O Aborto e a Ameaça à Soberania Nacional

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  • 8/18/2019 O Aborto e a Ameaça à Soberania Nacional

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    O aborto e a ameaça à soberania nacional (Parte I)

    Análise do professor Ivanaldo Santos, autor do livro "Aborto: discursos

    filosficos"

    Brasília, 28 de Março de 2013 (Zenit.org)

     Atualmente o Ocidente assa or um momento de ro!unda contradiç"o. #e

    um lado, !ala$se a%ertamente em di&ersidade cultural, em aro!undamento da

    democracia e at' mesmo co%ra$se ue aíses com regimes autoritrios ou

    !ec*ados !açam uma transiç"o ruma + democracia. #o outro lado, &$se ue,

    cada &e- mais, as decises olíticas s"o tomadas sem le&ar em consideraç"o

    a oini"o da maioria da oulaç"o. /"o decises ue, em sua essncia, le&am

    em consideraç"o a &is"o t'cnica de esecialistas em olíticas %licas e a

    ideologia de alguma minoria social ou gruo olítico. a rtica o ue est se

    !ormando em muitos aíses do Ocidente ' uma &erdadeira ditadura das

    minorias ou ent"o um go&erno, um tanto uanto autoritrio, dos esecialistas.

    m eemlo %em ilustrati&o dessa uest"o s"o os 4A. 5istoricamente os

    4A semre se aresentaram as naçes do mundo como sendo o grande

    de!ensor da democracia e da li%erdade indi&idual. 4ntretanto, nos ltimos anos

    essa ostura tem mudado. Os 4A tm aoiado açes e olíticas, em &rias

    artes do mundo, ue !erem a democracia e a so%erania dos o&os. /"o açes

    ue, em alguns momentos, s"o secretas e, em outros, s"o %licas.

    ma marca ilustrati&a dessa ostura dos 4A !oi o discurso reali-ado ela

    secretria de 4stado americano, 5illar6 7linton, em de-em%ro de 2011, or 

    ocasi"o das comemoraçes do #ia nternacional dos #ireitos 5umanos. esse

    discurso 5illar6 7linton disse ue as o%9eçes religiosas + *omosseualidade

    n"o de&em ser&ir de o%stculo ara as açes en'rgicas da O ara

    romo&er a agenda *omosseual. /egundo ela, nen*uma rtica ou tradiç"oreligiosa ' mais imortante do ue os direitos *umanos. A secretria de 4stado

    americano acrescentou ue todos os aíses recisam aro&ar leis de direitos

    ci&is ara os indi&íduos *omosseuais, mesmo uando essas leis o!endem a

    maioria dos cidad"os de um aís.

    4sse discurso de 5illar6 7linton ' !undamentado ela olítica do residente

    americano Bara: O%ama, o ual !e- da aceitaç"o mundial do *omosseualismo

    o asecto central de sua olítica eterna na O e no mundo inteiro. 4m umdocumento intitulado niciati&as nternacionais ara A&ançar os #ireitos

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    5umanos de ;'s%icas, intoler?ncia@ em aíses estrangeiros a9udando

    a normali-ar a orientaç"o e ati&idade seual *omosseual. 4sse documento

    indica ue essa de!esa oderia incluir de tudo, desde !inanciar ati&istas

    olíticos *omosseuais em outros aíses ue !a-em caman*as contra leis

    ue de!inem o casamento como a uni"o entre um *omem e uma mul*er at' a

    organi-aç"o de aradas do orgul*o ga6 e s*os da cantora ;ad6

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    E1F MAG=/, .

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    /ra. #ilma Gousse!!E3F, antes de tomar osse no cargo, comarou o !eto a um

    dente e, com isso, tentou 9usti!icar a rtica do a%orto. K a líder !eminista e

    rL$a%orto, 4leonora MenicucciEPF, ue atualmente ' a titular da /ecretaria de

    Dolíticas ara as Mul*eres, mais con*ecida como Minist'rio das Mul*eres,

    c*egou a comarar a gra&ide- a uma doença in!ectocontagiosa e, com isso,

    tam%'m tentou 9usti!icar o a%orto.

    S ossí&el sinteti-ar os gruos de ress"o ue lutam, em escala lanetria,

    ara imlantar o a%orto em trs categorias. o entanto, o%ser&a$se ue essa

    euena síntese n"o esgota a lista comleta desses gruos. m eemlo

    disso ' ue a resente lista n"o a%ordar o ael da Organi-aç"o das açes

    nidas (O) na romoç"o, di!us"o e instalaç"o do a%orto na Am'rica ;atina e

    em outros continentes. Iale salientar ue a O n"o ' o organismo

    democrtico e romotor da igualdade entre os o&os ue di- ser. Delo

    contrrio, a O tem tido um ael decisi&o na di!us"o da cultura da morte, do

    a%orto e nas di&ersas ameaças a so%erania nacional. Ameaças ue recaem

    rincialmente so%re os aíses o%res. Dara se ter uma ideia do ael do O

    nesse ro%lema, a rLria OEF u%licou recentemente um manual ue d

    orientaçes, aos sistemas de sade dos aíses mem%ros, so%re como !a-er 

    um a%orto >seguro@.

    E1F P M;5T4/ #4 ABOG=O/ O/ 4A. n ;ançar as Gedes. #isoní&el em

    *ttUUlancarasredes.%logsot.comU2012U02UP$mil*oes$de$a%ortos$nos$

    eua.*tml. Acessado em 03U03U2012. #OM "o ' uma uest"o se eu sou contra ou a

    !a&or, ' o ue eu ac*o ue tem ue ser !eito. "o acredito ue mul*er algumaueira a%ortar. "o ac*o ue ningu'm uer arrancar um dente, e ningu'm

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    tamouco uer tirar a &ida de dentro de si@. G4A;#O, A. #ilma >a catLlica@,

    comara o a%orto a arrancar um dente. n Blog do Geinaldo A-e&edo,

    1PU0U2010. #isoní&el em *ttUU&e9a.a%ril.com.%rU%logUreinaldoUgeralUdilma$a$

    catolica$comara$o$a%orto$a$arrancar$um$denteU. Acessado em 02U03U2012.

