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Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 1 MÓDULO DE: MÉTODOS E TÉCNICAS NO USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS AUTORIA: ANNA CRISTINA VIANA OMATI Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil

Modulo 6 -Métodos e Técnicas No Uso Das Novas Tecnologias

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tecnologias atuais e seus usos

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MÓDULO DE:

MÉTODOS E TÉCNICAS NO USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS

AUTORIA:

ANNA CRISTINA VIANA OMATI

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Módulo de: Métodos e Técnicas no Uso das Novas Tecnologias

Autoria: Anna Cristina Viana Omati

Primeira edição: 2008

Todos os direitos desta edição reservados à

ESAB – ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA

http://www.esab.edu.br

Av. Santa Leopoldina, nº 840/07

Bairro Itaparica – Vila Velha, ES

CEP: 29102-040

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Apresentação

O módulo “Métodos e Técnicas no Uso das Novas Tecnologias” tem como objetivo despertar

no aluno o desejo de pesquisar sobre tecnologia e a sua aplicabilidade em diversos níveis de

ensino.

Sabe-se que os recursos tecnológicos vêm impulsionando a educação a buscar novas

metodologias, novas didáticas, novos currículos, novos conteúdos, novo perfil de professor

para assim, melhor atender o novo perfil de aluno.

Muitas informações estão chegando, adentrando em nossas casas, sem nos dar tempo

suficiente para discerni-las, para verificarmos se realmente essas informações são

importantes ou se contribuem para a nossa formação pessoal e profissional.

Por estas razões, conhecer as “novas tecnologias”; entendê-las, saber como, onde e porque

aplicá-las são questionamentos e preocupações que passam a ser de fundamental

importância para podermos orientarmos nossos alunos para que recebam essas informações

com uma visão crítica do que pode ser melhor, ou não, para o seu crescimento como

pessoa.

Objetivo

Despertar no aluno o desejo de pesquisar sobre a importância dos recursos tecnológicos e a

sua aplicabilidade em diversos níveis de ensino.

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Ementa

Conhecendo a origem da palavra Tecnologia; Métodos e técnicas de Ensino; Práticas

Avaliativas no uso de novas tecnologias; Materiais impressos, os livros, enciclopédias,

apostilas e cadernos: recursos dominantes; Recursos visuais e auditivos; Recursos

audiovisuais; Tecnologia na Educação x Tecnologia da Educação: diferenças e

semelhanças; O uso do computador como tecnologia; O uso do computador como

tecnologia; Relacionamento entre O uso de Tecnologia e os Problemas da Aprendizagem; O

aluno com dificuldade no processo de aprendizagem; Aulas preparadas para um ambiente

tecnológico; Papel do Professor frente às novas tecnologias; Papel do Professor frente às

novas tecnologias; Material impresso – a tecnologia dominante; O universo da comunicação

audiovisual; O Rádio como instrumento educativo; Internet: A rede que abraça todo o

Planeta; Televisão + Vídeo + Internet = YOUTUBE; O computador e o software educativo;

paradigmas da educação; hipertexto sua origem da palavra.

Sobre o Autor

Ana Cristina Viana Omati é graduada em Pedagogia com habilitação em Orientação

Educacional pelo Centro Educacional Unificado de Brasília. É especializada em educação a

distância pelo SENAC – RJ em Psicopedagogia pela Faesa. Em 2004 alcançou o título de

Mestre em Educação pela Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL.

Atua no Instituto Sócioeducativo do Espírito Santo como Pedagoga, tendo atuado ainda

como Assessora Pedagógica em projetos pedagógicos de instituições de ensino superior.

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SUMÁRIO

UNIDADE 1 .............................................................................................................................. 8

INTRODUÇÃO ÀS NOVAS TECNOLOGIAS ........................................................................ 8

UNIDADE 2 ............................................................................................................................ 13

TECNOLOGIA, HISTÓRIA E PROPOSTAS ....................................................................... 13

UNIDADE 3 ............................................................................................................................ 19

METODOLOGIA E TECNOLOGIA: DEFINIÇÕES; APLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO. ......... 19

UNIDADE 4 ............................................................................................................................ 24

A TECNOLOGIA NAS ATIVIDADES EDUCACIONAIS....................................................... 24

UNIDADE 5 ............................................................................................................................ 29

RECURSOS TECNOLÓGICOS E APRENDIZAGEM ......................................................... 29

UNIDADE 6 ............................................................................................................................ 36

O COMPUTADOR E SUA CIÊNCIA COMO TECONOLGIA EDUCACIONAL .................... 36

UNIDADE 7 ............................................................................................................................ 44

MÉTODOS DE ENSINO POR COMPUTADORES ............................................................. 44

UNIDADE 8 ............................................................................................................................ 49

A DIDÁTICA E AS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM ...................................................... 49

UNIDADE 9 ............................................................................................................................ 55

APRENDIZAGEM E TECNOLOGIA .................................................................................... 55

UNIDADE 10 .......................................................................................................................... 62

AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS ANTE A REVOLUÇÃO TECNOLÓGICAS ..................... 62

UNIDADE 11 .......................................................................................................................... 74

AS TECNOLOGIAS DIANTE DE ALUNOS COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM . 74

UNIDADE 12 .......................................................................................................................... 82

TECNOLOGIA E EDUCAÇAO ESPECIAL .......................................................................... 82

UNIDADE 13 .......................................................................................................................... 89

TECNOLOGIA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD) ....................................................... 89

UNIDADE 14 .......................................................................................................................... 99

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ASPECTOS PEDÁGÓGICOS, ORGANIZACIONAIS E INSTITUCIONAIS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA. ..................................................................................................................... 99

UNIDADE 15 ........................................................................................................................ 106

A TECNOLOGIA EDUCACIONAL E A TRANSFORMAÇÃO DA INFORMAÇÃO EM SABER .......................................................................................................................................... 106

UNIDADE 16 ........................................................................................................................ 111

EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO: EXPERIÊNCIA BRASILEIRA EM TELEVISÃO EDUCATIVA. ..................................................................................................................... 111

UNIDADE 17 ........................................................................................................................ 117

RELACIONAMENTO DO PROFESSOR COM A TECNOLOGIA EDUCACIONAL ........... 117

UNIDADE 18 ........................................................................................................................ 122

REDEFININDO OS PAPÉIS DO PROFESSOR E DO ALUNO ......................................... 122

UNIDADE 19 ........................................................................................................................ 127

AS TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO, DE INFORMAÇÃO E DE EDUCAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL. ....................................................................................... 127

UNIDADE 20 ........................................................................................................................ 133

SOCIEDADE DA COMUNICAÇÃO E A EDUCAÇÃO ....................................................... 133

UNIDADE 21 ........................................................................................................................ 138

TECNOLOGIA E MATERIAL IMPRESSO ......................................................................... 138

UNIDADE 22 ........................................................................................................................ 144

UNIDADE 23 ........................................................................................................................ 150

A TECNOLOGIA DO RÁDIO ............................................................................................. 150

UNIDADE 24 ........................................................................................................................ 158

INTERNET: VILÃ OU ALIADA DA EDUCAÇÃO. .............................................................. 158

UNIDADE 25 ........................................................................................................................ 165

TERMOS MAIS UTILIZADOS NA WEB. ........................................................................... 165

UNIDADE 26 ........................................................................................................................ 170

MULTIMÍDIA: O USO DO YOUTUBE NO PROCESSO EDUCATIVO. ............................. 170

UNIDADE 27 ........................................................................................................................ 176

O SOFTWARE - UM DOS MÉTODOS MAIS APLICADOS .............................................. 176

UNIDADE 28 ........................................................................................................................ 184

MODALIDADE DE SOFTWARE EDUCACIONAL NA WEB E AMBIENTES DE APRENDIZAGEM – PARTE I – Exercício e Prática/Tutorial. ............................................ 184

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UNIDADE 29 ........................................................................................................................ 188

MODALIDADE DE SOFTWARE EDUCACIONAL NA WEB E AMBIENTES DE APRENDIZAGEM – PARTE II - Jogos Educativos............................................................ 188

UNIDADE 30 ........................................................................................................................ 192

MODALIDADE DE SOFTWARE EDUCACIONAL NA WEB E AMBIENTES DE APRENDIZAGEM – Parte III - Hipertexto e Hiperdocumentos no ambiente de redes ...... 192

GLOSSÁRIO ........................................................................................................................ 198

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 199

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UNIDADE 1

OBJETIVO: Introduzir o estudo da disciplina Método e Técnicas no Uso de Novas Tecnologias.

INTRODUÇÃO ÀS NOVAS TECNOLOGIAS

Tópico I - Conhecendo a Origem da Palavra Tecnologia

Retirando da Wikipédia, a enciclopédia livre, o termo Tecnologia vem do grego τεχνη —

"ofício" e λογια — "estudo" ) É um termo que envolve o conhecimento técnico e científico e

as ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir de tal conhecimento.

Dependendo do contexto, a tecnologia pode ser:

As ferramentas e as máquinas que ajudam a resolver problemas;

As técnicas, conhecimentos, métodos, materiais, ferramentas e processos usados

para resolver problemas ou ao menos facilitar a solução dos mesmos;

Um método ou processo de construção e trabalho (tal como a tecnologia de

manufatura, a tecnologia de infraestrutura ou a tecnologia espacial);

A aplicação de recursos para a resolução de problemas;

O termo tecnologia também pode ser usado para descrever o nível de conhecimento

científico, matemático e técnico de uma determinada cultura;

Na economia, a tecnologia é o estado atual de nosso conhecimento de como combinar

recursos para produzir produtos desejados (e nosso conhecimento do que pode ser

produzido);

A tecnologia, de uma forma geral, é o encontro entre Ciência e Engenharia. Sendo um

termo que inclui desde as ferramentas e processos simples, tais como: uma colher de

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madeira e a fermentação da uva respectivamente, até as ferramentas e processos

mais complexos já criados pelo ser humano, tal como a Estação Espacial

Internacional e a dessalinização da água do mar respectivamente. Frequentemente, a

tecnologia entra em conflito com algumas preocupações naturais de nossa sociedade,

como o desemprego, a poluição e outras muitas questões ecológicas, filosóficas e

sociológicas.

Tópico II – Conhecendo a História da Tecnologia

O texto encontrado na wikipedia.org, sobre tecnologia nos esclarece que a história da

tecnologia é quase tão antiga quanto a história da humanidade, e se segue desde quando os

seres humanos começaram a usar ferramentas de caça e de proteção. A história da

tecnologia tem, consequentemente, embutida a cronologia do uso dos recursos naturais,

porque, para serem criadas, todas as ferramentas necessitaram, antes de qualquer coisa, do

uso de um recurso natural adequado. A história da tecnologia segue uma progressão das

ferramentas simples e das fontes de energia simples às ferramentas complexas e às fontes

de energia complexas.

As tecnologias mais antigas converteram recursos naturais em ferramentas simples. Os

processos mais antigos, tais como arte rupestre e a raspagem das pedras, e as ferramentas

mais antigas, tais como a pedra lascada e a roda, são meios simples para a conversão de

materiais brutos e "crus" em produtos úteis. Os antropólogos descobriram muitas casas e

ferramentas humanas feitas diretamente a partir dos recursos naturais.

A descoberta e o consequente uso do fogo foi um ponto chave na evolução tecnológica do

homem, permitindo um melhor aproveitamento dos alimentos e o aproveitamento dos

recursos naturais que necessitam do calor para serem úteis. A madeira e o carvão de lenha

vegetal estão entre os primeiros materiais usados como combustível. A madeira, a argila e a

rocha (tal como a pedra calcária) estavam entre os materiais mais adiantados a serem

tratados pelo fogo, para fazer as armas, cerâmica, tijolos e cimento, entre outros materiais.

As melhorias continuaram com a fornalha, que permitiu a habilidade de derreter e forjar o

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metal (tal como o cobre, 8000 AC.), e eventualmente a descoberta das ligas, tais como o

bronze (4000 a.C.). Os primeiros usos do ferro e do aço datam de 1400 a.C..

A maior parte das novidades tecnológicas costuma ser primeiramente empregada na

engenharia, na medicina, na informática e no ramo militar. Com isso, o público doméstico

acaba sendo o último a se beneficiar da alta tecnologia, já que ferramentas complexas

requerem uma manufatura complexa, aumentando drasticamente o preço final do produto.

Nos tempos atuais, os denominados sistemas digitais tem ganhado cada vez mais espaço

entre as inovações tecnológicas. Grande parte dos instrumentos tecnológicos de hoje

envolvem sistemas digitais, principalmente no caso dos computadores.

TÓPICO III - O Crescimento das Novas Tecnologias

As novas tecnologias principalmente as de informação e comunicação, estão redefinindo

qualitativa e quantitativamente a informação da sociedade. Sua economia, sua estrutura de

poder, sua interação com a natureza, seus hábitos e gostos e a maneira como ela se vê.

Pode-se pensar que toda nossa cultura está em processo de redefinição, pois já não somos

mais oriundos de uma sociedade agrícola, as novas tecnologias nos transformaram em uma

sociedade de ÁTOMOS e de BITS nos envolvendo numa cultura envolvente e complexa, que

se pode chamar de cultura criativa digital.

Toda essa redefinição é acompanhada de dois fenômenos importantes:

1. O primeiro é uma revolução nos meios pelos quais a sociedade usa o seu tempo. No

passado, as pessoas se entretinham uma as outras diretamente, depois passaram a

usar a escrita, depois o rádio, depois a televisão seguida da internet. Hoje, as

pessoas criam e/ou usam seus bens e meios digitais crescentemente convergentes

para entreterem diretamente uma as outras numa escala global.

2. O segundo é uma mudança no balanço do poder entre aqueles que detêm os meios

de fazer o tempo passar, entre aqueles que tentam definir seu próprio tempo e fazer

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valer o seu próprio gosto, ou seja, nós produzimos, publicamos, reinventamos e

compartilhamos mídia pessoal. Nós fazemos nossos próprios filmes, nós criamos fotos

digitais, animação, sites de noticiais, hiperficção e álbuns de fotografias.

Vimos que nós programamos nossos gravadores de vídeo pessoal, de modo que possamos

assistir a programação das redes, não nos horários deles, mas nos nossos horários. Nós

ouvimos web-rádio ou estações de satélite que interessam aos nossos gostos. Nós baixamos

música na internet para nossos tocadores de mp3, mp4, etc. e montamos a seleção de

música para os nossos próprios CD’s. Nós fazemos nossa própria mídia. Em muitos casos,

nós somos a nossa própria mídia.

A revolução digital afeta todas as dimensões da vida na sociedade. A revista VEJA

TECNOLOGIA, Especial de Natal, Dezembro de 2007, cita as 10 tecnologias que estão

mudando o mundo. Diz ainda, que elas transformam o formato e o uso dos eletrônicos.

Pode-se pensar, então, que os indivíduos têm produzido seu próprio conteúdo desde que os

homens e mulheres das cavernas começavam a pintar em paredes. Mas, uma vez podendo

fazer isso em forma digital, o poder das ideias será dominante nos mundos das diversas

empresas e instituições.

Acredita-se que quanto mais profissionais do conhecimento um país tiver com capacidade de

produzir seus próprios conteúdos e inovações em formato digital, mais produtiva a sua

economia e, em consequência, mais poderoso o país será.

Esse processo de produção de conhecimento, de informação na era digital vem despertado o

interesse no mundo inteiro. Verificou-se que no ano de 2000 a empresa EMC contratou o

Professor HALVARIAM, um economista de reconhecimento internacional, para responder a

uma única pergunta:

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Quanta Informação se Produz no Mundo?

Com base numa metodologia inédita e uma equipe multidisciplinar, o professor chegou a

vários resultados:

“Desde tempos imemoriais é possível “computar” que a humanidade deva ter

produzido cerca de 57 bilhões de gigabytes.”

“Nos tempos atuais a produção de informação mundial já nasce predominantemente

digital.”

“A quantidade de informação nova que vem sendo criada duplica a cada ano.”

Bom, se considerarmos que a produção anual é da ordem de 2 a 3 bilhões de gigabytes de

informação, então, segundo a metodologia do professor, entre os anos de 2002 e 2003

produzimos mais informação no mundo do que quase toda a história da humanidade.

Segundo essa metodologia, pode-se afirmar que em 2004 se gerou 48 bilhões de gigabytes

de informação e em 2005 gerou-se 95 bilhões de gigabytes, o que representa um verdadeiro

oceano de informações, segundo o professor.

Como a Educação vem respondendo aos novos desafios sociais criados pela

informática?

Qual a importância desses conhecimentos e porque incentivá-los?

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UNIDADE 2

OBJETIVO: conhecer a evolução da proposta educacional através dos tempos.

TECNOLOGIA, HISTÓRIA E PROPOSTAS

Tópico I – A História da Educação antes das Novas Tecnologias

Partindo do pressuposto de que a Educação só pode ser compreendida dentro de um

contexto histórico, podemos nos recordar brevemente da sua história. Vejamos algumas

características da proposta educacional de cada época.

Sociedades Tribais: a Educação difusa – nas comunidades tribais as crianças aprendiam

imitando os gestos dos adultos nas atividades diárias e nas cerimônias dos rituais;

Antiguidade oriental: a Educação tradicionalista – as preocupações com a educação

permeavam os livros sagrados, que ofereciam regras, ideias de conduta e orientação para o

enquadramento das pessoas nos rígidos sistemas religiosos e morais.

Antiguidade grega: Educação integral – para Platão, a Educação é o instrumento para

desenvolver no homem tudo o que implica em sua participação na realidade ideal, embora

asfixiada por sua existência empírica. Também segundo Aristóteles, a educação é um

processo que auxilia a passagem da potência para o ato, pela qual atualizamos a forma

humana;

Antiguidade romana: Educação humanista – os educadores buscavam formar o homem

racional, capaz de pensar corretamente e se expressar convincentemente.

Idade Média: formação do homem de fé – a Educação surge como instrumento para um fim

maior, a salvação da alma e vida eterna. Predominava a visão teocêntrica, a de Deus como

fundamento de toda a ação pedagógica e finalidade da formação do cristão.

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Renascimento: humanismo e reforma – esta sociedade embora rejeitasse a autoridade

dogmática da cultura eclesiástica medieval, manteve-se ainda fortemente hierarquizada:

exclui dos propósitos educacionais a grande massa popular.

Idade Moderna: a pedagogia realista – esta contraria a educação antiga, excessivamente

formal e retórica. Prefere o rigor das ciências da natureza e busca superar a tendência

literária e estética própria do humanismo renascentista. Considerando que a Educação deve

partir da compreensão das coisas e não das palavras, a pedagogia moderna exigirá outra

didática.

Século das luzes: o ideal liberal de educação: expressa no pensamento controvertido de

Rousseau anseios que animarão as reflexões pedagógicas no período subsequente.

Atacando o ideal de pessoa “bem sucedida”, de cortesão ou de “homem gentil”, Rousseau

propõe o desenvolvimento livre e espontâneo, respeitando a existência concreta da criança.

O pensamento de Kant também se insere no movimento de crítica à Educação dogmática.

Para ele, as leis são: inflexíveis e universais, da razão pura e da razão prática, que

constroem o conhecimento e a lei moral, o que significa a valorização definitiva do sujeito

universal, não individual;

Século XIX: a Educação nacional - o fenômeno da urbanização acelerada, decorrente do

capitalismo industrial, cria forte expectativa com respeito à educação, pois a complexidade

do trabalho exige qualificação da mão de obra. Ao lado da expansão da rede escolar, outro

objetivo dos educadores do século XIX é formar a consciência nacional e patriótica do

cidadão;

Século XX: a Educação para a democracia - este período foi marcado por transformações

intensas na economia, na política e na moral. As promessas feitas no século XIX para a

escola pública, única e universal não foram cumpridas. O modelo da escola tradicional

passou por diversas críticas desde a Escola Nova até a chegada do Construtivismo.

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Tópico II: A Educação no Terceiro Milênio

Metade do Século XX até os dias atuais: Tecnologia a serviço do ensino. Desde século XX a

Ciência e a Tecnologia vêm transformando rapidamente os usos e costumes das pessoas.

Dentre as diversas conquistas tecnológicas destacamos a comunicação eletrônica.

A internet subverte o espaço e o tempo, do homem contemporâneo, aproximando os povos e

alterando a maneira de pensar e trabalhar. Educadores alertam para que os novos recursos,

como o computador, a televisão, o cinema e os vídeos não sejam usados apenas como

instrumentos, mas se tornem capazes de desencadear transformações estruturais na velha

escola.

A nova LDB ( Lei de Diretrizes e Bases) de nº. 9394/1996 valoriza em todo o seu contexto a

Tecnologia a serviço do ensino, conforme pode ser observado em

cada etapa de ensino:

A “Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como

finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de

idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,

complementando a ação da família e da comunidade.” [LDB art. 29 e 30]

A LDB em seu Art. 32 afirma que "O Ensino Fundamental obrigatório,

com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se

aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do

cidadão, mediante: II - a compreensão do ambiente natural e social,

do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se

fundamenta a sociedade; (Redação dada pela Lei nº. 11.274, de 2006)”.

Para o Ensino Médio a mesma lei em seu artigo. 35 estabeleceu que a formação básica para

o trabalho, é defendida como necessária para se compreender a tecnologia e a produção,

tem como propósito, preparar os jovens para a realidade contemporânea. A proposta

pedagógica do ensino médio deve tomar como contexto o mundo do trabalho e o exercício

da cidadania, considerando-se: a) os processos produtivos de bens, serviços e

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conhecimentos com os quais o aluno se relaciona no seu dia a dia, bem como os processos

com os quais se relacionará mais sistematicamente na sua formação profissional e b) a

relação entre teoria e prática, entendendo como a prática os processos produtivos, e como

teoria, seus fundamentos científico-tecnológicos.”

No site da Secretaria da Educação Profissional e Tecnológica, do MEC o tópico

“Apresentação”, em seu segundo parágrafo afirma que:“Os desafios estão relacionados aos

avanços tecnológicos e às novas expectativas das empresas que agora enfrentam mercados

globalizados, extremamente competitivos. Com isso, surgem também novas exigências em

relação ao desempenho dos profissionais.”

Estando a informática presente na vida de todos, queremos realçar que mesmo aqueles que

não têm acesso a um computador têm conhecimento desse recurso através da televisão,

tendo a informação da sua importância no contexto do mundo, portanto é quase inviável um

projeto pedagógico não articulado com as novas tecnologias.

Em consequência, para a escola atender as exigências preconizadas pelo Ministério da

Educação para as quatro modalidades de ensino o primeiro destaque é para a gestão

escolar. Para NETTO, (2005), “Não restam dúvidas de que os controles centralizados terão

que ser substituídos por formas de administrar mais flexíveis, requerendo, para tanto, maior

autonomia de seus membros, especialmente dos professores. Isso significa que os

professores serão também gestores desse processo educativo. Portanto, o seu trabalho não

poderá mais ser concebido isoladamente, mas, sim, em conjunto com os colegas e a partir

de propostas mais amplas que extrapolem os limites de uma disciplina ou de uma sala de

aula. Nesse sentido, a gestão da escola deve estar voltada para facilitar os processos de

aprendizagem, não só dos alunos, mas de todos os seus membros aprimorando

constantemente os mecanismos de gestão e de ensino-aprendizagem.”

Faz-se necessário que a escola consiga sensibilizar seus profissionais antes de começar a

elaboração e aplicação do projeto tecnológico para que não haja uma rejeição e sim um

interesse e envolvimento para que se possa ter a prática do projeto integrado.

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A abordagem holística do conhecimento nos tempos atuais supõe a superação das

disciplinas fragmentada, por meio da exigência de uma complementaridade entre as áreas

do saber, daí a proposta que, para implantação do projeto tecnológico, deve-se ter como

referencial a visão Interdisciplinar, pois se torna necessário promover atividades de desafio

de forma agradável. A metodologia tecnológica deve ser adaptada caso haja algum aluno

que não consiga acompanhá-la. O importante é adaptar o currículo pedagógico ao ambiente

tecnológico.

Do ponto de vista de NETO (2005) “ A criação de projetos interdisciplinares propicia um

deslocamento da ênfase do objeto – o computador – para projeto usando o ambiente

cognitivo e a rede de relações humanas que se deseja instituir, o que pode ser facilitado pela

consideração da cognição como prática inventiva. Essa prática inventiva estende, por sua

vez, a ênfase do processo à coletividade. Alunos e professores participam ativamente de um

processo contínuo de motivação, colaboração, investigação, reflexão, desenvolvimento do

senso crítico e da criatividade, da descoberta e da reinvenção”.

O autor diz que projeto interdisciplinar “É a superação tanto da perspectiva instrucionista

como da empirista ou experimental, a partir da resolução de problemas que surgem no

contexto social, que faz uso de ferramentas culturais como elementos de transformação

social. Os problemas ou projetos trazem embutidos conceitos de distintas áreas inter-

relacionadas numa situação real e singular, que ignora compartimentalização do

conhecimento.”

Escreve que “A Interdisciplinaridade se concretiza pela integração entre as disciplinas e o

diálogo que se estabelece entre os sujeitos envolvidos nas ações encadeadas pelos projetos

e desenvolve a identidade às disciplinas, fortalecendo-as. Essa atitude revela-se pelo

reconhecimento. Este mesmo ciclo é responsável pela dúvida e o questionamento diante das

ações e a busca da totalidade pelo manipulador do computador que é levado a construir suas

próprias ideias”.

Não nos restam dúvidas que a interdisciplinaridade é um desafio na construção e aplicação

do projeto pedagógico, cuja grande aliada é a tecnologia educacional. É uma combinação

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entre fatores filosóficos práticos e teóricos que são tratados e pré-definidos com a equipe

pedagógica.

Livro: História da Educação de Maria Lúcia Aranha – 2. ed. – são Paulo: Moderna,

1996.

Acesse o site http://portal.mec.gov.br/seb/ e dirija-se às áreas de Educação Infantil,

Ensino Fundamental e Ensino Médio para aprofundamento desta Unidade.

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UNIDADE 3

OBJETIVO: Conceituar metodologia e tecnologia para o entendimento das novas tecnologias.

Metodologia e Tecnologia: Definições e Aplicações na Educação.

Tópico I – Introdução

Para entendermos o que vamos estudar, vamos procurar conhecer a origem das palavras

chaves da nossa disciplina:

MÉTODO E TÉCNICAS NO USO DE NOVAS TECNOLOGIAS.

A palavra método vem do latim, methodus que, tem origem no grego, nas palavras (meta =

meta ) e hodos (hodos = caminho). Pode-se, então, entender que método quer dizer

caminho para se alcançar os objetivos estipulados em um planejamento de ensino, ou

caminho para se chegar a um fim.

A palavra técnica é a substantivação do adjetivo técnico, cuja origem, por intermédio do

grego, está na palavra techniicu, e, no latim a palavra technicus, que quer dizer relativo à arte

ou conjunto de processos de uma arte ou de uma fabricação. Portanto, podemos entender

que técnica quer dizer como fazer algo.

Sendo assim, método indica caminho e técnica mostra como percorrê-lo e representam a

maneira de conduzir o pensamento e as ações para atingirmos nossa meta preestabelecida.

A palavra tecnologia refere-se ao conjunto de conhecimentos, especialmente princípios

científicos, que se aplicam a um determinado ramo de atividade; o vocabulário peculiar de

uma ciência (AURÉLIO, 1a edição).

Podemos verificar que as palavras técnica e tecnologia têm sua raiz no verbo grego tictein,

que significa criar, produzir. Para os gregos, a téchne era o conhecimento prático que visava

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Tópico II – Metodologia de Ensino

Para entendermos este conceito, NÉRICE (1981), escreve que: “Metodologia do ensino nada

mais é do que o conjunto de procedimentos didáticos, expressos pelos métodos e técnicas

de ensino, que visam levar a bom termo a ação didática, que é alcançar os objetivos do

ensino e, consequentemente, os da educação, com o mínimo de esforço e o máximo de

rendimento, para tanto a metodologia do ensino deve:

ser encarada como um meio e não como um fim pelo que deve haver, por parte do

professor, disposição para alterá-la, sempre que sua crítica sobre a mesma o sugerir.

Assim não se deve ficar escravizado à mesma, como se fosse algo sagrado, definitivo,

imutável.

deve conduzir o educando à autoeducação, à autonomia, à emancipação intelectual,

isto é, deve levá-lo a andar com as suas próprias pernas e a pensar com sua própria

cabeça.

tem por objetivo dirigir a aprendizagem do educando para que este incorpore em seu

comportamento aquelas normas, atitudes e valores que o tornem um autêntico

cidadão participante e voltado para o crescente respeito ao próprio homem”.

Tópico III: Métodos e Técnicas de Ensino

Acredito que um de nós deve ter ouvido a seguinte frase:

Fulano usou como técnica o método expositivo, mas faltou-lhe técnica na

demonstração.

Nérice, diz, que método, em seu desenvolvimento pode lançar mão de uma série de técnicas

para efetivação dos objetivos que o mesmo tem em mira. Método de ensino é mais amplo do

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que técnica de ensino. A técnica é mais adstrita à orientação da aprendizagem em setores

específicos, ao passo que método indica aspectos mais gerais de ação didática.

Para o autor um método de ensino, para alcançar os seus objetivos, precisa lançar mão de

uma ou ais técnicas. O método de ensino se efetiva por meio das técnicas. Em suma todo o

método ou técnica de ensino fundamentalmente, deve efetivar-se por meio da atividade do

educando, fazendo com que este, de modo geral, seja agente da sua própria aprendizagem,

e não um simples receptor de dados e de normas elaborados por outrem. Métodos e técnicas

de ensino devem conduzir o educando a observar, criticar, pesquisar, julgar, concluir,

correlacionar, diferenciar, sintetizar, conceituar e refletir.

Acesse o primeiro vídeo Metodologia ou Tecnologia no site:

http://www.youtube.com/results?search_query=Metodologia+ou+Tecnologia&search_type=

Observando a história da professora vimos Tecnologia ou Metodologia?

De que serve a Tecnologia se o método antigo for mantido?

O que é método de ensino?

Existem diferenças entre métodos e técnicas de ensino? Em caso afirmativo, quais são?

O que você acha que faltou na aula da professora diante das novas tecnologias

anunciada pelo Diretor, método ou técnica?

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UNIDADE 4

OBJETIVO: Conceituar metodologia e tecnologia para o entendimento das novas tecnologias.

A Tecnologia nas Atividades Educacionais

Tópico I – Implantação do Uso de Tecnologias Educacionais na Escola.

A primeira referência à tecnologia educativa são os cursos projetados para especialistas

militares, com recursos audiovisuais, durante a II Guerra Mundial. Como campo de estudo,

ela aparece, no mesmo período, como a disciplina Educação Audiovisual da Universidade de

Indiana, nos Estados Unidos. Essa identificação de tecnologia educacional com os recursos

audiovisuais e o desenvolvimento dessa disciplina em instituições de ensino superior

marcaram suas características, até os dias atuais.

O desenvolvimento dos meios de comunicação de massa, nos anos 60, revolucionou o

mundo e também a Educação. Se até então existia a primazia do estudo dos meios sobre o

processo ensino-aprendizagem, essa revolução eletrônica acrescentou a essa discussão

uma revisão profunda dos conceitos de comunicação usados até então. A implementação da

informática, nos anos 70, consolidou sua utilização na Educação. A partir do aparecimento

dos computadores pessoais, aumentaram as possibilidades do chamado “ensino

individualizado”, diante de programas baseados em modelos comportamentalistas de

aprendizagem, que assumiram os conceitos do ensino programado e das máquinas de

ensinar.

O constante e acelerado desenvolvimento das “novas tecnologias da informação e da

comunicação”, a partir dos anos 80, trouxe novas opções de equipamentos projetados para

armazenar, processar e transmitir informações, de modo cada vez mais rápido e a custos

mais reduzidos, ampliando infinitamente suas possibilidades de utilização. No entanto, a

melhoria automática do sistema educacional pela inclusão dos meios tecnológicos não era

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comprovada efetivamente, mesmo diante de tantas novidades tecnológicas. Os meios, por si

só, não podem, nem devem, constituir o único campo de atuação e pesquisa da tecnologia

educacional. É necessário levar em consideração a política de elaboração e difusão desses

recursos, suas finalidades éticas, sua natureza e suas possibilidades de uso na Educação.

As questões envolvidas na implantação do uso de tecnologias educacionais estão voltadas

para ações com desafio e proporcionar mudanças. Os 3 aspectos que estão em grande

observação para implantar a informática na educação, são:

1. favorecer o raciocínio lógico;

2. favorecer o raciocínio cognitivo;

3. favorecer a motivação

Segundo Gadotti(1985), é necessário preparar propostas alternativas para a educação

construir passo a passo a “ nova educação” junto com a construção de uma nova sociedade.

O recurso da robótica educativa é uma expansão do ambiente LOGO, que é um método

científico onde maquetes são construídas e utilizadas por computadores.

Segundo Piaget, as funções essenciais da inteligência consistem em compreender e

inventar, ou seja, construir algo baseado no real.

Analisando seu ponto de vista, é essencial para a formação da inteligência, possibilitar a

criança agir sobre objetos e descobrir suas propriedades a partir dos próprios. O aluno

passa a construir seu conhecimento através de suas observações e Papert completa,

afirmando que para a criança é muito mais importante aquilo que é aprendido pelo esforço

próprio, tem maior significado. A atividade proposta deve ser apresentada de forma lúdica,

desafiante e criativa.

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Tópico II – Práticas Avaliativas no uso de novas tecnologias

Nem sempre avaliar é dar uma nota. Em um trabalho com “formas” diferenciadas, devem ser

observados os aspectos, tanto individual quanto em grupo. Não se avalia certo ou errado e

sim quanto se consegue desenvolver em uma atividade proposta.

As decisões referentes à forma da avaliação e aos aspectos privilegiados dependem de

quem avalia. Quem tem o direito de avaliar? Quem tem o poder de decidir? Essa é uma

questão que perpassa por todos os contextos em que ocorrem práticas avaliativas.

Normalmente o processo avaliativo fica restrito a um pequeno grupo responsável pelo

acompanhamento, pelo controle e pela tomada de decisões. Na maioria das vezes, os

profissionais envolvidos nas etapas de produção, execução e, até mesmo, planejamento não

possuem as informações necessárias para emitir um posicionamento, efetuar escolhas ou

tomar decisões quanto ao seu próprio trabalho. É claro que à medida que socializamos as

informações também socializamos as responsabilidades e negociamos os limites

Dependendo da intenção que se tem em ampliar, ou não, a participação dos sujeitos

envolvidos no processo de avaliação, é possível utilizar as seguintes estratégias de

avaliação: autoavaliação pelos produtores; consulta a especialistas; e avaliação pelos

usuários, dependendo da intenção que se tem em ampliar, ou não, a participação dos

sujeitos envolvidos no processo de avaliação. E, como técnicas, podemos utilizar

questionários, entrevistas individuais ou em grupo, gravação em vídeo das condutas dos

estudantes ante o material, escalas de atitudes e reações ou diferencial semântico e grupos

de discussão.

A escolha do tipo de avaliação a ser adotado, dos aspectos e técnicas enfocados, assim

como dos sujeitos envolvidos, depende, antes de tudo, do que pretendemos com a

avaliação, inclusive do uso que faremos dela. É possível combinar uma série de aspectos e

técnicas em função da natureza de cada material, assim como é possível envolver diferentes

sujeitos no processo de avaliação para ampliar a percepção que se tem do trabalho a ser

desenvolvido.

