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OS BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NO CONTROLE DO ESTRESSE, ANSIEDADE E DEPRESSÃO EXERCÍCIO ESTRESSE ANSIEDADE DEPRESSÃO Autora: Patrícia de Souza Tavares, RA nº. 001200600197 Orientador Científico: Prof. Ms. Débora Reis Garcia Curso de Educação Física - Licenciatura Universidade São Francisco – Campus de Bragança Paulista Av. São Francisco de Assis, 218, Jd. São José - CEP 12916-900 e-mail autora: [email protected] e-email orientadora: dé[email protected]

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OS BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NO CONTROLE DO ESTRESSE, ANSIEDADE E DEPRESSÃO

EXERCÍCIO ESTRESSE ANSIEDADE DEPRESSÃO

Autora: Patrícia de Souza Tavares, RA nº. 001200600197

Orientador Científico: Prof. Ms. Débora Reis Garcia Curso de Educação Física - Licenciatura Universidade São Francisco – Campus de Bragança Paulista Av. São Francisco de Assis, 218, Jd. São José - CEP 12916-900 e-mail autora: [email protected] e-email orientadora: dé[email protected]

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Resumo

O crescimento populacional nas grandes cidades leva a desequilíbrios

biológicos, causados por agentes estressores provenientes de nosso cotidiano.

Quando o indivíduo é influenciado pelos agentes estressores por um longo

período, este pode atingir altos níveis de estresse e ansiedade. De maneira

geral, a psicoterapia e medicação são usadas freqüentemente no tratamento

do estresse, ansiedade e depressão. Porém, o tratamento farmacológico pode

causar efeitos colaterais, o que resultou em novos estudos para desenvolver

tratamentos alternativos como, por exemplo, o uso de exercício físico, junto ou

não ao tratamento farmacológico, visando à diminuição dos escores de

depressão e ansiedade em testes científicos. O presente trabalho identificou

quais os tipos de exercícios físicos ajudaram na melhora dos níveis de

estresse, depressão e ansiedade, tendo em vista a correlação positiva,

exercício físico e fisiologia endocrinometabólica. Os resultados mostraram que

os exercícios aeróbios e anaeróbicos são eficientes no controle das patologias

citadas acima, mas alguns trabalhos indicaram que determinadas práticas

esportivas não causaram mudanças no quadro clínico. Os pacientes são

analisados por questionários padronizados, tal como inventário de Beck para

depressão e ansiedade, mas não há padronização nas outras partes do

experimento (seleção de indivíduos, tempo de pesquisa, ambiente e outros).

Assim, a comparação de resultados se torna difícil, criando discórdia entre

alguns pesquisadores em relação aos mecanismos responsáveis pela

diminuição dos níveis de estresse, ansiedade e depressão. Isto mostra que é

necessário desenvolver metodologias padronizadas de estudo, assim como

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aumentar os estudos relacionados com o efeito do exercício físico na melhora

do estresse, depressão e ansiedade.

Palavras-chave: estresse, ansiedade, depressão, exercício físico.

Abstract

In these great cities, population growth and life style bring several

biological disturbs such as stress, depression, and anxiety in different levels.

Usually psychotherapy and medication constitute the treatment in these cases,

but the medication would cause some collateral effects. Researches found that

physical exercise can be an alternative treatment, seeing that it helped in the

reduction of depression and anxiety scores. On the other hand, these

researches did not show what type of physical exercise (aerobic or anaerobic)

was better, beside they have showing that there are not a standard protocol

established about exercises methods. Patient usually are submitted to the

standardized questionnaires, such as Beck inventory to analyze of depression

and anxiety scores, but there are not standardized in relation to selection of

individuals, research period, environment and others factories. As a

consequence, it is difficult to compare the results of these researches.

Therefore, it is necessary to develop standardized methods of study, as well as

increasing the studies related to the effect of physical exercise on the

improvement of stress, depression and anxiety.

