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Ano XI nº 165 dezembro/2008 Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto painel 2008 anos Os eventos técnicos, culturais e festivos que comemoraram os 60 anos da história da AEAARP Retrospectiva Retrospectiva PROFISSIONAIS DO ANO Conheça todos os homenageados e história do Prêmio FÓRUM Fórum Permanente de Debates tem novo coordenador

Painel - edição 165 - dez.2008

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Revista oficial da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto.

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Ano XI nº 165 dezembro/2008 Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto

painel 2 0 0 8 a n o s

Os eventos técnicos, culturais e festivos que comemoraram os 60 anos da história da AEAARP

RetrospectivaRetrospectiva

PROfIssIOnAIs dO AnOConheça todos os homenageados e história do Prêmio

fóRum fórum Permanente de debates tem novo coordenador

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60Os noticiários têm, há alguns dias, estampado manchetes e análises

que pintam um cenário temerário para o setor produtivo brasileiro. A crise dos EUA, que se alastrou pelo mundo todo, bate à nossa porta e já entrou no mercado nacional, apesar das declarações iniciais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e das avaliações, por vezes positivas, do ministro da Economia Guido Mantega. O setor no qual militamos sente os impactos da retração no crédito e do consumo. O cenário, por mais nebuloso, vai mostrando-se como fato consumado.

O setor tecnológico é responsável por uma fatia robusta do PIB nacional e nós temos de ver o momento atual por outro ângulo. O mercado exige de nós criatividade, espírito empreendedor, paciência e juízo para atravessarmos o período. Ainda não se sabe qual a extensão e nem a duração dessa crise, porém ela será tanto maior quanto maior o nosso credo na mesma. Se vestirmos a crise ela se apoderará de nós de forma avassaladora e crescente. Temos que lutar de forma positiva.

No segmento da construção civil, avalio que estamos vivendo a antecipação de um momento que de qualquer forma aconteceria; ou seja, o acontecimento de um novo equilíbrio, em patamar menor, entre os agentes atuantes nesse mercado após um período de crescimento muito acelerado. Acredito que a maioria das empresas da construção civil esteja capitalizada e tem organização suficiente para atravessar as próximas etapas desse “ajuste” sem grandes solavancos. Temos de admitir que, além de termos grandes talentos com elevado desempenho tecnológico nessas empresas, vivemos em uma região privilegiada, que atravessou a crise dos anos de 1990 de forma diferenciada e hoje, com os investimentos na produção do etanol, pode enfrentar a situação com outros olhos.

Na contramão das notícias negativas da maioria dos veículos de comunicação, o jornal Valor Econômico fez circular, em novembro, uma edição especial de uma revista bilíngüe sobre o etanol, cuja chamada de capa dá o tom da importância que temos nesse processo: A força que vem do verde que, aliás, brota em abundancia nas nossas terras. Além de apontarem a cana-de-açúcar como a matéria-prima mais viável para a produção de biocombustíveis, as reportagens analisaram também as questões que se apresentam ainda como gargalo para alavancar a produção, como o transporte do produto. Segundo a publicação, existem três projetos, que totalizam US$ 3 bilhões de investimentos para a construção de alcooldutos, que darão nova dinâmica ao escoamento da produção. Diversas questões abordadas nas reportagens reproduzem o conteúdo das dezenas de palestras que realizamos na AEAARP no decorrer deste ano.

O nosso rumo, portanto, encontra ressonância no mercado e indica que estamos no caminho certo: é necessário investir em pesquisa e qualificação profissional, além de urgentes ajustes necessários nas relações, ainda coronelistas, entre indústria e fornecedores de matéria-prima, pontos cruciais para que, da porteira para fora, a cana produza tanta riqueza quanto nossa região demanda.

Se os analistas dizem que a crise atual é a pior dos últimos 80 anos, quando Ribeirão Preto sofreu com a quebra da Bolsa de Nova Iorque (os americanos repetindo a história), nós temos de dar uma resposta positiva. A AEAARP está preparada para ser o ponto de apoio dos profissionais e provocar as discussões necessárias para avançarmos. O ano de 2009 será de desafios. E estamos prontos para superá-los.

