19
'. BIOENERGIA DO BRASIL SI A Estrãda Vicinal Paschoal Milton Lentini KM 18 o Bairro Colônia Paulista - CEPo 17.780-000 - Lucelia, SP Telefone (18) 3551-9000 Fax (18) 3551-9010 E-mail [email protected] de B ra si! SI A ___ C_N_P"-J_:-....:0..:8"-.0....:4....:6_.6....:5....:0-'-/....:0..;.0"-0.:..1-....:8_0_-_'_n_s_cn_' ç.:..;ã....:o_E_s_t_a_du_a_I_: _4_22_._0_6_8_.9_3_3_.1_1_6_ EXCELENTíSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO . - ------ - FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ARAÇATUBA, ESTADO DE SÃO PAULO. 1 :17 ( " I 1111111111111 c' C" ( . < . ,' ;:e' . , c' : - c c ( , . - " 2006.61.07.011651-1 " ... , BIOENERGIA DO BRASIL S/A, com sede social na Estrada Vicinal Paschoal Milton Lentini, Km. 18, Bairro. Colônia Paulista, em Lucélia, Estado de São Paulo, inscrita no..CNPJ/MF sob o nO 08.046.65010001-80,-cem Inscrição..Estadual nO 422.068.933.116, representada neste ato por seu Diretor Presidente Sr. Eduardo. José ) :J .,) Silva, brasileiro, casado, analista de sisiemas, portador do RG/SSP-SP nO 16.206.722 e de CPF/MF nO 062.073.988-66, residente e domiciliado na Rua Kanematsu Munemasa n° 146, Vila Endo, em Adamantina, Estado de São. Paulo., e po.r Diretora Financeira e Comercial Sra. Ana Paula Torres, brasileira, solteira, economista, po.rtado.rado RG/SSP-SP nO 23.151.276-4 e do CPF/MF nO 248.659.378-03, residente na Avenida Mário. Olivero nO 211, apartamento 82, Vila Cicma, em Adamantina, Estado de São. Paulo., vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, através de seu advo.gado que abaixo subscreve, cem fundamento no artigo 5°, inciso. LXIX da Constituição. Federal, combinado. com a Lei 1.533/51, interpor o presente MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR , INAUDITA ALTERA PARTE, co.ntra o DELEGADO DA RECEITA PREVIDENCIÁRIA EM ARAÇATUBA, com endereço. na Rua Floriano. Peixoto nO 784, Bairro Vila Mendonça, na cidade de Araçatuba, Estado de São Paulo, Cep, 16,015-000 violador de direito líquido. e certo da impetrante, pelos mo.tivos de fato e de direito a seguir articulado.s: .; Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4209219

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BIOENERGIA DO BRASIL SI A Estrãda Vicinal Paschoal Milton Lentini KM 18 o Bairro Colônia Paulista - CEPo 17.780-000 - Lucelia, SP Telefone (18) 3551-9000 Fax (18) 3551-9010

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EXCELENTíSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA-~VARA . - ------ -

FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ARAÇATUBA, ESTADO DE SÃO PAULO.

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BIOENERGIA DO BRASIL S/A, com sede social na Estrada Vicinal

Paschoal Milton Lentini, Km. 18, Bairro. Colônia Paulista, em Lucélia, Estado de São Paulo,

devidam~mte inscrita no..CNPJ/MF sob o nO 08.046.65010001-80,-cem Inscrição..Estadual nO

422.068.933.116, representada neste ato por seu Diretor Presidente Sr. Eduardo. José ) :J .,)

Silva, brasileiro, casado, analista de sisiemas, portador do RG/SSP-SP nO 16.206.722 e de

CPF/MF nO 062.073.988-66, residente e domiciliado na Rua Kanematsu Munemasa n° 146,

Vila Endo, em Adamantina, Estado de São. Paulo., e po.r Diretora Financeira e Comercial

Sra. Ana Paula Torres, brasileira, solteira, economista, po.rtado.rado RG/SSP-SP nO

23.151.276-4 e do CPF/MF nO 248.659.378-03, residente na Avenida Mário. Olivero nO 211,

apartamento 82, Vila Cicma, em Adamantina, Estado de São. Paulo., vem, respeitosamente

à presença de Vossa Excelência, através de seu advo.gado que abaixo subscreve, cem

fundamento no artigo 5°, inciso. LXIX da Constituição. Federal, combinado. com a Lei n°

1.533/51, interpor o presente MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR , INAUDITA ALTERA PARTE, co.ntra o DELEGADO DA RECEITA PREVIDENCIÁRIA EM

ARAÇATUBA, com endereço. na Rua Floriano. Peixoto nO 784, Bairro Vila Mendonça, na

cidade de Araçatuba, Estado de São Paulo, Cep, 16,015-000 violador de direito líquido. e

certo da impetrante, pelos mo.tivos de fato e de direito a seguir articulado.s:

.;

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4209219

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BIOENERGIA DO BRASIL SI A Estrada Vicirial Paschoal Milton Lentini KM 18 Bairro Colônia Paulista - CEP: 17.780-000 - Lucélia, SP Telefone (18) 3551-9000 Fax (18) 3551-9010

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1. DOS FATOS

A impetrante é uma sociedade anônima que tem por um dos seus

objetivos, a exploração do ramo industrial de produção de açúcar e álcool de cana-de­

açúcar e/ou outras matérias primas e seus sub-produtos, sua comercialização inclusive

importação e exportação, bem como a exploração e operação, em imóveis próprios e de

terceiros, de atividades agrícolas pastoris e de outras matérias primas, para a produção de

álcool e outras em geral, conforme menciona o artigo 3° de seu Estatuto Social,

formalizado e transcrito através da Escritura Pública de Constituição da Bioenergia do

Brasil S/A, como Subsidiária Integral da Central de Álcool Lucélia LIda, lavrada no Livro

2916, Página 257, do 8° Tabelião de Notas do município de São Paulo, Capital, na data de

3 de abril de 2006 (doc. 01/1.15) ..

