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www.bancariosbahia.org.br bancariosbahia bancariosbahia Filiado à O BANCÁRIO O único jornal diário dos movimentos sociais no país FINAL DO SOCIETY SEXTA-FEIRA, NA ASBAC Edição Diária 7349| Salvador, terça-feira, 05.12.2017 Presidente Augusto Vasconcelos MOBILIZAÇÃO NACIONAL Câmara discute os públicos Santander quer impor novas regras Página 2 Página 4 Manter a mobilização, sem dar trégua ao governo. Por isso, os trabalhadores voltam às ruas, hoje, para protestar contra a reforma da Previdência. Às 6h, será realizado Defender a aposentadoria MANOEL PORTO -AILTON FERREIRA ato em frente ao Shopping da Bahia. Às 15h, acontece passeata, com saída do Campo Grande. É resistir para não perder a aposentadoria. Página 3 Se a reforma da Previdência for aprovada, cidadão trabalhará até morrer e não vai conseguir se aposentar

MOBILIZAÇÃO NACIONAL Defender a aposentadoria · para protestar contra a reforma da Previdência. Às 6h, será realizado Defender a aposentadoria Manoel porto -ailton ferreira

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Page 1: MOBILIZAÇÃO NACIONAL Defender a aposentadoria · para protestar contra a reforma da Previdência. Às 6h, será realizado Defender a aposentadoria Manoel porto -ailton ferreira

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Filiado à

O BANCÁRIOO único jornal diário dos movimentos sociais no país

FINAL DO SOCIETYSEXTA-FEIRA, NA ASBAC

Edição Diária 7349| Salvador, terça-feira, 05.12.2017 Presidente Augusto Vasconcelos

MOBILIZAÇÃO NACIONAL

Câmara discute os públicos

Santander quer impor novas regras

Página 2

Página 4

Manter a mobilização, sem dar trégua ao governo. Por isso, os trabalhadores voltam às ruas, hoje, para protestar contra a reforma da Previdência. Às 6h, será realizado

Defender a aposentadoria

Manoel porto -ailton ferreira

ato em frente ao Shopping da Bahia. Às 15h, acontece passeata, com saída do Campo Grande. É resistir para não perder a aposentadoria. Página 3

Se a reforma da Previdência for aprovada, cidadão trabalhará até morrer e não vai conseguir se aposentar

Page 2: MOBILIZAÇÃO NACIONAL Defender a aposentadoria · para protestar contra a reforma da Previdência. Às 6h, será realizado Defender a aposentadoria Manoel porto -ailton ferreira

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, terça-feira, 05.12.20172 DESMONTE

Discussão acontece, hoje, às 11h, no plenário da Casa. Sindicato participaBárBArA [email protected]

Manoel porto

Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933

O BANCÁRIO

Bancos públicos em debate na Câmara

informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. Editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. Diretor de imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-Bahia. CEP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - [email protected] responsável: rogaciano Medeiros - reg. MTE 879 DrT-BA. Chefe de reportagem: rose Lima - reg. MTE 4645 DrT-BA. repórteres: Ana Beatriz Leal - reg. MTE 4590 DrT-BA e renata Andrade- reg. MTE 4409 SrTE-BA . Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Felipe Iruatã . Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.

TEMAS & DEBATES

Soma zerorogaciano Medeiros *

Entre as forças progressistas, o que mais se discute desde sexta-feira é a suspensão da greve geral que estava marcada para hoje, pelo simples fato de o governo ter adiado a votação da re-forma da Previdência, por falta de vo-tos para aprovação.

Indiscutivelmente, a nova legislação previdenciária, uma exigência do sis-tema financeiro, que apoiou o golpe e agora quer meter a mão em um setor de lucros bilionários, merece o repúdio de toda a sociedade. Como, aliás, aconte-ce. O povo tem ojeriza à reforma, pois está convencido de que significa o fim da aposentadoria.

Mas, a resistência popular não pode ser construída única e exclusivamen-te em uma bandeira, em uma questão pontual, em um alvo. Verdade que ne-cessita de uma referência, e neste mo-mento a reforma da Previdência é o principal elemento catalisador das in-satisfações populares.

