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Lançamentos • Resenhas • Shows • Matérias • Entrevistas e Muito Mais. Edição numero 47, de 10 de noovembro de 2015 Produzido e Distribuído por October Doom Entertainment Entrevista I: Jupiterian se prepara para lançar seu primeiro Full e conta um pouco sobre oque esta por vir! Agenda: Final de Semana movimentado no RS, SP e RJ Entrevista II: Luxuria de Lillith. Um dos maiores nomes do Black Metal Brasileiro em Entrevista exclusiva Funeral Wedding: Resenha o álbum Sanctum in the Light, do Of Spires & Throne

October Doom Magazine Edição #47 10 11 2015

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Publicação Semanal com Entrevistas, Resenhas, Shows e Lançamentos sobre tudo oque acontece no Cenário Underground no Brasil e o mundo! Download: https://goo.gl/G6R5up

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Page 1: October Doom Magazine Edição #47 10 11 2015

Lançamentos • Resenhas • Shows • Matérias • Entrevistas e Muito Mais.

Edição numero 47, de 10 de noovembro de 2015Produzido e Distribuído por October Doom Entertainment

Entrevista I:Jupiterian se prepara para lançar seu primeiro Full e conta um pouco sobre oque esta por vir!

Agenda:Final de Semana movimentado no RS, SP e RJ

Entrevista II:Luxuria de Lillith. Um

dos maiores nomes do Black Metal Brasileiro

em Entrevista exclusiva

Funeral Wedding:Resenha o álbum

Sanctum in the Light, do Of Spires & Throne

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Sumario:

AGENDA DA SEMANA:Semana recheada de shows e festivais no Rio de Janeiros, São Paulo, e Rio grande do Sul

P. 14

Entrevista da Semana:Jupiterian lança seu novo álbum, Aphotic, e conta mais sobre o disco, a carreira e os planos da banda

P. 04 à 07

Funeral Wedding:Resenha do álbum Sanctum in the Light, da banda Of Spires & Throne

P. 8

Edição 47. De 10 de novembro à 16 de novembro de 2015

Expediente:

October Doom MagazineBy October Doom Entertainemnt

A October Doom Magazine é resultado da parceria e cooperação de alguns grupos e

iniciativas independentes, que trabalham em função de um Underground Brasileiro mais forte e completo, além de vários individuos anônimos que contribuem compartilhando e

disseminando este trabalho. Aqui, os nomes de alguns dos principais

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Editor Chefe: Morgan GonçalvesRedator: Morgan AustereRedator: Alysson MatheusRevisão: Solymar Noronha

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October Doom Magazine. #FeelTheDoom

Entrevista IILuxuria de LillithUm dos maiores nomes do Black Metal Brasileiro, em um papo sobre a carreira da banda e a Cena Black Metal Brasileira

P. 10 à 13

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ENTREVISTA:O Poder do Sludge Doom Jupiteriano

Jupiterian lança no dia 14 de novembro, seu primeiro álbum

completo, Aphotic, através da Black Hole Productions. O quarteto paulista fundado em 2013 possui, além do novo disco, o EP Archaic, lançado em 2014 e o single Drag Me To My Grave, lançado em abril desse ano. São passagens entre o Doom, o Sludge e o Death que tornam essa banda algo maravilhoso – e viciante – que se apresenta cada vez melhor. Por isso, nesta semana, na nossa entrevista especial, Jupiterian.

Morgan Gonçalves: Sejam bem-vindos, rapazes. A banda começou em 2013, mas com formação uma formação diferente, certo? Como começou o Jupiterian e como a formação se estabilizou como é hoje?