Constituída pela empresa Central de Álcool Lucélia LIda, controladora de

cem por "cento de suas ações, a sua constituição teve como objetivo, acompanhar. o

crescimento do setor sucroalcoleiro, otimizando as relações econômicas e administrativas

internas, preservando as atividades econômicas, novas alternativas de financiamento,

aporte de investimentos, estabilidade na gestão com responsabili8ades mais definidas,

entre outros avanços e melhorias.

Produz açúcar e álcool da cana-de-açúcar, através da produção própria e

de terceiros fornecedores, sendo que, quase a totalidade de sua produção de açúcar

destina-se ao comércio axterior. Quanto ao álcool, parte da produção, por vezes, também

tem a mesma destinação.

Boa parte desta exportação é realizada de forma indireta, através de

tradings ou empresas exportadoras, sob a qual não incide contribuição previdenciária em

decorrência da EC 33/2001, de 11 de dezembro de 2001. Nesse passo, é a impetrante

beneficiária da imunidade tributária prevista no artigo 149, § 2°, inciso I, da Constituição

Federal, o que era acatado pela IN/INSS 100/2003, como veremos abaixo.

Ocorre que, a partir de 1° de agosto de 2005, com a edição da Instrução

Normativa nO 3/2005, da Secretaria da Receita Previdenciária, publicada em 15.07.2005,

que veio revogar a INIINSS 100103, referido órgão decidiu, nos termos do artigo 245, § 2°,

que as exportações indiretas seriam tributadas como se vendas internas fossem. Como se

~ ~~ Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4209219

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() BIOENERGlA DO BRASIL S/A . . ~ Estrada Vicinal Pascnoal Milton Lentini KM 18

Bairro Colônia Paulista - CEPo 17.780-000 - Lucélia, SP Telefone (18) 3551-9000 Fax (18) 3551-9010

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nãobastas.se, referida instruç:~o ,norm.ativa exige a tributação deforma retroativa,desde 12

de dezembro de 2001,

Flagrante, pois, a afronta à Carta Magna e diversos principios

norteadores do direito, no momento em que retroage ilegalmente os efeitos da malgrada

instrução normativa e a sua cobrança futura propriamente dita, fato este que prejudicará a

impetrante nas suas relações comerciais, já que, eminente e certo a aplicação por parte do

fisco das autuações correspondentes,

Em razão dos fatos e de todo o constante na presente ação judicial, a

impetrante não quer se ver obrigada e coagida a se submeter às inúmeras

inconstitucionalidades da IN 3/2005 da SRP, não restando outra alternativa senão a

impetração do presente Mandamus, visando a proteção de seu direito líquido e certo,

• fustigados pela referida norma,

DO DIREITO

Primeiramente torna-se se suma importância anotar os ensinamentos do

renomado Hugo de Brito Machado " ao tratar dos princípios jurídicos da tributação:

,.,.----Sendo,. como é,a relação de tributação uma relação jurídica e não

simplesmente de poder, tem-se como induvidosa a existência de

principios pelos quais se rege, Dentre esses principios destacamos

aqueles que, em, virtude de sua universalidade, podem ser

considerados comuns a todos os sistemas jurídicos, ou pelo menos

aos mais importantes, São eles os principias da legalidade, da

anterioridade, da igualdade, da competência, da capacidade

contributiva, da vedação do con{tsco e o da liberdade de tdl/ego,

Tais principios existem para proteger o cidadão contra os abusos do

Poder, Em face do elemento teleológico, portanto, o intérprete, que

tem consciência dessa finalidade, busca nesses princípios a efetiva

I ClIrso de Direito Tributário, 26 ed" São Palllo, Malheiros Editores, 2005, p.52,

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. Estrada Vicinal Paschoal Milton . Lentini KM 18 , ~ Bairro Colônia Paulista - CEP: 17.780-000 - Lucélia, SP

9 Telefone (18) 3551-9000 Fax (18) 3551-9010 ~nergia E-mai! [email protected] do B r o s i I SI A __ --=C;.:N.:,:P.:,:J.,:.: -_0:..8:.. . .:,:0.:,:4..:.6,;,,;. 6:.,:5:.,:0~/.:,:0..:.0..:.0..:.1...:-8:.,:0:-.-.:.In;.:s::;c::n::;· ç::à::o.:,:E::;s:.,:t::;ad.::.u.::.a::.:;I:,:.: ...:4..=2..=2,;,,;.0:.,:6:.,:8;.:.9:..3:..3:"':.,:1.:,:1.:,:6_

. ~pri5teção do contribuinte. Aliás; o-Direito eum instrumento de defesa - - -- -- --- -

contra o arbítrio, e a supremacia constitucional, que alberga os mais

importantes princípios jurídicos, e por excelência um instrumento do

cidadão contra o Estado. Não pode ser invocada pelo Estado contra

o cidadão.

° presente Mandamus tem o estrito objetivo de defender a ora aqui

impetrante, contra a flagrante ilegalidade e inconstitucionalidade estabelecida na IN SRP

3/05, em seu artigo 245, a saber:

,

Maior, em seu

Art. 245. Não incidem as contribuições sociais de que trata este

Capítulo sobre as receitas decorrentes de exportação de produtos,

cuja comercialização ocorra a partir de /2 de dezembro de 200/,

por força do disposto no inciso I do §2" do art. 149 da Constituição

Federal, alterado pela Emenda Constitucional n° 33, de / J de

dezembro de 2001. o

§/O Aplica-se o disposto neste artigo exclusivamente quando a

produção e comercializada diretamente com adquirente domiciliado

no exterior.

, {2" A receita decorrente de comercialização c'bm empresa

constituída e em fimcionamento no País e considerada receita

proveniente do comercio interno e não de exportação, ') :;)

independentemente da destinação que esta dará ao produto.

