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SOCIEDADE. Trabalhadores da OGMA estão a ser convidados a rescindir por mútuo acordo. A administração justifica-se com “a crise do sector aeronáutico”. p. 4 REPORTAGEM. A associação “Companheiros da Noite” apoia pessoas que vivem abaixo do limiar da pobreza. É uma estatística que tende a aumentar. p. 5 DESPORTO. “Futsal Dinâmico” tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos. David Vilela, antigo futebolista do FCA, e a esposa dão corpo ao projecto. p. 13 LAZER. Cabo Verde e Salamanca (Espanha) são dois destinos para o Fim de Ano. O “NA” inicia neste número uma rubrica sobre viagens. p. 15 na Novembro_09 Ano 25 Nº 258 Gratuito Director António Castanho João de Carvalho o novo “actor” da política concelhia ENTREVISTA A subida exponencial da Coligação “Novo Rumo”, nas últimas autárquicas, valeu ao social-democrata – e actor – o convite para ficar com um pelouro que tanto lhe diz. p. 8,9 Notícias de Alverca Pub REPORTAGEM Os números do desemprego continuam a aumentar. Pessoas de todas as idades fazem fila à porta do Centro de Emprego de Vila Franca de Xira. Neste número trazemos-lhe histórias de vidas em suspenso que aguardam por melhores dias. p. 2,3

Notícias de Alverca

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Edição de Novembro 2009

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Page 1: Notícias de Alverca

SOCIEDADE. Trabalhadores da OGMA estãoa ser convidados a rescindir por mútuo acordo.A administração justifica-se com “a crise dosector aeronáutico”. p. 4

REPORTAGEM. A associação “Companheirosda Noite” apoia pessoas que vivem abaixo dolimiar da pobreza. É uma estatística que tendea aumentar. p. 5

DESPORTO. “Futsal Dinâmico” tem vindo aganhar cada vez mais adeptos. David Vilela,antigo futebolista do FCA, e a esposa dãocorpo ao projecto. p. 13

LAZER. Cabo Verde e Salamanca (Espanha)são dois destinos para o Fim de Ano. O “NA”inicia neste número uma rubrica sobre viagens.

p. 15

naNovembro_09 Ano 25 Nº 258 Gratuito

DirectorAntónio Castanho

João de Carvalhoo novo “actor”

da política concelhia

ENTREVISTA

A subida exponencial da Coligação“Novo Rumo”, nas últimas autárquicas,valeu ao social-democrata – e actor – o

convite para ficar com um pelouro que tanto lhe diz.

p. 8,9

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REPORTAGEMOs números do desemprego

continuam a aumentar. Pessoas detodas as idades fazem fila à porta

do Centro de Emprego de VilaFranca de Xira. Neste número

trazemos-lhe histórias de vidas emsuspenso que aguardam por

melhores dias.p. 2,3

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Ana Filipa de Sousa

Ariana Maria Fran-cisca, 31 anos. Mãede duas crianças. De-

sempregada há mais de trêsmeses e sem direito a subsí-dio de desemprego. O rostode uma história que, infeliz-mente, não é única numaregião que conta, cada vezmais, com casos destanatureza. Depois de um percurso emvárias empresas de trabalhotemporário, quase sempre naárea da logística, ArianaFrancisca vê-se desde Julhosem qualquer perspectivaque a faça ter esperança num

futuro mais animador. As di-ficuldades adensaram-se nosúltimos tempos. O pai dascrianças deixou de pagar apensão de alimentos e a situ-ação passou a assumir con-tornos mais dramáticos.“Tem sido muito difícil etem-me valido a alimentaçãoque a Igreja disponibiliza...senãojá estaríamos a passar fome hámuito tempo”. Completamente desesperada,a jovem residente no Forteda Casa procura no Centrode Emprego de Vila Francade Xira a luz que teima em seacender para a sua família.Sem alternativa, diz-sepronta para “fazer o quehouver para fazer”, embora

confidencie que “era numacozinha que gostava de ar-ranjar trabalho, mas comonão tenho conseguido nadaem lado nenhum já encaroqualquer coisa”.Como Ariana Francisca, sãoinúmeras as histórias que seencontram e se cruzam àsportas do centro de emprego

vila-franquense. Histórias devidas em suspenso e quetrazem reflectidas no rosto aesperança de encontrar alimesmo a alternativa para osustento diário. Que o diga Maria de Jesus. Aperegrinação até ao centro deemprego já se tornou se-manal. È assim há quase três

anos para esta mulher resi-dente em Vialonga, desdeque o contrato de trabalhoque tinha não foi renovadopela entidade patronal. “Es-tive seis meses a trabalhar najunta de freguesia com umcontrato, mas que não foirenovado…Assim que fiqueidesempregada inscrevi-melogo no centro de emprego,mas não tenho tido sortenenhuma…eles dizem quehá muita gente à procura,que há cada vez menos ofer-tas, mas para não perdermosa esperança, aparecer sempreque pudermos e continuar aprocurar sempre…só que,pelo menos no meu caso, atéagora ainda não consegui

nada”. Num mercado de trabalhoonde a oferta é cada vez maisreduzida e a procura cada vezmaior, não se pense porémque habilitações académicase formação profissional espe-cializada garantem emprega-bilidade. João Lopes é oespelho dessa mesma reali-dade. Depois de alguns anosa trabalhar na Alemanha, naárea da indústria aeronáu-tica, este técnico tem perfeitaconsciência de que, infeliz-mente, não conseguiráexercer a sua profissão nomercado de trabalho por-tuguês. A área é restrita edificilmente conseguirá co-locação como técnico de

02 | Notícias de Alverca Novembro 2009

REPORTAGEM. O cenário repete-se e tende a agravar-se. Todos os dias são muitos os que procuram no

Centro de Emprego de Vila Franca de Xira uma alternativa que coloque um ponto final à instabilidade causada

pela situação de desemprego….mas não o conseguem. Jovens e menos jovens, com ou sem habilitações

literárias, procuram uma saída que lhes garanta o sustento diário, mas que cada vez mais escasseia e

engrossa os números do desemprego no concelho.

Quase seis mil procuram

1. Todos os dias centenas de pessoas procuramsolução nas vitrines do Centro de Emprego.

2. Ariana Francisca está desempregada há maisde três meses e sem subsídio de desemprego.

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manutenção aeronáutica. A manhã de quinta-feira começa,por isso mesmo, com o recursoàquela que se apresenta como a úl-tima alternativa. A inscrição noCentro de Emprego de Vila Francaé para já a forma encontrada paraeste residente em São João dosMontes tentar dar a volta à situ-ação. João Lopes tem uma famíliapara sustentar e, de momento, nemsequer tem direito ao subsídio dedesemprego. O dia a dia é vividocom algum do dinheiro que con-seguiu trazer da Alemanha. “A

minha situação ainda não está tãograve quanto isso, mas tenhomesmo de arranjar alguma coisaporque não tenho direito a subsidiode desemprego por ter estado a tra-balhar dura te dois anos fora dopaís. Só que tenho duas filhas, umaem idade escolar e não vai dar paraaguentar muito mais tempo semalternativa”. No dia em que João Lopes fez com que oseu nome engrossasse a fila do desem-prego a mulher, que se encontrava desem-pregada também há algum tempo, tinhaconseguido uma colocação profissional.

A durezados números

Os casos retratados assumem real di-mensão na dureza dos números. Os úl-timos dados do Instituto de Empregoe Formação Profissional (IEFP)mostram que o concelho de VilaFranca de Xira tinha em finais deSetembro último 5981 residentesinscritos.Esmiuçando os números facilmente seconstata que as mulheres lideram alistagem de desempregados (3115).Quanto ao tempo de inscrição no cen-tro de emprego, a maioria dasinscrições registou-se há menos de umano, o que dá visibilidade à crescente

situação do concelho no domínio daempregabilidade. À luz destes dados, onúmero de pessoas inscritas à procurado primeiro emprego quase não temexpressão perante os 5711 desempre-gados que procuram um novo em-prego.Os motivos de inscrição também de-nunciam aquilo que pode ser consi-derado como a precariedade de em-prego. Atente-se, por exemplo, nos470 desempregados por cessação detrabalho não permanente só emSetembro. Seguem-se, depois, nestamatéria 155 situações de despedi-mento de iniciativa da entidade pa-tronal, entre muitos outros motivos.Os mesmos dados referentes unica-mente a Setembro último revelam 510

mulheres inscritas e 402 homens, numtotal de 912 novas inscrições. Nessemesmo mês o Centro de Emprego deVila Franca de Xira disponibilizou 85ofertas de trabalho (homens 26 e mul-heres 51), sendo que só 77 forampreenchidas.Por grupos etários, a faixa compreen-dida entre os 35 e os 54 anos é a queassume maior expressão, seguindo-se ogrupo dos 25 aos 34 anos. Quanto aos níveis de escolaridade, ogrosso dos desempregados do concelhovila-franquense têm o ensino se-cundário completo. Uma nota aindapara os quase 500 desempregados de-tentores de habilitações académicassuperiores.

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Mário Caritas

70trabalhadores daOGMA foram con-vidados, desde Maio,

a rescindir por mútuo acordo osrespectivos contratos efectivos detrabalho. Entretanto, 29 destesfuncionários foram intimados pelaadministração a ficar em casa, amaioria desde o início de Outubro,continuando, no entanto, a recebero salário por inteiro. O STEFFAS’s– Sindicato dos TrabalhadoresCivis das Forças Armadas, Esta-belecimentos Fabris e Empresas deDefesa entende esta medida como“uma forma de pressão insusten-tável” e realizou, no passado dia 23de Outubro, uma conferência deimprensa, junto ao portão princi-pal da empresa, com o objectivo de“denunciar as atrocidades que têmsido cometidas pela administraçãoda Embraer (accionista maioritáriada OGMA), em nome de uma

propalada reestruturação à custados postos dos trabalhadores”.Renato Faria trabalha na OGMAhá 13 anos, na secção de chaparia.Foi um dos trabalhadores manda-dos para casa, no início de Ou-tubro, após não ter aceite a rescisãopor mútuo acordo. Aos jornalistas,este mostrou o seu desagrado. “Aadministração comunicou-me, porcarta, que o meu posto de trabalhohavia sido extinto e que eu iria ficarem casa a receber o salário por in-teiro. Mas trabalho é o que nãofalta aqui!” Renato não sabe du-rante quanto tempo ficará nestasituação, mas mostra-se disposto anão ceder à alegada “pressão” daadministração para rescindir o con-trato. “Querem mandar embora osfuncionários efectivos para depoisos substituírem por pessoal sub-contratado, mas comigo isso nãopega, não dou o braço a torcer.”As denúncias não ficam por aqui.Outro trabalhador (que não se quisidentificar) conta que há 36 anos

que trabalha na OGMA comoelectricista e recentemente foi mu-dado para a secção de chaparia.“Isso é uma forma de pressão paraa pessoa se ir abaixo. Repare que eunão percebo nada do novo ofício,logo querem que eu aceite ascondições de rescisão do contrato evá embora. Mas não irei ceder.”O sindicalista Ricardo Costa(STEFFAS) critica a atitude da ad-ministração da OGMA. “Conde-namos a situação em que aadministração já pôs um númeroconsiderável de trabalhadores.” En-tretanto o STEFFA’s apresentouuma queixa à Autoridade para ascondições de Trabalho (ACT),“para fiscalizarem esta situação, nãopodendo manter-se por muitomais tempo”. O responsávellamenta ainda a falta de comuni-cação interna. “Nem sequer nosdizem que tipo de reestruturaçãoestá em causa ou quais os seusobjectivos.”

