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>V Orgrarn. oilolaiao -J-XuMoliUo eaoP ANO II -El; -t-ltoearojl Diretor: D,MOTK,Q ,IKDKIlAUE«R Q.do gul . 0axiaS) ^ ^ ^^ - ^ UM IMPORTANTE DEPOIMENTOI -Uercute: IIHIMO tò.VÜVI N.c 85 £JMgjMSMTE ENTREVISTA ÒONOEDIDA AO -«JORNAD DA MA- NHÃ* PELO Dr. OLMIRO DE AZEVEDO Numa mesa do Café Espor- te. Trocavam-se impressões. Comentava-se o discurso que o sr. Minuano de Moura pro- feriu na Câmara, rompendo com a Frente Única. Suas rc- velaçoes em torno da atitude do general Flores da Cunha em face do movimento pau- lista de í) de julho de lí)32, deu-nos margem a que ouvis- semos do dr. Olmiro de Aze- vedo, advogado e figura dc singular relevo na politica e no jornalismo gaúcho, inte- ressantes detalhes que vêm cojroborar as afirmativas fei- tas pelo sr. Minuano. Referiu- do-se ás declarações do de- putado libertador o dr. Olmi- ro de Azevedo acentuou com precisão: ²«Está ahi uin depoimen- to rigorosamente sincero e verdadeiro. Vou relatar a vo- cês o que sei sobre a propa- lada «trahição» do general Flores da Cunha, ouvido do próprio sr. Maurício Cãrdo- so». Fez uma pausa. Acendeu um cigarro. E prosseguiu: ²«Corria o ano de 1932. A revolução paulista estava no auge. O sr. Borges de Medei- ros, num reuno, brandia na coxilha a espada enferrujada de caudilho improvisado. Em torno dele meia (luzia de ga- tos pingados constituía o «e- xereito» de salvação de São Paulo e cia Pátria. Estava eu, em Porto Ale- gre, na residência do sr. Mau- ricio Cardoso, apenas chega- do da Paulicè-i. üe pronto, ignorando o que se processa- va nos bastidores da politica do Estado, felicitei o s,\ Mau- ricio. Sabia que eie asumiria a Secretaria do Interior...» O ex-ministro da Justiça esclareceu: Não ò verdade. Fui insis- tcnteniente convidado, más declarei, de modo formal, qüe não aceito. Disse, pessoal- mente, ao Chico Flores que me fizesse o obséquio de comunicar ao Antônio que é inútil insistir». Pelo tom categórico que o sr. Maurício Cardoso dava ás suas palavras, percebi os ho- rizontes anuviados. Fiz-lc sen- tir a minha extranheza, pois o próprio general Flores me declarara que, por aqueles dias s.s. assumiria a Secreta- ria do Interior. ²«Conversas... (Foi a sua resposta). Não posso estar com o Flores». «Depois num largo gesto de franqueza: ²«Creia, meu amigo, que, hoje, Borges do Medeiros, com cem homens apenas, é a ex- pressão mais viva e heróica do Rio Grande. Ele sintetisa e o cavalheirismode uma ra- ço.» Não compreendi bem. Visi- vclmente admirado com a ti- lada, avancei minha contes- tação. —«Não subscrevo. Isso de conslilucionalismo è fita. Bor- ges de Medeiros sempre foi pelas ditadura, especialista na matéria, mesmo na vigen- cia da constituição. Para ele esta existia apenas no papel. Fantochada». «O ilustre político, com a- quela fleugma que tanto o carateriza, replicou com dis- plicencia: «Pois você está errado. São Paulo luta por um ideal de todo o Brasil a Borges cie Medeiros, do Rio Grande bate-se por uma as- pi ação nacional. O Getulio fracassou lamentavelmente. E o Flores perdeu a oportu- nidade de tornar-se o maior homem do paiz». «Eu estava perplexo Cada vez entendia menos. Fui lo- go ao ponto central da quês- lão: ²Mas, então, o Flores ti- nha compromissos com a Frcn- te Única e Sào Paulo?» «A' interpelação, o sr.Mau- ricio tirou uma baforada do criou-lo e, reco~stando-.se mais no.sofá, foi contando: .... .~~ ²«Estive alheio aos con- ciliabiilos dos partidários da revolução. Como sabes, resi- dia eu no Grande Hotel, ealí tive oportunidade de, a mar- gem da corrente, apreciar a marcha dos acontecimentos. De quando em vez, chega- vam de São Paulo, omissa- rios fazendo de Càixeirp-vía- jante, para ter naquele lio- tel, que era o Quartel Gene- ral dos revolucionários, en- tèndiméntos com o Baptista Luzardo, o Pilla e outros. A mim nada diziam, nem eu perguntava. Observava ape- nas. Os agentes dc ligação chegavam, trancavam-se num quarto, com os proceres da- qui o mais as malas, e acer- tavam diretrizes. O movimon- to era este: de São Paulo a Porto Alegre, c Porto A- I.ègre á Irapuá. Quando per- cebi que a coisa caminhava mesmo, como amigo do Fio- res, resolvi sondal-o, pois no- tara-o alheio tio que se pro- cessava. Foi isto nas vespe- ras <!c estourar a revolução. Dirigi-me a Palácio, como se nada houvesse, e, depois de conversarmos sobre assuntos diversos, inquiri-o, afetando indiferença: «Na possibilidade de um movimento armado de São Paulo com a Frente Única, contra a Ditadura, qual seria a tua atitude? O Flores, mostrando-sesur- preso, respondeu-me com ou- tra pergunta: —«Você aer-í*"*'*»*- njsso?». Disse-lhe que :An -v;.-dita- va, aventava uma probalida- de somente. O Flores precisou-me, en- tão, com firmeza: •— «Nunca me falaram nes- se assunto. Você sabe da II- gação que tenho com a mi- nha gente, mas não ignora, por igual, os compromissos que me prendem ao Getulio e á revolução de trinta. Por is- so lhe digo: Não acredito.Mas, se me falarem em tal, na pre- silha do laço, eu reajo.» Sal com aquela impressão, sem nada dizer ao Flores do que vira e sabia, dos conciliabu- los no Grande Hotel. «No dia seguinte, estando no liàll do hotel, vi, repenti- namente, entrar o Baptista Luzardo. Ele que, nos dias anteriores, se mostrava, com seus- amigos, esquivo, de cara amarrada, surgiu flamejánte, satisfeito, com o lenço colorado esvoaçando no bolso do paletot, a cum- primentar a todos. Extra- nhei-o. Farejei a catinga a- goiu-enta no ar. Quando se dirigiu a mim, a um canto, aperta ndo-me a mão, não me contive, e íui lhe dizendo: Vocês eslão fazendo asneira.» Ante a surpreza do Luzar- do, esclareci, sabendo o que planejavam e o que acabava de ouvir do Flores: «Vocês vão encontrar o Interventor pela proa.» «O Luzardo abriu-se numa admiração sincera: «Impossi- vel. O Borges ficou encarre- gado disso. Vou providenciar jà. «E desapareceu intempes- tivamente. Ignoro o que fize- ram. O que sei é isto: na noi- te de 9 de julho de 32, c;-tun- do em casa, fui com surpre- sa, procurado pelo Flores, que sc fizera acompanhar de mais alguém. Atendí-o como estava, em pijama. Vinha fu- rioso e sacudia na mão um telegrama:—Leia isto. O Bor- ges está maluco. Uma «trai- ção!» Li o telegrama. Era a- quolé conhecido, em que o dr. Medeiros cumtinicava ao general o movimento c o convidava para assumir o comando das forças rebeldes, no Rio Grande. Vendo o ex- traòrdinariumento exaltado, solicitei que esperasse, pois ia vestirme e sairíamos jun- tos. Minha intenção era evi- tar que o Flores cometesse alguma imprudência, dacm a exaltação em que estava. ²«Acompanhou-o? ²Saímos no mesmo auto- movei do general. Dirigimo- nos para o telégrafo. No ca- minho, o Flores foi ncordan- do o diretor da Viação Fer- rea; e não sei mais quem. Chegados ao telégrafo, ali se encontrava o João Carlos e outros. Antes de qualquer pronunciamento intempestivo por parte do Flores, procurei controlar a situação, que re- putava grave, o evitar um choque com o dr. Medeiros. O Flores não acreditava no movimento. Emqüanto troca- vamos idéias, o telegrafista informou que seu colega de São Paulo avisava que, na- quele momento, a estação a- cabara de ser ocupada por forças do Exercito. O Flores observou: «Eu nao disse? E' a nossa gente». Ponderei: «Não te iludas, é a revolução que marcha». Neste momento jus- to o Flores recebia o tolegrat ma do Getulio, dando-lhe sciencia do movimento e di- zendo contar com a sua leal- ciade. O Flores explodiu. Es- tava com o Governo Proviso- rio e iria até o fim da manu- tenção da ordem. Fiz-lhe sen- tir que, então, ne>ti caso, em face da delicadeza da situa- ção do Rio Grande, evitasse1 a efusão de sangue em nosso Estado. Ficasse com o Getu- lio, mas não mandasse forças contra São Paulo. Por sua vez, a Frente Única não pegaria em armas. O Interventor não me ouviu: «Não cederia disse». E, indo do pcusamen- to á acção, começou a passar telegramas movimentando for- ças. No mesmo momento, mandava um despacho a Bor- ges de Medeiros, contestando, como é do conhecimento publico, estar ao lauo do Govorno e da ordem». A attitude do Interventor e a do sr. Maurício tomaram traços nítidos. O depoimento do ex-ministro da Justiça as- sumia, a meu ver, relevaueia especial na historia futura dos dias sombrios de 1932. Não era um apaixonado que falava, não era um apanigua- do que se abria, na intimida- de, retirado dos baldões dos comícios ou da xingadelá dos folicularlos. Ei-a, antes, o tes- temunho sereno de uma indi- vidualidade singular e culta [qüe, divergindo embora de j Flores da Cunha, afastava-o jdá tocaia dos exaltados, fa- jrejadores de indignidades. j Depois-disso, ponderei, I continuou o amigo a avistar- jse com o general tanto que o sr. Borges de Medeiros quan- dc veio para esta capital, au- tes de pegar em armas ... Sim. Sempre tive boas relações com o Antônio. Sentia o que se passava e continuei a avistar-me com ele, procurando-lhe ser útil, no que fosse possível, para a ordem e a paz do Rio Grande. rui ate a São Paulo, cônsul- tar a probabilidade de um en- rendimento para que cessasse a lueta fatricida. Inútil. São Paulo irá até o fim. Entretanto, o Flores com a minha volta cuidava que eu viesse colaborar com ele no Governo do Estado. Impossi- vel. Afastamo-no.*;. Divergimos. Neste passo, o sr. Maurício de chofre, a uma interpela- çao minha, enveredou para os assuntos agrícolas. Falou- me de sua granja, do parque, das arvores que plantava uma coleção de variedades. Despedimo-nos quando en- trava o sr. Athayde doiPrado. E ahi fica, meus amigos, em que constituiu a «trahição» do general Piores da Cunha pe- los lábios do próprio sr. Mau- ricio Cardoso. O sr. Minuano de Moura está com a verda- de...» concluiu o dr. Olmi- ro de Azevedo, levantando-se e convidando os amigos a ca- min bar. O Brasil rsa Bari;1 feira de O Departamento Nacional da Industria e Comercio a- caba de receber um lelcgni- ma do delegado do Ministério do Trabalho, Industria e Cò- mercio á V Feira do Levan- te, em Bari, na Itália, comu- nicándo-lhe que o nosso pais foi classificado oficialmente o maior e melhor concurrente entre as 43 nações que na mesma participaram. O ecríamen de Bari, ao qual comparecem todos os paizes, é de alto significado econômico, interessando, ao mesmo tempo, a parte oci- dental da Europa, o Oriento próximo o o Oriente asiático; A contribuição brasileira foi muito brilhante, tendo o Departamento Nacional da In- dustria e Comercio organiza- do um mostruario completo das nossas matérias primas, apresentadas de maneira a- trahente e acompanhadas de todas as informações neces- sarias sobre a produção de cada um dos artigos, seu va- lor, aplicações varias, con- dições de venda, mercados importadores, etc. Cuidou-se especialmente, na nossu re- presentação, de incluir os produtos capazes de atrair a atenção da vasta zona de in- íiuencia do certamen. Figuram ainda, nos dois pavilhões do Brasil em Bari, amostras de minereos e mi- nerais o artigos manufatura- dos, de ótimo acabamento, como calçados, chapéus, moi- as, etc. Completam a expor- portação numerosos gráficos, de excelente efeito, fotogra- fias ampliadas, reproduzindo trechos das nossas principais cidades, campos de cultura, obras de viação, estabeleci- mentos fabris, trabalhos de saneamento etc, e uma inte- ressante oh ção de filmsbra- silèiros sobre as atividades agrícolas e industriais, as belezas naturais o o desen- volvimento urbano. -O- Linha Telefônica em S. Marcos O coronel Prefeito Munici- pai oficiou ao sr. Nestor Min- clêlo, gerente da Companhia Telefônica Riograndense, nes- ta cidade, solicilando-lhe pro- videncias para a mudança e substituição de alguns postes da rede telefônica, em São Marcos, 5.0 distrito deste mu- nicipio, em virtude de altera- ções feitas no nivelumenlo das ruas daquele povoado e por sc acharem alguns dos referidos postes em mau es- tado de conservação.

