os riscos associados instalao em causa.

ALTERAES OHSAS 18001:2007Este ltimo ponto pretende apresentar as principais diferenas da nova verso da norma OHSAS 18001:2007, face verso da norma de 1999, bem como evidenciar as vantagens que esta nova verso traz para organizaes que tenham ou que pretendam implementar um Sistema de Gesto da Segurana, Higiene e Sade no Trabalho.

Alteraes mais significativasEsta nova verso tem como principais objetivos introduzir esclarecimentos 1 verso, obter um maior alinhamento com a ISO 14001 (Implementao de Sistemas de Gesto Ambiental) e melhorar a compatibilidade com a ISO 9001 (Implementao de Sistemas de Gesto da Qualidade). Assim, a maioria das alteraes introduzidas nesta nova verso so ajustes de terminologia com o intuito de clarificar conceitos. Na maioria dos casos, um SGSST corretamente implementado e em conformidade com os requisitos da OHSAS 18001:1999 necessitar apenas de algumas alteraes para assegurar a conformidade com a nova edio da Norma.Embora a maioria das alteraes Norma tenham um impacto potencial reduzido, existem algumas clusulas onde essas alteraes podero ser mais significativas, dependendo das Organizaes e dos Sistemas de Gesto da Sade e Segurana no Trabalho.As OHSAS 18001:2007 incluem 8 novas definies e algumas alteraes s definies existentes.De entre as definies alteradas e novas, h algumas que so mais significativas na seco 3 da norma: atribuda maior importncia componente sade. Incluso de novas definies e reviso de algumas definies existentes: Alterao de risco tolervel para risco aceitvel; A definio do termo perigo deixou de se referir aos danos propriedade ou aos danos ao ambiente do local de trabalho para referir a danos para o corpo humano ou sade; O termo acidente includo agora no termo incidente.

Definies novas3.4 - Ao Corretiva;3.5 - Documento;3.8 - Dano para a sade Doena profissional (Ill health): identificvel,..;3.16 - Poltica de SST: nova definio adaptada da ISO 14004, com referncia explcita gesto de topo;3.18 - Ao preventiva;3.19 - Procedimento;3.20 - Registo;3.23 - Local de Trabalho: qualquer localizao fsica na qual ocorrem atividades associadas ao trabalho, sob o controlo da organizao (workplace any physical location in which work related activities are performed under the control of the organization);

Definies Alteradas3.1 Risco Aceitvel;3.2 Auditoria;3.3 Melhoria Contnua;3.6 Perigo;3.9 Incidente;3.10 Parte interessada3.11 No conformidades;3.12 Sade e Segurana no Trabalho (SST);3.13 Sistema de Gesto de SST;3.15 Desempenho de SST3.21 Risco3.22 Avaliao do Risco

A maior focalizao desta verso do referencial, na vertente Sade tem o seu primeiro impacto na definio de Perigo que deixa de incluir a referncia ao dano propriedade ou dano ao ambiente do local de trabalho.Como todo o sistema de SST, comea com a identificao de Perigos, a alterao da definio fundamental para uma nova delimitao das fronteiras do sistema de SST. A par desta nova definio surge uma outra, que refora e focaliza a atuao do sistema sobre aquilo que deve ser evitado e que uma das consequncias do Incidente, os Dano (s) para a Sade.

A alterao do conceito de Risco Tolervel, para Risco Aceitvel, teve como objetivo reforar a necessidade de aumentar o nvel de controlos existentes, permitindo desta forma aceitar o nvel de risco.Introduz-se assim um conceito menos permissivo em relao ao nvel mnimo de mecanismos de controlo do risco que tero que existir, para que o sistema de SST possa conviver com nvel de risco existente.A definio do termo Incidente passa a ser mais abrangente e inclui agora todo o tipo de acontecimentos que tenham potencial ou que originem, dano para a sade. Assim, clarifica-se a incluso do conceito de acidente nesta definio. Os eventos que tenham potencial para originar dano para a sade, continuam a estar enquadrados na definio de quase acidentes.

