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  • Trabalho apresentado ao GT Turismo e Desenvolvimento Regional do V Seminrio de Pesquisa em Turismo do Mercosul Caxias do Sul, 27 e 28 de junho de 2008.

    Os Cursos de Gastronomia no contexto do Turismo: uma breve reflexo1

    Silvana Mello Furtado2Thaina Pacheco Schwan3Nilma Morcerf de Paula4Universidade Anhembi Morumbi

    Resumo

    Os estudos relacionados alimentao fora do lar encontram no turismo um campo frtil para investigao de diferentes naturezas, tais como: questes voltadas para a formao de identidades regionais; questes de carter econmico e questes comportamentais, dentre outras. O presente artigo tem por objetivo analisar a contribuio dos cursos de gastronomia para o desenvolvimento do turismo local, a partir da identificao de sua distribuio geogrfica em relao aos destinos tursticos definidos pelo Ministrio do Turismo em parceria com a Fundao Getlio Vargas.

    Palavras-chave: Turismo; Desenvolvimento regional; Formao profissional; Gastronomia.

    Introduo

    O turismo tem um papel importante no desenvolvimento econmico do pas

    respondendo, aproximadamente, por 10% do Produto Interno Bruto - PIB, gerando empregos

    e criando novos negcios. O turismo engloba vrias atividades como as de entretenimento,

    lazer, hospedagem, eventos, negcios e gastronomia. A atividade turstica ocupa, atualmente, um papel de fundamental importncia na economia mundial, contribuindo relevantemente para a gerao de empregos e, conseqente aumento do fluxo da circulao de riquezas, ocasionando uma elevao de renda per capta e gerao de divisas(CALDAS, 2005, p.395).

    1 Trabalho apresentado ao GT Turismo e Desenvolvimento Regional do V Seminrio de Pesquisa em Turismo do MERCOSUL Caxias do Sul, 27 e 28 de junho de 2008.2 Mestranda do Programa de Hospitalidade e Professora dos cursos de Turismo e Hotelaria da Universidade Anhembi Morumbi. Organizadora e co-autora do livro Turismo e Hotelaria: uma viso multidisciplinar. Endereo eletrnico: [email protected] Mestranda do Programa de Hospitalidade e especialista em Padres gastronmicos pela Universidade Anhembi Morumbi, graduada em Gastronomia pela Faculdade Novo Milnio (Vila Velha ES). Atua como chef no Bistr Casa do Porto (So Paulo SP). Endereo eletrnico: [email protected] Doutora em administrao de Empresas pela EAESP/FGV. Docente do Programa de Mestrado em Hospitalidade e Coordenadora do curso de especializao Gesto de Servios em Hospitalidade da Universidade Anhembi Morumbi. Lder do grupo de Pesquisa Gesto e Cultura da Alimentao.Endereo eletrnico: [email protected]

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    GT 07 Turismo e Desenvolvimento Regional

    mailto:[email protected]:[email protected]

  • Trabalho apresentado ao GT Turismo e Desenvolvimento Regional do V Seminrio de Pesquisa em Turismo do Mercosul Caxias do Sul, 27 e 28 de junho de 2008.

    A atividade turstica caracteriza-se pelos seus componentes tangveis e intangveis. Este

    estudo abordar a gastronomia inserida no contexto do turismo considerando que os produtos

    por ela oferecidos compreendem a exemplo da atividade turstica, aspectos tangveis

    (refeio) e intangveis (servios prestados). Segundo Valls (2006), a alimentao

    componente tangvel de um destino turstico, seja no produto oferecido, seja no servio

    prestado aliado ao componente intangvel da hospitalidade. Esta afirmao se baseia no fato

    de que a alimentao representa aes de acolhimento ao turista, recepo, acompanhamento,

    entretenimento e a interpretao da cultura local, criando e reforando a identidade do destino.