Trabalhadorescontestammétodos“intimidatórios”

Eduardo Bonini, presidente daOGMA, nega, por sua vez, aexistência de “pressões” sobre os tra-balhadores. “Em Abril iniciámosum processo de readequação daempresa face aos negócios quetemos em carteira e à projecção defuturos negócios. Nesse sentido, de-cidimos propor a alguns traba-lhadores a rescisão por mútuoacordo, para perceber se con-seguíamos adequar a actual situaçãode diminuição do volume de tra-balho à quantidade de pessoas quetemos na empresa. Em Outubro,devido a uma redução significativado número de encomendas, chegá-mos a um ponto em que mantertrabalhadores iria duplicar os nossoscustos.”O actual cenário de crise con-

tribuiu assim para acelerar umprocesso que culminou em intimar29 trabalhadores, até ao momento,a ficar em casa, entre aqueles quenão aceitaram a rescisão amigável,para se conseguir perceber quais oscustos reais dos trabalhos emcarteira. “Essas pessoas que vãopara casa entram num custo desalário mas não no custo da obraem si, permitindo-nos ter umamargem real relativamente aos tra-balhos que estamos a executar.”Bonini sustenta estas medidas drás-ticas com a crise que afecta o sectoraeronáutico. “Só nos EUA temos2.800 aeronaves estacionadas, logoque não têm manutenção; poroutro lado as empresas aéreas nãoestão a comprar aviões, logo fica es-tagnada a possibilidade de se re-alizar novos negócios. Por issotemos que tomar uma atitude en-quanto o mercado não recuperar,mas não temos uma bola de cristalpara saber quando se dará essa re-cuperação: esperávamos que acon-

tecesse em 2011 mas já está a de-rrapar para 2012.”Por fim, sublinha não ser ver-dadeiro que os trabalhadores quevão para casa sejam substituídospor mão-de-obra subcontratada.“Nenhum trabalhador é substi-tuído por outro. O que acontece éa extinção do posto de trabalho,logo não temos forma de colocarum substituto, não seria lógiconem ético da nossa parte.” Poroutro lado, as transferências de tra-balhadores para outras secções sãoinevitáveis: “Estamos a fazê-lo paramanter a força de trabalho dentroda empresa, se os trabalhadoresconsideram isso uma forma depressão é apenas uma interpretaçãodeles; nós estamos olhando pelasaúde financeira da OGMA e pelaforma mais adequada de tratar asituação. Ninguém gosta de fazeristo mas acho que é melhor tomaratitudes destas do que fazer umdespedimento colectivo que é o quese vê nas empresas em Portugal.”

04 | Notícias de Alverca Novembro 2009

DESTAQUE. 29 trabalhadores da OGMA foram mandados para casa, a receber o ordenado por inteiro, entre os 70 que

já foram convidados a sair desde Maio. A administração sustenta que não tem alternativa

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OGMA quer evitar“despedimento colectivo”

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REPORTAGEM. O número de sem-abrigo e pessoas a viver abaixo do limiar

da pobreza está a aumentar. Junto ao Cemitério de Alverca, uma pequena

comunidade espera religiosamente o apoio dos “Companheiros da Noite”.

Como é consabido, as novas tecnologias reflectem os seusefeitos em todas as dimensões da nossa vivência, incluindo as

relações entre a entidade empregadora e o trabalhador. Um dosnovíssimos focos de conflitualidade entre o empregador e o traba-lhador é exactamente o controlo de e-mails e o acesso a determina-dos conteúdos, designadamente redes sociais. O controlo exercidopela entidade patronal nesta área, para além de em certas ocasiõesviolar direitos fundamentais do trabalhador, também tem sidomais um fundamento para a instauração de procedimentos disci-plinares. Vejamos: pode a entidade patronal aceder ao conteúdo doe-mail enviado ou recebido pelo seu trabalhador?Em primeiro lugar cumpre distinguir se: i) estamos face a correioelectrónico recebido na caixa de correio cujo endereço correspondeao departamento X da empresa Y, sendo a senha de acesso ao e-mail do conhecimento de todos ou parte dos trabalhadores; ou,pelo contrário, ii) estamos face a um endereço de correio elec-trónico privado, isto é, do trabalhador.Quanto ao primeiro exemplo, parece não haver dúvidas que o su-perior hierárquico ou qualquer outro trabalhador do departa-mento X pode aceder àquela caixa de correio, perdendo-se assim adimensão privada de todas as mensagens que “entram” naquelacaixa de correio electrónico.Quanto ao correio electrónico privado / particular, ainda que oequipamento informático seja da entidade patronal e que o traba-lhador esteja em tempo de trabalho, o empregador não podeaceder ao conteúdo do e-mail, como também não pode aceder ao“tráfego”, isto é, espécie, hora e intensidade de utilização das co-municações efectuadas, pois está em causa esta dimensão “virtual”da vida privada do trabalhador.O empregador depara-se com a limitação de acesso à caixa de cor-reio electrónico do trabalhador, conforme se extrai dos artigos 26.ºda CRP – Constituição da República Portuguesa (outros direitospessoais), 34.º CRP (inviolabilidade do domicílio e da corre-spondência), 18.º CRP (força jurídica) e do 16.º do Código doTrabalho (reserva da intimidade da vida privada), pois a corre-spondência por meios electrónicos é parte integrante do conceitode vida privada.No entanto, o empregador tem mecanismos para regular / proibira utilização dos meios de comunicação (telemóvel, telefone, fax,correio electrónico, internet…) pertencentes à empresa para finspessoais (o que raramente faz), conforme o n.º 2 do artigo 21.º doCódigo do Trabalho. Alerta-se que o mencionado regulamento in-terno que disciplina estas matérias tem que obedecer pelo menosaos seguintes requisitos: a) ser aprovado pela Comissão Nacionalde Protecção de Dados (CNPD); e b) ser do conhecimento do tra-balhador. Estamos assim perante uma tutela legal e constitucionalda confidencialidade do correio electrónico.Destarte, se o empregador devassa a vida privada do trabalhador“entrando” nos seus e-mails pessoais, encontrando nos mesmosreferências que podem consubstanciar a quebra de lealdade do tra-balhador e, em consequência, dá início a um procedimento disci-plinar com o fundamento no teor dos e-mails, temos por certoque acaso se conclua pelo despedimento, este é ilícito de acordocom os fundamentos já acima expostos e ainda pelo facto dasprovas de que se lançou mão, no decurso do procedimento disci-plinar, serem nulas, como decorre do n.º 8 do artigo 32.º daConstituição.Sendo o trabalhador despedido por violação da dimensão “virtual”da sua vida privada, deve impugnar o despedimento pedindo que:a) seja declarada a ilicitude do despedimento; b) sejam pagas as ret-ribuições vencidas até ao trânsito em julgado da decisão do Tribu-nal; c) o pagamento de uma indemnização por danos nãopatrimoniais; d) a eventual reintegração do trabalhador; e) um de-terminado valor a título de sanção pecuniária compulsória porcada dia de atraso na reintegração do trabalhador; f) juros à taxalegal, desde a citação.

A internet e aprotecção da vida privadano local de trabalho

Carlos Mendes

[email protected]

Mário Caritas

Aventino Machado, de al-cunha “espanhol”, 52anos, é o único branco de

um grupo composto maioritaria-mente por cidadãos cabo-verdeanos que aguardam, junto aoCemitério de Alverca, pela pre-ciosa ajuda alimentar e deroupa/cobertores que lhes é trazidapelos voluntários da associação“Companheiros da Noite”(sedeada na Póvoa de Santa Iria).É uma noite de Sábado igual atantas outras para quem não temtrabalho e, nalguns casos, nem se-quer um tecto condigno onde seabrigar e cujo conceito de famíliaé uma simples miragem.Aventino, pedreiro de profissão,não está tão no fim da linha comoos colegas: arranjou trabalho hápouco tempo, na Junta de Fregue-sia de Alverca, e espera agora con-seguir “endireitar” a vida queentrara numa espiral negativadesde há três anos a esta parte.“Recorro a esta ajuda há poucotempo. Agora só venho mesmobuscar roupa, mas também já vimbuscar comida. Sente-se um bo-cado de vergonha mas tem que ser,para não passar fome. Acho que otrabalho que estas pessoas fazem émuito importante porque há aímuita gente que não tem trabalho,enfim que não tem nada e queprecisa de ajuda”, afirma o “espa-nhol”, enquanto põe os olhos nasroupas que os voluntários trans-

portam na carrinha.Aventino deixou de ter trabalhocerto há cerca de três anos. Refereque da parte da família mais pró-xima nunca sentiu qualquer apoio,por isso tem passado por muitasdificuldades. E como um azarnunca vem só… “Estive tambémdoente, por duas vezes, e fiquei in-ternado no hospital.” Mas a vidadeu uma volta. Para melhor. “En-tretanto consegui obter o Rendi-mento Mínimo Garantido atravésda Segurança Social e foi por essavia que arranjei trabalho; se nãofosse isso andava por aí aos caídos.”Por isso, é provável que esta tenhasido a última vez que Aventino es-perou ansiosamente pelos “Com-panheiros da Noite”. Isto se a vidanão lhe pregar nova partida. “Hojeé a última vez que cá venho, en-quanto tiver trabalho não vireimais aqui. Acreditem que sepudesse seria eu no futuro a ajudarestas pessoas, se tivesse oportu-nidade apoiaria, não tenham dúvi-das. Já vi que eles merecem porqueos ricos não querem saber dos po-bres, portanto há que apoiar ospobres e matar-lhes a fome.”

“Hoje é a últimavez que cá venho”

Rita Mendonça, presidente da di-recção dos “Companheiros daNoite”, explicou à nossa re-portagem que a ajudaalimentar/de bens que prestam,dirigida exclusivamente a pessoas

sem-abrigo ou que vivem em bar-racas sem água nem luz, é impor-tante para quem está totalmentedesamparado. “Ajudamos comuma peça de fruta, sumo, leite,água, salsichas, atum, etc. Damossopa. Também depende muitodaquilo que conseguimos com-prar, porque nem tudo é dado…Alguns conseguem arranjar tra-balho temporariamente e deixamde precisar da nossa ajuda, depoisficam de novo desempregados eperguntam se podem voltar. Àsvezes, quando arranjam trabalho enão precisam de comida, fazemquestão de estar presentes: nãoquerem nada, vêm só dizer que játêm trabalho e fazer-nos umpouco de companhia.”Rita refere que esta população é“muito flutuante, ou seja, variamuito dependendo inclusive dasépocas do ano; acho que no In-verno existem mais pessoas a pre-cisar de ajuda, talvez pelo frio e porprecisarem mais de roupas e deagasalhos. Mas ultimamentehouve um acréscimo de pessoas aprecisar de ajuda, pelo menos onúmero de sacos que distribuímosaumentou nos últimos meses”.

