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Matéria da Revista ABCFARMA sobre Oftalmologia: 7 dicas contra alergia nos olhos
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TexTo: celso arnaldo araujofoTos: divulgação
Oftalmologia
18 | revisTa ABCFARMA | ouTuBro / 2011
Quem é alérgico a pó e poluição geralmente fica ainda mais sensível nesta época em que a umidade relati-va do ar permanece abaixo da média por longos períodos. Além dos sin-tomas relacionados ao aparelho res-piratório, as pálpebras podem coçar tanto que, além de ferir a pele ao re-dor dos olhos, acabam desencadean-do até mesmo uma infecção ocular.
“Pálpebras e cílios protegem os olhos de corpos estranhos, mantendo a córnea lubrificada. Tanto é assim
que os olhos piscam mais frequen-temente quando algum agente irri-tante entra em contato. Aos primei-ros sinais de irritação em torno dos olhos, é importante tomar medidas que contenham o avanço do proble-ma e procurar um oftalmologista se a coceira persistir. Crianças alérgicas, inclusive, estão mais sujeitas a desen-volver ceracotone, que é uma doença degenerativa do olho”, diz o oftalmo-logista Renato Neves. O especialista destaca a importância de o paciente
aprender a identificar os agentes que mais facilmente irritam seus olhos, a fim de evitar desdobramentos, como inflamação e infecção ocular. “Além da poluição atmosférica, prin-cipalmente nos dias mais secos do ano a pessoa deve checar se a cocei-ra não é proveniente do uso de algum
7 Sete dicas contra alergianos olhos Os dias nunca estiveram tão secos como no começo de setembro
– é uma característica da Primavera. É tempo de sofrimento respiratório e de tormento para os olhos – sobretudo para quem já
tem olho seco. O oftalmologista Renato Neves, da Clínica Eyecare, dá sete dicas de como controlar a alergia quando o olho começa a secar e coçar
Dr. Renato Neves, da Eyecare
xampu, cosmético ou maquiagem”. Para as mulheres, delineador, lápis, rímel, sombra e pó compacto, por exemplo, podem ser tão agressivos que acabam desencadeando conjunti-vite. Isso também acontece quando os olhos entram em contato com alguns tipos de xampu e condicionador.
Pisca-pisca sobre alergias com o
Dr. Renato NevesA coceira da alergia é sempre
aliviada pelos colírios lubrificantes? Há algum risco na automedicação?
Alivia, sim, pois o colírio lubrifi-cante (vendido sem prescrição médi-ca) lava os alérgenos que entram em contato com os olhos, diminuindo a alergia. Normalmente, eles são inócu-os. Em tese, portanto, a automedica-ção não tem risco
Alergia ocular dá mais em mulher, por causa da maquiagem?
Nesse particular, sim. Mas a causa principal de alergia é o pó domiciliar
Quais são as diferenças entre os sintomas de alergia e conjuntivite?
Alergia: coceira e olho verme-lho. Conjuntivite: secreção e olho vermelho
Qual é o impacto de um dia terrivelmente seco para os olhos?
Ficam mais alérgenos no ar (pó-len, poeira) e evapora mais ainda a lá-grima dos olhos
OLHO SECO: muito além da alergia
Há pessoas com olho seco, quase sem lágrimas, independen-temente do clima. Por que o olho seca? O Dr. Renato Neves explica:
Quais as queixas ou sintomas do portador de olho seco?
As queixas ou sintomas incluem: “queimação” ocular ou sensação de ardência, olho vermelho, prurido, secreção, sensação de corpo estra-nho ou “areia”, dor, “sensação de olho seco”, fotofobia, infecções de repeti-ção, peso palpebral e fadiga ocular. Os sintomas caracteristicamente apresentam uma flutuação diurna e se agravam em certos ambientes e com certas atividades (uso de compu-tadores, ar-condicionado, fumo, clima quente e seco, etc)
O olho seco tem varias causas. Mas alguns fatores podem influir no apareci-mento dos sintomas:
Trabalho – a frequência do piscar pode diminuir de acordo com a atividade do indivíduo. Por exemplo, ela é menor durante a leitura, quando se trabalha diante da tela de um com-putador e outras atividades que re-querem atenção (filmes,games, etc).
Meio ambiente – os ambien-tes secos, poluídos, o frio, a calefação, o ar-condicionado e as cabines pres-surizadas contribuem para desesta-bilizar o filme lacrimal.
Medicamentos – vários me-dicamentos sistêmicos produzem diminuição das secreções exócrinas, exacerbando os sintomas do olho seco. Topicamente, a toxicidade de conservantes utilizados em certos colírios destrói a parte gordurosa da lágrima, favorecendo sua evaporação.
Irregularidades da super-fície ocular – qualquer elevação ou depressão na superfície ocular pode causar uma quebra na distribuição uniforme do filme lacrimal, levando aos sintomas de olho seco.
Idade – o envelhecimento pro-duz uma atrofia das glândulas lacri-mais, acarretando um fluxo menor de lágrimas. A flacidez palpebral senil também é um fator de desestabiliza-ção do filme lacrimal. Esses pacientes costumam ser mais sensíveis a alte-rações externas que podem provocar sintomas de olho seco.
Sexo – alterações do equilíbrio de estrógenos/andrógenos podem predispor ao aparecimento de olho seco, como o que acontece durante a gravidez, menopausa e no uso de con-traceptivos hormonais.
O que fazer?O paciente deverá procurar um
médico oftalmologista, que confirma-rá o diagnóstico e verificará qual a causa ou fator que está sendo respon-sável pelo olho seco, instituindo então o tratamento adequado, dependendo da causa de cada paciente. n
o dr. renato neves aponta sete dicas para evitar crises alérgicas nos olhos:
lavar os cílios com uma gota de xampu neutro para tirar qualquer resíduo prejudicial aos olhos
usar compressas geladas, para amenizar a coceira
Pingar lágrimas artificiais para lubrificar bem o cristalino e evitar o ressecamento
Tirar as lentes de contato antes de dormir, sempre
usar óculos escuros sempre que estiver ao ar livre – mesmo nos dias nublados
selecionar maquiagem de boa procedência, antialérgica
lavar bem o rosto antes de dormir, removendo todos os resíduos de poluição e a maquiagem.
1234567“De preferência, a pessoa alérgica deve lavar o rosto com um sabonete
infantil e enxaguar os cabelos sempre com a cabeça inclinada para trás, jamais para frente. A correta higiene dos olhos não deve ser negligenciada, já que coçar demais a vista pode contribuir para a
contaminação por alguma bactéria oportunista”, diz o médico.
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