    EPF as ala&ras de 4leonora Menicucci >EO a%ortoF n"o ' uma uest"o

    ideolLgica, ' uma uest"o de sade %lica, como o crac: e outras drogas, a

    dengue, o 5I e todas as doenças in!ectocontagiosas@. 4;4OOGA

    M4777 #Z Y4 ABOG=O S Y4/=O #4 /A[#4 D[B;7A. n #7

    digital. #isoní&el em *ttUU.dci.com.%rU4leonora$Menicucci$di-$ue$

    a%orto$e$uestao$de$saude$u%lica$$P0XP2.*tml. Acessado em 02U03U2012.

    EF \OG;# 54A;=5 OG

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    troicais Brasil, Deru, Iene-uela, 4uador e Bolí&ia. S !cil &er ue, com uma

    oulaç"o atual Eano de 1NPF de mais de 100 mil*es, o Brasil domina

    demogra!icamente o continenteH l elo !im deste s'culo Eo s'culo JJF, re&$

    se ue a oulaç"o do Brasil c*egar aos 212 mil*es de essoas, o mesmo

    ní&el oulacional dos 4A em 1NP. A ersecti&a de um rido crescimento

    econQmico $ se n"o !or en!rauecida elo ecesso de crescimento demogr!ico

    $ indica ue o Brasil ter cada &e- maior in!luncia na Am'rica ;atina nos

    rLimos 2 anos_EF.

    E1F E1F /7A;A, Korge. DDR (Rederaç"o nternacional de Dlane9amento

    Ramiliar). A multinacional da morte. 2 ed. Anolis, Brasil Mltila, 200P.

    E2F A=OA; /47G= /=# M4MOGA#M 200 mlications o! 

    \orldide Doulation

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    escol*er com li%erdade e resonsa%ilidade o nmero e o esaçamento de seus

    !il*os e o direito de eles terem in!ormaçes, educaçes e meios ara reali-ar 

    issoH e %) o desen&ol&imento social e econQmico !undamental dos aíses

    o%res nos uais o rido crescimento oulacional ' uma das causas e

    conseuncia da o%re-a generali-ada_E1F. 4 ainda or cima aonta a

    utili-aç"o das mul*eres, como massa de mano%ra, ara colocar em rtica as

    olíticas de controle da natalidade. /o%re esse assunto o documento a!irma _a

    condiç"o e a utili-aç"o das mul*eres nas sociedades dos aíses

    su%desen&ol&idos s"o de etrema imort?ncia na reduç"o do taman*o da

    !amília. Dara as mul*eres, o emrego !ora do lar o!erece uma alternati&a ara o

    casamento e maternidade recoces, e incenti&a a mul*er a ter menos !il*os

    aLs o casamento. E...F As esuisas mostram ue a reduç"o da !ertilidade est

    relacionada com o tra%al*o da mul*er !ora do lar_E2F.

    7omo se ode &er elo contedo do Memorando 200, uma es'cie de Bí%lia

    do controle da natalidade, os aíses centrais do caitalismo, esecialmente os

    4A, tem uma agressi&a olítica de controle oulacional. 4ssa olítica, de

    cun*a neoimerialista, ressue a inter!erncia na so%erania dos aíses.

    S reciso esclarecer ue desde o !inal da d'cada de 1N0, uando o

    Memorando 200 9 tin*a sido u%licado e suas olíticas esta&am sendo

    imlementadas ao redor do mundo, ue eiste um acto de cooeraç"o e

    tra%al*o mtuo entre o go&erno dos 4A e as organi-açes ue reresentam a

    ideologia li%eral, eseci!icamente as !undaçes ue atrocinam o a%orto e

    outras !ormas de controle oulacional. =rata$se de um acto ue, de um lado,

    ossi%ilita maior agilidade nas olíticas e açes de controle oulacional ao

    redor do mundo e, do outro lado, a%re as ortas ara ue essas !undaçes

    ossam tra%al*ar em reas estrat'gicas dos aíses (tri%unais de 9ustiça,congressos nacionais, con!erncias eiscoais e outras) ara imor o controle

    oulacional e esecialmente o a%orto. 7om isso, a so%erania nacional '

    en!rauecida, ois uem decide o ue a oulaç"o nacional &ai !a-er ou

    eerimentar n"o ' a rLria oulaç"o, mas um con9unto de esecialistas

    estrangeiros em controle oulacional.

     A terceira e ltima categoria ' a esuerda internacional e esecialmente o

    ro9eto de recriar o socialismo ou mais recisamente o neosocialismo ousocialismo do s'culo JJE3F. os ltimos 20 anos os di&ersos mo&imentos e

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    artidos olíticos ue comem a esuerda internacional tem se es!orçado

    ara recriar o socialismo. 4 essa recriaç"o de&er acontecer na Am'rica

    ;atina. 4sse continente ' &isto, elas lideranças esuerdistas, como sendo o

    esaço de reconstruç"o do socialismo aLs o !racasso das eerincias

    esuerdistas nos aíses do ;este 4uroeu, esecialmente na Gssia. sso !ica

    %em claro na #eclaraç"o Rinal or ocasi"o da !undaç"o do Roro de /"o Daulo

    (R/D)EPF, em 10, uma entidade ue age dentro da Am'rica ;atina e ue tem

    or miss"o a imlantaç"o de go&ernos esuerdistas$maristas e

    neossocialistas nesse continente. a #eclaraç"o RinalEF, or ocasi"o da

    conclus"o do Drimeiro 4ncontro do Roro de /"o Daulo, a!irma$se ue

    >a&aliamos a crise da 4uroa Oriental Eo ;este 4uroeuF e do modelo de

    transiç"o ao socialismo ali imosto. Ge&isamos as estrat'gias re&olucionrias

    da esuerda desta arte do laneta e dos o%9eti&os ue o uadro internacional

    coloca@EXF. 7om isso, a meta do Roro de /"o Daulo assa a ser a criaç"o do

    neossocialismo. /endo ue dessa &e- na Am'rica ;atina. sso reresenta, na

    rtica, outra agress"o + so%erania nacional, ois o o%9eti&o do Roro de /"o

    Daulo n"o le&a em conta as necessidades e a oini"o dos go&ernos e das

    oulaçes latino$americanas.