Eng. Civil Roberto Maestrello

Presidente da AEAARP

Eng. CivilRoberto Maestrello

Editorial

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AssociAçãode engenhAriA ArquiteturA e AgronomiA de ribeirão Preto

RetRospectiva 062008: um ano marcante

pRofissionais do ano 12A história do Prêmio

fóRum 14Wilson Laguna é eleito para o Fórum Permanente de Debates

debate 16Os cenários da tecnologia e Engenharia

pesquisa 18Nós como falsos vilões

Reciclagem 20Cresce a reciclagem dos plásticos no Brasil

aRtigo 22Relés de impulso Finder

cRea 24Evento do CREA-SP reúne profissionais de mais de 400 municípios

notas 25

eneRgia 26Cidade da Bioenergia será em São Carlos

Índice

Expediente

Horário de funcionamentoAEAARP CREADas 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700Fax: (16) 2102.1700 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Roberto Maestrello José Roberto Hortêncio Romero Presidente Vice-presidente

DIRETORIA OPERACIONALDiretor-administrativo: Pedro Ailton GhideliDiretor-financeiro: Ronaldo Martins TrigoDiretor-financeiro Adjunto: Cecílio FráguasDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: José Aníbal Laguna

DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: Francisco Carlos FagionatoDiretora Comunicação e Cultura: Maria Inês CavalcantiDiretora Social: Luci Aparecida Silva

DIRETORIA TÉCNICAEngenharia, Agrimensura e Afins: Argemiro GonçalvesAgronomia, Alimentos e Afins: José Roberto ScarpelliniArquitetura, Urbanismo e Afins: Marcia de Paula Santos SantiagoEngenharia Civil, Saneamento e Afins: Luiz Umberto MenegucciEngenharia Elétrica, Eletrônica e Afins: Edson Luís DarcieGeologia e Minas: Caetano Dallora NetoEngenharia Mecânica, Mecatrônica, Ind. de Produção e Afins: Júlio Tadashi TanakaEngenharia Química e Afins: Denisse Reynals BerdalaEngenharia de Segurança e Afins: Edson BimComputação, Sistemas de Tecnologia da Informação e Afins: Giulio Roberto Azevedo PradoEngenharia de Meio Ambiente, Gestão Ambiental e Afins: Evandra Bussolo Barbin

DIRETORIA ESPECIALUniversitária: Onésimo Carvalho LimaDa Mulher: Maria Teresa Pereira LimaDe Ouvidoria: Geraldo Geraldi Junior

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: João Paulo de S. C. FigueiredoAlexandre Sundfeld Barbin Luiz Antonio BagatinCarlos Alberto Palladini Filho Luiz Fernando CozacEdes Junqueira Luiz Gustavo Leonel de CastroEdgard Cury Manoel Garcia FilhoEricson Dias Mello Marcos A. Spínola de CastroHideo Kumasaka Maria Cristina SalomãoHugo Sérgio Barros Riccioppo Ricardo Aparecido DeBiagiInamar Ferraciolli de Carvalho Sylvio Xavier Teixeira JúniorJosé Fernando Ferreira Vieira CONSELHEIRO TITULAR DO CREA-SP REPRESENTANTE DA AEAARPCâmara Especializada em Engenharia Civil: Ericson Dias Mello

REVISTA PAINELConselho Editorial: Maria Inês Cavalcanti, José Aníbal Laguna, Ericson Dias Mello, Giulio Roberto Azevedo Prado e Hugo Sérgio Barros Riccioppo

Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Paschoal Bardaro, 269, cj 03, Ribeirão Preto-SP, Fone (16) 3916.2840, [email protected]

Editores: Blanche Amâncio – MTb 20907 e Daniela Antunes – MTb 25679 Colaboração: Luiza Pellicani

Publicidade: Promix Representações - (16) 3931.1555 - [email protected] Pajolla Júnior / Jóice Alves

Tiragem: 5.000 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - (16) 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça Nader - [email protected] Impressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.Fotos: Ezequiel Pereira e Texto & Cia.

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também não expressam, necessariamente, a opinião da revista.

