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Colégio Geração Aluno(a): ____________________________________ Série 1º Florianópolis:01/10/2008 Professor: Cris 3º Trimestre Material para P2 Idade Moderna Compreende o período histórico que, na Europa, se estende da queda do Império Romano do Oriente para os turcos, em 1453, até a Revolução Francesa, em 1789. Constitui o período de transição do feudalismo para o capitalismo. Tem como principais marcos a formação dos Estados nacionais modernos, o renascimento cultural, a expansão marítima, a descoberta de novos territórios, as reformas e contra-reformas cristãs, o colonialismo, o surgimento das monarquias absolutistas, o Iluminismo e a independência dos Estados Unidos. Renascimento: Os homens da Idade Média consideravam os aspectos e fatos da vida e da história de acordo com os ideais religiosos. Para eles, a vida terrena e os acontecimentos históricos se explicavam pela vontade de Deus, um ser superior. Toda a ciência, a literatura e a arte daquela época dependiam do pensamento religioso. Todavia, no decorrer do século XIII, a Itália e o resto da Europa começaram a modificar seu modo de pensar, voltando suas atenções para uma vida concreta e terrena, onde o homem passou a ter importância como o grande protagonista de acontecimentos e determinando, ele mesmo, a sua vontade. No Renascimento, o mundo aparece como cenário das ações humanas, e não como expressão da vontade divina. A natureza também atrai as atenções e se torna objeto de observações e estudos por parte dos renascentistas. A palavra Renascimento indica, em todos os seus aspectos, o prosseguimento da vida econômica, social e cultural que aconteceu na Itália e depois no resto da Europa. O termo Renascimento vem de renascer da Idade Média, isto é, renascer ou reviver os valores da Antigüidade clássica greco-romana. As características do renascimento foram: » o retorno a cultura clássica – o pensamento renascentista originou-se da reflexão sobre os textos greco-romano juntamente com a heranças dos valores medievais. » Antropocentrismo- o homem passa a ser o centro de tudo. Não é uma tomada do lugar de Deus como o criador, mas sim de uma valorização pessoal e de suas qualidades, antes negadas pelo pensamento medieval. » O ideal de universalidade- para os renascentistas a pessoa podia conhecer tudo que lhe fosse apresentado. O ser humano ideal era aquele que conhecia todas as ciências e todas as artes. Renascimento Artístico: A principal característica da pintura renascentista é a libertação. Os homens do Renascimento se sentiam o centro do Universo, expondo sua própria personalidade ao mundo que os circundava, procurando leis de equilíbrio e de harmonia para imitá-la na vida e na arte. A renovação do humanismo e do Renascimento transforma convenções, idéias, ambientes e cria a base cultural que se irá manifestar na Idade Moderna.

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Colégio Geração

Aluno(a): ____________________________________ Série 1º

Florianópolis:01/10/2008 Professor: Cris 3º Trimestre Material para P2

Idade Moderna Compreende o período histórico que, na Europa, se estende da queda do Império Romano do Oriente para os turcos, em 1453, até a Revolução Francesa, em 1789. Constitui o período de transição do feudalismo para o capitalismo. Tem como principais marcos a formação dos Estados nacionais modernos, o renascimento cultural, a expansão marítima, a descoberta de novos territórios, as reformas e contra-reformas cristãs, o colonialismo, o surgimento das monarquias absolutistas, o Iluminismo e a independência dos Estados Unidos.

Renascimento:

Os homens da Idade Média consideravam os aspectos e fatos da vida e da história de acordo com os ideais religiosos. Para eles, a vida terrena e os acontecimentos históricos se explicavam pela vontade de Deus, um ser superior. Toda a ciência, a literatura e a arte daquela época dependiam do pensamento religioso.

Todavia, no decorrer do século XIII, a Itália e o resto da Europa começaram a modificar seu modo de pensar, voltando suas atenções para uma vida concreta e terrena, onde o homem passou a ter importância como o grande protagonista de acontecimentos e determinando, ele mesmo, a sua vontade.