O Brasil rsa feira deBari;1 - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/104523/per104523_1934_00085.pdf · se me falarem em tal, na pre-silha do laço, eu reajo.» Sal com aquela impressão,

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Orgrarn. oilolaiao -J-XuMoliUo eaoPANO II

-El; -t-ltoearojlDiretor: D,MOTK,Q ,IKDKIlAUE« R Q.do gul . 0axiaS) ^ ^ ^^

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UM IMPORTANTE DEPOIMENTOI-Uercute: IIHIMO tò.VÜVI N.c 85

£JMgjMSMTE ENTREVISTA ÒONOEDIDA AO -«JORNAD DA MA-NHÃ* PELO Dr. OLMIRO DE AZEVEDO

Numa mesa do Café Espor-te. Trocavam-se impressões.Comentava-se o discurso queo sr. Minuano de Moura pro-feriu na Câmara, rompendocom a Frente Única. Suas rc-velaçoes em torno da atitudedo general Flores da Cunhaem face do movimento pau-lista de í) de julho de lí)32,deu-nos margem a que ouvis-semos do dr. Olmiro de Aze-vedo, advogado e figura dcsingular relevo na politica eno jornalismo gaúcho, inte-ressantes detalhes que vêmcojroborar as afirmativas fei-tas pelo sr. Minuano. Referiu-do-se ás declarações do de-putado libertador o dr. Olmi-ro de Azevedo acentuou comprecisão:«Está ahi uin depoimen-to rigorosamente sincero everdadeiro. Vou relatar a vo-cês o que sei sobre a propa-lada «trahição» do generalFlores da Cunha, ouvido dopróprio sr. Maurício Cãrdo-so». Fez uma pausa. Acendeuum cigarro. E prosseguiu:«Corria o ano de 1932. Arevolução paulista estava noauge. O sr. Borges de Medei-ros, num reuno, brandia nacoxilha a espada enferrujadade caudilho improvisado. Emtorno dele meia (luzia de ga-tos pingados constituía o «e-xereito» de salvação de SãoPaulo e cia Pátria.

Estava eu, em Porto Ale-gre, na residência do sr. Mau-ricio Cardoso, apenas chega-do da Paulicè-i. üe pronto,ignorando o que se processa-va nos bastidores da politicado Estado, felicitei o s,\ Mau-ricio. Sabia que eie asumiriaa Secretaria do Interior...»

O ex-ministro da Justiçaesclareceu:

— Não ò verdade. Fui insis-tcnteniente convidado, más jádeclarei, de modo formal, qüenão aceito. Disse, pessoal-mente, ao Chico Flores queme fizesse o obséquio decomunicar ao Zé Antônio queé inútil insistir».

Pelo tom categórico que osr. Maurício Cardoso dava ássuas palavras, percebi os ho-rizontes anuviados. Fiz-lc sen-tir a minha extranheza, poiso próprio general Flores medeclarara que, por aquelesdias s.s. assumiria a Secreta-ria do Interior.

«Conversas... (Foi a suaresposta). Não posso estarcom o Flores».

«Depois num largo gesto defranqueza:

«Creia, meu amigo, que,hoje, Borges do Medeiros, comcem homens apenas, é a ex-pressão mais viva e heróicado Rio Grande. Ele sintetisae o cavalheirismode uma ra-ço.»

Não compreendi bem. Visi-vclmente admirado com a ti-lada, avancei minha contes-tação.

—«Não subscrevo. Isso deconslilucionalismo è fita. Bor-ges de Medeiros sempre foipelas ditadura, especialistana matéria, mesmo na vigen-cia da constituição. Para eleesta existia apenas no papel.Fantochada».

«O ilustre político, com a-quela fleugma que tanto ocarateriza, replicou com dis-plicencia:— «Pois você está errado.São Paulo luta por um ideal

de todo o Brasil aBorges cie Medeiros, do RioGrande bate-se por uma as-pi ação nacional. O Getuliofracassou lamentavelmente.E o Flores perdeu a oportu-nidade de tornar-se o maiorhomem do paiz».«Eu estava perplexo Cadavez entendia menos. Fui lo-go ao ponto central da quês-lão:

Mas, então, o Flores ti-nha compromissos com a Frcn-te Única e Sào Paulo?»

«A' interpelação, o sr.Mau-ricio tirou uma baforada docriou-lo e, reco~stando-.se maisno.sofá, foi contando: .... .~~«Estive alheio aos con-ciliabiilos dos partidários darevolução. Como sabes, resi-dia eu no Grande Hotel, ealítive oportunidade de, a mar-gem da corrente, apreciar amarcha dos acontecimentos.De quando em vez, chega-vam de São Paulo, omissa-rios fazendo de Càixeirp-vía-jante, para ter naquele lio-tel, que era o Quartel Gene-ral dos revolucionários, en-tèndiméntos com o BaptistaLuzardo, o Pilla e outros. Amim nada diziam, nem euperguntava. Observava ape-nas. Os agentes dc ligaçãochegavam, trancavam-se numquarto, com os proceres da-qui o mais as malas, e acer-tavam diretrizes. O movimon-to era este: de São Paulo aPorto Alegre, c dé Porto A-I.ègre á Irapuá. Quando per-cebi que a coisa caminhavamesmo, como amigo do Fio-res, resolvi sondal-o, pois no-tara-o alheio tio que se pro-cessava. Foi isto nas vespe-ras <!c estourar a revolução.Dirigi-me a Palácio, como senada houvesse, e, depois deconversarmos sobre assuntosdiversos, inquiri-o, afetandoindiferença:

— «Na possibilidade de ummovimento armado de SãoPaulo com a Frente Única,contra a Ditadura, qual seriaa tua atitude?

O Flores, mostrando-sesur-preso, respondeu-me com ou-tra pergunta:—«Você aer-í*"*'*»*- njsso?».

Disse-lhe que :An -v;.-dita-va, aventava uma probalida-de somente.

O Flores precisou-me, en-tão, com firmeza:•— «Nunca me falaram nes-se assunto. Você sabe da II-

gação que tenho com a mi-nha gente, mas não ignora,por igual, os compromissosque me prendem ao Getulio eá revolução de trinta. Por is-so lhe digo: Não acredito.Mas,se me falarem em tal, na pre-silha do laço, eu reajo.» Salcom aquela impressão, semnada dizer ao Flores do quevira e sabia, dos conciliabu-los no Grande Hotel.

«No dia seguinte, estandono liàll do hotel, vi, repenti-namente, entrar o BaptistaLuzardo. Ele que, nos diasanteriores, se mostrava, comseus- amigos, esquivo, decara amarrada, surgiuflamejánte, satisfeito, com olenço colorado esvoaçandono bolso do paletot, a cum-primentar a todos. Extra-nhei-o. Farejei a catinga a-goiu-enta no ar. Quando sedirigiu a mim, a um canto,aperta ndo-me a mão, não mecontive, e íui lhe dizendo:Vocês eslão fazendo asneira.»

Ante a surpreza do Luzar-do, esclareci, sabendo o queplanejavam e o que acabavade ouvir do Flores: «Vocêsvão encontrar o Interventorpela proa.»«O Luzardo abriu-se numaadmiração sincera: «Impossi-vel. O Borges ficou encarre-gado disso. Vou providenciarjà. «E desapareceu intempes-tivamente. Ignoro o que fize-ram. O que sei é isto: na noi-te de 9 de julho de 32, c;-tun-do em casa, fui com surpre-sa, procurado pelo Flores,que sc fizera acompanhar demais alguém. Atendí-o comoestava, em pijama. Vinha fu-rioso e sacudia na mão umtelegrama:—Leia isto. O Bor-ges está maluco. Uma «trai-ção!» Li o telegrama. Era a-quolé já conhecido, em queo dr. Medeiros cumtinicavaao general o movimento c oconvidava para assumir ocomando das forças rebeldes,no Rio Grande. Vendo o ex-traòrdinariumento exaltado,solicitei que esperasse, poisia vestirme e sairíamos jun-tos. Minha intenção era evi-tar que o Flores cometessealguma imprudência, dacm aexaltação em que estava.«Acompanhou-o?