Key-words: stress, anxiety, depression, physical exercise.

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1. INTRODUÇÃO

Nas grandes cidades, os indivíduos estão sujeitos a vários fatores como,

por exemplo, transito caótico, violência, dificuldade econômica, poluição e

acúmulo de atividades sociais, que resultam em desequilíbrios biológicos, os

quais podem evoluir para um estado depressivo (BORGES; RAUCHBACH,

2004; WERNECK et al., 2006). O homem moderno é sedentário porque vive

num meio dominado pela automação e, portanto, perde gradativamente seus

movimentos e suas habilidades. Porém, os indivíduos fisicamente aptos e/ou

treinados tendem a apresentar menor incidência à maioria das doenças

crônico-degenerativas (DE CARVALHO et al., 1996; WARBURTON et al.,

2006).

A depressão rouba mais anos de vida útil nos Estados Unidos da

América (EUA) do que a soma dos casos relacionados com a guerra, o câncer

e a AIDS (ZAVASCHI et al., 2002). No Brasil, o Ministério da Saúde informou

que, entre 2003 e 2005, foram gastos, no tratamento de doenças associadas

com a saúde mental, 2,3% do orçamento anual total do Sistema Único de

Saúde – SUS (VIEIRA et al., 2007).

No tratamento tradicional de alguns tipos de doenças mentais (estresse,

ansiedade e depressão) é comum o uso de psicoterapia e medicação

(BLUMENTHAL et al., 1999; DE QUADROS et al., 2006), mas vem sendo

mostrado que: i) 30% a 35% dos pacientes não respondem ao tratamento; ii) a

medicação pode induzir efeitos indesejáveis que podem prejudicar a qualidade

de vida dos pacientes; e iii) mesmo nos casos em que houve melhora com o

uso de antidepressivos, existe um risco significativo de recaída depois de 1 ano

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do término do tratamento (BLUMENTHAL et al., 1999). Por outro lado, a prática

de exercício físico, que está sendo difundida como uma alternativa não

farmacológica no tratamento das doenças mentais (BABYAK et al., 2000;

STELLA et al., 2002; ANTUNES et al., 2005; DE QUADROS et al., 2006),

apresenta a vantagem de não causar efeitos colaterais indesejáveis

(BLUMENTHAL et al., 1999; STELLA et al., 2002), além de apresentar menor

taxa de recaída do que os tratados com medicação (STELLA et al., 2002;

BABYAK et al., 2000).

Os estudos do efeito da prática de exercícios físicos no humor e na

ansiedade foram iniciados na década de 70 (DE MELLO et al., 2005), os quais

vêm mostrando ao longo do tempo, que a prática de exercícios físicos pode

ajudar no tratamento do estresse, depressão e ansiedade. Porém, alguns

trabalhos indicaram que a prática de exercícios físicos não causou melhora no

quadro clínico dos pacientes com este tipo de patologia.

2. OBJETIVOS

O presente trabalho teve como objetivo geral verificar os benefícios da

atividade física no tratamento do estresse, da ansiedade e da depressão, além

de mostrar os tipos de exercícios físicos que foram considerados mais

eficientes. Os objetivos específicos foram: 1) compreender a relação do

exercício físico na fisiologia endocrinometabólica; 2) analisar as terapias

existentes para o estresse, ansiedade e depressão e as possíveis correlações

com a prática de exercícios físicos; e 3) verificar se há e quais são os

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benefícios dos exercícios físicos como tratamento do estresse, ansiedade e da

depressão.

3. REVISÃO DA LITERATURA

3.1 Estresse, ansiedade e depressão

A palavra estresse quer dizer pressão ou insistência e, portanto, estar

estressado significa “estar sobre pressão” ou “estar sob a ação de um estimulo

insistente” (NUNOMURA et al., 2004). O termo estresse também pode ser

definido como o estado gerado pela percepção de estímulos que provocam

excitação emocional (MARGIS et al., 2003). Quando estes estímulos perturbam

a homeostasia, eles disparam um processo de adaptação, que é caracterizado,

entre outras alterações, pelo aumento da secreção de adrenalina, o que produz

diversas manifestações sistêmicas oriundas de distúrbios fisiológicos e

psicológicos (MARGIS et al., 2003).

