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Vol. 1 nº 2 jul./dez. 2006 Revista de Educação O POR O POR O POR O POR O PORTADOR DE DEFICIÊNCIAS NAS ADOR DE DEFICIÊNCIAS NAS ADOR DE DEFICIÊNCIAS NAS ADOR DE DEFICIÊNCIAS NAS ADOR DE DEFICIÊNCIAS NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO DE FOZ DO INSTITUIÇÕES DE ENSINO DE FOZ DO INSTITUIÇÕES DE ENSINO DE FOZ DO INSTITUIÇÕES DE ENSINO DE FOZ DO INSTITUIÇÕES DE ENSINO DE FOZ DO IGUAÇU – MITO OU REALIDADE IGUAÇU – MITO OU REALIDADE IGUAÇU – MITO OU REALIDADE IGUAÇU – MITO OU REALIDADE IGUAÇU – MITO OU REALIDADE Denise Rodinski Braga 1 Universidade Tuiuti do Paraná p. 267-282 RESUMO: O presente estudo teve como objetivo o levantamento de informações e dados sobre a situação sócio-educacional dos portadores de deficiências nas Instituições de Ensino de Foz do Iguaçu. O contexto da pesquisa contou com dados estatísticos a nível governamen- tal atualizado, buscando refletir como está ocorrendo o processo de inclusão educacional nesta cidade. O estudo combinou características de pesquisa empírica e teórica, sendo desenvolvido no período compreendido entre 20 e 30 de novembro de 2004, e incorporou diversos setores educacionais a nível público estadual, municipal e privado. Os resultados encontrados forneceram um panorama real da situação sócio-educacional destes indivídu- os, comprovando a ineficácia dos programas educacionais oferecidos e aplicados atualmen- te em nosso país, assim como a sua baixa amplitude de alcance a estas populações. Palavras-Chaves: Diferenças individuais – Portador de deficiências – Ensino Inclusivo ABSTRACT: The present study had as main objective offer informations on the partner- educational situation of the carriers of deficiencies in Iguaçu education institutions. The context of the research counted on statistical information the brought up to date governmental level, searching to reflect if the process of educational inclusion in this city is occurring. The study is combined characteristics of empirical and theoretical research, being developed in the period between 20 and 30 of November of 2004, and incorporated several educational sectors the state, municipal, private and public level. The joined results had supplied to a real panorama of the partner-educational situation of these individuals, proving the inefficacy of the educational programs offered and applied currently in our country, as well as its low amplitude of reach to these populations. Key-words: Individual differences - Carrying of deficiencies - Inclusive Education 1 INTRODUÇÃO As considerações e abordagens acerca das diferenças individuais huma- nas e as suas relações sociais tem despertado o interesse de várias gerações de estudiosos e nos levaram a uma reflexão comparativa entre os pensamentos teóri- cos e o seu desenvolvimento real dentro das salas de aula. A crescente valorização da heterogeneidade e das singularidades tem se manifestado em vários setores sociais, entre eles, e inevitavelmente, os educacionais.

O PORTADOR DE DEFICIÊNCIAS NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO DE FOZ DO IGUAÇU

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O PORTADOR DE DEFICIÊNCIAS NASINSTITUIÇÕES DE ENSINO DE FOZ DOIGUAÇU – MITO OU REALIDADE

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  • Vol. 1 n 2 jul./dez. 2006

    Revista de

    Educao

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    IGUAU MITO OU REALIDADEIGUAU MITO OU REALIDADEIGUAU MITO OU REALIDADEIGUAU MITO OU REALIDADEIGUAU MITO OU REALIDADE

    Denise Rodinski Braga1

    Universidade Tuiuti do Paran

    p. 267-282

    RESUMO: O presente estudo teve como objetivo o levantamento de informaes e dadossobre a situao scio-educacional dos portadores de deficincias nas Instituies de Ensinode Foz do Iguau. O contexto da pesquisa contou com dados estatsticos a nvel governamen-tal atualizado, buscando refletir como est ocorrendo o processo de incluso educacionalnesta cidade. O estudo combinou caractersticas de pesquisa emprica e terica, sendodesenvolvido no perodo compreendido entre 20 e 30 de novembro de 2004, e incorporoudiversos setores educacionais a nvel pblico estadual, municipal e privado. Os resultadosencontrados forneceram um panorama real da situao scio-educacional destes indivdu-os, comprovando a ineficcia dos programas educacionais oferecidos e aplicados atualmen-te em nosso pas, assim como a sua baixa amplitude de alcance a estas populaes.Palavras-Chaves: Diferenas individuais Portador de deficincias Ensino Inclusivo

    ABSTRACT: The present study had as main objective offer informations on the partner-educational situation of the carriers of deficiencies in Iguau education institutions. Thecontext of the research counted on statistical information the brought up to date governmentallevel, searching to reflect if the process of educational inclusion in this city is occurring. Thestudy is combined characteristics of empirical and theoretical research, being developed inthe period between 20 and 30 of November of 2004, and incorporated several educationalsectors the state, municipal, private and public level. The joined results had supplied to areal panorama of the partner-educational situation of these individuals, proving the inefficacyof the educational programs offered and applied currently in our country, as well as its lowamplitude of reach to these populations.Key-words: Individual differences - Carrying of deficiencies - Inclusive Education

    1 INTRODUO

    As consideraes e abordagens acerca das diferenas individuais huma-nas e as suas relaes sociais tem despertado o interesse de vrias geraes deestudiosos e nos levaram a uma reflexo comparativa entre os pensamentos teri-cos e o seu desenvolvimento real dentro das salas de aula. A crescente valorizaoda heterogeneidade e das singularidades tem se manifestado em vrios setoressociais, entre eles, e inevitavelmente, os educacionais.