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presidentes

Revista Painel 5

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2008retrospectiva

AEAARP6

2008:Nos anos de 1930, quando a economia ribeirão-pretana estava

achatada pela quebra da Bolsa de Nova Iorque, ocorrida em 1929, a construção civil deu provas da capacidade, literal, de erguer a cidade. Em 1934, Antonio Diederichsen adquiriu a área onde ergueu o Edifício Diederichsen, cuja obra foi entregue em 1936 – o primeiro do interior do Estado de São Paulo com mais de três andares e uma prova do poder de reação da cidade frente à crise. Julio Manuel Pires, docente da FEA-USP de Ribeirão Preto, considera que a continuidade e o término dessa obra demonstram confiança e capacidade financeira. A AEAARP, na avaliação do presidente Roberto Maestrello, está preparada para enfrentar o período de dificuldades que se avizinha. “Queremos que esta análise se repita quando, no futuro, olharem para a crise econômica atual”, afirma.

No texto de Pires, sob o título O desenvolvimento econômico de Ribeirão Preto: 1930-2000, há também uma avaliação dos impactos de um outro momento de crise econômica, na década de 1980. “Ribeirão Preto apresentou nesse período um desempenho bastante positivo, tanto no setor primário quanto nas atividades urbanas. Dentro desse cenário de crise, as regiões de agricultura mais moderna, voltadas à exportação e com grande participação da agroindústria, foram as menos atingidas pela crise, com destaque, no âmbito nacional, para a região de Ribeirão Preto que se constituía, em meados dos anos 1980, no principal parque agroindustrial do Estado”, escreveu.

A sociedade brasileira vive hoje os impactos de mais uma crise iniciada no continente norte-americano e, assim como nas crises anteriores, a região de Ribeirão Preto tem uma privilegiada estrutura agroindustrial. Em janeiro de 2008, as análises produzidas em Ribeirão Preto apontavam euforia com a chegada de grandes construtoras na cidade e o boom do setor. No segundo semestre, a crise imobiliária dos EUA desencadeou uma série de reações no mercado financeiro, refletidas no crédito e nas taxas de juros praticadas em diversos setores.

Régis Chinchila, analista da TBC Investimentos, diz que “tempos desafiadores” se aproximam. “Os diferentes modelos de negócios das empresas imobiliárias serão testados. A gestão da liquidez e do capital de giro tornou-se ainda mais relevante e as empresas aguardam uma consolidação do cenário para divulgar os investimentos e lançamentos para 2009”, afirma.

A temporada de divulgação dos resultados das empresas do setor que operam na Bolsa de Valores revelou a adoção de prudência nas projeções. “As companhias aproveitaram o anúncio do balanço para prometer uma gestão mais ‘pé no chão’”, analisa Chinchila.

Na AEAARP“Está acontecendo no Brasil uma antecipação daquilo que

naturalmente iria acontecer no futuro, independentemente da crise americana”, afirma Maestrello, presidente da

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Revista Painel 7

um ano marcante

Novos computadores na AEAARP.

AEAARP, ressaltando que o cenário externo provoca desdobramentos diferentes no mercado brasileiro. Ele avalia, entretanto, que o boom do setor apresentou reflexos no fornecimento de materiais e de mão-de-obra e que a crise vai provocar um ajuste entre oferta e demanda.

A AEAARP promoveu debates sobre as pesquisas e o cenário econômico, de vários pontos de vista, que, na avaliação de Maestrello, dão respaldo teórico e formam massa crítica naqueles que estão à frente das principais atividades produtivas do país – os profissionais da área de tecnologia. O balanço das ações desse ano, feito por Maestrello, tem um saldo positivo. “Colecionamos muitas vitórias. A maior delas foi o aumento da freqüência dos associados. Nossa casa é do associado”, afirma.

No saldo, ele computa o fato de as profissões representadas pela AEAARP integrarem todos os ambientes de debates sobre as questões classistas, na própria entidade e nos conselhos municipais, que contam com a visão técnica de engenheiros, arquitetos e agrônomos. “A AEAARP está cada vez mais aberta a todos”, declarou em entrevista à revista Painel.

Ele avalia que a Associação cumpre, cada vez mais, seu papel de prestadora de serviços aos associados e afirma que a entidade está pronta para ampliar este trabalho, formulando novos convênios e oferecendo ferramentas que proporcionem qualidade ao trabalho dos profissionais. Veja a seguir um balanço das ações e dos eventos realizados em 2008.