    Afirma, ainda, que nos destinos que se encontram na fase inicial do ciclo de vida a

    hospitalidade surge naturalmente; j nos destinos mais maduros, com o profissionalismo das

    relaes trabalhistas, essa caracterstica de hospitalidade se perde. Em ambos, contudo, o

    profissionalismo se faz necessrio: no primeiro, levando a hospitalidade para alm dos seus

    estgios iniciais e, no segundo, o profissionalismo dever conduzir a ela (hospitalidade).

    A imagem dos destinos tursticos esta atrelada entre outros fatores aos servios

    prestados e vivenciados por cada turista. Desta forma, a qualificao dos recursos humanos

    afetar a percepo e avaliao final do turista.

    Existe uma necessidade inquestionvel da qualificao de recursos humanos no setor do turismo e

    hotelaria, e a dependncia do trabalho sem qualificao com o aprendizado no emprego,

    responsvel por muitos produtos tursticos de baixa qualidade ou mesmo pela decadncia

    prematura de muitos destinos (COOPER et al, 2007, p.312).

    Observa-se que a evoluo do setor hoteleiro vem contribuindo para a qualidade da

    receptividade nos destinos tursticos. Este fato evidenciado pelos novos investimentos

    realizados na rea, pela criao de cursos voltados para a formao da mo de obra para o

    setor e, atravs da oportunidade de negcios gerada com a criao de novos

    empreendimentos. A combinao de todos estes fatores contribuiu para a elevao da oferta

    qualitativa e quantitativa no turismo.

    O turismo absorve pessoas de baixa capacitao para o trabalho em suas atividades

    correlatas como na restaurao. (Tomazoni, 2007).

    A exemplo da hotelaria, verifica-se a necessidade de trazer, tambm, a alimentao, para

    um patamar de alta qualificao e de profissionalismo de modo a agregar valor atividade

    turstica. Esta necessidade surge da dificuldade de se interpretar o turismo desvinculado do

    pilar alimentar uma vez que este tanto pode ser uma estrutura de apoio como servir de

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  • Trabalho apresentado ao GT Turismo e Desenvolvimento Regional do V Seminrio de Pesquisa em Turismo do Mercosul Caxias do Sul, 27 e 28 de junho de 2008.

    atrativo principal em algumas localidades. Pesquisas realizadas por diferentes autores

    demonstram a importncia da alimentao para o turismo. Krippendorf (2000) relata que,

    dentre outras razes, comer bem uma das motivaes para 35% dos turistas; outro resultado

    significativo apontado por Goeldner (2000), em estudo realizado nos Estados Unidos,

    quando identificou que para 86,2% dos entrevistados (turistas) uma das atividades referida

    como sendo preferida em viagens a de fazer refeies em restaurantes.

    Gastronomia e o Mercado de Alimentao

    O mercado de alimentao fora do lar um dos que mais cresce ultimamente, fato este

    que implica busca por cozinheiros e chefs de cozinha para trabalharem nos diferentes

    segmentos que compem este mercado: restaurantes comerciais e institucionais, hospitais,

    buffets, resorts, caterings, navios, eventos, padarias, confeitarias, revistas especializadas,

    programas de televiso, rea do ensino, entre outros.

    A fim de atender a essa demanda foram criados os cursos superiores de Gastronomia.

    No Brasil, esses cursos tiveram incio h, aproximadamente, dez anos com a criao do

    primeiro bacharelado, pela Universidade Vale do Itaja UNIVALI, em 1999. At ento, os

    profissionais que atuavam na condio de chefe de cozinha originavam-se ou de cursos

    profissionalizantes ou de conhecimento adquirido com a prpria experincia na rea.

    A criao dos cursos de gastronomia deveu-se, portanto, necessidade de atender um

    mercado que vem apresentando, por um lado, crescimento vertiginoso e, por outro, uma

    escassez de profissionais capacitados para atender a essa nova demanda. Conforme dados

    disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais INEP, rgo

    vinculado ao Ministrio da Educao, estavam registrados at o dia 21 de maro de 2008,

    sessenta e nove (69) cursos de gastronomia no pas, sendo cinqenta e seis (56) em nvel de

    graduao e (13) cursos seqenciais.