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    UUUUU N I O E S T EN I O E S T EN I O E S T EN I O E S T EN I O E S T E C C C C C A M P U SA M P U SA M P U SA M P U SA M P U S D ED ED ED ED E CCCCC A S C AA S C AA S C AA S C AA S C AV E LV E LV E LV E LV E LISSNISSNISSNISSNISSN 1809-52081809-52081809-52081809-52081809-5208

    A educao dos portadores de deficincia no Brasil tem gerado inmerasdiscusses sem, no entanto, consolidar-se como de carter emergencial nos estabeleci-mentos educacionais no pas. Nosso questionamento inclui aspectos como: O quedeve ser feito para que se cumpram as medidas estabelecidas em leis educacionais eque dizem respeito aos portadores de deficincias? Existe ou no uma real mudana decomportamento social e educacional frente a estes indivduos? Esto, hoje, os estabele-cimentos de ensino e suas equipes de professores, coordenadores e funcionrios prepa-rados para receber alunos portadores de deficincias em suas salas de aula?

    Se pensarmos em uma realidade prxima, a cidade de Foz do Iguau contacom uma geografia privilegiada, detentora de uma diversidade scio-cultural que in-clui 72 etnias, conseqentemente centralizadora de pensamentos e valores diferenci-ados. Como se d a representatividade dos portadores de deficincias nas Instituiesde Ensino pblico e privado desta cidade? Quais as possveis barreiras ou dificuldadesainda enfrentadas por estes indivduos no cotidiano escolar e profissional? Estas Insti-tuies esto preparadas para receb-los em seu quadro de alunos?

    Acreditamos que o ensino dos portadores de deficincia no deve per-manecer restrito a poucos exemplos de escolas e professores que aceitaram a diver-sidade nas salas de aula e deram certo. Ele representa muito mais que estatsticas,mascaramentos ou a simples presena de indivduos diferentes dentro de estabe-lecimentos educacionais. Ele compreende a estruturao e o enriquecimento daformao docente, como tambm as ricas experincias de humanizao e cresci-mento pessoal entre os seres humanos.

    Neste estudo foi realizado um levantamento de dados e questes perti-nentes realidade acadmica dos indivduos portadores de deficincias, a estruturasocial, educacional, administrativa e fsica das Instituies de Ensino que os aten-dem. O estudo investigou ainda, a insuficincia de aes coordenadas dos serviosdisponveis da comunidade educacional, governamental ou no-governamental, ainsuficincia de recursos humanos devidamente qualificados para o atendimento depessoas portadoras de deficincias e a possvel carncia de recursos financeiros emateriais destinados ao seu atendimento.Este estudo procurou promover informa-es e dados atualizados relativos s pessoas portadoras de deficincias dentro docontexto educacional da cidade de Foz do Iguau.

    2 METODOLOGIA - CARACTERSTICAS DOS PROGRAMAS EDUCA-CIONAIS ATUAIS

    Baseando-se no interesse de levantar informaes e dados sobre a situa-o scio-educacional dos portadores de deficincias nas Instituies de Ensino de

  • Denise Rodinski BragaDenise Rodinski BragaDenise Rodinski BragaDenise Rodinski BragaDenise Rodinski Braga

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    Foz do Iguau, foi necessrio a realizao de pesquisa de campo para fundamenta-o das respostas formuladas no projeto inicial. Estas respostas seriam inviveis seno nos permitssemos fazer um reconhecimento do panorama educacional brasi-leiro, e tambm a nvel pblico estadual, municipal e privado. O contexto da pes-quisa contou com dados estatsticos atualizados, buscando refletir de modo prticocomo est ocorrendo o processo de incluso educacional nesta cidade. O estudocombinou caractersticas de pesquisa emprica e terica, no perodo compreendidoentre 20 e 30 de novembro de 2004, na cidade de Foz do Iguau, Paran, e incor-porou diversos setores educacionais, entre eles:

    Ncleo Regional de Ensino (Setor de Educao Especial);

    Secretaria Municipal de Educao (Departamento de Educao Especial);

    Direo das Instituies de Ensino Superior Pblica (UNIOESTE), ePrivadas (UDC, UNIAMRICA, CESUFOZ, ANGLO AMERICANO eUNIFOZ).

    A estrutura de pesquisa desenvolvida neste estudo envolveu a bibliogra-fia conceitual terica disponvel no mbito da Psicologia Social, entre eles J.M.Sawrey e C.W. Telford e da Pedagogia como S. Mazzili, Marcos Mazzota e Vitor daFonseca. Registros Educacionais, artigos cientficos, materiais, revistas pedaggicase peridicos tambm foram consultados como fonte de coleta de dados. Indicado-res quantitativos tambm foram considerados.Dentre as aes da pesquisa de cam-po realizadas, destacam-se: coleta documental fornecida pelas Instituiespesquisadas, observaes diretas aos locais alvos e entrevistas estruturadas aosGestores.Foi assegurado, ainda, o sigilo tico em relao a nomes pessoais e dosdados qualitativos individuais das instituies pblicas e privadas de nvel superior,respeitando a solicitao das mesmas, sendo descritas nesta pesquisa, como insti-tuio A, B,C,D, E e F na tabela 9.A pesquisadora respeitou a disponibilidade dosparticipantes, obedecendo a critrios de prazo, localizao e planejamento prvio,em comum acordo entre as partes.