“O problema é quenão há trabalho”

Natalino Vieira é um daquelesque entrou há pouco tempopara essa estatística. Este cabo-verdeano vive, juntamente comoutros da sua cor, em barracas

sem água nem luz situadas juntoao cemitério da cidade (algunsdeles viviam anteriormente de-baixo de umas “manilhas” navárzea do Brejo). “Venho aquibuscar qualquer coisita. Receboesta ajuda apenas há cerca detrês meses. Fiquei sem trabalho,trabalhava nas obras. De vez emquando aparece um biscate,uma pessoa vai desenrascando,mas esta é a primeira vez quepasso por grandes dificuldadesem 27 anos que estou emPortugal.”Natalino ficou sem casa e semuma vida condigna. E está difícildar a volta à situação, até porquejá ultrapassou os 50 anos deidade. “O problema é que nãohá trabalho! Há pouco tempotinha casa, tinha carro, tinhatudo, enfim vivia bem. Depoisseparei-me da minha mulher efiquei a viver só com o meu filhoque é menor, tem 15 anos, e queentretanto foi colocado numcolégio, pois estar aqui comigonão era vida para ele, aqui hámau ambiente. Hoje só venhobuscar comida, roupa não pre-ciso. Mas isto não é vida, estoua tentar arranjar trabalho nasobras; alguns destes compa-nheiros já estão habituados aesta vida mas eu não me querohabituar, quero sair disto”, contaNatalino que descontou durante19 anos para a Segurança Sociale que recentemente viu expiraro fundo de desemprego quedurou 18 meses.

No fim da linha

Page 6: Notícias de Alverca

06 | Notícias de Alverca Novembro 2009

António Vargas (Coligação “Novo Rumo”),presidente da Assembleia de Freguesia

“Procurarei manter a isenção, equilíbrio, equidistância, objec-tividade e bom senso na condução dos trabalhos desta assem-bleia, onde se deverão criar grupos de trabalho para análise eresolução de questões relacionadas com o bem-estar da popu-lação. Está na hora de potenciar actividades geradoras de vidaprópria para a freguesia, inclusive promovendo o ensino su-perior e a investigação, em particular na área da aeronáutica.”

Maria do Carmo Dias, eleita do Bloco de Esquerda (BE)

“Podem contar com o BE para o incremento da participaçãocívica dos alverquenses, promoção da reabilitação urbana, imple-mentação de mecanismos que aumentem a transparência dagestão autárquica e para reclamar o direito dos cidadãos à mobi-lidade pedonal e ciclável. Mas não contem com o BE para ocaciquismo, despesismo, descaracterização de Alverca, destruiçãoda frente ribeirinha e aniquilação do tecido económico local coma desnecessária aprovação de grandes superfícies comerciais.”

Gonçalo Silva, eleito da bancada da Coligação “Novo Rumo”

“Queremos que Alverca passe a liderar o concelho no que dizrespeito à qualidade de vida, à inovação e ao desenvolvimentoeconómico. A assembleia deve assumir um papel activo: apre-sentando propostas, definindo estratégias e discutindo todasas opções políticas. Lutaremos pela descentralização dassessões da assembleia de freguesia, em nome da participaçãocívica e da igualdade entre todos os habitantes. Colocaremosas pessoas no centro de todas as decisões.”

Onésimo Silva, eleito da bancada da CDU

“A CDU irá pautar a sua acção na assembleia no sentido deprestigiar este órgão de participação popular e de fiscalização doexecutivo, defendendo políticas de desenvolvimento socio--económico, de emprego, de salvaguarda dos recursos hídricos ede protecção do ambiente. Aos membros do executivo agora em-possados, a CDU irá exigir a mesma frontalidade e transparên-cia. Continuaremos a defender a realização de políticas queprivilegiem o bem comum e não apenas o interesse de alguns.”

António Espada Pereira, eleito da bancada do PS

“A subida de votação do PS é um prémio ao trabalho com se-riedade, competência e dedicação que os autarcas colocaramno desempenho das suas funções. Ao mesmo tempo estavotação condena e penaliza o comportamento negativo e per-manentemente destrutivo da oposição, sobretudo da CDU.O PS vai dirigir a freguesia de forma aberta e construtiva enão deixará de acolher todos os contributos que os cidadãos,forças políticas, colectividades e associações queiram dar.”

Discurso directo

SOCIEDADE. O PS deu a liderança da Assembleia de Freguesia de Alverca à

Coligação “Novo Rumo”. À frente do executivo da junta, Afonso Costa promete

lutar pela ambicionada ligação ao Tejo

Confiança renovada

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Mário CaritasHélder Dias

Tomou posse, no pas-sado dia 29 de Ou-tubro, a Assembleia de

Freguesia de Alverca para ospróximos quatro anos. O presi-dente reeleito pelo PS, AfonsoCosta, anunciou os nomes dosrestantes membros que vãocompor o executivo da junta –Patrício Miguel, Manuela San-tos, José Carlos Dias, GertrudesMatos, José Manuel Pascoalinhoe Manuel Lourenço –, umelenco socialista que foi votadofavoravelmente pelas bancadasdo PS e Coligação “NovoRumo” (PSD/PP) e “chum-bado” pela CDU. A presidênciada assembleia foi entregue a An-tónio Vargas (Coligação “NovoRumo”), sendo secundado pelasocialista Luciana Nelas (1.º se-

cretário) e pela social-democrataMaria José Santos (2.ºsecretário).Onésimo Silva, líder da bancadada CDU (cabeça de lista nasAutárquicas de 11 de Outubro),mostrou-se agastado com ofacto do seu partido não ter sidoconsultado para a constituiçãodestes órgãos, apesar de ter sidoa segunda força política maisvotada. “Não é uma questão delugares, é apenas uma questãode se respeitar a representativi-dade em democracia. Nós, en-quanto estivemos no poder,sempre o exercemos com a par-ticipação de todos”, sublinhou,em declarações ao “NA”. JáAfonso Costa afirma que se trataapenas de uma questão de con-tinuidade. “O executivo e amesa têm uma composiçãoidêntica àquela que terminoumandato anterior, até na se-quência do reforço de votação

que o PS e o PSD/PP tiveramnestas eleições.”

Afonso Costa:“Apostar naligação ao Tejo”

No seu discurso de posse, o pre-sidente começou por fazer umbalanço do trabalho realizado nosúltimos quatro anos. “Apostámosnas acessibilidades e mobilidade,recuperámos património his-tórico, restaurámos praças ejardins, colocámos abrigos depassageiros, investimos na melho-ria das condições de trabalho dosnossos colaboradores, estreitámoslaços com as colectividades einstituições, reforçámos parceriascriando programas de apoio aoemprego e aos emigrantes, apoiá-mos os mais desfavorecidos comuma participação activa nacomissão social de freguesia,

cumprimos a promessa eleitoralde restaurar as Festas da Cidade ede S. Pedro e este ano devolvemosa Arcena as Festas em Honra deS. Clemente.”De seguida, Afonso Costadeixou algumas promessas parao novo mandato: “Seremos in-terlocutores exigentes e reivin-dicativos junto da câmara noque concerne à construção davariante e à melhoria das acessi-bilidades, à criação do parqueurbano de Alverca, ao melhora-mento e renovação do parquepré-escolar e escolar com a im-plementação da escola a tempointeiro, à resolução dos proble-mas da saúde e à manutençãodo Museu do Ar.” Mas a grandeaposta será mesmo a criação daansiada ligação ao rio: “Não nospouparemos a esforços junto domunicípio para que Alvercatenha o direito de aceder ao RioTejo.”

Page 7: Notícias de Alverca

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Maria da Luz Rosinha

(Presidente)- Responsável pela actividade mu-nicipal das seguintes unidadesorgânicas: Gabinetes de apoio aosÓrgãos Municipais e à Presidência;Planeamento Estratégico; RelaçõesComunitárias e Exteriores; Pro-moção do Desenvolvimento Sociale Económico e Apoio ao Investi-

dor; Apoio à Gestão de Partici-pações; Gestão de Informação eRelações Públicas- Departamento de AdministraçãoFinanceira – coordenação- Departamento de Cultura, Tu-rismo e Actividades Económicas- Divisão de Turismo – promoçãode iniciativas e promoção da Cul-tura Tauromáquica- Museu do Neo-Realismo- Departamento de Planeamento,Gestão e Qualificação Urbana- Divisão de Planeamento e Orde-namento do Território- Projectos Municipais – ProjectoMunicipal de Projectos Especiais;Projecto Municipal de Requalifi-cação Urbana

Alberto Mesquita

(Vice-Presidente)- Responsável pela actividade

municipal das seguintes unidadesorgânicas: Departamento dePlaneamento, Gestão e Qualifi-cação Urbana; Gabinete de Aces-sibilidades

Fernando Paulo Ferreira

(Vereador)Responsável pela actividade mu-nicipal das seguintes unidadesorgânicas: Departamento deEducação, Juventude, Desporto eEquipamentos; Divisão de Edu-cação e Juventude; Divisão deDesporto; Divisão de Gestão deEquipamentos; Departamento deQualidade Ambiental; Divisão deAmbiente; Departamento de Ad-ministração Geral; Divisão de As-suntos Jurídicos; Gabinete deApoio ao Movimento Associa-tivo; Gabinete de Qualidade;Observatório e Rede Social

Maria da Conceição Santos

(Vereadora)Responsável pela actividade munic-ipal das seguintes unidades orgânicas:Departamento de Habitação, Saúdee Acção Social; Departamento deAdministração Geral; Divisão de Ar-quivo Municipal; Divisão de GestãoAdministrativa e Contratação; Di-visão de Gestão de Recursos Hu-manos – Serviços Sociais, Higiene eSegurança; Restaurante Municipal

Francisco Vale Antunes

(Vereador)- Presidente do Conselho de Admi-nistração dos Serviços Municipaliza-dos de Água eSaneamento de Vila Franca de Xira- Responsável pela actividade muni-cipal das seguintes unidades orgânicas:Departamento de Administração Fi-nanceira; Departamento de Admi-

nistração Geral; Divisão de Gestão deRecursos Humanos; Departamentode Obras, Viaturas e Serviços Muni-cipais; Divisão de EquipamentoRolante; Divisão de EquipamentoFixo e Oficinas Gerais; Departa-mento de Qualidade Ambiental; Di-visão de Higiene Pública;Departamento de Cultura, Turismo eActividades Económicas; Divisão deTurismo (Gestão Corrente); ServiçosMunicipais de Protecção Civil

João de Carvalho

(Vereador)Responsável pela actividade muni-cipal das seguintes unidades orgâni-cas: Departamento de Cultura,Turismo e Actividades Económi-cas; Divisão de Acção Cultural; Di-visão de Património e Museus(com excepção do Museu do Neo-Realismo); Divisão de Bibliotecas