Estrutura para associadosA estrutura de informática da sede da AEAARP foi totalmente

reformulada. Os computadores começaram a ser substituídos por máquinas mais potentes e 14 novos monitores de LCD foram instalados. Todas as máquinas foram equipadas com Windows Vista Business e pacote Office 2007. Além disso, foi instalado o serviço de rede de internet sem fio, que permite mais comodidade ao associado que queira usar seu próprio computador na sede. Maestrello informou que a complementação deste trabalho está em andamento e serão adquiridos, nos próximos dias, softwares de orçamento, gestão financeira e acompanhamento de obras que serão disponibilizados para associados na AEAARP. A entidade firmou convênio com a UNAERP (Universidade de Ribeirão Preto) e passa a oferecer curso de Informática na sede.

BurocraciaA Secretaria de Planejamento, comandada pelo engenheiro civil

Marcos Spínola de Castro, destinou um espaço onde será instalada a Sala do Engenheiro. A AEAARP vai mobiliar o espaço para o uso dos profissionais.

Exercício profissionalEm 2008 a AEAARP trabalhou para aumentar sua representação no

CREA-SP e conquistou o direito de ter mais um membro no Conselho, além de pleitear a terceira vaga. A influência da entidade neste organismo

e no CONFEA é histórica e acontece por meio de ações práticas que a colocam na vanguarda da defesa do exercício legal da profissão no interior paulista. A AEAARP liderou a criação da FAEASP e oferece toda a estrutura para o bom desempenho do trabalho de fiscalização do CREA. José Tadeu da Silva, presidente do CREA, esteve diversas vezes na AEAARP palestrando em eventos promovidos pela entidade.

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O primeiro Livro de Atas da AEAARP.

Reforma deu aconchego ao salão de festas.

A sedeO salão de festas da sede foi ampliado, ganhou novo piso e já no início de 2009 as

obras do deck serão concluídas, somando mais 100 m2 à área. O salão de festas ganhou portas de vidro com vista para o jardim. O bar e a cozinha foram transformados em um espaço gourmet. O estacionamento foi remodelado e novos sanitários foram instalados no salão de festas, conforme as normas de acessibilidade. A quadra esportiva ganhou vestiários e até mesmo o depósito, conhecido como “casa da coruja”, foi ampliado para organizar melhor os documentos históricos e administrativos da AEAARP. O próximo passo é erguer a segunda laje do prédio, o que vai melhorar as instalações do CREA-SP e aumentar o espaço da área administrativa. O projeto, que está em fase de elaboração, prevê também que o segundo pavimento abrigue novas salas de eventos. A construção deverá ser quase totalmente pré-fabricada, com paredes de dry wall. Todas as etapas construtivas estão sendo filmadas e fotografadas para que a entidade tenha um registro histórico da nova fase de reformas.

HistóriaCelebrar os 60 anos de fundação

da AEAARP demandou uma minuciosa pesquisa documental e a conseqüente organização do arquivo da entidade. “Contratamos uma profissional da área de Biblioteconomia que organizou a biblioteca e também classificou os arquivos de documentos que, agora, estão disponíveis à comunidade para pesquisa. A AEAARP solicita, aos interessados em colaborar com a preservação da história da entidade, doação de documentos ou cópias para que sejam devidamente classificados e disponibil izados a pesquisas”, diz Maestrello. O próximo passo dessa organização é a micro-filmagem dos documentos para que possam ser consultados sem prejuízo aos originais. A pesquisa resultou em um livro que conta a

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Maestrello chancelou o selo comemorativo.

Semana do meio ambiente reuniu autoridades do assunto.

história dos 60 anos da entidade e sua influência na sociedade e no desenvolvimento de Ribeirão Preto. A obra, intitulada AEAARP 60 anos: histórias e conquistas, foi registrada na Fundação Biblioteca Nacional e tem como autores as jornalistas Blanche Amancio Silva e Daniela Farah Antunes, o historiador Carlo Monti e a arquiteta Adriana Capretz Borges da Silva Manhas. A supervisão de todo o trabalho foi feita por um Conselho Editorial instituído especificamente para a obra, composto por Luiz Eduardo Siena de Medeiros e Maria Inês Cavalcanti, sob a coordenação geral de Maestrello. Mais de uma dezena de entrevistas foi realizada, além da leitura minuciosa das atas de reuniões de diretoria que estão disponíveis na entidade. “O resultado é um documento de valor histórico que será distribuído a entidades de classe e bibliotecas para que a AEAARP também possa contribuir com as pesquisas acadêmicas”, diz o presidente.