    Dara a imlantaç"o do neossocialismo nos aíses latino$americanos o Roro de

    /"o Daulo conta com amla rede de entidades e organi-açes, como, or 

    eemlo, artidos olíticos de esuerda, sindicatos e Organi-açes "o

    resonsa%ilidade

    reroduti&a@ e aos >direitos seuais e reroduti&os@. S reciso esclarecer ue

    essas duas eresses s"o cLdigos e neologismo ara identi!icar o a%orto e

    outras t'cnicas de controle da natalidade. Al'm disso, a declaraç"o !inalENF do

    encontro !a- re!erncia direta ao !ato da Gede de Mul*eres ;atino$Americanas

    e 7ari%en*as, um das redes ue d"o sustentaç"o ao Roro de /"o Daulo, ue,entre outros itens, dese9a lutar ela imlantaç"o, a ní&el latino$americano, da

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    sade seual e reroduti&a das mul*eres, ou se9a, dese9a imlantar o a%orto

    em todo o continente.

     A olítica de criaç"o e imlantaç"o do neossocialismo na Am'rica ;atina '

    mais um caítulo tanto da erca de autonomia das naçes como da

    imlantaç"o do a%orto. /em contar ue, no continente latino$americano, o Roro

    de /"o Daulo (R/D) mantem um acto estrat'gico com a ideologia li%eral,

    esecialmente com as !undaçes multimilionrias ue !inanciam o a%orto em

    escala lanetria. Aesar das duas &ertentes terem ideologias di!erentes, o

    R/D ' socialista$marista e as !undaçes s"o li%erais$caitalista, am%os tem

    em comum o ro9eto de inter!erir na so%erania das naçes e, com isso,

    imorem suas &ises so%re a sociedade e o ser *umano.

    E1F A=OA; /47G= /=# M4MOGA#M 200 mlications o! 

    \orldide Doulation

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    Mo&imiento Boli&ia ;i%re, Dartido 7omunista de Bolí&ia. o Brasil Dartido

    #emocrtico =ra%al*ista (D#=), Dartido 7omunista do Brasil (D7do B), Dartido

    7omunista Brasileiro (D7B), Dartido /ocialista Brasileiro (D/B), Dartido dos

    =ra%al*adores (D=). o 7*ile -uierda 7ritiana, Dartido 7omunista, Dartido

    5umanista, Dartido /ocialista. a 7olQm%ia Dolo #emocrtico Alternati&o,

    Dresentes or el /ocialismo, Dartido 7omunista 7olom%iano, Rorças Armadas

    Ge&olucionrias da 7olQm%ias (RAG7). 4m 7u%a 7u%a, Dartido 7omunista de

    7u%a (D77). o 4uador 4uador, Mo&imento de nidad Dlurinacional

    Dac*a:uti: b ue&o Dais, Mo&imento DA/, Mo&imento Doular #emocrtico,

    Dartido 7omunista de 4cuador, Dartido 7omunista Marista$;eninista del

    4cuador, Dartido /ocialista b Rrente Amlio. 4m 4l /al&ador Rrente Rara%undo

    Martin ara la ;i%eraciLn acional. a

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    os o%9eti&os roostos ara o de%ate entre as di&ersas comiti&as de

    dilomatas, &indos de todos os continentes ara articiarem do e&ento, n"o

    consta&am a legali-aç"o do a%orto e outras !ormas de controle da natalidade e

    oulacional. O surreendente, de acordo com =imot*6 5errmannE2F, ' ue nos

    seis meses anteriores a reali-aç"o da Gio20, o Rundo Doulacional da O

    (RAD) 9unto com a oruega e sl?ndia, 7at*olics !or 7*oice (7atLlicas ela

    4scol*a) e a Dlanned Darent*ood (Rederaç"o nternacional de Dlane9amento

    Ramiliar), tra%al*aram !e%rilmente 9untos ara tirar &antagem da con!erncia

    Gio20 so%re desen&ol&imento sustent&el a !im de romo&erem tanto um

    direito internacional ao a%orto uanto o controle oulacional. A organi-aç"o

    7at*olics !or 7*oice distri%uiu &rias u%licaçes e declaraçes !a-endo de

    al&o a in!luncia nica do Iaticano dentro da O como O%ser&ador 

    Dermanente. 4m um in!orme, esse gruo c*egou a a!irmar ue a >tendncia da

    /anta /' de insistir em osiçes eri!'ricas ue a colocam longe dos ue

    est"o no consenso redominante@ mina >o consenso internacional so%re

    direitos *umanos e ro&oca um retrocesso nas normas e rincíios ue s"o

    igualmente &alori-ados elos aíses mem%ros da O@. Aesar da Gio20 ser 

    uma con!erncia so%re desen&ol&imento sustent&el dese9a&a$se aro&ar 

    algum documento di-endo ser !a&or&el ao a%orto e outras t'cnicas de controle

    oulacional em nome dos direitos seuais e reroduti&os das mul*eres. Iale

    salientar ue a eress"o direitos seuais e reroduti&os ' mais uma

    eress"o %onita ara su%stituir a ala&ra a%orto.

     Ainda de acordo com =imot*6 5errmann no começo das discusses na Gio20,

    deiou$se clara a ligaç"o olmica entre direitos reroduti&os e

    desen&ol&imento sustent&el uando a o&a Zel?ndia 9unto com a oruega, a

    sl?ndia, os 4stados nidos, o 7anad, a /uíça, a ni"o 4uroeia (4) e a Austrlia ediram a inclus"o do termo >din?mica oulacional@ do RAD no

    mesmo argra!o de sade seual e reroduti&a. A Gssia e a /anta /', 9unto

    com os aíses do

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    reroduti&os@ e >controle oulacional@, mas or ra-es di!erentes. As

    delegaçes a!ricanas, or eemlo, !icaram com medo de ue se !i-essem

    algum uestionamento a tentati&a de imor o a%orto or meio da Gio20 os

    !inanciamentos de ue deendem deseseradamente ser"o cortados or 

    organi-açes como o RAD. A 4, or outro lado, n"o disse nada ara n"o

    ue%rar o consenso dentro de seu rLrio gruo, considerando ue trs aíses,

    inclusi&e a rlanda, ermanecem solidamente rL$&idas.

    Roi or causa da tentati&a de !orçadamente se legali-ar o a%orto or meio da

    Gio20, assando or cima dos congressos nacionais, da so%erania das

    naçes e da &ontade dos di&ersos o&os en&ol&idos, ue o 7ardeal #om Odilo

    /c*ererEPF, arce%iso de /"o Daulo, no Brasil, a!irmou, em sua con!erncia

    durante a Gio20, ue a >centralidade da essoa *umana no Drincíio 1f da

    7on!erncia de 12EF ' um lem%rete de ue o desen&ol&imento sustent&el

    n"o ' alcançado atra&'s do desen&ol&imento medido ela sua caacidade de

    romo&er e sal&aguardar a dignidade da essoa *umana@. 4 ue or causa

    disso >n"o se ode tirar a dignidade *umana e nem deiar de lado o direito a

    &ida@.