V.: Sim, o Jupiterian começou como um projeto bem raso em 2013. Era um sonho que eu tinha há anos de tocar em uma banda de Doom Metal. Minha ideia inicial era tocar guitarra pra poder participar ativamente do processo criativo, porém nem guitarra eu tinha, comecei usando uma guitarra emprestada do J. Martin, que tocava guitarra comigo no The Black Coffins nessa época. Chamei o pessoal que estaria interessado. A minha ideia era basicamente fazer death/doom melódico do começo dos anos 90, com influencias do Anathema, My Dying Bride, Winter, Paradise Lost, Katatonia, mas com o peso e imundice do sludge de bandas como Conan, Graves at Sea e etc. Fizemos os primeiros ensaios e o resultado foi ficando cada vez mais interessante e com o fim do Black Coffins, resolvi fazer do projeto uma banda full time e por estar trabalhando em todo processo, acabou que assumi o vocal pouco antes da gravação. Na época o nome da banda era Codex Ivpiter, mas como vc deve imaginar, era um tormento falar o nome da banda e fazer com que a pronuncia fosse entendida. Aí mudamos pra Jupiterian, que mantém a ideia inicial e acho um nome muito mais direto.

M.G: Quando eu parei para pensar no nome da banda, me lembrei de outro monstro paulista que tem nome de planeta: Saturndust. Por que vocês escolheram Júpiter como “Astro Regente”?

V.: Jupiter pra mim representa muita coisa, desde referencias mitológicas Greco/romanas como a liberdade de interpreta-las de uma forma lovecraftiana. A base do mundo presente na nossa música seria essa mistura de mundos, eras e seres abissais. Somos cosmicamente vizinhos do Saturndust hehe. Sou fã do som deles.

Por Morgan Gonçalves

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M.G: O primeiro registro da banda foi Archaic, lançado em 2014, e trouxe excelentes resenhas dos canais de mídia dentro e fora do Brasil. Como foi receber esse retorno positivo tão cedo?

V.: Cara, foi muito além do que esperávamos. Gravamos o EP de um jeito despretensioso, claro que eu sabia o que eu queria com ele em termos de timbres, do peso, da melodia, da temática como um todo, mas nunca esperei que em poucas semanas tivesse tantos reviews pelo mundo em sites focados em doom/sludge. Eu sabia que tinha algum potencial quando nós mandamos a mix pro James Plotkin masterizar e ele respondeu elogiando o timbre que conseguimos. Como fã do trabalho dele, poderia ter parado ali que já tava ótimo heheh

M.G: Archaic ainda rendeu dois videoclipes, para as músicas Procession Towards the Monolith e Archaic, que trazia imagens do documentário Jupiter Odissey, produzido pela NASA. Qual a história desses vídeos e o que eles representam para o Jupiterian?

V.: O video da Procession Towards the Monolith foi um grande amigo e artista visual chamado Rafael Nascimento. Ele também foi criador do olho que usamos como símbolo. O video da Archaic fui eu mesmo quem criou usando a junção do documentário que você citou e o Na Srebrnym Globie do Andrzej Żuławski. Minha ideia era poder fazer a junção dos dois criando uma história sobre uma tripulação que aterriza em um planeta dominado por uma civilização primitiva. Archaic fala sobre isso basicamente. Eu acho que os dois videos conversam entre si, contam uma história sobre o Archaic e tem esse link visual com o EP, por isso acho que eles são importantes pro Jupiterian, é a música contada de uma outra forma.

M.G: Aphotic é aquilo que é privado de luz. Como vocês relacionam a palavra ao novo trabalho da banda?

V.: O Aphotic é o fundo do abismo onde a vida prospera sem luz e sem esperança. A mensagem que tentamos transmitir com a nossa música é equivalente. Quisemos criar com esse disco um ambiente desolador, opressor e claustrofóbico. Esse é o caminho que trilhamos.

M.G: Entre Archaic e Drag Me to My Grave, a banda tem muito mais Death Metal do que em Aphotic, que vem mais Sludge até com passagens de Funeral Doom. Essa mudança é proposital ou é a banda encontrando a própria sonoridade?

V.: Eu posso dizer que a Drag Me to My Grave é quase uma homenagem direta às bandas de death doom que foram importantes pra mim ao longo da minha vida como o Paradise Lost e o Anathema dos primeiros discos. Dá pra dizer que ela seja o principal link com Death Metal, tirando o vocal gutural. Mas eu realmente não poderia me importar menos se nossa música está mais pra cá ou lá dentro de um estilo, se fazemos mais pra um ou pra outro lado. Nós simplesmente fazemos.