Saímos no mesmo auto-movei do general. Dirigimo-nos para o telégrafo. No ca-minho, o Flores foi ncordan-do o diretor da Viação Fer-rea; e não sei mais quem.Chegados ao telégrafo, ali jáse encontrava o João Carlose outros. Antes de qualquerpronunciamento intempestivopor parte do Flores, procureicontrolar a situação, que re-putava grave, o evitar umchoque com o dr. Medeiros.O Flores não acreditava nomovimento. Emqüanto troca-vamos idéias, o telegrafistainformou que seu colega deSão Paulo avisava que, na-

quele momento, a estação a-cabara de ser ocupada porforças do Exercito. O Floresobservou: «Eu nao disse? E' anossa gente». Ponderei: «Nãote iludas, é a revolução quemarcha». Neste momento jus-to o Flores recebia o tolegratma do Getulio, dando-lhesciencia do movimento e di-zendo contar com a sua leal-ciade. O Flores explodiu. Es-tava com o Governo Proviso-rio e iria até o fim da manu-tenção da ordem. Fiz-lhe sen-tir que, então, ne>ti caso, emface da delicadeza da situa-ção do Rio Grande, evitasse1a efusão de sangue em nossoEstado. Ficasse com o Getu-lio, mas não mandasse forçascontra São Paulo. Por sua vez,a Frente Única não pegariaem armas. O Interventor nãome ouviu: «Não cederia —disse». E, indo do pcusamen-to á acção, começou a passartelegramas movimentando for-ças. No mesmo momento,mandava um despacho a Bor-ges de Medeiros, contestando,como é do conhecimentopublico, estar ao lauo doGovorno e da ordem».

A attitude do Interventor ea do sr. Maurício tomaramtraços nítidos. O depoimentodo ex-ministro da Justiça as-sumia, a meu ver, relevaueiaespecial na historia futurados dias sombrios de 1932.Não era um apaixonado quefalava, não era um apanigua-do que se abria, na intimida-de, retirado dos baldões doscomícios ou da xingadelá dosfolicularlos. Ei-a, antes, o tes-temunho sereno de uma indi-

vidualidade singular e culta[qüe, divergindo embora dej Flores da Cunha, afastava-ojdá tocaia dos exaltados, fa-jrejadores de indignidades.j

— Depois-disso, ponderei,I continuou o amigo a avistar-jse com o general tanto que osr. Borges de Medeiros quan-dc veio para esta capital, au-tes de pegar em armas ...— Sim. Sempre tive boasrelações com o Zè Antônio.Sentia o que se passava econtinuei a avistar-me comele, procurando-lhe ser útil,no que fosse possível, para aordem e a paz do Rio Grande.rui ate a São Paulo, cônsul-tar a probabilidade de um en-rendimento para que cessassea lueta fatricida.

Inútil. São Paulo irá até ofim. Entretanto, o Flores coma minha volta cuidava que euviesse colaborar com ele noGoverno do Estado. Impossi-vel. Afastamo-no.*;. Divergimos.

Neste passo, o sr. Mauríciode chofre, a uma interpela-çao minha, enveredou paraos assuntos agrícolas. Falou-me de sua granja, do parque,das arvores que plantava —uma coleção de variedades.

Despedimo-nos quando en-trava o sr. Athayde doiPrado.E ahi fica, meus amigos, em

que constituiu a «trahição» dogeneral Piores da Cunha pe-los lábios do próprio sr. Mau-ricio Cardoso. O sr. Minuanode Moura está com a verda-de...» — concluiu o dr. Olmi-ro de Azevedo, levantando-see convidando os amigos a ca-min bar.

O Brasil rsaBari;1feira de

O Departamento Nacionalda Industria e Comercio a-caba de receber um lelcgni-ma do delegado do Ministériodo Trabalho, Industria e Cò-mercio á V Feira do Levan-te, em Bari, na Itália, comu-nicándo-lhe que o nosso paisfoi classificado oficialmente omaior e melhor concurrenteentre as 43 nações que namesma participaram.

O ecríamen de Bari, aoqual comparecem todos ospaizes, é de alto significadoeconômico, interessando, aomesmo tempo, a parte oci-dental da Europa, o Orientopróximo o o Oriente asiático;

A contribuição brasileirafoi muito brilhante, tendo oDepartamento Nacional da In-dustria e Comercio organiza-do um mostruario completodas nossas matérias primas,apresentadas de maneira a-trahente e acompanhadas detodas as informações neces-sarias sobre a produção decada um dos artigos, seu va-lor, aplicações varias, con-dições de venda, mercadosimportadores, etc. Cuidou-seespecialmente, na nossu re-presentação, de incluir os

produtos capazes de atrair aatenção da vasta zona de in-íiuencia do certamen.Figuram ainda, nos dois

pavilhões do Brasil em Bari,amostras de minereos e mi-nerais o artigos manufatura-dos, de ótimo acabamento,como calçados, chapéus, moi-as, etc. Completam a expor-portação numerosos gráficos,de excelente efeito, fotogra-fias ampliadas, reproduzindotrechos das nossas principaiscidades, campos de cultura,obras de viação, estabeleci-mentos fabris, trabalhos desaneamento etc, e uma inte-ressante oh ção de filmsbra-silèiros sobre as atividadesagrícolas e industriais, asbelezas naturais o o desen-volvimento urbano.

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Linha Telefônica em S.Marcos

O coronel Prefeito Munici-pai oficiou ao sr. Nestor Min-clêlo, gerente da CompanhiaTelefônica Riograndense, nes-ta cidade, solicilando-lhe pro-videncias para a mudança esubstituição de alguns postesda rede telefônica, em SãoMarcos, 5.0 distrito deste mu-nicipio, em virtude de altera-ções feitas no nivelumenlodas ruas daquele povoado epor sc acharem alguns dosreferidos postes em mau es-tado de conservação.

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O MOMENTO N. 85

Nas Vésperas do PleitoUma Caravana rio Partido Republicano Liberai Visita Caxias

EMPOLGANTE COMÍCIO REALIZADO NA PRAÇA DANTE

Conforme fora anunciado,chegou, ontem, a esta cidade,pelo trem da tabela, a Cara-vana Liberal, que promove-rá comícios e intensa pro-paganda eleitoral na RegiãoColonial Italiana e Nordestedo Estado, e composta dos drs.De Sousa Junior e MoysèsVelinho, candidatos do P. R.Liberal á dcputação estadual,sr. Israel Rangel e acade-mico Rubem Medeiros e Lu-íridio Lopes e dr. Silvio Pe-tizieli.

A' hora da chegada dotrem, achava-se a Estação lo-cal repleta de correligiona-rios e cxmas. familias.

A Caravana Liberal foi rece-bida na gare da Estação daViação Férrea pelas altas au-toridades civis, Cel. MiguelMuratore, prefeito municipal,dr. Olmiro de Azevedo, sub-chefe da lO.a Região Policial,Tenente Hermetp Silveira, sr.João Abbot Sobrinho, mem-bros da Comissão Diretora doPartido Republicano Liberalde Caxias, membros das sub-comissões diretoras distritaise enorme massa de povo, queproríompeu em entusiásticosvivas ao Partido RepublicanoLiberal, ao eminente GeneralFlores da Cunha e á Carava-na Liberal.

Foi a caravana recebidasob manifestações de gran-de sentimento cívico e de-monstrações de apreço.

Em estenso cortejo de au-tomoveis, encaminharam-seos caravanciros para o Gran-de Hotel Mimoso, onde foramhospedados.

0 Coraieio, á noiteMuito antes da hoia mar-

cada para o grande comicio,grande mole de povo com-primia-se defronte ao TeatroCentral e adjecencias, ancio-sa por vibrar ante as palavrasdos oradores liberais.

Fala o dr. Olmiro doAzevedo

A's 20 horas, assomando ásacado do Teatro Central osmembros de destaque do Par-tido Republicano Liberal deCaxias e os caravanciros. fezuso da palavra o dr. Olmirode Azevedo

O orador iniciou a sua ora-ção evocando a data mento-ravel de 3 de outubro de 1930o lembrando que, precisa-mente ha quatro anos atraz,lhe fora concedida a supremaventura de, daquela mesmasacada, ter se dirigido aopovo de Caxias, quando a Pa-tria brasileira, de norte a sul,em unisono, vibrava de santosentusiasmos, na anciedade dereivindicações a que faziajús e pelas quais empunhavaa espada e corria ao campoda luta. Rememorou, a seguir,o importante papel do nossocaro Rio Grande, naquela ho-ra tão decisiva da Pátria, asresponsabilidades que lhe pe-savam sobre os òmb/os e aaltivez e destemerosidadecom que enfrentou tão árduacampanha, dela Banindo rra-lharda m nte vitorioso, para

garantia e segurança de to-das as liberdades tão ancio-samente desejadas pela gran-de Pátria.

Discorreu, em seguida, so-bre as atitudes, sempre cor-retas e bem orientadas, comalto descortino político e in-sofismavel patriotismo, do be-nemerito General Flores daCunha, unanimemente esco-lhido, porque para tal era ta-lhado, para a suprema gover-nança do Estado, no períododiscricionário. Prosseguindo,o orador examina o adventoda rebelião, provocada pelafalsa crença de S. Paulo, danecessidade de imediata cons-titucionalização do Paiz, em1932. Houve-se com real fe-licidade ao falar sobre as-sunto de tanta relevância eterminou provando a extem-poraneidade daquela medida.Evidenciou a atitude de le-gitimo patriota e de avalisa-dor dos postulados da revolu-ção de 30, do exmo. GeneralFlores da Cunha que, dessamaneira, se tornara credornão sò de absoluta admiraçãocomo de integral apoio dopovo Rio Grande e do Bra-sil, como sustentaculo, quefoi, da ordem e da harmoniabrasileiras.

O orador terminou sob for-tes aplausos do numeroso au-ditorio.

Fala o Sr. J- P. LisboaUsa da palavra, a seguir, o

sr. Joaquim Pedro Lisboa,que, depois de uma ana-lise rápida e concenciosa dapersonalidade de Flores daCunha e da confiança quetem inspirado o Partido Re-pulicano Liberal, por seusprincípios cardinais, que cn-feixarn as mais belas normaspolíticas, visando a felicidadedo Rio Grande e da Pátria,concitou o eleitorado a suíra-gar, no dia 14 de outubropróximo, os nomes dos can-didatos desse glorioso Partido.

Fala o Dr. De Souza JuniorOcupa a tribuna, após, o

jornalista dr. De Souza Ju-nior. Começou justificandonão lhe ser possível discorrerlongamente, como do seu de-sejo, perante oscaxienses, emvista de se achar quasi pri-vado da voz naquela ocasião.Mas que, apesar de enfermo,ante tanta demonstração dcentusiasmo e vibração civi-ca, não seria possível ficaralheio e indiferente.