No Renascimento, o mundo aparece como cenário das ações humanas, e não como expressão da vontade divina. A natureza também atrai as atenções e se torna objeto de observações e estudos por parte dos renascentistas.

A palavra Renascimento indica, em todos os seus aspectos, o prosseguimento da vida econômica, social e cultural que aconteceu na Itália e depois no resto da Europa.

O termo Renascimento vem de renascer da Idade Média, isto é, renascer ou reviver os valores da Antigüidade clássica greco-romana.

As características do renascimento foram: » o retorno a cultura clássica – o pensamento renascentista originou-se da reflexão sobre os textos greco-romano juntamente com a heranças dos valores medievais. » Antropocentrismo- o homem passa a ser o centro de tudo. Não é uma tomada do lugar de Deus como o criador, mas sim de uma valorização pessoal e de suas qualidades, antes negadas pelo pensamento medieval. » O ideal de universalidade- para os renascentistas a pessoa podia conhecer tudo que lhe fosse apresentado. O ser humano ideal era aquele que conhecia todas as ciências e todas as artes.

Renascimento Artístico:

A principal característica da pintura renascentista é a libertação. Os homens do Renascimento se sentiam o centro do Universo, expondo sua própria personalidade ao mundo que os circundava, procurando leis de equilíbrio e de harmonia para imitá-la na vida e na arte.

A renovação do humanismo e do Renascimento transforma convenções, idéias, ambientes e cria a base cultural que se irá manifestar na Idade Moderna.

Barroco

Barroco (palavra cujo significado tanto pode ser pérola irregular quanto mau gosto) é o período da arte que vai de 1600 a 1780 e se caracteriza pela monumentalidade das dimensões, opulência das formas e excesso de ornamentação.É o estilo da grandiloqüência e do exagero.

Essas características todas podem ser explicadas pelo fato de o barroco ter sido um tipo de expressão de cunho propagandista. O absolutismo monárquico e a Igreja da Contra-Reforma utilizaram-no como manifestação de grandeza.

Um dos traços fundamentais desse vasto período é que durante seu apogeu as artes plásticas conseguiram uma integração total. A arquitetura, monumental, com exuberantes fachadas de mármore e ornatos de gesso, ou as obras de Borromini, caracterizadas pela projeção tridimensional de planos côncavos e convexos, serviram de palco ideal para as pinturas apoteóticas das abóbadas e as dramáticas esculturas de mármore branco que decoravam os interiores.

Rococó

Nos primeiros anos do século XVIII, o centro artístico

da Europa transferiu-se de Roma para Paris. É o estilo artístico que surgiu na França como

desdobramento do barroco, mais leve e intimista que aquele e usado inicialmente em decoração de interiores.

Os temas utilizados eram cenas eróticas ou galantes da vida cortesã (as fêtes galantes) e da mitologia, pastorais, alusões ao teatro italiano da época, motivos religiosos e farta estilização naturalista do mundo vegetal em ornatos e molduras.

O termo deriva do francês rocaille, que significa "embrechado", técnica de incrustação de conchas e fragmentos de vidro utilizados originariamente na decoração de grutas artificiais. Na França, o rococó é também chamado estilo Luís XV e Luís XVI.

Características gerais:

• Uso abundante de formas curvas e pela profusão de elementos decorativos, tais como conchas, laços e flores. Possui leveza, caráter intimista, elegância, alegria, bizarro, frivolidade e exuberante.

• Cores vivas foram substituídas por tons pastéis, a luz difusa inundou os interiores por meio de numerosas janelas e o relevo abrupto das superfícies deu lugar a texturas suaves.

