O Mandado de Segurança No Processo Penal

Embed Size (px)

Citation preview

9

O MANDADO DE SEGURANA NO PROCESSO PENAL

Autor: Rafael Andrade Linke*Orientador: Fbio Alexandre Sombrio**

RESUMO

Palavras chaves:ABSTRACT

Key words:

1. INTRODUO

2. CONCEITO

O art. 5 inciso LXIX da Constituio Federal diz que:conceder-se- mandado de segurana para proteger direito lquido e certo, no amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsvel pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no exerccio de atribuies do Poder Pblico.Est elencado no rol dos direitos e garantias fundamentais concedidos a todos. Trata-se de um remdio constitucional e est disciplinado na Lei n. 12.016 de 7 de agosto de 2009.Para o constitucionalista Jos Afonso da Silva o mandado de segurana um remdio constitucional, com natureza de ao civil, posto disposio de titulares de direito lquido e certo, lesado ou ameaado de leso, por ato ou omisso de autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no exerccio de atribuies do Poder Pblico.[footnoteRef:1] [1: DA SILVA, Jos Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 19. ed. So Paulo. Malheiros. 2001. p. 450.]

Conforme explicao de Gilmar Mendes, Inocncio Coelho e Paulo Gonet Branco:

Pela prpria definio constitucional, o mandado de segurana tem utilizao ampla, abrangente de todo e qualquer direito subjetivo pblico sem proteo especfica, desde que se logre caracterizar a liquidez e certeza do direito, materializada na inquestionabilidade de sua existncia, na precisa definio de sua extenso e aptido para ser exercido no momento da impetrao. [footnoteRef:2] [2: MENDES, Gilmar Ferreira. COELHO, Inocncio Mrtires. BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 4. ed. So Paulo. Saraiva. p. 578. ]

Em suma, para que seja cabvel o mandado de segurana necessrio que se trate de leso ou ameaa de leso a direito lquido e certo advindo de ato ou omisso praticado por autoridade publica ou agente de pessoa jurdica que esteja exercendo atribuies emanadas do Poder pblico, desde que, no amparado por Habeas Corpus ou Habeas Data. Guilherme de Souza Nucci lhe atribui a caracterstica de autntica garantia humana fundamental, voltada a sustentar os direitos individuais contra abusos do Estado. [footnoteRef:3] [3: NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execuo Penal. 2. ed. So Paulo. RT. 2006. p. 917.]

Conforme a doutrina de Eugenio Pacelli, o mandado de segurana:

Trata-se de ao, e no de recurso. E de ao mandamental, no sentido de ser destinada obteno de ordem judicial dirigida autoridade apontada como coatora (ou violadora do alegado direito), por meio da qual se exige dessa autoridade determinado comportamento, comissivo ou omissivo, suficiente a fazer cessar a ilegalidade. [footnoteRef:4] [4: OLIVEIRA, Eugenio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 15 ed. Rio de Janeiro. Lumen Juris. 2011. p. 912.]

2.1 DIREITO LQUIDO E CERTO

Trata-se de um direito incontestvel que no necessita de processo de dilao probatria para que seja admitido. Deve ser formalmente comprovado para que possa dar admissibilidade ao mandado de segurana. Conforme assevera Nucci:

Impetra-se mandado de segurana para assegurar o respeito a direito lquido e certo, aquele que pode ser comprovado, de plano, pela apresentao de documentos, no comportando valorao subjetiva de provas. Alis, inadmissvel a dilao probatria, ouvindo-se, por exemplo, testemunhas.Nada impede, no entanto, a requisio de algum documento importante ou a juntada, pelo prprio impetrante, aps o oferecimento da inicial. [footnoteRef:5] [5: NUCCI, Guilherme de Souza. Op. cit., p. 920.]

No mesmo sentido, Tourinho Filho explica que: O mandado de segurana ampara o direito lquido e certo. Como tal se entende aquele que se comprova de plano, mesmo por que no se admite instruo probatria [...]. [footnoteRef:6] [6: TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. Vol. 4. 32. ed. So Paulo. Saraiva. 2010. p. 684.]

3. NATUREZA JURDICA

Cabe doutrina estabelecer a natureza jurdica do mandado de segurana. Sendo assim, de praxe que existam vrios entendimentos. Contudo, existe concordncia no sentido de que tal instituto no uma modalidade de recurso. Conforme explica Norberto Avena: No h dvida de que o mandado de segurana no recurso, e sim uma ao prpria, de natureza mandamental [...]. [footnoteRef:7] J para Paulo Rangel, o mandado de segurana uma ao cvel autnoma de impugnao, de rito sumrio especial [...]. [footnoteRef:8] [7: AVENA, Norberto Cludio Pncaro. Processo Penal esquematizado. 3. ed. So Paulo. Mtodo. 2011. p. 1266.] [8: RANGEL, Paulo. Direito processual Penal. 15. ed. Rio de Janeiro. Lumen Juris. 2008. p. 928.]