Acidente: Evento indesejado que origina morte, doena, perturbao funcional, leso ou outra perda.Incidente: Evento que originou um acidente ou que tinha potencial para originar um acidente.(OHSAS 18001:1991)

O conceito de Local de Trabalho j existia na anterior verso do referencial, no estava era definido. A sua clarificao, ajuda a entender e a delimitar as fronteiras do Sistema de Gesto de SST. Passa tambm a ser mais claro que o local de trabalho no est associado aos espaos que so propriedade da Organizao mas sim, totalidade dos locais onde os trabalhadores desenvolvem as suas atividades, que podem ser distintos.O conceito de Parte Interessada, foi reforado com a incluso do detalhe dentro ou fora do local de trabalho. Esta clarificao tem o objetivo de relembrar que o sistema de SST, tambm deve refletir sobre de que forma deve atuar fora dos limites do local onde so desenvolvidas as atividades, nomeadamente em caso de emergncia e comunicao. Auditoria Interna - A definio de auditoria interna refere que se trata de um "processo independente e documentado.A Independncia agora claramente referida na Norma como condio necessria para a realizao de auditorias internas ao Sistema de Gesto de SST. A clusula (4.5.4 ) refere que a seleo de auditores e a conduo de auditorias deve assegurar a objetividade e imparcialidade do processo de auditoria.Desempenho da SST - A definio foi clarificada para os resultados mensurveis da gesto dos riscos para SST de uma organizao. Isto particularmente importante na leitura dos requisitos no que diz respeito: s responsabilidades do Responsvel da Gesto (4.4.1.b); monitorizao do desempenho ( 4.5.1); e definio da informao como entrada para Reviso pela Gesto (4.5.1).

PRINCIPAIS ALTERAES AOS REQUISITOS DO SISTEMADE GESTO SST

4.1- Requisitos geraisMelhoria contnua do sistema de gesto de segurana e sade do trabalho;Necessidade da organizao deve definir e documentar o mbito do seu Sistema de Gesto de SST crucial para definir claramente as "fronteiras" do Sistema.

4.2- Politica de SSTA Poltica de SST definida pela Gesto de topo e no apenas autorizada (OHSAS 18001:1999);Compromisso com: () A preveno de leses/ferimentos/acidentes de trabalho e doenas profissionais; Requisitos legais e outros relacionados com os perigos de SST; comunicada a todos as pessoas que trabalham sob o controlo da Organizao.

4.3- Planeamento

4.3.1 Identificao de perigos, avaliao de riscos e determinao de medidas de controloFoi introduzido um novo requisito para considerar a hierarquia dos controlos como parte do planeamento de SST, isto clarifica o conceito de preveno do risco utilizado em SST, e que abordado na generalidade da legislao de SST embora muitas vezes, implementado de forma um pouco deficiente. Esta leitura inferia-se na verso de 1999; contudo, o facto de estes conceitos no estarem clarificados contribuiu para alguma fraqueza na implementao de alguns requisitos do Sistema de Gesto de SST. O objetivo deste requisito compreender os perigos que podem surgir durante a atividade da organizao e assegurar que os riscos associados para as pessoas so avaliados, ordenados por ordem de prioridade e controlados a um nvel aceitvel.

A organizao deve assegurar que os resultados da avaliao so tidos em conta na definio de formas de controlo; A definio de formas de controlo ou respetivas alteraes deve ter em conta a hierarquia: Eliminao; Substituio; Reengenharia Alteraes tcnicas (engineering controls); Sinalizao/Avisos e/ou medidas administrativas; Equipamento de proteo individual. feita uma referncia explcita gesto da mudana: necessria a identificao de perigos e riscos associados s alteraes na organizao, no SGSST ou nas suas atividades, antes destas ocorrerem (4.3.1).

4.3.2 Requisitos Legais e outros requisitos A organizao deve assegurar que estes requisitos legais aplicveis e outros requisitos que a organizao subscreva so tomados em considerao no estabelecimento, implementao e manuteno do seu sistema de gesto da SST. A Organizao deve comunicar a informao relevante em matria de requisitos legais e outros, s pessoas que trabalham sob o seu controlo, bem como a outras partes interessadas.