    O !ato concreto ' ue o Iaticano cora9osamente liderou uma coalis"o de

    aíses ue, com muito es!orço dilomtico, conseguiram imedir ue a Gio20

    se trans!ormasse em uma con!erncia ara legali-ar o a%orto em escala glo%al.

    S reciso notar ue essa tentati&a !oi reali-ada sem consultar os congressos

    nacionais e a oulaç"o dos di&ersos aíses en&ol&idos. =rata$se, or 

    conseguinte, de uma tentati&a !eita distante do o&o, nas som%ras do oder,

    dentro dos ga%inetes dos olíticos e dilomatas. ;ogo ' uma roosta anti'tica

    e antidemocrtica, ue coloca em erigo a so%erania das naçes.

    S or causa disso ue #om 4us'%io /c*eidEXF, num artigo u%licado no 9ornalO 4stado de /"o Daulo, no ano de 200, ue nauele momento era o

    arce%iso do Gio de Kaneiro, no Brasil, a!irma ue diante das roostas de

    legali-aç"o do a%orto e outros uestes ligadas ao controle oulacional

    >ningu'm sa%e o ue est acontecendo@. /o%re essa mesma uest"o #om

     Antonio Gossi ^ellerENF, %iso da #iocese de Rrederico \est*alen, tam%'m no

    Brasil, a!irma ue >aesar de todas as negati&as e desculas, o ue se &,

    concretamente, ' um encamin*amento or %aio dos anos de medidas ue&isam ura e simlesmente, a rtica li&re do a%orto@. #iante disso, a!irma$se

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    ue, or arte da oulaç"o, 9ustamente a grande &ítima das olíticas de

    controle da natalidade e oulacional, eiste um grande descon*ecimento das

    açes e olíticas de %astidores, dos lo%%6s dos gruos de ress"o rL$a%orto

    com o intuito de legali-ar essa rtica. 4sse descon*ecimento termina

    condu-indo a uma crise da democracia e a um es&a-iamento da so%erania

    nacional.

    E1F BG=O, Mrcia Ja&ier. A &anguarda do retrocesso e a retaguarda do

    a&anço. n Iila o&a, 7amina

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    terceiro mundo e da Am'rica ;atino. o entanto, ele aresenta uma &is"o geral

    do erigo ue se encontra, na atualidade, as democracias, a so%erania

    nacional e rincialmente o !eto, ou se9a, o %e% ainda no &entre da m"e.

    O oderoso lo%%6 internacional ara imlantar o a%orto no mundo originou$se

    no ano de 12 uando o megamilionrio Ko*n #a&ison Goc:e!eller, mais

    con*ecido como Goc:e!eller , !undou em o&a or: o 7onsel*o Doulacional

    ara romo&er o controle do crescimento demogr!ico em todo o mundo. Aos

    es!orços do 7onsel*o Doulacional, nos anos seguintes, somou$se a Rundaç"o

    Rord, uma das !undaçes mais atuantes na romoç"o e di!us"o do a%orto em

    todo o mundo. As organi-açes Goc:e!eller e a Rundaç"o Rord !oram, durante

    &rios anos, os ioneiros em romo&er o lane9amento !amiliar e o a%orto ara

    !ins de controle demogr!ico.

    o !inal das d'cadas de 1X0 e 1N0 Ko*n #a&ison Goc:e!eller, diretamente e

    atra&'s de suas organi-açes, assou a eercer um esado lo%%6 9unto ao

    go&erno !ederal americano ara ue este recon*ecesse a uest"o do controle

    demogr!ico mundial como um ro%lema de segurança interna dos 4stados

    nidos, do ue resultou a ela%oraç"o do GelatLrio ^issinger ue recon*ece a

    elos"o demogr!ica mundial como um ro%lema de segurança interna dos

    4stados nidos e ue 9amais nen*um aís conseguiu diminuir a taa de

    crescimento oulacional sem ter recorrido ao a%orto. Dor causa disso !oi

    criada a di&is"o oulacional da Agncia dos 4stados nidos ara o

    #esen&ol&imento nternacional (nited /tates Agenc6 !or nternational

    #e&eloment b /A#)E1F ue, durante cerca de uma d'cada, gastou a

    !a%ulosa uantia de uase 2 %il*es de dLlares da 'oca ara !inanciar o

    controle oulacional mundial atra&'s da esterili-aç"o !orçada, do uso de

    contraceti&os e tam%'m atra&'s do a%orto, tanto o legal como o clandestino.Roi a /A# ue !inanciou a esuisa %sica ue culminou com a

    disseminaç"o das modernas drogas a%orti&as, ue eram &istas elos diretores

    do organismo como uma _no&a enicilina ue aca%aria com a en!ermidade da

    elos"o oulacional_. A /A# tam%'m romo&eu cursos e congressos

    internacionais so%re a rtica de a%orto ara mil*ares de m'dicos ro&enientes

    de raticamente todos os aíses do mundo, atrocinou a distri%uiç"o de

    centenas de mil*ares de aarel*os ara rocedimento a%orti&o em mais de

  • 8/18/2019 O Aborto e a Ameaça à Soberania Nacional

    17/27

    setenta aíses, na maioria dos uais o a%orto n"o era legal, e imlantou as

    redes de clínicas clandestinas de a%ortos em &rios desses aíses.

    #urante o go&erno do residente americano Kimm6 7arter (1NN$181) *ou&e

    uma !orte reaç"o oular e, com isso, resultou na &otaç"o da 4menda 5elms, a

    ual roi%iu a /A# de continuar romo&endo o a%orto e ualuer uso de

    &er%as !ederais ara o !inanciamento da rtica do a%orto tanto dentro como

    !ora dos 4stados nidos. O diretor da di&is"o de oulaç"o da /A#, #r.