Fez as mais justas referen-cias á ação correta do Parti-do R. Liberal; dizendo que,sob a chefia do precláro Ge-neral Flores da Cunha, a li-berdade de manifestação nãoera mais um mito e sim uniaverdadeira realidade, e queesse Partido assim podia pro-ceder porque as bases em quese cimentara foram as maisso-lidadas e estáveis possíveis.

O Partido Republicano Li-beral, pois, seguro nos sãosprincípios que abraçara, tinhaa absoluta certeza d* $6 ~>povo de Caxias, povo voüu.lopara o trabalho, para o pro-

gresso e para a prosperidadesutfragaria em massa nas ur-nas, os nomes dos seus ean-didatos, como testemunho deque á sua feição de progres-sista não se lhe coadunavamlevianas idealidades, que vi-sam, tão somente, gerar aconfusão, quando não — adesordem e a anarquia.

Foi fartamente aplaudida apeça oratória do ilustre ebri-lhante jornalista e candidatoliberal.

Outros oradoresO capitão Serrano Caminha,

qua acompanha a caravanacomo representante do«Jornal da Manhã»,profere a seguir bem ponde-rada oração, desenvolvendoo exame de factos em que sefirmam o dispauterio da con-ciliàção e intimidade dos doisvelhos partidos.

O seu discurso foi bastanteaplaudido.

Instado, soguc-se com a pa-lavra o dr. Francisco da Cu-nha Rangel. Diz esse oradorque, por seus serviços pro-íissionaes, crusa constante-mente estradas, e entra emapreciações sobre o clamorlevantado por Borges de Me-deiros contra a falta de es-tradas. Ele, que as palmilhaha vários anos, conhece bemde perto de como se ressen-tiam, angustiosamente, notempo em que aquele políticoera senhor augusto do poderno Rio Grande e teve opor-tunidade de mencionar ostrabalhos mandados executardurante a profícua gestão doGeneral Flores da Cunha.Terminou sua oração, conci-tando todos a votarem noscandidatos do Partido Repu-blicano Liberal, para (pie,com Flores da Cunha á fren-te, o Rio Grande do Sul con-tinuou a sua murcha as-cencial de ininterrupto pro-gresso.

0 ár. Pofia eom a palavraPor ultimo, fez-se ouvir o

dr. Adolfo Pena, candidato dóPartido Republicano Liberaldesta zona. Esse orador dis-correu longamente sobre ainconfundível personalidadede Flores de Cunha, salien-tando todos os seus dotes,desde a bondade pessoal atéa indulgência política, que odefinem sem deixar margemà menor objeção á sensatezdos seus gestos.

Como administrador, enu-merou as grandes obras járealizadas e tambem as jàiniciadas e em projeto, coniquedotará o Rio Grante para queas suas atividades se exer-çam com pleno êxito e cabal-mente, facilitando e concor-rendo para o aumento cons-tante da riqueza privada e,como conseqüência imediata,da riqueza publica.

Aludiu ás insinuações ma-Ievolentes da oposição, quese não cança de sofismar a-titudes, num delírio creador,tentando empanar os louros ga-lharda e honestamente, pa-triotica e inteligentementeconquistados por esse lidador

incansável, que se renova demomento em momento, paracada vez mais acentuadamen-to impor-se á publica admi-ração.

Antes de encerrar a sua a-locução, o orador disse que,na qualidade de ex-libertador,e ante os factos, se julgavaincapaz de compreender tãointima aliança entre elemen-tos tão heterogêneos: os doisvelhos Partidos, Republicanoe Libertador, a se a-malgamarem em frente única,quando seus ideiais políticossão tão divergentes.

Foz sentir a pressão férreaque, no tempo do dr. Borgesde Medeiros, aqueles a exer-ciara sobre estes, cortando-os em todas as suas sincerasmanifestações de liberdadee desejo de cooperar pura asaltas finalidades do Rio Gran-de.

Observou, em especial, aatitude de Baptista Luzardo,preguntando da sinceridadedesse político, si quandoprofligava o sr. Borges deMedeiros ou quando, nesta ho-ra, o reputa o maior politi-co brasileiro.

Em face, pois, de atitudesdúbias, como são permanente-mente as dos que estão cons-lituindo a Frente Única, deveacautelar-sc o povo de Ca-xias, que visa, nobremente, oprogresso, o que sò se conse-gue com a paz e a harmoniareinantes e que estas tem agarantir-lhes o Partido Repu-blicano Liberal, em cujos can-didatos, estava certo, o povode Caxias votará, em massa,com a conciencia tranqüila dehaver cumprido o seu eleva-do dever civico a haver as-segurado a sua estabilidade.

Foi o orador continuamenteovacionado.

Diversas MotasA Caravana Liberaf, que

chegou a esta cidade, ficousob a chefia do dr. AdolfoPena.

A' mesma se agregaram odr. Francisco da Cunha Ran-gel e o dr. Hamp, de AntônioPrado.

Para melhor desempenhara sua missão, a caravana di-vidiu-se em duas, ficando aprimeira sob a direção do dr.Adolfo Pena c a segunda soba direção do sr. Israel Rangel.

Em todos os municípios daregião colonial italiana, bemcomo nos de Vacaria e BomJesus, que serão visitados pc-los candidatos liberais e seuscompanheiros de caravana,reina grande entusiasmo porhomenagear os representou-tos do P. R. Liberal, confor-me avisos telegraficos, rece-bidos pela comissão diretorada nossa política local.

Om pedido dos ha-bitaníes do Burgo

DIRIGIDO AO Cel. PREFEITOMUNICIPAL

Os habitantes do arrabal-de «Burgo», nordeste destacidade, zona que tom acom-panhado, mais ou menos, obrilhante desenvolvimento dacidade de Caxias, principal-mente na vigência do fecun-do governo dc V. S., onde os

melhoramentos materiais dacidade, com obras de toda anatureza, são incontáveis, ani-ma-se, na certeza de tomarapreciosa atenção de V. S., avir expor o seguinte:

Ao arrabalde Burgo, que foio maior centro comercial dacidade, em tempos idos, quan-do ainda os primeiros braçosiniciavam a riqueza e agrandeza desta terra, lhesfalta, até hoje, um melhora-mento de inadiável necessi-dade e indispensável á vidamoderna, não só dos centrosmaiores, com dos povoadosou zonas rurais; trata-se daenergia elétrica qne nos for-nece a força eluz.

Algumas pequenas indus-trias e oficinas estão paraser instaladas presentementee varias chácaras são expio-radas, com fins comerciais ouindustriais, por comerciantese industrialistas desta cidade.O governo do Estado adqui-rindo grande aréà de torraspróximo a e^-sa zona, breveiniciará as obras para a futu-ra Estação de Viticultura, ea energia elétrica para assuas necessidades será in-dispensável. Será facilitadomaior conforto a todas ashabitações particulares etudofacilitará para a melhoriadas condições de vida e pro-gresso dos habitantes destazona.

O governo do V. S., cara-terisadp nestes quatro anospor uma perfeita compreen-í-ão das necessidades desteMunicípio, em cujo beneficio,bem o sabemos, tem dispen-sado suas melhores energias,não deixará de atender aes-te justo pedido, autorisando ainstalação de uma linha con-dutora de luz e força, que,partindo da zona Pierucini,possa terminar próximo ápropriedade Dalpian

Trata-se, relativamente, deuma obra de pequeno vulto,é, uma vez realisada, os ha-bitantes do Burgo, por mui-tos motivos, e mais este, re-jubilar-se-ão com o seu Pre-feito e maior administrador.

P. D.Caxias, 1 de Outubro de 1934(Seguem-se 37 assinaturas

de habitantes do Burgo.J

Syndicato de Yitieultores

de NoYa ¥icenzaCAXIAS-R.G.doSul-BRASIL

Assembléa Geral Extraord.Convocação

De ordem do uir. Presiden-te o de acordo com o.s esta-tutos sociais, convoco os as-sociados deste Syndicato, pa-ra a Sessão de AssembléaGeral Extraordinária a reali-zar-se ás 14 horas do dia 11de Outubro de 1984, na sédedo S. Club Vicentino, á ruaJúlio de Castilhos desta loca-lidade.

Fins:—Eleição do DelegadoEleitor—que deve representaresto Syndicato junto ao Tri-bunal de Justiça Eleitoral, naCapital Federal, para a reali-zação das eleições dos repre-sentantes, profissionais, na pri-meira legislatura nacional.

Nova Vicenza, 1. de Outu-bro de 1934.

Ulysses João Castagna.Secretario.

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1 .

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O MOMENTO

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N. 8».¥

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imas Pombas.Do.s destacados prcceres dos aniísfos parísdosadhertíís ao Faríido Republicano LâfeeraB

EM CARTA DIRIGIDA AO Dr. PEDRO VERGARA. SECRE-TARIO GERAL DO P. II. L., DECLARAM-SE INTEG-RÀL.

MENTE SOLIDÁRIOS COM S. EXCIA. O GENERALFLORES DA CUNHA E 0 SEU PARTIDO.

«Illmo. sr. di*. Pedro Verga-ra, d. d< Secretario Ges-al doPartido Republicano Liberal.Porto Alegre.

Militei durante toda a mi-nha-vida no partido federalis-ta, a que sempre estive liga-do, nas horas mais rudes edifíceis da nossa historia po-litica. Hoje, porém, dada atransformação que se operounas tendências e aspiraçõespolíticas da minha pátria,'—não me é possível peimane-cer mais no antigo ponto dovista.

Acontece ainda, que nãotenho mais chefe, pois mortoGaspar Martins e passando osr. Raul Pilla a obedecer áchefia do sr. Borges de Me-deiros que sempre foi um i-

negociata em negociata, com-prometeu não só os princi-pios como o eleitorado dopartido libertador, reduzindo-o a um caudatorio automatado partido republicano.

Hoje, o sr. Baptista Luzar-do conduz ao sr. Borges pelamão, querendo impressionaro indígena, para dar a enten-der que o partido libertadoré que absorveu o partido repu-blic. Mas todos percebem otruque do sr. Borges.. Ele sedeixa conduzir, perfidamente,com a intenção de assaltaro companheiro e deixá-lo sembagagem na primeira curvada estrada.

Não posso, pois, aceitar es-sa tragi-comedia, em que, aolhos vistos, o partido liber-

clero seu programa superioraos do.s outros partidos doEstado e porque em hipótesealguma aceitarei a chefia e-xecravel do sr. Borges deMedeiros, o homem que es-cravizou o nosso povo e im-pediu o" progresso moral ematerial do Rio Grande du-rante um quarto do século.Peço publicar. Cordiais sau-da ções — (a) Dr. Antão As-sis Brasil.»

(Trans. d' «A Federação)

Witrâ-ias e ürmaçSetsVendem-se algumas, paracasa de negocio, por preçosbaratissimos. Trata-se na

Livraria Saldanha.