Diretoria lançou agenda variada de cursos e eventos em 2008

Fevereiro - A ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) emitiu um selo comemorativo aos 60 anos da AEAARP, lançado pelo presidente Roberto Maestrello, que estampa, de um lado, a Bandeira do Brasil e um ipê-amarelo e, de outro, a logomarca da AEAARP. Todas as correspondências da Associação em 2008 circularam com este selo. Na festa de lançamento do selo foi descerrada uma placa alusiva aos 60 anos da entidade.

Março – Empreendedorismo, bem-estar e lazer foram os temas do seminário Trabalho empreendedor e qualidade de vida na terceira idade, que reuniu na AEAARP representantes da Delegacia Regional do Trabalho, SEBRAE, ACIRP, SESC, Fundação de Seguridade Social e pesquisadores da UNESP-Marília e USP-Ribeirão Preto.

Junho – A II Semana de Meio Ambiente, realizada pelo Fórum Permanente de Debates Ribeirão Preto do Futuro, colocou em pauta temas como exercício profissional, legislação, atividades agropecuárias e florestais, áreas de preservação, educação ambiental, gestão de resíduos, desenvolvimento urbano entre outros, em debates que contaram com a participação de pesquisadores, autoridades, universitários e entidades de pesquisa. No mesmo mês, a comemoração do centenário da imigração japonesa

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AEAARP10

Centenário foi homenageado na AEAARP.

O ministro Paulo Bernardo fez um balanço do PAC.

Ciclo de palestras e encontro com candidatos movimentaram a AEAARP.

pintou a sede com as cores orientais. Os engenheiros agrônomos Iwao Inada e Mario Miahara e o engenheiro

civil e diretor da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) O t a v i o O k a n o f o r a m homenageados. No evento, foi aberta a exposição de pinturas dos artistas Shozo Mishima e Massumi Wakasugui e houve a apresentação de coreografias dos grupos de dança da Associação Cultural Japonesa de Ribeirão Preto, incluindo um dos grupos que havia apresentado uma das coreografias para o príncipe Naruhito, em sua visita ao Brasil.

Julho – Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, apresentou o cronograma do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na AEAARP em um evento aberto à comunidade e enfatizou que o país precisaria de mais 50 mil engenheiros atender às necessidades de desenvolvimento do país.

Setembro – O Ciclo de Palestras Tecnologias e Desenvolvimento reuniu os presidentes do CREA, José Tadeu da Silva, do IBAPE (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia), Osório Accioly Gatto, do Instituto de Engenharia, Edemar de Souza Amorim, e os engenheiros José Roberto Geraldine Júnior, conselheiro do CONFEA, e Ericson Dias Mello, que à época coordenava o Fórum Permanente de Debates Ribeirão Preto do Futuro. Os desafios do mercado de trabalho, a qualidade da formação profissional e o papel dos órgãos de representação de classe foram os temas que permearam os debates. Nesse mesmo mês, os candidatos a prefeito que disputavam as eleições de outubro apresentaram suas propostas para as áreas de desenvolvimento urbano e econômico da cidade. Os candidatos ao Legislativo que militam nas profissões representadas pela Associação também a p r e s e n t a r a m s u a s propostas na AEAARP.

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Revista Painel 11

Workshop de Agroenergia acima e almoço dos agrônomos abaixo.

Semana de Engenharia e Tecnologia na AEAARP.

Roberto Maestrello classifica o falecimento do engenheiro agrônomo Marcos Vilela Lemos como a maior perda da AEAARP nesse ano de 2008. O engenheiro José Roberto Hortêncio Romero redigiu o texto abaixo em homenagem ao colega.