No mesmo sentido, Nestor Tvora e Rosmar Rodrigues Alencar:

Sublinhe-se, ademais, que o mandado de segurana no recurso, mas ao autnoma de impugnao, que pode ser impetrada repressiva ou preventivamente. O writ tem carter mandamental e ndole constitucional; uma ao de conhecimento que pode ter efeito meramente declaratrio ou constitutivo, haja vista que uma ao penal que objetiva punir delito no apenado com privao de liberdade, pode ser trancada por mandado de segurana, notadamente quando no for o caso de incidncia do verbete n. 267, da smula do STF, que pontifica no caber mandado de segurana contra ato judicial passvel de recurso ou correio. [footnoteRef:9] [9: TVORA, Nestor. ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual Penal. 6. ed. Salvador/BA. Editora JusPODIVM. 2011. 1132.]

4. CABIMENTO

Conforme dispe o texto constitucional e a prpria Lei do Mandado de segurana, ser cabvel o referido writ quando no vislumbrar-se a impetrao de Habeas Corpus ou Habeas Data, e ainda, conforme assevera Guilherme de Souza Nucci, somente cabvel mandado de segurana contra ato jurisdicional do qual no caiba recurso com efeito suspensivo. Se assim ocorrer, h ntida falta de interesse de agir para a propositura da ao de impugnao. [footnoteRef:10] [10: NUCCI, Guilherme de Souza. Op. cit., p. 919.]

Assim o entendimento do STF disciplinado na Smula 267: No cabe mandado de segurana contra ato judicial passvel de recurso ou correio.A Lei 12.069/09 que trata do mandado de segurana expe expressamente as situaes que no cabe mandado de segurana. Assim diz o art. 5 da referida lei: No se conceder mandado de segurana quando se tratar:I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de cauo;II - de deciso judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo;III - de deciso judicial transitada em julgado. Vale ressaltar que quando couber Habeas corpus ou Habeas data, ou qualquer outro recurso prprio para a ocasio, no ser admitido o mandado de segurana.

5. ALGUMAS HIPTESES DE APLICAO PRTICA

A doutrina cuida de citar os casos em que possvel a impetrao do mandado de segurana no mbito do processo penal. Guilherme de Souza Nucci acentua as seguintes possibilidades:

a) para impedir a injustificada quebra de sigilo fiscal, bancrio ou de outros dados (impetrao contra o magistrado que deu a ordem); b) para permitir o acesso do advogado aos autos, ainda que o inqurito ou processo tramite em segredo de justia (impetrao contra o juiz, se este deu a ordem, ou contra o delegado, se partiu deste a medida de excluso do advogado); c) para garantir a presena do advogado durante a produo de alguma prova na fase policial (no significando que o defensor possa manifestar-se, mas somente estar presente), pois se discute prerrogativa do advogado. Quanto ao ofendido, pode este ingressar se o assistente de acusao for impedido de ingressar nos autos pelo juiz, sem qualquer motivo justificado.[...] quando um juiz determina a soltura de um ru, agindo contra expressa disposio legal, cabe mandado de segurana, impetrado pela acusao.[footnoteRef:11] [11: NUCCI, Guilherme de Souza. Op. cit., p. 918.]

Quando negado o acesso do assistente de acusao ao processo, sem justificativa coerente e legal, suprime-se um direito lquido e certo. Assim o entendimento de Norberto Avena, conforme segue:

Ocorre, porm, que tal habilitao constitui-se em direito lquido e certo, podendo ser indeferida pelo Juzo, to somente, se o requerente no for um dos legitimados para tal ou se, mesmo legitimado, no estiver assistido por procurador legalmente habilitado. Assim, negada que venha a ser a admisso postulada por qualquer outra razo, restar viabilizada a impetrao do remdio heroico. [footnoteRef:12] [12: AVENA, Norberto Claudio Pncaro. Op. cit., p. 1270. ]

Outra hiptese elencada pela doutrina a impetrao de mandado de segurana visando excluso do nome do impetrante dos registros externos de antecedentes criminais aps o deferimento da reabilitao criminal. Nesse sentido, Norberto Avena, conforme segue:

pacfico o entendimento jurisprudencial de que os dados relativos a inquritos arquivados ou os processos nos quais tenha ocorrido o cumprimento da pena imposta (art. 202 da Lei 7.210/1984), a absolvio por sentena penal transitada em julgado ou o reconhecimento da extino da punibilidade pela prescrio da pretenso punitiva do Estado, devem ser excludos do respectivo registro nos Institutos de Identificao e preservado apenas o sigilo no Distribuidor Criminal, este para efeitos internos do juzo. [footnoteRef:13] [13: Ibid. p. 1271.]