    Geimert Ga&en*olt, ue recentemente u%licou etensa documentaç"o a este

    reseito, a ual ode ser acessada elo endereço eletrQnico

    *ttUU.ra&en*olt.com, estimou ue desde 1X8 at' 1N3, o tra%al*o da

    organi-aç"o, graças ao seu etraordinrio orçamento, *a&ia imedido, em

    cerca de uma d'cada, o nascimento de um %il*"o de essoas em todo o

    mundo.

    medidos de tra%al*ar ela 4menda 5elms, os diretores da di&is"o de

    oulaç"o da /A# &iram$se o%rigados a criar uma organi-aç"o ri&ada, a

    ual rece%eu o nome de Açes A!irmati&as em #ireitos e /ade (A!!irmati&e

     Action in 5uman Gig*ts and 5ealt*), mais con*ecida ela sigla DA/, ara

    continuar a miss"o reentinamente interromida elo go&erno Kimm6 7arter.

    #esde o !inal da d'cada de 1N0, com a a9uda das !undaçes internacionais, o

    DA/ tornou$se um dos rinciais romotores internacionais do a%orto legal e

    ilegal. /ediado na 7arolina do orte e com !iliais em inmeros aíses, inclusi&e

    no Brasil, o DA/ distri%ui euiamentos ara a rtica de a%ortos, assessora

    clínicas de a%orto romo&e cursos ara m'dicos em rocedimentos de a%orto

    em todo o mundo. o Brasil o DA/, or eemlo, em arceria com o go&erno

    !ederal, romo&e regularmente cursos so%re a%orto na maioria das grandes

    maternidades e escolas de medicina. O go&erno %rasileiroE2F n"o somenteaoia o tra%al*o do DA/, como tam%'m segue suas recomendaçes e, em

    de março de 200, o Minist'rio da /ade %rasileiro condecorou a organi-aç"o

    com a entrega de uma laca de recon*ecimento ela rele&?ncia dos ser&iços

    restados + naç"o. Iale salientar ue o DA/ ' uma organi-aç"o ue inter!ere

    constantemente na olítica interna das naçes. O DA/ age como se !osse o

    go&erno ou algum Lrg"o go&ernamental, mas n"o assa de uma agncia

    estrangeira de controle oulacional. ma agncia ue coloca em c*eue aso%erania das naçes.

  • 8/18/2019 O Aborto e a Ameaça à Soberania Nacional

    18/27

    E1F m resumo das ati&idades da Agncia dos 4stados nidos ara o

    #esen&ol&imento nternacional, (/A# em sua sigla em ingls), em relaç"o ao

    a%orto, durante esse eríodo *istLrico encontra$se em A DGOMOO

    =4GA7OA; #A 4/=4G;ZAO, #O ABOG=O 7;A#4/=O 4 #O

     ABOG=O Y`M7O condensado do deoimento auto%iogr!ico de Geimert

    =*orol! Ga&en*olt. Brasília Associaç"o acional DrL$Iida e DrL$Ramília, 2010.

    O original em ingls est disoní&el no endereço eletrQnico

    *ttUU.smit*.eduUli%rariesUli%sUsscUr*UtranscritsUra&en*olt$trans.*tml.

    E2F /o%re o remio ue o go&erno %rasileiro concedeu ao DA/ recomenda$se

    consultar A#4//4, ;eila. 4ditorial. n Ge&ista de /ade /eual e Geroduti&a.

    n!ormati&o 4letrQnico de DA/ Brasil. 4diç"o . 3, março 200.

    O aborto e a ameaça à soberania nacional (Parte II)

    /"o Daulo, 10 de A%ril de 2013 (Zenit.org)

    #ontinuando!!!

    4m 18P, durante a 7on!erncia nternacional de Doulaç"o do M'ico o

    go&erno Gonald Geagan (181$18), ue sucedeu a Kimm6 7arter, endureceu

    as medidas introdu-idas ela 4menda 5elms e roi%iu, atra&'s do ue !icou

    con*ecido como a Dolítica da 7idade do M'ico, ue ualuer organi-aç"o,

    nacional ou internacional, ue tra%al*asse com a romoç"o do a%orto, udesse

    rece%er &er%as !ederais, mesmo ue estas n"o se destinassem diretamente as

    rticas de a%orto. a rtica a administraç"o Geagan n"o aenas te&e uma

    olítica de de!esa da &ida e esecialmente da &ida mais !rgil, ou se9a, do %e%

    ainda no &entre da m"e, mas uma olítica de roteç"o da democracia e da

    so%erania das naçes.

    #e acordo com Maureen G. 7or%ett e ^at*erine ;. =urnerE1F essa olítica

    re9udicou os interesses cororati&os e ideolLgicos dos gruos de ress"o rL$

    a%orto. m dos gruos ue mais !oram re9udicados !oi 9ustamente o DA/.

    Iendo$se no&amente tol*ido, o DA/ reagiu e criou, em 11, o conceito de

    cuidados Ls$a%orto e, em 13, 9untamente com outras organi-açes, criou o

    7onsLrcio da Atenç"o DLs$A%orto ara educar os oeradores da sade em

    todo o mundo so%re as conseuncias do a%orto inseguro e desen&ol&er os

    cuidados Ls$a%orto como uma estrat'gia de sade %lica. A essncia da

  • 8/18/2019 O Aborto e a Ameaça à Soberania Nacional

    19/27

    uest"o era ue os cursos ue o DA/ ministra&a e aarel*os ue distri%uía,

    em todo o mundo, odiam ser utili-ados, !a-endo uso das mesmas t'cnicas,

    n"o aenas ara !a-er um a%orto, mas tam%'m ara es&a-iar o tero de restos

    lacentrios deois de um a%orto mal !eito. 4m 2001 um memorando do

    go&erno americano esta%eleceu ue a Dolítica da 7idade do M'ico n"o

    roi%ia o _tratamento dos danos causados or a%ortos legais ou ilegais,

    inclusi&e a atenç"o Ls$a%orto_. 7om isto o DA/ e seus inumer&eis arceiros

    oderiam continuar a ministrar cursos e distri%uir seus euiamentos sem

    erder a a9uda !inanceira norte$americana. Bastaria a!irmar, ara tanto, ue os

    cursos e os euiamentos n"o se destina&am + rtica do a%orto, mas aos

    cuidados Ls$a%orto.