    A Valorizao da Gastronomia

    O crescente e vertiginoso interesse pelo curso e consequentemente pela profisso,

    encontra na mdia uma de suas explicaes: o futuro ingressante despertado para esta

    atividade, provavelmente pela grande divulgao da profisso de chef de cozinha por meio

    dos programas de televiso, novelas, filmes, da introduo do tema nos mais diferentes meios

    de comunicao que acabam por glamourizar a profisso. Os cozinheiros ganharam status

    de celebridade no incio dos anos 90, com a vinda de chefs internacionais de renome para o

    Brasil. O que no se divulga, contudo, so as dificuldades enfrentadas para o formando de

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    Gastronomia, as caractersticas exigidas pelo mercado de trabalho em relao aos quesitos e

    qualidades deste profissional, a jornada de trabalho, os salrios, as condies fsicas do local

    para realizao das atividades e a precariedade da formao de mo de obra auxiliar,

    legislao vigente, dentre outros.

    Igualmente, as possibilidades de insero no mercado de trabalho sobrepem-se a todas

    as dificuldades inerentes s atividades desenvolvidas no setor.

    Evoluo da Oferta dos Cursos de Gastronomia

    Dos cinqenta e seis (56) cursos de gastronomia registrados no Brasil, cinco (5)

    oferecem a titulao de bacharel ao trmino de seis a sete semestres e os demais (51),

    conferem o diploma de tecnlogo.

    Observa-se que os cursos de bacharelado concentram-se nos estados de Santa Catarina

    (4) e Pernambuco (1). J os de tecnlogos tm sua maior concentrao localizada no estado de

    So Paulo, capital e interior.

    Dos treze (13) cursos seqenciais, cinco (5) se encontram em extino: o das

    Universidades Catlica de Santos, Anhembi Morumbi, Vale do Rio dos Sinos, Franca e o do

    Centro Universitrio de Anpolis. Segundo dados do INEP, a partir de 2007, no se iniciaram

    mais cursos dentro desta modalidade.

    Os quadros e grficos, a seguir, ilustram o crescimento destes cursos no Brasil.

    De acordo com o grfico e a tabela n. 1 e 1.1, o estado de So Paulo possui o maior

    nmero (26 cursos, no total de 56 cursos) de cursos de graduao em Gastronomia no Brasil,

    sendo que 14 deles esto situados no interior de So Paulo e os outros 12 cursos localizados

    na capital, fato que explica a denominao de So Paulo como Capital Mundial da

    Gastronomia.

    Grfico 1 Distribuio dos cursos de graduao em Gastronomia por unidade federativa, no ano de 2008.

    Fonte: Inep

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    Quadro 1 Nmero de Cursos de Graduao em Gastronomia, por localidade.Gastronomia Graduao

    Estado Quantidade de cursosRio de Janeiro 2

    So Paulo 26Santa Catarina 8Distrito Federal 2

    Gois 4Maranho 1

    Rio Grande do Sul 2Pernambuco 4

    Paran 1Rio Grande do

    Norte 1Amazonas 1

    Mato Grosso 1Esprito Santo 1Minas Gerais 1

    Cear 1TOTAL 56

    Fonte: Inep,2008.

    Grfico 1.1 Distribuio dos cursos de Gastronomia, modalidade graduao, no estado de So Paulo

    Fonte: Inep, 2008.

    Quadro 1.1 Distribuio dos cursos de Gastronomia, modalidade graduao, no estado de So Paulo

    Gastronomia GraduaoRegio Quantidade de cursos

    SP - Capital 12SP - Interior 14

    TOTAL 26Fonte: Inep, 2008.

    Observa-se que mesmo com a extino de alguns cursos seqenciais conforme as

    informaes do grfico e da tabela n. 2, o estado de So Paulo ainda se destaca com o maior

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    nmero de cursos seqenciais de Gastronomia (6 cursos, num total de 13 cursos). Esses dados

    so compatveis com a realidade do mercado gastronmico nestas cidades tendo em vista os

    nmeros de estabelecimentos ligados a restaurao capazes de absorver essa mo de obra.