PREFEITURA MUNICIPALDIRETORIA GERAL DE OBRAS E VIAÇÃO

Concurrencias F»-ULT3lloeis

nimigo da liberdade e das i- tarior e o chefe desse parti-deias progressistas e avança-das do Rio Grande, — nãoposso mais permanecer nomeu antigo partido, nem obe-decer á direção de ura che-fe que tem chefe, sendo estecheie do meu chefe o próprioinimigo das idéias federais.

Nessas condições, queroadherir o partido republicanoliberal que obedece á orien-tação desse grande e incom-parável figura de conduetorde homens que é o generalFlores da Cunha.

As idéias que ele esposa,encarna e defende correspon-dem, admiravelmente.às aspi-rações e tendências actuais donosso povo.

Além do mais, o P. R. L. éo defensor intransigente daordem, ao passo que a frente-única encarna o despeito e opdio que só podem gerar adesordem.

Eu como homem conserva-dor, que pertenço ao comer-cio e á industria, não possoestar ao lado de agitadores.

Por isso peço ao ilustre se-cretario do P. R. L. de trans-mitir ao general Flores daCunha e ao seu partido aminha integral solidariedadepolitica, e de todos os com-panheiros que seguem a mi-nha orientação.

Porto Alegre, 25 de Setem-bro 1934.

Adolpho ICraenter.

«limo. sr. dr. Pedro Verga-ra, d. d. Secretario Geral doP. R. L.

Até 1923 fui um republica

u.n; eslão entrando pela bo-ca (ia velha e venenosa ser-pente de Irapuazinho.

Só lia, pois, uni caminholimp", iluminado e recto, pa-ra iodos o.s cidadão dignosdeste nome: é filiarem-se aoP. R. L'., e obedecer á chefiade Flores da Cunha, é seguiro partido e os homens da or-dem, da paz, do progresso eda honestidade política.

Peço-lhe, pois, de levar aoconhecimento do general Fio-res o propósito que aqui ma-nifesto de filiar-me ao seupartido, de obedecer á suaorientação ideológica e. depôrme á sua disposição para.o que dér e vier.

Reitero, assim, as declara-ções anteriores que já fiz as. ex. sobre este mesmo as-siinto.

Porto Alegre, 24 de setem-bro de lí)34,

Ernesto G. GâehL(Trans. d' «A Federação»,

-O-

ais uma taisi-dade do "Correio

do Povo"Mais uma falsidade divulga-

da pelo «Correio do Povo».E' a que se refere, no tele-grania que publicamos, e quefoi enviado ao dr. Pedro Ver-

no leal o intransigente. Nesse Éfe S^^^S ,do ARano, porém, não tendo çon- [EfefíÒ dr" Antao tle As'

cordado com a absurda 5.af ". -•• —reeleição do sr. Borges de ! % mílIS uma Províl de queMedeiros que se queria per-! espécie é a fidelidade competuar monarquicamente, no f^ ° «Correio» informa seuspoder, violando o espirito republicano da Constituição doBrasil, — abandonei o velhopartido de Julio deCastilhos, o Jorge WaRhingtonda nossa democracia, cujonome e cuja obra o seu su-cessor tanto deslustrou.

Por esses motivos, naquelaépoca me filiei ao partido li-bertador. Aconteceu, também,que o chefe desse partido,

leitores.Eis o telegrama:«Dr. Pedro Vergara—Santo

/\ngelo, 24—Lendo o «Correiodo Povo», de sexta-feira, dia21 do corrente, deparei exta-siado com a noticiada minhaexoneração da Comissão Di-retora do nosso glorioso par-tido intercalada .:¦¦•• ^piosonoticiário sobre pi etc..-.-a e-xitos frenteunistas. Estou e

de transação em transação, j estarei em qualquer terrenode acordo em acordo e de com o P. R. L., porque consi-

Venda de sobraDe ordem do sr. Prefeito

Municipal, Cel. Miguel Mura-toro, levo ao conhecimentodos interessados, que se achaaberta concurrencia publicapara venda de uma sobra de1,34 m de frente por 44 m dèfundo, situada entre os lotes4 è 6 da quadra n. 12 destacidade..',. - .

Os interessados deverão a-presentar suas propostas omenvelopes fechados, até ás 12horas do dia 20 de Outubropv;, na Secretaria do Munici-pio, indicando o preço que o-ferecerrj pela referida sobra.

As 14 horas do mesmo dia20 de Outubro se>á feita aabertura das propostas a:re-sentadas, na presenç.ados in-teressados, e verificada api oposta que melhor preçooferecer o respetivo propo-uente fica obrjgadq ao ime-diato pagamento da impoi tan-cia oferecida, na TesourariaMunicipal, sob pena conside-rar-se excluído da conourren-cia, sendo que, após o paga-mento lhe será expedido ocempetente titulo definitivode propriedade da sobra.

Esta Prefeitura reserva-seo direito de regeitar telas aspropostas no caso de julgai:as sem relação com o valormercantil dos terrenos hazo-na onde está situada a sobra.

Caxias, 5 de Outubro de 5934.Antônio A. de A breu

Eng. Diretor

Construção de tresboeiros na estrada N.Vicenza—Buratti.

De ordem do sr. Cel. Mi-guel Muratore, Prefeito Muni-cipal, levo ao conhecimentode quem interessar possa, quese acha aberta concurrenciapublica para construção detres boeiros em alvenaria depedras a seco na estrada queliga Nova Vicenza ao Buratti.

Cada boeiro terá o co.mpri-mento de 8 metros, com vãointerno de l,00mxl,00, tendo0,60m de espessura nas p:ire-des laterais, è assentará eintodo o seu comprimento so-bre uma sapata de pedras desargeta e coberto com capasde pedra.

As propostas, em envelo-pes fechados, são recebidasna Secretaria do Municipioaté as 17 horas do dia 2o docorrente, devendo constar dasmesmas o preço para a exó-cução dos tres boeiros,- ma-terial c- mão; de obra, e ascondições de pagamento, eprazo p/pagamento.

Os locais onde os boeiros

devem ser construídos serãoindicados aos interessadosque o desejarem pelo sr, Pe-dro Minella, Fiscal rural do2.0 Distrito.

Esta Prefeitura reserva-seo direito de aceitar qualquerdas propostas ou regeital-astodas.

Caxias, 5 de Outubro.de 1934A. A. de Abreu

Eng. Diretor

Movimento de terra àrun 13 de Maio.

De ordem do sr. PrefeitoMunicipal, levo. ao conheci-mento de quem interessarpossa, que se .acha abertaconcurrencia publica para ummovimento, de mais ou menos;2.000 n_3 de terra á rua 1.3de Maio, na quadra compre-endidá entre as ruas Sinimbúe 18 .do Forte, sendo a>terra'exeavadá e transportada a*uma distancia de inais ou-me-nos 200 metrqs.

Os. concurrentes devem a-presentar suas propostas indircando o preço por metro3escavada e transportada eas condições de pagamentobem como o prazo para con-clusão do serviço.

As propostas, em envelopesfechados, são recebidas naSecretaria do Município atéas 17 horas do dia 6 do Ou-tubro pv.

Esta Prefeitura reserva-seo direito de aceitar qualquerdas propostas ou regeital-astodas.

Caxias, 26 de Set. de 1934. .A. A. de Abreu

Eng. Diretor

Reconstrução de pon-tilhão no travessãoDiamantino.

De ordem do sr. PrefeitoMunicipal, Cel. Miguel Mura-

tóre, levo aó conhecimento dequem interessar possa quese acha aberta concurrenciapublica para reconstrução deum pontilhão na colônia n. 38do Travessão Diamantino, comvão de 5,4 m e largura cie4,40m, devendo assentar so-bre 4 vigas de cerno de pi-nho de 0,25x0,30, constando oserviço de:34 tirantes de 4m404 vigas de 0,30x0,25pregosmão de obra1,60 n_3 de alvenaria pjlc-vantamento de 0,40m dos en-çontros. . :. , . ¦ .-,

As propostas, em envelo-pes fechados, deverão indicaro preço para execução^ doserviço e as condições j" depagamento, e serão entregue..na Secretaria do Municipi >até ás 17 horas do dia lá deOutubro-pv.

Esta Prefeitura reserva-se odireito de aceitar qualquerdas propostas ou regeitakistodas.

Caxias, 27 de Set. de 1934A. A. de Abreu

Eng. Diretor

Bhromatismó agudo,durante 6 annos!

Santos (S. Paulo), 16 deMaio ae 1918.

limos. srs. Viuva Silveira &Filho—Rio de Janeiro.

Ha mais de seis annos queeu soífria de rheumatismo a-gudo e tendo recorrido hámuitos médicos e remédioscustosos, sem obter aílivio ciemaneira alguma até que Ja con-selho de um amigo tomei ovosso poderoso depurativ >ELIXIR DE NOGUEIRA, d -Pharm. Chim. João da SilvaSilveira, que depois de usardiversos vidros, me deram a'felicidade de poder trabalhar— e dirigir pessoalmente osmeus negócios.

Por isso a bem de agrade-cer o poder desse grandiosoremédio e a bem da humani-dade que soffre, eu escrevoestas linhas de minha salis-facão, autorizando a VV. SS.de fazer delle o que melhorentender.'

Francisco Luppi[Firma reconhecida].

V.S.tevaGRIPPE?ENFRAQUECEU-SE?

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O MOMENTO

Partido Mínimo - Programa Mínimo...N. 85

A frente única, afinal,resolveu ter programa. Ecomo não pôde ter umgrande programa umpartido que è minimo navida de uma população,optou por um programatambém minimo. Não épassível de censura, an-tes de louvor, a preferemcia da insignificante cor-rente politica do Estado.

Ao menos nisto mostrahorror ao ridículo. Figu-rem que contrasenso siela adotasse um progra-ma com um numero maiselevado de itens do quepossue de eleitores nassuas fileiras! Andou comjuizo. Partido minimo —programa minimo. Equi-librou...

Minimo embora, esseprograma teve a virtudede fazer uma revelaçãoimportante: a frente uni-ca é contraria ás emen-das religiosas. Antes as-sim. Francamente: não e-ra curial o que acorremte bifronte vinha fazendocom os católicos do RioGrande — indibrando-os.Agora, ao menos, os ca-tolicos sabem em quemhão de votar, a 14 deju-lho próximo.

E daqui enviamos aosr. Adroaldo Mesquita osnossos efusivos parabéns

pelo desassombro da a-titude.

O programa minimo a-cena para o funcionalismocom umas vagas e inde-terminadas generosidades.Promessas do sr. Borgesde Medeiros, conhece-asde sobra o funcionalismoestadual. Durante 25 an-nos foi cumulado de rrierVcês por aquele seu gran-de protetor. Foram semconta as graças que eledespejou sobre a cabeçados seus auxiliares quan-do detinha, entre as suasmãos sabidamente dadi-vosas, a respectiva cor-nucopia...