    Iale salientar ue as olíticas de Ls$a%orto reresentam na rtica a

    legali-aç"o e incenti&o, mesmo ue de !orma indireta, do a%orto. Daíses da

     Am'rica ;atina como, or eemlo, o ruguai e o Brasil s"o al&os das

    resses internacionais ara a legali-aç"o indireta do a%orto or meio da

    olítica Ls$a%orto. S reciso esclarecer ue o DA/ começou a atuar no Brasil

    em 13, introdu-ido atra&'s do tra%al*o da Rundaç"o MacArt*ur, con!orme

    consta no relatLrio A Doulaç"o e o Drograma de /ade Geroduti&a no Brasil

    (10$2002) liçes arendidasE2F, rodu-ido ela rLria Rundaç"o

    MacArt*ur.4sse relatLrio ee como !oi usada, durante a d'cada de 10, no

    Brasil, a !a%ulosa uantia de 3X mil*es de dLlares ara romo&er o a%orto e a

    sua legali-aç"o.

    o tocante ao Brasil, o go&erno desse aís anunciou recentemente ue

    retende criar uma es'cie de ^it A%orto, ou se9a, um con9unto !ormado or 

    uma cartil*a ue ensina as mul*eres a como a%ortar e um gruo de rem'dios

    ue !acilitam a reali-aç"o dessa rtica. /egundo mat'rias ue circularam nagrande mídia nacionalE3F o Minist'rio de /ade %rasileiro dese9a criar uma

    olítica de >reduç"o de riscos@ ara o a%orto ilegal. 4ssa olítica en&ol&eria um

    ^it A%orto ue seria distri%uído nos *ositais %licos ara as mul*eres ue

    uerem !a-er o a%orto ilegal. #e acordo com o Minist'rio da /ade esse ^it

     A%orto !a- arte da olítica de lane9amento reroduti&o do go&erno e

    consistir da seguinte estrat'gia a mul*er gr&ida &ai a uma unidade de sade

    %lica (*osital, osto de sade ou outra) mais erto de sua casa, ega o ^it A%orto e &ai ara casa !a-er o a%orto ilegal de !orma segura. =udo isso

  • 8/18/2019 O Aborto e a Ameaça à Soberania Nacional

    20/27

    !inanciado com o din*eiro %lico, ou se9a, com os imostos agos elos

    cidad"os. a rtica o go&erno do Brasil est cedendo +s resses

    internacionais ara legali-ar, de !orma indireta e at' mesmo secreta, o a%orto.

    Iale salientar ue a atual residente da re%lica, a /ra. #ilma Gousse!!, !iliada

    ao Dartido dos =ra%al*adores, uando era candidata + residncia, em 2010,

    em uma 7arta a%erta ao o&o de #eus, endereçada as igre9as crist"s, a!irmou

    ser contrria ao a%orto e ue essa uest"o de&eria ser resol&ida elo

    7ongresso nacional. Kustamente a inst?ncia democrtica aroriada ara a

    reali-aç"o dos grandes de%ates 'ticos nacionais. as ala&ras da ent"o

    candidata #ilma Gousse!! >;em%ro tam%'m min*a eectati&a de ue ca%e ao

    7ongresso nacional a !unç"o %sica de encontrar o onto de euilí%rio nas

    osiçes ue en&ol&am &alores 'ticos e !undamentais, muitas &e-es

    contraditLrios, como a%orto, !ormaç"o !amiliar, unies est&eis e outros temas

    rele&antes tanto ara as minorias como ara toda sociedade %rasileira@EPF.

    o entanto, desde o ano de 200 eistem estruturas ligadas ao 4stado

    %rasileiro ue est"o comrometidas com a legali-aç"o, disseminaç"o e rtica

    do a%orto. sso !icou %em claro com a ela%oraç"o do Dlano acional de

    Dolíticas ara as Mul*eres ue, entre outras coisas, se dise a >romo&er a

    atenç"o o%st'trica, uali!icada e *umani-ada, inclusi&e a assistncia ao

    a%ortamento em condiçes inseguras ara mul*eres e adolescentes@EF. O

    ro%lema ' ue esuisas demonstram ue aroimadamente 0h da

    oulaç"o %rasileira ' contra o a%orto. m índice semel*ante se encontra no

    7ongresso nacional. Dor isso, a roosta do atual go&erno %rasileiro de criar o

    ^it A%orto !ere uma romessa !eita em 'oca de caman*a eleitoral. Al'm

    disso, !ere os interesses do o&o e do 7ongresso nacional. =rata$se da mais

    radical roosta ue !ere a democracia e a so%erania nacional. S uma roostaue, em ltima inst?ncia, 9 &em r'$!a%ricada nos ga%inetes de esecialistas

    internacionais em controle oulacional. 4secialistas ue n"o con*ecem a

    realidade nacional, n"o reseitam a so%erania e a democracia nacional. =rata$

    se, ois, de mais um caítulo na autoritria tentati&a de imor o a%orto ao Brasil

    e a outros aíses da Am'rica ;atina.

    E1F 7OGB4==,Maureen G.H =G4G, ^at*erine ;. 4ssential 4lements o! 

    Dosta%ortion 7are Origins, 4&olution and Ruture #irections. n nternational

  • 8/18/2019 O Aborto e a Ameaça à Soberania Nacional

    21/27

    Ramil6 Dlanning Dersecti&es, Iolume 2, um%er 3, /etem%er 2003, . 10X$

    111.

    E2F =54 KO5 #. A# 7A=54G4 =. MA7AG=5G RO#A=O. =*e

    Doulation and Geroducti&e 5ealt* Drogram in Bra-il (10$2002) lessons

    learned. 2003, . 0.

    E3F 7om relaç"o +s mat'rias ue circularam na grande mídia %rasileira so%re a

    roosta do go&erno de criar um ^it A%orto ue ser distri%uído as mul*eres

    ue dese9am raticar o ato a%orti&o, recomenda$se consultar B;A=,

    Ko*anna.

  • 8/18/2019 O Aborto e a Ameaça à Soberania Nacional

    22/27

    medicina, associaçes de ad&ogados e 9uí-es, clu%es de ro!issionais li%erais,

    seminrios ara !ormaç"o de sacerdotes catLlicos e outros locais semel*antes.

    2) Dromoç"o e !inanciamento de cursos, &iagens a locais aradisíacos, com

    direito a acoman*ante, *osedagem em *ot'is luuosos, ecurses turísticas

    e comras em lo9as caras e so!isticadas, resentes luuosos (carros, 9oias e

    outros) e di&ersas outras !ormas de con!orto e mordomia. =udo isso '

    destinado a 9uí-es, ad&ogados, 9ornalistas, m'dicos, adres catLlicos e

    sacerdotes de outras religies, olíticos, altos !uncionrios %licos e outros

    ro!issionais ue odem a9udar, de !orma direta ou indireta, a romo&er o

    a%orto.