Estressor é qualquer estímulo capaz de provocar o aparecimento de um

conjunto de respostas orgânicas e/ou comportamentais relacionadas com

mudanças fisiológicas de padrão estereotípico, que incluem a hiperfunção da

supra-renal (NUNOMURA et al., 2004). Estes autores relatam uma série de

agentes estressores como, por exemplo, ambientais (calor, barulho e multidão)

e emocionais, que são considerados os mais freqüentes e importantes, os

quais podem afetar o ser humano (mudanças no estilo de vida, doenças,

problemas no trabalho, morte e aumento de responsabilidades).

O processo de estresse é caracterizado por três fases distintas

(CAROMANO et al., 2003). A fase I ou fase de alerta é constituída por sintomas

iniciais de estresse. Quando o estressor é indicado pelo organismo, há uma

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hiperatividade do sistema nervoso simpático, o que pode promover

hiperventilação, taquicardia e aumento da pressão arterial. A fase II ou fase de

resistência ocorre quando o estímulo estressor persiste por muito tempo. Isto

faz com que o indivíduo utilize sua energia adaptativa para restabelecer o

equilíbrio com o meio. A fase III ou fase de exaustão ocorre quando toda

energia adaptativa é consumida e, então, o organismo fica debilitado, dando

margem ao aparecimento de várias doenças, que podem variar de acordo com

a vulnerabilidade de cada indivíduo. A resposta ao estresse pode ser do tipo

cognitivo, comportamental e fisiológico (MARGIS et al., 2003). A resposta ao

agente estressor depende em grande parte da forma como o indivíduo filtra e

processa as informações, assim como avalia as situações ou estímulos que

devem ser considerados relevantes, agradáveis ou aterrorizantes.

A ansiedade é um padrão de resposta incondicionado, com um conjunto

de reações fisiológicas referentes à emissão de comportamentos de luta ou de

fuga frente a situações perigosas (SENA FILHO et al., 2006). A ansiedade

pode ser dividida em dois tipos: ansiedade-traço que representa a acomodação

da personalidade de modo quase permanente (condição estável) e ansiedade-

estado que representa as reações do indivíduo frente a situações ou tensões

temporárias (DE QUADROS et al., 2006). Quando o indivíduo está ansioso

ocorre um aumento da freqüência cardíaca, do consumo de oxigênio, da

pressão arterial e da freqüência respiratória (DE QUADROS et al., 2006). Os

principais sintomas associados com a ansiedade são: náusea, delírio, secura

na boca, sensação de fadiga ou fraqueza, bocejo freqüente e tremor.

O indivíduo com ansiedade pode desenvolver depressão em decorrência

do grande tempo de exposição às tensões adquiridas durante a vida cotidiana.

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O termo depressão foi apresentado em dicionário médico a partir de 1860

(CORDÁS, 2002). A depressão é uma condição freqüente e crônica, que é

associada com altos níveis de incapacitação funcional, isto é, o indivíduo não

consegue se enquadrar perante a sociedade (SENA FILHO et al., 2006). Na

vida adulta, há vários fatores associados com a depressão como, por exemplo,

os agentes estressores oriundos da infância, tais como morte dos pais ou

substitutos, privação por abandono materno ou paterno, separação ou divórcio

entre outros (ZAVASCHI et al., 2002). Os sintomas associados com a

depressão são: tristeza e/ou irritabilidade durante a maior parte do dia e

freqüentemente; indisposição (desânimo e cansaço); perda gradativa da

capacidade de sentir prazer nas atividades habituais (trabalho, lazer e desejo

sexual); sentimentos de culpa, insegurança, entre outros (BORGES;

RAUCHBACH, 2004; BENEDETTI et al., 2008). A tendência para ter doenças

afetivas seria herdada geneticamente, passadas dos pais ou avós para as

outras gerações.