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Jupiterian é:V. (guitarra/vocal),A. (guitarra),R. (baixo) ,G. (bateria).Mais informações em:

Facebook.com/jupiteriandoomJupiterian.bandcamp.com/

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M.G: Aphotic será apresentado ao público na forma de CD deluxe, pela nacional Black Hole e de Tape, pela americana Caligari. Como você vê os olhares do mundo – e do Brasil – sobre o Doom Metal Brasileiro atualmente?

V.: Eu acho que o mundo não se importa com o Brasil em termos de música extrema underground. Não mesmo. Quem faz alguma coisa aqui tem que fazer porque gosta e acreditar naquilo que faz. O lance com a Caligari foi totalmente inesperado. Não sei como ele descobriu tão rápido porque dois dias depois de postamos a Drag Me to My Grave, ele entrou em contato dizendo que tinha amado a música e que tava rodando ela direto. Pediu pra mandarmos o resto do disco quando tivéssemos terminado. Assim que peguei o resto da master com o Mories do Gnaw Their Tongues, mandei pra ele e já respondeu em seguida dizendo que ele faria o lançamento. Com a Black Hole eu já tinha lançado um disco do Black Coffins com o selo. Dá pra dizer que a Drag Me foi um divisor de águas, porque também foi a mesma coisa, ele ouviu a música e disse que lançaria o cd.

M.G: O show de lançamento do novo álbum acontece no dia 14 de novembro, com as bandas Cassandra e Basalt. Como vocês veem o crescimento da cena Sludge no Brasil, através do surgimento dessas duas bandas, fundadas há menos de um ano?

V.: Eu acho que tem muita banda boa no brasil, uma das minhas preferidas é o Ourang Medan, do Nordeste. Cara, eu não costumo pensar nas coisas como crescendo ou decrescendo, fico com a impressão de que soa menor ou modista,

mas a verdade é que muitas bandas já estavam aí há anos, as pessoas que prestavam pouca ou nenhuma atenção no que estava acontecendo aqui no brasil. Tem as bandas novas, mas porque tem banda nova em qualquer estilo. Amanhã vai nascer umas 20 de black metal, outras 40 de thrash, 30 de grindcore… tem espaço pra todo mundo chegar e mostrar a que veio.

M.G: Há planos de turnê para o lançamento de Aphotic?

V.: Temos planos, mas não propriamente pro lançamento. Estamos tentando armar uma tour de divulgação pro meio de 2016, mas não tem nada certo ainda.

M.G: Este é o espaço para vocês agradecerem que ajudou até aqui, mandar mensagens, fazer convites e o que mais vier a mente. Fiquem à vontade:

V.: Valeu Morgan, obrigado pelo espaço. Ouçam Hellhammer. Louvem Satan.

M.G: Quero agradecer a participação de vocês, dizer que o disco ficou fantástico e que espero vê-los tocando ao vivo.

V.: Valeu demais pelas palavras, cara.

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Por: Rodrigo Bueno

Resenha da Semana

Banda: Of Spires & ThroneÁlbum: Sanctum in the LightLançamento: Out/2015Selo: Aesthetic Death

Tracklist: 1. Carrier Remain2. Fathom3. Upon the Spine4. Gallery of Masks

Mais em:

Facebook.com/ofspireandthrone

Ofspireandthrone.bandcamp.com/

Recebi este material desta banda escocesa de Extreme Doom com algumas passagens Sludge e flertando um pouco com o Drone.

São apenas 4 sons apresentados neste debut intitulado “Sanctum in the Light” e com aproximadamente 55 minutos.

“Carrier Remain” é a faixa de abertura e como não poderíamos deixar de esperar, ela é vagarosamente cativante, os vocais desesperados característicos do Sludge se fazem ecoar pela sala. A bateria cadenciada, lembrando um toque tribal e o baixo pulsante dando um peso absurdo para ela.