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Citamos como exemplo o uso de um software por uma turma de crianças de faixa etária

entre 2 a 3 anos.

. Proposta: Utilizar uma rotina onde será trabalhada a identificação de objetos.

Objetivo(s): Percepção visual, coordenação motora, estudo de linguagem, uso do mouse.

Resultado: Será computado em valor de porcentagem em uma escala pré-definida para o

exercício e registrado para acompanhamento. Não podemos esquecer que, a rotina deverá

ser repetida até atingir o número de avaliações definidas para aquele período. As atividades

devem ser diferentes.

Resultado final: Feita a coleta dos resultados com suas respectivas datas, monta-se o gráfico

de análise do desenvolvimento operacional.

Segundo Boole, a lógica é adquirida através do desenvolvimento do raciocínio. A cada

período é gerado um resultado final onde passamos a chamá-lo de semifinal e, ao término do

ciclo o resultado final. Esta técnica descrita é fruto de um trabalho realizado em pesquisas de

sala de aula no período de educação infantil. Sabe-se que o resultado final de cada ciclo

forma um gráfico de observação clara para outras análises mesmo porque o importante não

é perguntar para que usar recursos tecnológicos na educação e sim observar seus efeitos

gradativos. Seu uso tem como finalidade destruir obstáculos e provocar um avanço, com

maior liberdade, tornando agradável a busca da construção do conhecimento.

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Intervenção psicopedagógica na escola, com uso de tecnologias Facilitação da construção do conhecimento

desenvolvimento do raciocínio lógico; desenvolvimento da sequência lógico-temporal; aumento da flexibilidade do pensamento; aumento da organização na realização de tarefas; possibilidade de lidar com diferentes exigências temporais; possibilidades de lidar com os próprios erros de forma produtiva.

Estimulo à curiosidade (exploração do novo) Desenvolvimento da Imaginação / criatividade

Fortalecimento da autonomia Tomada de decisões, escolha mais rápidas.

“Melhoria” da autoestima Desenvolvimento da leitura informativa

Os dados de evolução obtidos com as aplicações do uso de tecnologias terão que ser

acompanhados durante o processo de aplicação. O professor observa se a criança está

acompanhando o planejamento de forma individual e em grupo. Esta observação não é feita

através de um determinado grau obtido e sim do acompanhamento na execução das tarefas

propostas. O ambiente proposto não pode ser de uma sala de aula e sim em um lugar de

desafios. Para revelar conhecimentos que tenham sido construídos ou que estejam em

construção.

Privilegiar o desenvolvimento de estratégias de avaliação, desde a etapa do planejamento,

implica o acompanhamento de todo o sistema proposto, tendo em vista o processo de

aquisição do conhecimento pelo aluno e não apenas o seu produto final. Essa concepção

justifica a inclusão de avaliações parciais que permitam a adequação do sistema proposto às

dificuldades de aprendizagens dos alunos, identificadas pelos tutores de aprendizagem ou

durante os encontros presenciais e virtuais previstos. Essa concepção supõe, assim, a

existência de práticas avaliativas ao longo do processo que permitam os reajustes

necessários do sistema e que atuem como instrumento de intervenção didática, de regulação

das aprendizagens, indo além da mera classificação dos resultados finais do curso.

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UNIDADE 5

Objetivo: saber utilizar os recursos tecnológicos como um importante aliado para aprendizagem.

Recursos Tecnológicos e Aprendizagem

Tópico I – O Professor como Primeiro Recurso

Fala-se que a tecnologia educacional é uma revolução implacável e inarredável, que os

desenvolvimentos futuros superarão os mais audaciosos esboços da imaginação. Estes

pensamentos, muitas vezess fazem com que os educadores se sintam assustados e

incertos. Entretanto RECURSOS “são componentes do ambiente da aprendizagem que dão

origem à estimulação para o aluno”.

Esses recursos começam pelo professor, que de acordo com NÓVEA (1998), cada professor

tem sua própria maneira de organizar sua aula, de se movimentar na sala, de se dirigir aos

alunos, de utilizar os meios pedagógicos, uma maneira que constitui quase uma “segunda

pele profissional

II - Materiais impressos, os livros, enciclopédias, apostilas e cadernos: recursos dominantes

Outros recursos são: os materiais impressos – os livros, enciclopédias, apostilas, folhas e

cadernos de atividades, que representam a tecnologia dominante da maioria das aulas, ainda

hoje. Muitas vezes, eles são os únicos recursos disponíveis nas mãos dos alunos para que

eles e seus professores/tutores possam buscar, rever ou aprofundar os conteúdos

trabalhados. Não podemos pensar em educação sistematizada, seja presencial ou a

distância, sem associá-la ao uso de material impresso.

O livro, enquanto objeto de produção e de compreensão, é insubstituível, simplesmente

porque a leitura não tem substituição. Quando falamos em “livro”, não estamos nos referindo

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apenas à sua forma em papel, mas também às possibilidades eletrônicas que começam a

ser produzidas. Mesmo assim, considerando as possibilidades de acesso da maioria da

população mundial a esses recursos, que exigem uma sofisticada tecnologia, entendemos

que o “velho” objeto livro, que pode ser transportado para qualquer lugar e que dispensa

energia para funcionar, ainda será útil por muitas gerações.

Tópico III – Recursos visuais e auditivos

Recursos Visuais:

Projeções (Data show, Retroprojetor);

Cartazes;

Gravuras;

Recursos Auditivos:

Rádio;

Gravações.

O rádio foi um instrumento educativo muito utilizado nos anos 60/70 e ainda hoje é forte sua

influência nos lares do interior do país. Quem não se lembra do alcance nacional do Projeto

Minerva, do MEB e do Projeto Saci? Ainda hoje, é significativa a força que têm as

campanhas informais educativas, transmitidas também pelas estações comerciais e

comunitárias.

O desenvolvimento DVDs, dos CDs e gravadores de desses; do rádio acessível no correio

eletrônico, dos blogsm Mp4, etc., que permitem a gravação de programas e sua apropriação

por parte do ouvinte, trouxe outras boas possibilidades de utilização do áudio na educação.

Com o gravador de audiocassete, a pessoa pode usar o material em função de seus

interesses e possibilidades, ampliando sua utilização em projetos de tutoria e podendo voltar

o texto, para ouvi-lo novamente, ou antecipar trechos já conhecidos.

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Tópico IV – Recursos audiovisuais

Recursos audiovisuais:

Cinema (vídeo)

Televisão

Computador

O vídeo pode aproximar o conteúdo didático do cotidiano dos alunos se, para sua escolha,

forem considerados seus interesses e necessidades. Ele pode atrair os alunos quando

possui uma narrativa significativa para eles, apesar de não modificar por si só a relação

pedagógica. Ele é apenas um recurso, mas um recurso muito especial! Ele parte do visível,

do que toca vários sentidos. Seus diálogos, em geral, expressam a fala coloquial, enquanto o

narrador faz a síntese dentro da norma culta, orientando a significação do conjunto. As

músicas e os efeitos sonoros evocam lembranças e criam expectativas, antecipando reações

e informações. Ele faz a combinação da intuição com a lógica, da emoção com a razão. Ele é

sensorial, visual, usa a linguagem falada, a musical e a escrita. Ele atinge todos os nossos

sentidos e de todas as maneiras. Ele nos seduz, informa, entretém, projetando-nos em

outras realidades, em outros tempos e espaços (MORÁN, 1995, p. 28-29).

Apesar de o vídeo ser um recurso para explorar os conteúdos abordados sabe-se que nem

sempre o professor usa de forma adequada como por exemplo:

vídeo “enrolação” – quando o professor passa um vídeo que não tem ligação com o

assunto abordado;

vídeo lição – quando o vídeo substitui a aula expositiva do professor;

vídeo “tapa-buraco” – quando existe algum problema inesperado, como a ausência do

professor, a impossibilidade de se utilizar um espaço ou recurso previsto, entre outros;

vídeo deslumbramento – quando o professor/tutor utiliza vídeos indiscriminadamente e

com frequência, como se estivesse “deslumbrado” com o recurso;

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vídeo prova – quando o professor/tutor se utiliza da interpretação do vídeo para avaliar

as aprendizagens do aluno, por meio de notas ou de conceitos.

Para garantir o uso adequado da linguagem audiovisual como recurso didático, é preciso

considerar alguns critérios fundamentais:

o vídeo não substitui o professor/tutor;

não se deve anular a experiência direta dos alunos;

exige uma mudança nas estruturas metodológicas convencionais;

sua eficácia depende mais da forma como é usado do que apenas de suas qualidades

técnicas e de seu conteúdo.

Entre as mídias, a televisão é, sem dúvida, a mais poderosa, a mais

influente, multifacetada e até onipresente. Grande parte da população do

país não tem acesso regular a outras fontes de informação, além do rádio

e da TV.

Durante muitos anos, a escola atribuiu à televisão a responsabilidade de todos os males do

mundo. Se as crianças assistissem a seus programas, não poderiam escrever bem, nem

gostariam de ler. Ela causaria, sempre, efeitos maléficos na formação das pessoas, pois

influenciaria seus pensamentos e definiria seus comportamentos. Isso afastou a

possibilidade de um estudo mais aprofundado a partir da sua utilização enquanto recurso

didático. Diante dessa distorção torna-se necessário incorporar a televisão as novas

tecnologias, não apenas como transmissoras de conteúdos, mas como estratégias de

construção/ reconstrução do conhecimento e como objeto de estudo. Existe uma grande

diversidade de programas televisivos que podem ser utilizados com finalidades educativas.

Podemos até chegar a considerar que todo programa audiovisual é passível de ser

trabalhado pedagogicamente, se isso for feito de modo crítico.

Podemos afirmar ainda que a Educação constitui, hoje, um grande mercado consumidor de

recursos audiovisuais. Temos ainda a TV on-line, que possibilita uma interação imediata

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entre telespectadores e produtores de programa. Multiplica-se rapidamente a quantidade de

oferta de canais que passam a veicular modalidades únicas de programas: são canais só de

filmes, só jornalísticos, só para crianças, só educativos etc. O futuro indica que o

telespectador vai poder montar sua própria programação, definindo o que e quando ver o que

lhe interessa. Apesar de sabermos que a maioria da população não acompanhará tão cedo

essa mudança, ela indica que estamos longe de descobrir os limites e as possibilidades do

uso da linguagem audiovisual e de seus suportes na Educação.

É inegável a interferência das tecnologias da informação nas nossas vidas e na prática

educacional. Por exemplo, temos o computador que é um conjunto de sequências de passos,

por meio de um conjunto de dispositivos interconectados, que recebe a informação,

transforma-a e apresenta-a da forma solicitada pelo seu usuário. Esta tecnologia se

transforma em objeto de aprendizagem. O objetivo é colocar o aluno à vontade diante do

computador e lhe dar a oportunidade de dominar essa nova cultura, utilizando o recurso, com

competência, para realizar a contento suas tarefas.

A intenção pedagógica diante dessa tecnologia é capacitar o aluno não só para utilizar o

computador, mas também para criar possibilidades de uso em função de suas necessidades

e demandas. Essa intenção pode ser considerada sob dois pontos de vista: o do aprendizado

como finalidade e o do aprendizado como meio da ação educativa.

Outra intenção, que trata do uso de recursos informáticos projetados especialmente para o

ensino, aponta um conjunto de programas criados para serem utilizados em situações de

ensino-aprendizagem.

A última intenção, diz respeito ao uso das ferramentas básicas da informática para o ensino

da manipulação e organização da informação. São os editores de texto, os programas de

autoedição, os editores gráficos e de desenhos, que possibilitam a confecção de textos,

jornais, revistas e a inserção de gráficos, desenhos e tabelas nos trabalhos produzidos pelos

próprios alunos. São os bancos de dados, que permitem a busca, a ordenação, a listagem e

a classificação de informação, e as planilhas de cálculos, que trabalham com informações

numéricas.

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E por último recurso tecnológico que apontamos é a internet. Esta é conhecida para muitos

como uma “teia” mundial, uma rede virtual de interligação de computadores, que propicia a

obtenção e a troca de informações com finalidades distintas, como por exemplo:

Conversa em tempo real entre pessoas distantes fisicamente;

Transferência de arquivos entre computadores;

Acesso a servidores de informação;

Troca de correspondência pelo correio eletrônico;

Acesso a jornais e outras publicações eletrônicas;

Participação em cursos on-line e em videoconferências.

Com relação às questões apresentadas, podemos considerar o seguinte: se em muitos

momentos os meios de comunicação se constituem em entraves para a formação dos

alunos, por outro lado representam poderosos meios de divulgação de informações, que

podem ser canalizadas para dentro da sala de aula seja presencial ou virtual. Cabe ao

professor/tutor orientar aprendizagem dos alunos e capacitá-los para criticar as informações

recebidas. É importante ressaltar que usados de maneira adequada, os recursos de ensino

possibilitam:

Motivar e despertar o interesse dos alunos;

Favorecer o desenvolvimento da capacidade de observação;

Aproximar o aluno da realidade;

Visualizar ou concretizar os conteúdos da aprendizagem;

Oferecer informações e dados;

Permitir a fixação da aprendizagem;

Ilustrar noções mais abstratas;

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Desenvolver a experimentação concreta.

É importante nos conscientizarmos que: para que a tecnologia educacional possa ser um

recurso, é necessário que os professores tenham consciência de que suas crenças e mitos

devem ser substituídos pela ideia de que o recurso “veio” para auxiliar e não para substituí-

lo, pois, como vimos no primeiro parágrafo que o primeiro recurso que facilita o aluno buscar

a aprendizagem é o professor/tutor.

De que forma o professor poderá utilizar as novas tecnologias para melhorar o nível

de ensino?

O que revelam as pesquisas em relação aos efeitos na aprendizagem provocadas

pela utilização dos recursos das novas tecnologias.

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UNIDADE 6

Objetivo: Entender o computador e sua ciência como ferramenta educacional.

O Computador e sua Ciência como Teconolgia Educacional

Tópico I: Tecnologia na Educação x Tecnologia da Educação: Diferenças e

Semelhanças

Tecnologia educacional tem um significado amplo, não se trata só do emprego da tecnologia

na educação. Ela significa uma sinergia entre tecnologia, métodos educacionais, informação,

comunicação, psicologia, pedagogia, políticas, enfim todos os meios para se alcançar um

aprendizado consistente.

Para muitos teóricos existe uma distinção entre tecnologia na educação e tecnologia da

educação:

TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO TECNOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Orienta-se para a utilização de

equipamentos e mensagens nas

atividades pedagógicas.

Consiste na aplicação sistemática do

conhecimento científico à facilitação do

processo ensino-aprendizagem.

Apesar das aparentes diferenças, ambas as definições atribuem à tecnologia a forma de

ação humana sobre o meio, enquanto que, em uma concepção mais dialética, a

tecnologia não permite somente o agir sobre a natureza, mas é, principalmente, uma forma

de pensar sobre ela. Novos instrumentos, máquinas, aparelhos e tecnologias da cultura

que incluem formas simbólicas tais como a linguagem oral, os sistemas de escrita, os

sistemas numéricos, os recursos icônicos e as produções musicais, permitem e exigem

novas formas de experiência que requerem outros tipos de habilidades e competências.

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Segundo NETTO (2005, pg. 14) “o auxílio da informática no atual sistema educacional pode

ser encarado com uma grande inovação no processo de aprendizagem, desde que seus

recursos sirvam para desenvolver uma melhor compreensão e obtenção de conhecimento,

pois, caso contrário, essa ferramenta refletirá apenas o uso de uma tecnologia como

finalidade de facilitar tarefas, e não alcançará o objetivo de ser contribuinte ao processo de

transformação da realidade.” Podemos observar o pensamento de NETTO nesta reportagem

abaixo:

Folha Dirigida, 29/01/2008 - Rio de Janeiro RJ

Computador, auxiliar do professor Teresinha Oliveira Machado da Silva

O governo estadual

apresentou proposta para

comprar 30 mil "lap top" para

distribuir aos professores.

Trata-se de uma medida

louvável, mas que não leva

em conta os principais

problemas enfrentados pela

categoria. É evidente que o

computador pode ser um

precioso instrumento auxiliar

do magistério, mas na forma

proposta será apenas um

paliativo diante da

necessidade de efetiva

valorização do professor.

Temos dito que sem uma

solução para as questões

salariais, qualquer projeto

Educação da Alerj, Comte

Bittencourt, assinala que dos

47% arrecadados pelo

governo do estado, com

aumento de receita e

arrecadação, só 17% foram

investidos em Educação.

Assim como nós, o deputado

é contrário a compra de 30

mil computadores para

distribuir aos professores.

Segundo o deputado Comte

Bittencourt, 75% dos jovens

do ensino médio estão

excluídos do mundo digital,

50% das escolas não têm

computadores, os

laboratórios estão sendo

fechados e os orientadores

ano da Educação no Estado

do Rio.

A questão do computador

também deveria ser vista

pelo lado técnico. Trata-se

de uma mídia em constante

evolução, exigindo gastos

com manutenção, entre

outros. O ideal seria que o

professor com salário

condizente tivesse

condições de comprar o

computador de sua livre

escolha. Quando o Estado

realiza esse tipo de

investimento caro, não leva

em conta a realidade de

grande número de escolas,

que necessitam de obras de

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educacional tenderá ao

fracasso. O quadro geral

entre o magistério é de

desmotivação, acarretada

pela falta de condições para

arcar com as despesas

básicas necessárias para a

sua sobrevivência. O

professor está endividado e

também adoentado. Muitos

não contam com recursos

suficientes para participarem

de um curso de

aperfeiçoamento ou para

compra de livros, por

exemplo. Lamentamos que

as iniciativas em Educação

continuem sendo feitas de

forma improvisada, sem que

o governo ouça os

verdadeiros interessados: os

professores.Tal equívoco

ocorreu com o programa

Nova Escola que resultou

em um grande fracasso. A

Uppes considera importante

que os recursos sejam bem

aplicados. O presidente da

Comissão de

sendo desviados de sua

função orientadores, "como

a Secretaria quer comprar

"lap top" para professor?

Eles merecem, mas eles

merecem muito mais a

qualificação e a melhoria

salarial reivindicada há mais

de 10 anos." A nosso ver, o

gestor público muitas vezes

acha que o papel do

professor pode ser

minimizado no processo

educacional. Por isso, uma

política de efetiva

valorização do professor é

sempre deixada de lado.

Também se manifestando

sobre o assunto, o deputado

Marcelo Freixo disse que a

compra de "lap top" é uma

visão equivocada de

modernização. Para ele, não

há coerência quando os

laboratórios estão sendo

fechados e os professores

desviados de suas funções.

Já a deputada Sheila Gama

considerou 2007 como o pior

infraestrutura e o problema

da grande falta de

educadores. A Uppes

realizou um encontro de

profissionais que atuam em

bibliotecas públicas da rede

estadual e a queixa foi geral,

em torno da falta de livros

atuais e equipamentos.

Muitas escolas não contam

com biblioteca ou quando

elas existem funcionam de

maneira precária. Do ponto

de vista pedagógico, os

investimentos no livro são

infinitamente mais baixos do

que os efetuados em

produtos da indústria elétrica

e eletrônica. É preciso que

se tenha clareza dos reais

interesses do governo

estadual nesse tipo de

investimento. Fica ainda a

pergunta: são mais de

60.000 mil professores, qual

será o critério para a

distribuição de 30 mil "lap

tops" que o governador está

adquirindo?

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Na realidade a tecnologia educacional sempre existiu, pois ela tem como base o

desenvolvimento do ser humano, junto ao dinâmico processo de mudanças na sociedade,

através da busca de novos conceitos, técnicas, teorias e princípios que visam uma nova

visão do sistema educacional.

A primeira referência à tecnologia educativa são os cursos projetados para especialistas

militares, com recursos audiovisuais, durante a II Guerra Mundial. Como campo de estudo,

ela aparece, no mesmo período, como a disciplina Educação Audiovisual da Universidade de

Indiana, nos Estados Unidos. Essa identificação de tecnologia educacional com os recursos

audiovisuais e o desenvolvimento dessa disciplina em instituições de ensino superior

marcaram suas características, até os dias atuais.

Tópico II: O uso do computador como tecnologia

Empregar o computador e sua ciência como ferramenta educacional

está sendo, de certa forma crescente. Mesmo que o estabelecimento

de ensino tenha vários tipos de tecnologia, possui um enfoque maior

para o uso do computador.

Pessoas que desenvolveram estudos atribuem o crescimento do uso do computador como

tecnologia o mercado de trabalho ter suas rotinas diárias alteradas pelo uso de

equipamentos eletrônicos.

O uso de tecnologias educacionais torna o aprendizado e o ensino mais produtivo. Sabe-se

também, que esse tipo de aplicação não traz somente vantagens e sim alguns problemas.

Podemos citar alguns:

1. Acesso de alunos aos computadores quando os mesmos não possuem condições

sociais;

2. A utilização do computador por alunos com dificuldades deixa de ser uma tecnologia

para desenvolver o raciocínio e passa a ser um “caderno de exercícios”;

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3. Acesso de forma diferenciada dos alunos que usam o computador por tempo mínimo

referente ao período do aprendizado;

4. Não saber aplicar o uso do computador de forma correta.

Quando surgiu o trabalho de informática no ensino, o tipo de software para trabalho era o

tutorial e foi. a partir da década de 60, que houve uma grande evolução referente ao

software utilizado, quando passou-se a utilizar rotinas desenvolvidas em linguagem de

programação BASIC e LOGO.

A partir de 1975, aplicou-se o uso de computadores com fim didático. Surgiu neste período a

facilidade de comprar microcomputadores, e as rotinas passaram a se chamar SOFTWARE

EDUCATIVOS a atender disciplinas não só de matemática como línguas, ciências físicas e

biológicas e ciências sociais. Para aplicar este tipo de tecnologia, é necessário ocorrer uma

adaptação entre os procedimentos didáticos e pedagógicos com o conhecimento que

transmite.

COMPUTADOR

PROFESSOR ALUNO

Tópico III - O Uso do Computador como Tecnologia

Nível Político-Pedagógico

Dando destaque para os dois pontos da tecnologia educacional, observaram-se as seguintes

referências:

Concepção da sociedade;

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Relação com a Educação;

Diferentes considerações sobre a introdução da tecnologia no ambiente educacional;

No aspecto histórico-social é destacada a determinação dos processos de produção

sobre a Educação expressada na introdução da tecnologia no ensino.

Segundo Almeida, “(...) a informática na educação foi mais uma imposição do estágio da

industrialização e do debate político da sociedade global do que um anseio dos meios

educacionais. Quando muito, as grandes escolas que adotaram uma posição mais próxima

dos modelos mercantil-industriais foram as que trouxeram para suas salas o computador...”.A

citação refere-se ao avanço social pressionando a educação para que volte os seus objetivos

para aquele, ou seja, que o progresso beneficie a todos. O avanço tecnológico age de forma

ideológica na consciência, influenciando na forma de pensar.

Almeida, afirma: “(...) a tecnocracia guarda uma relação estreita com o totalitarismo da

própria razão. Ele elimina todas as dimensões do real que não caibam na “ratio” técnica: ele

opera fundamentalmente no plano ontológico e epistemológico...”

As dimensões do real que não são expressas pela razão técnica são a subjetividade e as

contradições sociais. Estes destaques não são operacionalizados. Considera-se que o

desenvolvimento tecnológico é um ganho de toda sociedade e não de uma classe social

específica e a utilização do computador no ambiente educacional deve ser entendida dessa

forma.

Em 1984, foi deduzido que o uso do computador no ensino implica uma compreensão do real

reduzida à sua lógica, tornou-se um instrumento, fruto de trabalho humano acumulado,

desprovido de características humanas.

Nível teórico-ideológico

Destaca-se neste aspecto:

Dividir o conteúdo a ser transmitido em diversos passos sequenciais;

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Exigir a interação do aluno ;

Feedback imediato do aluno;

Marcuse cita que a operacionalização de conceitos reduz as dimensões da realidade àquela,

fazendo coincidir pensamento e realidade imediata, abstraindo o objeto do conhecimento da

sua realidade material, tornando o pensamento ajustado à realidade.

Nível Pedagógico

Devem-se observar os conteúdos para que o tratamento não perca o seu sentido dentro do

contexto educacional. Conteúdos diferentes não podem ter o mesmo tratamento, logo os

mesmos não são trabalhados separadamente. Seu trabalho em conjunto colabora para

definir seu sentimento.

O computador é uma ferramenta auxiliar que irá influenciar e colaborar para o aprendizado,

pois segundo Burke, “(...) a questão, então, é como um sistema de instrução dirigida por um

computador pode ser humanizado para levar cada estudante a seguir a sua própria

inclinação, seus próprios objetivos, enquanto provê a ele um sistema de atividade guiado.” É

importante que o aluno tenha o máximo de decisão possível, para que não se sinta preso a

uma “linha de montagem”.

Após observar que a intersubjetividade é utilizada para o aprendizado do conteúdo escolar,

surge à proposta de La Taille (1988) que defende o isolamento do aluno para desenvolver os

exercícios escolares, sendo que aplica o computador como ferramenta com os objetivos:

O aluno controla o seu tempo (ritmo individual);

Feedback imediato da máquina;

Retorno da “ resposta correta” em caso de fracasso do aluno.

Estes objetivos estão propostos na teoria de Skinner. O ambiente educacional por sua

impossibilidade de transmitir conteúdos ou formas de pensar contrárias à realidade existente;

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torna-se massificador. De um lado, transmite conteúdos sem sentidos, e de outro, avalia o

aprendizado deste conteúdo pela sua quantidade.

Respeitar o ritmo próprio do aluno é a transformação de alguns aspectos administrativos, ou

seja, o ritmo do aluno e as diferenças são pontos que transformam os currículos dentro do

ambiente educacional.

Segundo Boocock,”(...) a significância de qualquer inovação educacional particular está mais

em como afetar a estrutura da situação de aprendizado do que em seus detalhes puramente

mecânicos. Se ou não o novo meio terá, ou não, qualquer impacto sobre as escolas,

depende do educador. Tentar observá-lo na presente estrutura de classe, usá-lo como meio

de livrar-se do que é absoluto e movendo-se para mais aprendizados autodirigidos, orientado

para objetivos que os estudantes percebam como excitantes e relevantes...”

Nível Técnico-Didático

Analisar os efeitos que são imputados ao computador no ensino sobre o aluno em algumas

das utilizações propostas, mostra limites do computador que levam à transmissão do

conhecimento formalizado.

De acordo com as teorias de Freud, Adorno e Horkheimer são importantes para o

pensamento e conhecimento, sendo a projeção entendida no sentido psicanalítico. Não

estimular a repetição e sim o entendimento.

Os produtos oferecidos neste nível devem ser claros e objetivos, pelo menos estar

condizente com a proposta implantada.

Acesse o site história de informática na educação

http://www.youtube.com/results?search_query=hist%C3%B3ria+de+inform%C3%A1tica+n.a+

educa%C3%A7%C3%A3o&search_type=

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UNIDADE 7

Objetivo: Conhecer como o aluno percebe o computador em seu uso no ensino e saber como orientá-lo na seleção dos trabalhos escolares.

Métodos de Ensino por Computadores

Tópico I – Computador, o Recurso mais Utilizado no Ensino

Com a entrada do computador na sala de aula, a didática vem utilizando-o com promissores

resultados, como podemos observar podemos na reportagem abaixo:

Roberto Setton

A estudante do ensino médio Micaela Monteiro, 16

anos, tem todos os seus trabalhos escolares

organizados em arquivos no computador. Adepta dos

recursos tecnológicos desde a 3ª série, ela utiliza seus

aparelhos eletrônicos para melhorar o desempenho na

escola. Com eles, Micaela arquiva seus documentos,

faz pesquisas na internet e incrementa suas

apresentações de trabalhos com pequenos vídeos,

montagens de fotografias e música. "Não sei como se

estuda sem computador."

www.veja.com.br – Revista Veja de 16 de Janeiro de 2007

Segundo o que dizia a reportagem de VEJA, de 26 de setembro de 2003 “Chegou a hora de

mudar o disco para quem passou os últimos anos se perguntando se precisava mesmo

comprar um computador. A pergunta que muita gente anda se fazendo agora é outra: "Que

tipo de computador devo comprar?" Não é apenas uma daquelas tiranias típicas da

sociedade de consumo em que, de uma hora para outra, a pessoa é levada a se sentir

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miserável porque não tem uma secretária eletrônica, um telefone sem fio ou uma agenda

eletrônica. Não saber usar um computador e não ter um está-se tornando um transtorno de

proporções maiores no Brasil. Em algumas situações profissionais pode ser quase como

estar vestido inadequadamente ou falar errado.... Mas os computadores chegaram, e vão

ficar: eles estão nos escritórios das grandes empresas, nos bancos, nos consultórios

médicos, nas escolas, nos estúdios de arquitetos, nas bancas de advocacia. “

O que aconteceu depois: “Se na década de 80 comprar computador era muito difícil no

Brasil, na década de 90 o setor viveu uma enorme expansão. Nos anos que antecederam a

publicação da reportagem de VEJA, a melhor maneira de obter uma máquina dessas era

procurar um contrabandista. . As vendas cresceram e os micros ganharam lojas

especializadas. Depois, chegaram às prateleiras dos supermercados. Cinco anos depois da

reportagem, já era possível comprar um computador sem sair de casa, pagando pela Internet

com cartão de crédito e recebendo a máquina pelo correio.... Além disso, a produtividade do

setor disparou no Brasil - na época em que a reportagem foi publicada, cada operário

brasileiro produzia 360 computadores por ano; dez anos depois, cada operário já produzia

1.080 unidades.....”

Vimos que o computador é uma máquina eletrônica que busca imitar o funcionamento dos

processos mentais superiores do homem, por meio de seleção, associação ou anulação de

informes para os quais foi programado.

O computador, procurando trabalhar imitando o cérebro humano o faz com uma velocidade

simplesmente espantosa, tanto assim que é capaz de realizar operações que levariam anos

para ser efetuadas com o simples auxílio de lápis e papel...

Dessa forma os computadores, no ensino podem conter, em sua memória, o estado de

adiantamento de alunos nas disciplinas par as quais estejam programados, podendo oferecer

o ensino das mesmas da maneira que mais lhes convenha. Assim, quando um educando

solicitar estudo de uma disciplina, o computador poderá oferecer o ensino do estado de

adiantamento do educando para diante.

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Tópico II – Modalidades de Uso de um Computador no Ensino

O computador pode ser utilizado, para fins de ensino, de várias formas; podemos citar

algumas como: calculadora, (exemplo na unidade II), simulador, dialogador e monitor de

ensino, gerenciador de outros instrumentos, e como banco de dados.

a) Uso do computador como calculadora, realizando desde os cálculos mais simples, até

os mais complexos, na modalidade “científica”, tais como estatísticos, trigonométricos,

logarítmicos, etc. Uma extensão bastante útil é o uso de planilhas de cálculo, como a

do Microsoft Office EXCEL®, que permite a realização de uma enorme variação de

aplicações para as mais variadas finalidades, como de controle financeiro, de

estoques, etc. Ainda, o computador permite a visualização e impressão ou plotagem

de gráficos diversos.

b) O computador se presta à simulação de praticamente qualquer fenômeno que possa

ser expresso por funções matemáticas. Os modelos assim montados levam a enorme

vantagem de custarem bem menos que os modelos físicos, além de não se

estragarem por experiências mal sucedidas. Assim, o uso do computador em pesquisa

deve ser incentivado desde o início da vida acadêmica do estudante e, certamente, se

perpetuará por sua carreira profissional.

c) A função de diálogo programada é largamente usada no ensino à distância. O diálogo

destina-se a fornecer instruções, emitindo ordens, transmitindo conhecimentos,

fazendo perguntas, aplicando testes e respondendo a perguntas. O aluno estuda um

tema e dialoga com a máquina a respeito do mesmo. Nesta função, o computador

substitui em grande parte a aula presencial, funcionando como uma espécie de

monitor de ensino. Um bom sistema de ensino permitirá inclusive que, com base na

instrução programada, e tendo em vista os resultados alcançados pelo aluno, haja

alternativas mais adequadas para o prosseguimento do ensino.

d) Na função de gerenciamento de sistemas multimídia, o computador estará em rede

com outros computadores, e com as diversas facilidades propiciadas por impressoras

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multifunção, scanner, projetores de imagens (data shows), aparelhos de TV, leitores e

gravadores de DVD/CD, pen drivers, etc.

e) Como banco de dados, podemos usar o computador em duas modalidades. A

primeira, quando se arquivam os dados na própria máquina, seja usando um

programa como o Microsoft Office Access®, em que os dados são postos pelo próprio

usuário, seja usando programas do tipo enciclopédia “eletrônica”. A segunda, quando

se conecta à internet, dando acesso à hoje praticamente infinita base de dados do

conhecimento mundial. Desde que usadas com os devidos cuidados, ambas as

modalidades economizam tempo de pesquisa, que poderá ser revertido para uma

mais profunda reflexão sobre os conteúdos consultados.

Tópico III – Método de Ensino com Auxílio de Computadores

Na maioria das vezes os alunos chegam para estudar no computador ou fazer um curso e

se fixam somente na informática, ou seja, usam o computador como ferramenta. Os alunos

não se dão conta que para além de aprender informática, é necessário discutir o conteúdo de

que está sendo estudado. Por isso as atividades com o computador, devem ser discutidas no

dia a dia. Sobre para que serve o computador e o fato de ser uma máquina programável.

Também importante, a turma fazer um levantamento do uso do computador no seu contexto:

os lugares onde usa e que lugares existem para o uso do computador e internet, e começar

a pensar sobre as consequências do avanço da tecnologia.

O Computador como Ferramenta: sugestão de atividades para conscientização do uso

adequado da internet:

Veremos na UNIDADE XXIV - Internet: vilã ou aliada do ensino? A preocupação dos

educadores com o uso correto da internet pelos alunos. Para tanto sugerimos atividades que

possam auxiliar nesta possível conscientização.

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Passo inicial: entrevista com os alunos.

Vocês conhecem algum outro lugar em que a comunidade tenha acesso a

computadores? Onde?

Você sabe o que é internet? Você já usou? Para quê?

Para que serve a internet?

Se você tivesse nesse momento na internet e pudesse escrever algo importante para

que o mundo soubesse, o que escreveria?

O que o computador, a internet e as tecnologias em geral, nos trouxeram de bom e de

ruim?

Neste momento é importante o professor garantir que o grupo entenda os motivos de cada

pergunta, se sinta à vontade par questioná-las e que seus questionamentos sejam

valorizados e respondidos pelo grupo, mediado pelo professor. Levante regras de vários

tipos, como relacionamento, compromisso consigo mesmo.

Podemos concluir esta unidade refletindo que o desafio metodológico é inserir, no

desenvolvimento das aulas programas e projetos educacionais que envolvam Tecnologias de

Informação e Comunicação e Educação a distância da denominada terceira geração.

Para sua maior segurança no momento do debate procure responder a entrevista se

colocando no lugar do aluno e veja como você percebe o computador no ensino.

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UNIDADE 8

Objetivo: Situar a didática diante das novas tecnologias educacionais.