3.2 Metodologias de análise do nível de estresse, ansiedade e depressão

aplicadas nos estudos do efeito do exercício físico na saúde metal

Há vários instrumentos descritos para avaliar os níveis de ansiedade ou

depressão, tais como: escala de ansiedade de Hamilton, inventário IDATE

(ansiedade estado ou traço), inventário de ansiedade ou de depressão de Beck

e escala hospitalar de ansiedade e depressão (MARCOLINO et al., 2007). Os

estudos do efeito do exercício físico sobre a saúde mental empregam tais

métodos para avaliar os níveis de ansiedade ou de depressão dos indivíduos

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(CAROMANO et al., 2003; NUNOMURA et al., 2004; MATTOS et al., 2004;

ANTUNES et al., 2005; SANTOS; KNIJNIK, 2006).

O inventário de depressão de Beck é um dos métodos de auto-avaliação

mais usados tanto em pesquisa como em clínica (GORESTEIN; ANDRADE,

1998), tendo sido traduzido para vários idiomas e validado em diferentes

países. A escala original consiste de um questionário com 21 questões,

incluindo sintomas e atitudes, cuja intensidade varia de 0 a 3. Os sintomas para

depressão apontados no inventário de Beck podem ser avaliados de acordo

com o grau de intensidade, que varia de mínimo, leve, moderado até grave,

conforme apresentado na Tabela 1. Além disso, os indivíduos devem

preencher uma ficha com várias informações como, por exemplo, sexo, idade,

escolaridade, estado civil, renda familiar e endereço residencial.

Tabela 1: Classificação de intensidade da depressão com bases no inventário de Beck.

Nível Escores

Mínimo 0-11

Leve 12-19

Moderado 20-35

Grave 36-63

Fonte: BECK, 1998.

O perfil dos indivíduos submetidos aos estudos do efeito da atividade

física na saúde mental variou em cada trabalho, pois se observaram desde

pessoas sedentárias (mais de 12 anos sem praticar exercícios físicos) até

praticantes de atividades físicas moderadas. O recrutamento dos indivíduos foi

realizado em função de testes físicos ou simplesmente por participarem ou

freqüentarem escolas de educação física ou programas de exercícios físicos

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(CAROMANO et al., 2003; NUNOMURA et al., 2004; ANTUNES et al., 2005;

SANTOS; KNIJNIK, 2006). Embora haja certa padronização na avaliação

psicológica dos pacientes, não se observou a padronização das metodologias

aplicadas nas outras partes do experimento, tais como seleção de indivíduos,

tempo de pesquisa, ambiente e outros.

3.3 Efeito do exercício físico no tratamento do estresse, ansiedade e

depressão

O emprego de cinco minutos de exercício físico pode ser suficiente para

induzir um efeito ansiolítico, mas tal efeito foi mais significativo quando o

programa de treinamento teve duração superior a dez semanas (SCULLY et

al., 1998). O efeito ansiolítico foi pouco significativo quando o programa de

treinamento teve duração inferior a nove semanas. A realização de exercícios

físicos resultou numa série de alterações fisiológicas e bioquímicas envolvidas

com a liberação de neurotransmissores e ativação de receptores específicos

(CHEIK et al., 2003), que auxiliaram na diminuição dos escores indicativos de

depressão e ansiedade, uma vez que alguns desses neurotransmissores

contribuem para o aparecimento ou diminuição destas patologias.