    3) Dromoç"o de cursos de a%orto e outras t'cnicas de controle oulacional

    ara m'dicos e demais ro!issionais de sade.

    P) Dromoç"o de cursos ara 9ornalistas e outros ro!issionais da mídia com a

    intens"o de disseminar a cultura do a%orto.

    ) Assessoria ara 9uí-es, romotores e demais autoridades do 9udicirio. O

     9udicirio ' um das grandes !ontes de ataues dos gruos de ress"o rL$

    a%orto. ma das metas desses gruos ' legali-ar o a%orto na Am'rica ;atina,

    de !orma indireta, or meio do 9udicirio.

    X) Assessoria a %isos, adres, religiosos e lideranças leigas catLlicas. 4ssa

    assessoria &isa romo&er uma es'cie de la&agem cere%ral nos religiosos

    catLlicos de !orma ue ossam !icar contra a doutrina rL$&ida da gre9a e, com

    isso, assarem a de!ender o a%orto e outros &alores da cultura da morte.

    N) Dromoç"o de congressos, alestras e outras !ormas de !ormaç"o da oini"o

    dos ro!issionais li%erais (ad&ogados, sicLlogos e outros) com o o%9eti&o de

    !ormar uma &is"o geral !a&or&el ao a%orto.

    8) Amla resença na mídia, or meio de rogramas de rdio e =I, deassessoria a canais de comunicaç"o e outras !ormas de mani!estaç"o

    miditica.

    ) #emoni-aç"o da gre9a 7atLlica e de ualuer outra instituiç"o religiosa ue

    se oon*a ao a%orto. 4ssa demoni-aç"o ' !eita semre mostrando, em

    esaços como a grande mídia e a uni&ersidade, a corruç"o, casos de edo!ilia

    e outros ro%lemas morais en!rentados or mem%ros do clero catLlico. 7omo a

    gre9a, na maioria dos aíses latino$americanos, ' a grande &o- ue de!ende a

  • 8/18/2019 O Aborto e a Ameaça à Soberania Nacional

    23/27

    &ida e, or conseguinte, luta contra o a%orto, ela torna$se al&o constante das

    caman*as de di!amaç"o, !eitas com muito din*eiro, elos gruos rL$a%orto.

    10) Assessoria a arlamentares (senadores e deutados) com o o%9eti&o de

    incenti&$los a roorem e aro&arem, no 7ongresso, ro9etos de lei ara a

    li%eraç"o e o incenti&o ao a%orto.

    O aborto e a ameaça à soberania nacional ($ltima parte)

    Brasília, 1N de A%ril de 2013 (Zenit.org)

    O %ue fa&er'

    O uadro ue !oi aresentado anteriormente, de !orma resumida, demonstra

    ue a so%erania dos aíses latino$americanos e de outras regies do laneta

    est em erigo. 4la ' sumariamente ignorada elos gruos de ress"o rL$

    a%orto ue, se utili-ando de amlo caital em din*eiro e de grande estrutura

    internacional, dese9am a ualuer custo imlantar, incenti&ar e romo&er o

    a%orto no continente latino. 4ssa romoç"o !ere tanto os &alores democrticos

    como a so%erania das naçes.

    o entanto, como salienta atualmente uase n"o * uma nica &o-

    ue se le&anta ara de!ender os &alores religiosos e culturais dos o&os do

    mundo. A O est calada, líderes democrticos e at' mesmo da esuerda

    internacional nada di-em. A grande eceç"o ' a gre9a 7atLlica e o Daa. O

    ontí!ice tem !eito reiterados ronunciamentos alertando ara o erigo da morte

    da democracia e, or conseguinte, de ser imosta uma agenda, ara as

    naçes, ue !ere gra&emente seus &alores religiosos e culturaisE2F@. O a%orto

    emerge como centro dessa agenda e, or conseguinte, a gre9a como sendo a

    grande oosiç"o.

  • 8/18/2019 O Aborto e a Ameaça à Soberania Nacional

    24/27

    #iante de tudo ue !oi eosto aresenta$se estrat'gias ara com%ater a

    olítica de imosiç"o do a%orto e, ao mesmo temo, !ortalecer a democracia e

    a so%erania das naçes.

    1) Mel*orar a !ormaç"o dos no&iços, seminaristas e outras categorias de

    estudantes clericais catLlicos. Dor incrí&el ue areça muitos seminaristas se

    !ormam e s"o ordenados adres e n"o con*ecem a doutrina da gre9a so%re a

    &ida e a dignidade da essoa *umana. O com%ate + cultura da morte e ao

    a%orto assa o%rigatoriamente or uma !ormaç"o mais aro!undada ara os

    candidatos a &ida religiosa.

    2) Mel*orar a astoral desen&ol&ida or %isos, adres, religiosos e líderes

    leigos catLlicos. A gre9a tem uma grande inserç"o social, mas, +s &e-es, a

    !ormaç"o &isando a romoç"o da dignidade *umana deia a dese9ar. S reciso

    in&estir em uma astoral rL$&ida e rL$!amília ue aresente claramente, sem

    rodeios, a doutrina da gre9a e o 4&angel*o.

    3)n&estir na !ormaç"o dos leigos. 4ssa tem ue ser uma das metas da gre9a

    na Am'rica ;atina. /e muitas &e-es o discurso rL$a%orto gan*a algum esaço

    na sociedade, isso se d, em arte, ela m !ormaç"o ue os leigos catLlicos

    ossuem. A !ormaç"o laical tem ue ser uma meta concreta da gre9a na

     Am'rica ;atina.