Rui Rei (Vereador)Responsável pela actividade mu-nicipal das seguintes unidadesorgânicas: Departamento deObras, Viaturas e Serviços Mu-nicipais; Divisão de Conservaçãoe Administração Directa; Di-visão de Projectos; Divisão deGestão de Empreitadas; Depar-tamento de AdministraçãoGeral; Divisão de Infra-estruturaTecnológica

Helena de Jesus

(Vereadora)Responsável pela actividade mu-nicipal das seguintes unidadesorgânicas: Departamento de Cul-tura, Turismo e ActividadesEconómicas; Divisão de Activi-dades Económicas; Departamentode Qualidade Ambiental; Divisãode Gestão de Espaços Exteriores

SOCIEDADE. A presidente do município de Vila Franca de Xira, vencedora pelo PS das últimas eleições

autárquicas, com maioria relativa, desta vez deu pelouros a parte dos vereadores da oposição, nomeadamente aos

autarcas da Coligação “Novo Rumo” (PSD/PP) – João de Carvalho, Rui Rei e Helena de Jesus. Aos eleitos da CDU –

Nuno Libório, Bernardino Lima e Ana Lídia Cardoso – não foi atribuído qualquer pelouro

PS dá pelouros ao PSD/PP

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Pago para ver

Luís Ferreira Lopes

Editor de Economia da [email protected]

Pega de Caras

As eleições já lá vão, os autarcas já tomaram posse,já se preparam orçamentos e planos, mas os

eleitores mais atentos não esquecem, seguramente, aspromessas feitas… e agora “pagam para ver” se elas seconcretizam.Quem paga impostos espera ver obra. Mas será quehá capacidade financeira e estratégica da Câmara Mu-nicipal para dar um novo impulso à economia con-celhia? É claro que os meios são sempre escassos,sobretudo em período de crise, mas é preciso enfrentarcom renovado ânimo os enormes problemas destazona norte da área metropolitana de Lisboa. É por issoque “pago para ver” resolvidas algumas questões queconsidero pertinentes:- O projecto de reabilitação ou revitalização da frenteribeirinha Alverca / Póvoa vai mesmo avançar nestemandato? Será desta que a população de Alverca terá,finalmente, ligação ao Tejo, com respeito pelo ambi-ente, já que a zona industrial do Adarse (a outrahipótese de ligação) é intransitável e caótica?- Os novos projectos de mega-zonas comerciais no de-crépito parque da Tertir ou nos armazéns da Nestléirão mesmo avançar, nos próximos anos? Podem criar

mais emprego e requalificar aquela zona de Alverca, écerto… mas será desta que o comércio local do motoreconómico concelhio terá o mesmo destino que o deVila Franca? Concretizo: o comércio na sede de con-celho parece estar de tal forma debilitado que se, porhipótese, os serviços da Câmara mudassem de cidade,a maioria dos pequenos comerciantes de Vila Francairia à falência. Só não vê quem não quer.- O plano de despedimentos nas OGMA vai conti-nuar, este ano e no próximo, aumentando o desem-prego neste concelho? As Oficinas irão mesmo sairpara o Alentejo a médio prazo, como se tem faladonos últimos anos? Que interesses estão por trás dosnegócios da manutenção de aviões e do fornecimentode mão-de-obra temporária às OGMA?- O museu do Ar continuará em Alverca ou mudamesmo para Sintra? Altas patentes militares garan-tem que está tudo fechado para que as instalaçõesprincipais sejam inauguradas a curto prazo em Sin-tra, apesar das insistentes promessas políticas locaisde que o museu fica onde sempre esteve, junto àsOGMA. A polémica dura há mais de 20 anos, masdesta parece ser de vez. Veremos, muito em breve,

quem diz a verdade.- A entrada norte de Alverca, pela estrada de Arruda,será requalificada? Considerando o contínuo urbanoexistente entre Sobralinho e Alverca, é necessário darmelhor imagem e segurança aos habitantes e uti-lizadores desta zona onde todas as semanas há aci-dentes. A propósito, será neste mandato que seráalargada a estreita e perigosa ponte da ribeira das Sil-veiras (ou feita uma nova), entre a ponte da A1 e oentroncamento para o Sobralinho?- O crescimento urbano vai ser feito na zona doCochão (Alverca) e Vila Franca norte, à custa dos di-versos entraves a projectos de qualidade e a pequenasmoradias nas zonas rurais? Qual é o critério? Sóquem tiver dois hectares é que pode fazer uma casa,quando meio hectare já é terreno a mais para tantopequeno agricultor (falido…) deste município? Seráassim que se fixam as pessoas no interior ou a prio-ridade é apenas fazer novas urbanizações nas zonaspróximas do Tejo? A responsabilidade será unica-mente da CCDRLVT, a comissão com quem a Câ-mara negociou o novo PDM? - Que destino será dado às abandonadas instalações

da Marinha, à entrada de Vila Franca? Já propus, hámais de uma década (e voltei a fazê-lo recentementeno “Vida Ribatejana”), que aquela área daria um óp-timo centro de formação profissional, à escala na-cional. Será que, na próxima década, a antiga escolada Armada dará lugar a mais uma mega urbanização,ao estilo Malva Rosa na ex-Mague?- Será na segunda década do século XXI (que começaem 2010…) que Alverca verá, finalmente, concluídaa famosa variante? Vale a pena lembrar que este pro-jecto vem desde os tempos de Daniel Branco (ex-autarca que concorreu, recentemente, às eleições emOeiras). Bem sei que o processo não tem sido fácil,mas se eu vivesse (ou tivesse empresas) no Sobra-linho, Alhandra ou S. João dos Montes e estivessetodos os dias naquela fila para atravessar Alverca eentrar na A1, já teria desesperado ou mudado decasa… e de concelho, claro.Como perguntar não ofende – e como reflectir naimprensa ainda é um direito democrático, esperoque estas linhas sirvam de reflexão para a comu-nidade concelhia que, sem qualquer dúvida,“paga”… e espera “ver”.

Page 8: Notícias de Alverca

Ana Filipa de SousaNuno Lopes

Notícias de Alverca - Édesde a semana pa-ssada o novo vereador

da Cultura na câmara de VilaFranca. Sendo um homem daárea ficou satisfeito com o factode ter garantido este pelouro?João de Carvalho – Dentro dascondições existentes que deram avitória ao Partido Socialista esteera, como facilmente se percebe,o pelouro que gostaria de ter eque mais me agrada. Porque tema ver com a minha profissão, coma minha vivência diária, comaquilo que sei e onde penso queposso fazer a diferença. É umpelouro que me vai dar algumtrabalho e que, pelas condicio-nantes económicas, nunca terámuito dinheiro e onde vamos terde inventar e tentar descobrircoisas novas e diferentes paratransformar este concelho e dar--lhe qualidade de vida…

Mas foi difícil chegar a um en-tendimento para que pudesseficar com a pasta da cultura?O meu compromisso de honracoma população e com os seusconcidadãos, e que foi semprelevantado em todas as alturas, éque o João de Carvalho can-didato não iria de forma ne-nhuma defraudar ninguém.Agora é-me dada a oportunidade,respeitando as normas eleitorais,de não me excluir, nem aos meuspares, e de a coligação colaborar.Não deixando nunca de apontar,quando for necessário, as coisasque não estiverem dentro donosso ponto de vista.

Durante a campanha eleitoralreferiu, diversas vezes, que erapreciso dar uma visão de quali-dade ao concelho. O que épodemos então esperar dos pró-ximos quatro anos na áreacultural?Já tivemos várias conversas sobrevárias áreas… na música gostariamuito de implementar a Orques-tra Sinfónica Juvenil do con-celho, até porque não existenenhuma no Distrito de Lisboa enós já temos base de lançamentocom a Orquestra Juvenil de Via-

longa e com a da Póvoa. Em re-lação ao teatro, porque não temosespaços, vamos ter de criar umadinâmica nos existentes, mesmocom as associações concelhias,como o Ateneu ou o Grémio, ecom os grupos do concelho.Gostava de criar um Festival deTeatro concelhio, mas temos decriar condições para isso. Em re-lação ao trabalho das bibliotecas,que tem sido extraordinaria-mente bem feito, vamos apostarna continuidade e ficar na expec-tativa da nova Biblioteca de VilaFranca de Xira, assim como todoo espaço museológico tem estadomuitíssimo bem entregue. Para oano temos as comemorações dos200 anos das Linhas de Torres evamos ter de lançar um pro-grama. Depois, vai haver muitaintervenção de rua, sobretudo anível musical e de teatro porqueé importante dinamizar.

A cultura tem estado afastada davivência diária do próprio con-celho, é isso?Acho que a cultura não tem sidouma prioridade. É evidente quetemos um Museu do Neo-Rea-lismo, um Museu Municipalcom uma exposição muito inte-ressante sobre largadas de touros,mas podemos e devemos ser maisinterventivos, mais interactivoscom a população. Estamos muitofechados dentro das salas…

Com um agenda muito direc-cionada?Vimos muito pouco para a rua,interagimos pouco com as pes-soas e essa é a formula que vamoster de encontrar. Porque o factode se estar num café ou na rua e

de repente passar um quartetoque toca um pouco de música…isto é qualidade de vida e fazparte da missão da cultura. Enem sequer estamos a falar decoisas que custem muito di-nheiro, porque como é con-hecido as limitações orçamentaissão muito grandes.

Já sabe com que orçamento vaitrabalhar e com que meios vaipoder contar?Não sei ainda. Essa é uma dis-cussão que ainda vamos ter…

Porque não basta dominar a áreae ter bons conhecimentos…épreciso dinheiro e meios parapoder dinamizar uma área comoa cultural….Às vezes pensa-se que a culturaexige mais dinheiro do que efec-tivamente exige. O hábito de sedizer que a cultura não é rentávelé uma ideia que temos de apagarde uma vez por todas. Não souadepto das companhias subsidi-adas, porque penso que um es-pectáculo tem de se pagar a elepróprio…é uma questão de en-contrar um equilíbrio entreaquilo que se pode gastar e aquiloem que a câmara pode participar.Várias câmaras fizeram durantemuito tempo a oferta de espec-táculos e eu não concordo.

Porquê?Porque tem de haver uma partesimbólica que é paga pelopúblico, ainda que a outra parteseja complementada pela câmara.Noutros municípios houve avisão de perceber que, apesar deser preciso juntar mais algumdinheiro aos orçamentos ca-

08 | Notícias de Alverca Novembro 2009

Dentro das condições exis-tentes este era o pelouro queeu gostaria de ter e que maisme agrada. Porque tem a vercom a minha profissão, com aminha vivência diária, comaquilo que sei e onde pensoque posso fazer a diferença“

ENTREVISTA. João de Carvalho é o novo vereador da Cultura da câmara de Vila Franca

“Não gosto deComente esta entrevista emhttp://noticiasalverca.wordpress.comwww

Depois da conquista dos melhores resultados de sempre do PSD em Vila Franca de Xira, o vereadorpromete transformar a vida autárquica no seu palco. Sem dramas ou tragédias, a ordem agora é entrarem cena e começar a trabalhar numa área que, no seu entender, não tem sido encarada como prioridade.João de Carvalho, homem do teatro, cinema e televisão, tem os holofotes apontados sobre si. Afinal,um homem da cultura deverá saber, melhor que ninguém, como gerir esse pelouro

Page 9: Notícias de Alverca

marários àquilo que pagava àscompanhias que lá iam, as pes-soas habituaram-se a pagar umpreço simbólico, para ir ao teatro,para ver um bom espectáculo ouum bom concerto. Quem dá 70euros para ir ver um jogo de fute-bol, pode levar dez pessoas e ir veruma boa peça de teatro. Se 50pessoas o fizerem, a maior partedas salas do nosso concelho ficamcheias.