O exercício físico aeróbio realizado com intensidade moderada e com

longa duração (acima de 30 minutos) propícia alívio do estresse ou tensão

devido ao aumento da taxa de endorfina (STELLA et al., 2002; PELUSO, 2003;

NUNOMURA et al., 2004; ANTUNES et al., 2005). Este hormônio age sobre o

sistema nervoso, reduzindo o impacto estressor do ambiente, o que pode

prevenir ou diminuir transtornos depressivos. Além disso, a atividade física

pode aumentar a transmissão sináptica da mono-amina (PELUSO, 2003;

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ANTUNES et al., 2005; VIEIRA et al., 2007; MORAES et al., 2007), que atua

supostamente como antidepressivo. Da mesma maneira que seria uma

simplificação afirmar que a eficácia dos antidepressivos se deve ao aumento da

transmissão sináptica da mono-amina, essa hipótese, apesar de plausível,

parece simples demais para explicar a melhora de humor associada com o

exercício físico.

Além das hipóteses fisiológicas, observaram-se também várias

hipóteses psicológicas para explicar o efeito do benefício do exercício físico na

saúde mental, sendo as principais: distração, auto-eficácia e interação social

(PELUSO, 2003). A hipótese de distração implica na redistribuição dos

estímulos desagradáveis durante e depois da atividade física, o que levaria à

melhora do humor. Já a hipótese de interação social se baseia no fato de que

há uma cooperação mútua entre os indivíduos praticantes de atividade física

(integração social), o que pode auxiliar no tratamento de melhora da saúde

mental.

Peluso (2003) indicou a necessidade de desenvolver um modelo

psicológico plausível, que correlacione às hipóteses fisiológicas e psicológicas,

com o intuito de explicar o efeito dos exercícios físicos na melhora da saúde

mental.

De Carvalho et al. (1996) indicaram que um programa regular de

exercício físico deve possuir pelo menos três componentes: aeróbio,

sobrecarga muscular e flexibilidade, variando a ênfase em cada um de acordo

com a condição clínica e os objetivos de cada indivíduo. No entanto, a maioria

dos trabalhos relacionados com o efeito do exercício físico na diminuição dos

níveis de ansiedade e depressão recomenda a prática de atividades aeróbias,

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tais como: caminhada, natação, dança, ginástica aeróbica, alongamento,

hidroginástica, fitness, Tai Chi Chuan e Yoga, pois ajudam o corpo a retornar

para um estado mais relaxado (STELLA et al., 2002; NUNOMURA et al., 2004;

MATTOS et al., 2004; BORGES; RAUCHBACH, 2004; ANTUNES et al., 2005;

SENA FILHO et al., 2006; MORAES et al., 2007).

Embora estas doenças mentais possam afligir todos os indivíduos ativos

da sociedade moderna, os estudos sobre o efeito do exercício físico na

diminuição dos níveis destas patologias são principalmente desenvolvidos para

indivíduos com idade intermediária e idosos (FRANCHI; MONTENEGRO, 2005;

ANTUNES et al., 2005; SANTOS; KNIJINIK, 2006). Idosos que não praticam

atividades físicas mostraram uma maior propensão para estados depressivos

do que aqueles fisicamente ativos (BORGES; RAUCHBACH, 2004; MORAES

et al., 2007). A Figura 1 mostra que os indivíduos não ativos (homens e

mulheres) com faixa etária entre 75 e 79 anos apresentaram maior tendência

para depressão.

0

10

20

30

40

50

60

65-69 70-74 75-79 > 80

Idade

Ten

dênc

ia p

ara

depr

essã

o (%

) ......

.......

Ativos Não ativos

Figura 1 - Tendência à depressão em idosos ativos e não ativos em relação à prática de exercícios físicos (BORGES; RAUCHBACH, 2004).

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Segundo as observações de Mattos et al. (2004), os psiquiatras

avaliados em seu estudo indicaram que o exercício físico causou uma

diminuição de vários fatores considerados depressivos. A Figura 2 mostra os

principais sintomas relacionados com a depressão, que foram amenizados pela

prática de exercício físico.