Como o próprio caput deste artigo anuncia, o artigo 149 da nossa Lei

§ 2°, inciso I, impõe o instituto da IMUNIDADE TRIBUTÁRIA sobre as

receitas decorrentes de exportação e, como anotado no texto constitucional, não lhe impõe

restrição, no caso, exportação direta ou indireta, não cabendo ao intérprete fazê-lo. Trata

da receita advinda da EXPORTAÇÃO, e ponto final.

A

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Bairro Colônia Paulista - CEP: 17,780-000 - Lucélia, SP Telefone (18) 3551-9000 Fax (18) 3551-9010

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_ ___ Gor~lá~io destesargumentos,~Lei Maio!_g~ran..t..e_o 9ir~ito da impetrante,

senão vejamos:

Art. 149 - Compete exclusivamente à União instituir contribuições

sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das

categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua

atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos artigos 146,

111 e 150, I e 11L e sem prejuízo do previsto no artigo 195, § 60,

relativamente às contribuições a que alude o dispositivo,

§ r (.)

§ 20 As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico

de que trata o caput deste artigo:

I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação

(Emenda Constitucional na 33, de 11.12,2001, DOU 12, 12,2001);

. ç.o,rno se denota, ª Instrução Norm.ativa tratada afronta vários dispositLv.os

da nossa Lei Maio], sob a qual todas as demais normas devem se pautar. Como anota

José Afonso da Silva2, todas as normas que integram a ordenação jurídica nacional só

serão válidas se conformarem com as normas da Constituição Federal. o o

Ainda, vital anotar, na obra já citada de Hugo de Brito Machado (p, 53 e

seguintes), a desobediência a alguns dos princípios jurídicos da tributação, todos de ordem

• constitucional, citados acima e aqui resumidamente identificados com algumas anotações

do renomado autor:

Pelo principio da legalidade tem-se a garantia de que nenhwn

tributo será instituído, nem aumentado, a não ser através de lei

2 Curso de Direito Constitucional Positivo, 13,' Ed" são Paulo: Malheiras Editores, 1997, p,50,

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BIOENERGIA DO BRASIL SI A Estrada Vicinal Paschoal Milton Lentini KM 18 Bairro Colônia Paulista - CEPo 17.780-000 - Lucélia, SP Telefone (18) 3551-9000 Fax (18) 3551-9010

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o __ ' __ CCF188,J!!L150, .inc. li A Constituição é explícita. Tanto a criação

como o aumento depende de lei. (..). Admitir, fora dessas hipóteses,

que o tributo pode ser aumentado por norma inferior é admitir que

essa norma inferior modifique o que em lei for estabelecido, o que

constitui evidente absurdo ...

... As contribuições de seguridade social não se submetem à

limitação do art. 150, inciso 111, alínea "b ". Podem ser criadas ou

aumentadas por lei publicada no curso do exercicio financeiro, mas

subordinam-se à exigência de anterioridade de 90 dias (Art. 195, §

(f/. (..) O principio da anterioridade da le( tributária não se

confunde com o princípio da irretroatividade da lei, que é principio

. geral de Direito e vigora, portanto, também no Direito Tributário,

em cujo âmbito mereceu expressa acolhida. lrretroatividade,

princípio geral que se pode considerar da própria essência do

Direito, tamanha é a sua importância para preservação da

segurança jurídica, quer dize!3ue a lei deve ser anter(~ao fato que

qualifica juridicamente. Em Direito Tributário, quer dizer que a lei

deve ser anterior ao fato gerador do tributo por ela criado ou

majorado (CF, ar/. 150, inc. 111, alinea "a"). Anterioridade, principio ) \) )

constitucional tributário, é irretroatividade qualificada. (..) O

principio da anterioridade quer dizer que nenhum tributo pode ser

3 Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: J - exigir ou aumentar tributo sem lei que ° estabeleça; 4 Ar!. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: § 6". As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no artigo 150, III, b.

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Estrada Vicinal Paschoal Milton Lentini KM 18 () BIOENERGIA DO BRASIL SI A

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~ ~ Bairro Colônia Paulista - CEPo 17.780-000 - Lucélia, SP ~ Telefone (18) 3551-9000 Fax (18) 3551-9010

~nergia E-mail [email protected] do B r o s i I S/A __ ~C:..:N:..:P:..:J:..:: -....:.08:...:..:0:..:4..:6:..:. 6:..:5:..:0:..:/..:0..:0..:0..:1:..:-8:..0:..-.....:.1 n:..:s:..c:..:D.:.;· Ç:..:ã:..:o:..:E:..s:..:t.:.;a..:d..:u..:al:;.: _4:..:2..:2.:.;. 0:..:6:..:8:..:. 9.:.;3:..3:...:..:1:..:1:..:6_

cobrado sem a lei que o instituiu, ou aumentou, tenha sido

publicada, antes do início do exercício da cobrança ...

... O princípio da competência é aquele pelo qual a entidade

tributante há de restringir sua atividade tributacional àquela matéria

que lhe foi constitucionalmente destinada. Já sabemos que a

competência tributária é o poder impositivo juridicamente

delimitado (..) O princípio da competência obriga a que cada

entidade tributante se comporte nos limites da parcela de poder

impositivo que-lhe foi atribuída ...

Quanto à irretroatividade da lei tributária, importante destacar

ensinamentos de Luciano Amaros: •

Nem a pretexto de interpretar lei anterior pode uma lei tributária

voltar-se para o passado, com o objetivo de "explicar' a criação ou

aumento de tributo. Ou a incidência decorre de lei velha, ou não; no

primeiro caso, a _ lei "interpretativa '::_i- inócua; no segundo, e

iffcol1stitucional.lfls. -I 17/ IM).

(.)

• A doutrina tem se dedicado à tarefa impossível de conciliar a

retroação da lei interpretativa com o princípio constitucional da

irretroatividade, afirmando que a lei interpretativa deve limitar-se a

"esclarecer" o conteúdo da lei interpretada, sem criar obrigações

novas, pois isso seria inconstitucional. (.) Com efeito, a dita "lei

interpretativa" não consegue escapar do dilema anterior (e, por isso,

é retroativa, com as conseqüências daí decorrentes), ou ela se limita

5 Direito Tributário Brasileiro, 9" ed., São Paulo: Saraiva, 2003, p. 119 e 196/197.

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Estrada ViciÍlal Paschoal Milton Lentini KM 18 t~ BJOENERGlA DO BRASIL SI A

.