    3 RESULTADOS - PROGRAMAS EDUCACIONAIS DO ESTADO DOPARAN PARA A CIDADE DE FOZ DO IGUAU

    Dados do IBGE de 2003 relatam a existncia de cerca de 10% da popu-lao estadual/municipal portadora de algum tipo de deficincia:

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    TABELA 1 Nmeros de Deficientes

    LACOL LACOL LACOL LACOL LACOL SETNEICIFEDEDN SETNEICIFEDEDN SETNEICIFEDEDN SETNEICIFEDEDN SETNEICIFEDEDNNARAP 000.083.1

    UAUGIODZOF 000.831

    FONTE: SMEFI/ DEE, 20042

    Na pesquisa realizada no Ncleo Regional de Ensino em Foz do Iguau,os dados fornecidos pela Instituio referentes s matrculas de alunos na redeestadual de ensino na cidade, esto distribudos da seguinte forma:

    TABELA 2 Quantidades de Alunos Matriculados

    LEVN LEVN LEVN LEVN LEVN EDADITNAUQ EDADITNAUQ EDADITNAUQ EDADITNAUQ EDADITNAUQ)ralugerlatnemadnufonisnE(8A5 063.91

    ralugeroidmonisnE 199.9)sotludaesnevojedoacude(AJE8a5 402.2

    )AJE(oidMonisnE 976)etnazilanoissiforp(oirtsigaM 058)etnazilanoissiforp(larurocincT 113

    LATOT 593.33

    FONTE: Ncleo Regional de Ensino/Foz do Iguau/Novembro, 2004.

    Os portadores de deficincias, matriculados nas escolas estaduais, en-contram-se inseridos da seguinte forma:

    TABELA 3 Tabela de Portadores de Deficincia da Rede Estadual de Ensino.

    EDOPIT EDOPIT EDOPIT EDOPIT EDOPIT-IFED -IFED -IFED -IFED -IFEDAICNIC AICNIC AICNIC AICNIC AICNIC

    .DNUF.DE .DNUF.DE .DNUF.DE .DNUF.DE .DNUF.DE8A5 8A5 8A5 8A5 8A5RALUGER RALUGER RALUGER RALUGER RALUGER

    .DNUF.DE .DNUF.DE .DNUF.DE .DNUF.DE .DNUF.DE8A5 8A5 8A5 8A5 8A5

    AJE AJE AJE AJE AJE

    .SNE .SNE .SNE .SNE .SNEOIDEM OIDEM OIDEM OIDEM OIDEMRALUGER RALUGER RALUGER RALUGER RALUGER

    .SNE .SNE .SNE .SNE .SNEOIDEM OIDEM OIDEM OIDEM OIDEM

    AJE AJE AJE AJE AJE

    -SIFORP.SNE -SIFORP.SNE -SIFORP.SNE -SIFORP.SNE -SIFORP.SNE-LANOIS -LANOIS -LANOIS -LANOIS -LANOISOIRETSIGAM OIRETSIGAM OIRETSIGAM OIRETSIGAM OIRETSIGAM

    -SIFORP.SNE -SIFORP.SNE -SIFORP.SNE -SIFORP.SNE -SIFORP.SNELANOIS LANOIS LANOIS LANOIS LANOISOCINCT OCINCT OCINCT OCINCT OCINCTALOCIRGA ALOCIRGA ALOCIRGA ALOCIRGA ALOCIRGA

    LATOT LATOT LATOT LATOT LATOT

    ACISIF 70 -- -- 40 -- -- 11LAUSIV 60 -- -- 40 -- -- 01AVITIDUA 12 -- 90 -- 30 -- 33

    LATNEM -- 51 -- 51 -- -- 0348

    FONTE: NRE/FOZ DO IGUAU, 2004.

    O Estado prov o ensino regular a partir da 5 srie do ensino funda-mental, o ensino profissionalizante e alfabetizao de jovens e adultos (EJA). Amatrcula do portador de deficincia pode ser realizada em qualquer escola darede estadual de ensino regular, a qual solicita avaliao e estudo de caso daequipe do Ncleo Regional de Ensino, para receber as devidas adaptaes

  • Denise Rodinski BragaDenise Rodinski BragaDenise Rodinski BragaDenise Rodinski BragaDenise Rodinski Braga

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    curriculares, recebimento de material didtico de apoio, equipamentos e mobili-rio necessrio para a realizao das tarefas dentro da sala de aula como cadeirasde rodas, lpis adaptado, livros traduzidos para o braile, reglete e a puno, mate-riais pedaggicos ampliados. Todos estes materiais so fornecidos pelo Governodo Estado do Paran e o processo de anlise e liberao ocorre em aproximada-mente em 30 dias. As turmas que recebem exclusivamente alunos portadores dedeficincias dispem de professores especializados e concursados, tendo inclusi-ve em seu quadro funcional, professores escribas e intrpretes de LIBRAS.

    O Ncleo Regional de Ensino procura inserir o alunado portador de defici-ncias preferencialmente nas turmas do ensino regular, pois assim, segundo o rgo,tambm possibilita a matrcula de novos alunos. Prov ainda, as escolas da RedeEstadual, de apoio tcnico-pedaggico especializado aos alunos portadores de defici-ncias e aos professores regentes. Pudemos observar durante a anlise dos dadosobtidos na pesquisa que, a nvel estadual, embora o nmero de alunos portadores dedeficincias inseridos no ensino regular tenha aumentado, ainda representam aproxi-madamente 0,25% do total de matrculas efetivas, o que ainda permanece distantedos objetivos preconizados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educao de 1996.

    4 PROGRAMAS EDUCACIONAIS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO

    Em pesquisa realizada no Departamento de Educao Especial do Munic-pio de Foz do Iguau, atravs da coleta de dados fornecidos pela Diretora do Depar-tamento, pudemos observar um crescimento na populao atendida por este setore a evoluo das polticas educacionais desenvolvidas a partir do ano de 2000.Houve um aumento significativo das matrculas efetuadas para a incluso de alunosna rede regular de ensino em classes especiais e instituies de Ensino Especializa-do. O municpio abrange o alunado de Educao Infantil e Ensino Fundamental(sries iniciais de 1 a 4), e revelou a elevao de 14 para 59 alunos em classesregulares se compararmos ao ano de 2000. O nmero de escolas municipais queoferecem atendimento educacional aos portadores de deficincias cresceu sensi-velmente, assim como as salas de recursos, sendo implantados tambm as salas deapoio que at ento no existiam nas instituies de ensino do municpio.