Mas aí há também o problema dafalta de espaços…Vamos ter de os inventar! Nãotemos um CCB, não temos umPavilhão Atlântico, não temosmuitas salas de teatro…mastemos nas freguesias pequenascolectividades com salas e vamoster de descentralizar, apostandona divulgação. Muito do que sefaz no concelho não tem a divul-gação necessária e é preciso apos-tar em termos de marketingporque é assim que se tem mais--valias e essa é uma aposta para ofuturo. É preciso abrir as portasdo concelho, chamar os de fora.

Ainda nesta questão da descen-tralização da cultura, já tem umaideia do que poderá ser feito noCentro Cultural do BomSucesso?Tem sido feita alguma progra-mação, mas tenho de estudar. Éum espaço que para fazer eventosmusicais é óptimo, até para osartistas locais. Estes primeirostempos vão ser precisamente paraisso, para estudar…o problema éque quando se quer fazer algumacoisa a lotação e as lotações sãosempre muito diminutas e tor-nam as coisas, na maior parte dasvezes, incomportáveis em termosfinanceiros. É por isso que sou

defensor de salas médias, como aSFRA ou o Ateneu, que já com-pensam e onde a câmara pode teruma intervenção, mas onde elastambém se podem bastar em ter-mos económicos. Não é obri-gatório que a cultura deixe de serrentável, ela pode ser equilibrada.Depois, gostava de trazer ao con-celho a Orquestra da Venezuelae outras coisas, mas não se podetrazer uma orquestra para um es-paço que não tenho. Há-dechegar a altura em que o con-celho de Vila Franca de Xira es-tará igual aos seus pares, emtermos culturais, da Área Metro-politana de Lisboa.

Representou nestas eleições umprojecto que conseguiu os me-lhores resultados para o PSD noconcelho de Vila Franca. Senteuma responsabilidade acrescidaneste mandato que acaba deiniciar?É claro que sim, até porque esta-mos a falar de uma subida de setepor cento de uma coligação doPSD com o CDS, o MPT e oPPM…de uma subida de umpara três vereadores e claro que éuma responsabilidade acrescida,ainda que seja sempre umaresponsabilidade quando a popu-lação confia em nós e espera queconsigamos fazer a diferença. Essaé sempre uma responsabilidade aque estou sempre muito habitu-ado, porque enquanto actor sousempre responsável quando subopara cima de um palco e tenho dedar o meu me-lhor. E vai serexactamente o que vai acontecerem termos políticos, ou em ter-mos de vereação do pelouro dacultura. É uma disponibilidadeabsoluta para com as pessoas epara com o executivo.

Isso significa o quê? Que estamosperante os primeiros quatro anosde uma carreira política do Joãode Carvalho?Estamos nos primeiros quatroanos dos oito anos que o João deCarvalho dedica ao serviçopúblico.

O que é que verdadeiramente omotiva?As pessoas e achar que possodeixar alguma coisa diferente.Não só o meu legado artístico,mas também o meu legado inter-ventivo como cidadão da área dacultura… Eu não gosto de di-nheiro, gosto de palmas…todosnós gostamos que o nosso tra-balho seja reconhecido. Feliz-mente para mim, o meu trabalhocomo actor tem sido reconhecidopor todos. Agora espero que omeu trabalho como político ecomo vereador da cultura tam-bém seja reconhecido e que daquia menos de um ano se note adiferença.

Assim sendo, vamos continuar aver o João de Carvalho nos palcose na televisão ou vamos passar aencontrá-lo apenas no gabinete?A televisão pode acontecer umavez ou outra, muito pontual-mente. Mas, no palco a dedi-cação é igual à da política e nãodá para fazer essa interligação.Não quer dizer que o João deCarvalho não possa participarnuma leitura encenada no con-celho…até porque não me querocoibir dessa pequena parte depoder ser interventivo até nasacções que fizermos. Não precisode pedir a ninguém aquilo quefaço eu mesmo e se é precisocomplementar e preparar umaexposição, em que haja uma voz

onde a minha poderia assentarbem, arregaço com maior prazeras mangas. Mas em termosprofissionais, o trabalho que exigeeste pelouro não me permite estarnoutra área.

Quando iniciou esta corrida àcâmara de Vila Franca estavaciente de que teria de fazer umaopção ou as coisas acabaram porir acontecendo?Estava perfeitamente ciente. Atédeterminada altura andei divi-dido entre a pré-campanhaeleitoral e a minha actividade,mas depois não. Foi uma tomadade posição, foi o achar que esteera o momento de me entregarao serviço público. Mas as coisastêm de ser compartimentadas,porque um espectáculo de teatrorepresenta para um actor profi-ssional oito a dez horas por dia deensaios. Menos que a televisão,aquilo que me dói mais em ter-mos de abandono é o teatro. …mas a política é um pouco umaexposição teatral…todos nóssomos seres teatrais e todos gosta-mos de palmas. Os políticos tam-bém gostam de ser aplaudidospelo trabalho que fazem e porisso não somos tão diferentesquanto isso. Esta é uma entregatotal e eu estou inteiramente aodispor desta tarefa e das pessoas.Tenho a porta do meu gabineteaberta para receber ideias e pro-postas. Porque todos nós temosideias e todos nós temos umpolítico dentro de nós.

Novembro 2009 http://noticiasalverca.wordpress.com | 09

e dinheiro, gosto de palmas”

PERFIL.

João de Carvalho nasceu a 25 de Fevereiro de 1955 em Lisboa,mas reside há 27 anos na freguesia de Alverca.Iniciou a sua carreira de actor na televisão, ainda com a “Noitede Teatro”, emitida sempre às segundas-feiras, em directo.Tinha então apenas 4 anos de idade. Em 1974, estreou-se profissionalmente junto de Laura Alves,integrando a Companhia de Teatro da RTP no Teatro MariaMatos. Em 1984, entra para o elenco permanente do TeatroNacional D. Maria II, onde exerceu vários cargos entre os quaiso de Director de Cena. No cinema participou em várias longas-metragens e eviden-ciou-se na televisão, com participações em vários programas,séries e novelas.Foi também professor, com carreira de docente no Ensino Secundário e na Universidade de Aveiro, onde leccionava Dramaturgia.

O programa cultural pode ser consultado em www.museumunicipalvfxira.org João Carvalho no Museu Municipal de Vila Franca

“O hábito de se dizer que a cultura nãoé rentável é uma ideia que temos deapagar de uma vez por todas.

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10 | Notícias de Alverca Novembro 2009

Casa de São Pedro de AlvercaOs conteúdos desta rúbrica são da responsabilidade da Casa de S. Pedro. O jornal pode ser levantado pelos sócios da IPSS na sua sede.

Lar de Idosos – InternatoCentro de Dia – na InstituiçãoApoio Domiciliário – no Domicílio

Actividades Complementares:

Ginástica, Hidroginástica, Pintura, Costurae Escolinha dos Avós

Salão de Chá e Jardins

Local agradável onde pode tomar o seu café e conviver com fami-liares e amigos. Aberto todos os dias, incluindo Sábados e Domin-gos, das 10h00 às 18h30m, encerrando das 11h45m às 14h00.

Dinâmica da Casa S. Pedro

As actividades de recreio e lazer são as mais participadas eenglobam: passeios, colónias de férias, alomoços-convívio,festas, sardinhada, etc.

Cantinho dosSeniores Parodiantes

Dia 3: Aniversários dos Utentes (Mês de Outubro) – 16h00Dia 9: Exposição de Poesia do Jardim dos Sonhadores com otema: “Quentes e Boas”Dia 11: Magusto – 16H00Dia 12: Missa do XXIX Aniversário da Casa S. Pedro – 11h00Dia 13: XXIX Aniversário da Casa S. Pedro – 14h30Dia 30: Aniversários dos Utentes (Mês de Novembro)

Actividades de Novembro

Actividades

Durante o mês de Outubrorealizámos as seguintesactividades:

Actividades Terapêuticas;Debates: Alimentação, Tensão Arte-rial, Gripe e Doenças Reumáticas;

Psicodrama: Gabinete Médico,Refeitório, Funeral;Actividades Psicológicas;Bingo, Loto de Imagens, Dominó;Actividades Lúdicas: Lendas,Origamis (construções em papel).

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ASSEMBLEIA-GERAL ORDINÁRIA

CONVOCATÓRIA

Nos termos das competências que me sãoconferidas pelo Art.º 29.º dos Estatutos epara cumprimento do disposto na alínea C)Art.º 26.º e n.º 2 do Art.º 30.º, convoco a As-sembleia-Geral da Casa de S. Pedro deAlverca para reunir em sessão ordinária, nasua sede, pelas 20h30, no dia 26 de Novem-bro de 2009, com a seguinte ordem detrabalhos:

1. Apresentação, discussão e votação do Planode Actividades e Orçamento para o Ano 20102. Informações

Nota: Se à hora marcada para o início dasessão não estiverem presentes a maioria dosassociados, a sessão terá início uma hora de-pois, em segunda convocatória, conforme es-tipula o n.º 3 do Art.º 29.º dos Estatutos.