,~ Bairro Colõnia Paulista - CEP: 17.780-000 - Lucélia, SP ~ Telefone (18) 3551-9000 Fax (18) 3551-9010

~nergio E-mail [email protected] do Brasil S/A __ ---=C:::N.:.:P~J:.:.:-_0:::;8::..:.::0~4.:::6.:.:.6:::5:::0:J./~0:.::0.:::0~1...:-8:::0~-..:.In:.:::::sc:::r.::iç~ã:::o.:.:E:::s:::t::::a::::d::::u::::al:.:.:...:4..::2..::2.:.:.0:::6:::8::: . .::.93::::3::..:.;:I.:.:I:.::6~

a r!petir o que já dizia-a lei anterior Je,.n(ósse!:aso, nI!nhul!l

jimdamento lógico haveria, nem para a retroação da lei, nem, em

rigor, para sua edição). (..) Por isso, quer se olhe a lei

interpretativa como uma substituição retroativa do preceito

"obscuro" da lei velha pelo preceito "aclarado" da lei nova, quer

seja ela encarada como uma determinação ao juiz ou ao aplicador

da lei para que julgue ou aplique a lei velha em tal ou qual sentido,

estaremos sempre diante de uma lei nova que pretende regrar o

passado, sendo, pois, aplicáveis todas as restrições oponíveis às leis

retroativas.

• Conclusivamente, a Instrução Normativa tratada, que entrou em vigor a

partir de 1° de agosto de 2005, não tem aplicação, não podendo ser imposta á impetrante,

eis que flagrantemente ILEGAL e, se não bastasse, INCONSTITUCIONAL. Além de não

advir de Lei, contraria norma Constitucional que prevê a imunidade tributária (Art. 149, § 2°,

inciso I, CF/88) e prega de forma ainda mais arbitrária, a retroatividade da lei, pretendendo

incutir·á impetrante e empresas parelhas a incidência de contribuição sobre as receitas

advindas de exportação indireta, ou seja, exportação realizada através de traidings ou

comerciais exportadoras, desde dezembro de 2001. Ainda, anota-se que desrespeita ao o

princípio da anterioridade e da competência tributária.

Partindo para o caso concreto, nos termos do seu Estatuto Social, a

empresa impetrante (Bioenergia do Brasil S/A), como mencionado alhures, possui como

objetos, dentre outros, a exploração do ramo industrial de produção de açúcar e álcool de

• cana-de-açúcar e/ou outras matérias primas e seus sub-produtos, obedecidos os atos

normativos traçados pelo plano nacional do álcool, sua comercialização inclusive

importação e exportacão, devidamente cadastrada no Sistema SISCOMEX (doc. 02) e a

exploração e operação, em imóveis próprios e de terceiros, de atividades agricolas ( .. ), o

, que lhe caracteriza uma (Agroindústria)B

6 IN 3/2005 - SRP. Art. 240. Considera-se: I - produtor rural, a pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que desenvolve, enl área urbana ou rural, a atividade agropecuária, pesqueira ou silvicultura, bem como a extração de produtos

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BIOENERGIA DO BRASIL SI A Estrada Vicinal Pasclioal Milton Lentini KM 18 Bairro Colônia Paulista - CEP: 17.780-000 - Lucélia, SP Telefone (l8) 3551-9000 Fax (l8) 3551-9010

~nergio E-mail [email protected] do B r a s i I S/A __ --=C:..:N:..:P:..:J..:.: -_0.:..;8.:..;.:..:0:..:4..::6.:..;' 6:..:5:..:0~/-=0-=0-=0-=1..:.-8::.;O=---..:.[ n:..:s::.;c:..:r..:.iç~ã:..:o..:.E::.;s:..:t=a=d u=a=l..:.: ..:.4=2=2.:..;.0;..;6;..;8..:..9.:..;3.:..;3':";':..:1:..:1..::6_

, --Com inícío de suas atividades, vem realizando atualmente; a exportação

indireta de açúcar, conforme demonstra a nota fiscal de venda/remessa nO 000.003 com

fins especificos de exportação (doc. 03), tendo como adquirente a empresa Central de

Álcool Lucélia LIda, ora sua controladora.

Insta salientar que a adquirente das mercadorias Central de Álcool

Lucélia LIda, está regularmente constituída para atuar como exportadora, conforme prevê a

alínea "a" da letra "F" da sua 30' Alteração Contratual (doc. 4.7), bem como está

legalmente habilitada junto aos órgãos competentes - Sistema SISCOMEX (doc. 5).

Realizou igualmente com a empresa Alcotra S/A, contratos para

exportação de álcool etílico hidratado e álcool etílico anidro, conforme se comprova a

proposta de compra de álcool para fins especificos de exportação, portanto, de forma

• indireta (doc. 06/6.5), bem como a sua formalização, através da empresa Alcotra S/A e

Central de Álcool Lucélia LIda, para o produto álcool etílico anidro (doc. 07/7.7) e álcool

etílico hidratado (doc. 08/8.10), sendo que referidos contratos, em razão da criação da

subsidiária integral, como anteriormente mencionado, foram respectivamente aditados na

data de 01 de setembro de 2006 (doc. 09/9.3) figurando como vendedora a empresa ora

impetrante (Bioenergia do Brasil S/A).

Assim sendo, nos-termos do Art. 149, § 2°, inciso I: -aa Constituição

Federal, possui a empresa impetrante imunidade tributária nas receitas advindas de

exportação.