REALISTA

Entre 1850 e 1900 surge nas artes européias,

sobretudo na pintura francesa, uma nova tendência estética chamada Realismo, que se desenvolveu ao lado da crescente industrialização das sociedades. O homem europeu, que tinha aprendido a utilizar o conhecimento científico e a técnica para interpretar e dominar a natureza, convenceu-se de que precisava ser realista, inclusive em suas criações artísticas, deixando de lado as visões subjetivas e emotivas da realidade.

São características gerais:

_ o cientificismo; _ valorização do objeto; _ o sóbrio e o minucioso; _ a expressão da realidade e dos aspectos descritivos;

Arquitetura: Os arquitetos e engenheiros procuram responder adequadamente às novas necessidades urbanas, criadas pela industrialização. As cidades não exigem mais ricos palácios e templos. Elas precisam de fábricas, estações, ferroviárias, armazéns, lojas, bibliotecas, escolas, hospitais e moradias, tanto para os operários quanto para a nova burguesia. Em 1889, Gustavo Eiffel levanta, em Paris, a Torre Eiffel, hoje logotipo da "Cidade Luz". O Material consagrado será cimento e ferro.

Escultura: Auguste Rodin - não se preocupou com a idealização da realidade. Ao contrário, procurou recriar os seres tais como eles são. Além disso, os escultores preferiam os temas contemporâneos, assumindo muitas vezes uma intenção política em suas obras. Sua característica principal é a fixação do momento significativo de um gesto humano. Obras destacadas: Balzac, Os Burgueses de Calais, O Beijo e O Pensador.

ROMANTISMO

O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e culturais causadas pela Revolução Industrial e pela Revolução Francesa do final do século XVIII. Do mesmo modo, atividade artística tornou-se complexa. Os artistas românticos procuraram se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do artista. Características gerais: * a valorização dos sentimentos e da imaginação; * o nacionalismo; * a valorização da natureza como princípios da criação artística; e os sentimentos do presente.

NEOCLASSICO

Nas duas últimas décadas do século XVIII e nas três

primeiras do século XIX, uma nova tendência estética predominou nas criações dos artistas europeus. Trata-se do Academicismo ou Neoclassicismo, que expressou os valores

próprios de uma nova e fortalecida burguesia, que assumiu a direção da Sociedade européia após a Revolução Francesa e principalmente com o Império de Napoleão. Principais características: *retorno ao passado, pela imitação dos modelos antigos greco-latinos; *academicismo nos temas e nas técnicas, isto é, sujeição aos modelos e às regras ensinadas nas escolas ou academias de belas-artes; *arte entendida como imitação da natureza, num verdadeiro culto à teoria de Aristóteles.

Para seu conhecimento; Forte influência da arquitetura neoclássica foi à descoberta arqueológica de Pompéia. Diante daquelas construções, num erro de interpretação, os historiadores de arte acreditavam que os edifícios gregos eram recobertos com mármore branco, ocasionando a construção de tantos edifícios brancos. Exemplo: Casa Branca dos Estados Unidos.

Impressionismo

Recebe o nome de impressionismo a corrente artística que surgiu na França, principalmente na pintura, por volta do ano de 1870. Esse movimento, de cunho antiacademicista, propôs o abandono das técnicas e temas tradicionais, saindo dos ateliês iluminados artificialmente para resgatar ao ar livre a natureza, tal como ela era percebida por seus olhos, ou seja, como uma soma de cores fundidas na atmosfera. O crítico Louis Leroy, na primeira exposição pública impressionista realizada em 1874 em Paris, ao ver a obra de Monet, Impressão, Sol Nascente, começou sarcasticamente a chamar esses artistas de impressionistas. Criticados, recusados e incompreendidos, as exposições de suas obras criavam uma expectativa muito grande nos círculos intelectuais de Paris, que não conseguiam compreender e aceitar seus quadros, nos quais estranhavam o naturalismo acadêmico. A cor torna-se elemento dinâmico de acordo com as constantes variações impostas pela luz. Como a linha não existe na natureza, o limite das superfícies coloridas é que determinavam a forma. As sombras foram empregadas a partir de muita luminosidade e colorido já que na palheta do artista impressionista o preto foi banido por representar a ausência de cor. O caráter do impressionismo é essencialmente visual e científico devido às pesquisas no campo da ótica, física e química das cores.