Acontece que o complexo e compli-cado processo de construção da mobi-lização, do envolvimento de massivas parcelas da população em um movi-mento de contestação, não é uma se-quência mecânica. Se precisar aciona o interruptor e se desistir basta desligar.

Outro detalhe, o governo por en-quanto está apenas reorganizando as forças para colocar a reforma em vo-tação e, diante de um Parlamento tão fisiológico e servil, aprova-la. Desmo-bilizar é fácil, mas mobilizar envolve fatores que muitas vezes estão além da vontade e da percepção dos organiza-dores e dos ativistas. O caminhar da história é dialético, portanto cheio de contradições, de armadilhas.

A mobilização precisa ter, como principal desafio, a conscientização da população para a necessidade de derro-tar o projeto neoliberal, por ser a fonte de todos os infortúnios que o povo bra-sileiro amarga, desde que Temer, Aé-cio, Bolsonaro, Alckmin, Dória, Moro e CIA deram o golpe na democracia e assumiram o poder central.

Do ponto de vista do fortalecimento da resistência popular, no sentido ma-cro político, de conquista de posições, do enfrentamento à hegemonia neo-liberal, a suspensão da greve geral em nada contribui. Sem dúvida, só preju-dica. Soma zero.

* rogaciano Medeiros é jornalistaTexto com, no máximo, 1.900 caracteres

EM TODO Brasil, diversas ações têm sido realizadas para denunciar o sucateamento dos bancos públicos, prática do governo Temer que tem como objetivo privatizar as estatais nacionais.

O enfrentamento é necessário e, hoje, a

Câmara Federal discute o assunto durante o debate Os impactos da reestruturação dos Bancos Públicos na economia brasileira. A atividade é de autoria do deputado federal, Daniel Almeida (PCdoB-BA), e será realizada no plenário da Casa, a partir das 11h.

Na oportunidade, o presidente do Sindi-cato dos Bancários da Bahia, Augusto Vas-concelos, vai apresentar informações acerca da atual conjuntura extremamente hos-til para o cidadão brasileiro, além de aler-tar sobre as manipulações disseminadas na grande mídia pelo governo sobre o tema.

Quadro de pessoal das estatais despenca PROvA do desmonte acelerado das estatais provocado pelo governo é a queda no núme-ro de funcionários, que encerraram o tercei-ro trimestre de 2017 com o menor quadro de pessoal desde 2010 - 506.852 empregados. Há sete anos, eram 497.036 servidores.

Nos três primeiros trimestres deste ano, a queda foi de 26.336 empregados. O cor-te mais acentuado foi registrado na Caixa, com menos 7.199 bancários. Depois, sur-gem os Correios (-7.129), Petrobras (-4.019) e Banco do Brasil (-2.676).

Segundo o Ministério do Planejamen-to, Desenvolvimento e Gestão, as reduções foram motivadas pelos PDVs (Planos de

Desligamento Voluntário). O secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, Fernando Antônio Ribeiro Soares, deixou claro qual é a intenção do governo. “Meu objetivo é reduzir os custos, aumen-tar a produtividade, aproximar-se cada vez mais de indicadores de mercado”. Em ou-tras palavras, desmontar as instituições e reduzir o papel social a nada.

Hoje, existem 149 estatais no Brasil, ren-táveis, portanto, sem razão para serem pri-vatizadas. No acumulado do ano, o lucro dos conglomerados estatais federais somou cerca de R$ 23,2 bilhões, alta de 167% na comparação com igual período de 2016.

A defesa dos bancos públicos é uma das principais bandeiras atuais levantadas pelo Sindicato

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o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, terça-feira, 05.12.2017 3MOBILIZAÇÃO NACIONAL

Hoje tem ato e passeata contra a reforma de TemerAnA BEATriz LEAL [email protected]

Nas ruas para defender a aposentadoria

OS FuNCIONáRIOS do BNB, no Comércio, em Salvador, pas-sam por um sufoco por conta do mau cheiro no prédio, princi-palmente no térreo. Os seguranças pedem socorro e máscaras para trabalhar.

O Sindicato dos Bancários da Bahia recebeu denúncia, e, em visita ao local, a diretora Jeane Pereira constatou o odor e as di-ficuldades dos trabalhadores. A suposição é de que um animal morto atrás do quadro de luz esteja causando o fedor, mas a em-

A RESISTêNCIA popular con-tra a reforma da Previdência é necessária e decisiva para al-terar a correlação de forças no país. Por isso, hoje, os traba-lhadores voltam às ruas para protestar contra a medida, que acaba com a aposentadoria.