, Como se constata, citado texto constitucional trata da instituição de

imunidade para as receitas de exportação, sem impor-lhe qualquer restrição, no caso,

exportação indireta, como citado acima. Trata de exportação de uma forma global, sem

diferenciar ou restringir tipos e formas de exportação.

primário's, vegetais ou animais, em caráter permanente ou temporárid, diretamente ou por intermédio de prepostos, sendo: a) ( ... ) b) b) produtor rural pessoa jurídica: 2. a agroindústria que desenvolve as atividades de produção rural e de industrialização, tanto da produção rural própria ou da adquirida de terceiros, observado o disposto no inciso IV do § 2° do arl. 250 desta IN;

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BIOENERGIA DO BRASIL SI A Estrada Vicinal Paschoal Milton Lentini KM IS Bairro Colônia Paulista - CEPo 17,7S0-000 - Lucélia, SP Telefone (IS) 3551-9000 Fax (IS) 3551-9010 o

~nergia E-mail [email protected] do B r a s i I S/A __ ---'C,;..N_P,;..J,;..: -_0,;"S';"',;..0_4,;..6,;..' 6,;..5,;..0-'-/,;..0,;..0,;..0.;:.1,;..-S:.;0,;..-....:.In;;;.s:.;c;;;.n"'· ç.:.ã,;..o..;E:,.' s:.;t,;..ad,;..,;..ua_l_: _4.:.2.:.2_. 0,;..6,,;S;"".;..9 3,;..3,;..._1_1...;.6_

Imp_ortantesalientar-:que, a adquirente d.as.":"'fTlElr~adorias para fins de

exportação, Central de Álcool lucélia LIda, ora controladora da empresa impetrante,

obteve êxito em recente mandado de segurança impetrado nesta mesma seção judiciária

(Mandado de Segurança n° 2005.61.07.010679-3), confirmando liminar anteriormente

concedida (doc. 10/10.9).

o

Fundamentando sua decisão liminar, o Nobre Juiz a quo, decidiu que:

"As imunidades tributárias devem sempre ser interpretadas

teleologicamente, ou seja, com olhos postos no objetivo visado pelo

legislador constituinte, no caso, a desoneração fiscal das

exportações, de modo a dar condições de concorrência ao produto

nacional no mercado externo, atrair divisas, gerar empregos (CF,

170, VIll) e promover o equilíbrio da balança comercial (fls. 140)".

E continuou: "Todavia, o art. 245, § r da IN/SRP nO 3/2005 destoou

dessa orientação, negando imunidade às exportações indiretas (fls.

141)".

Já no mérito, publicado, em 19 de setembro do.corrente ano, confirmou-

se a decisão limil;lar, com o seguinte tópico:

TÓPICO FINAL DA R. SENTENÇA: Diante do exposto, CONCEDO A SEGURANÇA, )

confirmando a liminar anteriormente deferida, para determinar a não sujeição da

impetrante aos efeitos da restrição imposta pelo artigo 245, parágrafos 1° e 2°, da

Instrução Normativa MPS/SRP nO 3, de 14 de julho de 2005, no que tange às exportações

de açúcar e álcool realizadas por intermédio de empresas comerciais exportadoras,

devendo a autoridade impetrada abster-se de praticar quaisquer atos ou impor penalidades

no sentido de compelir a impetrante ao pagamento da contribuição, razão pela qual extingo

o feito com resolução do mérito, na forma do artigo 269, I, do Código de Processo Civil.

Custas ex lege. Sem condenação em honorários (Súmulas 105 do Superior Tribunal de

Justiça e 512 do Supremo Tribunal Federal). Sentença sujeita ao duplo grau de jurisdição

obrigatório por força da disposição específica do art.12 da lei 1.533/51 (Acórdão Origem:

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j BIOENERGIA DO BRASIL SI A , - , Estrada Vicinal Paschoal Milton Lentini'KM 18

, ~ Bairro Colônia Paulista - CEP: 17.780·000 - Lucélia, SP .~ Telefone (18) 3551-9000 Fax (18) 3551·9010

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TRIBUNAL - TERCEIRA REGIÃO Classe: AMS - APELAÇÃO EM' MANDADO DE SEGURANÇA --- -, - ., ~- - -- -- __ o

251905 Processo: 200261000036570 UF: SP Órgão Julgador: QUINTA TURMA Data da

decisão: 21/06/2004 Documento: TRF300085185 Fonte DJU DATA:17/09/2004 PÁGINA:

623 Relator(a) JUIZ ANDRE NEKATSCHALOW.) Intime-se a pessoa jurídica de direito

público por intermédio de seus representantes judiciais. Comunique-se ao i. relator do

agravo noticiado nos autos a prolação da presente sentença, nos termos do artigo 149, III

do Provimento nO 64/2005 da COGE. Desta sentença, tantas cópias quantas bastarem

servirão para intimação das partes. Publique-se. Intimem-se. Oficie-se. Cumpra-se.

Publicação: 19/09/2006, pág. 49

Outro entendimento não foi dado em relação ao mandado de segurança

impetrado pela empresa FBA FRANCO BRASILEIRA' S/A AÇÚCAR E ALCOOL,

fundamentado no Agravo de Instrumento nO 2006.03.00.003034-0, originário da liminar

. concedida nos autos do Processo n° 200561070128338/SP, da 2' Vara desta Seção

Judiciária de Araçatuba.

Nos termos da decisão daquele Tribunal Federal:

"O objetivo do 'constituinte é desonerar das contribuições as receitas

-oriundas de operações de exporfaçc7o; a 'Carta Magna nc70 distinguiu

entre as operações diret'a (operação entre o produtor local e o

adquirente alienígena, - st!diado no estrangeiro) e as 'exportações

indiretas (operações 'triangulares: envolvendo o produtor local,

uma empresa exportadora intermedÜíria e o adquirente alienígena

situado noutro pais) " .

( ... )

"Norma üifralegal não pode ir além do texto legal, menos ainda do , ,

texto constitucional. Admitir-se a eficácia da distinção feita pelos § §

r e 2° do art. 245 da Instrução Normativa n° 03/2005 importaria em

criar uma perplexidade ".