A Didática e as Situações de Aprendizagem

Tópico I - Conceito de Didática e sua Importância na Aprendizagem

“Didática” vem do grego, didaktiké, que quer dizer: arte de ensinar. Como arte, a didática

dependia do jeito de ensinar da intuição do professor, já que havia muito pouco a aprender

para ensinar. O jeito de ensinar advém da capacidade de empatia do professor. Esta

capacidade de empatia estreita a relação do professor com o aluno, com maiores

possibilidades de adequação de ação didática, na orientação da aprendizagem.

Néricie, 1980, explica que a didática pode ser compreendida em dois sentidos: amplo e

pedagógica, vejamos então:

Sentido amplo – preocupa-se com os procedimentos que levem o “educando a mudar de

comportamento ou a aprender algo, sem conotações sóciomorais”. Neste sentido a didática

não se preocupa com valores. Tanto pode produzir hábeis delinquentes como para formar

autênticos cidadãos;

Sentido pedagógico – apresenta compromissos com o sentido sociomoral da aprendizagem

do educando, que é o de visar à formação de cidadãos conscientes, eficientes e

responsáveis.

Assim, “didática é o estudo do conjunto de recursos técnicos que tem em mira dirigir a

aprendizagem do educando, tendo em vista levá-lo a atingir um estado de maturidade que

lhe permita encontrar-se com a realidade, de maneira consciente, eficiente e responsável,

para nela atuar como um cidadão participante e responsável.” Dessa forma a didática pode

ser focalizada assim:

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Tabela 1 – Ação Didática

Do ponto de vista do

Professor

Do ponto de vista do Educando Recursos

Quem ensina?

A quem ensina?

O que ensina?

Como ensina?

A Que nível ensina?

Onde ensina?

Quem orienta a aprendizagem?

Quem aprende?

Para que aprende?

O que aprende?

Como aprende?

Como aprende?

Em que nível aprende?

Onde aprende?

Professor

Aluno

Objetivos

Conteúdo

Metodologia

Fase evolutiva do aluno

Em casa, na escola, na oficina ou

em outro local, mas sempre

vinculada à realidade do meio.

Para entendermos a importância da didática para o ensino e aprendizagem é interessante

sob o ponto vista didático fazer uma distinção entre ensino e aprendizagem:

Ensino – segundo Nérice, é toda e qualquer forma de orientar a aprendizagem de outrem,

desde a ação direta do professor até a execução de tarefas de total responsabilidade do

educando, previstas pelo professor.

Aprendizagem é o ato do educando modificar o seu comportamento, resultante do seu

envolvimento em um estímulo ou situação. A aprendizagem resulta do empenhar-se o

educando numa situação ou tarefa espontânea ou prevista. A situação pode ser prevista e

enfrentada por procedimentos sugeridos pelo próprio educando (autoensino) ou sugeridas

pelo professor (autoensino).

Para muitos estudiosos, a aprendizagem pode ser classificada segundo critérios e estudada

conforme algumas categorias, mas, quaisquer que sejam os agrupamentos realizados, há

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elementos pertinentes que estão presentes em todos os casos. Os mais importantes são:

interesse, necessidade, experiência, motivação. Vamos entender, então, cada elemento:

Interesse: Interessar-se é manifestar uma atenção própria a fatores que, de algum modo,

foram atraentes e provocaram a curiosidade do sujeito. É nesse sentido que o interesse tem

seu maior papel em relação à aprendizagem de qualquer coisa. Sabe-se que há uma maior

eficácia na aprendizagem quando existe, na realidade, um interesse por parte do aprendiz,

ou seja, este se volta para a conquista daquela situação ou daquele objeto, afetivo ou

cognitivo, ainda estranho ao seu eu.

Necessidade: Como as necessidades são variadas, segundo as pessoas e as culturas,

preenchê-las é uma tarefa complexa. Identificar as reais necessidades do aprendiz é, de

certa forma, conhecê-lo e também descobrir seus interesses, pois há uma relação de

reciprocidade entre o interesse e a necessidade, que será fundamental no processo de

aprendizagem. O interesse deriva da percepção da necessidade, pois, ao reconhecer uma

carência, o sujeito busca resolvê-la: fica motivado para isso.

Experiência: Pode ser uma experiência direta ou indireta, mas a ideia de experiência está

intimamente ligada ao processo de aprendizagem. O ser humano é dotado de sensores que

lhe permitem captar estímulos provenientes do meio que o cerca e decodificá-los

adequadamente. Acontecem então as sensações, como respostas específicas dadas por

esses sensores, os conhecidos órgãos sensoriais, a estímulos também específicos. Assim é

que ninguém saberá, por exemplo, qual é a cor de uma ficha de plástico posta sobre sua

língua, pois somente a visão tem a capacidade de responder a esse estímulo. A experiência

sensorial é a primeira e mais rudimentar forma de aprendizagem que um sujeito vive, e se

inicia ainda muito antes de seu nascimento. Estudos mostram as respostas que um feto dá a

diferentes estímulos sonoros, por exemplo, ainda em sua vida intrauterina. É por meio das

experiências que as primeiras aprendizagens vão acontecendo e, por isso, estas são

chamadas de aprendizagens empíricas. Muita coisa que se pensa ser natural ao ser humano

nada mais é do que o resultado de alguma forma de aprendizagem empírica. A todo instante

estamos sendo submetidos a estímulos que exigem nossas respostas, sejam elas auditivas,

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gustativas, olfativas, táteis ou visuais e, assim, vamos construindo as aprendizagens

decorrentes dessas sensações.

Motivação: Quando se fala em motivação da aprendizagem, muitas vezes se pensa na

clássica dicotomia: motivação interna e motivação externa. Motivação interna se refere às

capacidades que o sujeito tem às disposições interiores, a habilidades específicas, a

estruturas já construídas e a experiências já vivenciadas. Já a motivação externa engloba

todos os incentivos provenientes do mundo exterior ao sujeito. São os estímulos que poderão

provocar no sujeito os motivos para que realize o processo de aprendizagem. Pode-se, de

certa forma, entender que a motivação, conceituada quanto às suas características internas

ao próprio sujeito, seja mais coerente com as teorias cognitivas porque estas explicam a

aprendizagem a partir de estruturas interiores do sujeito. No entanto, essas teorias não

dispensam, de modo algum, os estímulos externos, sejam eles alimentadores de insight,

desequilibradores, provocadores de intuições, mediadores ou despertadores da inteligência.

Não se pode pensar em aprendizagem cognitiva sem se levar em conta a motivação

completa, que reúne os elementos interiores do sujeito e aqueles que lhe são chegados do

meio.

Pode-se concluir, neste breve resumo, que a motivação é a mola básica impulsionadora de

toda atividade do sujeito no sentido de levá-lo a uma aprendizagem, seja ela qual for.

Tópico II – Modelos de Ensino-Aprendizagem

Qual a relação entre aprendizagem e Educação? Com certeza a postura crítica é

indispensável, pois a partir de critérios definidos previamente podemos discernir quais são as

aprendizagens que realmente queremos que aconteçam e quais são os modelos de

aprendizagem válidos, a ponto de atraírem nossa atenção e consumirem nossos esforços.

Este processo ensino-aprendizagem pode assumir a forma de alguns modelos, dos quais os

mais significativos são: colaborativo, cooperativa, cooperativa mediada por computador,

cooperativa distribuída, Interatividade.

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a) Modelo de Aprendizagem Colaborativa:

A noção de colaboração parece ser uma valiosa maneira de encorajar o acontecer do

aprendizado em sala de aula. O termo colaboração, segundo Paul Berna (1998, in Revista

Brasileira de Informática na Educação), é visto como um conjunto de possíveis relações

entre os participantes. Envolve uma atividade sincrônica, coordenada, que é resultado de

uma contínua tentativa de construir e manter uma concepção partilhada de um problema.

b) Modelo de Aprendizagem Cooperativa:

Técnica na qual os estudantes se ajudam no processo de aprendizagem, atuando como

parceiros entre si e com o professor e visando adquirir conhecimento sobre um dado

conteúdo. Refere-se ainda à troca de experiência entre parceiros. O trabalho cooperativo é

realizado através da divisão do trabalho entre os participantes como uma atividade em que

cada pessoa é responsável por uma porção da solução do problema.

c) Modelo de Aprendizagem Cooperativa Mediada por Computador:

Área de estudos que trata das formas pelas quais a tecnologia pode apoiar os processos de

aprendizagem promovidos através de esforços cooperativos entre estudantes que estão

trabalhando em uma dada tarefa.

d) Modelo de Aprendizagem Cooperativa Distribuída:

Consiste no desenvolvimento de atividades centradas na aprendizagem cooperativa com o

suporte das tecnologias da Internet ou Intranet. A comunicação e a interação são pontos-

chave, utilizando-se a tecnologia para a troca e a busca da informação e, posteriormente,

para a formação de um corpo de conhecimento comum.

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e) Modelo de Interatividade:

Fenômeno elementar das relações humanas, entre as quais estão as relações educacionais.

Depende da cultura do grupo. A interação não ocorre apenas entre o aluno e o conteúdo,

mas sim entre alunos entre si, entre aluno e professor, entre alunos e o professor, entre

alunos e a instituição de ensino e ainda entre todos os elementos que compõem o universo

do indivíduo inscrito como aluno.

Consideramos que o processo educativo engloba situações de aprendizagem, não toda e

qualquer forma de aprendizagem, mas as aprendizagens que elevam o ser humano e o

tornam, cada vez mais, consciente de seus deveres e direitos. São as formas de

aprendizagem que realmente libertam o homem de todas as suas formas instintivas, as quais

o impelem para comportamentos animais.

A aprendizagem da liberdade é um dos elementos fundamentais do processo da educação.

O ser humano aprende a ser livre, aprende a ter sentimentos elevados, aprende a raciocinar,

aprende a conviver com os demais seres. Essas formas de aprendizagem constituem pontos

fundamentais do processo de educação. Pode-se dizer que o processo ensino-aprendizagem

é o escopo fundamental da Didática

Fechamos esta unidade entendo-o como de suma importância no ensino-aprendizagem, de

acordo com as distintas realidades sociais e regionais, uma vez que o conteúdo de cada

disciplina está diretamente ligado aos conhecimentos e experiências da vida cotidiana dos

alunos.

Discuta sobre os elementos presentes na Tabela 1 – Ação Didática no acompanhamento

de aprendizagem dos alunos. A partir dessa discussão ou de sua reflexão pessoal,

elabore uma ficha de acompanhamento. Justifique a inclusão de cada item.

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UNIDADE 9

Objetivo: Perceber a tecnologia educacional como ferramenta auxiliar da aprendizagem.

APRENDIZAGEM E TECNOLOGIA

Tópico I - Ambientes de Aprendizagem

A tecnologia educacional deve ser vista como uma ferramenta de auxílio à aprendizagem, e

não como um recurso isolado, como um fim em si mesmo. O valor de qualquer ferramenta

não depende somente de suas qualidades, mas principalmente do uso que será dado a ela.

Maddux (1997) identifica alguns requisitos para que uma ferramenta tenha valor.

Primeiramente, a ferramenta deve ser utilizada em tarefas importantes. Segundo, deve-se

utilizar a ferramenta para resolver os problemas para os quais ela foi projetada e, por fim, seu

custo não pode ser desproporcional em relação aos custos dos problemas que ela se propõe

a resolver.

Cohen e Spenciner (1993) in Maddux, 1997, chamam a atenção para o fato de a maioria dos

primeiros produtos de software educacional desenvolvidos não ser nada mais do que livros

eletrônicos, sem aproveitar as vantagens que o computador poderia oferecer em

comparação com os materiais tradicionais. Qual seria o objetivo da utilização de um software

desse tipo? Apenas estar utilizando uma nova tecnologia? Nesse caso não estaríamos

preocupados em utilizar o computador como uma ferramenta de valor, e sim em inserir

tecnologia no ambiente de ensino, sem qualquer compromisso com a qualidade desse

ensino.

Podemos concluir, então, que o software educacional deve estar inserido num contexto

educacional e que o ensino/aprendizagem deve ser realizado num ambiente de

aprendizagem. Clunie (2000) define ambiente de aprendizagem como um cenário de trabalho

onde o indivíduo interage com meios como ferramentas e recursos materiais e/ou

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computacionais, em situações que propiciem a descoberta e a construção do conhecimento,

fundamentado em uma teoria de aprendizagem e estratégias de trabalho que orientem o

desenvolvimento das distintas atividades.

A seguir, veremos as características dos ambientes de aprendizagem fundamentados na

teoria de ensino comportamentalista e os fundamentados na teoria de aprendizagem

construtivista.

Tópico II - Ambientes de Aprendizagem Comportamentalistas

Atualmente os sistemas educacionais de maior sucesso, fundamentados na teoria

comportamentalista, são os chamados sistemas integrados de aprendizagem (Maddux,

1997). Esses sistemas podem ser definidos como pacotes de software e hardware que têm

como finalidade atingir determinados objetivos educacionais. Existem diversos sistemas

integrados de aprendizagem, mas as seguintes características costumam ser comuns a

todos eles (MADDUX,1997, in TAVARES, 1999):

A avaliação e o diagnóstico do estágio de conhecimento atual do usuário são dados

pelo computador;

A instrução é disponibilizada através de redes de computadores;

O desempenho do aluno é continuamente monitorado, sendo a instrução ajustada de

acordo com esse desempenho;

Os dados de desempenho de todos os alunos são processados para uso dos

professores e administradores.

Os sistemas integrados de aprendizagem geralmente se iniciam com uma avaliação do nível

de conhecimento atual do aluno.

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A partir dessa avaliação, o software quebra o conteúdo a ser ensinado em pequenas

unidades, ensina uma determinada unidade, avalia o progresso do aluno e, em caso de

sucesso, passa para a próxima unidade. Caso o aluno não passe pela avaliação, o sistema

providencia uma remediação, continuando o processo.

Tópico III - Ambientes de Aprendizagem Construtivistas

Tavares (1999), citando Silva (1997), define um ambiente construtivista de aprendizagem

como “um lugar onde aprendizes podem trabalhar juntos e apoiar uns aos outros à medida

que utilizam uma variedade de ferramentas e recursos de informação em sua busca por

alcançar objetivos de aprendizagem e em atividades de resolução de problemas”. Por essa

definição podemos extrair vários requisitos para que um ambiente computacional seja

fundamentado na teoria construtivista. Primeiramente, o ambiente deve suportar a

cooperação e a comunicação para permitir o trabalho conjunto dos aprendizes. Tavares

(1999) vê a cooperação como um processo importante porque faz com que “precisemos

testar nosso próprio conhecimento e próprio entendimento sobre questões ou fenômenos

particulares”. Segundo Otsuka (1997), um indivíduo que já trabalhou colaborativamente na

tarefa de planejamento e resolução de problemas é, em média, duas vezes mais bem-

sucedido do que um indivíduo que teve a mesma quantidade de experiência trabalhando

sozinho.

Segundo Costa (1997), os nossos esquemas de agir e pensar se desenvolvem num

processo interativo, permitindo ampliar e aprofundar nossa leitura do mundo, sendo a

interação uma condição necessária a toda construção do conhecimento.

Outro requisito que podemos inferir é a existência de uma variedade de ferramentas. Essa

característica proporciona aos usuários uma liberdade de escolha, facilitando a iniciativa e

colocando o usuário na posição de sujeito ativo. Além disso, é necessário possuir uma

variedade de recursos de informação, colocando o aluno frente a uma quantidade de

informações bastante grande. Assim, ele é incentivado a organizar seu pensamento de forma

independente, de maneira a saber selecionar e sintetizar as informações pertinentes à

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resolução de seu problema. De acordo com Savery e Duffy (1995) em Silva (1997), um dos

pressupostos do construtivismo é que “é a partir de uma situação-problema que a

aprendizagem é organizada e conduzida”. Esse pressuposto nos leva a mais um requisito

para ambientes construtivistas: ser capaz de auxiliar na resolução de problemas. Jonassen

(1994), em Maddux (1997), identifica oito características para os ambientes de aprendizado

construtivistas:

1. Proporcionam múltiplas representações da realidade;

2. As múltiplas representações refletem a complexidade do mundo real, evitando uma

supersimplificação;

3. Enfatizam a construção do conhecimento, ao invés da reprodução do conhecimento;

4. Enfatizam o aprendizado contextualizado, proporcionando tarefas significativas, ao invés

de instruções abstratas, fora de contexto;

5. Proporcionam ambientes de aprendizagem que simulam o mundo real ou o aprendizado

baseado em estudo de casos, ao invés de sequências predeterminadas de instrução;

6. Favorecem o pensamento reflexivo baseado na experiência;

7. Proporcionam a construção do conhecimento dependente do contexto e do conteúdo;

8. Suportam a construção colaborativa do conhecimento através da negociação social entre

os participantes, ao invés da competição.

Além dessas características, Tavares (1999) também acrescenta:

Facilitam a identificação, definição e resolução de problemas;

Permitem que o aluno fique no controle de suas atividades;

Utilizam a hipermídia como ferramenta cognitiva.

A tabela a seguir resume e relaciona os requisitos e pressupostos necessários aos

ambientes construtivistas. Nos ambientes construtivistas de aprendizagem os estudantes

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59

parecem possuir muito mais responsabilidade sobre o gerenciamento de suas tarefas que no

modelo tradicional, e o papel do professor passa a ser de orientador ou facilitador. Um

critério que vem sendo usado na literatura especializada para classificar os tipos de ambiente

é o grau de iniciativa permitido ao aluno ou o grau de direcionamento conferido a ele.

(Adaptado de Tavares, 1999)

Requisitos Pressuposto construtivista

Ser interativo Aprendiz como agente ativo.

Aprendizagem através da experiência.

Proporcionar múltiplas representações da

realidade.

Aprendizagem como processo de

construção do conhecimento.

Simular o mundo real Aprendizagem através de experiência

Proporcionar a construção do

conhecimento

Aprendizagem através da construção do

conhecimento.

Proporcionar estudo de casos Aprendizagem através da experiência.

Favorecer o pensamento reflexivo. Conhecimento construído através da

abstração reflexiva.

Suportar cooperação (comunicação e

negociação) e coordenação.

Aprendizagem facilitada pelo par

mais capaz.

Permitir controle do aluno sobre suas

atividades.

Aprendiz como agente ativo.

Utilizar hipermídia. Aprendiz como agente ativo.

Aprendizagem significativa.

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60

Proporcionar aprendizagem

contextualizada.

Aprendizagem significativa

Facilitar identificação, definição e

resolução de problemas

Aprendizagem a partir de resolução

de problemas.

Possuir diversas ferramentas. Aprendiz como agente ativo

(gerencia suas atividades).

Proporcionar imersão do aluno. Aprendizagem através da experiência.

Possuir variedade de recursos de

informação.

Aprendiz como agente ativo.

Os ambientes interativos de aprendizagem trouxeram à cena os princípios da filosofia

construtivista, em que a ênfase está na autonomia do aluno que interage com o ambiente

que, por sua vez, tem o foco no processo de construção do conhecimento e não num

domínio predefinido do conhecimento a ser adquirido pelo aprendiz.

A visão construtivista é bem diferente da tradicional: um domínio de conhecimento deve ser

especificado, e o aprendiz deve ser encorajado a buscar novos conhecimentos correlatos

que sejam importantes para a questão. Os domínios de conhecimento não estão

efetivamente separados no mundo, e informações de diversas fontes devem servir de base

para a análise de qualquer questão. O aluno deve ser encorajado a buscar novos pontos de

vista.

A visão construtivista também identifica as habilidades do aprendiz, porém, como não

dividimos o conteúdo em unidades de domínio, também não procuramos por deficiências. O

foco será na habilidade reflexiva, e não de lembrança.

No desenvolvimento de ambientes de aprendizagem o ponto central incide na possibilidade

de encorajar a construção da compreensão sob múltiplas perspectivas. Uma estratégia

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61

central para alcançar essas perspectivas é criar o ambiente de aprendizagem colaborativo,

cujo objetivo é desenvolver, comparar e compreender múltiplas perspectivas de uma

questão.

(anexo)

LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA: ATUALIZAR OU AJUSTAR À REALIDADE

EDUCACIONAL?

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62

UNIDADE 10

Objetivo: conhecer as ações das políticas educacionais diante das novas tecnologias.

As Políticas Educacionais ante a Revolução Tecnológicas

Tópico I – os caminhos para implantação da tecnologia na escola

A UNESCO, em 1984, formulava uma dupla concepção do conceito de tecnologia

educacional, nos seguintes termos:

Originalmente a tecnologia educacional foi concebida como uso para fins educativos dos

meios nascidos da revolução das comunicações, como os meios audiovisuais e

posteriormente os computadores;

Em um sentido novo e mais amplo, o termo é entendido como o modo sistemático de

conceber, aplicar e avaliar o conjunto de processos de ensino-aprendizagem, levando em

consideração, ao mesmo tempo, os recursos técnicos e humanos e as interações entre eles,

como forma de obter uma Educação mais efetiva.

As prioridades da UNESCO para os Programas na área de Comunicação e Informação para

o período de 2006-2007 são:

Fortalecer a mídia democrática por meio do acesso a informações diversificadas e de

qualidade

Promover o uso de tecnologias de informação e comunicação na educação

Apoiar políticas de informação e conhecimento para o desenvolvimento social

Projetos em Comunicação e Informação: Acesso à Informação

Direitos Autorais e Leitura

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Diversidade Cultural

Inclusão Digital

Liberdade de Expressão e de Imprensa

Mídia Comunitária

TIC’s em Educação

As necessidades tecnológicas brasileiras anteriores aos anos 60 basicamente foram

atendidas através da importação de máquinas e equipamentos, da incorporação de

imigrantes qualificados ao processo produtivo e da formação no país de recursos humanos

capacitados a trabalhar nas unidades industriais existentes. A partir de 1960, com o

desenvolvimento industrial, inicia-se um esforço no sentido de estimular a entrada de capital

estrangeiro e desenvolver a política tecnológica no país. Na realidade nos anos 50/60 a

tecnologia educacional era vista como sinônimo de recursos didáticos, resumindo-se à

utilização dos equipamentos audiovisuais nas práticas educativas.

Nos anos 70, a utilização sistemática de conhecimentos voltados para a resolução de

problemas educacionais, com base na aplicação da psicologia da aprendizagem, originou a

instrução programada, proposta por Skinner. A instrução programada, com o passar dos

anos, foi aperfeiçoada por outros estudiosos. No entanto, como ela não se revelou superior a

outros os métodos de ensino, surgiu à tecnologia educacional.

Na década de 1980, a difusão da ciência computacional e a aplicação dos sistemas de

informação modificam o mundo acadêmico, inserido o computador no meio educacional. A

partir daí tem seu crescimento baseado em projetos governamentais e, em como a Educação

apropria-se da tecnologia de informática.

Em 1982, o MEC assumiu o compromisso de criar os mecanismos necessários para

desenvolver os projetos e permitir o desenvolvimento das primeiras investigações na área.

Foi formada uma equipe intersetorial com representantes da SEI, MEC, CNPq e FINEP, que

reconheceu a necessidade de consultas permanentes à comunidade técnico-científica

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nacional para discutir estratégias de planejamento que refletissem as preocupações e os

interesses dos cientistas brasileiros. Para tanto foi realizado o I Seminário Nacional de

Informática na Educação, que resultou no nascimento do projeto EDUCOM. Este projeto

caracteriza-se como um experimento de natureza intersetorial de caráter essencialmente

educacional, onde cada entidade pública federal participa custeando parte dos recursos

estimados e também sua execução e avaliação.

Os objetivos específicos do Projeto EDUCOM eram: •

implantar núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Informática na Educação, com a

finalidade de auxiliar na promoção de pesquisa científica e tecnológica e de

estabelecer diretrizes operacionais para a implantação dos centros-piloto;

promover a implantação de centros-piloto em instituições de reconhecida capacidade

científica e tecnológica nas áreas de Informática e Educação;

capacitar os recursos humanos envolvidos na implantação e na implementação do

Projeto EDUCOM, com a finalidade de atender às necessidades do setor de

Informática na Educação, suprindo-os das competências técnico-científicas

necessárias para o exercício de sua atividade profissional;

acompanhar e avaliar as experiências desenvolvidas pelos centros-piloto participantes

do experimento;

disseminar os resultados produzidos pelos centros-piloto.

As contribuições do EDUCOM também foram decisivas para a criação do projeto FORMAR,

este destinado à capacitação de professores da rede pública, e do projeto CIEd, voltado para

o atendimento às escolas de ensino fundamental e médio da rede pública de ensino O

projeto FORMAR foi criado com a pretensão de fazer um distinção entre os termos formação

e treinamento.

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No período de 1988 e 1989, dezessete CIEds são implantados em diferentes estado da

Federação. Fica estabelecido que o CIEd deva ser um iniciativa do Estado, enquanto ao

MEC cabe a formação inicial dos professores indicados pelas secretarias de educação.

O Ministério da Educação – MEC, por meio da Secretaria de Educação a Distância – SEED

atua como um agente de inovação tecnológica nos processos de ensino e aprendizagem,

fomentando a incorporação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) e das

técnicas de educação a distância aos métodos didático-pedagógicos. Além disso, promove a

pesquisa e o desenvolvimento voltados para a introdução de novos conceitos e práticas nas

escolas públicas brasileiras.

O Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo) é um programa

educacional criado pela Portaria nº. 522, de 9 de abril de 1997, pelo Ministério da Educação,

para promover o uso pedagógico da informática na rede pública de Ensino Fundamental e

Médio. Este projeto é desenvolvido pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), por

meio do Departamento de Infraestrutura Tecnológica (DITEC), em parceria com as

Secretarias de Educação, estaduais e municipais.

O programa funciona de forma descentralizada, sendo que em cada Unidade da Federação

existe uma Coordenação Estadual do ProInfo, cuja atribuição principal é a de introduzir o uso

das tecnologias de informação e comunicação nas escolas da rede pública, além de articular

as atividades desenvolvidas sob sua jurisdição, em especial as ações dos Núcleos de

Tecnologia Educacional (NTE’s).

Segundo o portal do MEC (http://www.mec.gov.br), o ProInfo tem na preparação de recursos

humanos, os professores, sua principal condição de sucesso. Os professores multiplicadores

capacitam os professores das escolas nas bases tecnológicas do ProInfo nos estados. Os

Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE) são estruturas descentralizadas de apoio ao

processo de informatização das escolas, auxiliando tanto no planejamento e na incorporação

das novas tecnologias quanto no suporte técnico e às equipes administrativas das escolas.

Visa, também, promover o desenvolvimento e o uso da telemática como ferramenta de

enriquecimento pedagógico, pretendendo:

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Melhorar a qualidade do processo ensino-aprendizagem;

Propiciar uma educação voltada para o progresso científico e tecnológico;

Preparar o aluno para o exercício da cidadania numa sociedade desenvolvida;

Valorizar o professor.

São metas do ProInfo:

Atender 7,5 milhões de alunos em 6.000 escolas;

Implantar 200 Núcleos de Tecnologia Educacional - NTE;

Capacitar 1.000 professores multiplicadores formados em cursos de pós-graduação

lato sensu, realizados em parceria com universidades;

Capacitar 25.000 professores das escolas para trabalhar com recursos de telemática

em sala de aula;

Formar 6.600 técnicos de suporte às escolas e NTE especializados em hardware e

software;

Instalar 105.000 computadores: 100.000 destinados às escolas públicas selecionadas

e 5.000 nos NTE.

O conceito de avaliação para o ProInfo significa o processo formativo e participativo, com o

propósito de verificar se está acontecendo o que foi previsto e medir as consequências do

que está acontecendo. As etapas desse processo são: estabelecer os objetivos e as metas;

definir indicadores e padrões de desempenho; elaborar procedimentos de medição; coletar e

analisar dados e informações; gerar conclusões; corrigir rumos e compartilhar resultados.

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Folha de São Paulo, 30/01/2008 - São Paulo SP

ProInfo leva micros à escola pública

DA REPORTAGEM LOCAL

A tecnologia chega as

escolas públicas por meio

do ProInfo (Programa

Nacional de Informática na

Educação), vinculado à

Secretaria de Educação a

Distância. Desde 1997,

180.720 micros foram

instalados em 15.119

escolas.

Segundo Carlos Eduardo

Bielschowsky, secretário de

Educação a Distância, o

governo planeja instalar

laboratórios de informática

em mais 125 mil escolas. "É

difícil conseguir os

computadores e conectá-

los em rede.

Por isso é fundamental que

isso seja acompanhado pela

capacitação de professores",

diz. A secretaria prepara um

portal na internet, voltado para

educadores, no qual será

possível encontrar conteúdo

para aulas. (DA)

A Secretaria de Educação a Distância – SEED representa a clara intenção do atual governo

de investir na educação a distância e nas novas tecnologias como uma das estratégias para

democratizar e elevar o padrão de qualidade da educação brasileira.

Os dados atualizados do Cadastro da Educação Superior do Inep revelam que há 25.824

cursos superiores no país. Deste total, a maioria, 84,3% (21.769), é de Cursos de Graduação

Presencial. A seguir, vêm os Cursos Tecnológicos Presenciais com 14,52% (3.750) desse

universo. Os Cursos de Graduação a Distância participam com 1,05% (271) e os

Tecnológicos a Distância com 0,13% (34). (Ver o Gráfico 1).

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A Secretaria desenvolve vários programas e projetos, a saber:

Domínio Público ( Biblioteca digital desenvolvida em software livre;

DVD escola. E-proinfo;

E-Tec Brasil;

Formação pela Escola;

Mídias na Educação;

PAPED. Proinfo;

Proformação;

Pró-letramento;

Pro-licenciatura;

Rádio Escola;

Rived;

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TV escola;

Universidade do Brasil;

Salto para o futuro;

Webeduc.

Tópico II - Políticas do Estado do Espírito Santo para a Tecnologia Aplicada a Educação

www.sedu.gov.br PROINFO – Programa de Informática Educativa no Estado do Espírito

Santo.

A informática educativa se faz presente no Estado do Espírito Santo. Até o ano de 1996

implantou/implementou-se 13 laboratórios de informática educativa (Lied) em escolas

públicas da rede estadual, na Grande Vitória e interior do Estado. Seis LIED foram

implantados em convênios entre a SEDU e Prefeituras Municipais. Foram capacitados em

informática educativa 90 (noventa) professores e 9.111 (nove mil, cento e onze) alunos

atendidos nos Lides.

Ao implementar a informática educativa nas escolas públicas, o governo formalizou o

compromisso de dar condições materiais, administrativas e políticas para o fortalecimento do

Sistema Público de Educação de nosso Estado, consolidando, assim, o compromisso de

coordenar a construção coletiva de uma direção política para a educação.

Em 1998 houve a implantação/implementação em parceria com o MEC do Programa de

Informática Educativa – PROINFO, instalando no Espírito Santo quatro NTE - Núcleos de

Tecnologia Educacional, nos municípios de Cachoeiro de Itapemirim, Vitória, Colatina e São

Mateus, com um total de 124 micros (31 cada), além de impressoras, scanner e outros

periféricos.

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Cada Núcleo possui uma equipe de multiplicadores especialistas em informática na

educação (seis, em cada NTE do interior e oito no NTE de Vitória) e técnicos de suporte

capacitados pelo MEC (no mínimo 02 em cada NTE), responsáveis pela implantação,

acompanhamento e avaliação do Programa nas escolas, conforme Lei Complementar N. 121

- D.O 02/09/1998 e Decreto Nº. 4.537 – N - D. O 31/12/1999. O NTE Metropolitano localizado

na Secretaria de Estado da Educação e Esportes - SEDU é o responsável pelo suporte

pedagógico e técnico aos NTE do interior, além de suas escolas de abrangência. Os Núcleos

do interior foram instalados através de parceria com as Prefeituras Municipais, que

custearam toda a infraestrutura necessária e exigida pelo MEC.

Os NTE têm como ação macro a capacitação de professores para o uso das tecnologias nas

escolas e dos alunos técnicos para suporte a estes professores. Entretanto, capacitar para o

trabalho com novas tecnologias de informática e telecomunicações não significa apenas

preparar o indivíduo para um novo trabalho docente. Significa, de fato, prepará-lo para o

ingresso em uma nova cultura, apoiada em tecnologia que suporta e integra processos de

interação e comunicação, redimensionando o papel que o professor deverá desempenhar na

formação dos alunos.

No período de 1999 a 2003, 5.937 profissionais da educação foram capacitados pelos quatro

NTE nos cursos de Formação Continuada de 120 e 80h e até 40h (formação continuada).

Neste mesmo período, 894 alunos foram capacitados para suporte técnico nas escolas, com

cursos de 80 h, de informática avançada. Esta capacitação é contínua, uma vez que este

curso tem possibilitado a entrada de grande parte destes alunos ao mercado de trabalho. E

em 2003, o GESAC – Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão numa

parceria com os Ministérios de Telecomunicação e Educação instalaram linhas de internet

em 54 escolas públicas de difícil acesso, objetivando o atendimento às escolas e a

comunidade dos quais foram atendidas 4.037 pessoas.

A informática educativa inserida no processo educacional do Estado desde 1989 continua

sendo um instrumento a serviço do movimento de renovação pedagógica já existente, bem

como pretende ser um pilar desencadeador de vários movimentos de renovação pedagógica,

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tendo em vista a requalificação profissional e a nova qualidade social que se pretende para a

nossa prática educativa.

Tópico III - A Tecnologia na Sala de Aula no Estado do Espírito Santo

www.sedu.gov.br Quadro Digital Interativo é aprovado por professores e alunos do Colégio

Estadual em 12/02/2008 – 9h42min

A Sala de Aula Digital é um programa que está sendo

instalado nos laboratórios de informática das escolas da

rede pública estadual, possibilitando ao professor tornar

suas aulas mais dinâmicas e atrativas.

O quadro tem aproximadamente 80 polegadas, é

conectado a um computador e a uma tela sensível ao

toque. O monitor permite acesso à internet e, com isso,

captação de imagens e edição de vídeo-aulas. Todos os

trabalhos realizados no equipamento podem ser salvos e

enviados por e-mail aos estudantes.

O objetivo básico do programa é dinamizar o uso dos

laboratórios de informática, tornar as aulas mais atrativas,

além de facilitar o acesso de professores e estudantes a fontes de pesquisa da internet. A

meta é instalar, até abril deste ano, a solução tecnológica em 20 escolas de Ensino Médio da

rede.

Segundo Haroldo Rocha, essas ações tecnológicas são um estímulo tanto para os alunos

quanto para os professores. “É importante oferecer o que há de melhor a nossos alunos e

professores. Os alunos certamente estarão preparados para disputar o mercado de trabalho

bem preparados. O governador tem dito permanentemente que a educação é uma prioridade

em seu governo e estamos mostrando isso na prática”, ressaltou.

Já a TV Multimídia é um aparelho de tevê de 29 polegadas e que permite conexões com

outras mídias como DVD, aparelhos de reprodução de videocassetes, CDs, pen drives e

Kárita Iana/Sedu

A meta é instalar a solução

tecnológica em 20 escolas de

Ensino Médio da rede pública

Estadual

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cartões de memória. O objetivo é transformar as tradicionais salas de aula em “Salas de Aula

Digitais”, possibilitando aos professores a elaboração de aulas mais criativas, com uso de

recursos de imagem em movimento e som.

A meta para 2008 é instalar a TV Multimídia em 101 escolas, sendo 90 de ensino médio, três

de ensino fundamental e mais oito escolas de referência nos municípios-sedes das

Superintendências Estaduais de Educação. Até o final deste ano, a TV Multimídia beneficiará

75.640 estudantes do Ensino Médio; 31.746 estudantes do Ensino Fundamental; e 4.073

professores.