Apenas — todas as jus-tas melhorias que os ser-vidores do Estado des-frutam hoje, foram obti-das durante o governosilencioso do preclaro ge-neral Flores da Cunha,que tudo fez sem alardese sem alegar proteçõesao funcionalismo. Tudofez — inclusive o Institu-to de Prevideneia — con-ciente de que praticavaum ato de justiça comos seus auxiliares.

** .

O capitulo referente aooperariado — é um en-godo e uma exploração.

Havemos de recordar,

aqui, alguns benefíciosfeitos pelo sr. Borges deMedeiros, durante os 25anos que ele não querlembrar, ao operariado...

Veremos, então ...Jornal da Manhã

Aderiu ao P.R. Liberal

Triumpho completo sobre syphilisComo um exemplo e conselho aos que so-

frem de moléstias de origem syphilitica, de-claro, da melhor vontade que padecendo deum modo horrível, mais de dois annos, de ul-coras rebeldes numa perna, curtindo dores a-trozes na cabeça, no corpo, principalmente nasjuntas, já desilludidas de tratamentos medi-cos, cançada de depurativos, comecei a usaro afamado GALENOGAL, e com grande ad-miração minha e dos que conheciam meu estado deplorável, fiquei radicalmente boa, comtreze vidros, como poderá verificar pelas pho-tographias que lhe mando. Só me resta dizer-lhe que não encontro palavras para demons-trar-lhe a minha gratidão, pedindolhe a bemda humanidade, para publicar esta. — Pelo-tas, Avenida 20 de Setembro, 67.

Mais uma adesão ao Parti-do R. Liberal temos hojea juntar à já interminávellista de novos companheiros,que dia a dia ingressam emnosso Partido, disiludidos daFrente-Unica.

O sr. Mariano Pedroso deMorais, revolucionário de 1923c 20, enviou á Comissão Di-retora local a seguinte carta:

«limo. sr. coronel MiguelMuratore e demais membrosda Comissão Diretora do P.R. L., de4e municipio.

E'-me grato comunicar-vosque nesta data, perante o dr.Olmiro de Azevedo, Sub-Che-fe de Policia desta Região, emeu amigo, dei expontânea-mente a minha adesão aoPartido Republicano Liberal,dirigido pelo eminente Gene-ral Flores da Cunha, a quemacabo de telegrafar comuni-cando-lhe e justificando omeu procedimento.

Cumpro, pois o cbver depor-me á vossa inteira dis-posição, para pugnar, dentrodas minhas forças, pela vito-ria da nossa causa.

Um dos imperativos destaminha condueta resulta dofacto de vêr á frente da opo-siçã. do Rio Grande o sr.Borges de Medeiros, homema quem combati, sempre, dearmas na mão, por julga-lonefasto ao progresso, á or-dem. e à liberdade do nossoquerido Estado.

Sinto-me bem com a minhaconciencia e honro com omeu procedimento o passadoda minha gente e a memóriados meus companheiros quetombaram na luta. sacrifican-do a própria vida, contra o

"Valioso -A_ool_tiii____Lento

Dentre os numerosos preparados que vieram a luzno decorrer destes 15 anos para curar tosse, bem poucosMEL,0flUAac0OE Actita"-0

raP'd° C°m° PE'T0RAL DEE' um preparado puramente vegetal, não contémdrogas perigosas e irritantes, por isso é sempre preferi-do por creanças, moços e velhos para combater com ra-

pidez a ..sse Kri|>al, con .tlpaçuo, bronehitc, coqueluche, rou-qiii<li.o. Iradi-ltc, ciUhurro, etc.Com a primeira colher de PEITORAL DE MEL*CUACO E AGRIaO, o doente sente um alivio immediatoNumerosos médicos e pharmaceuticos por meio decartas repassadas de bondosos conceitos, exaltam as cu-ras obtidas com o PEITORAL DE MEL, GUACO E A-GR1ÃO».Não publicamos attestados.

sempre combati ditadura e po-litica nefasta Borges de Medei-ros. Hoje que o vejo a Chefiar

que esta suspensão venho o-casionar a paralisação dequalquer serviço em estabe-frente Única, lastimando meus jlecimentos industriais, canticompanheiros reneguem seu

passado, submetendo-se decorpo e alma ao homem queinfelicitou Rio Grande, nãotenho mais duvidas cm por-me disposição V. Excia., in-

nas, etc, que não tenham orespetivo reservatório.

Os reservatórios devem serconstruídos de material impu-trescivel (alvenaria), cimentoarmado, ferro galvanizado,gressando Partido Republica- etc. e a juizo desta Diretoriano Liberal, pronto a traba- devem ser calculados para o«lhar qualquer terreno pela; esforços a que será solicitadocausa nosso Estado e Repu-!Devem ler a parte inferior a-blica. Com os meus fracos

prestimos, apresento minhasrespeitosas saudações. Maria-uo Pedroso de Moraes.»

DIRETORIA GERAL DE

OBRAS E VIAÇÃO

CIRCULAI.Sendo constantes ns recla-

mações que se fazem a estaDiretoria, de cada vez que éfechada a rede ou parte darede hidráulica para re-paros ou ligações, torno, deordem superior, do conheci-mento de todos os proprieta-rios e consumidores de águada hidráulica municipal que,em tempo oportuno, esta ad-ministração convidou, por e-ditais, todos os consumidoresa munirem-se de um depositocie água, suficiente paia ali-mentar seu consumo durante

funilada, com tampão de es-vasiamento, facilitando a saí-da das matérias em suspen-são na água que se deposita-rem. Devem mais ser prova-dos de uma torneira de cen-tro no cano alimentar a vai-vula reguladora da entradad'água e de latrão para evitartransbordamento pormàu fun-cionamento da válvula.

Esta Diretoria fornecerá, aquem solicitar, o consumo mé-dio mensal dos dois últimosanos para. nesta base, estabe-lecer a capacidade mínimapermitida, para instalações do-miciliares de 900 liiros.

A. A.Eng

de AbreuDiretor

- ¦ • 12 horas, no minimo, afim deliomem que nao se pejou em evitar as faltas decorrentesensangüentar o Rio Grande dessas interrupçõese os nossos lares, em favorde seus sentimentos mesqui-nhos de ambição e do mando.

Aguardando as vossas or-dens, subscrevo-me com a-preço e estima,—Mariano Pe-d roso de Moraes.»

O MAIOR DESTRUIDOR DA SYPHILIS ERHEUMATISMO

O O-alexiog-al foi o ÚNICO classifi-cado na exposição do Centenário como pre-parado scientifico — merecendo tam-bem o mais elevado prêmio — IDiplorciacie _E_Coxira — distinção essa raramenteconcedida e que nenhum outro depurativoconseguiu.

Encontra-se em todas as pharmacias doBrasil e das Republicas sul-americanas.

Approv. Dnp. Nac. Saude Publ. — N. 19 Ap.

Chamo, pois, a atenção detodos os consumidorc-s, e cmparticular dos consumidoresde água para fins industriais,para a conveniência do re-i-ervatorio que garanta o su-primento ás suas instalações.

Diante do exposto, nenhu-ma responsabilidade cabe aesta Prefeitura quando,por motivo de concertos, etc,fechar a rede ou parte daGaribaldi, Bentojrêde hidráulica, suspendendo

e Nova Trento, | o fornecimento de água e

«General Flores da Cunha.Palácio—Palegre.

Libertador desde 192H, co-mo comandante coluna revo-Iucionaria que ocupou, naqueIa época,Gonçalves

BOA SAUDE... VIDA LONGA...OB TEM-SE USANDO O

BI_X£IR BBSSOeTOIBAEmpregado com real T«n-tagem nos seguintes casos:

Rbeumatismo en geral, Richitismo, Manchasii pelle, Espinhas Uleeras, Gonorrhéas,

Oirthrcs, Flstulas, S_rius.

BFxiixihSJ

pEfèl

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PODEROSOANTI .SVHHiUTIÇOAN TI- KHl I.MATICOANTI - tSCK.PHULOSO

Gi.ANDE DEPUHATiVO DO SANGUE

EDITALO Dr. Enrico de

Souza Leão Lustoza,Juiz Eleitoral da 11.»zona, com sede emCaxias, Estado do RioGrande do Sul.

Faz saber a quem in-teressar possa que tendoverificado que o cidadãoAlfredo Lorenzini, não óeleitor, resolveu destitui-lo da função de primeirosuplente da 22.a seçãoeleitoral deste municipio(Rio Buraty, 2.o distrito),e resolveu nomear parasubstituil-o o cidadão e-leitor Luiz Forest.

Dado e passado nestacidade de Caxias, aos 27de Setembro de 1934. EuCarlos D. Vianna, eu quedactylographei.

Eurico de Souza LeãoLustoza, Juiz Eleitoral da11.a zona.

àQUEREIS VENDER?ANUNCIE NESTE

JORNAL

A

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O MOMENTO

O MOMENTO POLÍTICON. 85

. r

V

0 dr. Moysés Yelinho realiza I rilhante confereneiaNUMEROSO AUDITÓRIO OUVE E APLAUDE O CONFE-RENCISTA E OUTROS ORADORES

Caxias Sócia

Estava anunciada para quin-ta-feira, á noile, a conferen-cia politica que o talentosoescritor e advogado, dr. Moy-sés Velinho, que é um doscandidatos do Partido Repu-blicano Liberal á assembléiaconstituinte estadual, deviarealizar no Teatro Centraldesta cidade.

Pouco antes da hora anun-ciada, começa a chover tor-reneia Imente.

Serenada, porém, a chuva,quasi á hora aprazada, come-ça o povo a aglomerar-se nasimediações do Teatro Central,demonstrando, assim, interes-se em ouvir o orador.

Decidiu-se, assim, não trans-ferir a palestra, que efetiva-mente teve inicio às 20 emeia horas.

A essa hora,estando o vas-to recinto do Teatro Centralrepleto de cavalheiros, ven-do-se também muitas senho-ras e senhoritas, o palco da-quela casa de diversões foiocupado pelos membros dacaravana liberal, tendo á fren-te o coronel Miguel Muratoree vendo-se ainda outras pes-soas de destaque na politicalocal.

Abrindo a sessão, o coro-nel Miguel Muratore deu apalavra ao dr. Demetrio Nie-derauer, que proferiu ura en-tusiastico discurso, tendo fa-lado em nome da comissãodiretora do Partido Republi-cario Liberal de Caxias.

Disse, de inicio, o orador,que sabia não precisar o e-leitorado de Caxias de maisincitamentos para que cum-pra concientemente o seu de-ver civico a 14 do corrente.