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() BIOENERGlA DO BRASIL S/A Estrada Vicinal Paschoal Milton Lentini KM 18 ~,

• .: Bairro Colônia Paulista - CEP: 17.780-000 - Lucélia, SP ~ Telefone (18) 3551-9000 Fax (18) 3551-9010

~nergia E-mail [email protected] do B r o s i I SI A ___ C.:.;N:.;.P;..:J:.;.: -_0.:..;8:';".:..;04.:..;6:.;.' 6.:..;5.:..;0""1..;.0.;..00.:..;1.:..;-..;.8.;..O_-_I:.;.ns.:..;c:.;.r...:.iç.:..;ão:.;..:..;E.:.;st:.;.a,,,d.:..;ua:;:I.:..;: .;..42:;.2_ . .;..06:;.8:....;...93;...3_,_1_16_

correlata:

-"AÇp..f!N§ __ -- que na essência é uma contribuição s()cjal- não

incide nas operações que envolvam exportações indiretas (Lei n°

10.833/2003, art. (f, IlI); porque a contribuição social do art. 22-A

da lei 8.212/91 deveria ser tratada de modo diverso, através de

norma infralegal"?

"Na verdade tudo indica que o § 2° do art. 149 da Constituição

Federal intenta imunizar a receita adquirida quando houver

específica operação de exportação; isso é o que mais importa, e não

quem seja o contratante que está 110 'outra ponta' do negócio. "

Melhor elucidando os fundamentos acima, transcrevemos a jurisprudência

DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO - AGRAVO DE

INSTRUMENTO EM FACE DA DECISÃO QUE DEFERIU

LIMINAR, PARA DETERMINAR A NÃO SUJEIÇÃO DAS

13

W

_IMPETRANTES_ AOS Ii.FEITOS DA Jl!:STRIÇÃO IMPOSTA

PELO ARTIGO 245, PAIUÍGRAFOS r E 2" DA IN MPS/SRP N° o )

3 - ARTIGO- 149, PAIUÍGRAFO 2° , INCISO I, DA •

CONSTlTUIÇA-O FEDERAL - RECEITAS DECORRENTES DE -,

EXPORTAÇÃO IMUNES DE CONTRIBUIÇÃO SOCIAL -

NORMA INFRA CONSTITUCIONAL QUE PRETENDE

DESABRIGAR DA IMUNIDADE O RESULTADO DA

EXPORTAÇÃO INTERMEDIADA POR "TRADING

COMPANIES" -AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROVfDO.

1. Em sede de MANDADO de SEGURANÇA, a competência do JUlzo

é estabelecida pela sede da autoridade coatora.

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()-d./ BIOENERGIA DO BRASIL SI A

Estráda Vicinal Paschoal Milton Lentini KM 18 Bairro Colônia Paulista - CEPo 17 _ 780-000 - Lucélia, SP Telefone (18) 3551-9000 Fax (18) 3551-9010

@f©energia E-mail biobrasilsa@biobrasilsa_com.br doBrosiISIA ___ C_N_P_J_:-_0_8 ___ 0_4_6_.6_5_0..:./_0_0_0_1_-8_0_-_1_n_sc_r_iç:..ã_o_"_=s_t_a_d_u_a_l:_4_2_2_.0_6_8_._9_3_3_.1_1_6 _

_ -----.1:- 9 art_ 149, §. 2~ I, da Constituição Federal :g~sim que as

contribuições sociais "não incidirão sobre as receitas decorrentes de

exportação ".

3_ O objetivo do constituinte é desonerar das contribuições as

receitas oriundas de operações de EXPORTAÇÃO; a Carta Magna

não distinguiu entre as exportações diretas (operação entre o

produtor local e o adquirente alienígena, - sediado no estrangeiro) e

as exportações indiretas (operações "triangulares", envolvendo o

produtor local, uma empresa exportadora intermediária e o

adquirente alienígena situado noutro país).

4. Dispõe o art_ 110 do Código Tributário Nacional que "a lei

Iributá~ia não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de

institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa

ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições ()

dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos

Municípios, para definir ou limitar competências tributárias. "

5.- Não parece adequada- a distinção feita na Instrução Normativa n°

03/2005, em seu art. 245, § 2~ de modo a desabrigar da imunidade o

resultado da EXPORTAÇÃOO intermediada por "trading

, companies", uma vez que norma infralegal não pode ir alérfz do texto

legal, menos ainda do texto constitucional.

6. Na verdade tudo indica que o § r do art. 149 da Constituição

Federal intenta imunizar a RECEITA adquirida quando houver

específica operação de EXPORTAÇÃO; isso é o que mais importa, e

não quem seja o contratante que está na "outra ponta" do negócio.

7. Preliminar de incompetência absoluta do Juízo a quo rejeitada e,

no mérito, agravo de instrumento improvido. Origem: TRIBUNAL -

TERCEIRA REGIÃO; Classe: AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO

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BIOENERGIA DO BRASIL SI A Estrada Vicinili Paschoal Milton Lentini KM 18 Bairro Colônia Paulista - CEPo 17.780-000 - Lucélia, SP Telefone (18) 3551-9000 Fax (18) 3551-9010 o

~nergia E-mai! [email protected] do B r a s i I S/A __ --...;C:..:N.;.;.P:..;J:..::_-..:.0.:.8:..;' 0:..;4.,:6.:... 6:..;5:..;0:..:/.;.;.0:..;0.;.;.0.:..1_-8:..;0,--_I_n.:..sc:..:r.:..iç:..:ã:..:O.;.;.E.:.s:..;t:..:a:..:d.;.;.u.:..a:..:l: _4.,:2:..:2:..:' 0_6;...8:..: . .:..9..:.3..:.3_. 1_1_6_

- -257656; Processo: 2006.03.00.003034-0; UF: SP;Órgão Julgador: --...,....,..--~----- -- - ~- __ o __

PRIMEIRA TURMA; Data da Decisão: 20/06/2006; Documento:

TRF 300105275; DJU DATA:31/08/2006 pAGINA: 256 JUIZ

JOHONSOM DI SALVO

Inobstante a tudo isto, a violação do artigo 110 do Código Tributário

Nacional' é flagrante.