Alunos e professores que participaram da aula inaugural

do Quadro Digital Interativo, pela manhã, no Colégio

Estadual, aprovaram a ação tecnológica que tem o

objetivo de dinamizar o uso dos laboratórios de

informática, tornar as aulas mais atrativas e facilitar o

acesso de professores e estudantes a fontes de pesquisa

via internet.

Uma das mais empolgadas com o avanço tecnológico nas

salas de aula da rede pública estadual é a estudante

Marcela Mattos, moradora do bairro Estrelinha, em Vitória,

e que está cursando o segundo ano do Ensino Médio no

Colégio Estadual. “Realmente o quadro digital é muito

importante para nós que estudamos em escolas públicas. É a alta tecnologia ao nosso

alcance. Podemos estudar tendo acesso muito rápido a uma quantidade enorme de

informação. Não poderia ter uma novidade melhor neste início de ano letivo”, declarou

Marcela Mattos.

A professora de Biologia do Colégio Estadual, Norma Suely Amarins, que leciona há 30

anos, se mostra encantada com o Quadro Digital Interativo. “Infelizmente, no nosso tempo, a

gente jamais poderia sonhar com um avanço como este. É algo que chega a emocionar. Fiz

Kárita Iana/Sedu

Marcela Mattos acha que a nova

tecnologia vai oferecer mais

oportunidades no dia a dia dos

alunos

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o treinamento para a utilização do quadro e não vejo a hora de usá-lo na prática. Acredito

que os alunos ficarão encantados”, diz a professora.”

Tópico IV - Formação continuada dos professores no Estado do Espírito Santo

A Equipe de Formação da SEDU pensou em um desenho organizacional para melhor

desempenho em desenvolver suas ações de formação, integrando às demais equipes bem

como a utilização dos recursos tecnológicos disponíveis como articuladores para uma

educação prazerosa e significativa. Para tanto, é necessário que haja uma formação

permanente de professores com as tecnologias e para as novas tecnologias, utilizando

recursos como: TV, vídeo, rádio, jornal, computador, Internet e Biblioteca. As tecnologias

podem ser usadas para: formação inicial, formação continuada presencial; formação

continuada semipresencial e formação continuada a distância.

As ações explicitadas e a intencionalidade governamental demonstrada em diferentes planos

e/ou projetos revelam o destaque relevante que tem sido dado à área de educação na

tecnologia, que passa a ser vista como uma das principais vias para a democratização do

conhecimento e do acesso às tecnologias da Internet.

Veja a entrevista na íntegra no site

http://gazetaonline.globo.com/tvgazeta/programas/estv/estv_materia.php?cd_matia=4

03127&cd_site=814

Quais são as diretrizes das Políticas Educacionais, que você conhece, direcionadas

para a criatividade individual e para a propriedade intelectual?

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UNIDADE 11

Objetivos: Conhecer quais ferramentas tecnológicas são direcionadas para auxiliar o aluno com problemas de aprendizagem.

As Tecnologias Diante de Alunos com Dificuldades de Aprendizagem

Tópico I - Relacionamento entre o uso de Tecnologia e os Problemas da Aprendizagem

A aplicação de recursos tecnológicos pode ser uma ferramenta de auxílio no processo de

recuperação de alunos com problemas de aprendizagem. Sua influência se faz presente, no

crescimento, nas diferentes formas da construção do conhecimento e no afetivo-social.

Hoje as crianças nascem dentro da tecnologia e seus interesses e

pensamento já estão voltados para este universo. É neste momento,

em que se deve avaliar o papel da escola e como a mesma vem

desenvolvendo o processo de ensino-aprendizagem, já que sabemos

que seu papel é preparar seres críticos e executores de tarefas

necessárias ao desenvolvimento da sociedade.

A escola não vai se atualizar tecnologicamente de forma científica e sim como enriquecedora

de atividades com o objetivo de desenvolver as funções intelectuais do aluno, ativando a

integração curricular e a quebra de barreiras culturais.

O trabalho da tecnologia educacional é desenvolver o lado cognitivo do aluno. É um auxílio

para os alunos “problemáticos” e um recurso para os outros. Deve ser feita uma reflexão

sobre o uso do recurso da tecnologia educacional referente ao desenvolvimento global do

aluno assim como, naqueles que demonstram dificuldades de aprendizagem em sala de

aula.

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Tópico II - O Aluno com Dificuldade no Processo de Aprendizagem

A sociedade em que vivemos ainda não está preparada, em alguns aspectos, para

atravessar o momento da explosão tecnológica e ter como aspecto educacional os

elementos e conceitos da tecnologia. A resistência a esta explosão não é em si dos alunos e

sim de alguns profissionais da educação. Estes, na maioria dos casos, com muitos mitos e

crenças, resistem à integração dos conceitos educacionais às ferramentas da tecnologia.

São profissionais resistentes às mudanças e não conscientizados de que pode ser feito um

trabalho de qualidade, com resultados magníficos.

Deve-se ter em mente que não devemos negar os avanços tecnológicos e sim utilizar o

processo de mudança para colher frutos do trabalho.

O uso da tecnologia na escola não é para formar profissional tecnológico e sim para oferecer

uma ferramenta e o enriquecimento na conclusão das atividades propostas.

O trabalha para aplicar tecnologia educacional deve ter seus objetivos traçados para que não

haja problemas na execução. A aplicação de forma incorreta no processo de formação do

raciocínio será mais um objeto de bloqueio do que facilitador. O importante é refletir sobre a

utilização deste recurso, verificar efetivamente os pontos a favor e os contra, no aspecto do

desenvolvimento do aluno.

Observou-se que alunos com baixo rendimento escolar, mostraram melhor rendimento nas

atividades propostas realizadas com recursos tecnológicos, demonstrando, inclusive, maior

participação e interesse. Outra observação feita foi com o aluno hiperativo, que demonstrou

no ambiente tecnológico maior tranquilidade e concentração, porém, ocorreu que alguns

alunos, apresentaram uma agressividade súbita e dificuldade específica.

É importante analisar os aspectos reais da aplicação da tecnologia na educação e sua

potencial influência sobre as crianças que farão este uso. Sua aplicação para alunos com

dificuldades de aprendizagem deve ter um conhecimento geral e não o das expectativas da

escola. Este conhecimento deve ser feito com sensibilidade e se necessário solicitar

assistência de outros profissionais.

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Caso o aluno, em trabalho, esteja sendo assistido por algum profissional o mesmo deverá

ser integrado no projeto educacional. Esta integração é feita para desenvolver caminhos para

desbloquear os problemas atuais e avaliar o desenvolvimento apresentado. Neste caso a

tecnologia e a terapia estão trabalhando em paralelo. Não é permitido superproteção, pois as

dificuldades não podem ser obstáculos e sim atrativos desafios.

As dificuldades apresentadas por alunos, referente à tecnologia educacional, são frutos de

trabalhos elaborados de forma incorreta, desta forma são feitos diagnósticos precipitados.É

necessário observar conceitos desenvolvidos por Piaget e Pappert para que sejam aplicados

recursos que serão úteis no desenvolvimento da aprendizagem. O ponto de destaque deve

ser o desafio, para que o aluno o tenha como uma potência. O espaço escolar deverá ser um

ambiente em que se possa desenvolver e criar hipóteses em relação ao seu conhecimento.

Deverá existir um amparo para os conflitos que irão surgir e reflexões incentivadas,

estimulando o desenvolvimento.

Fonte: Weiss, Alba Maria Lemme:1999:40

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77

Vigotsky (1988) contribuiu para a elaboração do pensamento dando ênfase a ação e ao

meio onde ocorrerá a aplicação da atividade. Reforça ainda, que se deve estimular e

investigar a aquisição do conhecimento no aluno, o que chamou de: Zona de

Desenvolvimento Proximal. Este conceito trata do princípio onde a distância entre o

desenvolvimento real e a determinação é a solução independente de problemas, no Nível do

Desenvolvimento Potencial, tendo a solução do problema ocorre com a orientação de um

adulto ou a colaboração dos companheiros mais desenvolvidos.

O sujeito que aprende terá alguns obstáculos que poderão aparecer no processo de

aprendizagem. As interferências apresentadas deverão ser questionadas, sendo necessário

saber:

Quem aprende?

Como aprende?

Por que aprende?

O que confirma sua aprendizagem?

Quais os valores que estão sendo analisados no processo de aprendizagem?

O aluno que está no processo de aprendizagem não é determinado pelo cognitivo e sim pelo

equilíbrio entre o aparelho biológico, estruturas psicocognitiva e psicoafetiva,não esquecendo

a interação com o meio social em que vive. Suas dificuldades são provenientes de várias

causas.

Nas dificuldades escolares o aparelho biológico, apresenta problemas onde a indicação

profissional não é um tecnólogo e sim um neurologista ou psiquiatra ou outros profissionais

de área médica. Este aspecto dispõe o sujeito a limitar, ampliar, reduzir suas possibilidades

nas construções e interações com o ambiente. É neste aparelho que aparecem às primeiras

aprendizagens.

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Social

Aparelho Estrutura

Biológico Sujeito Psicoafetiva

Aprendente

Estrutura Psicocognitiva

fonte: Weiss, Alba Maria Lemme:1999:41

As dificuldades apresentadas através do aparelho biológico irão

determinar as diferentes modalidades de interagir dentro do ambiente

em que vive. Se não houver identificação destes problemas e não for

desenvolvido um trabalho adequado, serão geradas “ perturbações”

de alto graum tanto no aspecto afetivo quanto no educacional. A não

identificação destes problemas é o que gera as perturbações

frequentes no processo de alfabetização que serão marcas na

autoestima da criança, de caráter negativo. Os problemas de aprendizagemm nesse

aspecto, não é fator de articulação entre o cognitivo e o afetivo, sendo observado que o

afetivo possui reflexo familiar.

Em pesquisa de campo realizada, encontraram-se vários problemas responsáveis pelas

dificuldades da aprendizagem. Um dos maiores fatores é a pouca estimulação do ambiente

e/ou questões afetivas. Outro problema constante são os fatores de ordem psicomotora,

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onde a maior característica são dificuldades, nos vários tipos, de coordenação. Deve-se

observar com destaque o aluno com atividades em demasia ou lentas nas atitudes.

Quanto à estrutura psicoafetiva, a abordagem é feita na estrutura subjetiva. Observa-se que

o homem desde que nasce depende do outro para fazer algo. Segundo Zulema

Yanes(1995), o aluno abre o intelecto através do questionamento. O que é que o outro

espera de mim? Este intelecto é reafirmado com as perguntas sbre as diferenças

encontradas, ao longo do seu caminho.

As diversas formas de relacionamento no âmbito familiar são instaladas no aluno, sendo

referencial seu referencial em relação a sua inclusão na sociedade que ocorre, ao entrar na

escola. Seu primeiro vínculo com o mundo externo é através do professor que intervém com

ele de forma positiva e colaborando com o seu crescimento.

Outro pressuposto é o de Andey Setton Lopes de Souza (1995), que discute a relação do

aluno com o seu conhecimento. Ele coloca que “ uma das revoluções introduzidas por Freud

foi demonstrar que o indivíduo, desde a mais tenra idade, pesquisa e busca conhecer o

mundo à sua volta ou mais especificamente, pesquisa no mundo os objetos ligados aos seus

desejos.”

O caminho para que o aluno chegue ao conhecimento é longo e

composto por dúvidas e angústias. A alfabetização deste aluno será

caracterizada através deste desejar ter acesso ao mundo do

conhecimento. A instituição de ensino ocupa um lugar de modelo,

uma vez que se afirma: O aluno entra cada vez mais cedo na escola e

permanece a maior parte do dia nela!

Segundo Alícia Fernández (1990), o fracasso escolar responde as

duas ordens de causas: “externas à estrutura familiar e individual do sujeito que fracassa em

aprender, ou internas às estrutura familiar e individual.”

Na primeira afirmação, trata-se de um problema de aprendizagem reativo e na segunda são

sintoma e inibição. Quando o fracasso é proveniente de “sintoma e inibição”, são

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interferências na estrutura subjetiva que fraturaram o processo de aprendizagem e

necessitam de um profissional de área médica como interventor e o trabalho educacional

será de colaboração não podendo agravar questões. O problema de aprendizagem reativo

acontece pela paralisia ou deturpação do processo de construção do conhecimento,

ocorrendo através de vínculos equivocados com os objetos do conhecimento. Neste caso a

intervenção médica deverá ser especializada.

A aplicação da tecnologia pode funcionar como recurso preventivo desde que a metodologia

de trabalho seja correta. Na abordagem da estrutura psicocognitiva, é a formação do

entendimento sobre o processo de aprendizagem ou construção do conhecimento bem

diferente da valorização única da forma de ensinar e aprender. Emília Ferreiro e Ana

Teberosky, afirmam que: “Existem alunos que constroem seu próprio processo de

alfabetização, vivendo conflitos cognitivos progressivamente elaborados, até chegar a

conclusão do processo”. Este processo está dentro de uma lógica de formulação de

hipóteses onde as atividades promovidas serão de caráter estimulador. O ambiente deve

ser atrativo, para que o aluno coloque seus conflitos e reflexões em evolução.

Freinet (1955) destaca que: “O aspecto com o problema onde os alunos possuem

dificuldades na aprendizagem da escrita, é derivado da fragmentação entre a escrita e a

fala.”

Os problemas apresentados não são de forma orgânica e sim oriundos da má formação do

processo de alfabetização. Professores se preocupam mais em trabalhar para que chegue a

um resultado do que construir uma linha de raciocínio para entender os resultados obtidos.

Este tipo de trabalho desenvolvido faz com que o aluno guarde a informação na memória e

quando passa para atividades que forçam o questionamento como uso de materiais

tecnológicos fracassam. É importante expor o aluno seja qual for a disciplina ou ensino, a

situações em que possa ocorrer uma aprendizagem efetiva, estimulando o questionamento e

desenvolvimento de novos conhecimentos.

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pedagógico social

produção escolar AB EPA

alteração do ensino SA

EPC

diminuição das possibilidades de aprendizagem

No contexto da sala de aula é necessário solucionar problemas de aprendizagem através da

observação de pontos críticos como profissionais, perfil didático e de funcionamento da

instituição em conjunto com as necessidades da mudança.

Quando for desenvolver as aulas com tecnologia educacional é necessário trabalhar na

filosofia pedagógica os seguintes pontos:

Metodologia de ensino; sistema de avaliação; conteúdo curricular;

Interdisciplinaridade; Atividades extraclasse;

Organização do público alvo; integração social;

Planejamento; recuperação de etapas em paralelo.

Não pode haver proposta de atividades com tecnologia educacional se a filosofia

pedagógica não for observada.

Explique com as suas próprias palavras: quais as condições para que o processo de

ensino- aprendizagem ocorra normalmente?

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UNIDADE 12

Objetivos: Descrever os procedimentos dos avanços tecnológicos para apoio à educação especial.

Tecnologia e Educaçao Especial

Tópico I – Os Avanços da Educação Especial nas Leis de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 5 4.024/61 apontava o direito dos

“excepcionais” à educação, preferencialmente dentro do sistema geral de ensino. Em 1970

foi criado no MEC, o Centro Nacional de Educação Especial – CENESP, responsável pela

gerência da educação especial no Brasil, que sob a égide do discurso integracionista,

impulsionou ações educacionais voltadas às pessoas com deficiência e às pessoas com

superdotação.

A Lei de Diretrizes e Bases para o ensino de 1º e 2º graus, nº. 5.692/71, ao referir-se a

“tratamento especial” para os alunos com “deficiências físicas, mentais, os que se encontrem

em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados”, reforçou a

organização da Educação Especial de forma paralela à educação comum, gerando o

entendimento de que alunos “atrasados” em relação à idade/série, eram deficientes mentais

treináveis.

A Constituição Federal, 1988, é fundamentada na promoção do bem de todos, sem

preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, e

define, em seu artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno

desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho.

Estabelece, ainda, no artigo 206, como um dos princípios para o ensino, a igualdade de

condições de acesso e permanência na escola. No artigo 208, garante como dever do

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Estado, o acesso aos níveis mais elevados do ensino, bem como a oferta do atendimento

educacional especializado.

O Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº. 8069/90 reforça os dispositivos legais, ao

determinar que "os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos

na rede regular de ensino" (ECA, 2001, Art.55). Nessa década, documentos internacionais

como a Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e a Declaração de Salamanca

(1994), passam a influenciar a formulação das políticas públicas da educação brasileira.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9.394/96 define no artigo 58, a

educação especial como modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na

rede regular de ensino para os educandos com necessidades especiais. No seu artigo 59,

preconiza que os sistemas de ensino deverão assegurar aos alunos “currículos, métodos,

técnicas, recursos educativos e organização específica para atender às suas necessidades"

e a aceleração de estudos para que alunos superdotados possam concluir em menor tempo

o programa escolar. Nesse sentido, o artigo 24 deixa claro a “possibilidade de avanço nos

cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado”, como uma tarefa da escola.

Podemos observar que a Educação Especial teve um olhar diferente na última LDB, pois

sabemos que crianças, adolescentes ou adultos são sujeitos com possibilidades e

necessidades independentes do contexto social do momento. As crianças, adolescentes e

adultos com qualquer deficiência, independentemente de suas condições físicas, sensoriais,

cognitivas emocionais, são pessoas que têm as mesmas necessidades básicas de afeto,

cuidado e proteção, e os mesmos desejos e sentimentos das outras pessoas. Eles têm a

possibilidade de conviver, interagir, trocar, aprender, brincar e serem felizes, embora,

algumas vezes, de forma diferente, portanto são necessárias ações pedagógicas que

possibilitem, a essas pessoas, o aprendizado para vida.

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Evolução na Política de Atendimento

Tópicos II – Recursos Tecnológicos de Apoio a Educação Especial

Tem como objetivo garantir o acesso e a permanência dos alunos que integram a

modalidade de ensino – Educação Especial na escola regular e é constituído das seguintes

ações:

Apoio à Educação de Alunos com de,ficiência v,isual

Os Centros de Apoio para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual - CAP’s

instalados em parceria com os Estados e o Distrito Federal, são equipados com

computadores, impressora Braille e laser, fotocopiadora, gravador e fones de ouvido, circuito

interno de TV, CCTV e máquina de datilografia Braille Perkins, e tem como proposta principal

a geração de materiais didáticos pedagógico como livros e textos em Braille, ampliados e

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sonoros para distribuição aos alunos matriculados no ensino regular bem como a

organização de espaços educacionais que sirvam de apoio aos alunos com visão subnormal.

Apoio à Educação de Alunos com Surdez

O Centro de Formação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com

Surdez (CAS) promove a formação continuada para professores, intérpretes de

Libras/Língua Portuguesa, Instrutores Surdos e demais profissionais que atuam na área de

surdez. O CAS é composto pelos seguintes núcleos: núcleo de formação de profissionais da

educação, núcleo de apoio didático pedagógico, núcleo de tecnologias e de adaptação de

material didático e núcleo de convivência.

Os centros estão equipados com computadores, projetor e tela de projeção, estabilizador,

retroprojetor, filmadora, câmera digital, televisores, vídeocassete, adaptador de campainha,

fones de ouvido, mobiliários e materiais didáticos, como vídeos em Libras e legendados,

dicionários de português/Libras, textos, mapas e jogos pedagógicos bilíngues em formato

digital.

Apoio à Educação Infantil

Apoiar o trabalho pedagógico junto às crianças com necessidades educacionais especiais;

Redimensionar o atendimento educacional especializado (estimulação precoce);

Subsidiar a capacitação de professores e profissionais da educação infantil, sobre as

necessidades educacionais especiais;

Construir propostas educativas que respondam às necessidades específicas das crianças e

de seus familiares.

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Apoio à Educação Profissional

Articulação com a Rede Federal de Educação Tecnológica, para inclusão dos alunos com

necessidades educacionais especiais nos cursos de qualificação profissional e nos cursos

técnicos e tecnológicos, com vistas ao ingresso no mercado de trabalho.

Articulação com o Sistema "S" (SENAI, SENAC, SENAR, SENAT, SEBRAE, SESI) com as

ONG’s e demais escolas de Educação Profissional para inclusão de alunos com

necessidades educacionais especiais nos cursos de qualificação profissional.

Projeto de Informática na Educação Especial - PROINESP

De acordo com o site http://portal.mec.gov.br/seesp as novas Tecnologias de Informação e

Comunicação (TIC) vêm causando um impacto significativo no processo de ensino-

aprendizagem, abrindo-lhe perspectivas novas de acesso ao conhecimento universal e

possibilitando uma interessante maneira de produzir conhecimentos em rede digital de

comunicação. Essas tendências expandiram o espaço da sala de aula para muito além de

suas paredes físicas, levando professores e alunos a mergulhar em novos conhecimentos

bem mais diversificados e atualizados.

O Projeto de Informática na Educação Especial - PROINESP é uma iniciativa da SEESP com

o objetivo de estender aos alunos com necessidades especiais o acesso as novas

oportunidades educacionais.

São contempladas com laboratórios de informática e capacitação de professores a distância,

as escolas públicas especializadas, escolas públicas com atendimento inclusivo e instituições

especializadas sem fins lucrativos que registraram alunos no censo escolar.

No ano de 2003 foram implantados 60 laboratórios de informática e para 2004 serão

entregues 100 laboratórios e a capacitação de 328 profissionais que atuarão como

multiplicadores do PROINESP.

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Tópico III – Políticas de Inclusão no Estado do Espírito Santo

No site no www.sedu.es.gov.br/ encontramos o artigo Educação Inclusiva, de 23/10/2006 –

15h31min, publicado por José Roberto Santana/Sed.

Neste artigo Anna Maria Marreco Machado nos esclarece: “O direito à educação de todo

cidadão é premissa básica da política educacional do Estado.” O dever

do Estado é garantir, por meio de dispositivos materiais, legais e

educacionais, o acesso e a permanência do aluno na escola com

qualidade das aprendizagens, o que contempla também a educação

inclusiva de pessoas com necessidades especiais, com suas diferenças,

sempre contando com o apoio da família.

As escolas estaduais estão sendo construídas e adaptadas numa concepção arquitetônica

que elimina obstáculos, com rampas, elevadores e banheiros favorecendo o acesso. Isso

permite que elas cumpram a orientação de receber todos os estudantes especiais no ensino

regular. Essa inclusão é complementada com ações pedagógicas específicas: por meio de

salas de recursos montadas em 62 escolas de 17 municípios são atendidos diariamente mais

de 1.800 estudantes; um Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual produz textos em

Braille, promove a formação de professores, oferece aos alunos estimulação visual e

orientação sobre técnicas de mobilidade; para atender aos deficientes auditivos, a Secretaria

de Estado da Educação (Sedu) possui três centros especializados no ensino da linguagem

labial e da Língua Brasileira de Sinais (Libras); foi implantado o Programa de Atendimento ao

Aluno Talentoso com unidades em Guaçuí, Cachoeiro, Colatina e Vitória.

Na Capital capixaba também está sendo montada a sede do Núcleo de Atividades de Altas

Habilidades/Superdotação. Em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, o Estado

mantém classes hospitalares nos Hospitais Infantil e Dório Silva.Além de toda ação direta, a

Sedu realiza atendimento especializado por meio de parcerias com 33 unidades das

entidades APAE, 35 unidades Pestalozzi, União dos Cegos e o Lar Irmã Sheila. Em 2008, o

repasse de recursos somou R$ 10 milhões, incluindo a cessão de 956 profissionais

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Tecnologia Educacional Inclusiva

http://www.youtube.com/watch?v=GFbQ8pgnHbI

A inclusão digital para deficientes Visuais

http://www.youtube.com/watch?v=74-a83YWjXg&feature=related

Conheça o Mundo dos Surdos

http://www.youtube.com/watch?v=z6Pcp6vwfZY&feature=related

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UNIDADE 13

Objetivo: Mostrar que a Educação a Distância tem um lugar definido no sistema educacional.

Tecnologia da Educação a Distância (Ead)

Tópico I - Introdução

O Ministério da Educação – MEC, por meio da Secretaria de Educação a Distância – SEED

atua como um agente de inovação tecnológica nos processos de ensino e aprendizagem,

fomentando a incorporação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) e das

técnicas de educação a distância aos métodos didático-pedagógicos. Além disso, promove a

pesquisa e o desenvolvimento voltados para a introdução de novos conceitos e práticas nas

escolas públicas brasileiras.

A educação a distância, de maneira gradativa, vem contribuindo na escolarização e

qualificação de todas as camadas sociais. Sua característica aponta para a capacidade de

superar limitações tanto de ordem geográfica quanto de recursos disponíveis e permitem,

pelo menos, apresentar uma alternativa para a democratização do ensino. As estratégias de

ensino-aprendizagem a distância possibilitam atender não apenas ao ritmo pessoal de

aprendizagem, como também às demandas diversificadas de estudo. Assim, é possível

incluir grupos de pessoas impedidas de estudar devido a limitações geográficas, físicas,

sociais e econômicas.

O estereótipo de que um curso a educação a distância era dirigido somente para pessoas

que integram a população adulta que necessita de formação continuada ao longo da vida,

acabou. Hoje, a EAD abrange todas as fases da vida. A clientela beneficiada tem sido

bastante diversificada e, em sua maioria, é composta de adultos com nível de escolarização

variado.

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Tópico II – Breve Histórico

Historicamente, foram se ampliando e diversificando as formas de ensinar e estudar a

distância. Assim, citamos, por exemplo:

o ensino por correspondência, que se apóia em introduções ao estudo, em livros

didáticos e em tarefas comentadas;

o ensino a distância clássico, que combina diversos componentes didáticos material

impresso, rádio, televisão, meios audiovisuais, assistência tutorial domiciliar e/ou em

centros de estudo;

o ensino a distância grupal, que trabalha com programações didáticas mediatizadas

por rádio e televisão e desenvolve atividades presenciais regulares; e

o ensino a distância autônomo, em que os estudantes planejam, organizam e

implementam seus estudos por si mesmos.

A tabela a seguir, sobre a Retrospectiva Histórica da Educação a Distância, não pretende

esgotar a relação de experiências na modalidade de EAD desenvolvidas no nosso contexto,

mas, principalmente, demonstrar a nossa construção histórica de alternativas educativas

nessa modalidade.

RETROSPECTIVA HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

1923/1925 Rádio Sociedade do RJ

1923 Fundação Roquete Pinto Radiodifusão

1939 Marinha e Exército . cursos por correspondência Marinha e Exército.

1939 Marinha e Exército . por correspondência

1941 Instituto Universal Brasileiro cursos por correspondência,formação profissional

básica

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1950/1960 MEB . Educação de Base

1967/1974 Projeto Saci/ INPE. Teleducação via satélite, material de rádio e impresso,

para ensino fundamental e treinamento de professores.

1969 TVE do Maranhão . cursos de 5ª a 8ª série , com material televisivo, impresso

e monitores

1970 IOB - Informações Objetivas Publicações Jurídicas ensino por

correspondência para o setor terciário

1970 Projeto Minerva . cursos transmitidos por rádio em cadeia nacional

1974 TVE do Ceará . cursos de 5ª a 8ª série, com material televisivo, impresso e

monitores

1976 SENAC . Sistema Nacional de Teleducação, cursos através de material

instrucional (em 1995, já havia atendido 2 milhões de alunos)

1979 Centro Educacional de Niterói . Módulos instrucionais com tutoria e momentos

presenciais, cursos de 1º e 2º graus para jovens e adultos, qualificação de

técnicos

1979 Colégio Anglo-Americano (RJ) . Atua em 28 países, com cursos de

correspondência para brasileiros residentes no exterior em nível de 1º e 2º

graus

19791979 UnB, cursos veiculados por jornais e revistas; em 1989 transforma no Cead e

lança o Brasil lEAD

1980 ABT - Associação Brasileira de Tecnologia Educacional programa de

aperfeiçoamento do magistério de 1º e 3º graus programa de aperfeiçoamento

do magistério de 1º e 3º graus

1991 Fundação Roquete Pinto . Programa Um Salto para o Futuro, para a

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Formação continuada para professores do ensino fundamental

UFMT/FAE/Nead . Programas em nível de licenciatura plena em educação

básica e Serviço de Orientação Acadêmica

1993 SENAI/RJ . Centro de EAD desenvolve cursos de Noções Básicas em

Qualidade Total, Elaboração de Material Didático Impresso (16 mil alunos),

cursos a distância para empresas na Argentina e Venezuela

1995 Secretaria Municipal de Educação . MultiRio (RJ) . Cursos de 5ª a 8ª série,

através de programas televisivos e material impresso

1995 Programa TV Escola . SEED/MEC

1995/1996 Laboratório de Ensino a Distância do Programa de Pós-Graduação em

Engenharia de Produção da UFSC

1996 UCB . Universidade Católica de Brasília . cursos de especialização a distância

1997 Escola Brasil . Programa de rádio AM/OC, ensino fundamental .

FUNDESCOLA/MEC

2000 UNIREDE . Rede de Educação Superior a Distância . Consórcio que reúne 68

instituições públicas do Brasil

2000 PROFORMAÇÃO . Formação de professores de nível médio .

SEED/FUNDESCOLA/MEC

2001 RENADUC . Rede Nacional de Informação e Educação a Distância . Gestão

Escolar . UNDIME

2001 PROGESTÃO . Capacitação de gestores escolares,consórcio de 24 estados

brasileiros

2002 Projeto Veredas . Formação de professores das séries iniciais em nível

superior Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais

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A experiência brasileira com EAD até o advento das telecomunicações e da informática

enfatizou os cursos por correspondência, utilizados na educação não formal e no

atendimento das necessidades de informação e atualização.

Tópico III– Cenário Atual

Os cursos à distância, no Brasil, até 2002, eram caracterizados por uma clientela muito

específica, formada por um grupo seleto de pessoas do meio público ou empresarial, e não

se destinavam ao ensino de nível superior. Atualmente podemos conferir que de acordo com

os dados atuais do Cadastro da Educação Superior do Inep, o Nordeste possui o mesmo

número de cursos superiores a distância que o Sudeste: 92. O Sul vem a seguir, com um

total de 71 cursos dessa modalidade. Já no Norte e no Centro-Oeste, os cursos superiores a

distância ainda não obtiveram crescimento similar ao verificado no restante do País, uma vez

que os números registrados foram, respectivamente, 28 e 22. Ver Gráfico 1.

Gráfico 1 – Cursos Superiores a Distância, por Região – Brasil – 2007

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cursos em funcionamento, número bem superior aos 951 registrados na Região Sul. Veja

Gráfico 1.

Gráfico 1 – Cursos de pós-graduação lato sensu, por Região – Brasil –2007

Do ponto de vista de MELLO, 2004, esta revolução tecnológica acabou com a

incompatibilidade entre o aluno e a escola. O estudante passou a concluir os estudos onde

estivesse se preparando ou se qualificando profissionalmente para o mercado de trabalho

por meio de disciplinas da área de informática. E isto só aconteceu por intermédio de

completos e modernos suportes didáticos oferecidos pelos cursos à distância disponíveis

hoje no mercado.

Tópico IV - Educação a Distância no Espírito Santo

A Educação a Distância tem uma longa história de experimentações, sucessos e fracassos.

Sua origem recente está nas experiências de educação por correspondência iniciadas no

final do século XVIII e com largo desenvolvimento a partir de meados do século XIX,

chegando, atualmente, a utilizar multimeios que vão desde os impressos aos simuladores on-

line, em rede de computadores, avançando em direção da comunicação instantânea de

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dados, voz-imagem via satélite ou por cabos de fibra óptica, com interatividade entre o aluno

e o centro produtor. Utiliza a inteligência artificial ou a comunicação instantânea com

professores e/ou monitores.

A Educação a Distância deverá estar a serviço da Educação Básica maximizando a ação dos

professores, completando-a e enriquecendo-a.

Em parceria com o Ministério da Educação (MEC) a Secretaria de Estado da Educação e

Esportes (SEDU) vem desenvolvendo, desde 1991, o Programa de Capacitação Continuada

de profissionais da Educação Básica, na modalidade a distância.

Para efetivar as ações equipou através da Secretaria de Educação a Distância do MEC as

escolas das redes públicas de ensino com antenas parabólicas analógicas e digitais,

televisores e vídeos, cuja utilização quebra as barreiras de tempo e espaço na construção e

socialização do saber.

Tópico V – Programas Desenvolvidos pela Educação a Distância – ES

Vídeo Escola - O Espírito Santo foi um dos 17 Estados pioneiros na implantação e

implementação deste projeto em 1989, numa parceria entre Fundação Roberto

Marinho(FRM), Fundação Banco do Brasil e Governo do Estado. Cerca de 600 escolas foram

equipadas com vídeo e televisão, porém em 1995, o convênio com FRM não foi mantido, o

Governo continuou o projeto por considerá-lo de grande importância na complementação

pedagógica.

Salto Para o Futuro – Implementado no Estado em agosto de 1991, em uma experiência

piloto, com mais cinco Estados da Federação como Jornal da Educação – Edição do

Professor, com o objetivo de capacitar professores do Ensino Fundamental, beneficiou 100

professores do município da Grande Vitória e 2.500 alunos. Avaliados os resultados da fase

experimental do Projeto e considerados positivos, veio a fase de expansão.

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O Salto Para o Futuro é um programa de cunho pedagógico que possibilita a reflexão e o

debate entre especialistas e professores de todo o Brasil visando a construção significativa

de conhecimentos presentes na prática escolar do cotidiano do professor.

A partir de 1995 o “Salto” passou a compor a programação da TV Escola, sendo o Programa

referência para a Formação dos profissionais de Educação. No período de 1999 a 2003

foram capacitados 87.433 profissionais.

TV Escola – Começou a veicular em caráter experimental, em 4 de setembro de 1995, sendo

oficialmente implantada a partir de 4 de março de 1996. É um canal de televisão exclusivo da

educação, com transmissão digital dos programas dirigidos às escolas públicas brasileiras, a

programação é captada por antena parabólica analógica e/ou digital e também por canais a

cabo.

A TV Escola tem por objetivo contribuir para a qualificação, o aperfeiçoamento e a

valorização dos professores, apoiando o seu trabalho em sala de aula.

No período de 1999 a 2003 a TV Escola capacitou 7.157 profissionais.

Atualmente, o Espírito Santo participa com mais 6 estados do projeto piloto “TV Escola

Digital Interativa” - TVEDI. Lançado em 30 de outubro de 2003, pelo Ministério da Educação,

através da Secretaria de Educação a Distância, a TVEDI é um novo equipamento tecnológico

que permite a convergência de mídias (TV e computador) com potencialidade de

armazenamento de informações, possibilitando novos desafios do ponto de vista pedagógico,

em especial a produção de conteúdos e a formação de professores. Essa nova tecnologia

permite uma variedade de novos usos para a TV Escola, incluindo a realização de cursos de

formação a distância, pesquisas e avaliação dos programas, consultas a grade de

programação na própria televisão, e integração com os laboratórios de informática

existentes, valorizando a carreira do professor, com consequente impacto na qualidade do

ensino.