Ademais, Julio Fabbrini Mirabete expe um rol exemplificativo de possibilidades de propositura do mandado de segurana, visando proteger direito lquido e certo, a saber:

(1) quando o recurso cabvel desprovido de efeito suspensivo; (2) quando se quer dar efeito suspensivo ao recurso apresentado; (3) quando do ato vergastado advenha dano irreparvel demonstrado prontamente; (4) contra apreenso excessiva de material para fundamentar ao penal por crime contra a propriedade industrial;(5) para que o advogado obtenha vista dos autos da ao penal ou do inqurito policial; (6) para que o advogado/defensor se comunique pessoal e reservadamente com seu constituinte/assistido; (7) visando evitar desentranhamento de documentos; (8) para apresentar quesitos em percia; (9) contra a ordem de fechamento de estabelecimento de diverses pblicas; (10) objetivando a entrega de aeronave apreendida; (11) contra providncia de sequestro; e (12) para a restituio de coisas apreendidas. [footnoteRef:14] [14: MIRABETE, Julio Fabbrini. Processo Penal. 14. ed. So Paulo. Atlas. 2003. p. 735.]

Nestor Tvora traz uma hiptese de impetrao do mandado de segurana na ocasio de ao penal pblica condicionada representao e a ao penal privada. Segue o entendimento do referido doutrinador:

Nessa senda, tambm cabvel o mandamus, e no o HC, para trancar inqurito ou processo por iniciativa da vitima, notadamente nas infraes privadas ou pblicas condicionadas representao, quando esta no tenha autorizado o incio da persecuo penal, afinal a sua aquiescncia verdadeira condio de procedibilidade para a ao penal que lhe diga respeito enquanto ofendido. [footnoteRef:15] [15: TVORA, Nestor. ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Op. cit., p. 1136.]

Hiptese mais visvel na prtica e j citada se d quando negado ao advogado devidamente inscrito na ordem dos Advogados do Brasil, tomar vistas de autos de inqurito policial, sem que detenha o instrumento do mandato. O art. 7, inciso XIV do Estatuto da OAB, dispe que direito do advogado: examinar em qualquer repartio policial, mesmo sem procurao, autos de flagrante e de inqurito, findos ou em andamento, ainda que conclusos autoridade, podendo copiar peas e tomar apontamentos.Embora previsto em lei, tal direito foi motivo de controvrsias judiciais durante muito tempo. O STF vinculou entendimento, atravs da Smula 14, autorizando o advogado a ter vistas do inqurito, mesmo sem procurao, in verbis: direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, j documentados em procedimento investigatrio realizado por rgo com competncia de polcia judiciria, digam respeito ao exerccio do direito de defesa.Importante ressaltar que as hipteses apresentadas pela doutrina, formam um rol exemplificativo, passvel de incluso de outras situaes em que ser possvel a impetrao do mandado de segurana, nos moldes legais.

6. PROCEDIMENTO

Conforme o art. 23 da lei 12.069/09, o prazo para impetrao do mandado de segurana de 120 dias contados da cincia do ato impugnado. Trata-se de prazo decadencial.A petio inicial dever ser instruda com os documentos necessrios que comprovem o direito lquido e certo e apresentada em 2 (duas) vias, alm da indicao da autoridade coatora, a pessoa jurdica que integra, se vincula ou exera atribuies (art. 6 da Lei 12.068/09). Os requisitos da petio inicial so os mesmo presentes no art. 282 do CPC. Ao despachar a inicial o juiz ordenar: I - a notificao da autoridade coatora enviando-lhe a segunda via da inicial com os documentos que a acompanham, para que preste informao sobre o ato impugnado; II - a cincia ao rgo de representao judicial (procuradoria) enviando-lhe cpia da inicial, sem os documentos; III - a suspenso do ato que deu origem ao pedido quando houver fundamento relevante e do ato puder gerar a ineficcia da medida (art. 7 da Lei 12.069/09). Trata-se no ltimo caso de julgamento de medida liminar.Se o mandado de segurana houver sido impetrado pelo Ministrio Pblico, aplica-se o disposto na Smula 701 do STF, que diz: No mandado de segurana impetrado pelo ministrio pblico contra deciso proferida em processo penal, obrigatria a citao do ru como litisconsorte passivo.Se houver pedido de liminar e este for concedido, o processo ter prioridade de julgamento. Os efeitos da liminar concedida persistiro at a prolao da sentena.Deferida a inicial, feitas as notificaes e concedido ou denegado o pedido de liminar (se houver) o juiz decidir no prazo de 30 (trinta) dias. Em relao aos prazos concedidos pela lei, Nestor Tvora assevera que:

A nova lei, como se depreende, alargou demasiadamente os prazos. Tanto o lapso para o parecer foi aumentado de cinco para dez dias, quanto o prazo para a deciso final foi ampliado de cinco para trinta dias. Esse aspecto criticvel especialmente por que no adequado celeridade que inspirou o mandado de segurana, tratando-se no ponto, de um retrocesso legislativo. [footnoteRef:16] [16: TVORA, Nestor. ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Op. cit., p. 1141.]