Alverca, 2 de Novembro de 2009

O Presidente da Mesa da Assembleia-GeralJosé Sabino Ferreira Lopes

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Num dia de sol deste Outono tímido, um menino já comadopção decidida em tribunal, um menino que mesmo pe-

quenino ninguém queria para seu filho pois sofria de problemas desaúde, foi entregue a uns Pais que, ainda que em regime de Tutela,fizeram dele o filho mais novo da família onde já tinham nascidoduas filhas de sangue, hoje com mais de vinte anos de idade.E esse menino, em pleno tribunal onde se consubstanciou o acontec-imento, naquele dia corria pelos corredores, pedia água àquela a quemjá chamava Mãe, imitava o cão, o gato, atirava beijinhos, pedia colo –puxando-lhe pela perna das calças – àquele a quem já chamava Pai etinha uma irmã de olhos brilhantes a dizer ao Magistrado que, mesmoquando chegava do emprego mais tarde, tinha sempre tempo parabrincar com ele… E por detrás dos óculos que usa para ver melhor,aquele menino, naquele dia, tinha um olhar feliz!Com as alterações que teve a Lei da Adopção, muitas dos milhares decrianças institucionalizadas poderiam mais célere e facilmente ser en-caminhadas para adopção. As crianças mais velhas seriam mais facil-mente adoptáveis, em princípio, por pessoas também mais velhas (jáque foi alargado o limite de idade dos casais adoptantes para 65 anos).Os trâmites jurídicos dos processos de crianças cujos projectos de vidafossem os da adopção seriam facilitados, mais adequados e permitiriammaior prontidão na resolução dos mesmos, entre outros aspectos.Tudo gerador de expectativas positivas para a resolução do problemade tantas crianças!Os Técnicos que trabalham nesta área adaptaram as suas metodologiasde trabalho, implementaram-se novas formas de intervenção, enfimtodos os que têm as crianças no colo – sem terem um colo suficiente-mente grande para todas! – se esforçaram e esforçam para que as cri-anças possam ver defendidos os seus “superiores interesses” (como vemexpresso na Lei) e possam ter uma Família, sem terem de aguardarum timing qualquer da roleta da sorte que pode nunca parar na casaonde se encontram.Tudo isto é feito, mas muitas crianças continuam à espera em Insti-tuições lotadas, sem que a sua situação seja resolvida, tornando-se “ve-lhas” para serem adoptáveis. Mudanças: mudanças de atitudes, decomportamentos, mudanças sociais… É uma questão de tempo. Estaé uma área delicada, dirão alguns. Dirão mesmo muitos! E afinal, queandaremos todos a fazer? Como poderemos ultrapassar a barreira queainda se encontra em tantas mentalidades e que impede as criançasde terem um futuro mais tranquilo e feliz? Como se consegue fazerperceber àqueles que decidem que uma criança abandonada durante14 meses numa Instituição não deveria de ter de esperar mais 6 mesespor uma Mãe que nunca lhe pegou ao colo? Como se reage quando,numa sala de audiências, se ouve um Magistrado dizer a uma Mãeque abandonou a filha bebé há mais de 2 anos e nunca procurou saberdela, que vai dar-lhe mais um pouco de oxigénio para ver se ela seesforça e quer a filha?…Inventamos dias que possam ser bons para se nascer e ser criança empleno? O tempo não pára, o mundo gira, as leis mudam. Mas, e asmentalidades?

Qualquer dia é um dia bom

Olga Fonseca

Psicóloga clínicaPresidente da [email protected]

“Os Xanecos” querem criarhotel para cães e gatosLOCAL. Nasceu uma nova associação: a União de Amigos dos Animais

Desprotegidos de Alverca

Mário Caritas

Nasceu um novo grupode pessoas amigas dosanimais. A associação

“Os Xanecos” – União de Amigosdos Animais Desprotegidos deAlverca foi criada no passado dia13 de Outubro, tem para já 65 as-sociados e o objectivo de protegere tratar os animais de rua, muitosdeles habituados a ter um lar deonde foram incompreensivel-mente expulsos. A presidente daDirecção, Marília Duarte, explicaque está a dar corpo a um sonhoantigo: “Há cerca de 10 anos quecuido de animais de rua. Os ob-jectivos são esterilizar, recolher etratar os cães e gatos vadios.”A médio/longo prazo, a respon-sável quer criar um espaço paraacolher esses animais – um hotelpara cães e gatos. Mas para issoprecisa de (muita) ajuda. “Voutentar reunir com a câmara mu-nicipal para obter esse apoio;gostava de criar um espaço dessanatureza em Alverca, poisninguém imagina a quantidade deanimais que andam por aí aban-donados, são tantos, tantos… Etêm aumentado bastante na nossacidade.”Entretanto esta associação jácomeçou a organizar campanhasde angariação de fundos. “As pes-soas têm estado a doar muitasprendas para eu conseguir organi-zar quermesses, etc.” As quer-messes terão lugar na loja “OsBarateiros”, situada junto ao Mer-cado Municipal de Alverca, tendopois por objectivo ajudar a di-namizar esta causa social. Entre-tanto também iniciaram umacampanha de angariação de bens

junto dos supermercados e deapoios junto das clínicas vete-rinárias “na esterilização e nas con-sultas dos animais, se possível comdireito a alguns descontos; pen-samos que com boa vontade tudose consegue”.A sede de “Os Xanecos” funcionapara já na casa de Marília Duarte.Entretanto já existe um pequenoapoio da junta de freguesia “quenos cedeu uma arrecadação paraguardar os artigos para as quer-messes, e em breve iremos tentarque nos cedam também uma pe-quena sala para fazermos as nossasreuniões”.

“Precisamosde famíliasde acolhimento”

A presidente apela ainda ao es-pírito solidário das famílias paraque se tornem em famílias de aco-lhimento. “Enquanto não tiver-mos o tal espaço para recolher osanimais de rua, precisamos muitode famílias de acolhimento. Foi oque eu fiz durante muitos anos, ouseja, recolhia ninhadas, dava-lhescomida, esterilizava-as, vacinava-ase dava-lhes acompanhamento ve-terinário, porque alguns bichos

vinham muito mal tratados e eutinha-os comigo até conseguirarranjar-lhes um dono.”Mas alguns já não saíram de casade Marília, que actualmente temquatro gatos de estimação. “Pornorma dou sempre todos os ga-tinhos, mas depois vai ficando umou outro, neste momento tenhoquatro. O último que tive, porexemplo, foi tirado do caixote dolixo e nunca poderia ser dado aninguém porque ninguém oquereria: esteve mal, esteve inter-nado, teve hipotermia, teve umainsuficiência respiratória, foi ope-rado duas vezes a um olho… Por-tanto se as pessoas tiverem umapequena varanda, onde possam terum gatinho ou um cão pequeno,ou um quintal onde possam tertemporariamente um cão ou umgato em grandes dificuldades, con-tactem-nos porque nós mais tardearranjamos-lhe um dono –tiramos fotografias do animal, ex-pomo-las numa loja no CentroComercial Scala e tem-se arran-jado donos para todos.”Por fim, cabe também a esta asso-ciação fazer a ponte entre pessoasque se querem desfazer do seubicho de estimação e eventuaisnovos donos para o mesmo.“Ainda recentemente conseguiarranjar uma cadelinha cockerpura a uma pessoa porque os seusanteriores donos, ao fim de oitoanos, entenderam que não que-riam ter mais a cadela e tele-fonaram-nos. Portanto essa é umadas nossas tarefas, ou seja, fazer aponte entre as pessoas que já nãoquerem ter o seu animal de esti-mação e outras que têm boa von-tade e que querem ficar com obicho que assim não vai para ocanil para ser abatido.”Marília Duarte lidera “Os Xanecos”

Page 12: Notícias de Alverca

Mário Caritas

“Aprender liderança” foio tema do colóquioque deu o mote para

a apresentação da 20.ª edição dosEncontros Desportivos Conce-lhios de Vila Franca de Xira –Xira’2010. A iniciativa, realizadano Fórum Cultural da Chasa, emAlverca, contou com as presençasde três oradores: Carlos Gonçalves(técnico profissional de basquete-bol, com uma larga experiência namodalidade), Daúto Faquirá(treinador profissional de futebol)e Mário Caetano (neuro-es-tratega). O fair-play é o tema cen-tral desta edição dos jogos, quedecorrem desde Outubro de 2009até Junho de 2010.No discurso de abertura, overeador na câmara municipal,Fernando Paulo Ferreira, destacouprecisamente esse aspecto: “OXira’2010 é inteiramente dedicadoao espírito desportivo e ao fair-play, que passam por três vertentesprincipais: praticantes, pais etreinadores/dirigentes; espero queesta iniciativa volte a ser um êxito.”Fernando Paulo recordou ainda ogrande mentor do Xira, que já

conta duas décadas de existência.“Em 1990 era apresentado umprojecto pelo professor MárioSilva, docente na Escola Se-cundária Alves Redol e treinadorde basquetebol, que visava o de-senvolvimento de quadros des-portivos adaptados aos escalõesetários de formação de algumasmodalidades. Este projecto de-nominou-se Xira’2000, pois tinha

como horizonte temporal o ano2000.” Mas o programa conti-nuou para além do previsto emuitos outros – atletas,treinadores e dirigentes – con-tribuíram para lhe dar consistên-cia. “Destaco o trabalho meritóriode Flávio Andrade (Grupo Des-portivo “Os Patuscos”), FernandoLopes (Arsenal Desportivo deAlverca) e Paulo Eira (Fundação

CEBI).”Aos atletas, técnicos e dirigentespresentes, em representação devários clubes e modalidades, foramdistribuídos três folhetos: “com-promisso do praticante/mensagemaos pais”, “código de conduta dotreinador de jovens” e “dirigente”.Todos assinaram também um“cheque fair-play”. Recordamosque as modalidades em compita,

destinadas sobretudo ao escalãoinfanto-juvenil, serão: basquete-bol, futebol, futsal, natação e volei-bol. Haverá ainda um “dia damodalidade”, aberto a qualquerdesporto e a qualquer emblema,devendo as candidaturas ser apre-sentadas até 45 dias antes da rea-lização do evento.

“Ser campeõesna vida”

Neste colóquio, organizado pelaUALD – Universo de ActividadesLúdico-Desportivas, a temática daliderança começou por ser abor-dada pelo experiente técnicoDaúto Faquirá. Dando exemplosconcretos da sua vivência comotreinador nas equipas de futebolpor onde já passou, este procurouexplicar o que é ser um líder, quernum balneário, quer numa em-presa. “A mensagem que procurotransmitir, independentemente deestarmos a trabalhar a um nívelamador ou profissional, é quefaçam sempre pela excelência, pro-curem fazer tudo com paixão,com amor e sigam os seus sonhos.A questão da liderança coloca-sesempre quando se trabalha com

grupos. A imagem do líder é a dealguém que não nasce líder masque tem características de líder; eque depois trabalha, estuda e aper-feiçoa essa capacidade de liderança– seja a trabalhar com miúdos,jovens ou adultos.”Mário Caetano falou, por sua vez,em auto-conhecimento e valoriza-ção pessoal com vista a atingir ob-jectivos concretos. Este coachdesportivo de atletas olímpicosdeu, através de exemplos, umaimagem de como trabalhar ascompetências de cada um comvista a atingir o melhor rendi-mento possível. Por fim, o experi-ente técnico Carlos Gonçalvesdeixou um alerta: vitória e derrotanão se devem confundir comsucesso e insucesso. “O treinadorde jovens é um exemplo e ummodelo para os mais novos; e otreino dos jovens deve ser bemdiferente do treino de alta com-petição. Há sobretudo que sensi-bilizar os mais novos (e os pais)que temos é que ser campeões navida, pois na competição há ape-nas um campeão. Mas – atenção– treinamos para ganhar (nuncapara perder) e treinamos para nossuperar!”