    Grfico 2 Distribuio dos cursos seqenciais em Gastronomia porunidade federativa, no ano de 2008

    Fonte: Inep, 2008.

    Quadro 2 Quantidade de cursos de Gastronomia, modalidade seqencial, por estados do Brasil

    Gastronomia SeqencialEstado Quantidade de cursos

    So Paulo 6Santa Catarina 1

    Gois 1Rio Grande do Sul 1

    Paran 1Amazonas 1

    Esprito Santo 1Cear 1

    TOTAL 13Fonte: Inep, 2008.

    Pode-se observar no grfico e quadro n. 3, que o crescimento do nmero de cursos de Gastronomia no Brasil foi mais acentuado no ano de 2007, com 12 cursos, num total

    de 56, apresentando um decrscimo no ano seguinte.

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    Grfico 3 Demonstrativo de crescimento do nmero de cursos de Gastronomia Graduao no perodo de 1999 a 2008, no Brasil

    Fonte: Inep, 2008.

    Quadro 3 Nmero de cursos de Gastronomia, modalidadegraduao, no perodo de 1999 a 2008, no Brasil

    Gastronomia GraduaoAno Quantidade de cursos1999 32000 02001 22002 32003 42004 52005 102006 92007 122008 7

    TOTAL 55* Fonte: Inep, 2008.

    * Uma entidade no divulgou o ano de incio do curso.

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    De acordo com o grfico e a tabela n.4, apresentaram nos anos de 2004 e 2005, um

    nmero maior de cursos de Gastronomia (3 cursos num total de 13 cursos), na modalidade

    seqencial.

    Grfico 4 Nmero de cursos de Gastronomia, modalidade seqencial,no perodo de 1999 a 2008, no Brasil

    Fonte: Inep, 2008

    Quadro 4 Nmero de cursos de Gastronomia, modalidade seqencial, no perodo de 1999 a 2008, no Brasil

    Gastronomia SeqencialAno Quantidade de cursos1999 12000 22001 02002 12003 12004 32005 32006 22007 02008 0

    TOTAL 13 Fonte: Inep, 2008

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    A compatibilizao dos cursos de gastronomia com os destinos tursticos

    O Ministrio do Turismo divulgou em 07 de abril de 2008, no Rio de Janeiro, o Estudo

    de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Relatrio Brasil,

    elaborado pela Fundao Getlio Vargas (FGV). O trabalho, indito, objetivou orientar

    polticas e aes, no intuito de racionalizar esforos e recursos dos governos federal (por meio

    do Ministrio do Turismo - MTur), estaduais (secretarias de Turismo) e municipais

    (prefeituras) no desenvolvimento do turismo regionalizado. Os temas avaliados referem-se

    Infra-estrutura (onde se pode referenciar a gastronomia e o profissional da rea), Turismo

    (onde tambm se pode referenciar a gastronomia e o profissional da rea), Polticas Pblicas,

    Economia e Sustentabilidade.

    O secretrio Nacional de Polticas do Turismo do MTur, Airton Pereira, acredita que

    agora, com os resultados do estudo, os recursos direcionados aos 65 destinos beneficiaro os

    setores do turismo que precisam de investimentos urgentes. A meta tornar esses destinos

    referncia em competitividade no mercado. Isso significa criar mecanismos para que os

    destinos tenham capacidade crescente de gerar negcios, proporcionando ao turismo uma

    experincia positiva.

    O Ministrio do Turismo, em conjunto com a Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    (ABNT), divulgou em 10 de maro de 2008, cinqenta e sete (57) normas para o setor,

    buscando promover a qualidade dos equipamentos e servios tursticos, garantindo a oferta do

    melhor produto, satisfao do consumidor, segurana para a sociedade e um mercado de

    turismo competitivo e equilibrado.