    Alm do alunado da Educao Infantil e Ensino Fundamental, sries inici-ais de 1 a 4, o Departamento de Educao Especial compreendem o Programa deAssistncia ao Educando e as Escolas de Educao Especial. Estes programas distribu-em-se nas diversas escolas do municpio e em escolas de ensino especial.

  • O PORO PORO PORO PORO PORTTTTTADOR DE DEFICINCIAS NAS INSTITUIES DE ENSINO ...ADOR DE DEFICINCIAS NAS INSTITUIES DE ENSINO ...ADOR DE DEFICINCIAS NAS INSTITUIES DE ENSINO ...ADOR DE DEFICINCIAS NAS INSTITUIES DE ENSINO ...ADOR DE DEFICINCIAS NAS INSTITUIES DE ENSINO ...

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    TABELA 4 Portadores de Deficincias Inseridos na Rede Municipal Regular deEnsino, Foz do Iguau.

    AICNICIFEDEDOPIT AICNICIFEDEDOPIT AICNICIFEDEDOPIT AICNICIFEDEDOPIT AICNICIFEDEDOPIT ONA ONA ONA ONA ONA NNNNN ONA ONA ONA ONA ONA NNNNNAVITIDUA 0002 50 4002 32

    LAUSIV 0002 30 4002 41ACISF 0002 60 4002 22LATOT LATOT LATOT LATOT LATOT 0002 0002 0002 0002 0002 4141414141 4002 4002 4002 4002 4002 9595959595

    FONTE: SMEEI/ DEE ANO 2004

    TABELA 5 Portadores de Deficincias Atendidos por Programas Municipais deEnsino

    SAMARGORP SAMARGORP SAMARGORP SAMARGORP SAMARGORPSESSALC SESSALC SESSALC SESSALC SESSALCSIAICEPSE SIAICEPSE SIAICEPSE SIAICEPSE SIAICEPSE

    EDALAS EDALAS EDALAS EDALAS EDALASSOSRUCER SOSRUCER SOSRUCER SOSRUCER SOSRUCER

    EDSALAS EDSALAS EDSALAS EDSALAS EDSALASOIOPA OIOPA OIOPA OIOPA OIOPA

    EDORTNEC EDORTNEC EDORTNEC EDORTNEC EDORTNECOTNEMIDNETA OTNEMIDNETA OTNEMIDNETA OTNEMIDNETA OTNEMIDNETA

    ARAPODAZILAICEPSE ARAPODAZILAICEPSE ARAPODAZILAICEPSE ARAPODAZILAICEPSE ARAPODAZILAICEPSESIAUSIVSETNEICIFED SIAUSIVSETNEICIFED SIAUSIVSETNEICIFED SIAUSIVSETNEICIFED SIAUSIVSETNEICIFED

    ONA 0002 4002 0002 4002 0002 4002 0002 4002SALOCSEEDN 51 02 30 40 00 11 10 10SAMRUTEDN 32 33 40 50 00 22 10 30SONULAEDN SONULAEDN SONULAEDN SONULAEDN SONULAEDN 702 702 702 702 702 563 563 563 563 563 9696969696 701 701 701 701 701 0000000000 723 723 723 723 723 3131313131 4343434343

    FONTE: SMEFI/ DEE, 2004.

    Foz do Iguau o primeiro Municpio no Estado do Paran com Concursopara Intrprete e Instrutores de Libras, atuando na APASFI (ASSOCIAO DE PAISE AMIGOS DOS SURDOS DE FOZ DO IGUAU).

    As aes promovidas pelo Departamento de Educao Especial do Muni-cpio de Foz do Iguau incluem:

    Encontro de professores para capacitao, sensibilizao econscientizao;

    Distribuio de kits educacionais de incluso, objetivando a compre-enso de metodologias especficas para cada tipo de deficincia, com-posto de material explicativa, fitas de vdeo e cds;

    Palestras sobre preveno a deficincias (70% das deficincias seriamprevenidas se fossem realizados os acompanhamentos adequados epr-natais);

    Adaptaes curriculares;

    Adaptaes fsicas, em parceria com a Secretaria Municipal de Obras(rampas, banheiros adaptados, barras, corrimo);

    Adaptaes especficas para cada tipo de deficincia (livros em braile,carteiras adaptadas, lpis adaptado);

  • Denise Rodinski BragaDenise Rodinski BragaDenise Rodinski BragaDenise Rodinski BragaDenise Rodinski Braga

    VVVVVol. 1 n 2 jul./dez. 2006ol. 1 n 2 jul./dez. 2006ol. 1 n 2 jul./dez. 2006ol. 1 n 2 jul./dez. 2006ol. 1 n 2 jul./dez. 2006 p. 267-282p. 267-282p. 267-282p. 267-282p. 267-282

    UUUUU N I O E S T EN I O E S T EN I O E S T EN I O E S T EN I O E S T E C C C C C A M P U SA M P U SA M P U SA M P U SA M P U S D ED ED ED ED E CCCCC A S C AA S C AA S C AA S C AA S C AV E LV E LV E LV E LV E LISSNISSNISSNISSNISSN 1809-52081809-52081809-52081809-52081809-5208

    Apoio psicopedaggico para a equipe de professores da rede munici-pal de ensino;

    A equipe do Departamento de Educao Especial disponibilizadapara eventuais palestras s outras Secretarias do Municpio;

    O Departamento promove a assistncia s Escolas Especiais, atravsda lei n2474 de 30 de novembro de 2001, que garante a cednciade professores para as mesmas e que incluem: ACDD, APASFI, APAEE NOSSO CANTO.

    TABELA 6 Escolas Especiais do Municpio de Foz do Iguau

    SADAZILAICEPSESALOCSE SADAZILAICEPSESALOCSE SADAZILAICEPSESALOCSE SADAZILAICEPSESALOCSE SADAZILAICEPSESALOCSE SONULAEDN SONULAEDN SONULAEDN SONULAEDN SONULAEDN)acisfaicnicifededserodatropedneta(DDCA 531

    )zedruseavitiduaaicnicifededserodatropedneta(IFSAPA 032)saicnicifedsalpitlmelatnemaicnicifededserodatropedneta(EAPA 825

    )saicnicifedsalpitlmedserodatropedneta(OTNACOSSON 131LATOT LATOT LATOT LATOT LATOT 338 338 338 338 338

    FONTE: SMEFI/ DEE, 2004.