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PROINFO – Programa de Informática Educativa

A informática educativa se faz presente na educação pública do Espírito Santo (ES) desde

1989, num processo gradativo de implantação/implementação de laboratórios. Nesse

período, o Centro de Informática Educativa (CIED), criado segundo as diretrizes do

MEC/PRONINFE/SENETE, foi o responsável pela coordenação, acompanhamento e

avaliação do processo ensino e aprendizagem, utilizando-se os recursos da informática.

Conheça as propostas para a Educação a Distância no site:

http://portal.mec.gov.br/seed/

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UNIDADE 14

Objetivos: Compreender os aspectos pedagógicos, organizacionais e institucionais que desafiam a proposta da Educação a Distância.

Aspectos Pedágógicos, Organizacionais e Institucionais da Educação a Distância.

Tópico I - Aspectos Pedagógicos

Incluem a identificação das metas de aprendizagem, o reconhecimento

das mudanças filosóficas no processo de ensino e aprendizagem, o novo

papel do professor e do aluno, avaliação do instrutor ou tutor. As questões

para a implantação deste trabalho geralmente são: Quais são as metas

educacionais e as pessoas do curso? Qual é o propósito do curso?

Duchastel sugere uma sequência contínua que ajuda o instrutor a repensar o modelo

tradicional de sala de aula, de modo a adaptá-lo melhor aos processos eletrônicos e recursos

globais.

Segundo Smith, o aprendizado ativo é uma coisa boa, sendo que o contato frequente com

colegas de classe e colegas em todo o mundo, promove o aprendizado ativo.

Conforme a citação, a proposta de aplicação desta tecnologia poderá optar por reestruturar

ou criar um curso novo. Mas não é indicado transportar o curso antigo para esta metodologia

sem que os pontos e objetivos principais não sejam atualizados. A sua estrutura, o papel do

professor e o planejamento precisam ser reconceituados conforme as necessidades

educacionais e pessoais que.

Deve haver o aprendizado ativo e independente, e o organizador terá que determinar as

ações que irão promover esse tipo de aprendizado. Por meio das teorias de aprendizagem

de adultos, sabemos que a aprendizagem autêntica, os materiais relevantes e os acordos

negociados são requisitos para assegurar a participação, o envolvimento e a ação

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necessários. Esta é uma oportunidade ideal para criar uma equipe de desenvolvimento

composta por especialista no assunto, um entendedor de ensino instrucional e no mínimo

uma pessoa com experiência em educação a distância.

Outro tópico de destaque é que o acompanhamento do curso deverá ser constante e

contínuo. Os trabalhos devem ser por meio de atividades educacionais. A opinião do aluno

sobre o curso também é primordial, sugerindo-se é o preenchimento de um questionário

anônimo sobre o progresso do mesmo.

Tópico II – Avaliação do MEC para o Ensino a Distância

A escolha do tipo de avaliação a ser adotado, dos aspectos e técnicas enfocados, assim

como dos sujeitos envolvidos, depende, antes de tudo, do que pretendemos com a

avaliação, inclusive do uso que faremos dela. É possível combinar uma série de aspectos e

técnicas em função da natureza de cada material, assim como é possível envolver diferentes

sujeitos no processo de avaliação para ampliar a percepção que se tem do trabalho a ser

desenvolvido. É claro, que ao desenvolvermos um planejamento participativo, iremos propor

estratégias participativas de avaliação, pois ambos os processos estarão fundamentados

numa mesma concepção de educação, a que se fará presente na proposta de educação a

distância a ser desenvolvida. Vejamos o resultado da avaliação do MEC para Educação a

Distância:

Educação

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Ensino à distância tem boa avaliação do MEC

www.veja.com.br - Revista Veja de 10 de Setembro de 2007

O Enade, exame do MEC que avalia o ensino superior, comparou pela primeira vez o

desempenho de estudantes do ensino à distância com os de ensino presencial. E para

surpresa de muitos especialistas, na maioria das áreas focadas, os estudantes a distância

estão se saindo melhor do que os estudantes que fazem o mesmo curso de maneira

tradicional. Em sete dos 13 cursos onde essa comparação é possível, alunos da modalidade

a distância se saíram melhores do que os demais, de acordo com reportagem do jornal

Folha de S.Paulo. A educação a distância é aquela em que a maior parte do curso não é

realizada em sala de aula, com um professor.

Quando a análise é feita apenas levando em conta os alunos que ainda estão na fase inicial

do curso, o quadro é ainda mais favorável ao ensino a distância: em nove das 13 áreas o

resultado foi melhor. Nesses casos, Turismo e Ciências Sociais apresentaram a maior

vantagem favorável aos cursos a distância. Geografia e História tiveram melhor

desempenho no ensino tradicional.

A análise só dos concluintes ainda é limitada porque apenas quatro áreas de nível superior -

administração, formação de professores, matemática e pedagogia - já têm concluintes em

número suficiente para que seja tirada uma média e comparada com a dos demais.

Entre os concluintes, o melhor desempenho para estudantes a distância foi verificado em

Administração e Matemática, enquanto em Pedagogia e Formação de Professores o

resultado foi inverso.

Segundo o último Censo da Educação Superior do MEC, relativo a 2005, haviam 115.000

alunos matriculados em cursos de graduação a distância - o total de universitários foi de 4,5

milhões. O censo mostra que os cursos despertam pouco interesse. Em 2005, foram

oferecidas 423.000 vagas, mas apenas 234.000 estudantes se inscreveram em processos

seletivos e, desses, somente 127.000 efetivamente ingressaram nos cursos.

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Tópico III Aspectos Organizacionais

Velocidade do curso, inclusão de componentes, número de

participantes, pré-requisitos para realização do curso e a criação de

uma estrutura para interação do grupo são preocupações tão

importantes quanto as pedagógicas. Este critério, velocidade, é

importante numa sociedade que vivencia rápidas mudanças.

Devemos considerar que a opção por determinados meios implica

maior custo de produção muitas vezes, demora na disponibilidade do

material.

Outro item a ser definido é se o curso será pela internet ou em rede apenas, podendo

apresentar trabalhos somente on-line ou semipresenciais. Deverão ser definidos os tipos de

tarefas, projetos a serem desenvolvidos durante o período e o número de atividades

simultâneas. Foi observado em pesquisas que o número ideal de participantes deverá ser

entre 15 a 20 (número máximo). É importante que o aluno receba no início do curso uma

lista de atividades, leituras e o que se espera dele no decorrer do curso como resultado. As

regras para o trabalho on-line devem ser definidas pelo grupo. São necessários estrutura

cuidadosa, moderadores experientes e monitoramento. A interação é apoiada e facilitada sob

novas formas.

Segundo Moore,

“(...) Considerando que alunos interagem com o conteúdo, com o responsável

como educador e com outros alunos, temos consciência de que o volume de

interatividade pode variar muito...”.

Tópico IV - Aspectos Institucionais

Devem-se considerar questões como incentivar professores, acesso e

igualdade, decisões de crédito, avaliação constante e apoio contínuo para

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alunos e professores. O apoio instrucional para as práticas inovadoras é essencial, porém

exige dedicação de tempo para planejamento e desenvolvimento. Sendo assim, o

planejamento a ser desenvolvido deve estar articulado às políticas educacionais, ao contexto

institucional, às formas assumidas pela organização do trabalho na instituição e aos

impasses cotidianos apresentados pela prática pedagógica. À medida que o planejamento

articula esses elementos, ele possibilita a construção do projeto político pedagógico do

programa a ser implementado em EAD. Dessa forma, o planejamento não pode ser algo à

parte do fazer pedagógico ou algo burocrático a ser cumprido, mas sim uma tarefa que deve

ser considerada como o elemento articulador das ações cotidianas dos diversos sujeitos

envolvidos no processo ensino-aprendizagem.

Tópico V - Estilos de Aprendizado

Nesta prática não é a forma do indivíduo processar e relembrar

informações e sim determinar o que precisam fazer para tomar

decisões acertadas sobre o curso, considerar seus hábitos de

aprendizagem, determinar padrões de trabalho e área de conforto.

Muitas vezes transferimos “velhas” práticas pedagógicas para

tecnologias “novas”, ou desenvolvemos práticas pedagógicas inovadoras utilizando

“tecnologias velhas”. A proposta de ensino deve considerar que existem profundas

diferenças pedagógicas na utilização dos recursos tecnológicos, sendo necessário adequar

os meios aos diferentes tipos de aprendizagem.

Tópico VI - Desafios e Oportunidades

O desafio permanente da educação a distância consiste em não perder

de vista o sentido político original da oferta, em verificar se os suportes

tecnológicos utilizados são os mais adequados para o desenvolvimento

dos conteúdos, em identificar a proposta de ensino e a concepção de

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aprendizagem subjacente e em analisar de que maneira os desafios da “distância” são

tratados entre alunos e docentes e entre os próprios alunos. Nenhum bom programa de

educação a distância resolveu da melhor maneira, mesmo empregando tecnologia de ponta,

a convivência dos estudantes em um “campus real” ou a longa e produtiva conversação face

a face com um docente. Nem esse é um desafio a que se propõe. O verdadeiro desafio

continua sendo seu sentido democratizante, a qualidade da proposta pedagógica e de seus

materiais.

Tipos de atividades consideradas pelo Ministério da Educação para combinação da

Educação a distância ao ensino on-line.

ir ao encontro das necessidades dos aluno;

programas de níveis avançados nos graus de Educação mais elevados;

alcançar grande número de alunos com interesses, formação e necessidades

diferentes;

distribuir informações atualizadas rapidamente;

criar um senso de comunidade entre alunos geograficamente dispersos;

remediar situações em que faltem profissionais qualificados;

oferecer MBA e cursos avançados para profissionais de todos os países;

providenciar treinamento adequado e atualizado.

O ideal é a criação de um centro de estudos eletrônico para os alunos do curso e as

seguintes sugestões devem ser observadas.

Criar uma equipe de organizadores que possua um técnico, um especialista e um designer

instrucional; dar tempo para que a equipe explore, experimente e avalie a sua atividade

completamente; começar com um número pequeno de cursos e projetos e ir aumentando

gradativamente; recompensar os primeiros inovadores pela sua disposição em assumir

riscos.

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Descreva, em dois parágrafos, como foi sua formação educacional e profissional no

ensino presencial. Escolha dois depoimentos de colegas e comente os aspectos

convergentes e divergentes dessas vivências em relação à sua própria experiência.

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UNIDADE 15

Objetivo: Explorar a tecnologia educacional como fator importante na aquisição do conhecimento pelo aluno.

A Tecnologia Educacional e a Transformação da Informação em Saber

Tópico I - Os Objetivos da Tecnologia Educacional

A tecnologia educacional, através de seus diversos meios, tenta coroar o processo fabril na

educação. Seu ingresso foi feito de um lado pela relação economia e educação e, por outro,

pela inovação da escola pensar num processo de racionalização social.

Candau entende que a tecnologia educacional é uma inovação e não um fim em si. Desta

forma, que o “por que” e o “para quê” passam a ser guias estratégicos.

Segundo La Taile, a tecnologia é uma solução para os problemas educacionais, desde que

seja feita abstração dos conflitos educacionais.

Os objetivos da tecnologia educacional variam conforme sua definição aplicada. Sua

classificação poderá ser de forma técnico-científico ou histórico-social.

“ Libertando a tecnologia educacional da rigidez de modelo de inovação global

busca-se, assim,uma adequação real entre o problema e a solução...”

Fonte: XJ Seminário brasileiro de tecnologia educacional;1986

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Tópico II - A Evolução em Salas de Aula com Tecnologia

A maior dificuldade percebida nos professores é ter que trabalhar com o

aluno de uma forma mais flexível, ou seja, deixar com que o aluno possa

desenvolver sozinho.

A tecnologia na sala de aula transforma de forma rápida o espaço físico e o que os

professores e alunos esperam. Outros aspectos em destaques são o uso dos computadores

com interação com a sala de aula e a mudança do papel do professor e aluno, sendo que

estes outros aspectos mudaram ou ainda estão mudando, mas de forma lenta.

A introdução das tecnologias na sala de aula despertou uma expectativa muito grande de

que a tecnologia propiciaria um tipo de transformação não observada em outras áreas onde

não é utilizada.

Com o uso da tecnologia educacional as expectativas do processo fundamental de

aprendizagem estão mudando constantemente.

Os reformadores educacionais reagiram com otimismo inicialmente à introdução da

tecnologia educacional. O primeiro momento da introdução do uso dos computadores foi

visto como uma inovação, mas não foi pensado de que forma a tecnologia seria integrada na

instrução e influenciaria na avaliação.

O acréscimo de recursos tecnológicos na sala de aula destacou a mudança, porém a sua

contribuição foi claramente medida por questões humanas, organizacionais e educacionais.

Foi preciso encontrar formas estratégicas de utilizar a tecnologia. Sua aplicação na

aprendizagem mudou à medida que os próprios professores mudaram. Foi necessário que

as crenças dos professores fossem modificadas. Inicialmente ficavam receosos em adotar a

prática da informática como tecnologia por não terem sido submetidos ao teste do tempo. À

medida que se esforçavam para integrar a tecnologia em suas atividades cotidianas com os

alunos, antigos hábitos de ensino levaram tempo e foram precisos êxitos repetidos.

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A evolução do uso da tecnologia geralmente ocorre em cinco estágios:

1. Exposição – trabalha com textos e ferramentas como quadro-negro, livro-texto,

caderno de exercícios e retroprojetores. Estas ferramentas eram utilizadas em

combinação para apoiar a aula expositiva;

2. Adoção – conversas, relatórios e fitas de áudio ou vídeo. Este estágio preocupa-se

em como integrar a tecnologia na educação;

3. Adaptação – as aulas tradicionais continuam em destaque, sendo que alguns

aplicativos e programas chamados de CAI (instruções assistidas por computadores)

são usados;

4. Apropriação – trabalha com mudanças de atitudes pessoais em relação à tecnologia.

É o ponto em que o indivíduo passa a entender a tecnologia e a utiliza, como

feramenta, sem esforços;

5. Inovação – Os professores experimentam novos padrões de se relacionar com os

alunos e outros professores, ou seja, utilizam a tecnologia para desenvolver atividades

de forma diferente.

A tecnologia é um recurso para mudanças nos processos de sala de aula. A mudança do

contexto sugere formas alternativas de operação. Devem-se incluir situações de construção

de conhecimento. Estas mudanças só ocorrerão se houver uma mudança nas crenças dos

professores sobre sua prática.

O desafio reside em achar formas de ajudar os professores a controlar suas crenças

instrucionais.

Formas Contextuais de Apoio - O que apoiou as inovações?

1. Professores trazem suas crenças ao nível consciente;

2. Administradores devem estar dispostos a implementar mudanças estruturais e

programáticas.

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As oportunidades para reflexão dos professores complementam estas mudanças contextuais

e promovem ainda mais a mudança por parte do professor.

Passos Graduais para Alterar os Contextos

Apoio para a evolução instrucional em salas de aula ricas em tecnologia

Fase Expectativa Apoio

Entrada Equipe voluntária

Massa crítica de tecnologia

Tempo para o planejamento das rotinas

para desenvolver visão e prática

compartilhada.

Adoção Uso do teclado

Uso dos editores de textos

Uso de IAP para repetição e

prática de habilidades

Fornecer treinamento

Adaptação Trabalhar com atividades básicas Utilizar um cronograma flexível,

Pedagogia Alternativa

Apropriação Trabalhar com instruções

interdisciplinares

Estratégias alternativas

Invenção Currículo integrado Incentivo de cooperação

Reconhecendo que a mudança é evolutiva, sugerimos uma abordagem gradual para alterar

os contextos e dar apoio necessário. Os tipos de treinamento, atividades e apoio ocorrem ao

longo dos cinco estágios citados anteriormente.

Os professores precisam de mais oportunidades e estas devem ser variadas para

observarem outros professores, confrontarem suas ações e examinarem seus motivos e

refletir de maneira crítica sobre as consequências de suas escolhas.

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A mudança instrucional pode avançar somente com uma mudança correspondente nas

crenças sobre a instrução e aprendizagem.

Para o observador que espera evidências rápidas na eficácia das inovações dos recursos

tecnológicos, o processo poderá ser frustrante e inconclusivo. Para aqueles que se dedicam

o suficiente para assumir um compromisso, o processo pode ser muito mais recompensador.

Tópico III - Ambiente Educacional Rico em Tecnologia

A introdução de recursos tecnológicos em ambientes educacionais

alterou de maneira significativa seu contexto. Produziram mudanças

no ambiente físico, mudanças no comportamento e no papel dos

professores e problemas técnicos que acompanhariam a nova

tecnologia. Durante os três primeiros estágios de evolução instrucional, os professores lidam

com preocupações de gerenciamento do AMBIENTE escolar.

Até que ponto você acha que a tecnologia interfere como fator motivador na educação?

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UNIDADE 16

Objetivo: Apresentar a importância da televisão educativa como recurso motivador para desenvolvimento das pessoas, promovendo a responsabilidade cidadã e a qualidade vida.

Educação e Comunicação: Experiência Brasileira em Televisão Educativa.

Televisão educativa é o Serviço de Radiodifusão de Sons e Imagens (TV) destinado à

transmissão de programas educativo e culturais, que, além de atuar em conjunto com os

sistemas de ensino de qualquer nível ou modalidade, vise a educação básica e superior, a

educação permanente e formação para o trabalho, além de abranger as atividades de

divulgação educacional, cultural, pedagógica e de orientação profissional.

Tópico I - As Razões da criação de uma Televisão Educativa Brasileira

No site www.tvebrasil.com.br encontramos que foi no início da década de 60, que os

educadores brasileiros começaram a conscientizar-se do valor da TV para a educação e

iniciaram a criação de uma televisão educativa brasileira. Assim é que, em 1961, a Fundação

João Baptista do Amaral (TV Rio) instituída em 18/04/61, registrada como personalidade

jurídica em 21/11/61 e reconhecida pelo MEC em 21/11/61, produziu um curso destinado à

alfabetização de adultos sob a direção da Professora Alfredina de Paiva e Souza. Esse curso

permaneceu no ar até 1965 e foi a primeira iniciativa em favor de uma TV voltada para a

educação e a cultura. Em 1962, Dr. Gilson Amado conseguiu um horário, às 22h 30 min, na

TV Continental (canal 9) para uma programação intitulada "Mesas Redondas", no qual

lançou a ideia da Universidade de Cultura Popular, que, como ele definia, era "uma

universidade sem paredes capaz de atender aos milhões de brasileiros maiores de 16 anos

que perderam, na época própria, a oportunidade de acesso à escola".

Em outubro de 1964, uma comissão oficiosa, constituída de funcionários do MEC,

funcionários do CONTEL (Conselho Nacional de Telecomunicações) e educadores, começou

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a estudar a elaboração de um projeto, criando, sob a forma de Fundação, um Centro

Brasileiro de TV Educativa.

Destacam no www.tvebrasil.com.br site que foi no dia 2/4/1984 que teve início a emissão do

"Qualificação Profissional", no Rio de Janeiro e em Alagoas e, no mês seguinte, no

Amazonas e no Espírito Santo.

O projeto de "Qualificação Profissional" foi transmitido, em recepção isolada, confirmada por

correspondência recebida, num total de 414 professores para: Alagoas, Amazonas, Bahia,

Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato

Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do

Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

O projeto de "Qualificação Profissional" visava atingir os 60.591 professores leigos, com (o

então chamado) segundo grau completo ou incompleto ou com formação para o magistério

incompleta, e os 147.851 professores que não ultrapassaram o (então chamado) primeiro

grau ou sequer o completaram.

Tópico II - Televisão Universitária: TV Educativa em Terceiro Grau

De acordo com o site www.universia.com.br podemos ter o conhecimento que a Televisão

Universitária não é apenas o segmento mais novo da televisão brasileira. É também o de

mais rápido crescimento. A partir de 1995, quando tomaram impulso as iniciativas nas

instituições de ensino superior (IES), de se organizarem para a produção e veiculação

regular de conteúdos educativos-culturais por televisão, nada menos que 34 canais surgiram

no país, em diversas operadoras de TV a cabo - uma média impressionante de quase três

canais por ano. Somando-se a eles as emissoras educativas tradicionais, de sinal aberto,

que são controladas por IES, o número de canais em operação sobe para 49. Já são cerca

de 100 as IES que têm alguma atividade de produção de vídeo no Brasil e 87 delas utilizam-

se de canais universitários.

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A Televisão Universitária na percepção da maioria, tanto no mundo universitário quanto na

mídia brasileira, é uma televisão laboratorial, produzida por estudantes sob a orientação de

professores, visando tão somente a sua capacitação profissional, para o ingresso no

mercado de trabalho. Tratar-se-ia, portanto, segundo essa concepção, de uma televisão

necessariamente imatura, tecnicamente limitada, cuja ambição não poderia transcender as

fronteiras do processo formativo de estudantes de comunicação, devendo ela conformar-se

com uma permanente subalternidade, mesmo no contexto da televisão educativa, já

percebida como subalterna à TV comercial.

Uma outra visão da Televisão Universitária é aquela que ainda a identifica exclusivamente

com o público estudantil, mas que o vê não como produtor de conteúdos e sim como

receptor. Uma televisão para estudantes, em suma, com a programação voltada ao seu

deleite e informação, sendo indiferente, ou irrelevante, se tal programação é produzida

diretamente pelo alunado de comunicação, ou se é feita por profissionais já tarimbados.

Nesse modelo estão quase todas as emissoras universitárias estrangeiras, como a CTN-

College Television Network e a CSTV-College Sport Television, norte-americanas; a Nexus

TV e a Campus Television, inglesas, ou suas similares francesas, escocesas, alemãs e

suecas

Uma terceira visão já admite que a Televisão Universitária possa ser mais do que um meio

de expressão dos estudantes, ou de acesso a seu universo de interesses e preocupações.

Admite que a Universidade é uma instituição composta por, pelo menos, três segmentos

perfeitamente distintos - estudantes, professores e funcionários - e que uma televisão que

dela surja, ou a ela se destine, não pode perder de vista que a sua unidade provém

exatamente dessa trindade. No entanto, por originar-se da mesma Universidade, o templo do

conhecimento, o repositório do saber, a Televisão Universitária tem missão estritamente

educativa, devendo se ater aos conteúdos formadores e informativos, sem desperdiçar

tempo e recursos com o entretenimento.

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Tópico III – FUTURA: Uma Proposta Multimídia em Educação

Futura, O canal do Conhecimento - segundo PINTO, 2004, este canal é eixo fundamental do

projeto, é a primeira rede de televisão privada, líder em sua área, comprometida em projetos

educacionais. É a primeira televisão privada no Brasil dedicada exclusivamente à educação.

Desde seu lançamento em setembro de 1997, sua programação de linguagem audiovisual

clara e simples foi dirigida a crianças, jovens, estudantes, trabalhadores, de nível técnico,

pequenos empresários, educadores e comunidade. Seu principal objetivo é contribuir para o

desenvolvimento das pessoas, promovendo a responsabilidade cidadã e a qualidade de vida.

Através do site www.futura.org.br vamos conhecer as ações da Futura para educação:

A Cor da Cultura - É um projeto de valorização da história e da cultura afro-brasileiras, fruto

da parceria com a Petrobrás, SEPPIR - Secretaria Especial de Políticas de Promoção da

Igualdade Racial, CIDAN - Centro de Documentação do Artista Negro, TV Globo. Este

projeto conta também com o apoio do MEC.

Amigos do Futuro - Fruto da parceria do Futura com o Instituto Votorantim, o “Amigos do

futuro” tem o objetivo de mobilizar comunidades nas áreas de atuação da Votorantim para o

enfrentamento das principais demandas sociais da região.

Educação nos Trilhos - O “Educação nos trilhos” transforma a ferrovia num veículo de

educação, estimulador de ações de cidadania.

Fórum TV & Universidade - O projeto promove encontros com pesquisadores de várias

universidades para discutir a pertinência da produção televisiva em relação a temas

trabalhados no universo acadêmico. Uma parceria do Futura com a Rede Globo

Geração Futura - O projeto é uma iniciativa do Canal Futura voltada para jovens, com ênfase

na experimentação audiovisual, na produção de TV e na formação de redes de articulação e

comunicação.

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Tópico IV – TELECURSO 2000

Retiramos do www.telecurso2000.org.br informações básicas sobre esse tópico:

Tudo começou em janeiro de 1978; a Fundação Roberto Marinho e a Fundação Padre

Anchieta, mantenedora da TV Cultura de São Paulo, assinaram convênio para a realização

de um projeto pioneiro de teleducação: o Telecurso 2º Grau. Pela primeira vez, a máquina de

uma rede comercial de TV – a TV Globo – era usada para um projeto educativo.

Em 1981, a Fundação Roberto Marinho, em parceria com a Fundação Bradesco, colocou no

ar o Telecurso 1º Grau, destinado às quatro últimas séries do Ensino Fundamental, com o

apoio do MEC e da Universidade de Brasília.

Em 1994, a Fundação Roberto Marinho lançou, em parceria com a Federação das Indústrias

do Estado de São Paulo (FIESP), o que viria a se tornar o mais ousado e bem-sucedido

projeto de educação a distância da América: o Telecurso 2000, uma proposta educacional

inovadora voltada para milhões de brasileiros que não concluíram, por algum motivo, os

Ensinos Fundamental e Médio.

O Telecurso 2000 foi criado quando o país tinha aproximadamente 150 milhões de

habitantes, dos quais 66 milhões eram maiores de 15 anos com escolaridade inferior à 5ª

série / 6º ano do Ensino Fundamental. Em paralelo ao cenário de baixa escolaridade, 80%

dos domicílios do país possuíam aparelhos de televisão. Nesse contexto, cientes de suas

responsabilidades sociais, a FIESP, contando com a experiência educacional de mais de 50

anos do Sesi e do Senai, e a Fundação Roberto Marinho, com notória competência na

produção de telecursos, uniram-se para ajudar a reverter esse quadro.

Hoje, o Telecurso 2000 é reconhecido mundialmente como uma metodologia que promove

um salto de qualidade na educação de jovens e adultos, tendo beneficiado mais de 5,5

milhões de pessoas nas 27.714 telesalas em todo o Brasil.

Os livros e os vídeos constituem um dos principais suportes da metodologia do Novo

Telecurso. A combinação dessas multimídias com diferentes procedimentos didáticos

incentiva a leitura crítica, a reflexão, o debate, a expressão individual e coletiva, uma vez que

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o vídeo tem um caráter mobilizador, provocador e facilitador do processo de construção do

conhecimento. Sua utilização nos módulos abre caminho para que o cinema, o teatro, a

música, o jornal e outros textos também cheguem à sala de aula.

Podemos fechar esta unidade entendo que a televisão - que ocupa cotidianamente a atenção

de milhões de pessoas no mundo - está influindo, dia a dia, em nossa visão do mundo, em

nossas pautas culturais e na constituição do tecido social do planeta. O atual processo de

globalização e de desenvolvimento tecnológico que vivemos está aumentando esta

influência. Todo o planeta parece ter-se convertido, do ponto de vista da TV, em um mercado

único. A concentração da propriedade da indústria da TV aumentou e o processo de

mercantilização da programação televisiva, e com ele da cultura - com os riscos que

comporta - parece avançar. Mas, precisamente neste contexto, convém chamar a atenção

sobre um fato fundamental: a TV, como meio de comunicação, tem tal importância para a

humanidade que seu desenvolvimento hoje acompanha a própria evolução a sociedade. Por

isto se faz necessário hoje em dia mais que nunca, criar condições efetivas para que este

meio poderoso que é a TV contribua, autêntica e ativamente, para a realização dos valores

essenciais da humanidade.

Reforçarmos o parágrafo anterior com o que PINTO, 2004, escreve: “Nos últimos anos,

presenciamos um processo de reação a essa visão. Medidas e normativas governamentais,

iniciativas de apoio e patrocínio à educação, mobilização comunitária e dos meios de

comunicação em torno do tema são parte integrante desse processo. Hoje, dezenas ou até

centenas de projetos educativos surgem a cada dia, procurando melhorar a qualidade de

nossa educação“.

Como você percebe a contribuição da televisão educativa como recurso motivador no

ensino?

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UNIDADE 17

Objetivo: Discutir a mudança do papel do professor quando a tecnologia eletrônica é utilizada como recurso de ensino.

Relacionamento do Professor Com A Tecnologia Educacional

Só existirá essência no trabalho construído se a tecnologia estimular de forma integrada ao

contexto das atividades o desafio ao aluno construindo o conhecimento com o outro. O

aluno é fator ativo na construção do conhecimento.

Fatores importantes:

1. trabalho em grupo;

2. conexão entre a categoria do pensamento e os conteúdos significativos;

3. liberdade para criar, pensar e inventar;

4. valorização da criatividade do aluno e professor.

O trabalho não é uma aplicação da tecnologia educacional apenas, também é uma forma de

apresentar rotinas de aula mais agradáveis aos educandos.

Tópico I - Proposta de trabalhos

Planejamento

Necessidade e interesse da turma;

Participação ativa em grupo;

Favorecimento aos com dificuldades;

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Interdisciplinaridade;

Trabalho com a realidade da criança;

Possibilidade do raciocínio;

Troca de ideias.

Término

O que poderia ter sido feito?

O que deu certo?

O que consegui fazer?

O rendimento do grupo e individual.

Grau de satisfação pelo trabalho proposto.

Os questionamentos de término devem ser feitos de forma individual e em grupo.

Tópico II - Trabalho em Grupo

Sugere-se que o trabalho desenvolvido com tecnologia educativa seja em grupo. É

importante não deixar que o ambiente de trabalho se torne frio devido ao excesso de

tecnologias e não esquecer que o trabalho do professor continua sendo indispensável, para

que o trabalho do professor é indispensável para que o trabalho em conjunto seja promovido.

O professor será o modelo ideal, desde que respeite o espaço do educando.

Tópico III - Pontos Importantes para o Trabalho em Grupo

promover viabilidade na construção do pensamento, a socialização e a cooperação;

observação dos grupos quanto às atividades propostas;

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apurar resultados das observações;

manter troca constante entre os elementos do grupo;

observar o comportamento de uma criança com outra;

não usar de atitudes de domínio único;

rodízio no material e atividade;

dar oportunidades de trabalho a todos

Para promover a tecnologia educativa, tem-se que valorizar o trabalho do professor. O

profissional deve estar seguro do seu papel, sabendo que seu dever é de aprender e ensinar.

O professor não é neutro e sim consciente quanto a possibilidades, preferências e limitações

que farão parte do seu contexto de trabalho; é necessário que haja uma reflexão sobre o

papel que o profissional desempenha. Não se pode deixar de citar que existe uma

necessidade que os profissionais das diversas áreas se integrem e compartilhem atividades.

O professor que for desenvolver a proposta do uso de tecnologia na Educação tem que

observar aspectos técnicos e pedagógicos.

A formação do profissional deve ser adequada para que os princípios tecnológicos não sejam

aplicados de forma incorreta. Este profissional não é o dono de toda situação e sim o

facilitador para construção de ações do conhecimento. Sua maior ação é ouvir mais do que

falar e, se apareceram resistências por parte de profissionais ou de algum departamento da

escola, estas devem ser sanadas com inteligência.

Pontos que devem ser tratados:

o uso de recursos tecnológicos não pode ser uma determinação, é uma escolha em

conjunto;

a tecnologia deve trabalhar dentro dos limites educacionais;

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120

Os recursos tecnológicos trabalham com a pedagogia do erro, o aluno

constrói soluções até achar a mais correta. Sua função é despertar

atividade de pesquisa. Permite que o pensamento seja construído de

forma física, concreta e mental. Atualizar o professor não é exigir cursos

e sim conscientizá-lo e prepará-lo para trabalhar com tecnologia educacional.

Pesquisas mostram que o profissional adequado é o tecnólogo, sendo necessário trazê-lo

para realidade didática.

É importante observarmos o ciclo de aprendizagem. Para que o profissional execute um bom

trabalho é necessário: capacitação; exercitar o que for absorvido e planejar com mudanças,

porém não se pode esquecer a necessidade de atualização constante.

Tópico IV - Aulas Preparadas para um Ambiente Tecnológico

No planejamento, devem constar os objetivos, conteúdos e as estratégias para alcançá-lo,

bem como, os recursos trabalhados e a avaliação utilizada.

O trabalho deve ser com experiências do aluno e relações cotidianas, procurando-se

desenvolver atividades significativas, tais como:

Apresentar desafios e eliminar aulas mecânicas;

Integrar aulas de sala com realidade tecnológica;

Trabalhar práticas sociais.

Nesse sentido se faz necessário que o professor fale sobre sua comunidade para que se

possam levantar várias opções, por exemplo, pesquisar oportunidades de parcerias, e de

participação em eventos sobre uma questão social, levantar e conceber experiências sobre

economia solidária, etc.

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Leitura do artigo: A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DE PROFESSOR SOB O PONTO DE

VISTA DO ALUNO: UM ESTUDO INTRODUTÓRIO

Lúcia Martins Barbosa 1

Denise Melo Paiva 2

José Luiz de Paiva Bello 2

Sônia Grácia Pucci Medina 2

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UNIDADE 18

Objetivo: Entender o papel do professor e do aluno como grandes aliados diante das novas tecnologias.

Redefinindo os Papéis do Professor e do Aluno

Tópico I - Papel do Aluno Frente às Novas Tecnologias

À medida que os professores modificam suas visões sobre o ensino e

a aprendizagem os alunos tem de ajustar seus pensamentos sobre o

seu papel em um ambiente educacional.

Segundo NETTO (2005) o papel do aluno frente às novas tecnologias é o seguinte:: “O aluno

deverá estar constantemente interessado no aprimoramento de suas ideias e habilidades e

solicitar do sistema educacional a criação de situações que permitam esse aprimoramento.

Portanto, deve ser ativo: sair da passividade de quem só recebe para se tornar ativo caçador

da informação, de problemas para resolver e de assuntos para pesquisar. Isso implica ser

capaz de assumir responsabilidades, tomar decisões e buscar soluções para problemas

complexos que não foram pensados anteriormente e que não podem ser atacados de forma

fragmentada. Finalmente, ele deve desenvolver habilidades, como ter autonomia, saber

pensar, criar, aprender a aprender, de modo que possa continuar o aprimoramento de suas

ideias e ações, sem estar vinculado a um sistema educacional. Ele deve ter claro que

aprender é fundamental para sobreviver na sociedade do conhecimento e das novas

tecnologias de informação e comunicação.”

Para NETTO o papel dos alunos possui duas novas características:

Primeiramente compartilhar seus conhecimentos com várias pessoas

Em segunda posição passam a auxiliar seus colegas nas confecções e entendimentos

das atividades.

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O aumento da interação e da colaboração entre alunos traz muitos benefícios para dentro do

ambiente educacional. Os professores observam que existe um entusiasmo muito grande

dos alunos quando estes desenvolvem suas atividades com recursos tecnológicos. Ficam

empolgados, querem aprender e ficam decepcionados por não terem todas às aulas com

estes recursos. Este alto nível de entusiasmo trouxe uma série de benefícios para o

ambiente escolar. Alunos aprendem mais rapidamente e seus interesses reforçam os

esforços dos professores.

Antes que alguém possa identificar o que cada educador está fazendo para implementar a

tecnologia educacional é necessário identificar as habilidades, os conhecimentos e assim as

experiências que devem possuir para serem capazes, com sucesso, de utilizar a tecnologia

para ensinar.

Para tanto o professor necessita ser valorizado e reconhecer seu papel de facilitador de

aprendizagem e como modelo. É necessário que o professor para ocupar seu novo lugar em

um ambiente educacional, possua intimidade com a tecnologia e tenha liberdade para criar.