Vinha, por isso, juntamen-te com os demais oradores,prestar numa homenagem aCaxias, e agradecer, em no-me da comissão diretora lo-cal, o apoio que do mesmoeleitorado tem recebido e es-pera continuar a merecer.

Depois de outras palavrasde analise e confronto entreas personalidades de Floresda Cunha e Borges de Me-dei ros, para mostrar que oconfronto nem é possivel,termina sob prolongada salvade palmas do numeroso au-ditorio.

conduzia, aliás, com rara ha-bilidade e patriotismo, indu-ziram São Paulo a levantar-se em armas, contra o Gover-uo Federal, sob o pretextoda constitucionalisação, como objetivo oculto, entretanto,de colocarem no governo ai-guem que os escutasse.

Classifica-os, por isso, deportadores de uma vaidademórbida, tão acentuada, queeles não hesitaram em provo-caro derramamento do sanguepatrício e irmão, única e ex-clusivãmente, para satisfaçãode seu orgulho pessoal.Diz, provocando aplausosdo auditório, que Borges ePilla não se poderão defron-trai* sem sentirem intima re-pulsa, um pelo outro, não re-presentando a sua aliança deagora outra cousa do que umartificio com que cada qualvisa: alçar-se no poder, nãopara fazer a felicidade do seuEstado, mas para, jogandocom ele, vingar-se do sr. Ge-túlio Vargas.

E pergunta si o Rio Grandeestará disposto a acompanha-los nessa manobra indecorosa.

Nesse tom, e vasando, sem-prem seus argumentos emlinguagem elevada e béii.si-ma fôrma literária, o dr. Moy-sés conseguiu empolgar o au-ditorio, durante 20 minutos,terminando sob estrepitososaplausos e recebendo abra-ços e felicitações das pessoasque o acompanhavam no palco.

Oscar PedrosoRegressou da capital do

Estado o 6r. Oscar Pedrosoda Silveira, secretario da Pre-feitura Municipal, que ali fô-ra a serviço de seu cargo.

Br- Paulo BaetaRegressou de Porto Alegre

o dr. Paulo Rache, membroda comissão do P. R. Liberale candidato do mesmo Parti-do á assembléia constituinteestadual.

Abramo EberloRegressou da capital do

Estado o sr. major AbramoEberle, alto industrialista des-ta praça e membro da co-missão diretora do P. R. Li-beral deste municipio.

Contigo MeneguzziAfim de assistir ao grandecongresso encaristico inter-

nacionai, que se instalará emBuenos Ayres, a 14 do cor-rente, embarcou para aquelacapital o sr. conego D. JoãoMeneguzzi, vigário desta cidade.

0 Baile «Yienense'das Falenas

Falam mais dois oradoresSerenados os aplausos ao

dr. Moysés, tomou a palavrao acadêmico Rubem Medeiros,que proferiu um breve masincisivo discurso, dirigidoprincipalmente á mocidade

A Conferência do dr. MaysèsA seguir, o dr, Moysés Ve-

linho inicia a sua conferen-cia, que é ouvida com gian-de interesse e seguidamenteinterrompida por «apoiados»e «muito bem».

O orador estuda e analisaa atitude da antiga Frente-Única riograndense, em facedo Governo Federal, demons-trando, com argumentos irre-futaveis, que a origem dadissenção dos dois chefes,Borges e Pilla, com o gover-no federal, foi ter o sr. Ge-túlio Vargas, num alto des-cortino do panorama políticonacional, de apôs a vitoriapelas armas, procurando go-vernar livre da tutela dos doischefes gaúchos.

Mostra, então, como essesdois chefes, somente por nãoserem mais consultados pelosr. Getulio Vargas, que se

caxienseO auditório, já visivelmente

entusiasmo, aplaudiu caloro-samente o orador

Foi dada, então, a palavraao sr. Israel Rangel, também,como o orador que o prece-deu, membro da caravana li-beral.

O sr. Rangel, de palavrafácil o bem inspirada, empol-ga o auditório, que o inter-rompo com palmas, a todoinstante.

O orador, que não preten-dia fazer um discurso, falaentretanto durante vários mi-nutos, criticando a atitude dafrente única, para mostrar assuas incoerências, os seus er-ros e falta de patriotismo, emcontraste com a orientação e-levada e patriótica do Parti-do Republicano Liberal che-fiado por Flores da Cunha.Após uma serie de irres-

pondiveis argumentos, comque provoca aplausos, termi-na a sua vibrante oração e éabraçado e felicitado.

O coronel Miguel Muratoredeclara, então, encenada asessão e agradece o compa-recimentos de todos.

Testa d __ Santa Teresa

Continuam os preparativospara essa festa, a realizar-seno dio 15 do corrente.

Como se esperava, es-teve brilhantíssimo obai-ie «yienensé» organisadopela seleta agremiação lo-cal «Grupo Falenas» erealizado sábado ultimo,no Clube Juvenil.

Os sócios do Grupo a-presentarâm-se com tra-je uniforme, que produ-ziu excelente efeito.

Também se destacou o«Grupo dos casados», quecontribuiu para dar real-ce á festa.

A concurrencia de eon-vidados foi numerosa,tendo estado á disposi-cão dos convivas um ar-tistico bar tipo vienense,onde eram servidos cho-pes e alguns comestíveis.

As danças iniciaram-secom uma linda polònêse,ao som da valsa Vienense,tendo prosseguido anima-das, até tardias horas.

A' meia noite, proce-deu-se a eleição da novarainha, tendo sido eleitaa senhorita Carmem Sta-hlecker, que recebeu porisso muitas felicitações.

Foi também eleita ano-va diretoria das Falenas,que ficou assim consti-tuida: Presidenta — se-nhorinha Nair De Carli;vice — senhorita Zita Pa-rolini Pezzi; secretaria—senhorita Army Oliva; 1.»tesoureira — senhoritaLygia Lunardi; 2.a tesou-reira — senhorita NormaPlentz.

Comissão auxiliar: jo-vens Emilio P. Pezzi, Da-rio Ungaretti, ArmindoDe Carli e Reinaldo DeCarli.

Ao Eleitorado de CaxiasO Partido Republicano Liberal, por sua Comissão Di-retora neste Município, abaixo assinada, convida o eleitora-do caxiense a comparecer, no dia 14 do corrente, ás urnaseleitorais, afim de, em pleito livre e que ficará memorávelna historia da evolução politica e social do nosso Estadosufragar os nomes dos eminentes cidadãos que compõemas chapas para Deputados Federais e para Deputados áAssembléia Constituinte Estadual, que deverá elaborar a leiorgânica do Estado do Rio Grande do Sul.Para ambas as chapas, o Partido Liberal escolheu deacordo corn os representantes das forças sociai« e políticascie todo o Estado, patrícios ilustres, tirados das varias oro-tissoes e que por suas qualidades intelectuais e competen-cia técnica possam inspirar, como de facto inspiram, intéi-teira confiança para a obra que vão realizarVotar com o Partido Republicano Liberai é contribuirpara a continuação do progresso e paz do Rio Grande soba égide valiosa do governo supremo da Republica. Votar contra o Partido Republicano Liberal é contri-buir para estabelecer a anarquia c a intranqüilidade admi-

federai™ d° G afasta"10 Politicamcnte da comunhão

A Comissão espera, por isso, que o eleitorado de Ca-xias mais de uma vez proceda com patriotismo e saibac etender os seus próprios interesses, votando com o Parti-do que assegurará a paz e o progresso do Estado, em n'e-na comunhão de vistas e de ação com o governo da Re-jJ| U. U H v o *

Caxias, 4 de Outubro de 1934.A COMISSÃO DIRETORA DO P.R.L.

Cel. Miguel Muratore, PresidenteDr. Adolfo Pena, SecretarioDr, Olmiro de AzevedoDr. Paulo RacheDr. Luiz FaccioliAbramo EberleArmando Luiz Antunes.

Banco Nacional do Co-mercio

Recebemos o balancete ge-ral deste estabelecimento, damatriz e sucursais, encerra-do em 31 de agosto p. findo,pelo qual se verifica que o mo-vimento geral do ativo o passivo montou a 596.985:2148230

-O-

JUIZO DE CASAMENTOS

EDITAL N.o 779Carlos Dutra Vianna, ofi-ciai do Registro Civil deCasamentos da cidadede Caxias.

Faz publico que pelo carto-rio de Casamentos habilitam-se para casar: Cirilo M. Bampie Olinda Perotoni; solt. nat.deste Estado, aqui residentes.

Quem conhecer impedimen-tos acuse-o no cartório á ruaMoreira Cezar 784.

Em 27i9l934.O Oficial

Carlos Dutra Vianna

Escola ComplementarSão José

-A direção da Escola Com-plementar «São José», destacidade, recebeu do sr. Dire-tor Geral da Instrução o se-guinte oficio:

«Transmito-vos, com prazer,a boa impressão causada pe-los exames parciais recentesao inspetor escolar sr. JoãoCuritibano Rocha, o qual, emseu relatório, refere-se elogio-samente ás instalações do es-tabelecimento, ao preparo doprofessorado e ao rigor dasprovas. Saude e fraternidade.

»Augusto M. Carvalho. DiretorGeral.

-O-

EDITAL N.o 780Carlos Dutra Vianna. ofi-ciai do Registro Civilde Casamentos da cida-de de Caxias.

Faz publico que pelo car-torio de Casamentos habili-tara-se para casar: Júlio Mau-ricio Sassi e Concilia Atti; sol-teiros, naturaes deste Estado,aqui residentes.

Quem conhecer impedimen-tos acuse-o no Cartório á ruaMoreira Cezar, 784.

Em 27191934.O Oficial:

Carlos Dutra Vianna.

SEMANA DA RAÇA

Em obediência ás detemii-nações do Governo do Esta-do, terão inicio na próximasegunda-feira, 8 do corrente,as praticas escolares da se-mana da Raça.

As sessões serão publicase as direções das escolas lo-cais desejam o compareci-mento de todos quantosgseinteressam pelos assuntos re-ferentes ao ensino.

Tais praticas se prolongarãode 8 a 11 do corrente, nassedes de cada escola, reali-zando-se atos de conjunto, aoar livre, no dia 21.

Central e __A_.poloDomingo

FILHA DE MARIA

O-viaran^AHN YIHCKERS

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_?*u."bllca-se ás çj__Lli_tas-feiras

DFoll-a cie m.aior clrcmlaçao neste lv<C*u._iIcipIo

i*Íò conclusões ÚQ

0 discurso pronunciado pelo exmo sr. Arcebispo Metropolitano naCripta da Catedral, por ocassião do seu 26 aniversário de sagração, im-pressionou pelo tom incisivo e pela decisão e clareza dos conceitos emi-tidos.