4%

11%

7%

21%

11%

11% 7%14%

14%

Melhora do humor

Nenhum sintoma

Melhora da imagem corporal

Diminuição da insônia

Interação social

Melhora da auto estima

Maior disposição

Diminuição da ansiedade

Diminuição da tensão

Figura 2 - Sintomas relacionados à depressão citados como amenizados pelo exercício físico na percepção dos psiquiatras (MATTOS et al., 2004).

Antunes et al. (2005) escolheram quarenta e seis voluntários com média

de idade de 67 anos e com características sedentárias e os dividiram de forma

aleatória em dois grupos. O primeiro grupo, denominado de controle, não foi

submetido à atividade física, mas foi monitorado durante toda a pesquisa. O

segundo grupo, denominado de experimental, foi submetido à atividade física

aeróbia pelo menos três vezes por semana durante seis meses. Estes

indivíduos foram inicialmente submetidos a exercício aeróbio por vinte minutos,

com posterior utilização de cicloergômetro de 9,5 HR (voltas por minuto). Os

níveis de depressão e ansiedade foram avaliados por meio de questionário

aplicado no início e final da pesquisa, sendo os resultados apresentados na

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Figura 3. Os indivíduos foram avaliados quanto à depressão pelo método de

escala de depressão geriátrica. A ansiedade foi avaliada pelo método de

Spielberger State trait Anxiety (ANTUNES et al., 2005), que apresenta quatro

níveis de escala para ansiedade (0-30: baixo, 31-49: médio, 50: alto). Neste

estudo, os indivíduos apresentaram nível médio de ansiedade, como

observado na Figura 3. Os níveis de depressão, ansiedade-traço e ansiedade-

estado não apresentaram diferenças estatísticas entre os resultados obtidos

antes e depois da pesquisa para o grupo controle. No entanto, observaram-se

diminuições significativas nestes níveis para o grupo experimental (Fig. 3),

indicando que a prática de atividade física pode ser usada como uma terapia

não-farmacológica no combate a depressão e ansiedade em indivíduos idosos.

0

10

20

30

40

50

Antes Depois Antes Depois

Grupo de controle Grupo experimental

Niv

eis

de e

scor

e

.....

..

Depressão Ansiedade-traço Ansiedade-estado

Figura 3 - Resultados das análises de depressão, ansiedade-traço, ansiedade-estado de indivíduos idosos. Dois grupos foram analisados: 1) Grupo de controle (indivíduos que não foram submetidos à atividade física) e 2) Grupo experimental (indivíduos submetidos à atividade física aeróbia e ciclos ergométricos durante seis meses). Os dois grupos foram avaliados antes e depois do tratamento (ANTUNES et al., 2005).

Blumenthal et al. (1999) estudaram, por um período de 16 semanas, o

efeito do exercício físico sobre a depressão em pacientes idosos com idade

variando de 57 a 77 anos. Os autores realizaram avaliações médicas e

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psiquiátricas em 226 pacientes e, então, escolheram 156 pacientes com escore

de depressão maior do que 13 na escala do inventário de Beck (Tabela 1). Os

pacientes escolhidos foram separados aleatoriamente em três grupos distintos,

sendo 48 indivíduos para o grupo de medicação, 53 para o grupo de

treinamento físico e 55 para o grupo combinando medicação e treinamento

físico. Após o teste de avaliação de capacidade máxima aeróbia, os indivíduos

submetidos ao treinamento físico realizaram exercícios em que atingiam de

70% a 80% da sua capacidade máxima aeróbia. O treinamento físico envolveu

10 minutos de aquecimento, seguido por 30 minutos de caminhada e 5 minutos

de exercícios para alongamento e resfriamento do corpo. A Figura 4 mostra os

resultados de escore do nível de depressão dos três grupos de pacientes

avaliados antes e depois do tratamento. Antes do tratamento, os três grupos

(medicação, exercício e combinação) apresentaram níveis de depressão

próximos (Fig. 4). Depois do tratamento, os três grupos tiveram uma diminuição

significativa do escore de depressão (Fig. 4), mostrando que o exercício físico

foi tão eficiente quanto à medicação no tratamento dos indivíduos com

depressão. Porém, a combinação de medicação e treinamento físico resultou

num escore de depressão maior do que aqueles observados para os grupos de

medicação e exercício separadamente (Fig. 4).