    P) tili-ar a estrutura da gre9a ara romo&er o &alor da &ida e a dignidade da

    essoa *umana. S reciso &er ue a gre9a tem uma das mel*ores estruturas

    do continente latino$americano. A gre9a ossui *ositais, uni&ersidades,

    escolas, centros sociais, esaços culturais, museus, teatros e outros locais de

    con&i&ncia social. S reciso utili-ar essa gigantesca estrutura em rol da

    &alori-aç"o da &ida, do com%ate ao a%orto e outros males oriundos da cultura

    da morte.) Maior resença na mídia. /e * um erro ue a gre9a na Am'rica ;atina tem

    insistido em cometer ' ignorar a necessidade e a imort?ncia dos meios de

    comunicaç"o. A gre9a recisa utili-ar os meios de comunicaç"o, de !orma

    'tica, ara anunciar o 4&angel*o e, or conseguinte, desmascarar toda a

    corruç"o ue eiste or trs do a%orto. /o%re o &alor do 4&angel*o, incluindo

    seu anuncio or meio da mídia, /al&ino ;eone en!ati-a ue o >4&angel*o

    a!irma com a%soluta e&idncia n"o aenas o direito + &ida, mas tam%'m a suarioridade em relaç"o aos outros direitos. =udo isso !oi !ormulado no conceito

  • 8/18/2019 O Aborto e a Ameaça à Soberania Nacional

    25/27

    de sacralidade da &ida. =al conceito tornou$se uma &erdadeira matri- de

    ensamento, dualisticamente oosta +uela de ualidade de &ida. Os dois

    crit'rios !undamentais so%re os uais se %aseia a 'tica da sacralidade da &ida

    s"o atri%uiç"o de igual &alor a todas as &idas *umanas (indeendentemente

    das suas caracteri-açes ualitati&as) e a consideraç"o da &ida como o mais

    alto dos &alores *umanos@E3F.

    X) S reciso *a&er adres eseciali-ados na de!esa da &ida e da !amília. As

    dioceses e demais circuncises eclesisticas catLlicas recisam !ormar e ter 

    em seus uadros adres ue se dediuem inteiramente ao tra%al*o em rol da

    de!esa da &ida e da !amília. /e isso acontecer, aenas esse simles gesto 9

    ser su!iciente ara mel*orar muito a conscincia rL$&ida do o&o latino$

    americano. S reciso ter conscincia ue or mais ue a gre9a 7atLlica se9a

    atualmente demoni-ada, ridiculari-ada ela grande mídia, ela continua sendo a

    instituiç"o de maior credi%ilidade em todo o continente. Os mil*es e mil*es

    de dLlares gastos elo lo%%6 rL$a%orto ara denegrir a imagem da gre9a

    diante da oini"o %lica, n"o !oram su!icientes ara desmorali-$la. Dor isso,

    a resença, em cada diocese, de um adre ue de!enda a &ida, trar grandes

    !rutos de conscincia rL$&ida e re9eiç"o ao a%orto e a cultura da morte.

    N) n&estir na u%licaç"o de li&ros, an!letos, cartil*as e outras !ormas de

    literatura rL$&ida e rL$!amília. Dor incrí&el ue areça grande arte da

    literatura ue circula na sociedade ' rL$a%orto. S reciso re&erter esse

    uadro. S reciso ue as editoras e demais casas de u%licaç"o catLlicas

    in&istam na !ormaç"o do grande %lico or meio de amla literatura rL$&ida e

    em rol da dignidade da essoa *umana.

    8) Maior resença na internet e nas redes sociais &irtuais. 4sses s"o esaços

    de no&as socia%ilidades e da no&a e&angeli-aç"o. A gre9a recisa estar atentaa esses no&os esaços. 4la de&e sa%er utili-$los com sa%edoria ara

    roagar a &erdade do 4&angel*o e a doutrina do &alor intrans!erí&el da &ida

    *umana.

    ) Rormar e orientar os olíticos e congressistas.

  • 8/18/2019 O Aborto e a Ameaça à Soberania Nacional

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    re&erter esse gra&e uadro. sso sL ser ossí&el se ela in&estir na !ormaç"o e

    orientaç"o dos no&os e &el*os mem%ros da classe olítica. A olítica, or 

    conseguinte, de&e ser uma das reocuaçes da gre9a.

    S reciso ue a gre9a a9ude ao cidad"o e a sociedade latino$americana a

    recon*ecerem ue o >direito + &ida, a eistir, ' a rimeira e mais imediata

    eress"o da dignidade *umana. 4 ao mesmo temo o rimeiro e mais

    !undamental de todos os direitos *umanos, o direito %sico e !undante. /em

    ele, desaarecem tam%'m os outros orue ', logicamente, o ressuosto

    indisens&el@EPF. Dor causa disso a >centralidade da essoa *umana reuer 

    ue a sociedade meça o rogresso econQmico, so%retudo ela caacidade de

    romo&er a essoa *umana. sso reuer ue a 'tica n"o se9a searada das

    tomadas de decises econQmicas, mas sim ue se9a recon*ecida@EF. A

    conseuncia desse recon*ecimento ' um rocesso mais aro!undado de

    &alori-aç"o da &ida, da dignidade da essoa *umana e a negaç"o do a%orto e

    da cultura da morte. 4ssa negaç"o ' a %ase da &alori-aç"o da democracia e da

    so%erania nacional.

    Dor !im, a!irma$se ue a luta em rol da legali-aç"o do a%orto no continente

    latino$americano ainda &ai durar d'cadas e tal&e- atra&esse todo o s'culo JJ.

    Dor isso a gre9a recisa redo%rar suas !orças e seu emen*o astoral na luta

    ela &alori-aç"o de todas as !ormas de mani!estaç"o da &ida *umana,

    rincialmente a &ida mais !rgil, mais carente, ou se9a, o %e% ainda no &entre

    da m"e. Kustamente uma !orma de &ida ue ' al&o de grande discriminaç"o e

    eclus"o or arte de go&ernos, líderes olíticos, emresrios e !undaçes

    multimilionrias. Dor isso ' reciso ter conscincia ue a de!esa da &ida e da

    dignidade da essoa *umana ' urgente e necessria. "o ode !icar ara

    aman*". A gre9a e todos os cidad"os latino$americanos n"o odem deiar deromo&er e roteger a &ida *umana e a so%erania das naçes e, or causa

    disso, com%aterem o a%orto.

    E1F MGA#A,

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    E3F ;4O4, /al&ino. Mi *ai !atto come un rodígio. Bologna 4#B, 200,. 13$

    1P.

    EPF /greccia, 4lio. ;a %io'tica como ris. Buenos Aires 4ditorial de la

    ni&ersidad 7atLlica Argentina, 200P, . 3P

    EF /754G4G, 7ardeal #om Odilo. Agricultura ] /ociedades /ustent&eis

    /egurança Alimentar, =erra e /olidariedade, o. cit., . 2.

    Ivanaldo Santos filsofo e professor do departamento de

    filosofia e da Ps*raduaç+o em etras (PP*) da -./0!

    ivros publicados: 0iet&sc1e: discurso introdutria (.ditora

    Ideia, 2334), Aborto: discursos filosficos (.ditora, Ideia, 2335)!

    ivanaldosantos67a1oo!com!br!