12 | Notícias de Alverca Novembro 2009

Encontros desportivos sob o signo do fair-playDESPORTO. Na cerimónia de abertura do Xira’2010, realizada no Fórum Cultural da Chasa, em Alverca,

personalidades ligadas ao desporto falaram “liderança”

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Maria Elisabete Lopes, 18anos, atleta de taek-

wondo da RF GYM Arcena-Apelação, disputou, entre osdias 6 e 9 de Novembro, ocampeonato da Europa deSub-21, vertente de combates,que decorreu na cidade deVigo (Espanha). Vestir ascores da selecção nacionalneste escalão etário foi um

feito para a praticante da Casado Povo de Arcena, que se ini-ciou no taekwondo há cercade 10 anos e que em 2009 sesagrou campeã nacional decombates de sub-21 e deseniores.À data do fecho desta edição(dia 6), ainda não sabíamoscomo correu a prestação dajovem atleta que, também este

ano, já havia sido chamada àselecção nacional para partici-par no Open Internacional dePeniche, onde só foi derrotadana final por morte súbitafrente a uma francesa.Para o sensei Fernando Fer-reira, a chamada de ElisabeteLopes à selecção nacional decombates de sub-21 é um feitopara esta escola. “Foi excelente!

Aliás temos obtido grandes re-sultados, sempre comcampeões nacionais e atletas aserem chamados às selecções;mas o ponto mais alto que al-cançámos até hoje foi colocaruma atleta no europeu de sub-21, penso que é algo únicopara a pequena localidade deArcena.”

Elisabete Lopes (Arcena) no Europeu de sub-21 de Taekwondo

Da esq. para a Dta.: Mário Caetano, Daúto Faquirá, Fernando Ferreira e Mário Silva

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“Futsal Dinâmico está na moda

DESPORTO. Aos fins-de-semana, cerca de duas centenas de atletas juntam-se para praticar futsal, em dois

campos sintéticos cobertos, situados junto à entrada norte da cidade

Mário CaritasHélder Dias

Um antigo futebolista doFC de Alverca, DavidVilela, e a esposa, Eu-

nice Veloso, fundaram em Marçodeste ano um espaço virado para aprática do futsal que já conseguemovimentar várias centenas deatletas, sobretudo aos fins-de--semana. “Futsal Dinâmico” é onome deste projecto que promovea prática informal do referido de-sporto em dois campos de relvasintética, instalados em pavilhõescobertos pré-existentes situados àentrada de Alverca.Actualmente os responsáveis estão apromover a segunda edição de umcampeonato e taça que conta jácom a participação de 24 equipas,sejam grupos de amigos, sejam con-juntos que representam empresas dazona e arredores. “Realizamos uma1.ª Liga e uma Liga de Honra, talcomo acontece no futebol de onzea nível nacional, com 12 equipasparticipantes em cada liga. A provadura cerca de três meses, ou seja,começou em Setembro e terminarásensivelmente no dia 20 de Dezem-

bro. Fazemos também uma Taçaque decorre nos mesmos moldes daLiga Europa, ou seja, por grupos edepois a eliminar até à final, sendoque neste caso as equipas das duasligas jogam entre si”, explica DavidVilela.Por isso, os fins-de-semana sãofrenéticos e àquele espaço acorremvárias dezenas de atletas amadores emuitos acompanhantes para assis-tirem aos desafios. É caso para sedizer que o conceito do “FutsalDinâmico” pegou de estaca e temtudo para dar certo. “Devido aocampeonato que aqui realizamos eao facto de cada vez mais pessoasconhecerem este espaço, as perspec-tivas são que este projecto vácrescendo.” Aliás, em Janeiro de2010 está previsto o arranque daterceira edição desta prova, à partidajá com uma terceira liga devido aoesperado acréscimo de inscrições.“Já tinha esta ideia há muitos anos,até porque em Alverca não existemespaços desta natureza. Vamos ver secorre bem”, sustenta David, salien-tado que qualquer grupo de pessoaspode alugar os campos: “Abrimostodos os dias a partir das 15h30 atéhaver clientes, chegamos a fechar àmeia-noite e até mais tarde. ”

“Este espaçojá fazia falta”

Miguel Fernandes, responsávelpela equipa “Rações de Arcena”,é um fã desta ideia. “Tivemosconhecimento do torneio e re-solvemos entrar; somos umgrupo de amigos, jogamos jun-tos desde miúdos e é a primeiravez que participamos. Penso queeste espaço já fazia falta aAlverca, apesar de existirem out-ros pavilhões, portanto é umamais-valia para a cidade.” Equais são os vossos objectivos naprova? “Vamos apostar sobre-tudo no campeonato, pois nataça já perdemos alguns jogos eé difícil passar à fase seguinte;mas em relação ao campeonatoo nosso objectivo é subir à ILiga.”Marco Correia, de apelido“estradas”, responsável pelaequipa “Comércio de Alverca”,refere, por seu turno, que esta éuma boa maneira dele e dos ami-gos se manterem em forma, jáque no passado chegaram a jogara um nível federado. “Éramostodos federados, depois deixá-

mos de jogar, mas agora jun-tamo-nos sempre aos fins-de-semana, digamos que somos os«reformados»… (risos)” Quantoà prova, os objectivos passampela subida à I Liga e a conquistada taça. “Queremos ganhar tudoo que pudermos: subir àprimeira liga é o principal objec-tivo, se possível ficando emprimeiro lugar na Liga deHonra; na taça vamos tentar ir omais longe possível, sendo quena primeira edição fomos à final.Vamos tentar ganhar sempre!”A disputar a I Liga, Carlos Con-ceição, treinador e responsávelpela equipa “Imoconceição”,aplaude esta ideia. “É uma ideiamuito engraçada e está a juntarmuitas empresas e gente deAlverca, para além de outro pes-soal de fora. Não sei se a minhaempresa já teve retorno com estaparticipação, mas é sempre bompromover o nosso nome e o de-sporto.” Quanto aos objectivosna prova, estes não podiam sermais ambiciosos: “Os objectivosda minha equipa são ganhartudo. Estamos em terceiro lugarno campeonato e a taça está acorrer-nos bem.”

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Os responsáveis David Vilela e Eunice Veloso

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Ana Filipa de Sousa

Sem incisões nem cicatrizes, semdor ou períodos de recuperação. Èassim que se apresenta a mais re-

cente técnica de combate à celulite e àgordura localizada.O novo tratamento de modelação corpo-ral surge assim como a primeira soluçãonão evasiva de lipoaspiração e é aconsel-hado por um cada vez maior número deespecialistas, que não têm dúvidas de quea técnica tem uma enorme eficácia nadestruição da massa adiposa localizadaem zonas como o abdómen, glúteos ouancas.Esta nova aposta na luta contra a celuliteassenta na utilização de ultrasons foca-lizados e muito potentes que destroem ascélulas de gordura, cujo conteúdo é de-pois transportado pelos sistemas linfáticoe vascular e eliminado de forma natural,como acontece com as gorduras normal-mente depuradas pelo organismo.Para além de evitar as tradicionais inter-venções cirúrgicas e de dispensar o usode anestesia, o recurso à lipoaspiraçãonão evasiva apresenta resultados visíveisdepois de sete a dez sessões, que emnorma devem durar quarenta minutos.Como é realizado localmente e comgrande precisão, através de um pequeno

aparelho equipado com um sistema debodyshaping subdémico, o resultadofinal pode ainda ser mais notório e esta-bilizado se as sessões forem acompa-nhadas de drenagens linfáticas.Empresas apostadas nesta nova técnica,afiançam, de resto, que “a intensidadeproduzida pelos ultrasons do aparelhotem uma enorme eficácia na destruiçãoda massa adiposa e após um tratamentoé possível uma redução imediata da cir-cunferência, pelo menos em três cen-tímetros”. E acrescentam que “o softwaredeste tipo de equipamentos permitedosear, com exactidão, a profundidadedérmica onde se pretende a aplicação damáxima hipertermia, a correcta quanti-dade de energia e até a quantidade defrio necessário para a protecção dos teci-dos externos de acordo com as áreas atratar”. Para além de todas as vantagens, subli-nham ainda que a nova técnica ofereceexcelentes resultados porque “osparâmetros pré-seleccionados propor-cionam tratamentos seguros e rápidos”.

Os benefíciosda fotofrequência

Sendo um sistema multi-energético estanova tecnologia não evasiva de lipoaspi-

ração respeita a fisiologia da pele. Fotões,impulsos tróficos, gestão de temperaturaexterna e interna são as armas desta novatécnica que aposta na eliminação dasmais difíceis imperfeições.A utilização da fotofrequência baseia-seno mecanismo de acção inovador, queactua ao transferir energia da superfícieda pele até à derme e hipoderme, ondese encontram os tecidos nos quais se pre-tende actuar. Emitida sobre a forma defotões, a energia produz um aqueci-mento que acelera o metabolismo e me-lhora a irrigação sanguínea e a drenagem. As mais recentes avaliações a este tipo detratamentos realizadas, já este ano, peloInstituto da Pele e Avaliação de Produ-tos, em Itália, confirmam, de resto, quea utilização da fotofrequência nacorrecção de aspectos inestéticos do rostoe do corpo permitem num simples trata-mento aumentar em treze por cento aelasticidade da zona tratada e a micro-circulação sanguínea. Por outro lado estácomprovado que a espessura cutâneadiminui cerca de 8,5 por cento e que oratio visco-elasticidade aumenta 7,5 porcento.

14 | Notícias de Alverca Novembro 2009

Uma nova arma no combate à celulite

SAÚDE. Dada a sua suavidade e segurança, o sistema

de cativação ultra sónico elimina centímetros da barriga,

nádegas, quadris e coxas sem qualquer efeito colateral.

São boas notícias no combate à celulite e às gorduras

localizadas, sem angústia, sofrimento ou dor

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Fonte: empresas Cosmopura e Ibertronic

após 2 sessõesantes

antes após 4 sessões

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Trata-se de um destino “damoda”, durante todo o ano.Devido ao clima ameno e

uma distância de Portugal de poucomais de 3 horas de avião, é um des-tino extremamente apelativo. A Ilhado Sal tem um comprimento de30km e 12km de largura. Com umasuperfície de 216 km2, é das mais pe-

quenas ilhas de Cabo Verde. É tam-bém uma das ilhas mais áridas do ar-quipélago. A praia de Santa Mariatem 6km de extensão de areia branca,banhada por um mar azul turquês deáguas límpidas que convida a prolon-gados momentos de lazer. É aqui quese encontram os melhores hotéis dopaís, possibilitando uma agradável es-tadia.

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Fim de Ano na Ilha do SalCabo Verde: África minha, África sua

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Documentos necessários: passaporte e vistoTempo de voo: 03h30m (aproximadamente)Capital: Cidade da PraiaMoeda: Escudo cabo-verdiano(1 euro = 110, 265 cve.)Clima: tropical seco, com duas estações: estaçãoseca de Novembro a Julho; estação das chuvas(aguaceiros) de Agosto a OutubroGastronomia: As especialidades são a cachupa, a dja-gacida, a botchada e o molho capado, assim comodiversos pratos de peixe sempre fresco e saboroso,sem esquecer a lagosta! Aconselhamos igualmente ogrogue e o ponche, bebidas sobejamente conheci-das, bem como os queijinhos de cabra.

Programa de Fim de Ano: Saída extra a 26 deDezembro (SATA). 7 noites de estadia. Preços desde799 EUR por pessoa (Hotel Central ***) até 1.559EUR por pessoa (Hotel Riu Funana ****).