Stella et al. (2002) observaram resultados similares aos apresentados na

Figura 4 para pacientes idosos com desordem depressiva. Eles observaram no

final de 16 semanas, que os três grupos (medicação, exercício, combinação de

medicação e exercício) apresentaram diminuição do escore de depressão,

embora os pacientes sob medicamento tenham mostrado uma resposta inicial

mais rápida. Stella et al. (2002) concluíram que a atividade física regular deve

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ser considerada como uma alternativa não-farmacológica do tratamento de

transtorno depressivo. Seis meses após o término do tratamento, os indivíduos

tratados com exercício físico apresentaram menor taxa de recaída do que os

tratados com medicação, indicando que a terapia com exercício físico foi viável

(STELLA et al., 2002), principalmente quando se aplica o exercício por um

longo período.

0

5

10

15

20

25

Medicação Exercício Combinação

Grupos experimentais

Esc

ore

do n

ível

de

depr

essã

o

..

........

Antes Depois

Figura 4 - Resultados de escore do nível de depressão determinado pelo inventário de depressão de Beck. Três grupos experimentais foram avaliados: 1) Medicação (tratamento via medicação); 2) Exercício (tratamento via treinamento físico); e 3) Combinação (tratamento combinando medicação e treinamento físico). Os três grupos foram avaliados antes e depois do tratamento (BLUMENTHAL et al., 1999).

Babyak et al. (2000) verificaram que cerca de 90% dos pacientes

tratados com exercício físico não apresentaram depressão após quatro meses

de tratamento. Já os pacientes submetidos ao tratamento com medicação,

somente cerca de 50% não apresentaram depressão, enquanto os pacientes

submetidos ao tratamento combinado (exercício físico e medicação) apenas

cerca de 60% se recuperaram. Após seis meses do término do tratamento, os

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pacientes do grupo de exercício físico apresentaram apenas 8% de recaída,

enquanto os pacientes dos grupos de medicação e combinação apresentaram

40% e 30% de recaída, respectivamente.

Nunomura et al. (2004) observaram uma tendência de diminuição dos

níveis de estresse em indivíduos com idade média de 45 anos submetidos à

prática de exercícios aeróbios por um ano. No entanto, os autores indicaram

que os níveis de diminuição foram baixos devido ao curto tempo disponibilizado

para a pesquisa, sendo indicado um prazo maior para obtenção de resultados

mais significativos. Caromano et al. (2003) observaram que a prática isolada de

exercício físico em água aquecida não se fez suficiente para atingir uma

melhora evidente nos níveis de estresse em jovens estudantes (com idade

média de 22 anos). Estes resultados mostraram que o tempo de execução e a

modalidade da atividade física influenciam de forma significativa nos resultados

referentes à diminuição dos níveis de estresse.

4. DISCUSSÃO

Embora haja vários métodos de análise dos índices de ansiedade e

depressão, apenas alguns trabalhos tiveram a preocupação de indicar o

método de análise empregado no estudo do efeito do exercício físico na

melhora da saúde mental (BLUMENTHAL et al., 1999; BABYAK et al., 2000;

STELLA et al., 2002; CHEIK et al., 2003). De modo geral, o método de análise

mais usado foi o inventário de depressão de Beck (BLUMENTHAL et al., 1999;

BABYAK et al., 2000; CHEIK et al., 2003), seguido pela escala de ansiedade

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de Hamilton (BLUMENTHAL et al., 1999; BABYAK et al., 2000; STELLA et al.,

2002).