Ao nosso grande amigo Marcos Vilela

Quando observamos da praia um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa, estamos diante de uma beleza rara. O barco vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor. Não demora e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram. Quem observa o veleiro sumir no horizonte exclama “já se foi?”, “terá sumido?”. Não, certamente, apenas o perdemos de vista.O barco continua do mesmo tamanho com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós. Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas; o veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver, mas ele continua o mesmo.E talvez, no exato momento que alguém diz “já se foi” haverá outras vozes mais além a afirmar “lá vem o veleiro”.Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro e o vemos sumir na linha do horizonte que separa o visível do invisível, dizemos já se foi. Terá sumido? Terá se evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu. Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma quando estava do nosso lado, conserva o mesmo afeto que nutria por nós. Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não se necessita do outro lado.É assim que no mesmo instante que dizemos “já se foi” no mais além outro alguém dirá feliz “já está chegando”, chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena.A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas. Assim, o que para uns parece ser partida, para outros, é chegada.

Jose Roberto Hortêncio Romero vice-presidente da AEAARP

Outubro – Duas dezenas de palestrantes fa laram sobre o cenár io econômico e tecnológico dos biocombustíveis e a

tendência das pesquisas de novas matérias-primas no II Workshop de Agroenergia realizado durante a Semana de Agroenergia Marcos Vilela Lemos, em homenagem ao agrônomo que faleceu em decorrência de acidente automobilístico dias antes da realização do evento. O Almoço dos Agrônomos , realizado ininterruptamente há mais de 30 anos, encerrou a semana de debates, reunindo centenas de profissionais e seus familiares na chácara Villa do Lago, em Ribeirão Preto.

Novembro – A Semana de Engenharia e Tecnologia promoveu um amplo debate sobre as questões relacionadas à área tecnológica e à Engenharia em debates que aconteceram

graças à parceria da AEAARP com a Instituição Moura Lacerda. O foco das discussões foi a responsabilidade dos profissionais da área d iante d a s p r o f u n d a s t ransformações pelas quais passa o setor.

José Roberto Hortêncio Romero

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Profissionais do ano

a história do

AEAARP12

Em 1979 o engenheiro civil Mahomed Cozac inaugurou uma lista de homenagens promovidas pela AEAARP ininterruptamente há 29 anos. O Prêmio Profissionais do Ano foi criado em parceria com a COHAB-RP. À época, uma comissão formada pelos engenheiros José Augusto Corsini Monteiro de Barros e José Aníbal Laguna, representantes da AEAARP, Nilton Salim Soares e Julio José Lemos Silva, representantes da COHAB-RP, e por João Lemos Teixeira da Silva, então secretário de Obras do município, realizaram diversas reuniões para definir o nome de Cozac entre 13 candidaturas inscritas.

Monteiro presidia a entidade e afirmou, em entrevista concedida para o livro AEAARP 60 anos: histórias e conquistas, que já está sendo impresso, que a escolha foi feita pelo fato de o profissional ser um exemplo de “dinamismo”. Naquela época, a entidade experimentava um período de crescimento, principalmente com a implantação da Secretaria de Planejamento, em 1975. A festa organizada para a entrega do Prêmio reuniu 400 pessoas e contou com um show do comediante Golias.

O agrônomo Genésio Abadio de Paula e Silva afirma que um dos momentos mais marcantes de sua carreira foi sua escolha como Profissional do Ano, em 1987. Em entrevista, ele contou que estava no trabalho quando o colega de trabalho e amigo Marcos Vilela Lemos entrou na sala, acompanhado de outras pessoas, e deu a notícia.