Assim, não parece adequada a distinção feita na Instrução Normativa n°

03/2005, em seu art. 245, § 2°, de modo a desabrigar da imunidade o resultado da

exportação intermediada por empresas exportadoras que acabam se responsabilizando

pelos riscos e percalços de comp1exo mercado internacional.

Como bem salientado pelo ilustre Sacha Calmon Navarro Coelho: As > •

imllllÍdades exp/?sJüS dizem o qlle nc/o pode J'er lIiblltado, proibilldo ao JegúJador o ex-erdâo da

slla cOlll/Jetênúa tributária sobre terlos fatos, peJSoas 011 sitllarões, e;-ptrissa determinarão da ° o

Constitllirão (llão-incidênúa cOllstit1lcionaJmmte qllaJificada). Sobre as imllnidades exera o . .

Jlldidário igtlalmente, a sua zeladoria. (in Curso de Direito Tributário Brasileiro, Forense, 4"

ed., pg.

o que a Emenda n° 33/2001, fez, portanto, foi instituir uma verdadeira J

limitação ao poder de tributar por meio das contribuições sociais, previstas no artigo 149 da . }

Constituição Federal, o que traduz tratar-se de uma imunidade tributária, com todas as

suas implicações. Ora, como não há, no artigo 195, qualquer regra especial estabelecendo

que as contribuições daquele artigo incidam sobre receitas decorrentes de exportação, se

aplicará a essas contribuições a regra geral do artigo 149, § 2°, I, que determina a não­

incidência das contribuições sociais sobre receitas de exportação.

Resumindo, a EC 33/2001 incluiu na redação do artigo 149, o parágrafo

segundo, que determina

7 Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias.

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~gra, a literalidade do art, 149, § 2°, I, da C_onstituição ~_ederal, deve ser

afastada, justamente porque leva a conclusões inconsistentes, que, na prática, restringem

o regime imunizatório que, louvavelmente, o dispositivo em pauta consagra, Melhor é

entender e aplicar o preceito em foco, de modo a preservar-lhe a teleologia, conforme,

diga-se de passagem, nos exorta a fazer o insuperável mestre Goffredo da Silva Telles

Júnior:

"Se a aplicação da lei a um caso concreto produzir efeito contrário

ao que ela pretende, aplicá-la equivale a violá-la, porque será

contrariar o seu pensamento, o seu espírito,

( .. )

Na interpretação das leis, mais importante do que o rigor da lógica o "

racional, é o entendimento razoável dos preceitos, porque o que se

espera inferir das leis não é, necessariamente, a melhor lógica, mas

uma justa e humana solução".

Neste passo, a !mpetrante, assim como outras empresas que atuam no . - .- - .-

mesmo ramo e que possuem receitas de exportação, estão legalmente amparadas pela , .

imunidade tributária nas vendas ao mercado extemo. '} ,~ .,

, Contudo, a •. Receita Previdenciária editou .Instrução Normativa

pretendendo que a impetrante seja compelida à incidência da contribuição social sobre as

receitas de exportação, violando norma constitucional e infraconstitucional.

Em sendo assim, tem a impetrante receio de que sofra as autuações

fiscais por parte da Receita Previdenciária, trazendo-lhe avultantes prejuízos de ordem

financeira.

Importante ressaltar que sinalada Instrução Normativa prevê ainda a

cobrança acumulada dos débitos desde dezembro de 2001, contrariando as normas legais

e constitucionais.

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o BIOENERGIA DO BRASIL SI A Estrada Vicinal Paschoal Miltáii Lentini KM 18 Bairro Colônia Paulista - CEP: 17,780-000 - Lucélia, SP Telefone (18) 3551-9000 Fax (18) 3551-9010

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Em· razãocde t~~o is!o.T não!esta ~. em~~sa B!oenergia do Brasil S/A,

outra alternativa senão impetrar com o presente Mandado de Segurança Preventivo, com

pedido de liminar, no intuito de garantir direito liquido e certo da impetrante, a suspensão

da exigibilidade das contribuições incidentes sobre receitas de exportação, na forma da

IN/SRP nO 3/2005.

Quanto a natureza preventiva do remédio constitucional, o objetivo é

evitar a consumação das legalidades impostas pela Instrução Normativa ora combatida,

impedindo a concretização de uma ofensa a direito liquido e certo ameaçado, baseado no

justo receio de que a impetrante venha sofrer as ofensas em seu direito individual (Art, 1 ° da Lei 1533/51), já que existente a ameaça concreta. uma vez que a autoridade em

questão manifestou-se. por meios de atos prepara.tórios e indícios razoáveis. a tendência

em praticar ilegalidades. de tal forma que. a consumar-se. a lesão de direito se torne

efetiva.

Ante todo o exposto. não se torna forçoso concluir que o direito da

impetrante está a mercê da imposição desmedida e ilegal da autoridade responsável pela

aplicação dos efeitos da INiSRP nO 3/2005. ferindo direito liquido e certo da impetrante, o

que deve ser rechaçado pelo Poder Judiciário.