Seguindo adiante temos “Fathom”, é a faixa mais curta do play com pouco mais de 8 minutos. O baixo da a tônica da faixa, sendo seguido por distorções de guitarras (lê-se barulhos) característicos do Drone. Apesar de se manter praticamente em toda a música esta levada viajada, o sentimento de desespero e a vontade de sair correndo é grande.

“Upon the Spine” vem em seguida e consigo o desespero eminente. Seus acordes iniciais (guitarra e baixo) são de um sentimento depreciativo logo sentidos em seus poucos segundos de audição. A bateria tem uma participação especial aqui, pois segue de maneira intrincada, prendendo a atenção do ouvinte.

A última e derradeira faixa do álbum “Gallery of Masks” flerta fortemente com o Drone, principalmente em seu início, devido ao seu início, mas a medida em que a faixa avança, temos um excelente Doom, me fazendo lembrar os brasileiros do Vulkro. É incrível o poder sonoro que este trio escocês consegue transmitir em suas músicas. Recomendado e diversão na certa para os ouvintes fãs desta vertente.

Mais infromaões em:

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ENTREVISTA:

O Metal Negro do

Por Morgan Austere

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O Luxuria de Lillith nasceu em 1998 na cidade Goiânia estado de Goiás é veterana na cena do Black metal com vários álbuns lançados. Com apenas com três membros, a banda faz um Black metal caótico e de excelente qualidade. Lançou três álbuns completos: “A Volúpia Infernal”, “Sucumbidos pela Carne” e em 2014 a horda finalizou seu último disco, intitulado Mundo de Cadáveres. Do line-up Alysson Drakkar (bateria e vocal), Larakna (guitarrista e vocal) e Arkana (baixista). Convidamos todos a se perderem nos caminhos de Lillith.

Morgan Austere: Primeiramente, é um grande prazer estar executando esta entrevista. Quais as principais influências do Luxuria de Lillith?

Alysson Drakkar: A horda LDL agradece todo apoio do October Doom. Lembro-me nos anos 1990, quando ouvíamos as hordas extremas de Black Doom, chapávamos nas escritas de cartas, leituras ocultas, ciências proibidas, muitas noites compondo pergaminhos negros, escritas em prata, flyers todos feitos a mão, e em nossas fitas cassetes, a música tenebrosa de uma ruína sem fim, os encartes eram feitos em cópias preto e branco, vivíamos de fato a existência do Black Metal em nossa postura, mesmo 20 anos depois, parece não ter mudado em nada, apenas estamos mais velhos e mais conscientes rsss…

M.A: Lillith faz implicação à deusa adorada na Mesopotâmia associado com ventos e tempestades e que se imaginava ser uma portadora de doenças, enfermidades e morte... Como foi a escolha do nome? Quais foram às principais dificuldades encontradas pela banda?

Alysson Drakkar: A antiguidade sempre foi um dos fascinantes temas na cena obscura, nossa curiosidade pela origem das civilizações nos levaram aos temas obscuros de Lillith, um espírito feminino demoníaco dos mitos mesopotâmicos. A demonologia sempre esteve inserida em nossa cultura Black Metal, explicar sua origem, requer um longo texto para este pouco recorte de tempo, então deixamos para os apreciadores conhecerem melhor nosso trabalho através da discografia. Agora sobre as dificuldades, muitos me questionam como enfrentar essas situações. Como tenho respondido outras entrevistas anteriormente a respeito deste assunto, dificuldades todos temos, mas, realizar um trabalho requer esforço, interesse, dedicação e principalmente, vontade. E, num grande

projeto, você tem inúmeras metas que podem conter inúmeras intercorrências, mas, já em outras situações, tranquilidade para alcançar os objetivos desejados. Viver o ideal de uma banda, ou melhor, uma horda, requer intuição, persistência e bom senso, para realizar então, as atividades que constituem este trabalho. Manter uma banda Black Metal, num país onde a maioria é cristã, fundamentalista, discriminatória, permeada de pobreza e violência, onde todos se conflitam, é a guerra obscura. É algo para os sábios sobreviventes. Aaarrgghhhhh.