4.3.3 Objetivos e programa (s)Tal como na norma ISO 14001:2004, as sub clusulas 4.3.3 e 4.3.4 da verso de 1999,foram fundidas, existindo agora uma sub clusula nica.A necessidade dos Objetivos serem mensurveis, sempre que possvel, deixou de constituir apenas uma nota (como na 1 edio) para passar a ser um requisito.Os Objetivos devem ser consistentes com: A Poltica de SST; Compromisso de preveno de leses/ferimentos/acidentes de trabalho e doenas profissionais; Compromisso de cumprimento dos requisitos legais e outros; Compromisso de melhoria contnua.

4.4 Implementao e Operao4.4.1. - Recursos, atribuies, responsabilidade, obrigaes e autoridadePara alm das alteraes do ttulo da clusula, foi melhorada a descrio das funes do (s) membro (s) da gesto de Topo, em matria de SST, incluindo assegurar que os relatrios [] so apresentados gesto de topo [...] utilizados como base para a [...]. Enquanto as ideias de melhoria podem surgir em termos abstratos de qualquer fonte e ter mltiplos pontos de entrada no sistema, h uma consubstanciao daquilo que o dia-a-dia operacional de gesto do sistema, e que passa a ser considerado como entrada para a Reviso pela Gesto. A referncia a esta entrada est reforada na clusula 4.6. nfase na responsabilidade da Gesto de topo no SGSST A gesto de topo deve ter a ltima responsabilidade pela SST e SGSST; A Organizao deve definir um membro da Gesto de topo, com responsabilidade especfica para a SST nota: este pode delegar funes mas no imputabilidade/responsabilidade (accountability); A identidade do membro da gesto de topo para a SS deve ser conhecida pelas pessoas que trabalham sob o controlo da Organizao; nfase na responsabilidade pela SST de cada pessoa, no que diz respeita ao seu trabalho.

4.4.2. Competncia, formao e sensibilizao nfase na responsabilidade da organizao, cabe a esta assegurar que as pessoas que trabalham sob o controlo so competentes (); Necessidade de identificao de necessidades de formao. Esta formao deve ser disponibilizada, avaliao da eficcia e manuteno dos registos Alinhamento com a ISO 9001; Substituio de Seus trabalhadores ou membros (NP 4397), (employees) por pessoas que trabalham sob o controlo alargamento do mbito e consequentes necessidades de formao. semelhana do que foi alterado em outras clusulas (4.2) refora e alarga a necessidade de requisitos de competncia, formao e sensibilizao para subcontratados, fornecedores de servios e outras partes que possam desenvolver a sua atividade sob o controlo da Organizao.Anteriormente, a interpretao, na maioria dos casos, era a de que este requisito apenas se aplicava aos trabalhadores da Organizao, sendo que as Pessoas que desenvolviam atividades como Colaboradores de outras Organizaes o teriam que fazer sob condies operacionais controladas (4.4.6).

4.4.3. Comunicao, participao e consultaPara alm do ttulo da clusula, foi ainda dividido em duas sub-clusulas. Na prtica, esta clusula foi reescrito, mas no essencial, os requisitos so os mesmos que estavam na verso de 1999, agora apenas reforados e apresentados de uma forma mais clara.

4.4.3.1 ComunicaoEsta clusula, aborda a parte comunicacional e que est relacionada quer com os diferentes nveis da organizao quer com tambm com a comunicao com as restantes partes interessadas.

4.4.3.2 Participao e consultaEsta sub clusula aborda tudo o que tem a ver com o envolvimento dos trabalhadores (internos) e com os subcontratados (externos) na gesto de SST. agora requerida a participao dos trabalhadores na identificao de perigos, avaliao de riscos e definio das medidas de controlo, bem como na investigao de incidentes.

4.4.4. DocumentaoA nova clusula de documentao do sistema de gesto descreve com maior detalhe a documentao mnima necessria para a gesto de SST. A descrio do mbito do Sistema de gesto de SST e o requisito para documentos, incluindo registos, definidos como necessrios pela organizao para assegurar o planeamento, operao e controlo eficazes dos processos, relacionados com os seus riscos para a SST., so as alteraes mais relevantes.A expresso elementos essenciais foi substituda por elementos principais, o que em si no clarifica o requisito. No entanto, a Nota, fornece uma orientao que pode ajudar a compreender qual o nvel de documentao a utilizar.