Às 6h, acontece ato em frente ao Shopping da Bahia. Depois, às 10h, será realizado um café da manhã em frente à sede do Tribunal de Justiça da Bahia, no CAB, onde acontece o jul-gamento dos recursos do caso

Paulo Colombiano e Catarina Galindo, assassinados em 2010.

Os trabalhadores saem em passeata, com saída do Campo Grande, às 15h, contra a reforma da Previdência e os retrocessos impostos pelo governo Temer, como a privatização e a entrega do pré-sal. A manifestação rei-vindica ainda o fortalecimen-to das políticas públicas de saú-de, educação e assistência social, crescimento econômico com ge-ração de empregos formais.

“Entendemos ser estratégi-co aprofundar a dificuldade do governo em arregimentar apoio para votar o projeto que acaba com o direito à aposentadoria. Se o governo insistir em votar não nos restará alternativa a não ser parar o país”, afirma o presi-dente da CTB, Adilson Araújo.

na uFBA, Sindicato faz palestra sobre assédioOS BANCáRIOS estão entre os que sofrem com o assédio mo-ral. Tanto que lideram o índice de afastamentos das atividades em decorrência de problemas de cunho psicológico. Cenário que pode piorar com a reforma trabalhista, em vigor desde o último dia 11 de novembro.

O alerta foi dado pelo presi-dente do Sindicato dos Bancá-rios da Bahia, Augusto Vascon-celos, que participou de palestra na Faculdade de Administração da UFBA, cujo tema foi Assédio Moral e suas consequências no mundo do trabalho. “Além de inibir o acesso à Justiça, a nova legislação estimula a fragmen-tação das relações de trabalho, precariza a mão de obra, reduz

salários e cerceia direitos”. A norma amarra o traba-

lhador à empresa, deixando-o vulnerável. No trabalho inter-mitente, por exemplo, o funcio-nário fica à disposição do pa-trão, podendo ser convocado a qualquer momento. Um am-biente realmente propício para o assédio moral.

Mas, não é só isso. O neoli-beralismo, o aprofundamento da crise, o estímulo ao indivi-dualismo também facilitam a prática do assédio moral. Para mudar o contexto, é preci-so discutir democraticamente como será a atuação do traba-lhador e não impor regras que desconhecem a realidade do empregado.

Funcionários do BNB sofrem com fedorpresa que detém a exclusividade para fazer a verificação ainda não foi ao banco. E não se sabe nem se foi solicitado.

Não é a primeira vez que o caso acontece. Da última, durou entre três e quatro dias. O prédio administrativo do BNB Co-mércio é antigo e possui problemas estruturais. A todo momen-to, pombos entram nos dutos dos equipamentos de ar-condicio-nado, e partir disso o cheiro ruim começa. O SBBA está atento e cobra providências urgentes por parte do banco.

O povo brasileiro precisa reagir ou vai perder o direito à aposentadoria

Sindicato alerta sobre consequência do assédio moral no mundo do trabalho

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o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, terça-feira, 05.12.20174

SAQuE

BANCOS

Sindicato orienta que bancário não deve autorizar mudança no banco de horasrOsE LIMA [email protected]

Santander desrespeita acordo

DECISIvO A última pesquisa Datafolha, além de mostrar Lula disparado na frente em todos os cenários, revela que, no caso de ele ser inabilitado, mais de 29% dos eleitores votam em qualquer candidato apoiado pelo ex-presidente. Percentual sufi-ciente para definir a eleição presidencial. É o maior transferidor de voto da história do Brasil.

RECONHECIMENTO Golpista de todas as horas, mas su-ficientemente inteligente para não bater de frente com os fatos, Ricardo Noblat, na última coluna que publicou em O Globo, de onde está saindo, reconhece o que O Bancário e esta coluna afir-mam há muito tempo. Inabilitado ou não, preso ou solto, vivo ou morto, o ex-presidente Lula define a eleição presidencial do próximo ano.