Essa liberdade tanto deve ser dada pelo espaço escolar como pelos seus processos

internos. O professor deve estar seguro do seu prazer de ensinar e de aprender para que

possa proporcionar o mesmo aos seus alunos.

O professor deve perceber que não é neutro no momento em que se estabelece a relação

ensino-aprendizagem. Tem que estar consciente de suas possibilidades, preferências e

limitações que estarão obrigatoriamente no seu contexto da aprendizagem. Estas

características serão suas ferramentas.

Tópico II - Papel do Professor Frente às Novas Tecnologias

NETTO (2005), em relação ao papel do professor frente às novas tecnologias sinaliza que:

“O papel do professor deixará de ser o de total entrega da informação para ser o de

facilitador, supervisor, consultor do aluno no processo de resolver o seu problema.

Essa “consultoria” deverá se concentrar em propiciar ao aluno a chance de converter a

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enorme quantidade de informação que ele adquire em conhecimento aplicável na

resolução de problemas de sue interesse, embora, em alguns momentos, possa

simplesmente fornecer a informação ao aluno. O professor deverá incentivar o

processo de melhorias contínuas e ter consciência de que a construção do

conhecimento se dá por meio do processo de depurar o conhecimento de que o aluno

já dispõe. Para tanto, o professor deverá conhecer os seus alunos, incentivando a

reflexão e crítica e permitindo que eles passem a identificar os próprios problemas,

buscando soluções para eles. Caberá ao professor saber desempenhar um papel de

desafiador, mantendo vivo o interesse do aluno em continuar a buscar novos

conceitos e estratégias de uso para eles. Deverá incentivar relações sociais de modo

que os alunos possam aprender uns com os outros a trabalhar em grupo. Será, ainda,

um modelo de aprendiz, com um profundo conhecimento dos pressupostos teóricos

que embasam os processos de construção de conhecimento e das novas tecnologias

de informação e comunicação que podem facilitar esses processos. Portanto, o

professor, nesse novo paradigma, deverá trabalhar entre extremos de um espectro

que vai desde transmitir a informação até deixar o aluno totalmente isolado,

descobrindo tudo ou “reinventando a roda”. Ambos os extremos são ineficientes como

abordagem educacional. Onde se posicionar nesse espectro e em que momento é a

grande dificuldade, o grande desafio que o professor terá de vencer para ser efetivo

nesse novo ambiente educacional. Para a intervenção efetiva não existe uma receita,

e o que é ser efetivo é polêmico, pois depende de um contexto teórico, do estilo do

professor e das limitações culturais e sociais que se apresentam em uma determinada

situação. Esses fatores nunca são exatamente os mesmos, variando de um ambiente

para o outro e para cada aluno no mesmo ambiente. Assim, é importante que o

professor desenvolva mecanismos como o constante questionamento e a reflexão

sobre os resultados do trabalho com o aluno, para poder depurar e aprimorar a

efetividade de sua atuação no novo ambiente de aprendizagem.”

De acordo com o Ministério da Educação, os padrões fundamentais para os educadores,

incluem os conceitos, operações básicas de comportamento, uso pessoal e profissional, uso

instrucional e questões de impacto social, ético e humano. Além do conhecimento desses

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itens, os educadores devem ter habilidade para empregar seu conhecimento de modo

eficiente, sentir-se à vontade para experimentar ferramentas, serem capazes de integrar,

avaliar, encontrar e usar recursos para ensinar de forma adequada e eficiente.

Geralmente nas instituições, o desenvolvimento profissional é considerado como

desenvolvimento de todo corpo docente.

Segundo Maurer & Davidson, “(...) desenvolvimento do corpo docente é um processo para

orientar o aperfeiçoamento da instrução...”

Foram identificados quatro tipos de atividades que devem ser realizadas no trabalho

educacional.

Apresentação da teoria;

Teoria e demonstração;

Teoria, demonstração e prática;

Teoria, demonstração, prática e acompanhamento.

O aprendizado tecnológico é muito diferente de outros aprendizados, modifica a vida

quantitativamente e revoluciona o ensino tradicional.

É bem mais demorado de aprender sua aplicação para uso pessoal;

É essencial que tenha acesso aos equipamentos;

O uso das tecnologias é muito mais trabalhoso que qualquer plano anual ou de aula.

Os usuários de tecnologia educacional devem identificar seus interesses e treinamento

adaptado às necessidades e metas definidas pelos próprios.

Grande parte dos projetos não se desenvolve conforme esperado devido aos educadores

não terem tempo, acesso, apoio e estímulo suficientes para se sentirem à vontade com

computadores.

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Hoje seria essencial abordar e oferecer o treinamento sobre tecnologia na Educação antes

dos educadores começarem suas carreiras. Essa aplicação seria uma forma de modificar o

ensino tradicional.

Considerando o professor como principal recurso de ensino, como você descreve seu

papel diante das novas tecnologias?

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UNIDADE 19

Objetivo: Conhecer as diversas tecnologias que auxiliam o ensino como forma de alcançar o desenvolvimento social.

As Tecnologias de Comunicação, de Informação e de Educação no Desenvolvimento Social.

Tópico I - Tecnologia da Comunicação

O cenário da telecomunicação modificou-se nos fins dos anos 90, com o investimento na

modernização nas linhas telefônica. Graças a este investimento por meio das tecnologias

RDSI e ADSL, linhas digitais e de banda larga, simultaneamente tivemos as TVs a cabo que

se tornam uma alternativa para o acesso à internet. O acesso à infinita informação vem

influenciando todos os setores da sociedade, e seus reflexos se manifestam em novas

maneiras de trabalhar, divertir-se, interagir, pensar, enfim viver.

A disseminação da Internet tem motivado cada vez mais o interesse por ambientes virtuais

de aprendizagem para motivar e complementar o ensino presencial, assim como para facilitar

Tecnologia da comunicação

Tecnologia da Educação

Tecnologia da Informação

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o acesso estreitar as diversas informações necessárias a trabalho em escolas e à pesquisa.

Esta é uma característica bem vinda, já que exige uma nova postura em relação à busca do

conhecimento. O aluno/usuário sente a necessidade de filtrar a informação, selecionar,

analisar, comparar, sintetizar e contextualizar, o que é bastante relevante para seu processo

de formação.

Através da internet a informação é usada, absorvida, assimilada, manipulada, transformada,

produzida e disseminada no mundo interconectado. Na chamada tecnologia da

comunicação, o tempo e as distâncias estão cada vez mais reduzidos pela velocidade com

que às informações são transmitidas.

Rapidamente a Internet ultrapassa os limites da comunidade científica. Sua expansão e o

desenvolvimento da tecnologia web abrem a grande possibilidade de uso desse canal de

comunicação para a disseminação do conhecimento num contexto global. Com esse objetivo

começam a ser criadas novas tecnologias: bancos de dados on line, motores de busca,

bibliotecas digitais, bibliotecas e museus virtuais, thesaurus on line, periódicos eletrônicos,

aproximando da realidade de um sonho.

A melhoria da infraestrutura de telecomunicação, a evolução da informática e a redução

significativa dos custos de transmissão à distância no Brasil têm difundido o uso da

teleconferência, nas escolas, em empresas e em vários segmentos da sociedade.

Embora esteja ressaltando a Internet como uma das maiores tecnologias, não podemos

esquecer que tecnologias da Informação e da Comunicação faz em parte de um conjunto de

tecnologias microeletrônicas, informáticas e de telecomunicações e que esta permitem a

aquisição, produção, armazenamento, processamento e transmissão de dados na forma de

imagem, vídeo, texto ou áudio. Entretanto, deve-se estar atento que antigas tecnologias

como a televisão, por exemplo, podem vir a ser incorporadas ao conceito de “novas

tecnologias”, na medida em que passarem a interagir com estas.

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Tópico II - Tecnologia da Informação

No texto de ALECRIM, 2004, a computação era tida como um mecanismo que tornava

possível automatizar determinadas tarefas em grandes empresas e nos meios

governamentais. Com o avanço tecnológico, as "máquinas gigantes" começaram a perder

espaço para equipamentos cada vez menores e mais poderosos. A evolução das

telecomunicações permitiu que, aos poucos, os computadores passassem a se comunicar.

Como consequência, tais máquinas deixaram de simplesmente automatizar tarefas e

passaram a lidar com Informação. Criava-se assim a informática, que se disseminou a tal

ponto que hoje é, inclusive, um fator que pode determinar a sobrevivência ou a

descontinuidade das atividades de uma empresa. E isso não é difícil de ser entendido. Basta

imaginar o que aconteceria se uma instituição financeira perdesse todas as informações

relativas aos seus clientes. O mesmo problema poderá vir a ocorrer com disseminação do

uso da informática na escola e em outros segmentos, pois as aplicações para Tecnologia da

Informação são tantas que estão ligadas às mais diversas áreas – e por isto existem várias

definições e nenhuma consegue determiná-la por completo.

Sendo a informação um bem que agrega valor individual,, é necessário fazer uso de recursos

de Tecnologia da Informação de maneira apropriada, ou seja, é preciso utilizar ferramentas,

sistemas ou outros meios que façam das informações um diferencial para o seu crescimento

pessoal e profissional, pois tudo gira em torno da informação. Portanto quem souber

reconhecer a importância disso, certamente se tornará um profissional com qualificação para

as necessidades do mercado.

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Para ilustrar o que falamos vejamos a matéria da Folha de São Paulo abaixo.

Folha de São Paulo, 30/01/2008 - São Paulo SP

Aula ganha continuidade on-line

Por meio de blogs, sites e listas de discussão, professores dão extensão ao que é ensinado

nos colégios

DA REPORTAGEM LOCAL

Se o uso de equipamentos digitais e interativos já é realidade em escolas particulares de

São Paulo, a articulação entre professores e alunos dá seus primeiros passos. Usando

ferramentas sociais, como blogs e listas de discussão, os times tentam aprender a mesma

lição: como usar a internet para dar continuidade ao assunto abordado na escola e estimular

trocas e discussões. No blog da Escola Dinah (dinahbrotas.blogspot.com), feito por alunos e

professores de Brotas (245 km a noroeste de SP), há trechos de aulas, dicas de atividades

extras e textos sobre fatos históricos. A ideia foi do professor de artes Paulo César Antonini

de Souza. "No começo, eu coletava o material com os professores. Depois, eles e os alunos

começaram a trabalhar também", diz. Por meio de um cronograma, textos e fotos de

diferentes disciplinas são postados em dias específicos. A professora Fátima Franco

mantém dois blogs educativos, o Internet na Educação (internetnaeducacao.blogspot.com) e

o Leitura e Escrita na Escola (leituraescola.blogspot.com), onde apresenta informações,

metodologias e sugestões de atividades. "É um espaço para estar mais próxima de

professores que estão começando a usar recursos da informática na educação", diz. Ela

mantém, ainda, uma lista de discussão (br.groups.yahoo.com/group/blogs_educativos), na

qual cerca de 400 professores de todo o Brasil trocam experiências. "Professores podem

usar a rede digital para se comunicar com outros professores. Quanto mais troca, mais

espaço eles construírem entre si -no Orkut, no MySpace- melhor vão enfrentar o desafio",

diz Gilson Schwartz, da Cidade do Conhecimento (cidade.usp.br). (DA)

Com esta matéria podemos conferir que segundo MARTINEZ, 2004, “ O uso de novas

tecnologias de (inf)formação na educação deve servir, portanto, à construção do processo de

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conceituação dos alunos, buscando a possibilidade da aprendizagem, o desenvolvimento de

habilidades importantes para que eles participem da sociedade do conhecimento eda

promoção de mudanças no processo educativo. Dessa forma, os professores e o os alunos

podem utilizar as novas tecnologias para estimular o acesso à informação e a pesquisa,

favorecendo o incremento da interação entre eles, e para tornar mais prazerosa a construção

do conhecimento”.

Tópico III - Tecnologia da Educação

De acordo com a pesquisa do INEP (Instituto Nacional de Pesquisa) a tecnologia

educacional e o mesmo que tecnologia instrucional. É uma área do conhecimento humano

que engloba pesquisa, teorização, disciplina e prática. É um modo, segundo o qual, se

combinam os fatores de produção da Educação para obtenção dos seguintes produtos finais:

alcance, pelo aluno, de mudanças comportamentais esperadas, medido em função de

objetivos específicos previamente estabelecidos. É também forma sistemática de planejar,

implementar e avaliar o processo total de aprendizagem e de instrução em termos de

objetivos específicos, baseados em pesquisas sobre aprendizagem humana e comunicação,

congregando recursos humanos e materiais, de modo a tornar a instrução mais efetiva.

O INEP analisa que a tecnologia educacional envolve fases de planejamento, de

administração, de realização e de avaliação do processo ensino-aprendizagem e que

também esta tecnologia pode ser definida por quatro grandes características que se

interpenetram, se ligam e se completam, a saber:

aplicação sistemática em educação, ensino e treinamento de princípios científicos,

devidamente comprovados em pesquisas, derivados da análise experimental do

comportamento de outros ramos do conhecimento científico;

conjunto de materiais e equipamentos mecânicos ou eletromecânicos empregados

para fins de ensino;

ensino em massa (uso dos meios de comunicação de massa em educação) e

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sistemas homem-máquina. “TECNÓLOGO”.

Pode-se dizer que a influência das novas tecnologias de informação e comunicação na

educação, é de tal ordem que vem provocando mudanças nas posturas da aquisição do

conhecimento e do próprio comportamento, o que realça a sua importância para o

desenvolvimento social. Por isto a escola tem que se adaptar às transformações que estão

ocorrendo na sociedade. De que modo as escolas, focando a educação básica, precisam

atualizar-se às rápidas transformações dos tempos atuais, que exigirão dos alunos

capacidade de raciocínio, habilidades verbais e numéricas, maior poder de reflexão e criação

de novas formas de conhecimento? Esta é a grande questão a ser respondida.

Retire dos Tópicos uma concepção sobre tecnologia educacional tendo como base as

tecnologias da comunicação, informação e da educação como tecnologia social e

justifique-as como referência de suas ações e projetos.

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UNIDADE 20

Objetivo – Inserir o aluno no contexto histórico da sociedade da comunicação e a Educação.

Sociedade da Comunicação e a Educação

Tópico I – A Influência dos Meios de Comunicação na Sociedade Contemporânea.

Texto: Sociedade da Comunicação e Educação

Ao longo da História, paralelamente à evolução da linguagem, identificamos a evolução dos

meios de comunicação, em função do desenvolvimento de tecnologias específicas. Desde os

livros, no século XV, divulgados a partir dos tipos móveis de Gutenberg, e o jornal periódico,

no século XVII, a indústria gráfica associou-se às invenções da mecânica, da química, da

eletrônica, até chegar às impressoras computadorizadas, capazes de receber sinais

transmitidos por satélites e imprimir edições inteiras de livros e jornais, ao mesmo tempo e

em vários lugares distintos. A difusão da comunicação foi assegurada de maneira definitiva

pela invenção dos meios eletrônicos, com base no conhecimento dos diversos tipos de

ondas para transmitir signos: o telégrafo, o telefone, o rádio no século XIX, e a televisão, o

satélite, o computador no século XX.

Os progressos na área das ciências da informação e da comunicação datam do início do

século XX, mas se tornaram particularmente substanciais a partir dos anos 40, com a Teoria

Matemática da Informação, até os modernos avanços da tecnologia dos satélites e do raio

laser, passando pelo advento e aperfeiçoamento da televisão e da informática. As teorias e

experimentações em comunicação de massa passaram por revoluções e contribuíram

consideravelmente para a mudança de hábitos, concepções de vida e para a própria cultura,

no seu sentido mais amplo. Segundo Moran (1991), os veículos de comunicação “refletem,

recriam e difundem o que se torna importante socialmente, tanto em nível dos

acontecimentos (informação) como do imaginário (ficção)”.

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Entendemos que a revolução causada pelos recursos da comunicação audiovisual, após a II

Guerra Mundial, e pelos computadores, a partir dos anos 70, ainda é tão recente que não

temos distanciamento suficiente para criar parâmetros que possibilitem analisá-la com

profundidade. De acordo com Lévy (1997), essa revolução teve início muito antes, quando

ainda no século XVIII ocorreu uma mutação antropológica comparável à revolução neolítica.

Essa revolução, que se inicia na segunda metade do século XVIII, se propaga até o

desaparecimento do mundo exclusivamente agrícola. Isso fez surgir uma rede urbana

onipresente, com um novo imaginário do espaço e do tempo sob a influência dos meios de

transportes mais velozes e da organização industrial do trabalho, da crescente atividade

econômica do setor terciário e da influência cada vez mais direta da investigação científica

sobre as atividades produtivas e modos de vida.

Fruto dessa revolução, a sociedade tecnológica volta-se para o consumo e para a utilização

dos meios de comunicação de massa. Muitos historiadores e filósofos atribuem o fim da

Modernidade ao advento da Sociedade da Comunicação. A Pós-Modernidade é

caracterizada pela geração dos mass-media, determinantes para o processo de

disseminação das grandes narrativas da modernidade. Essa sociedade de comunicação,

generalizada, e de pluralidade cultural, caótica e complexa, possibilita experiências outras,

confronto de diferentes culturas, vivência de outros mundos possíveis em busca da

emancipação humana (VATIMO, 1989).

Nesse cenário, está sendo criada uma nova subjetividade, por conta da familiaridade

crescente das gerações jovens com a experiência audiovisual e com as tecnologias da

informação. À cultura “letrada”, linear, sobrepõe-se a cultura da “fragmentação”,

multifacetada e polissêmica. As possibilidades de múltiplas interpretações de diferentes

linguagens que se apresentam e se sobrepõem através de vários suportes midiáticos geram

novas formas de construção do conhecimento, com implicações diretas nas atuais condições

de aprendizagem.

Devido ao avanço dos meios de comunicação, tem sido difícil definir o que é real e o que é

ficção. Quantas vezes fatos da vida real estão imbricados nos enredos das ficções televisivas

ou do cinema? A televisão, especialmente, alterou em muito as relações entre o existente e o

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inventado, entre o distante e o próximo, e mesmo entre os valores morais e estéticos. Até o

tempo, cronologicamente controlado, mudou sua estrutura ao manifestar-se na tela. O tempo

linear do texto escrito cedeu lugar ao texto fragmentado e recortado do vídeo, em que o

tempo psicológico, não mensurável, consegue se objetivar por meio de diferentes efeitos e

recursos de computação. Exemplos disso são o flashback, quando a linearidade temporal do

texto é recortada por histórias ou lembranças vividas no passado, ou as gravações em

velocidade lenta, que enfatizam determinados momentos no texto gravado.

O processo de visualização por computador vem revolucionando a linguagem, criando uma

realidade paralela à vida humana. Por trás da tela, representa-se e modifica-se o real cada

vez com maior perfeição, cada vez com maior rapidez. Os “mundos” simulados são desafios

aos sentidos. Eles ampliam e refinam nossa capacidade sensorial de perceber formas, cores

e texturas. Eles sacodem a realidade, geralmente embotada pela rotina do cotidiano,

desvelando outras possibilidades. As simulações de objetos tridimensionais criam situações

propícias à experimentação. Elas constituem espaços virtuais puramente ilusórios: um

universo perceptivo topológico, adimensional, imaterial e atemporal. Compreender, inferir e

transformar conjuntos de fatos virtuais múltiplos com o maior número possível de sentidos

exigirá, talvez, o desenvolvimento de novos paradigmas perceptivos e novos padrões de

sensibilidade. E isso as novas gerações já estão nos mostrando, quando atuam em

videogames e jogos eletrônicos.

Ao lado dessa construção informacional, a mídia opera uma desconstrução/reconstrução

cultural que, gradativamente, substitui identidades e ideologias por estereótipos e padrões

impostos, quase sempre regidos pela lógica do mercado econômico e pelas manipulações

políticas. A mídia, contudo, não é o único nem inexorável determinante na formação desses

“sujeitos”: se ela tem ressonância concreta na vida das pessoas e dos grupos sociais é

porque responde às suas reais necessidades, expectativas e desejos. O entendimento da

relação mídia/sujeito passa necessariamente pelos processos e possibilidades de

aprendizagem; pelas condições e estratégias de ensino, diretamente relacionadas à

educação.

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Mesmo nos cursos de atualização e formação profissional existe uma distância enorme entre

o que se ensina e a vivência dos alunos: a grande maioria dos professores e tutores pauta

seu trabalho em realidades distanciadas dos alunos e apresenta materiais produzidos em e

para outros contextos.

A velocidade desordenada das transformações é evidente em todas as áreas. Há um clima

de transitoriedade e de impermanência muitas vezes maléfico para os valores éticos e para a

vida social. O ritmo acelerado das pesquisas, invenções e descobertas, especialmente de

produtos consumíveis, não permite utilizações muito conscientes, e somos compelidos a

consumir as novidades, muitas vezes reeficando o próprio ser humano. Muitos suportes

comunicacionais não conseguem informar de modo atualizado, não acompanham a

velocidade dos fatos e das mudanças. Isso acontece com os livros de pesquisa e os livros

didáticos e até com os jornais periódicos diários: quantas vezes lemos uma notícia que já

ficou velha, em vista de informes mais atualizados, transmitidos pelo rádio, TV ou correio

eletrônico!

Se a evolução humana foi 100 mil vezes mais rápida a partir da escrita, como afirmam alguns

historiadores, imagine o que ocorrerá com o advento das tecnologias da informação! A

tecnologia da descoberta do fogo levou 500 séculos para chegar a todos os homens e para

que qualquer um fosse capaz de acendê-lo e conservá-lo aceso. Hoje, levamos apenas

alguns segundos para conhecer fatos ocorridos do outro lado do planeta. Apesar de termos

consciência de que esse acesso não está disponível para todas as pessoas, essa

possibilidade depende quase exclusivamente de fatores econômicos e políticos, e não

tecnológicos. Nessas condições, a escola deveria ser a instituição social que garantiria a

aproximação dos conhecimentos científicos e culturais para a maioria da população.

Infelizmente, os suportes de comunicação presentes nos processos de ensino-

aprendizagem, sejam presenciais ou a distância, não acompanham o ritmo dessas

transformações. Vygostky afirma que “as tecnologias da comunicação são os utensílios com

os quais o homem constrói realmente a representação, que mais tarde será incorporada

mentalmente, se interiorizará. Desse modo, nossos sistemas de pensamento seriam fruto da

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interiorização de processos de mediação desenvolvidos por e em nossa cultura (COLL,

1994”).

Com essa afirmação, Vygostky evidencia a interdependência entre o pensamento humano e

seus sistemas de representações simbólicas, mediados pelas tecnologias da comunicação.

É inevitável a interferência da comunicação na aprendizagem humana. É teórica e

praticamente impossível dizer onde começam e terminam a comunicação e a aprendizagem.

São processos multifacetados, que podem ocorrer simultaneamente e em vários níveis. A

comunicação é condição básica do homem social. Ela se confunde com a própria vida e é o

canal pelo qual os padrões culturais são transmitidos e possibilitam sua internalização e

aprendizagem. Quando falamos em comunicação, ultrapassamos a discussão sobre os

meios de comunicação, que representam, apesar de toda a sua importância, apenas uma

parte da comunicação humana.

A revitalização da Educação depende, em grande parte, dos vínculos feitos com as

tecnologias da comunicação e da informação, especialmente com a inclusão, em sua

estrutura curricular, do audiovisual, da alfabetização na e para a imagem.

Faça uma analogia entre o ato bidirecional de fotografar e a utilização dos meios de

comunicação na Educação?

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UNIDADE 21 Objetivo: Demonstrar a importância do material impresso no cotidiano escolar.

Tecnologia e Material Impresso

Tópico I – Material Impresso – a Tecnologia Dominante.

Esse vínculo – impresso e educação – é histórico. A difusão da escrita com a imprensa de

Gutenberg (1440) associou-se, no decorrer dos séculos, ao modelo de implementação da

instrução pública, em que os livros-textos uniformizavam leituras e informações como

garantia da transmissão de conteúdos básicos para a formação de cidadãos burgueses. O

modelo escolar conhecido, desde então, não se dissocia dos materiais impressos, dos

manuais e das cartas de instrução, das cartilhas e dos posteriores livros didáticos. Mesmo as

críticas feitas a esses livros, já no século XX, e bem recentes, não questionavam o material

em si, e sim a abordagem e o seu conteúdo, desde valores e posições ideológicas até sua

atualidade e comprovação científica.

Podemos classificar os materiais impressos considerando os objetivos de sua concepção,

começamos pelo:

LIVRO

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Livro é um volume transportável, composto por páginas, sem contar as capas[1],

encadernadas, contendo texto manuscrito ou impresso e/ou imagens e que forma uma

publicação unitária (ou foi concebido como tal) ou a parte principal de um trabalho literário,

científico ou outro.

Em ciência da informação o livro é chamado monografia, para distingui-lo de outros tipos de

publicação como revistas, periódicos, teses, tesauros, etc.

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O livro é um produto intelectual e, como tal, encerra conhecimento e expressões individuais

ou coletivas. Mas também é nos dias de hoje um produto de consumo, um bem e sendo

assim a parte final de sua produção é realizada por meios industriais (impressão e

distribuição). A tarefa de criar um conteúdo passível de ser transformado em livro é tarefa do

autor. Já a produção dos livros, no que concerne em transformar os originais em um produto

comercializável, é tarefa do editor, em geral contratado por uma editora. Uma terceira função

associada ao livro é a coleta e organização e indexação de coleções de livros, típica do

bibliotecário.

O livro tem aproximadamente seis mil anos de história para ser contada. O homem utilizou os

mais diferentes tipos de materiais para registrar a sua passagem pelo planeta e difundir seus

conhecimentos e experiências

Os sumérios guardavam suas informações em tijolo de barro. Os indianos faziam seus livros

em folhas de palmeiras. Os maias e os astecas, antes do descobrimento das Américas,

escreviam os livros em um material macio existente entre a casca das árvores e a madeira.

Os romanos escreviam em tábuas de madeira cobertas com cera.

Os egípcios desenvolveram a tecnologia do papiro, uma planta encontrada às margens do rio

Nilo, suas fibras unidas em tiras serviam como superfície resistente para a escrita hieróglifa.

Os rolos com os manuscritos chegavam a 20 metros de comprimento. O desenvolvimento do

papiro deu-se em 2.200 a.C e a palavra papiryrus, em latim, deu origem a palavra papel.

Segundo dados históricos, em 1442, foi impresso o primeiro exemplar em uma prensa. A

partir daí o mundo não seria mais o mesmo. A partir do século 19, aumenta a oferta de papel

para impressão de livros e jornais, além das inovações tecnológicas no processo de

fabricação. O papel passa a ser feito de uma pasta de madeira, em 1845. Aliado à produção

industrial de pasta mecânica e química de madeira - celulose - o papel deixa de ser artigo de

luxo e torna-se mais barato.

As histórias, poesias, contos, cálculos matemáticos, ideias e ideais poderiam, a partir de

agora, percorrer mares e terras e chegar às mãos de povos que seus autores jamais

imaginariam.

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A elaboração de material didático (livros, apostilas, cartilhas e cadernos de atividades) pode

ser feita tanto pelos sistemas de ensino quanto por editoras, que são especializados para

atender a temas ou faixas etárias específicas.

Já a utilização didática de impressos produzidos na sociedade (jornais, revistas, periódicos,

cartazes, propagandas, folhetos, manuais). pode enriquecer o tratamento dos conteúdos,

incorporando ao ensino maior atualidade dos temas estudados, pesquisas, avanços

científicos e do mundo do trabalho.

Quando falamos em “livro”, não estamos nos referindo apenas à sua forma em papel, mas

também às possibilidades eletrônicas que começam a ser produzidas, como:

Livro-didático - Material impresso e versão on-line.

Consta de uma apresentação do conteúdo a ser trabalhado, formatado por professor autor,

de acordo com a metodologia do curso. Abordagem instrucional voltada para o perfil da

clientela selecionada. Distribuição via correio e também disponível via Internet, quando o

curso utilizar Espaço Virtual de Aprendizagem.

Caderno de Atividades - Material impresso e versão on-line

É um caderno de atividades de aprendizagem dos alunos, com os exercícios e simulações

que devem ser feitos para maior apreensão dos conhecimentos e habilidades trabalhados no

curso. Este caderno geralmente é encaminhado pelos alunos para ser corrigido nos grupos.

Distribuição via correio e também disponíveis via Internet, quando o curso utiliza o Espaço

Virtual de Aprendizagem.

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Instrumento de Avaliação - Material impresso e versão on-line

Instrumentos utilizados para as etapas de avaliação presencial, elaborados de acordo com o

perfil de cada curso desenvolvido. Distribuição a todos os alunos em etapas presenciais.

Controle de Processo - Material impresso e versão on-line.

Questionário aplicado ao final de cada disciplina, para aferir com os participantes a qualidade

dos instrumentos utilizados e a performance dos profissionais envolvidos. Distribuição via

correio e também disponível via Internet, quando o curso utiliza Espaço Virtual de

Aprendizagem.

Manual do Aluno - Material impresso e versão on-line.

Guia de orientação para a aprendizagem a distância. Orientação e técnicas de autoestudo.

O Jornal

Saiu no Jornal Escolar!

[Trabalho coletivo, 8º ano, Jornal "Conquistando um espaço" nº 46, Maranguape/CE]

Leia os Jornais que estão circulando

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["Informação pra já" nº 13, EMEF Manoel Cordeiro, Maranguape/CE]

Ter jornal na sala de aula significa trazer o mundo para dentro da escola. O uso desta

ferramenta propicia a interação do aluno, do professor, de escola com grandes temas da

atualidade e também acesso à informação.

O uso de jornais é um recurso a mais para a prática didática, é atualizado, dinâmico,

proporciona atividades desafiadoras que propiciam a integração de assuntos, levando o

aluno a conhecer diferentes posturas ideológicas diante de um fato, a tomar posições

fundamentadas e respeitar diferentes pontos de vista.

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O uso do jornal como material didático - pedagógico deve ultrapassar a ideia de seu caráter

técnico – utilitário. Isso exige do professor a reflexão e a criação de suas próprias

estratégias, de acordo com o interesse dos alunos.

Mesmo assim, considerando as possibilidades de acesso da maioria da população mundial a

esses recursos que exigem uma sofisticada tecnologia, entendemos que o velho objeto-livro,

que pode ser transportado para qualquer lugar e que dispensa energia para funcionar, ainda

vai ser útil por muitas gerações.

Considerando as teorias de aprendizagem, que explicam o conhecimento por meio da

interação do sujeito com o ambiente físico e social, e as novas tecnologias da informação,

em que a informática pode criar condições para uma maior interação entre os sujeitos

envolvidos e o objeto a ser conhecido, a cultura do material impresso está presente,

ocupando um lugar garantido nos processos de ensino-aprendizagem.

Como associar a utilização de material impresso como recurso didático na Educação a

Distância?

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UNIDADE 22

Objetivos: Mostrar os recursos audiovisuais como grande motivador na aprendizagem.

Recursos Audiovisuais na Aprendizagem: Tecnologia e Mídia

Tópico I: O Universo da Comunicação Audiovisual

Reforçando a UNIDADE XII - Recursos Tecnológicos e Aprendizagem, vimos que hoje, o

universo da comunicação audiovisual está presente no cotidiano das pessoas. Não se pode

negar que todas as pessoas, incluindo aquelas com comprometimentos audiovisuais, se

consideram capazes de avaliar ou emitir uma opinião sobre um programa de TV, um filme ou

uma mensagem do correio eletrônico.

Os recursos audiovisuais são aqueles que estimulam à visão e/ou a

audição. Estes recursos e outros, como ser exemplo, outdoors, letreiros,

propagandas, livros, revistas, panfletos, embalagens, fotografias, videogames, multimídia,

imagens em movimento, imagens associadas a sons e luz, a palavras e textos coloridos,

colaboram para aproximar a aprendizagem de situações da vida.

Tópico II – Descrição de Alguns Desses Recursos

A) Rádio e Televisão

Como já vimos o rádio e a televisão já são utilizados para fins educacionais durante muitos

anos e ainda hoje permanecem como alguns dos recursos importantes para motivar,

acomodar e assimilar determinados conteúdos de certas disciplinas.

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Os principais pontos fortes e uso da transmissão são:

Podem ser usados para ouvir e assistir palestras, perguntas dos ouvintes ou telespectadores

e discussões em painéis;

Ajudam a manter os alunos interessados e proporcionam segurança quanto a disciplinas;

Os programas podem proporcionar aos alunos uma percepção de que fazem parte de uma

comunidade de pessoas envolvidas com os mesmo temas;

No caso da televisão os programas podem ser visto e ouvidos por tipo de assunto e discutido

por todos na sala;

A transmissão, especialmente pela televisão, se destaca porque ajuda a criar uma imagem

positiva da escola na mente do público em geral.

O rádio tem algumas vantagens em relação à televisão:

por ser uma mídia flexível, permitindo uma reportagem com informações de qualquer

lugar do mundo;

proporciona uma atualização rápida de material a custos técnicos reduzidos.

Segundo MOORE e KEARSLEY (2005, páginas 84 e 85) Um produtor sênior do Centro de

Produção da BBC Universidade Aberta do Reino Unido iniciou quatro princípios básicos para

orientar a decisão de usar a Transmissão pela TV. São eles enumerou:

Integração. O material precisa ter relação próxima com o restante do curso. “Radcliff

(1990) escreve:” A não ser que esteja realmente atendendo a necessidade de ensino

muito específicas, por mais atraente e bem elaborado que seja não valerá a pena

investir dinheiro nesse tipo de transmissão e, portanto, deve haver uma integração

próxima com o restante do material do curso, incluindo o sistema de avaliação”.

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Especialização. É importante usar a televisão somente para aquilo que ela pode fazer

com perfeição – e por menor custo, e não o que pode igualmente ser feito na forma

impressa ou por outra tecnologia;

Qualidade. Os programas para transmissão devem ser produzidos com os padrões mais

elevados de qualidade e ter uma grande duração, a fim de recuperar os custos. Isso significa

que devem durar muitos anos e ser usados diversas vezes, o que requer tomar decisões

cuidadosas a respeito do conteúdo de um programa e evitando imprimir ou transmitir, por

áudio, conteúdo que não terá muita validade com o passar do tempo.

Custo compatível. Devem ser criados programas somente quando existir uma justificativa

pedagógica e quando eles puderem ser usados para um número suficiente de alunos, a fim

de terem um custo compatível.

a.1) Serviço Fixo de Televisão Educativa (ITFS – Instructional Television Fixed Service)

NO ITFS (htp:www.ifts.org) geralmente é usada uma conexão telefônica para permitir que os

alunos tenham contato de áudio com o instrutor durante o programa para formular ou

responder a perguntas.

a.2) Televisão a cabo (CATV) - envolve a distribuição de sinais de televisão por meio de um

cabo coaxial ou de fibra óptica conectado diretamente ao aparelho de televisão do usuário.

Muitas escolas, empresas e faculdades possuem em suas instalações sistemas de circuito

fechado que são usados para distribuir internamente programas produzidos ou transmissões

externas.

a.3) Satélites de Transmissão Direta (DBS) – Direct Broadcast Satellites - Os Satélites de

transmissão direta (DBS) utilizam uma antena parabólica pequena e barata tornando-a viável

para os alunos receberem diretamente programas em sua casa ou escritório.