    A rede municipal de ensino conta, ainda, com 01 professora surda e03 professoras portadoras de deficincia fsica, concursadas e lotadasno Ensino Especial;

    Foz do Iguau o primeiro municpio do Estado do Paran com con-curso para intrprete e instrutores de LIBRAS (linguagem brasileira desinais), atuando na Associao de Pais e Amigos dos Surdos de Foz doIguau (APASFI).

    O Departamento de Educao Especial do Municpio conta com equipetcnica especializada de professores nas reas de deficincia fsica, mental, auditivae deficincias mltiplas, formando a equipe de apoio s diversas instituies educa-cionais municipais de ensino regular.

    Dependendo da evoluo e desenvolvimento intelectuais dos portadoresde deficincias dentro do ensino regular municipal, os mesmos so encaminhadospara efetuao de matrcula na rede estadual de ensino.

    Os alunos deficientes contam, ainda, com as salas de recurso e salas de apoio,onde, em regime de contra-turno escolar, so acompanhados pelo setor de psicopedagogia,sendo avaliados e recebem reforo nas reas que se encontram defasadas.

  • O PORO PORO PORO PORO PORTTTTTADOR DE DEFICINCIAS NAS INSTITUIES DE ENSINO ...ADOR DE DEFICINCIAS NAS INSTITUIES DE ENSINO ...ADOR DE DEFICINCIAS NAS INSTITUIES DE ENSINO ...ADOR DE DEFICINCIAS NAS INSTITUIES DE ENSINO ...ADOR DE DEFICINCIAS NAS INSTITUIES DE ENSINO ...

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    As bibliotecas e salas de leitura disponveis nas escolas regulares provmaos alunos deficientes visuais de material didtico e literrio traduzido para o mto-do braile. Todos os materiais didticos, de transporte, mesas, cadeiras adaptados,so fornecidos pela Prefeitura do municpio de Foz do Iguau.

    As crianas da educao infantil so matriculadas nas creches municipaise, de acordo com a observao de alteraes no desenvolvimento normal, solicita-se uma avaliao da equipe psicopedaggica da Secretaria Municipal de Educao,sendo monitorada e estimulada at a data de ingresso no ensino fundamental.

    5 OS PORTADORES DE DEFICINCIAS NAS INSTITUIES DE ENSINOSUPERIOR DE FOZ DO IGUAU

    Foz do Iguau conta atualmente com 06 Instituies de Ensino Superior,sendo 05 particulares e 01 pblica estadual, com cerca de 10.599 acadmicosmatriculados at a data da pesquisa realizada em novembro de 2004. So ofereci-das 60 opes de cursos anuais de graduao de nvel superior e 12 cursos tecnolgicosde menor durao.

    TABELA 7 Nmero de alunos deficientes nas faculdades de Foz do Iguau

    SEDADLUCAF SEDADLUCAF SEDADLUCAF SEDADLUCAF SEDADLUCAFEDLATOT EDLATOT EDLATOT EDLATOT EDLATOTSONULA SONULA SONULA SONULA SONULA

    EDSERODATROP EDSERODATROP EDSERODATROP EDSERODATROP EDSERODATROPSAICNICIFED SAICNICIFED SAICNICIFED SAICNICIFED SAICNICIFED

    A 638.2 2B 275.2 6C 449 1D 200.1 41E 362 3F 677.1 2

    LATOT LATOT LATOT LATOT LATOT 995.01 995.01 995.01 995.01 995.01 8282828282

    FONTE: SMEFI/ DEE, 2004.

    O nmero de matrculas de portadores de deficincias nas instituies deensino superior em Foz do Iguau de 28, o que representa 0,27% do total, inclu-indo-se aqui portadores de deficincia fsica (uso obrigatrio de cadeira de rodas ecom dificuldade de mobilidade), portadores de deficincia auditiva (surdos e combaixa audio) e portadores de distrbios de linguagem. No foi verificado alunoportador de deficincia visual matriculado no Ensino Superior. Os alunos deficientesesto matriculados nos diversos cursos oferecidos pelas Instituies do Municpiocom Histria, Fisioterapia, Letras, Pedagogia, Jornalismo, Processamento de Dados,

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    Direito, Psicologia e Administrao e Turismo. Estes nmeros apresentados refletem

    a dificuldade de acesso e permanncia dos portadores de deficincias em cursos de

    graduao e que, de modo geral, ocorrem freqentemente em nosso pas.O que se

    observou nos estabelecimentos de Ensino Superior, foi uma reorganizao e

    reestruturao geral dos aspectos fsicos, metodolgicos e conceituais por parte das

    Direes Gerais e Coordenaes dos Cursos. Atravs da determinao do Governo

    Federal e do Ministrio da Educao, as Instituies passaram a ajustar-se s normas

    de adaptabilidade fsica, estrutural e arquitetnica da ABNT, tanto para atender os

    alunos de bancas especiais como os futuros acadmicos portadores de deficincias

    fsicas, visuais e auditivas. Este processo de reestruturao para a insero dos porta-

    dores de deficincias no quadro acadmico tem acontecido mais rapidamente nas

    instituies de ensino superior particulares do municpio de Foz do Iguau.

    Ouvimos os relatos dos Gestores destas instituies, nos quais observamos

    uma preocupao por parte dos coordenadores, para com o ingresso, permanncia e

    desenvolvimento acadmico satisfatrio dos portadores de deficincias. Esta preocu-

    pao inicia-se desde o preenchimento dos formulrios para a realizao dos Concur-

    sos Vestibulares e a solicitao de bancas especiais para a realizao dos mesmos.