DA CONCESSÃO DA [-'MINAR (funlUs bõni iuris ~ periculum in mora)

Novamente o impetrante. tomando por empréstimo o ensinamento do ., saudoso Mestre administrativo Hely Lopes Meireles. em sua obra Mandada de Segurança. , 12" Edição. pág, 50. apresenta a lição abaixo:

"A medida liminar é provimento cautelar admitido pela própria lei

de mandado de segurança. quando sejam relevantes os fundamentos

da impetração do alo impugnado puder resultar a ineficácia da

ordem judicial, se concedida afinal (art, 7", 1/). Para a cOllcessão da

'medida liminar devem concorrer os dois requisitos legais, ou seja, a

relevância dos motivos em que se assenta o pedido da inicial e a

possibilidade da ocorrência da lesão irreparável ao direito do

impetrante, se vier a ser reconhecido na decisão de mérito",

o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 4209219

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. Destarte,a·medida liminar é procedimento acautelador do possivel direito - _ ..

do impetrante, justificado pela iminência de dano irreversivel de ordem patrimonial e

funcional, se mantido o ato coator até a apreciação definitiva da demanda. Bem por isto,

não se constitui em prejulgamento, assim como não afirma quaisquer direitos. Tem o fito

único de preservar o impetrante de lesão irreparável, sustando provisoriamente os efeitos

do ato impugnado.

o

o mesmo Hely Lopes Meirelles sustenta:

"A liminar não é uma liberalidade da Justiça; e medida

acauteladora do direito do Impetrante, que não pode ser negada

quando ocorrer seus pressupostos como, também, não deve ser

concedida quando ausentes os requisitos de sua admissibilidade. "Se

é certo que a liminar não deve, ser pro.digalizada pelo Judiciári9,

para não entravar a atividade normal da Administração, também

não deve ser negada quando se verifiquem seus pressupostos legais,

para não se tornar inútil o pronunciamento final a favor da

impetrante. Casos há - e são freqüentes - em que o tardio

reconhecimenio do- direito do - posta/anle - enseja seu - lolal o

aniquilamento. Em tais hipóteses, a medida liminar impõe-se como

, providência de polílica judiciária deixada à prudente discrição do

Juiz"

Desta forma, para ser concedida a liminar no intuito de determinar a

suspensão do parágrafo segundo do artigo 245 da INISRP nO 312005, em razão de sua

flagrante inconstitucionalidade e ilegalidade, determinando, ainda, que a autoridade coatora

se abstenha em adotar quaisquer procedimentos punitivos previstos na mesma Instrução

ou outros, deve-se demonstrar a presença do fumus boni juris e periculum in mora. , ,

Assenta-se que a abstenção do procedimento punitivo compreende todo o periodo tratado

na norma infraconstitucional citada (dezembro de 2001 até a solução da demanda, com a

sentença definitiva suspendendo os efeitos da malgrada Instrução).

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, ~ Bairro Colônia Paulista - CEPo 17.780-000 - Lucélia, SP ~ Telefone (18) 3551-9000 Fax (18) 3551-9010

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- 'Nocaso' em ·-tela, a fumaça do bom direito encontra-se na norma

constitucional (Art. 149, § 2°, I, da CF) que prevê imunidade da cobrança de contribuição

previdenciária sobre as receitas de exportação (produtos agrícola e agroindustriais), sem

fazer distinção entre exportação direta e indireta. Portanto, possui o fumus boni juris a

manifesta inconstitucionalidade e ilegalidade do questionado dispositivo (§ 2°, Art. 245 da

IN 3/2005 da SRP).

o periculum in mora é evidente, vez que, referida contribuição

previdenciária possui vencimento mensal e está sendo cobrada desde 12 de dezembro de

2001. Destarte, a impetrante pode ser autuada a qualquer momento, sujeitando-se a um

recolhimento indevido, de valor exorbitante, podendo acarretar-lhe, inclusive, a bancarrota.

Ainda, quanto ao perigo da demora, há que se anotar que a própria IN

3/2005 da SRP, prevê as punições devidas a quem descumprir suas determinações, o que

acarretará à impetrante, >a aplicação de autos de infr~ão e demais conseqüências de

ordem econômica, patrimonial e funcional.

Assim, caso não seja concedida a liminar no presente Mandamus, a

espera de uma providência· útil a livrar. a impetrante da presente cobrança chegará

demasiadamente tarde, impondo-lhe toda ordem de arbitrariedade e as conseqüências

acima mencionadas. o o

DO PEDIDO

> Ante o exposto, vem a impetrante requerer a Vossa Excelência, seja

deferida a medida liminar inaudita altera pars para que lhe seja concedida a SUSPENSÃO

da exigibilidade das contribuições discutidas, incidentes sobre a receita bruta da

comercialização da produção, com fins de exportação, por intermédio de empresas

comerciais exportadoras, na forma da IN/SRP n° 312005, compreendendo os períodos

indicados na própria IN 3/2005 SRP, ou seja, de dezembro de 2001 até a sentença

definitiva;

Após a concessão da liminar pleiteada e notificada a autoridade coatora

para que preste as informações necessárias no prazo legal, o que desde já se pleiteia,

requer seja julgado presente MANDAMUS totalmente procedente, confirmando-se a liminar

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,~ Bairro Colãnia Paulista - CEPo 17.780-000 - Lucélia, SP 9 Telefone (18) 3551-9000 Fax (18) 3551-9010

@©energia E-mai! biobrasilsa@biobrasilsa_com.br do B r O S i I SI A __ ---.;C:.:N.;.;P.;.;J:.;:_-.:.0.:.8:.:, 0:.:4:.:6.:., 6:..5:..0:.!/.;.;0.;.;0:.:0:.:1:.:-8:..0=---:.:':.:n:..sc:.:r.:.iç:;.:ã:.:O_E.:." s:..t.:.a.:.d..::u..::a:.:l :_4:.:2:.:2:.;.' 0:..6:..8:.: . .:.9.:.3.:.3;..' 1:.:1:.:6:.:-

pl~iteadae ~onced:ndo-a_ s.~gurança em definitivo, para que a im~~t~ante possa fazer valer­

o direito constitucional que lhe socorre, sem ter que se submeter ao artigo 245, § 2° da

IN/SRP nO 312005, como forma da mais lidima .J U STIÇA_

A derradeiro, nos termos do artigo 151, 11 do Código Tributário Nacional,

requer-se seja garantida à impetrante, a possibilidade de realizar depósitos judiciais_

Dá-se à causa o valor de R$ 632_630,00 (seiscentos e trinta e dois mil e

seiscentos e trinta reais).

o

Termos em que,

Pede Deferimento.

Lucélià (SP), 11 de outubro de 2006_

.0;l AULO - RTO leAL!

ADvm(" - O~ ISP 164257

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RODRIGUES

P 206.227

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