Consulte a Mundiclasse de Alverca219 579 340

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Viagem a SalamancaFim de Ano no país vizinho

Locais de partida: Bucelas (junto aoBES às 06h45); Moscavide (junto aoBingo às 07h15); Lisboa (junto aoMundo das Ferramentas às 07h30).

31 Dezembro - Bucelas / SalamancaPequeno-almoço: Aveiras“Restaurante “Pôr de Sol”. Últimoalmoço do Ano no Restaurante“Chalé Suisse”.Salamanca: chegada ao HotelMonterrey , distribuição de aloja-mento e tempo livre para ospreparativos do reveillon.

1 Janeiro - Visita a AlbercaPequeno-almoço e almoço noHotel, saída para visita à localidadede Alberca, com passagem pela

Ciudad Rodrigo e regresso aoHotel com jantar e alojamento.

2 Janeiro - SalamancaDia dedicado a esta histórica e cul-tural cidade Espanhola, com pe-queno-almoço, almoço e jantar noHotel. Visita com guia local.

3 Janeiro – Salamanca / LisboaDepois do pequeno-almoço noHotel, saída para o último dia destaviagem. Seia, transporte no com-boio turístico para visita ao Museu,seguido de almoço no Restaurante“Museu do Pão”. De seguidadamos início à viagem de regressoaos pontos de partida.

Preço por pessoa:485€; suplemento single: 100€

O preço inclui: Autopullman de tu-rismo; Alojamento em hotel de 4 es-trelas em quartos duplos e triplos;Reveillon 2009/2010; 2 jantares, 4almoços, 4 pequenos-almoços e be-bidas às refeições; Seguro de Viagem.

Oferecemos: A nossa companhiapor um representante da Agência;Guia local em Salamanca; Visita aAlberca.

Condições de pagamento: 1.º paga-mento na inscrição 50€; 2.º paga-mento 150€ até ao dia 20Novembro; 3.º pagamento até ao dia

15 Dezembro.

Hotel Monterrey (4 estrelas):O hotelestá localizado no centro da cidade,na área comercial e monumental deSalamanca, a apenas dois minutos apé da Plaza Mayor e dos principaismonumentos, com acesso fácil aoPalácio de Congressos. Oferece 143quartos, espaçosos e confortáveis,onde a elegância e o ambiente clássicose combinam com o conforto eserviços de data. Todos os quartosestão equipados com TV satélite,mini-bar, cofre, ar condicionado,aquecimento e secador de cabelo.

Consulte a Turistejo em Bucelas218 145 649

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Mário Caritas

O“patrão”da Obriverca,Eduardo Rodrigues,apresentou, no passado

dia 5, a sua mais recente aposta: o“Multiusos Oriente”, situado nazona oriental de Lisboa, entre oParque das Nações e a zona antigade Moscavide, numa área de 10hectares onde outrora funcionoua antiga fábrica da pólvora(INDEP – Indústrias de DefesaNacional). Trata-se de um ambi-cioso projecto, com conclusão pre-vista para o final de 2010,constituído por um condomíniohabitacional fechado, centro co-mercial, retail park, galeria comer-cial, equipamentos sociais – centrode dia, centro de saúde e pavilhãopolidesportivo – e ainda pelo Co-mando Metropolitano de Lisboada PSP.À semelhança de outras realizaçõesdesta construtora, sedeada emAlverca, é dada uma grande pre-ponderância às áreas exteriores pe-donais e ajardinadas, algumas

privativas, outras públicas. Com oprojecto de arquitectura a cargo daCPU e arquitectura paisagista daTopiaris, o investimento global es-timado cifra-se nos 150 milhõesde euros.Na cerimónia pública de apresen-tação do projecto, Eduardo Ro-drigues sublinhou tratar-se de“uma referência ímpar no urba-nismo contemporâneo na zonaoriental de Lisboa, com uma áreatotal de implantação superior a100 mil metros quadrados”. Oconstrutor foi ainda mais longe aoafirmar tratar-se do “maior pro-jecto privado do país e uma refe-rência a nível europeu”. Antesconfessara aos jornalistas presentesque nutria um sentimento muitoespecial pelo empreendimento emcausa porque “no passado fora umespaço onde se trabalhava paramatar pessoas, ao passo que no fu-turo será uma agradável zona delazer e de estar”. Está também pre-vista a criação de cerca de 1.200postos de trabalho, potenciando aatracção de investimento públicoe privado.

Micro-cidademultifuncional

Na prática, trata-se do nascimentode uma micro-cidade dentro dacidade, que alia habitação comcomércio e serviços públicos. Ouseja, é um projecto multifun-cional que vai muito para além domero conceito tradicional de ur-banização. “É preciso ter coragempara assumir uma obra desta di-mensão, mas só assim é que é pos-sível sair da crise”, acrescentou omagnata, confiante no sucessodeste negócio: “Já temos cerca de70% dos andares vendidos, acre-dito que esta será uma obra para-digmática.”O condomínio habitacional –“Condomínio Oriente” – ocupauma área de aproximadamente14.000 metros quadrados, maisde metade dos quais são destina-dos a espaços verdes, incluindouma piscina privativa. Este con-domínio fechado é constituídopor três edifícios de habitaçãonum total de 77 apartamentos de

luxo, dotados da mais modernatecnologia, com tipologias entreo T2 e o T7, e preços de venda aopúblico que variam entre os 350mil e o milhão e 250 mil euros.Dizer também que o Plano Di-rector Municipal obrigou a queapenas 25% da área urbanizadafosse para habitação, sendo osrestantes 75% destinados a

comércio e serviços.O “Multiusos Oriente” (concelhode Loures) junta-se assim a outrosprojectos emblemáticos daObriverca, com destaque para o“Alcântara-Rio” e “Jardins deBraço de Prata” (Lisboa), “Villasdo Forte” (Loures), “Mar da Ca-lifórnia” (Sesimbra) e “Praia daMarinha Resort” (Algarve).

16 | Notícias de Alverca Novembro 2009

na Ficha Técnica

Redacção, Publicidade e DirecçãoMorada:Qta. de Stª. Maria – E.N. 10,2615-376 Alverca do Ribatejo Contactos:Tel. 219589130Fax. 219589145E-mail’s:[email protected]@[email protected]@gmail.comDirector: António CastanhoDirector-adjunto: Nuno LopesEditor: Mário CaritasRedacção: Ana Filipa Sousa,Jorge Talixa e Pedro CasteloColaboradores:Adriano Gabriel; Ana Ameixa;Paula Gadelha; Goreti Luis eVirgílo Figueira (Beleza); RuiVitória (Desporto); CarlosMendes (Direito); Luís FerreiraLopes (Economia); Olga Fonsecae Paula Atouguia (Sociedade)Grafismo e Paginação:André PorêloFotografia:André Porêlo e Mário CaritasPublicidade:Afonso Braz, Jorge Ferreirae Júlio PereiraSecretariado:Isabel Pinto e Lurdes FarinhaImpressão: CIC - Centro deImpressão CorazeTiragem: 13.500 exemplaresPropriedade: CCS – Cultura eComunicação Social, S.A.Contribuinte: 502788569 Registo ICS: 109974Depósito legal: 78298/94Fundado em: 1984Medalha de Mérito CulturalCidade de Alverca’ 2004

41.º Aniversário da Fundação CEBI

Os alunos do ColégioJosé Álvaro Vidal da

Fundação CEBI, emAlverca, vão ser os grandesprotagonistas das comemo-rações do 41.º aniversáriodesta instituição, marcadaspara o próximo dia 25 deNovembro. Espectáculosmusicais e desportivos vãodecorrer ao longo de todo odia no interior da CEBI,dando dessa forma a con-hecer um pouco melhor otrabalho que ali se realizadiariamente.Também nessa data, a par-tir das 19h00, terá lugar ajá habitual sessão soleneque começará com o dis-curso de boas-vindas dopresidente do conselho deadministração da CEBI,José António Carmo,seguido de um pequenomomento musical (prota-gonizado por alunos docolégio). O ponto alto seráa entrega de uma condeco-ração póstuma – A GrandeCruz de Mérito - ao grandementor da CEBI, José Ál-varo Vidal, pelo Embai-xador Pinto de França,chanceler da Ordem deMérito.

Obriverca apresentou“maior projecto privado do país”SOCIEDADE. O “Multiusos Oriente” é a mais recente aposta da Obriverca. Eduardo Rodrigues

continua a dar cartas e apresentou aos jornalistas aquilo que considera ser “um projecto de

referência a nível europeu”.

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No Jardim de Alverca, reabriu um espaço que durante muitosanos animou a população: a outrora “Máscara” deu lugar ao“Plaza Garden Caffé”. E o jardim ganhou novos adeptos.

Oantigo café/snack-bar “Máscara” do Jardim MunicipalJosé Álvaro Vidal, em Alverca, deu lugar ao “Plaza

Garden Caffé”. Após uma obra de fundo que implicou a re-modelação total daquela área, este espaço comercial reabriuem Outubro e promete dar uma nova vida àquela zona.“Pensamos que o jardim irá renascer”, sublinham os novosarrendatários, Carla Militão e Hugo Ribeiro, que são tam-bém os sócios-gerentes do restaurante italiano “Douggas” naQuinta da Ómnia.Aqui servem-se refeições e petiscos, aliados a uma variedadede gelados e bebidas “diferentes”. Coexistem espaço interior eesplanada (coberta), ambos decorados com motivos quetransmitem tranquilidade e energia positiva. “Alverca pre-cisava de um sítio assim”, afirmam, convictos, os responsáveisque não temem eventuais cenas de insegurança como as queaconteceram no passado. “Não tivemos medo de pegar nistoe dotámo-lo com toda a tecnologia existente no mercado emtermos de segurança.”

“Antes não vinha para aqui”

Para os utentes do jardim municipal, a reabertura daquelazona comercial é positiva e já fazia falta. Que o diga NídiaSilva, uma professora aposentada que agora elege os bancosdo jardim como local de leitura diária. “O jardim está maisseguro, mais tranquilo. Antes não vinha para a parte de cima,limitava-me a ficar junto à estrada nacional, mesmo duranteo dia, ao passo que agora estou à vontade. À noite é queainda não vim muitas vezes passear para aqui, penso que ailuminação artificial podia ser melhor.”Também Francisco Sousa, guarda do campo de ténis, é daopinião que a reabertura da antiga “Máscara” é positiva atodos os níveis: “Veio dar mais alegria ao jardim, mais segu-rança. Agora as pessoas vêm passear mais à vontade. Este es-paço já fazia falta, penso que será bom sobretudo no Verão. Ailuminação artificial do jardim é que podia ser melhor, poishá muitas lâmpadas fundidas.”Ainda em relação ao “Plaza Garden Caffé”, dizer que abre di-ariamente entre as 10h00 e as 23h00, com música ao vivo aosfins-de-semana e a possibilidade de alargamento do horáriono futuro. “Vamos com calma. Queremos sobretudo di-namizar e propor coisas diferentes”, concluem Carla e Hugo.

Mário Caritas

“Plaza Garden Caffé”afasta insegurança