    Quando efetivada a matrcula, algumas instituies disponibilizam a equipe de asses-

    soria de Ensino Especial, que ir realizar e prestar o atendimento e as adaptaes

    necessrias ao atendimento do portador de deficincias, de acordo com a demanda.

    Existe conscincia, por parte dos Gestores e Coordenadores de Cursos

    para com o aumento da procura e ingresso do nmero de estudantes deficientes

    em seus estabelecimentos, ainda considerado pequeno se comparado com o total

    de alunos matriculados. No entanto, os portadores de deficincias j se encontram

    a inseridos, refletindo que as possibilidades profissionais para estas categorias esto

    elevando-se, confirmando a premissa de que devemos nos ajustar diversidade.

    Quanto s adequaes estruturais realizadas nas dependncias das insti-

    tuies, de acordo com o levantamento realizado e organizado na tabela 8, obser-

    vamos que a totalidade j dispe de adaptaes fsicas, arquitetnicas e

    metodolgicas, promovendo o acesso aos portadores de deficincia fsica usurios

    de cadeiras de rodas e com dificuldades de mobilidade. Verificou-se a presena de

    rampas de acesso, corrimos, elevadores em dois estabelecimentos, estacionamen-

    tos privativos para portadores de deficincia fsica, banheiros adaptados, e, em algu-

    mas delas, orelhes e bebedouros adaptados.

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    TABELA 8 O Portador de Deficincia nas Instituies de Nvel Superior deFoz do Iguau.

    -ITSNI -ITSNI -ITSNI -ITSNI -ITSNI-IUT -IUT -IUT -IUT -IUTSE SE SE SE SE

    SEATPADA SEATPADA SEATPADA SEATPADA SEATPADA AICNICIFEDEDOPIT AICNICIFEDEDOPIT AICNICIFEDEDOPIT AICNICIFEDEDOPIT AICNICIFEDEDOPITEDN EDN EDN EDN EDNSONULA SONULA SONULA SONULA SONULASETNEICIFED SETNEICIFED SETNEICIFED SETNEICIFED SETNEICIFED

    A

    ossecAedsapmaRrodavelEomirroC

    sodatpadAsoriehnaB

    ededadlucifiD(acisFaicnicifeDesalagnebedosu,edadilibom

    )satelumariedaCedosU(acisFaicnicifeD

    )sadoRed

    20

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    sodatpadAsoriehnaBsetneicifeDarapotnemanoicatsE

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    ariedaCedosU(acisFaicnicifeD)sadoRed

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    60

    C

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    siausiVsetneicifeDaraPoazilaniSodatpadAohlerO

    odatpadAoirtarobaLsodatpadAsoriehnaB

    )zedruS(avitiduAaicnicifeD 10

    D

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    41

    E

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    30

    F

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    socisFsocisFsetneicifeDarapoazilaniS

    ededadlucifiD(acisFaicnicifeDesalagnebedosu,edadilibom

    .)satelum20

    LATOT LATOT LATOT LATOT LATOT ---- ---- ---- ---- ---- ---- ---- ---- ---- ---- 8282828282

    A presena de intrpretes de LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais),foi observada em uma Instituio, porm em outra, onde est matriculado umportador de deficincia auditiva, no contava com este servio. A Diretora nos

    FONTE: SMEFI/ DEE, 2004.

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    informou a dificuldade de contratao deste profissional alegando no haverdisponibilidade de recurso humano especializado na cidade.

    6 QUESTES GERAIS DA PESQUISA

    O problema educacional do indivduo portador de deficincia apenasparte de um problema mais amplo das diferenas individuais humanas.

    Ser excepcional ser raro ou incomum. O incomum, o bizarro e oinesperado sempre atraram a ateno e freqentemente despertaram medo e es-panto. A alterao da ordem costumeira das coisas desperta a curiosidade das pes-soas. (TELFORD & SAWRAY, 1984, p.15)

    Sabemos que a cincia originou-se, em grande parte, de suas tentativas deexplicar o inesperado. O comum, em contrapartida, no oferece problemas. A partirda, o interesse nos aspectos interacionais do indivduo deficiente ser compreensvel.

    (A maioria das conquistas significativas da cincia em geral, e da psicologia emparticular, emergiu da curiosidade despertada pelos acontecimentos incomunsna vida e pelas necessidades deles resultantes. Um estado de coisas sadio enormal raramente atrai ateno). (TELFORD & SAWRAY, 1984, p.16)

    A histria do princpio de integrao e incluso social desejvel foi destaca-da com a comemorao, em 1981, do Ano Internacional das Pessoas Portadoras deDeficincia, estabelecidas em Assemblia Geral das Naes Unidas. Aes comoesta serviram de alerta para a humanidade dar-se conta da enorme diversidadepopulacional de indivduos diferentes, J em 1990, em Jomtien, Tailndia, na Con-ferncia Mundial de Educao para Todos enfocaram as necessidades educacionaisespeciais com ressignificao e reestruturao das escolas para atender a todos.

    A partir do Informe Warnock, na dcada de 70, j relata a no segregaode alunos com dificuldades de aprendizagem estimulando-se as formas fsicas, soci-ais e funcionais, sendo a ltima mais completa. Estas idias desenvolveram-se ereapareceram na Declarao de Salamanca, em 1994, no conceito de escolasintegradoras, educando-se todas as crianas normais e anormais, inclusive comdeficincia mais grave. O Encontro da Declarao de Salamanca sobre Princpios,Poltica e Prtica na rea de necessidades educacionais especiais, em termos deorientao inclusiva, as escolas regulares so:

    os meios mais capazes de combater atitudes discriminatrias, criando comu-nidades abertas e solidrias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo

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    a educao para todos; alm disso, proporcionam uma orientao adequada maioria das crianas e promovem a eficincia numa tima relao custo-qualidade de todo o sistema educativo.(p.9)3

    Com esta abrangncia, a intencionalidade das escolas integradoras seria ade favorecer as mudanas de atitudes, discriminao e excluso de alunos deficien-tes, problemas, substituindo-as por movimentos de aceitao das diferenas indi-viduais e de relaes sociais saudveis, em vez de sentimentos de piedade e detolerncia. A Declarao de Salamanca foi um marco histrico para o desenvolvi-mento da educao mundial, no entanto, a distncia entre o discurso e a prticapermanece enorme, sendo sua operacionalizao lenta e inexistente em muitaslocalidades, estando muitas crianas longe de serem admitidas em uma instituioeducacional especial ou regular.