A presença de resultados contraditórios e inconsistentes pode ser

atribuída às diferenças metodológicas observadas nos trabalhos de pesquisa e

aos erros e limitações nos experimentos que incluem: falta de randomização

e/ou grupo de controle, amostra pequena e/ou não representativa da

população, instrumento de medida inadequado, tempo de mensuração após o

exercício (pode ser insuficiente para detectar mudanças), delineamento pré-

experimental e falta de validade externa em relação ao ambiente da prática de

exercício (BLUMENTHAL et al., 1982; BLUMENTHAL et al., 1999; WERNECK

et al., 2006).

Os efeitos do exercício físico regular no humor foram estudados, na

maior parte das vezes, com atividades físicas aeróbicas (NUNOMURA et al.,

2004; GOMES et al., 2004; DE MELLO et al., 2005; SENA FILHO et al. 2006),

mas se observaram evidencias de que as atividades físicas anaeróbias

(musculação ou treinamento de flexibilidade) também podem diminuir a

sintomatologia depressiva (DE CARVALHO et al., 1996; DE MELLO et al.,

2005).

Em relação aos sintomas de ansiedade não há um consenso, pois se

observaram relatos indicando que as atividades físicas anaeróbias podem ser

mais efetivas ou não em relação às atividades físicas aeróbias (SCULLY et al.,

1998; PELUSO, 2003). Quanto aos efeitos agudos da atividade física aeróbia,

pode-se dizer que houve uma melhora nos sintomas depressivos e ansiosos,

após um único episódio de exercício, com duração de algumas horas até um

dia (PELUSO, 2003). Em relação à ansiedade, observaram-se indícios de que

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a atividade física anaeróbia pode apresentar o mesmo efeito da atividade física

aeróbia, mas somente três horas depois de encerradas as atividades físicas

(PELUSO, 2003; DE QUADROS et al., 2006).

Além da melhora na saúde mental, a prática de exercícios físicos

também melhora a qualidade de vida dos pacientes com outros tipos de

patologias não psiquiátricas, tais como oclusão arterial periférica e fibromialgia

(DE CARVALHO et al., 1996; WARBURTON et al., 2006; VALIM, 2006), e

ajuda no alívio de sintomatologias diversas, como abstinência à nicotina e

menopausa (PELUSO, 2003).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados apresentados no relatório da Organização Mundial da

Saúde (OMS) indicaram que a depressão está em quarto lugar entre as

doenças de maior AVAD (anos de vida perdidos por morte prematura e por

incapacidade), podendo chegar ao segundo lugar nos próximos vinte anos. O

estresse, ansiedade e depressão são causados por agentes estressores que

se encontram no cotidiano da sociedade moderna. Assim, todos os indivíduos

estão sujeitos a estas doenças e, portanto, deve-se estudar e conhecer o

tratamento destas patologias, já que o número de casos está aumentando de

forma considerável no mundo.

A psicoterapia e a medicação são usadas no tratamento convencional

das doenças mentais, entre elas o estresse, a ansiedade e a depressão.

Alguns estudos têm mostrando que este tipo de tratamento causa efeitos

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colaterais que afetam a saúde e, então, propuseram um tratamento alternativo

com base na prática de exercícios físicos.

Os resultados mostraram que os exercícios aeróbios e anaeróbicos

foram eficientes no controle do estresse, depressão e ansiedade, mas alguns

trabalhos indicaram que determinadas práticas esportivas não causaram

mudanças no quadro clínico. Os pacientes foram analisados por questionários

padronizados, tal como inventário de Beck para depressão e ansiedade, mas

não houve uma padronização nas outras partes dos experimentos (seleção de

indivíduos, tempo de pesquisa, ambiente e outros). Assim, a comparação de

resultados se torna difícil, criando discórdia entre alguns pesquisadores em

relação aos mecanismos responsáveis pela diminuição dos níveis de estresse,

ansiedade e depressão. Isto mostrou que é necessário desenvolver

metodologias apropriadas de estudo, assim como aumentar os estudos

relacionados com o efeito do exercício físico em diferentes protocolos

experimentais e os efeitos dos níveis de estresse, ansiedade e depressão.

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