Depois do Impressionismo, a pintura nunca mais seria a mesma. Os pintores do século XX ou expandiram sua prática ou reagiram contra ela. Desafiando a convenção, esses rebeldes estabeleceram o direito do artista de experimentar com estilo pessoal. Acima de tudo, permitiram que a luz da natureza e a vida moderna brilhassem através das sombrias tradições seculares.

Os representantes mais importantes do impressionismo foram: Manet, Monet, Renoir, Degas e Gauguin na pintura. Ao impressionismo seguiram-se vários movimentos, representados por pintores igualmente importantes e com teorias muito pessoais:

Fauvismo: Em 1905, em Paris, no Salão de Outono, alguns artistas foram chamados de fauves (em português significa feras), em virtude da intensidade com que usavam as cores puras, sem misturá-las ou matizá-las. Criaram uma arte onde criar é seguir os impulsos do instinto, as sensações primárias. As linhas e cores de vem ser exaltadas e nascer impulsivamente e traduzir sensações elementares, como fazem as crianças e os selvagens.

Neo-Impressionismo: Os neo-impressionistas pesquisam a cor retínica e o espaço ótico com base nas leis da fisiologia da visão, tal como formuladas por Chevreuil. A cor é levada à tela em pequenos toques (pontos), dividida em tom e subtom, daí se falar em pontilhismo e divisionismo. O pintor neo-impressionista volta ao ateliê, trabalha de modo sistemático e racional. Artistas mais destacados: Seraut, Signac e Cross. No Brasil: Visconti e Belmiro de Almeida.

Pós-impressionismo: foram aqueles em que encontramos a influência da paisagem e da pesquisa cromática (das cores) e o impacto de registrar a impressão de um dado momento, como no impressionismo, porém acrescida de outras características marcantes. Temos como seus representantes,

Van Gogh, Paul Gauguin, Cézanne, Seurat e Toulouse Latrec. Cada um influenciará novas gerações, desde os modernos

ABSTRACIONISMO

A arte abstrata tende a suprimir toda a relação entre a realidade e o quadro, entre as linhas e os planos, as cores e a significação que esses elementos podem sugerir ao espírito. Quando a significação de um quadro depende essencialmente da cor e da forma, quando o pintor rompe os últimos laços que ligam a sua obra à realidade visível, ela passa a ser abstrata.

Existem várias fases na arte abstrata:

• Abstracionismo sensível ou informal: nessa fase, juntamente com Kandinsky, podemos citar o nome de Franz Marc (1880-1916). As cores e as formas são a expressão maior desse período.

• Tachismo: manchas colocadas dentro de certo limite (o braço do artista, por exemplo).

• Grafismo: todo abstracionismo formado por conjunto de signos gráficos (linhas, curvas, traços, pinceladas, etc.).

• Orfismo: ligado à música. Tem como principal artista Sonia Delaunay.

• Raionismo: raios estanques e riscos com luminosidade.

• Abstracionismo geométrico ou formal: as formas e cores são organizadas de forma a resultar na expressão de uma concepção geométrica. Essa fase possui duas subdivisões: 1) Neoplasticismo (principal artista: Piet Mondrian, 1872-1944); e 2) Suprematismo (principal artista: Kazimir Malevitch, 1878-1935).

• Action Paiting ou pintura de ação gestual: criada por Jackson Pollock (1912-1956) nos anos de 1947 a 1950. Tem como características: a compreensão da pintura como meio de emoções intensas, a execução agressiva e espontânea, sem utilização dos meios tradicionais, como pincéis, espátulas, etc. É a pintura direta na parede, no chão ou em telas enormes.