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a.4)Vídeo Transmissível - Com o surgimento da Word Wide Web (www) tornou-se possível

uma nova forma de disseminação por vídeo denominada vídeo transmissível. Isso envolve

colocar o vídeo em formato digital e permitir que as pessoas façam o download na forma

compactada a partir de um servidor da web.

Tópico III Teleconferência para a Educação Médica.

B) Teleconferência - É uma forma de tecnologia de telecomunicação interativa. Existem mais

três tipos diferentes dessa tecnologia: Audioconferência, Audiográfico, Videoconferência,

b1) Audioconferência – os participantes são conectados por linhas telefônicas. Os

participantes individuais podem utilizar seus telefones usuais, ao passo que os grupos

podem usar um fone ou kits de alto-falantes e microfone.

b2) Audiográfico – esta tecnologia agrega imagens visuais ao áudio e também eé transmitida

por linhas telefônicas. Existem diversos sistemas baseados em computador que permitem a

transmissão de imagens gráfica e de dados.

b3) Videoconferência – também conhecida por televisão interativa. Permite a transmissão

nos dois sentidos de imagens televisadas via satélite ou cabo.

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Tópico IV – Aprendizado Baseado em Computador

Refere-se a programa de estudo também autogerenciados no qual o aluno usa sozinho, de

maneira pessoal, sendo o programa educacional disponibilizado em um CD-Rom. A principal

vantagem da instrução por computador é poder oferecer uma oportunidade de alta qualidade

para o aluno interagir com a disciplina sob seu controle integral.

De acordo com a tabela elaborada por MOORE E KEARSLEY (2005, página 93) podemos

visualizar os pontos fortes e fracos de cada tecnologia apresentada até então nesta unidade.

Gravações em áudio

Pontos Fortes Pontos Fracos

Dinâmicas/Proporciona

experiência

indireta/Controladas pelo

alunos.

Muito tempo de

desenvolvimento/custo

elevado.

Rádio/televisão

Dinâmica/Imediatos/Distribuição

em massa

Temo de

desenvolvimento/custos

elevados para se obter

qualidade/programável.

Teleconferência Interativa/Imediata/participativa Complexidade/Não

confiável/programável

Aprendizado por

computador e baseado na

web

Interativo/Controlado pelo

aluno/Participativo

Tempo de

desenvolvimento/custos

elevados/Necessidade de

equipamento/Certa falta de

confiabilidade.

MOORE E KEARSLEY (2005) ressalta que “nenhuma tecnologia isoladamente tem

possibilidade de atender a todos os requisitos de ensino e aprendizado de todo um curso ou

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programa completo, satisfazer as necessidades dos diferentes alunos ou atender às

variações em seus ambientes de aprendizado”.

Podemos então concluir que para além de conhecer o detalhamento de cada tecnologia de

construção da linguagem audiovisual, se faz também necessário utilizá-la pedagogicamente,

e fazer dela instrumento de criação, expressão e comunicação na educação.

Atividade 08

Relacione alguns usos da informática na vida de estudantes, seja nos espaços/tempos

domésticos ou profissionais e detalhe as vantagens e/ou desvantagens.

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UNIDADE 23

Objetivo: Demonstrar a importância do rádio como veículo de educação de massa.

A Tecnologia do Rádio

Tópico I - O Rádio como Instrumento Educativo

Acontece

Reportagem da Veja, noite de segunda-feira, 19 de novembro de 2001

O DIA INTEIRO

Rádio da Universidade comemora o aniversário com tributo pela paz

Durante toda a segunda-feira a rádio vai transmitir shows musicais, espetáculos e aulas

abertas com entrada franca no estúdio-auditório da emissora.Uma Segunda-feira dedicada à

paz é a proposta da Rádio Universidade da UFRGS na comemoração do seu aniversário.

São 44 anos transmitindo informação e cultura na cidade e, nada melhor do que celebrar a

data, com fazendo arte em nome da paz. Durante todo o dia a Rádio Universidade vai

transmitir pelo 1.080 AM shows musicais, rádio-novela e aulas abertas. Quem quiser conferir

de perto pode passar no estúdio-auditório da emissora a partir das 9h30min da manhã. A

programação termina às 19 horas com show do grupo vocal De Quina Pra Lua. Entre os

convidados estão Hard Working, The Darma Lóvers, The Beatles Fun Club Band, Ivone

Pacheco e Moacyr Scliar. A entrada é franca.O Rádio Educativo no Brasil: de Roquette-

Pinto a Luís Inácio Lula da Silva

http://www.jornalismo.ufsc.br/

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“O Rádio Educativo no Brasil surgiu quando Edgar Roquette-Pinto fundou a primeira

emissora de rádio brasileira, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, em 1923. Lá se vão 80

anos. Desde então, muita coisa mudou no rádio brasileiro. A Rádio Sociedade se

transformou na Rádio MEC ao ser doada, em 1936, para o então Ministério da Educação e

Saúde, do governo de Getúlio Vargas, com a condição de que a Rádio Sociedade

permanecesse fiel ao seu tema cultural e educativo, sem vinculação comercial, política ou

religiosa. E assim foi...

A Rádio MEC, em seus 80 anos, foi um palco privilegiado para grandes momentos da poesia

e da música brasileira. Lá recitaram seus poemas Cecília Meirelles, Manuel Bandeira e

Carlos Drummond de Andrade. E a música rolou solta, na descontração de bambas como

Jacob do Bandolim e Altamiro Carrilho; na técnica privilegiada de eruditos como Villa-Lobos e

Francisco Mignone e na versatilidade de Guerra Peixe e Radamés Gnatalli.

O rádio, como veículo de educação de massa, tem sua principal vantagem sobre outros

veículos de comunicação no que diz respeito ao custo e sua penetração. Durante muitos

anos, os programas educativos de rádio e TV foram produzidos em muitos países. Em 1970

foi lançada uma programação educativa e cultural, nas emissoras de rádio de todo o país.

Através do Projeto Minerva, uma homenagem à Deusa da Sabedoria, a escola passou a ir

até o aluno, ao invés do aluno ir até a escola.

O Projeto Minerva destinava-se à complementação do trabalho de sistemas educativos

tradicionais, à educação supletiva de adolescentes e adultos e à Educação Continuada.

Podia abranger qualquer nível de escolaridade, divulgação ou orientação educacional

pedagógica e profissional. Os programas eram produzidos e veiculados para as diferentes

regiões brasileiras.

Com o fim do Projeto Minerva, a Rádio MEC, pertencente à extinta Fundação Roquette-

Pinto, manteve-se como principal produtora de programas educativos e culturais. Nos últimos

anos, foram produzidas muitas séries visando à difusão cultural das diferentes regiões

brasileiras e séries educativas visando a atender diferentes públicos, da criança ao idoso,

passando pelos jovens, deficientes e professores. Programas de literatura, teatro, poesia,

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festivais de músicas e muitos outros estão sempre presentes na grade da Rádio MEC. Nos

últimos 6 anos, a Rádio MEC sofreu com mudanças políticas, desde que deixou de pertencer

ao MEC e passou a ser ligada à Secretaria de Comunicação da Presidência da República, no

Governo Fernando Henrique. Com o novo governo, após anos de sucateamento e com sua

programação educativa quase toda extinta, a Rádio MEC hoje, pertencente à ACERP,

Associação de Comunicação Educativa Roquette-Pinto, volta a priorizar em sua

programação a boa música popular e de concerto e uma programação educativa voltada

para cidadania e programas para diferentes públicos.”

Complementando o texto acima – (GT História das Mídias Educativa apresentada no II

Encontro Nacional da Rede Alfredo de Carvalho Florianópolis, de 15 a 17 de abril de 2004,

podemos ainda esclarecer que foi no decorrer das duas guerras mundiais que o áudio, isto é,

o rádio, começou a ganhar força e surgiu como meio de comunicação sistemático.

Inicialmente, ele não tinha alto-falantes, e os ouvintes usavam fones individuais para receber

suas mensagens. Eram os rádios de galena. A tecnologia dos receptores à válvula foi

assimilada pela sociedade em meados dos anos 20, ocasião em que o rádio adquiriu suas

atuais características: mudança de volume, alto-falantes e recepção compartilhada. Sua

evolução sempre esteve associada a interesses tanto comerciais quanto políticos. Ele foi o

primeiro meio de comunicação imediata, de forte apelo e penetração popular. Seu poder de

falar com todos produziu um grande impacto na sociedade e logo foi absorvido politicamente.

Este é o caso dos franquistas espanhóis, dos fascistas italianos e dos nazistas alemães, que

realizaram emissões de rádio utilizando-o como meio de propaganda, de penetração

ideológica e de difusão de ideias.

Brecht, dramaturgo alemão, expressa sua admiração por essa tecnologia da seguinte forma:

Pequena caixinha que carreguei quando em fuga

Para que suas válvulas não pifassem,

Que levei de casa para o navio e o trem

Para que os meus inimigos continuassem a falar-me

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Perto de minha cama, e para minha angústia,

As últimas palavras da noite e as primeiras da manhã

Sobre suas vitórias e sobre meus problemas

– Prometa-me não ficar muda de repente.

As ondas sonoras transportam os sons através do espaço e são recebidas na mesma

sequência temporal em que são transmitidas, o que caracteriza a linearidade e a

temporalidade da mensagem radiofônica. Uma das desvantagens da utilização do rádio em

projetos educativos é que o ouvinte não tem condições de mudar a ordem das informações,

nem estabelecer prioridades, diferentemente do uso que faz do material impresso ou

eletrônico, quando pode selecionar a ordem do que lê. No máximo, pode mudar de estação,

o que também não faz com tanta frequência como quando usa a televisão. A mensagem do

rádio é unidirecional, as possibilidades de participação dos ouvintes são mínimas, apenas

com eventuais interferências associadas a outros meios, como telefone, carta, fax e,

raramente, ao vivo, nos estúdios de gravação.

Outra desvantagem é que o seu texto, apenas sonoro, é resultado da construção simbólica

linguística e da voz e suas diferentes modulações, texturas, entonação, tom, sotaque, humor,

solenidade, complementado com músicas e efeitos sonoros. A percepção, apenas auditiva,

descentraliza a atenção humana. Simultaneamente à escuta, as pessoas ficam suscetíveis a

outras percepções e podem realizar, ao mesmo tempo, outras atividades. Essas

características acentuam o caráter efêmero das mensagens radiofônicas e justificam a

redundância e a repetição de seus conteúdos, principalmente em projetos educativos.

Geralmente as campanhas transmitidas pelo rádio possuem peças de curta duração,

veiculadas muitas vezes e de diversas formas, na grade de programação.

Seu amplo alcance, diversificação e baixo custo fazem com que o rádio seja o meio utilizado

com mais frequência nos projetos de desenvolvimento social. Com os recentes avanços das

tecnologias da informação, sua operacionalização exige cada vez menos especialização, o

que vem possibilitando a diferentes instituições e grupos sociais a criação de rádios

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comunitárias, ampliando o acesso e permitindo ao usuário desenvolver uma postura crítica

para a compreensão do meio. A análise das suas características de transmissão, produção e

recepção, da forma como se pode construir e transmitir e receber a informação, permitirá

desenvolver ferramentas conceituais para uma escuta reflexiva, como podemos conferir na

reportagem abaixo: .

Acontece

Reportagem da Veja de Sexta-feira, 18 de Outubro de 2002

FILMES

Uma Onda no Ar relembra a história da Rádio Favela de Belo Horizonte

A exemplo de Cidade de Deus, o mineiro Helvécio Ratton (Amor & Cia.) preferiu trabalhar

com atores amadores nesta fita baseada em fatos reais. Trata do surgimento de uma rádio

que, em um conjunto de favelas de Belo Horizonte, levava informação a cerca de 80.000

moradores.

Miguel Barbieri Jr., da Veja São Paulo

Com programação diferenciada e linguagem popular, a Rádio Favela surgiu nos anos 80. Na

mira da polícia, foi diversas vezes fechada. Atrás do microfone, quatro jovens idealistas:

Jorge (papel de Alexandre Moreno, melhor ator no Festival de Gramado), Roque (Babu

Santana), Zequiel (Adolfo Moura) e Brau, interpretado por Benjamim Abras.

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Experiência que vale a pena passar

Internet Rádio educativa

A professora Gladis Leal dos Santos (ao centro) e seus alunos:

estímulo ao envolvimento com a escola.

Alunos do CAIC Mariano Costa, em Joinville, montam programa

que mistura informação e entretenimento.

Marlise Groth em Joinville

Informação, entretenimento e música. Essa é a proposta da Rádio Web que neste semestre

entrou em funcionamento no Centro de Atendimento Integral à Criança (CAIC) Mariano

Costa, em Joinville. Nas ondas do rádio, mas numa tecnologia voltada à internet, um grupo

de 12 alunos da sexta série / 7º ano e da oitava série / 9º ano tem expandido o conhecimento

da sala de aula para além dos muros e trocado experiências com estudantes de outros

Estados. Estreitando o caminho da comunicação que antes levaria semanas pelo correio, do

outro lado do oceano eles também são ouvidos, pela net, por crianças de uma escola em

Portugal.

A iniciativa de desenvolver uma rádio pela internet foi da professora Gladis Leal dos Santos.

Responsável pela sala informatizada, no começo deste ano ela fez um curso on-line sobre

Podcast num site educacional. Aprendeu a usar as ferramentas e resolveu levar o projeto da

rádio à orientadora pedagógica. "No passado o CAIC tinha um projeto de rádio interno que foi

interrompido com o furto das caixas de som", conta. "Percebi que a rádio na web era uma

boa ferramenta para reativar a proposta e estimular o envolvimento das crianças". Bem

recebido pela coordenação, o projeto foi divulgado nas salas de aula em busca de

voluntários. Os interessados foram chamados para reuniões no período vespertino onde

receberam informações adicionais sobre o trabalho, oportunidades e desafios. Divididos em

Foto: Cléber Gomes/AN

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duplas, os próprios estudantes estabeleceram um cronograma de atividades que os trouxe à

escola à tarde. Sem obrigatoriedade, a presença dos 12 estudantes é constante na sala

informatizada. E o resultado de 50 dias de trabalho já está no ar. O programa piloto,

desenvolvido e editado pelos adolescentes, com idades entre 11 e 14 anos, pode ser

conferido pelo endereço http://caicmariano.podOmatic.com. Além de ouvir ao piloto, de 38

minutos, o visitante pode assistir a uma entrevista feita pelas crianças com um grupo de

estudantes de Pedagogia que foi até o CAIC conhecer o projeto. "Pode parecer pouco um

programa em dois meses de trabalho mas é um avanço se levarmos em conta as reuniões, o

conhecimento da tecnologia, a pesquisa em busca de conteúdo e o envolvimento com o

universo de uma rádio".(topo)

Oportunidades apesar da desconfiança dos pais

A história de "trabalhar numa rádio" em princípio causou estranhamento entre os familiares

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Audacity, empregado para a edição. O CAIC Mariano Costa também utiliza a internet para

desenvolver escritas colaborativas. Nelas, crianças joinvilenses desenvolvem textos coletivos

junto com estudantes portugueses. "Integração é o que não falta", resume Gladis.

http://an.uol.com.br/2006/jun/16/0ane.jsp#1

http://caicmariano.podOmatic.com.

Existe algum programa de rádio que foi significativo na sua história pessoal e profissional?

Quail (ais) e por quê?

http://www.jornalismo.ufsc.br/

Escolha um conteúdo, explore-o como um programa de rádio. Indique possibilidades de

utilização da linguagem da mídia no seu trabalho e determine sua validade pedagógica.

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UNIDADE 24

Objetivo: Aprender a utilizar a internet para ampliar conhecimentos necessários ao crescimento pessoal e profissional.

Internet: Vilã ou Aliada da Educação.

Tópico I – Internet

A rede que abraça todo o planeta

O que dizia a reportagem da revista VEJA, em 1º de março de 1995.

Mudanças radicais do cotidiano, mesmo em áreas mais visíveis como a moda ou a

arquitetura, nunca chocam muito porque no começo aparecem aos poucos e depois as

pessoas se acostumam e não reagem mais. Com a Internet será difícil acostumar-se. Se

você ainda não notou, tenha a certeza de que muito em breve vai ser obrigado a perceber.

O susto, acredite, será muito grande. Até a semana passada, a rede interligava mais de 40

milhões de pessoas em mais de 100 países. O mais espetacular nem é o tamanho, e sim o

ritmo de propagação dessa onda. A Internet terá provavelmente 400 milhões de usuários até

o final deste ano. Além desse horizonte, ninguém se arriscaria a prever. Seria certamente o

maior negócio do planeta se alguém pudesse dominá-lo sozinho. As redes comerciais estão

numa corrida desenfreada para ver quem oferece mais serviços da Internet.

A Internet é uma experiência humana rara, é a concretização da profecia da aldeia global. A

rede mundial representa uma das raras janelas que a tecnologia moderna abriu e que se

descortina com a mesma amplitude para os países ricos e pobres.

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O que aconteceu depois

Na virada do século, a Internet já era uma realidade nos cotidianos de centenas de milhões

de pessoas no mundo todo. Com o acesso facilitado pelo surgimento dos grandes

provedores comerciais e pela popularização dos browsers para navegação na web, a rede

também se transformou, como a reportagem de VEJA, previa num negócio de proporções

monumentais. A economia tradicional teve de acolher a chegada de novas gigantes, como

America Online, Yahoo! e Amazon. O surgimento da nova economia, no entanto, não teve o

impacto esperado. No início da década seguinte, depois de um período de investimentos

bilionários e disparada no valor das ações de empresas de Internet, a "bolha" deste novo

mercado estourou. Como resultado, a economia global assistiu a milhares de demissões,

centenas de falências e dezenas de grandes fusões entre empresas de mídia e tecnologia.

Apesar disso, a rede viria para ficar: com mais de meio bilhão de usuários, a Internet

consolidou-se como meio fundamental para o comércio eletrônico, atividades intelectuais,

educacionais e empresariais e, claro, a ferramenta de comunicação pessoal de maior

impacto no mundo. Apenas uma previsão não se concretizou: ao contrário do que se

esperava, ricos e pobres não tiveram as mesmas oportunidades na rede, e os países em

desenvolvimento ainda estão muito atrás dos desenvolvidos no número de pessoas com

acesso à Internet.

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Ainda nesta edição de VEJA, Internet encontramos:

BANDEIRA ATUAL - Em breve, a maioria dos computadores estará plugada na Internet,

cujo potencial é tamanho que a rede mundial hoje parece muito mais uma solução à procura

de um problema. Para os países pobres, onde o que não falta são problemas, a Internet

pode oferecer inúmeras soluções. Sua aplicação na Educação parece mais do que óbvia.

Nos países ricos, onde há recursos de multimídia de sobra nas escolas, à rede mundial

ainda não colou como ferramenta didática. O mais recente levantamento do Centro para a

Criança e a Tecnologia dos Estados Unidos descobriu que apenas 4% das escolas utilizam

a Internet em salas de aula e apenas 22% dos professores se dizem familiarizados com a

rede embora 73% concordem que a Internet é potencialmente útil para o ensino.

Um computador ligado à Internet em cada sala de aula de escola pública brasileira. Eis uma

bandeira de luta adequada aos tempos atuais. Quem achar utópico que dê um desconto.

Um computador em cada sala dos professores. Custaria uma fração do orçamento do

Ministério da Educação e muito menos do que se gasta, por exemplo, com avaliações do

método Paulo Freire, que só dá certo em países que dão errado como Moçambique e Cuba.

Professor não come bits nem a Internet é a solução para todos os problemas, mas a rede

mundial representa uma das raras janelas que a tecnologia moderna abriu e que se

descortina com a mesma amplitude para os países ricos e pobres.

Para NETTO, 2005, “A criação da Internet representa o surgimento de uma rede de

computadores que interliga milhões de usuários em todo o mundo. O número de usuário é

bastante variável, uma vez que mais de uma pessoa pode utilizar um mesmo número de

protocolo da Internet, em um imenso espaço virtual.” Para ratificar o que Netto escreve leia a

seguir a reportagem abaixo:

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Tópico II – Internet

Brasil já ultrapassa os 20 milhões de usuários

31 de Outubro de 2007

O Ibope/NetRatings divulgou nesta quarta-feira que o número de usuários de internet

residenciais ativos no Brasil atingiu 20,1 milhões em setembro de 2007, crescimento de 47%

em relação ao mesmo mês do ano passado.

De acordo com o instituto, o número total de pessoas com acesso à internet no Brasil já é de

36,9 milhões, considerando residências, trabalho e locais públicos gratuitos e pagos.

Ainda segundo os levantamentos do mês de setembro, os brasileiros são os que ficam mais

tempo navegando na internet: o tempo de uso residencial é de 22 horas mensais por

pessoa, enquanto americanos navegam 18 horas e 54 minutos por mês; e os japoneses, 18

horas e 21 minutos. Em setembro de 2006, o tempo de navegação domiciliar dos brasileiros

era de 20 horas.

Crianças e os adolescentes de ambos os sexos são os que mais contribuem para a

expansão da internet residencial: 53% por ano. No quesito intensidade de uso, mulheres de

18 a 24 anos aumentaram, em um ano, em 25% a quantidade de páginas vistas.

Férias - Entre setembro de 2006 e setembro de 2007, a categoria de maior crescimento

porcentual foi Casa e Moda, com 73%; Viagens e Turismo tiveram evolução da audiência de

67%; e a categoria Automotiva, cresceu 57%. Sites de gastronomia, venda de imóveis e

sobre assuntos de beleza foram os que mais cresceram na categoria Casa e Moda;

enquanto em Viagens voltou a aumentar a navegação em sites de mapas, além de sites que

oferecem pacotes turísticos e passagens aéreas.

Em tempo de navegação por usuário, a categoria Buscadores, Portais e Comunidades

passaram para a primeira posição. Esse movimento está relacionado ao aumento do tempo

on-line em comunidades. Por causa do maior interesse por redes sociais e por blogs, o

tempo on-line mensal do usuário de Comunidades passou de 3h39min em setembro de

2006 para 4h40min em setembro de 2007 (crescimento de 29%).

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Vimos que hoje a internet representa o surgimento de uma rede de computadores que

interligam milhões de usuários em todo o mundo. Mas afinal, para que serve a internet? Do

ponto de vista educacional, a internet pode ser empregada com os seguintes propósitos:

Para a troca de mensagens eletrônicas (e-mail) entre todas as partes do mundo;

Para o compartilhamento de informações e para a busca de apoio à solução de

problemas;

Para a participação em discussões entre membros da comunidade Internet;

Para acesso a arquivos de dados, incluindo som, imagem e textos;

Para a consulta a uma vasta biblioteca virtual de alcance mundial, permitindo o acesso

a uma quantidade de informações sem precedentes.

Podemos entender que a Internet já modificou a forma de ensinar e de aprender. Ela

impulsiona o aluno a buscar informações de seu interesse, sem precisar da orientação do

professor.

Tópico III - Acesso à internet em escolas pode se tornar obrigatório

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www.abt-br.org.br em -09/02/2007 às 19h22min.

Reportagem da Revista Tecnologia Educacional

A Câmara dos Deputados analisa projeto de lei do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) que

torna obrigatória, até 2013, a universalização do acesso a redes digitais de informação,

inclusive à internet, em estabelecimentos de ensino de todo o país. A medida deve alcançar

tanto instituições públicas quanto particulares, do ensino básico até o superior. A proposta

obriga ainda a oferta de um computador com acesso à internet, em cada turno da escola,

para cada dez alunos.

A exigência passa a constar da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Lei

9.394/96. O projeto altera ainda a lei que instituiu o Fundo de Universalização dos Serviços

de Telecomunicações (Fust), para estipular que 75% dos recursos arrecadados pelo Fundo,

de 2008 a 2013, sejam aplicados no acesso a redes digitais. A reserva de recursos para

implementação das redes beneficia também instituições de saúde e bibliotecas públicas. O

atendimento já era previsto na legislação do Fust (Lei 9.998, de 2000), porém não havia a

previsão de aplicação de recursos mínimos.

Na mesma margem de 75% se enquadra outra finalidade do fundo: a redução do valor das

contas de serviços de telecomunicações dos estabelecimentos de ensino e das bibliotecas,

especialmente dos frequentados pela população carente. O projeto será analisado por uma

comissão especial. Se aprovado, segue para a votação no plenário.

Tópico IV - Para não concluir

Podemos considerar este assunto como inesgotável, mas temos que ter em vista que a

Educação Digital é um dos novos papéis da escola na atual Sociedade da Informação. A

função do educador é ensinar ao aluno que esta ferramenta tem que ser utilizada para

cidadania; com ética; como propriedade intelectual, assegurando sua privacidade e

segurança on-line, preparando indivíduos adaptáveis e criativos que lidem facilmente com a

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rapidez na fluência de informações para um novo mercado de trabalho cujas exigências

tendem a ser maiores que as atuais.

Problemas com Orkut, predadores on-line, crackers, assédio digital, conteúdos inapropriados

a menores, desinformação sobre as consequências legais do mau uso da Internet, crimes

cometidos sob a falsa impressão de anonimato, inabilidade de pensamento crítico quanto a

informações falsas e verdadeiras disponíveis na rede, plágio, pirataria, e até uso indevido da

marca da instituição são apenas alguns dos assuntos dos quais a escola tem que dar a

devida atenção.

Podemos concluir afirmando que: A internet, em si, não é vilã nem aliada da educação,

sendo apenas um instrumento, depende do uso que dela se fizer. Com educadores

preparados para aproveitar ao máximo os recursos providos pela tecnologia, dentro dos

limites legais, trabalhando para assegurar que os alunos tenham uma experiência positiva on

line, a internet sem dúvida contribuirá em muito para a melhoria da educação.

http://vejaonline.abril.com.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServle

t?publicationCode=1&pageCode=1268&textCode=82838, publicada em: 25 de

Setembro de 2003.

(anexo) A inserção das tecnologias e as facilidades para o plágio nas atividades

escolares

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UNIDADE 25

Objetivos: conhecer os termos mais utilizados na web para facilitar o acesso ao mundo virtual.

Termos mais Utilizados na Web.

Tópico I Portais Educacionais

Os portais educacionais, em uma visão simples, nada mais são do que a reunião de

mecanismos de comunicação, de ferramentas para gerenciamento do conteúdo e da

interação usuário/ferramentas pedagógicas. As ferramentas de comunicação possibilitam a

interatividade do portal e destinam-se à comunicação síncrona e assíncrona. Para a

comunicação síncrona utiliza-se o chat; para a comunicação assíncrona o e-mail, o fórum, o

jornal mural. As ferramentas pedagógicas referem-se aos mecanismos que apresentam o

conteúdo, modelam situações de ensino, realizam a análise das interações e das

concepções dos alunos diante de um conteúdo e mecanismos como biblioteca virtual e

outros que possibilitam utilizar diferentes estratégias pedagógicas. Cabe salientar que os

portais educacionais podem congregar diferentes conteúdos ou podem ser portais temáticos.

Tópico II – Glossário dos temos mais utilizados na Web

Aplicativos: produtos de software. Podem ser processadores de texto, sistemas de

autoria, programas de desenho, pintura, ilustrações ou planilhas eletrônicas, entre outros;

Barras de links: um conjunto de botões de texto ou elementos gráficos representando

hiperlinks para páginas do seu site e para sites externos;

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Biblioteca virtual: coleção de livros, textos e informações textuais representadas de

diferentes formas e disponíveis de maneira organizada, catalogada segundo padrões

especificados pela Ciência da Informação na rede de telecomunicações;

Browser (navegador): aplicativo que permite a procura, na rede, de textos, imagens ou

gráficos de maneira aleatória ou sistemática;

CD-ROM: dispositivo de armazenamento de informações de forma digital;

Chat ou sessão bate-papo: é um sistema em que são permitidas conversas on-line,

situação em que uma ou mais pessoas participam ao mesmo tempo de uma conversa;

Comunicação síncrona e/ou assíncrona: comunicação realizada on-line que pode ser em

tempo real (síncrona), isto é, simultânea, ou com uma defasagem de tempo, isto é, de

forma assíncrona;

Correio eletrônico de voz ou voice e-mail: sistema similar ao correio eletrônico que

permite o envio e a recepção de arquivos de voz digitalizados via rede, o que faz

melhorar a comunicação;

E-mail ou correio eletrônico: correspondência que se pode enviar e/ou receber

diretamente no computador através de um endereço na Internet. Esta ferramenta permite

transferência de manuscritos entre autores, revisores e editores aumentando com isso, a

igualdade entre participantes, reduz tempo de produção científica, economiza postagem,

melhora qualidade de pesquisa, reduz atrito de trabalho colaborativo;

FAQ (Frequently asked questions): lista de perguntas e respostas relativas às dúvidas

mais comuns sobre determinado assunto;

Ferramentas: mecanismos disponíveis on-line para facilitar a comunicação entre os

usuários da rede. Exemplos: programas de mecanismo de busca de informação,

programas para comunicação como e-mail, fórum, entre outros;

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Fórum: discussão aberta em que uma ou mais pessoas possuem o conhecimento do

assunto em questão e um grupo inteiro participa;

Grupos de discussão e/ou e-groups ou newsgroups: ferramenta que permite a troca

pública de mensagens sobre os mais variados assuntos e que possibilita o

armazenamento das mensagens em determinado local;

Hardware: equipamento, partes físicas de um computador, como mouse, monitor, teclado,

entre outros;

Home Page: página inicial de qualquer endereço eletrônico que possibilita a conexão ou

hyperlinks para outros servidores da Internet;

MSN:, este serviço permite troca de informação on-line, com conhecimento de quais

usuários estão na rede em dado momento;

Interface: constitui o meio pelo qual se realiza a interação entre o usuário e o software no

qual ele interage. A interface é o que se vê, assim, no caso de uso educacional é

fundamental uma interface agradável entre o aluno e o ambiente de aprendizagem

mediado por novas tecnologias. O termo interface designa um elemento discreto e

tangível através do qual o usuário permite a informação e sua manipulação em um

sistema computacional. É a forma de representação do modelo organizacional da

informação, uma forma de visualização do conteúdo e o meio que permite o acesso a

este mesmo conteúdo;

Internet vídeo: videoconferência via Internet. Esta ferramenta oferece palestras,

seminários e cursos com a vantagem de se ver os participantes;

Intranet: uma rede dentro de uma organização que usa tecnologias da Internet (como o

protocolo HTTP ou FTP). Usando hiperlinks, é possível explorar objetos, documentos,

páginas e outros destinos na intranet;

Hiperlink: texto ou elemento gráfico colorido e sublinhado no qual você clica para ir até

um arquivo, um local de um arquivo, uma página da Web no World Wide Web ou uma

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página da Web em uma intranet. Os hiperlinks podem também levar a grupos de notícias

e sites Gopher, Telnet e FTP;

Lista de discussão: sistema de armazenamento e distribuição de mensagens eletrônicas

para grupos específicos sobre determinado tema, no qual todos os participantes recebem

a mesma mensagem;

Login: nome do usuário para acessar a rede;

Moderador: função exercida por um integrante de uma lista de discussão com a finalidade

de evitar que aquele fórum tenha seus objetivos desvirtuados. Geralmente um moderador

interfere quando as discussões resvalam para a agressividade ou a lista começa a

receber muitas mensagens cujo teor não coincide com o assunto em foco;

Modem: dispositivo que adapta um computador a uma linha telefônica, convertendo os

pulsos digitais do computador para frequências de áudio (analógicas) do sistema

telefônico e as frequências de volta para pulsos no lado receptor;

Multimídia/hipermídia: os sistemas hipermídia/multimídia caracterizam-se pelo tipo de

informação que é especificada, manipulada, editada, armazenada e recuperada. Em seu

sentido mais amplo o termo refere-se à apresentação de informações através da

integração de distintas mídias (textuais, visuais, sonoras e animadas) em uma única

apresentação. É, na verdade, um método de integrar e projetar tecnologias de

computador em uma só plataforma, de maneira a permitir ao usuário final inserção,

criação, manipulação e utilização com o uso de uma só interface;

Mural ou quadro de avisos: é um serviço on-line em que são colocadas mensagens que

ficam à disposição da comunidade para leitura. Em comparação com o correio eletrônico,

o mural eletrônico oferece a vantagem de a mensagem existir sob forma de cópia única,

mais econômica em termos de espaço ocupado e permanecendo exposta, por certo

tempo no site para todos os usuários do serviço;

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Netiqueta ou Netiquette: termo que se refere às boas maneiras no uso da Internet, como

não enviar mensagens que possam ofender alguém ou escrever com letras maiúsculas,

por exemplo;

Sala de aula eletrônica: múltiplas janelas para disponibilizar a informação sobre o

conteúdo que está sendo ensinado/ aprendido e sobre o ambiente de trabalho do aluno e

do professor. Em geral, cada aluno tem uma sala de trabalho pessoal que está interligada

em rede com os outros componentes do grupo. Emulando uma sala de aula tradicional, o

sistema permite que o professor apresente uma lição on-line aos alunos nas estações de

trabalho remotas. Os alunos e o professor possuem janelas com lista de presença,

perguntas e comentários dos participantes, além de ferramentas como chat, mural e

agenda, entre outras;

Software: conjunto de linhas de código com um propósito definido, configurando um

programa para computador;

Site: é o endereço eletrônico (URL). Que direciona, em geral a, uma home page, que

remete a várias páginas especificar, conforme o interesse de quem acessa;

WWW – Word Wide Web: Rede Mundial – pesquisa e recuperação de documentos em

hipertexto e multimídia de acesso público. Esta ferramenta oferece cursos em portais,

home pages, sites, acessar artigos multimídia (texto, som, imagens, gráficos), criar

atalhos entre pessoas com interesse comuns, melhorar a qualidade da pesquisa,

aumentar a produtividade da pesquisa.

(anexo)

Aspectos Pedagógicos das Redes, Edlaine Fátima de Barros1/Carmen Lúcia Pagliotti

de mello2

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170

UNIDADE 26

Objetivo: Orientar o aluno a selecionar as informações que melhor irão auxiliá-lo em suas pesquisas educacionais.

Multimídia: O uso Do Youtube no Processo Educativo.

Tópico I - Primeiros Passos - O que é multimídia

O que é Multimídia?

Sistema de computador que privilegia o uso dos diversos sentidos (visão, audição, tato) no

diálogo entre o homem e a máquina. Este tipo de tecnologia abrange diversas áreas de

informática tradicional quais sejam: processamento gráfico, processamento e análise de

sons, acesso e recuperação de mídias de alta capacidade de armazenamento (discos

ópticos ou grandes winchesters, p.ex.), e unidades de entrada não convencionais (canetas,

joy-sticks...), preocupando-se com a

convivência e a padronização de troca de

informática entre mídias. Este tipo de

sistema não é um fim em si próprio, uma vez

que servirá como ferramenta para criar

software, em qualquer área do

conhecimento, que seja mais fácil de usar e

mais atraente do ponto de vista do usuário

leigo em informática. (Autores: Pedro Luis

Kantek Garcia Navarro e Maria Alexandra V.

C. da Cunha /www.pr.gov.br/).

Podemos entender que multimídia é uma

combinação de áudio, vídeo, texto e

imagens gráficas em aplicativos de

Montagem com foto de Tony Avelar/AP

Cenas do acervo inesgotável do YouTube, e

os inventores do site: revolução da imagem

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171

computado, como usado no YouTube.