M.A: Antes de formar o Luxuria de Lillith, vocês participaram de outros projetos ou bandas? Qual sua opinião sobre a atual cena do Black metal, Depressive Suicide Black Metal, e Doom Metal no Brasil?

(Alysson Drakkar - Voz e bateria do Luxuria de Lillith)

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Alysson Drakkar: Sim, eu já apoiei dezenas, senão centenas de bandas relacionadas a cena Black Metal, Black Doom e Black Extremo. Já participei de uma banda de Goiânia chamada ‘Cheol’ de Black Metal, fundei uma horda chamada ‘Malkbeth’ que tinha uma sonoridade mais Black Metal Medieval, fundei uma horda chamada ‘Lua Negra’, que tem como proposta uma música sombria, com algumas levadas sombrias de Doom e algumas vezes, um som bem extremo, atualmente gravamos um álbum intitulado ‘Firmamento’, e estamos em fase de prensagem do disco. Dizer sobre a atual cena, é simplesmente estar inserido, vivendo e respirando ela, seja como for, zines online, seja pelas antigas cartas, seja pelas novas tecnologias da informação, seja fazendo música, compondo, seja na produção de eventos, seja, na produção de materiais e novos selos. Sejam nas lojas de metal extremo, nos bares de metal, sejam nas galerias, etc. Enfim, essas hordas para mim, principalmente Mystififer que conheci ainda adolescente, representam fortemente a cena obscura do metal negro brasileiro.

M.A: Realizado no dia 17 deste mês passado o Festival Goyattack Festival, contou com bandas como Mystifier, Vultos Vocíferos e Diabolical Tyrants, entre outras atrações. Como foi organizar um festival tão reconhecido na cena de Goiás, e nacionalmente, e ainda tocar na mesma noite? E qual foi a receptividade do público?

Alysson Drakkar: Realmente foi uma realização pessoal para mim, tanto pela atitude de realizar, quanto pela possibilidade de tocar nesta noite infernal. Agradeço principalmente à Arkana, minha esposa e baixista da horda Luxúria de Lillith, que sempre esteve ao meu lado para trabalharmos juntos neste projeto das trevas. O Goyattack Festival foi o primeiro, de inúmeros eventos relacionados a música das trevas, que estamos interessados em construir em Goiás, a receptividade do público foi devastadora!

M.A: A banda passou por várias transições de integrantes, como a banda lidou e lida com essas oscilações de músicos e como foi à integração da Larakna (guitarrista e vocal) e da Arkana (baixista)?

Alysson Drakkar: Sim, a integração de

pessoas que vieram para dar sua contribuição e o fortalecimento do nome Luxúria de Lillith. A iniciativa de realizar um Black Metal nacional com influências de bandas pioneiras do Brasil e das novas influências das bandas geladas da Europa, sempre foi um grande desafio, porém, foi em 2007, uma amiga do metal negro, Larakna, assume as guitarras e os backing vocals, enquanto eu, me mantive na bateria e voz principal. Somente no ano de 2011, Arkana assume os baixos, a banda se fixou neste power trio infernal, experimentando agora sua melhor fase ao vivo.

(Larakna - Voz e guitarra) (Arkana - Baixo)

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M.A: Lançado em 2005 (A Volúpia Infernal) foi o primeiro full-lenght da banda, as letras em português é uma característica da banda e do álbum. Como foi a escolha pelo nosso idioma nativo? Impaled Records é uma gravadora de Guaianazes estado de São Paulo que inclusive tem uma banda de Doom metal da Croácia no seu cast de bandas e bandas de Black Metal e Death metal. Como foi o ingresso da banda no cast da gravadora?