Dele resultam conclusões que se impõem, sobretudo aos católicosseus jurisdicionados, mas também a qualquer pessoa sensata e bem in-tencionada.

rt *V ****

Resalta, em primeiro logar, a atitude por s. ex. mantida em todas asdissensões e lutas políticas que perturbaram o Rio Grande do Sul e oBrasil, desde ha mais de um decênio: sempre empenhado em conciliaros ânimos, em evitar a luta fráticida, em restabelecer a paz.

Os factos por s. ex. enumerados falam uma linguagem eloqüente,convincente: manteve-se, sem quebra de linha, na sua posição de bispo,acima das competições partidários.

Si Si Si

Este passado vale pela mais lidima credencial para o presente: e asegunda conclusão è que nosso Arcebispo deve ser escutado também nopresente, quando faz ouvir a sua palavra de paz e de ordem, quando lan-ça o seu apelo em prol da reconciliação.

Sim, os fieis desta arquidiocese teem obrigação de atenderem á in-timação que ele faz, clamando-lhes, com a autoridade de que está revés-tido, em nome de Deus: «0 primeiro imperativo é o respeito ás legitmasiautoridades. Legitima é a autoridade do sr. Presidente da Republica; legi-é o poder do eminentelnte rventor no Estado...

«Seria um pecado contra a lei de Deus e um delito de lesa-patr*iaqualquer tentativa de subversão violenta da ordem geral.»Portanto, os católicos que quizerem sel-o deveras, não podem fazercoro aos que pregam a desordem c a revolta e, muito menos, podemconstituir-se pregoeiros de tal delito.

S. ex. ha de ser também atendido quando suplica: «Em nome de Deuseu peço que se deponham os sentimentos de rancor e de ódio. Somos irmãos!»

E' o mandamento máximo dc Jesus — de amar o próximo como a simesmo — que a isto obriga.

A terceira conclusão é que o Partido Liberal se recomenda á con-fiança dos catolcos.

O exmo. sr. Arcebispo proclama que os católicos não podem deixarde reconhecer os merecimentos do Interventor Federal em nosso Estadoquanto á inclusão dos postuiad-.rs religiosos na nova Carta Magna do paiz.

Não deixando de reconhecer a colaboração também por outros pres-tada, expõe e assevera o que segue:

«Sua excelência—diz —creou no Brasil o primeiro partido que in-corporasse, em seu programa, as reinvidicações católicas. E, ha poucosdias, o mesmo partido expre-sou o desejo formal de que os seus deputa-dos á Constituinte Estadual e á primeira legislatura federal defendam,com zelo, as referidas reinvhuiicações, evitando que na aplicação e naregulamentação venham a sofrer quaisquer restrições.»

«A lealdade me obriga ainda — acrescenta D. João Becker — a

salientar que o emérito general Interventor contribuiu, com o seu pres-tigio e boa vontade, de modo peculiar, para que nenhum dos postuladosnaufragasse nas discussões da Constituinte.«Isto afirmo com plena sciencia, pois mais de uma vez foi solicita-

da minha interferência junto a ele, pela máxima dignidade eclesiásticado paiz e pelo supremo representante da Liga Eleitoral Católica do Bra-sil, no sentido de amparar a causa católica em certas emergências difi-ceis. Sua excelência nunca se negou, quer estivesse aqui quer no Riode Janeiro; mas sempre cooperou com solicitude e eficácia.»

Nenhum sacerdote ou católico sincero pode pôr em duvida tais me-ritos, enunciados publica e solenemente e documentados pelos factos.

Enfim, uma ultima conclusão.Nosso amado Arcebispo se viu obrigado á desmentir uma torpe ca-

lunia.Ha gente que se deixa turbar pela paixão, a ponto de interpretar

mal e de fazer cabedal de injuria do mesmo bem que vê praticar.O general Interventor neste Estado, empenhado em que no Centena-

rio Farroupilha, se possa fazer a inauguração ao menos provisória danova Catedral e vendo que tal era impossível mediante as esmolas dosfieis facultou ás obras da Catedral um vultuoso empréstimo dum banco aser amorüsado pelas subvenções que vêem sendo concedidas desde o go-verno do sr. Getulio Vargas na presidência estadual.

Pois houve adversários políticos do Interventor que deste ato de gene-rosidade patriótica fizeram argumento para lançar sobre o nosso ArcebispoMetropolitano a injuria de que ele se havia vendido! Isto foi dito mais du-ma vez em publico, em uma cidade sulina e, recentemente, nesta capital,deante dos proceres máximos ciuma agremiação politica, não só sem pro-testos de católicos praticantes presentes, mas até com aplausos. Em todoo caso, quem cala consente.

Em vista disto se compreende o veemente desmentido do nosso ^ntis-tite: «Mas as generosas subvenções, que o Governo do Estado ofereceu pa-ra as obras da Catedial, nunca tiveram por fim algum convênio politico ouqualquer compromisso. Não houve contrato de compra nem de* venda. Aafirmação do contrario é uma falsidade grosseira, uma grave injustiça, umavil injuria. Esta declaração não teme contradita: Invoco o testemunho deDeus. EDcus velará pela sua Catedral.»

Qual a conclusão que se impõe em face disto? Ela é obvia: o logar dosacerdote leal e respeitador c do católico sincero não pódé*ser entre oscaluniadores do nosso Arcebispo Metropolitano, entre aqueles que lheati-ram a vil injuria de se ter vendido e os que aplaudem e endossam tãograve injustiça e grosseira falsidade. Os sacerdotes e os católicos, acimade quaisquer cogitações ou interesses, teem o estricto, o sagrado deverde estarem ao lado do seu Arcebispo; não podem fazer coro e formar aolado dos vilipendiadores daquele que pelo Espirito Santo foi posto parareger esta parcela da Egreja de Deus.

(D'A FEDERAÇÃO)Eflonsenhosf §-&&_%

Situação in susteeíaveO milagre da frente única,

no Rio Grande do Sul, em1929, só foi possível pelo fa-to do dr. Borges de Medei-ros não se encontiar á testado Governo.

Jamais o velho chefe repu-blicano teria conseguido con-graçar a famiiia riogranden-se, porque entre ele e a o-posição se erguia o protestosolene de centenas de viti-mas, imoladas em holocaustoé sua prepotência, á sua au-tocracia, ao seu horror á li-berdade do povo.

Borges de Medeiros, para ooposicionismo gaúcha, foisempre o ditador violento, opolitico vingativo, o adminis-trador injusto.

E, nessas condições, jamaisos libertadores lhe poderiamaceitar aliança, ainda quefosse para sustentar a maiorcampanha civica de todos ostempos.

Não se compreende, pois,que hoje os maiorais do P.Libertador, o intransigente fe-deraüsta Raul Pilla e o ilus-trado democrata Assis Brasil,estejam identificados com odr. Borges de Medeiros, paralevar ao povo do Rio Grande

do Sul, a palavra da liberda-de, a doutrina da salvação.

Desde logo se evidencia,que a aliança daqueles che-fes políticos, não ò um resul-tado de uma convergência deideais, um produto de prin-cipios doutrinários de identi-cas finalidades, mas sim, a-penas a aliança de homensque a desgraça aproximou, eque, nesta aproximação, dei-xando de lado a doutrina po-litica de sua anterior evan-gelização, resolveram conju-rar seus esforços, congregai*suas energias numa campa-nha dc ódio e de extermínio,contra aquele que os havialevado ao ostracismo, porqueacima do sentimento afetivo,soubera colocar os altos einvioláveis interesses da co-munidade

E' um dos oradores frente-unistas e Infelizmente um ex-poente da mocidade, — quenão se peja de, em publico, a-firmar que a coligação dospartidos riograndenses nãopossúe programa, que podemesmo dispensar os enuncia-dos politicos, porque republi-canos e libertado-*"0 >|vem

hoje ii-manados pelo senti-mento.

Verdadeira e mesquinhamistificação, com que se pre-tende caçar os votos do po-vo, como se o povo de nos-sos tempos fosse o povo i-gnorante e f.ubmisso de anta-nho, e contra cuja soberania,o dr. João Neves não teveduvida em apregoar a neces-sidadeda ditadurascientifica.

Felizmente, no seio do Par-tido Libertador, onde luziramtantas figuras eminentes depoliticos de merecimento,ainda ha homens de concien-cia e que não trepudiam so-bre o pasmado.

Ainda ha homens que teemdiante dos olhos, o espetáculoterrificanto dos horrores doborgismo, sob cuja sanha des-truidora tombaram tantas vi-das preciosas e sob cujo domi-nio correram tantos rios desangue.

Coube ao deputado Minua-no de Moura dar o grito dealarma.

Da mais alta tribuna daRepublica, o representante o-posicionista rasgou o véo dahipocrisia com que, perante opublico, se apresentavam osnossos adversários, e conda-mou seus correligionários ase desviarem do caminho tra-çado, a se livrarem da tutela

do dr. Borges de Medeiros,porque em companhia do tra-diciònàl e déspota inimigo daoposição dos pampas, esta sòpoderia manchar de lama, asgloriosas paginas do passado,escritas com sangue de he-roL-, nos mais memoráveisentr-everos, nas mais encar-niçadas batalhas, nas mais sa-crificadas das guerras.

Inútil, pois que a frente u-nica teime em ditar diretri-zes políticas ao povo do RioGrande.

O desenrolar dos aconteci-mentos veiu deixar bem pa-tente, que a Frente Únicanão tem finalidades políticas,e que sua única preocupaçãoè manter um estado e exal-tação de ânimos, manter umestado de confusão, para.como apoio dos ingênuos, fazerum assalto ás posições.

B-ldados esforços, porém.Contra esse punhado de

fanáticos e de ambiciosos, seergue a muralha civica dosrepublicanos liberais, que, aomando glorioso de Flores daCunha, estadista insustituivele politico inconfundível, sa-berão manter intatas as tra-diçõcR farroupilhas e guiar oRio Grande do Sul, aos altosdestinos de suas inexgotaveispossibilidades econômicas.

João Frainer

EDITALO Di*. Eurico de

Souza Leão Lustoza,Juiz Eleitoral cia ll.azona, com sede omCaxias, Estado do RioGrande do Sul.

Faz publico que, a 2l.asecção eleitoral, com sedeem Nova Vicenza, 2.°dis-trito desto Municipio, fun-cionará no Grupo Escolardo Estado, e não na Es-cola Municipal, como porengano constou.

Faz publica> também,que, o 1." suplente da 19secção da sede do2.odis-trito em Nova Vicenza, ocidadão Arcangelo Mile-si, que passou a residirnesta cidade, foi substi-tuido pelo cidadão JoãoFarinon.

Dado e pas- a nesta ci-dade de Caxias, aos 2dias de Outubro de 1934.Eu, Carlos D. Vianna, es-crivão que datilografei.Eurico de S. L. Lustoza

Juiz Eleitoral da ll.a zona