Recentemente pesquisas no âmbito da tecnologia educacional apontam que, brevemente, o

termo “multimidia” desaparecerá, pois será confundido com a própria tecnologia educacional.

Podemos afirmar que multimídia ultrapassa a condição de recursos tecnológicos. Trata-se de

um verdadeira revolução conceitual na didática e nas metodologia. A integração, elemento

fundamental dos sistemas “multimidiáticos”, garante um comunicação de mão dupla no

processo ensino-aprendizagem, possibilitando uma relação multidmensional, em que tanto o

emissor como receptor geram uma rede de representações que, ao mesmo tempo que

sustenta e subverte os vínculos sociais, estabelece outras formas de comunicação e de

aprendizagem.

O YouTube é um site na internet que permite que seus usuários carreguem, assistam e

compartilhem vídeos em formato digital. Foi fundado em fevereiro de 2005 por três pioneiros

do PayPa, um famoso site da internet ligado a gerenciamento de doações.

O YouTube utiliza o formato Macromedia Flash para disponibilizar o conteúdo. É o mais

popular site do tipo (com mais de 50% do mercado em 2006) devido à possibilidade de

hospedar quaisquer vídeos (exceto materiais protegidos por copyright, apesar deste material

ser encontrado em abundância no sistema). Hospeda uma grande variedade de filmes,

videoclipes e materiais caseiros. O material encontrado no YouTube pode ser disponibilizado

em blogs e sites pessoais através de mecanismos (APIs) desenvolvidos pelo site.

Possivelmente interessado em expandir o mercado de publicidade de videos através de seu

AdSense e também em se consolidar como um dos maiores serviços de internet do mundo,

foi anunciada em 9 de Outubro de 2006 a compra do YouTube pelo Google, pela quantia de

US$1,65 bilhão em ações. O resultado desta aquisição pode unificar o serviço com o Google

Video.

A revista americana Time (edição de 13 de novembro de 2006) elegeu o YouTube a melhor

invenção do ano por, entre outros motivos, “criar uma nova forma para milhões de pessoas

se entreterem, se educarem e se chocarem de uma maneira como nunca foi vista”(Wilipedia,

a Enciclopédia Livre)

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Na revista Veja na Edição de 1973 de 13 de setembro de 2006

Especial A nova era da televisão

O YouTube, o site de vídeos mais popular da internet, está transformando a relação do

espectador com o mundo da imagem. É uma revolução que marca o fim da TV como se

conhecia até hoje

“O surgimento de sites como o YouTube só foi possível graças aos avanços recentes nas

tecnologias do vídeo. Com a chegada ao mercado de câmeras digitais mais potentes e

baratas, além dos celulares dotados de câmeras, nunca foi tão simples dar uma de cineasta

amador. Mais que qualquer coisa, contudo, o que contribuiu para a popularização do vídeo

na internet foi a evolução das tecnologias de transmissão e compressão de dados – e o que

se vê hoje é só o começo. Mas ainda há gargalos dramáticos a vencer. A pergunta que os

analistas se fazem é como o YouTube passará de uma comunidade cultuada a um negócio

lucrativo. Os custos de manutenção do site, como já dito, são estratosféricos. De acordo

com um concorrente ouvido pela revista inglesa The Economist, os gastos do site para

manter uma conexão de banda larga que dê conta de sua demanda e servidores com

capacidade para armazenar seu acervo ficam na casa dos 500.000 dólares mensais. Seus

fundadores ainda buscam um jeito de ganhar dinheiro com ele. Há duas semanas, foi

veiculada sua primeira campanha oficial de propaganda: uma página com conteúdo pago

pela gravadora da patricinha e dublê de cantora Paris Hilton para divulgar o novo disco da

moça. A questão que se impõe é como faturar sem afugentar um usuário que toma parte

sem pudor nas correntes de "marketing viral", mas é avesso ao assédio da publicidade

convencional.”

“Outra dúvida que paira sobre o YouTube diz respeito aos direitos autorais. O site tem como

conduta retirar do ar os vídeos que geram reclamações de empresas e artistas, mas parece

uma missão impossível filtrar tudo o que é postado nele. Os mais céticos apostam que ele

poderá tornar-se para o mercado de vídeo na internet aquilo que o Napster representou para

a troca de música na rede: uma iniciativa pioneira que se afundou numa enxurrada de

processos. Pode até ser. Mas, assim como o Napster mudou a indústria da música, a

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revolução do YouTube já estará consumada. “

Com reportagem de Anna Carolina Mello,

Carlos Rydlewski e Jerônimo Teixeira

Notícias que precisamos saber:

Jornal a Gazeta de 12 de Fevereiro de 2008;

Tópico II - YouTube agora cabe no seu celular

Gustavo Jreige

O que você faz enquanto está naquela interminável fila de banco? Que tal assistir aos vídeos

do YouTube utilizando seu aparelho celular? Isso é possível com o YouTube Mobile, que tem

milhões de vídeos à disposição. Agora ele fala português e certamente fará o tempo passar

bem mais depressa enquanto você espera a sua vez de ser atendido

Basta ter um aparelho com acesso à Internet e suporte a transmissões de vídeo em

streaming (em tempo real) para poder conferir o acervo do site através do próprio navegador

de Internet do seu celular, em uma interface especialmente desenvolvida para esse tipo de

dispositivo.

Dá ainda para acessar a sua conta do YouTube, reproduzir as playlists que você montou e

até fazer comentários, como se estivesse em frente à tela do PC.

O YouTube Mobile conserva o que há de melhor em sua versão para computador: a

simplicidade de navegação e o amplo conteúdo. Seu grande problema é o mesmo de quase

todos os serviços para celular: o alto custo do tráfego de dados.

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Apesar de ser gratuito como o YouTube, o Móbile consome um grande número de dados

para conseguir transmitir os vídeos, o que pode elevar os gastos com sua operadora de

celular.

A Tim fechou uma parceria com o Google, o dono do YouTube, e agora, além de oferecer os

serviços do site por meio de seu portal WAP, também possui uma tarifação diferenciada para

seus vídeos - mas, ainda assim, a brincadeira pode sair cara.

Sabemos que existe uma grande diversidade de vídeos que podem ser utilizados com

finalidades educativas. Podemos até chegar a considerar que todo programa audiovisual é

passível de ser trabalhado pedagogicamente, se isso for feito de modo crítico. Podemos

afirmar ainda que a educação constitui, hoje, um grande mercado consumidor de recursos

audiovisuais, mesmo que não tiremos deles todo o proveito. Um dos aspectos fundamentais

da incorporação dos recursos audiovisuais à educação é a exigência de uma maior sintonia

entre a área de produção dos programas e a escola.

Existem ainda os vídeos indicados para algumas faixas etárias específicas, como os

programas infantis e os programas para jovens, que a cada dia ganham mais espaço e

patrocinadores. Esses formatos podem, também, ser classificados em função de seus

objetivos: produtos educativo, documentários, teleaulas, religiosos, de entretenimento,

musicais, entrevistas, shows de variedade e jornalísticos, entre outros. Diante dessa

quantidade de programas de vídeos de diversos formatos, é difícil selecionar os mais

apropriados para garantir a aprendizagem dos alunos. É preciso construir um olhar crítico

capaz de selecionar os programas adequados.

Para finalizarmos é importante entendermos que a questão do audiovisual não está apenas

relacionada a uma simples escolha de recursos tecnológicos, mas a uma expressão

audiovisual, significativa e constante na sociedade. Com o telefone, o rádio, a televisão e o

computador, o homem satisfaz o seu desejo de se comunicar ao vivo e a distância, por meio

da linguagem e do som, e, paradoxalmente, vai se tornando mais e mais seu dependente. A

era da comunicação de massa criou uma nova sociedade, ávida pela velocidade e

instantaneidade da informação. Hoje, podemos reunir Televisão + Vídeo e termos este

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acesso em qualquer lugar da nossa casa e fora dela. O que devemos fazer com esta gama

informações é filtrá-las.

Leia a reportagem na íntegra no site http://veja.abril.com.br/130906/p_088.html em 13

de setembro de 2006, nº 36.

Vimos que o acesso ao YouTube está hoje até no celular. Se por um lado essa

tecnologia é uma grande ferramenta para educação, por outro lado sabemos que

existem muitas outras informações desnecessárias e imprórias para determinadas

faixas etárias de nossos alunos, como também informações contendo conceitos ou

valores distorcidos. Como você conduziria seus alunos para uma correta utilização do

YouTube e outros sites similares?

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UNIDADE 27

Objetivos: Conhecer o software educativo como um dos recursos de tecnologia educacional.

O Software - Um dos Métodos mais Aplicados

Tópico I O computador e o software educativo

O software que é utilizado como recurso de Tecnologia Educacional é um ponto muito crítico

no projeto. Deve haver um equilíbrio entre a filosofia da educação e a filosofia da escola.

Houve influências de grande peso no estudo de elaboração dos softwares utilizados como

recursos educacionais.

A primeira coisa que temos de ter em mente é o conceito técnico de software.

Software – é a parte lógica de um sistema de computação. São os programas.

Outro conceito que deve ser observado é o de educativo.

Educativo – que educa; que serve para educar. Instrutivo.

Do ponto de vista técnico o software educativo tem que possuir sua qualidade e abrangência.

Ainda não se tem o conceito do software ideal o que se sabe é o que o programa tem que

ser interdisciplinar.

Software educativo é o tipo da tecnologia educacional que permite uma integração entre o

aluno e o material. Segundo Schaefermeyer, os atributos necessários no software educativo

são:

Planejamento das atividades de aprendizagem;

Identificação do programa junto ao currículo escolar;

Identificação da modalidade instrucional;

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Ramificação;

Acesso ao menu e possibilidade de gerenciamento a partir do menu;

Relacionamento entre gráfico e conteúdo;

Uso de sugestões e prompt;

Garantia do controle de aprendizagem pelo aluno;

Gerenciamento da instrução;

Feedback apropriado;

Geração randônica de atividades;

Combinação do tempo de execução das instruções e o tempo de aula;

Manual do professor e do aluno;

Uso de técnica que permitam respostas rápidas;

Fornecimento de resultados e / ou avaliação dos alunos.

Porém Branson define que o programa deve atender a um paradigma que molde o projeto às

necessidades apresentadas, e segundo ele os requisitos necessários são:

Melhoria do autoconceito da criança;

Otimizar o tempo de utilização;

Aumentar a qualidade e quantidade de feeedback;

Melhoria na qualidade do material instrucional;

Melhoria das habilidades de gerenciamento da criança;

Incorporação de uma progressão do aluno baseado em seu desempenho;

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178

Integrar o software ao currículo de forma horizontal e vertical;

Acumulação da evolução e/ou progresso do aluno através da avaliação e revisão do

trabalho.

O uso da Informática como Tecnologia Educacional trabalha com quatro paradigmas

educacionais onde o software é inserido.

Tópico II - Paradigmas da educação

PARADIGMA DEFINIÇÃO

Conjuntural O computador constrói e avalia modelos.

Emancipatório O computador é uma ferramenta para

manipulação, tratamento e recuperação da

Informação tendo como finalidade concentrar

as crianças no processo de aprendizagem.

Instrucional O computador trabalha com instrução

programada e exercício e prática

Revelatório Através de simulações faz descobertas.

Nomes importantes na aplicação ou desenvolvimento do software educativo são:

SKINNER – afirma que a aprendizagem é definida como uma mudança

observável. A estrutura interna do raciocínio e o processo de aprendizagem

é irrelevante ao processo de instrução. Skinner considera o ser humano

como resultado da herança genética e das experiências que adquire na interação com o

ambiente, não rejeita os reflexos que são representações dos eventos mentais internos.

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Segundo Oliveira e Chadwick (1984), “Skinner afirma que o que ocorre na mente não causa

o comportamento , mas é um resultado periférico ou colateral do comportamento.” (p. 83)

Para Skinner, o software educativo tem que dar uma sequência ao ensino, ou seja, a criança

tem que ser capaz de responder às instruções de forma acertada ao que lhe é pedido.

Esta sequência necessita de uma estrutura na qual a criança possa ter participação ativa e

que haja um reforço a cada atividade sugerida. O que é sugerido por Skinner é que esta

sequência seja efetiva e para que isso ocorra é necessário que as ajudas e orientações

dadas às crenças sejam minimizadas para que cheguem ao final das atividades com

condições próprias. A definição dada segundo Skinner, a sequência efetiva é de uma

aprendizagem multidimensional.

GAGNÉ – determina uma variedade de tipos de aprendizagem e o

relacionamento com a instrução de forma bem elaborada.

Segundo Oliveira e Chadwick (1984) “a aprendizagem é um processo que

permite a organismos vivos modificarem seus comportamentos de

maneira rápida e mais ou menos permanente, de forma que a mesma modificação não tenha

que se repetir a cada situação. A prova de que a aprendizagem ocorreu consiste na

verificação de uma mudança comportamental relativamente persistente. Interfere-se dessa

observação que o organismo procedeu a uma mudança interna e, portanto, que aprendeu.”

(p. 47)

Gagné, afirma que a aprendizagem é um processo e que é necessário observar às

condições internas da criança. De acordo com seus princípios, o software educativo tem de

trabalhar a aprendizagem e a memória como processamento de informação.

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Tópico III - Modelo de Aprendizagem

e Controle executivo Expectativas

f

a e

m t Gerador de

b o respostas

i r

e e

n s memória de memória

t curto prazo de longo

e receptores registro sensorial prazo

Chadwick e Oliveira, 1984

O software terá que atender as 8 fases internas do processo de aprendizagem, São elas:

motivação, apreensão, aquisição, retenção, lembrança generalização, desempenho e

feedback.

A relação entre as fases e o que se deseja com a aprendizagem é necessário para que o

resultado seja promovido observar dois tipos de condições, eventos internos e eventos

externos.

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Tópico IV - Eventos e ações

EVENTOS AÇÕES

Internos Atenção, motivação, grau de desenvolvimento intelectual.

Externos O ensino propriamente dito.

Para cada tipo de aprendizagem os eventos da instrução são diferentes.

BRUNER – não possui uma teoria de aprendizagem completa. Tem como ponto de partido a

participação ativa da criança formando a aprendizagem por descoberta. O crescimento

intelectual depende do domínio de certas técnicas e não pode ser trabalhado de forma

isolada. A observação será feita em cima das formas elementares do raciocínio humano e

os conceitos adquiridos com as condições práticas de manipulação de materiais que a

criança deve desenvolver sozinha.

Tópico V - Estágios de desenvolvimento mental

Representação Definição

Inativa representar eventos passados através de respostas motoras

apropriadas

Icônica eventos interpretados através da organização seletiva de percepção e

imagens por meios de estruturas especiais, temporais e conotativas

como as crianças percebem o ambiente e o transformam em imagem

Simbólica os elementos do ambiente não precisam estar presentes no tempo e em

ordem. Seu ambiente é interno e inclui a historicidade e arbitrariedade

O objetivo do software educativo segundo a teoria descrita deve promover a descoberta

como objetivo final, sendo que vários fatores serão analisados e observados. Para Brunner,

o modelo do currículo aplicado é em espiral.

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Para que haja a obtenção dos pontos positivos na proposta implantada com informática

educativa, são necessários seis fatores.

1. Organizar sequências de instruções de maneira que o aluno perceba a estrutura dos

materiais por indução de instâncias particulares.

2. Promover a transferência, quando esta for esperada como pressuposto da

aprendizagem.

3. Usar contraste nas sequências.

4. Evitar simbolização prematura oferecendo imagens.

5. Possibilitar que o aluno adquira prática permitindo dois tipos de experiência: incursões

genéricas sobre o material e aprofundamento de tópicos de interesse.

6. Promover revisões periódicas dos conceitos e atividades já aprendidas aplicando

novas e complexas condições (currículo especial).

PIAGET – conceitua a aprendizagem como uma aquisição realizada em

função de experiência ao longo do tempo. Observou-se nesta teoria que o

conceito de aprendizagem não depende somente de dados fornecidos pela

experiência externa e sim como se organiza as características dos níveis

diferentes do aprendizado. Aplica que o conhecimento é através da maturação biológica e o

aprendizado é dado em duas formas.

1. desenvolvimento da inteligência ;

2. aquisição de novas respostas a situações específicas e/ou aquisição de novas

estruturas para determinadas operações mentais.

O software educativo escolhido deve trabalhar com diferentes estilos de aprendizagem e a

sua prática deve estar vinculada à filosofia pedagógica da escola. O material irá abranger os

conceitos de cognição, pedagogia e informática de uma única forma.

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Tópico VI - Tipos de Software Educacional

Exercício e prática – suplementa o ensino de sala de aula.

Tutorial – função de apoio ou reforço.

Simulação e modelagem – modelo simbólico e representativo da realidade.

Jogos educativos – recreação com propostas de aprendizagem.

Hipertexto – forma linear de armazenamento e recuperação de informações.

Sistema baseado em conhecimento – aplicações de inteligência artificial e ciência cognitiva

em educação.

Através de análises feitas, o ideal é que a instituição trabalhe com várias teorias e a partir

deste ponto, comecem a construir o seu programa de forma personalizada atendendo sua

comunidade e paralelamente a filosofia pedagógica. Outro aspecto observado foi a relação

custo benefício quanto a aquisição do software educativo. A plataforma lógica é tão

importante quanto a física.

Taylor em 1980 foi quem classificou o software educativo pela primeira vez. Sua principal

finalidade é ser uma ferramenta para construção do aprendizado.

(anexo) O USO DE SOFTWARES DE GEOMETRIA DINÂMICA COMO AUXÍLIO AO

DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO DE VISUALIZAÇÃO GEOMÉTRICA

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UNIDADE 28

Objetivo: Conhecer os softwares exercício e prática e o tutorial e sua aplicabilidades na educação.

Modalidade de Software educacional na Web e Ambientes de Aprendizagem – Parte I – Exercício e Prática/Tutorial.

Tópico I - Exercício e Prática

Forma tradicional na qual os computadores têm sido utilizados em educação. É o tipo de

software mais fácil de ser desenvolvido e utilizado porque visa à aquisição de uma habilidade

ou à aplicação de um conteúdo já conhecido pelo aluno, mas não inteiramente dominado.

Pode ser utilizado a fim de suplementar o ensino de conteúdos e aumentar e/ou automatizar

habilidades básicas. Em geral, utiliza feedback positivo e não julga as respostas erradas. Os

alunos trabalham com uma seleção randômica de problemas, repetindo o exercício quantas

vezes forem necessárias para atingir os objetivos determinados no programa. As respostas

erradas são rapidamente detectadas, o que reduz a possibilidade de reforço em

procedimentos errôneos.

Tópico II - Características do Exercício e Prática

Ser fácil de usar;

Fornecer variadas modalidades de práticas de habilidades;

Explorar capacidades da tecnologia - som, cor, animação;

Incluir elementos de jogo;

Considerar variáveis e preferências do aluno;

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Ter pequena duração, para não se tornar cansativo;

Fornecer instruções claras, orientando para a tarefa e informando as expectativas de

desempenho;

Motivar o aluno para o melhor desempenho;

Focalizar uma ou duas habilidades, bem definidas em vez de várias habilidades

simultaneamente;

Permitir que o aluno selecione o nível de dificuldade;

Apresentar um pequeno número de itens, dependendo do grau de dificuldade e da

clientela;

Organizar aleatoriamente os itens, evitando que o aluno trabalhe com o mesmo

conjunto de itens ou substituindo-o por novos itens;

Conter um mecanismo de pré-teste para diagnosticar o nível do aluno;

Exigir respostas breves;

Reforçar respostas corretas e ajudar o aluno a identificar e corrigir as respostas

incorretas;

Oferecer feedback para cada resposta;

Interromper se o desempenho estiver abaixo de determinado limite, não permitindo

que o aluno vá até o final sem proveito e encaminhando-o para atividades mais

adequadas ao seu nível;

Apresentar resumo do desempenho do aluno ao final da tarefa;

Selecionar quantidade e complexidade dos itens e ritmo de apresentação;

Oferecer relatórios de desempenho de cada aluno e do grupo.

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Tópico III - Tutorial

Os programas tutoriais são muito utilizados para introduzir conceitos novos, apresentar

habilidades, facilitar a aquisição de conceitos, princípios e/ou generalizações através da

transmissão de determinado conteúdo ou da proposição de atividades. Eles também servem

como apoio ou reforço para aulas, para preparação ou revisão de atividades, entre outros

aspectos.

Tópico IV - Características do Tutorial

Usar estratégias para que a atividade seja reconhecida pelo aluno como significativa,

agradável ou apropriada para suas necessidades;

Ganhar a atenção pelo uso de gráficos, som, cor, animação e humor, usados com

critério para não distrair a atenção do aluno;

Mostrar uma breve descrição da finalidade da lição e o valor do conhecimento οu

habilidade a ser aprendida;

Expressar os objetivos a serem alcançados ao final do programa e exemplos do

desempenho solicitado ao aluno;

Relembrar os pré-requisitos através do uso de questões de revisão, exemplos e

definições;

Apresentar estímulos, que podem consistir em definições, exemplos e contra-

exemplos;

Fornecer orientação, incluindo pistas e diretrizes para facilitar a aprendizagem e

apresentando questões para ajudar o aluno a descobrir regras ou conceitos;

Promover aplicação das habilidades aprendidas, como classificar novos exemplos e

contra-exemplos de um conceito ou aplicar uma regra a novos problemas;

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187

Fornecer feedback, analisando as respostas incorretas e encaminhando para a

resposta certa;

Permitir que cada lição seja usada independentemente de outras, escolhida pelo

professor ou pelo aluno;

Analisar as repostas do aluno para determinar os estímulos adequados a serem

apresentados em seguida, podendo encaminhá-lo para material corretivo ou passar

para um nível de maior dificuldade;

Avaliar o desempenho do aluno para determinar se ele alcançou os objetivos da lição,

registrando e apresentando relatório dos resultados;

Facilitar retenção e transferência, dando exemplos e sugerindo outras práticas;

Incluir elementos, como a prática com as estratégias usadas em exercício e atividades

de simulação, se for necessária uma experiência realística, estratégias de jogo para

ganhar e manter a atenção do aluno.

(Anexo)

A construção coletiva com crianças em ambientes virtuais

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UNIDADE 29

Objetivos: Introduzir os games educativos como recursos didáticos pedagógicos.

Modalidade de Software Educacional na Web E Ambientes de Aprendizagem – Parte Ii - Jogos Educativos

Tópico I - Games Educativos - Desenvolvendo O Lúdico Na Aprendizagem

A busca por novos métodos de ensino-aprendizagem, que estejam mais integrados com as

tecnologias digitais de que dispomos e com as quais interagimos diariamente, tem

despertado o interesse pela utilização de suportes computacionais em Educação. Dentre

eles, é notável uma tendência para a pesquisa no uso games.

Esse interesse se justifica, na medida em que os games possibilitam experiências com o

conhecimento de forma interativa, ou seja, aprender sobre um assunto a partir de sua

inserção no contexto desse assunto (imersão), causando e recebendo “feedback” a cada

ação que fizer (interação).

Um game é um produto de software cujo desenvolvimento envolve uma equipe

interdisciplinar formada por roteiristas, programadores e designers. O papel desempenhado

pelo game designer é fundamental, pois o sucesso dos games está alicerçado na qualidade

dos gráficos e do roteiro, fatores decisivos na motivação em jogar. Por outro lado os jogos

tem o objetivo de despertar determinadas habilidades importantes no crescimento integral do

homem como exemplo:

Desenvolvimento pessoal e social: o desenvolvimento pessoal e social inclui as aptidões

necessárias para que a criança compreenda e saiba lidar com seus sentimentos, interagir

com outras pessoas, e firmar-se como pessoa. O desenvolvimento pessoal e social da

criança baseia-se no seu relacionamento com os pais e outras pessoas. Abrange o que a

criança acha de si mesma, como se vê como aprendiz, e o seu senso de responsabilidade

perante si e os outros.

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Raciocínio matemático: o fundamental para a aprendizagem da matemática é saber entender

os números, medidas, padrões e formas. As crianças precisam usar na prática esses

conceitos básicos de solução de problemas para trabalharem com a matemática elementar.

Raciocínio científico: o raciocínio científico envolve explorar o ambiente e aprender a

importância de fazer perguntas. É preciso dar oportunidade para que as crianças investiguem

o mundo através de observação, descrição, questionamento, formulação de explicações e de

conclusões.

Estudos sociais: os estudos sociais referem-se à forma como a criança compreende o

mundo à sua volta. Eles começam a entender que são pessoas distintas, a reconhecer e

apreciar as diferenças entre as pessoas e a reparar em outras culturas e no mundo que as

cerca.

As artes: as artes incluem a participação da criança em dança, teatro, belas artes e música.

Envolve a participação ativa da criança e aprender a dar valor ao que está vendo.

Desenvolvimento físico e saúde: desenvolvimento físico e a saúde incluem aptidões como

segurar um lápis para desenhar e escrever, correr e pular, e saber como ficar longe do

perigo. Isto é ser sadio.

Com jogos aprende-se a negociar, a persuadir, a cooperar, a respeitar a inteligência dos

adversários, a projetar consequências de longo prazo em um cenário, a ver o todo mais do

que as partes (FONSECA JR., 1993).

Tópico II – Características dos Jogos Educativos

Fornecer instruções claras para os participantes; os objetivos do jogo devem ser

perfeitamente compreendidos pelo aluno, os procedimentos bem definidos;

Enfatizar respostas frequentes e facilmente geradas;

Atrair e manter o interesse e o entusiasmo;

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190

Promover interações para facilitar o alcance do objetivo;

Dar o controle ao jogador, tanto da interação, quanto da continuação do jogo, do nível

de dificuldade, da taxa de avanço e da possibilidade de repetir segmentos;

Incorporar o desafio, que pode ser desenvolvido por interações que levem a um

objetivo evidente, níveis, variáveis de solução do problema, feedback do progresso,

resultado incerto, registro dos pontos, velocidade da resposta e randomização da

sequência;

Explorar a fantasia, que pode ser criada pelo uso de habilidades específicas que

afetem o progresso do jogo ou a situação a ser solucionada;

Despertar a curiosidade pelo uso de feedback construtivo randômico para facilitar o

aumento do conhecimento do jogador e promover sua precisão;

Explorar efeitos auditivos e visuais para aumentar a curiosidade e a fantasi;

Explorar a competição;

Informar o sentido das atividades, os papéis que podem ser desempenhados, as

relações entre as ações do aluno e as consequências no jogo;

Fornecer instruções inequívocas, exceto quando a descoberta de regras for uma parte

integrante do jogo;

Fornecer as diretrizes no início e mantê-las disponíveis durante o jogo, especialmente

naqueles longos e complexos;

Identificar a relação causa-efeito entre as respostas do aluno e as consequências no

jogo com as respostas corretas ou incorretas que causam modificações no cenário;

Utilizar mecanismos para corrigir os erros e melhorar o desempenho;

Informar os alunos do nível de seu desempenho durante o jogo e do seu desempenho

global ao final.

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O enfoque de resolução de problemas no ensino por computador se baseia na hipótese de

que o esforço mental necessário para escrever um programa ajuda o desenvolvimento da

técnica de resolução de problemas em geral. A filosofia subjacente nesse enfoque, segundo

O’Shea e Self (1985), consiste na crença do que poderia ser resumido em aprender fazendo,

enquanto a simulação corresponderia a um aprender observando. Bitter e Camuse (1984),

no entanto, ressaltam que o software para resolução de problemas requer uma estratégia por

parte do aluno. Uma situação problema é apresentada ao aluno-usuário e ele deve resolvê-

la. Os conceitos não são ensinados, e os alunos utilizam o que já sabem, aprendem com

seus erros e redefinem padrões à medida que atingem o domínio de determinadas técnicas.

Acesse o vídeo Games educativos: uma nova forma de Educação, no

site:http://www.youtube.com/results?search_query=Games+educativos%3A+uma+nova+f

orma+de+educa%C3%A7%C3%A3o&search_type=

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UNIDADE 30

Objetivos: Conhecer o hipertexto e hiperdocumentos como ferramentas educacionais no ambientes de redes.

Modalidade de Software Educacional na Web e Ambientes de Aprendizagem – Parte III - Hipertexto e Hiperdocumentos no Ambiente de Redes

Tópico I – Hipertexto significado da palavra

"Conjunto de nós, que podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos,

sequências sonoras, documentos, ligados por conexões entre textos, permitindo

focalizar as inter-relações entre diversas áreas do conhecimento. (Veja: verbete

""Hipertexto"", no Dic. Houaiss)"

O Hipertexto é também comumente definido como uma forma não-linear de armazenamento

e recuperação de informações. Isso significa que a informação pode ser examinada em

qualquer ordem, através da seleção de tópicos de interesse. Vendo por este ângulo, um

hipertexto tem como principal característica a capacidade de interligar pedaços de textos ou

outros tipos de informação entre si através do uso de palavras-chave.

Para COSCARELLI, 2006, o hipertexto não é capaz de mudar por si só a aprendizagem

descontextualizada e fragmentada da escola. Mas pode contribuir para o estabelecimento de

múltiplas relações entre as informações. Pode ainda estimular o pensamento crítico e

autônomo do estudante. Mas para que isso aconteça, é preciso que o hipertexto seja alvo de

um trabalho colaborativo criado e discutido por professores e alunos.

Tópico II – Tipos de Hipertextos

O produto de hipermídia consiste em sistemas que tornam possível a disponibilidade de uma

grande quantidade de material de aprendizagem estruturado. Esse material é acessível a

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193

partir de uma máquina e navegável através de ligações explícitas. O material de

aprendizagem armazenado no produto de hipermídia envolve comunicação de instruções

baseada em diferentes canais (texto, gráficos, áudio, vídeo etc.).

Esses ambientes de desenvolvimento podem ser utilizados por profissionais como sistemas

de autoria para desenvolver software educacional como tutorais, testes, exercícios entre

outros. Um típico software de hipertexto consiste em um editor gráfico, uma base de dados e

uma ferramenta de browsing para uma visão tridimensional.

A forma mais simples de hipertexto é a do tipo nó-ligação, que consiste na estrutura básica

que funciona como um glossário de acesso aleatório, favorecendo um acesso direto a

qualquer nó do programa.

O hipertexto do tipo estruturado consiste em um conjunto de nós. Cada conjunto é ligado a

outro conjunto, sendo chamados de contextos. Cada contexto pode consistir em um arquivo

de texto ou uma base de dados. Nesse caso, o hipertexto funciona como uma meta-base de

dados controlando o acesso a cada base.

Já o hipertexto hierárquico representa um projeto mais estruturado que o anterior. A

diferença se situa no tipo de grau da estrutura. A distribuição do conteúdo dentro do

hipertexto é hierárquica, com conceitos detalhados subsumidos nos conceitos mais gerais.

TÓPICO III – Características do Hipertexto

Uso de recursos sonoros e visuais;

Enfatizar respostas frequentes e facilmente geradas;

Representação, de figuras, diagramas ou ícones das estruturas de informação e dos

comandos;

Uso de dispositivos para interação, como mouse, tela sensível ao toque;

Uso dos menus;

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Utilização de tela gráfica com alta resolução;

Facilidade e rapidez de acesso à informação;

Conectividade do texto;

Facilidade de navegação;

Estruturação da informação em hierarquias simples, múltiplas ou em redes;

Possibilidade de documentos personalizados;

Modularidade da informação;

Possibilidade de trabalho cooperativo;

Possibilidade de estruturação de documentos multidimensionais;

Desdobramento da informação em pequenas unidades;

Construção de estruturas de informação, a partir da criação, edição e ligações das

unidades;

Granularidade de centralização, descentralização e reagrupamento da informação;

Possibilidade de diferentes níveis e estilos de aprendizagem.

Tópico IV - Hiperdocumentos no ambiente de redes

A Internet vem sendo utilizada no apoio à Educação, em particular à Educação a Distância,

devido, principalmente, à natureza de seus serviços, sua abrangência e seu custo. Entre

todos os serviços de acesso a informações oferecidos pela Internet, a World Wide Web

(WWW), é aquela que, atualmente, possibilita a maior difusão de aplicações educacionais.

A WWW foi concebida como um integrador de textos, imagens e sons baseado em

hipermídia. Ela permite ao usuário buscar e recuperar informações distribuídas por diversos

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computadores que integram a rede e que suportam esse serviço. A WWW torna irrelevante

para o usuário a localização física dos documentos recuperados.

Devido à grande quantidade de informações disponibilizadas pela rede, faz-se necessária a

utilização de ferramentas que auxiliem a seleção dessas informações. O ato de conectar-se a

diferentes computadores da rede em busca de informações é denominado navegação, e os

softwares através dos quais se realiza a navegação são conhecidos como browsers. Tais

softwares isolam o usuário de detalhes técnicos.

A navegação educativa na Internet amplia significativamente os recursos de apoio à

Educação em todos os níveis de ensino, podendo ser utilizada para obtenção de artigos e

publicações, informações sobre programas educativos, cursos on-line e, até mesmo, para

conduzir o usuário a ambientes virtuais (museus, lugares históricos, centros de pesquisa

etc.). As potencialidades da Internet na Educação não se limitam apenas à busca de

informações, pois a Internet surge como um novo instrumento com o qual é possível ensinar,

aprender, discutir e construir.

As informações disponibilizadas na WWW são estruturadas como hipertextos através da

associação entre termos préselecionados pelo autor e outros documentos. Esses

documentos são constituídos de textos, imagens, vídeos, sons e gráficos. A associação

depende do autor e pode possuir objetivos diversos, tais como explicar ou detalhar um

conceito, definir um termo, ilustrar um fato, apresentar uma informação correlata, etc. O autor

necessita, portanto, de uma linguagem de autoria que lhe permita preparar os documentos

estabelecendo os links (associações) entre os termos pré-selecionados com os demais

documentos. As linguagens atualmente mais utilizadas para construir documentos para o

ambiente WWW são: HTML (Hyper Text Markup Language) e JAVA. Existe também a VRML

(Virtual Reality Markup Language), utilizada para construção de objetos e ambientes

tridimensionais.

Tópico V - Características dos hiperdocumentos no ambiente de redes

Os hiperdocumentos no ambiente de redes dispõem das seguintes características:

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Facilidade de entendimento da estrutura;

Alterabilidade corretiva;

Clareza das informações e dos comandos;

Eficiência de utilização e sequenciação;

Adequação do vocabulário ao nível do usuário;

Existência de recursos motivacionais;

Facilidade de leitura de textos na tela;

Agilidade para acionar links;

Uso de ilustrações, de animação, de vídeo e recursos sonoros;

Uso de marcas especiais e de ícones;

Suporte para múltiplas janelas;

Seleção de auxílio;

Tutorial para leitura;

Rapidez na transmissão de informações pela rede.

(Anexo)

Pré-autoria em um ambiente adaptativo de ensino via web

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Atividade Dissertativa

Elabore a partir dos estudos da unidade e de seus conhecimentos, um texto dissertativo

opinativo sobre O uso da Informática na vida do Estudante seja: nos espaços da sala de

aula, domésticos ou profissionais.

O texto deverá conter entre 20 e 30 linhas utilizando fonte: Arial ou Times; tamanho 12 -

espaçamento entre linhas simples.

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GLOSSÁRIO Caso haja dúvidas sobre algum termo ou sigla utilizada, consulte o link glossário em sua sala

de aula, no site da ESAB.

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BIBLIOGRAFIA