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Prêmio1979 Eng. Mahomed Cozac1980 Eng. José Augusto Corsini Monteiro de Barros1981 Eng. José Carlos Vicentini Martins1982 Eng. Iskandar Aude1983 Eng. João Rodrigues Montemor Arq. Mauro de Castro Freitas Agr. Roberto Bassi Lindenberg 1984 Eng. Manoel Ferreira Leão Netto Arq. José Marcio Costa Couto Agr. Marcos Vilela Lemos 1985 Eng. Cleder Corral Provêncio Arq. Carlos Stechhahn Agr. Carlos Benedini 1986 Eng. Carlos de Lacerda Chaves1987 Agr. Genésio Abadio de Paula e Silva1988 Arq. Mário Alfredo Reginato1989 Geól. Adonis de Souza1990 Eng. Mário Alberto Ferriani1991 Eng. Reynaldo Thomaz Setti1992 Eng. Moacir Fauze Castelli1993 Eng. José Alfredo Pedreschi Monteiro1994 Eng. José Roberto Hortêncio Romero1995 Eng. Paulo Tadeu Rivalta de Barros1996 Eng. Carlos José Lacerda Chaves1997 Arq. Durval Soave1998 Agr. Marcos Vilela Lemos1999 Eng. Nilton Bonagamba2000 Eng. Carlos Alberto Ferreira Leão 2001 Agr. Jairo Menesis Balbo2002 Eng. Antonio Gilberto Pinhata2003 Eng. Antonio Carlos Tosetto Arq. Manoel Garcia Agr. Antonio Duarte Nogueira Júnior 2004 Eng. Abranche Fuad Abdo Arq. Carlos Aguinaldo da Silva Trocca Agr. Fausto Pereira Lima2005 Eng. Ricardo Aparecido Debiagi Arq. Luiz César Barillari Agr. Luiz Augusto de Almeida Campos2006 Eng. Nilson Rogério Baroni Arq. Márcia de Paula Santos Santiago Agr. Callil João Filho2007 Eng. Marcos Augusto Spínola de Castro Arq. Carlos Alberto Gabarra Agr. Monika Bergamaschi 2008 Eng. José Renato Magdalena Arq. Eduardo Eugênio Andrade Figueiredo Agr. Manoel Carlos de Azevedo Ortolan

Os homenageados de 2008Os profissionais já premiados

Agr. Manoel Carlos de Azevedo Ortolan

Eng. José Renato Magdalena

Arq. Eduardo Eugênio Andrade

Figueiredo

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AEAARP14

Fórum

Wilson Laguna

A coordenação do Fórum Permanente de Debates Ribeirão Preto do Futuro mudou. Os objetivos, o foco e o vigor das discussões que promove desde que foi criado, em 2006, continuam e serão fortalecidos. É o que garante o engenheiro civil Wilson Luiz Laguna, que assumiu a coordenação no dia 25 de novembro, em substituição ao engenheiro Ericson Dias Mello.

“Nossa prioridade é aprofundar a discussão que já está em andamento sobre transporte e tráfego”, afirma o novo coordenador. A definição de uma proposta para o setor é essencial para atender a uma das exigências do Estatuto das Cidades. O segundo parágrafo do 41º artigo da lei estabelece que “no caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser elaborado um plano de transporte urbano integrado, compatível com o Plano Diretor ou nele inserido”.

Wilson Laguna observa que esta diretriz não é atendida em Ribeirão Preto, assim como não o é em cidades maiores como Campinas, São José dos Campos e a própria capital paulista. Ele esclarece que a prioridade do Plano Diretor, parcialmente aprovado pela Câmara, foi estabelecer as normatizações das leis complementares que organizam o espaço urbano.

“Para debater essa proposta, vamos chamar a comunidade, os técnicos, as universidades e até mesmo técnicos de outras cidades, que poderão ter um olhar diferenciado sobre a nossa realidade e contribuirão com o debate”, afirma. O resultado será impresso e entregue ao poder público municipal como sugestão técnica da AEAARP.

Em 2008, sob a coordenação de Dias Mello, o Fórum promoveu debates importantes na AEAARP durante a Semana de Meio

Ambiente, a Semana de Tecnologia e Desenvolvimento, a Semana de Tecnologia e Engenharia, entre outras reuniões e encontros técnicos sobre a questão das enchentes e transportes.

José Alfredo Pedreschi Monteiro, atual coordenador-adjunto, permanece na função. Roberto Maestrello, presidente da AEAARP e coordenador-adjunto do Fórum até 2007, comenta que o trabalho desempenhado nesses dois anos conferiu qualidade aos debates sobre os rumos da cidade e lembra que resultaram em ações concretas, como o Recitulho, projeto liderado pelo Sinduscon-SP com o qual a AEAARP contribuiu tecnicamente. “Nós produzimos um extenso estudo de alto nível”, avalia o presidente.