    Dentre essas normas podem ser destacadas trs que esto voltadas para a formao e

    atividade profissional do Gastrnomo, do Cozinheiro em funo polivalente, do Confeiteiro e

    do Chefe executivo de cozinha. Estas normas estabelecem os resultados esperados e as

    competncias mnimas para execuo de cada item.

    Essas normas visam contribuir para o alcance da poltica traada para o turismo, em que

    se espera uma maior qualificao dos profissionais da gastronomia, elemento fundamental

    quando da avaliao do setor.

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    O quadro e grfico, a seguir, ilustram a quantidade de destinos tursticos por estados, no

    Brasil.

    Quadro 5 - Quantidade de destinos tursticos, por estado, no Brasil

    Destinos Tursticos - BrasilEstado Quantidade de destinosAcre 1

    Amazonas 3Amap 1

    Par 2Rondnia 1Roraima 1Tocantins 2Alagoas 2Bahia 5Cear 4

    Maranho 2Paraba 1

    Pernambuco 3Piau 3

    Rio Grande do Norte 2Sergipe 1

    Distrito Federal 1Gois 4

    Mato Grosso do Sul 3Mato Grosso 2Esprito Santo 1Minas Gerais 4Rio de Janeiro 5

    So Paulo 2Paran 3

    Rio Grande do Sul 3Santa Catarina 3

    TOTAL 65Fonte: http://www.turismo.gov.br/

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    http://www.turismo.gov.br/

  • Trabalho apresentado ao GT Turismo e Desenvolvimento Regional do V Seminrio de Pesquisa em Turismo do Mercosul Caxias do Sul, 27 e 28 de junho de 2008.

    Fonte: http://www.turismo.gov.br/

    De acordo com o quadro 5 pode-se verificar que a Bahia e o Rio de Janeiro se destacam

    com a maior quantidade de destinos tursticos em relao aos outros estados.

    Fazendo-se um paralelo com o nmero de cursos de gastronomia apontados

    anteriormente, pois esta uma atividade de destaque para receber o visitante em qualquer

    destino turstico, pode-se notar que So Paulo apresenta apenas dois destinos tursticos e

    onde se concentra o maior nmero de cursos de gastronomia. Resta saber se a oferta e a

    demanda esto em equilbrio. Sendo assim, os profissionais da rea devero ter o

    conhecimento, a aceitao e flexibilidade para mudanas de local de moradia, por exemplo,

    pois as oportunidades no mercado de trabalho tambm so significativas em outros estados.

    GT 07 Turismo e Desenvolvimento Regional

    0 1 2 3 4 5

    Acre

    Amazonas

    AmapPar

    Rond niaRoraima

    Tocantins

    Alagoas

    Bah ia

    Ce arM aranh o

    Para b aPe rnamb uco

    PiauRio G rand e d o Norte

    Se rgipe

    Distrito Fe d e ral

    G oi sM ato G rosso d o Sul

    M ato G rosso

    Esprito SantoM inas G e rais

    Rio d e Jane iro

    S o PauloParan

    Rio G rand e d o Sul

    Santa Catarina

    Destinos Tursticos - Brasil Quantidade de destinos

    De stinos Tur sticos - Brasil Q uantid ad e d e d e stinos

    http://www.turismo.gov.br/

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    Consideraes finais

    O objetivo deste estudo foi levantar dados secundrios sobre os cursos de gastronomia

    no Brasil e os 65 destinos tursticos, para identificar a possvel relao entre os dois setores.

    Os dados levantados indicam que o crescimento do nmero de cursos de gastronomia no

    atende s demandas dos destinos tursticos definidos pelo Ministrio do Turismo.

    Considerando-se que a concentrao destes cursos no proporcional aos destinos

    tursticos cabe ressaltar a necessidade e importncia da adequao curricular visando

    preparao do profissional para um mercado mais amplo do que aquele em que ele esta

    inserido.

    Sendo assim, a nfase nas diferentes culinrias regionais poder capacit-lo para o

    turismo na medida em que compreenda a relao da culinria local como um fator de

    identidade cultural.

    Referncias

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