    No Brasil, ainda no atingimos esse ideal de atendimento educacionalem todas as instituies de ensino, porm verificamos um aumento do nmero desalas de recursos e salas de apoio oferecidas para atender a demanda e na elevaoda procura por vagas nos estabelecimentos especializados. Embora os atendimentoseducacionais aos portadores de deficincia tenham se elevado, o nmero aindapermanece tmido na insero dentro de classes regulares.

    O modelo educacional aplicado na cidade de Foz do Iguau no se dife-rencia das demais cidades do pas. A existncia de duas modalidades de educaoescolar existente comprova o nosso despreparo para trabalhar com a diversidade,intensificando as separaes e a dicotomia educacional. Os dados quantitativosencontrados nesta pesquisa atestam que, embora a Legislao Educacional Brasilei-ra em vigor defenda a preferncia pela incluso de alunos portadores de deficinci-as no sistema regular de ensino, os nmeros efetivos so pouco expressivos. Impor-tante ressaltar que as modalidades de Classe Especial, Sala de Apoio e Salas deRecursos disponveis na rede regular de ensino no deveriam representar o que seconsidera incluso educacional de qualidade, o que reduz ainda mais o princpio daEducao para Todos e o nmero total de seus beneficirios.

    Destacamos, ainda, a grande concentrao de populao jovem inseridano ensino fundamental e mdio das escolas de nossa cidade. Porm, os nmerosreduzem-se significativamente nos nveis do ensino profissionalizante e superior, de-monstrando as dificuldades de acesso a estes estgios de ensino. Mesmo com aexpanso das instituies de nvel superior particular no municpio, aumentando onmero de oferta de vagas, nem todos os estudantes reservam-se no direito de pleite-las. Os alunos ainda permanecem merc de um processo seletivo na InstituioPblica que induz a escolha dos melhores para fazerem parte do seu quadro acadmi-co. Pde-se observar, como resultado da pesquisa realizada nas Instituies de ensino

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    na cidade de Foz do Iguau, que os estabelecimentos tem direcionado uma maiorateno demanda existente, e esto procurando, de algum modo, receber e manteros alunos portadores de deficincia em suas dependncias. Os nmeros relativos aoingresso de alunos portadores de deficincias em estabelecimentos de Educao Es-pecial cresceram sensivelmente na cidade, fatores que podem ser atribudos a umamaior divulgao pela mdia e uma busca das famlias por melhores recursos educaci-onais e de qualidade de vida para estas crianas.

    7 A FORMAO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES COMO AGENTEPROPULSOR DA INCLUSO

    Um dos aspectos que se destacaram nas entrevistas desenvolvidas junto aosprofessores da rede regular de ensino foi o posicionamento demonstrado pelos mes-mos frente populao atendida. Os professores que possuem alunos portadores dedeficincia em suas salas de aula ou que j tiveram esta experincia demonstram inte-resse e pensamentos concretos pela incluso dos mesmos juntamente com os demais,sem deficincia. Aqueles professores que ainda no experimentaram a presena, nasala de aula, de alunos com algum tipo de deficincia justificam freqentemente a suaincapacidade e falta de formao profissional suficiente para tal.

    As necessidades de mudanas nos Programas Educacionais atuais so iminentes,e invocam a reflexo sobre a impropriedade e dicotomia entre as caractersticas educacio-nais, metodolgicas e incondicionalmente s relacionadas formao de professores.

    A formao de qualquer educador deve ser rica o bastante para permitir umaaguda conscincia da realidade em que ir atuar, uma fundamentao tericaque permita uma ao coerente, alm de uma satisfatria instrumentalizaotcnica que lhe possibilite uma ao eficaz.(MAZZOTTA, 1993, p.40).

    Os professores, em sua maioria, foram capacitados para trabalhar com ahomogeneidade dentro da sala de aula, o que lhes gera inmeras resistncias frentes diferenas mais acentuadas de alguns. Alegam, freqentemente, a sua incapaci-dade ou incompetncia para ensinar os alunos portadores de deficincias.

    O processo de construo do conhecimento de um aluno deficiente estmenos focalizado em suas caractersticas limitadoras, e mais nas diversificaes dasofertas educativas que as escolas devem dispor para todos.

    De acordo com o artigo n59 da Lei de Diretrizes e Bases da Educao,est inserida a mensagem sobre a capacitao dos professores do ensino regular

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    com vistas integrao dos portadores de deficincias nas classes comuns. Esta vemao encontro da proposta inclusiva que implica oferecer a todos os docentes osconhecimentos e habilidades indispensveis para atender s necessidades educaci-onais de seus alunos. O incentivo ao desenvolvimento da capacidade crtica doprofessor durante o seu processo de formao est intrinsecamente ligado ao seudesenvolvimento humano.

    Mazzilli tambm se refere a potencializao humana na formao dosprofessores:

    A transformao social a transformao das condies concretas da vidados homens. (MAZZILLI, 1994, p.57).

    Ao professor caberia o papel fundamental de dinamizar e integrar a diver-sidade dentro da sala de aula, incentivando a concretizao de aes efetivas nestemesmo sentido.