4.4.5. - Controlo de documentosAs alteraes a esta clusula clarificaram e tornaram mais prtica a sua interpretao. Destaca se a clarificao da relao entre documentos e registos, alinhada com as respetivas definies na seco 3, e a incluso de uma nova alnea 4.4.5.f), relativa aos documentos de origem externa.Alinhamento de acordo com as normas ISO 9001 e ISSO 14001.A documentao deve ser proporcional complexidade, perigos e riscos ()Outras necessidades de documentao:mbito (4.1)Resultados da identificao de perigos e avaliao de riscos (4.3.1)Objetivos de SST (4.3.3)Regras, responsabilidades, accountabilities, e autoridades (4.4.1).Resultados da investigao de acidentes.

4.4.6 - Controlo OperacionalNa determinao das operaes e atividades associadas aos perigos identificados, onde so necessrios controlos para a gesto dos riscos para a SST, deve ser considerada a gesto da mudana.Esta clusula mantm-se muito semelhante da anterior verso, havendo inclusive a transferncia de parte do contedo de comunicao para a 4.4.3.1 e de controlo do risco, para a 4.3.1 j.

4.4.7 - Preveno e Capacidade de resposta a emergnciasNovos requisitos relativos preparao e capacidade de resposta a emergncias, tais como:A organizao deve, aquando do planeamento, considerar as necessidades e expectativas de partes interessadas relevantes, ex.: servios de emergncia e vizinhana

4.5 Verificao4.5.1 Medio e Monitorizao do desempenhoEsta clusula foi revista, passando a incluir uma referncia necessidade de monitorizao da eficcia dos controlos, quer para a sade quer para a segurana, reforando a necessidade de acompanhar de forma continuada a manuteno das medidas implementadas para a manuteno de no mnimo, de um nvel de risco aceitvel.Finalmente importa referir que parte de uma das alneas que inclua a necessidade em incluir medidas proactivas de monitorizao a conformidade com requisitos legais e regulamentares aplicveis, foi transferida para uma nova clusula, a 4.5.2. avaliao da conformidade, tal como na verso da ISO 14001:2004 .Nota: O desdobramento de requisitos da clusula 4.5.1 para a clusula 4.5.2 implicou o reordenamento numrico das anteriores clusulas 4.5.2, 4.5.3 e 4.5.4. Por isso, cada Organizao dever rever as referncias existentes na documentao do seu Sistema de gesto de SST s clusulas da Norma, por forma a manter a correo de tais referncias.

4.5.2 - Avaliao da ConformidadeVerificar se todos os requisitos legais e outros requisitos aplicveis esto a ser cumpridos de forma sistemtica, segundo uma metodologia definida pela prpria organizao.4.5.2.1Como referido, o requisito que define a necessidade de monitorizar o cumprimento com os requisitos legais foi transferido para esta clusula especfica, adicionando agora a necessidade de [...] manter registos dos resultados de avaliaes peridicas.4.5.2.2A verso de 1999 requeria a incluso na poltica do compromisso de cumprir com outros requisitos que a organizao subscreva, mas no havia uma indicao clara de como este compromisso era suportado por outros requisitos do referencial. A incluso desta clusula corrige esta falha, estabelecendo o requisito de avaliar o cumprimento com outros requisitos que a organizao subscreva.

4.5.3 Investigao de Incidentes, No-Conformidades, Aes Corretivas e PreventivasAs alteraes a esta clusula incluem, desde logo, o prprio ttulo, que passa a destacar a ao Investigao de Incidentes.