Alysson Drakkar: Sim, A Volúpia Infernal foi um álbum gravado entre 2001 e 2005, e lançado pelo selo sueco Zenor Records no mesmo ano, em 2006 licenciado pela Under Metal da Bolívia em 500 peças, e finalmente no ano de 2009 foi lançado pela Impaled Records de São Paulo - SP, neste ano de 2015, o álbum comemora seus 10 anos, e fizemos uma tiragem independente em 666 peças deste álbum, apesar da divulgação online, os pedidos cresceram muito pela aquisição da peça física. Mas, a Impaled Records Brasil, hoje tem um legado histórico de lançamentos e distribuição de vários títulos relacionados a música obscura.

M.A: E sobre o último álbum da Luxuria de Lillith o que podemos esperar desse novo álbum? Quais serão as principais peculiaridades desse novo trabalho?

Alysson Drakkar: Sinceramente, cada experiência uma nova abordagem sonora, estúdios diferentes, timbres diferentes, climas diferentes, manter algo que acabei de fazer será realmente impossível. Este novo álbum, se desprende do finado ‘Mundo de Cadáveres’, um disco voltado à música das trevas que inicialmente chamamos de ‘Nosferatos Experiências’ e que já ganhou um novo nome devido a construção artística do álbum. De forma peculiar, este disco deve agradar os fãs mais tradicionais da Luxúria de Lillith.

M.A: Novamente agradeço por estar realizando esta entrevista, tem algum recado para deixar para os fãs da horda?

Alysson Drakkar: Agradecemos aos adeptos da cena Black Metal e apreciadores da música obscura que alimentam este cenário de música, arte e literatura, com seus zines e festivais. Agradeço ainda ao October Doom Entertainment pelo apoio, e força a horda profana das trevas, Luxúria de Lillith. Nos vemos nos confins do inferno!

Mais informações no facebook da banda:

Facebook.com/luxuriadelillith

(Álbum A Volúpia Infernal - 2005)

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AGENDA:3 Barras Underground Open Air Festival 13 e 14/Nov

Sex/Sab

Em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, acontece nos dias 13 e 14 de novembro, o 3 Barras Underground Open Air festival, que reúne diversas atrações musicais da cena Underground, além de feira de material independente e exposição de artistas plásticos. Entre as diversas atrações, Mythological Cold Towers, In Absenthia, Cattarse, Space Guerrilla e muito mais. Os ingressos custam entre R$40 e R$50, variando entre um ou dois dias do evento. Mais informações em Facebook.com/events/1697719597116539/

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Sáb

15/Nov

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Jupiterian lança Aphotic

A banda paulista de Sludge Doom Metal Jupiterian lança oficialmente seu novo álbum, Aphotic. Além do quarteto, o Duo Cassandra e a banda Basalt também se apresentam no evento, que acontece no Dissenso Studio, que fica na Rua Anhaia, 1180, São Paulo. Com ingressos à R$10 antecipado ou R$15 na portaria.Mais em Facebook.com/events/844241562341612/

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Sab

15/Nov

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Necro no bar Maverick

Stoner Fest III

Dando sequência à turnê pelo Sudeste, depois de apresentação no festival Exhale the Sound, em BH, o Necro volta ao Rio para mais uma apresentação, desta vez, no bar Maverick, acompanhado das bandas Blind Horse e Psilocibina. Os ingressos saem por R$20, o bar fica na Rua Oswaldo Lussac, 102, Taquara, Rio de Janeiro e a casa abre às 19hrs. Mais informações em Facebook.com/events/479233008903369/

A terceira edição do Stoner Fest, da Stereo Produtora, acontece no próximo dia 15, no Tabu 386 (Rua Barros Cassal, 386 - Porto Alegre) e traz as bandas Mar de Marte, Wolftrucker e Phantom Powers.Os ingressos saem por R$15,00 e mais informações você encontra em Facebook.com/events/1806115272948420/

Mythological Cold Towers na Embaixada do Rock

São Leopoldo será palco da apresentação de um dos maiores nomes do Doom Metal Brasileiro, o Mythological Cold Towers. Na ocasião, a banda de São Paulo, que está apresentando seu mais recente trabalho, Monvmenta Antiqva, se apresenta na companhia do A Sorrowful Dre-am. Os ingressos custam entre R$ 15 e R$25Mais em Facebook.com/events/436823703185095/