    O modelo de formao de professores se interligaria com um processo de inova-o e de reforma efetiva de todo o sistema de ensino. Com um novo modelo deformao de professores, a escola passaria a dar respostas s suas necessidades,ajustando-se a todo o tipo de casos e produzindo, no seu seio, os prprios sistemasde suporte. Esta seria, num dado sentido, a verdadeira Educao Especial, toman-do cada criana, deficiente ou no-deficiente, como um caso especial, tendo emateno as suas necessidades, as suas capacidades e os seus desejos, ou seja, o seuperfil intra-individual de aprendizagem. (FONSECA, 1995, p.226).

    A formao desejvel de professores, dentro das expectativas de umaeducao para todos, para a insero de alunos portadores de deficincia em esta-belecimentos regulares, abrangeria uma profunda anlise dos conhecimentos e pro-cedimentos relacionados aos alunos considerados divergentes do senso comum.Esta formao atingiria todos os nveis de ensino, a Educao Infantil, o EnsinoFundamental e Mdio, o Ensino Profissionalizante e o Ensino Superior.

    O papel do professor em sala de aula de fundamental importncia,pois, se a criana, o adolescente ou o jovem no tiveram oportunidade de adquirir,no seio da famlia, princpios de tolerncia e respeito frente diversidade scio-cultural, com a escola podem e devem exercer este papel.

    O conjunto de uma turma heterognea complexo, mas tambm otorna mais rico. As crianas, em sala de aula com o professor, aprenderiam a perce-ber o outro, o seu colega diferente, como um ser que possui emoes, desejos,capacidades, dificuldades e produtividade assim como elas prprias, desfazendo a

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    imagem estigmatizante do portador de deficincia. O papel do professor inevit-vel para que o crescimento de todos ocorra. Da a importncia no seu processo deformao profissional e desenvolvimento humano.

    O professor que aceita a diversidade em sala de aula deve ser capaz derefletir sobre sua prpria condio, enquanto ser humano, suas dificuldades e como elepercebe esta diversidade. Estas reflexes levam-nos aos cursos, no somente do ensinofundamental e mdio, mas tambm os de nvel superior nas reas de Cincias Exatas,Humanas e Biolgicas, pois da, tambm emergir uma grande parcela de educadores.

    O que se prope, a possibilidade de olhar e conviver com a diversidadecom ateno cuidadosa, principalmente para desfazer a imagem estereotipada queh tanto tempo a acompanha. Conviver com indivduos que tenham alteraes org-nicas no vai nos diminuir em nada, e deficientes que utilizam outra linguagem comorecursos para a fala e a escrita, s nos tm a acrescentar como seres humanos.

    Professores que j conviveram e convivem com a diversidade em sala deaula transmitem a sua satisfao tanto em oferecer como em receber conhecimento deseus alunos portadores de deficincias. Os pr-conceitos, anteriormente estabelecidospor professores, em sua grande maioria desfaz-se na presena de deficientes nas turmasregulares de ensino. Todos, de modo geral, crescem em auto-estima, autoconfiana,respeito, tolerncia, compreenso, colaborao, criatividade e relacionamento social.

    8 CONSIDERAES FINAIS

    Durante o processo de anlise e estudo reflexivo quanto s possibilidadestransformadoras da situao educacional dos indivduos portadores de deficinciainseridos nos estabelecimentos educacionais de Foz do Iguau, tornou-se inevitvelconsiderar a formao docente como fundamental para que os processos inclusivosocorram. A investigao das articulaes entre as polticas educacionais estabelecidase a prtica no cotidiano escolar e de formao docente torna-se urgente, verifican-do as possibilidades reais e limitadoras de elevao dos nmeros de portadores dedeficincias nestes estabelecimentos. Embora os alunos deficientes tenham sidoinseridos e obtido espao em escolas de ensino regular, muitas vezes ainda soconsiderados invasores dentro da sala de aula, trazendo sensao de desconforto,insegurana e temor equipe docente, coordenao, funcionrios e colegas deturma. Entretanto, a manuteno dos modelos de formao de professores vigenteno sistema educacional brasileiro perpetua as condies excludentes tanto das mai-orias quanto da prpria classe de docentes, mascara as estatsticas oficiais e prejudi-ca o processo emancipatrio de formao humana.

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    VVVVVol. 1 n 2 jul./dez. 2006ol. 1 n 2 jul./dez. 2006ol. 1 n 2 jul./dez. 2006ol. 1 n 2 jul./dez. 2006ol. 1 n 2 jul./dez. 2006 p. 267-282p. 267-282p. 267-282p. 267-282p. 267-282

    UUUUU N I O E S T EN I O E S T EN I O E S T EN I O E S T EN I O E S T E C C C C C A M P U SA M P U SA M P U SA M P U SA M P U S D ED ED ED ED E CCCCC A S C AA S C AA S C AA S C AA S C AV E LV E LV E LV E LV E LISSNISSNISSNISSNISSN 1809-52081809-52081809-52081809-52081809-5208

    9 REFERNCIAS

    BRASIL. Ministrio da Justia-CORDE. Normas e Recomendaes InternacionaisSobre Deficincias. Braslia: 1997.

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    TELFORD, C.W. e SAWREY, J.M. O Indivduo Excepcional. Rio de Janeiro: ZaharEditores, 1984.

    NOTAS1 Terapeuta Ocupacional pela Universidade Tuiuti do Paran em 1992; Especialista em

    Docncia do Ensino Superior; Responsvel pela Coordenao do Curso de TerapiaOcupacional da Faculdade Unio das Amricas de Foz do Iguau; Coordenadora doSetor de Terapia Ocupacional da Apae de Foz do Iguau desde 1995. Pesquisa desen-volvida como parte dos requisitos para a obteno do ttulo de Especialista em Docnciado Ensino Superior da Unio Dinmica de Faculdades Cataratas, 2005. E-MAIL:[email protected]

    2 Atualmente contamos com dados mais atualizados do censo escolar de 2005(MEC/INEP).

    3 Trata-se de citao de Mel Ainscow (1997) extrada de verso inglesa da Declarao deSalamanca.