4.5.3.1- Investigao de acidentesUm bom sistema de investigao de incidentes oferece organizao: Uma das melhores oportunidades para prevenir a repetio de incidentes e identificar oportunidades para uma melhoria pr-ativa Aumentar a conscincia geral sobre a SST no local de trabalho.Foram introduzidos novos requisitos relativos investigao de incidentes, nomeadamente de modo a: Determinar fragilidades de SST subjacentes e outras causas de incidentes; Oportunidades que conduzam melhoria contnua; E comunicar os resultados de tais investigaesA investigao deve ser efetuada num prazo razovel/oportuno

4.5.3.2- No conformidades, aes corretivas e aes PreventivasOs requisitos associados ao tratamento de no conformidades, aes corretivas e preventivas clarificam a necessidade em tratar de um modo especfico: d) Registar os resultados das aes corretivas e preventivas empreendidas, e e) avaliar a eficcia das aes corretivas e preventivas empreendidas.

4.5.4 -Controlo de registosIncluso no procedimento da eliminao dos registosA incluso do requisito definindo que Os registos devem ser mantidos, conforme necessrio [...] para demonstrar [...] os resultados atingidos enquadra-se na crescente valorizao da gesto do Sistema de gesto de SST orientada para o seu desempenho/ eficcia. Esta alterao reveste-se de acrescida importncia quando considerada conjuntamente com a definio revista de "desempenho da SST".

4.5.5 - Auditoria InternaA alterao mais significativa refere-se incluso do requisito A seleo de auditores e a conduo das auditorias deve assegurar a objetividade e imparcialidade do processo de auditoria.

4.6 - Reviso pela GestoEsta foi uma das clusulas com mais alteraes na nova verso da OHSAS 18001A sua reestruturao identificao mais explcita das entradas para a reviso, bem como das sadas - alinhamento com as normas ISO 9001 e 14001;Embora o enquadramento e o objetivo da Reviso pela Gesto permanea o mesmo, a Norma agora identifica entradas e sadas especficas para esta atividade.As entradas para Reviso pela Gesto incluem:a) Resultados das auditorias internas e avaliao do cumprimento dos requisitos legais e outros requisitos que a organizao subscreva,b) Os resultados da participao e consultac) As comunicaes de partes interessadas externas, incluindo reclamaes;d) Desempenho de SST,e) Grau de cumprimento dos objetivos e metas,f) O estado das investigaes de incidentes, das aes corretivas e preventivas,g) Aes de seguimento resultantes de anteriores revises pela Gesto,h) Alteraes de circunstncias, incluindo desenvolvimentos de requisitos legais e outros requisitos relativos aos seus aspetos ambientais; ei) Recomendaes de melhoria.

O desempenho de SST e as recomendaes de melhoria so das entradas mais significativas para Reviso pela Gesto. As Organizaes devero agora ter a capacidade em identificar medidas especficas de desempenho de SST, manter registos e avaliar se os nveis de desempenho de SST foram atingidos; e, em conjunto com o requisito de recomendaes de melhoria, a Reviso pela Gesto ter as entradas necessrias para ser um exerccio de Gesto com um elevado valor acrescentado para a Organizao.As sadas da Reviso pela Gesto, devem incluir as aes e decises a:a) Desempenho de SSTb) Poltica e objetivos de SSTc) Recursos; d) Outros elementos do sistema de gesto de SST

RESUMO DAS PRINCIPAIS ALTERAES (Concluso)Alinhamento com a ISO 14001: Fuso das subclusulas 4.3.3 e 4.3.4, na agora 4.3.3 Objetivos e Programa (s). Introduo de uma nova clusula 4.5.2, Avaliao da conformidade. Maior nfase componente sade; Criao de hierarquia na reduo dos riscos, ver 4.3.1. Reviso da clusula 4.4.3 com separao da subclusula 4.4.3.2 Participao e consulta. Reviso da clusula 4.5.3 com separao da subclusula 4.5.3.1 Investigao de acidentes. Incluso de novas definies e reviso de algumas definies existentes: Alterao de risco tolervel para risco aceitvel; A definio do termo perigo deixou de se referir aos danos propriedade ou aos danos ao ambiente do local de trabalho refere-se a danos para o corpo humano ou sade; O termo acidente includo agora no termo incidente.

Webgrafia:

PINTO, ABEL, Sistemas de Gesto da Segurana e Sade no Trabalho, 1 Edio, Edies Slabo, Lda.

OHSAS 18001:1999 Relativo atividade de preveno e segurana

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