Se concedido o mandado de segurana, o juiz mandar oficiar a autoridade coatora e a pessoa jurdica interessada.Em relao aos recursos possveis em face da deciso de mandado de segurana, Guilherme de Souza Nucci acentua de forma clara e sucinta as possibilidades, conforme segue:

Denegado ou concedido o mandado de segurana pelo juiz (quando impetrado, por exemplo, contra delegado), cabe apelao da parte interessada. Denegado o mandado de segurana pelo Tribunal de Justia ou pelo Tribunal Regional Federal, cabe o recurso ordinrio constitucional para o STJ (art. 105, II, b, CF). Se a denegao couber ao Superior Tribunal de Justia, ingressa-se com recurso ordinrio constitucional dirigido ao Supremo Tribunal Federal (art. 102, II, a,CF). Concedida a ordem pelo tribunal, no cabe recurso, exceto as hipteses excepcionais do recurso especial extraordinrio. [footnoteRef:17] [17: NUCCI, Guilherme de Souza. Op. cit., p. 921.]

Constitui crime de desobedincia previsto no art. 330 do Cdigo Penal o no cumprimento das decises proferidas em sede de mandado de segurana, sem prejuzo das sanes administrativas, nos termos do art. 26 da Lei do mandado de segurana.

7. CONCLUSO

REFERNCIAS

AVENA, Norberto Cludio Pncaro. Processo Penal Esquematizado. 3. ed. So Paulo. Mtodo. 2011.

CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 19. ed. So Paulo. Saraiva. 2012.

CUNHA, Rogrio Sanches et al. Processo Penal Doutrina e Prtica. Salvador/BA. Editora JusPODIVM. 2009.

GRINOVER, Ada Pellegrini.FERNANDES, Antnio Scarance. GOMES FILHO, Antnio MagalhesAs nulidades no processo penal. 6. ed. rev., ampl. e atual., 4. tir. So Paulo. Editora Revista dos Tribunais, 2000.

LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal. vol.I. Niteri/RJ.Impetus. 2011.

MIRABETE, Julio Fabbrini. Processo Penal. 14. ed. So Paulo. Atlas. 2003.

MOSSIN, Herclito Antnio. Nulidades no Direito Processual Penal. 3. ed. Barueri/SP. Manole. 2005.

MUCCIO, Hidejalma. Curso de Processo Penal. 1. ed. v. 3. Ja, SP. HM Editora. 2003.

NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execuo Penal. 2. ed. Ver. atual. eampl. So Paulo. Editora Revista dos Tribunais. 2006.

NORONHA, E. Magalhes. Curso de Direito Processual Penal. 26. ed. Atual. por Adalberto Jos Q. T. de Camargo Aranha. So Paulo. Saraiva. 1998.

OLIVEIRA, Eugenio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 15. ed. Rio de Janeiro. Lumen Juris. 2011.

RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 10. ed. Rio de Janeiro. Lumen Juris editora. 2005.

RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 15. ed. Rio de Janeiro. Lumen Juris Editora. 2008.

REIS, Alexandre Cebrian Arajo. GONALVES, Vitor Eduardo Rios. Processo Penal: procedimentos, nulidades e recursos. 13. ed. So Paulo. 2011 (Coleo sinopses jurdicas; v. 15 - t. I).

TVORA, Nestor. ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual Penal. 6. ed. Salvador/BA. Editora JusPODIVM. 2011.

TVORA, Nestor. ARAJO, Fbio Roque. Cdigo de Processo Penal para Concursos. 3. ed. Salvador. JusPODIVM, 2012.

THEODORO JNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. Teoria Geral do Direito Processual Civil e Processo de Conhecimento. Vol. I. 47. ed. Rio de Janeiro. Forense. 2007.

TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. Vol. 3. 32. ed. rev. e atual. So Paulo. Saraiva. 2010.

NESTOR 570RANGEL 484AVENA 1302*Apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no bolso. Servidor Pblico Municipal, acadmico de Direito na UNIFOZ e concurseiro nas horas vagas.**Advogado. Graduado em Direito pela UNIFOZ de Foz do Iguau/PR (1998). Mestrado em Direito pela Universidade Ibirapuera (2011). Professor de Direito Processual Penal na CESUFOZ (Centro de Ensino Superior de Foz do Iguau) na UNIFOZ (Faculdades Unificadas de Foz do Iguau).