RuINDO Outrora incontestável, absoluto, dono da verdade, predestinado a salvar o Brasil, Sérgio Moro usou e abusou da paciência do povo, que começa a descobrir se tratar de um santo do pau oco. A última pesquisa Datafolha deixa bem claro. Hoje, somente 23% dos entrevistados votariam em um candidato in-dicado pelo juiz da Lava Jato. Já Lula, que ele tanto persegue e tenta desconstruir, chega a 29%. O mandarim de Curitiba (PR) está em queda livre.

RECEBA Arrogante e deslumbrado com o papel que desempe-nha, indiscutivelmente favorável às elites e ao golpismo, o pro-curador federal Deltan Dallagnol foi mexer com Renan Calhei-ros e seu deu mal. O senador alagoano passou na cara do xerife da força tarefa da Lava Jato o “surto de ódio, as denúncias sem provas e as generalizações perigosas”, que maculam o Estado de direito. Ficou sem resposta.

ASSASSINATO? Estava tudo armado para arquivar a inves-tigação sobre a morte do reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier de Olivo. Mas, esqueceram de combinar com a coordenadora da equipe do Ambulatório de Saúde do Trabalhador do Hospi-tal Universitário. A médica Edna Maria Niero diz em relatório: “Violentamente alijado do local onde atuava no auge da sua ges-tão, o reitor foi também arrancado de sua própria vida”. Resu-mindo, a PF, o MPF e a Lava Jato o mataram.

ABuSIvA Quem duvida pode anotar. Não vai dar em nada o processo movido pela família da vítima contra a delegada da PF Erika Mialik Marena, responsável pela prisão do reitor da UFSC, Carlos Cancellier. Conhecida pelas posições ultraconservadoras que faz questão de exibir, ela é acusada de abuso de poder. Mes-mo sem provas, o manteve nu e incomunicável. Conduta própria de quem se acha acima da lei.

OS BANCOS eram ferrenhos defensores da reforma traba-

lhista e não viam a hora da nova legislação entrar em vigor. O

Santander, um dos que mais pressionaram pelas mudanças, começou a colocar as “garras de fora”. Em um desrespeito à CCT (Convenção Coletiva de Traba-lho), a empresa surpreende os funcionários com um acordo de banco de horas semestral.

O Sindicato dos Bancários da Bahia orienta os empregados do banco para que não façam a autorização por meio do portal RH, pois a CCT é válida até 31 de agosto de 2018. Portanto, os trabalhadores estão protegidos.

O documento tem uma série de cláusulas referentes a ajustes de jornada, inclusive com pror-rogação de até 2 horas de tra-balho, diariamente. Neste caso, haverá redução em outro dia.

Mas, o bancário sabe que, na prática, com a alta demanda, di-ficilmente conseguirá a redução da jornada em outros dias.

PresidenciávelManuela D´ávilaem SalvadorCONSIDERADA a grande no-vidade da corrida presidencial, a deputada estadual Manue-la D Á́vila (RS), lançada pelo PCdoB, foi recebida ontem pelo governador Rui Costa.

Na pauta, a crise econômica, a eleição geral do próximo ano e a importância da construção de uma ampla frente de esquer-da para derrotar o projeto neo-liberal do governo Temer.

É a primeira vez, desde a re-democratização do país, que o PCdoB lança candidata própria para a presidência da República. Manuela D Á́vila condena as re-formas do governo.

Homenagem ao escritor Lima BarretoO ATOR e diretor Hilton Co-bra traz a Salvador o espetácu-lo Traga-me a cabeça de Lima Barreto, inspirado na obra do escritor brasileiro Lima Barre-to (1881-1922). A peça está em cartaz no Teatro Vila Velha, de quinta a domingo, até o dia 10 de dezembro.

A peça mostra as várias face-tas da personalidade e da genia-lidade de Lima Barreto, refle-tindo sobre loucura, racismo e eugenia, a obra não reconhecida e os enfrentamentos políticos e literários de sua época.

O ingresso custa R$ 10,00 (meia), na quinta-feira, e R$ 15,00 (meia) de sábado a do-mingo. Mais informações pelo telefone (71) 3083-4600.

Santander desrespeita Convenção

Manuela: unidade das esquerdas

Peça está em cartaz até domingo

joão ubaldo - arquivo

Manoel porto

valMyr ferreira