Dias Mello foi homenageado por seu trabalho na coordenação do Fórum

é eleito para o fórum

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Revista Painel 19Revista Painel 15

Wilson LagunaPermanente de debates

HistóriaO primeiro esboço de um projeto que disciplinasse e ordenasse a cidade

do ponto de vista urbanístico e ambiental foi redigido em 1975, quando Carlos de Lacerda Chaves era o titular da Secretaria de Planejamento, criada naquela época. Wilson Laguna, que trabalhava com Chaves, conta que o projeto era chamado de Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado.

No decorrer de 35 anos várias propostas foram redigidas, mas nenhuma foi efetivamente adotada pelo município. Wilson Laguna destaca aí o papel do Fórum, que promoveu em cinco meses a discussão das peças do Plano Diretor e teve grande parte das sugestões acatadas pelos poderes Executivo e Legislativo. Ele avalia que a concretização do Plano Diretor deve-se à dedicação dos técnicos da AEAARP, que possibilitaram a apresentação de um estudo de alta qualidade sem custos para o município.

O atual coordenador do Fórum é um de seus artífices e idealizadores. “É uma vontade antiga de aglutinar técnicos com o objetivo de atrair a população para a discussão de questões técnicas que são revertidas em políticas públicas”, define o engenheiro.

Em 2006, a AEAARP lançou o Fórum, um marco histórico da entidade

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AEAARP16

debate

tecnologia eos cenários da

Promover o debate sobre participação e responsabilidade dos profissionais das áreas de tecnologia e Engenharia nos cenários regional e nacional frente às transformações pelas quais estes setores passam. Este foi um dos objetivos da Semana de Tecnologia e Engenharia promovida pela AEAARP e o Centro Universitário Moura Lacerda, em novembro. O evento reuniu profissionais da área, professores e pesquisadores.

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EngenhariaOs temas das palestras foram: “Gestão de resíduos

da construção civil: experiência de Ribeirão Preto”, “Segurança e saúde na construção civil”, “Formação de engenheiros e tecnólogos e compromisso social”, “Alvenaria estrutural com utilização de blocos de concretos”, “Patologias de estrutura de concreto”, “Sistemas de infra-estrutura de transporte no Estado de São Paulo”, “Logística: é fundamental conhecer!”, “Resolução nº 1.010/2005 – a nova sistemática de concessão de atribuições profissionais do sistema CONFEA/CREA”, “Automação: aplicação e perspectiva”, “Aplicações e conversações energéticas aplicando o GLP”, “Prevenção de enchentes”, “Desenvolvimento da construção civil e do engenheiro”, “Perfil de formação profissional e a gestão integrada de processos industriais”, “Avaliações e perícias em Engenharia” e “Formação e mercado de trabalho para os profissionais tecnólogos”.

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*Por Evaristo Eduardo de MirandaQual a contribuição do Brasil para o efeito

estufa com suas emissões de gás carbônico (CO2) de combustível fóssil na atmosfera terrestre? O Brasil é acusado na mídia de ser um dos grandes emissores de CO2. Até como quarto emissor mundial de CO2 somos colocados, sem que se explique o que está sendo comparado, com base em quais dados e com que critérios. Considerando-se quatro

indicadores homogêneos de comparação: o valor absoluto das emissões de CO2 e os valores relativos por habitante, por quilômetro quadrado e por riqueza produzida, o Brasil está entre os que menos contribuem com esse fenômeno, segundo os dados de 2005 da agência federal norte-americana Energy Information Administration e do Balanço Energético Nacional.

Em termos absolutos de emissões totais de CO2 de origem fóssil, o mundo emitia 28,193 bilhões de toneladas em 2005. Os EUA respondiam por 21% das emissões mundiais, totalizando 5,957 bilhões de toneladas. Eram seguidos pela China, com 5,323 bilhões (19%). Depois vinha a Rússia, com 1,696 bilhão (6%), o Japão com 1,230 bilhão (4,4%) e a Índia com 1,166 bilhão (4%). Juntos, estes cinco países representavam em 2005 cerca de 55% das emissões planetárias. O Brasil estava em 18º lugar, com 360 milhões de toneladas (1,3%), bem atrás de Alemanha, Canadá, Inglaterra, Coréia do Sul, Itália, África do Sul, França, Austrália, México e outros países. Para o Brasil ser o quarto emissor mundial, logo após a Rússia, teríamos de multiplicar por quatro nossas emissões anuais, algo inimaginável, mesmo agregando nossas emissões de origem não fóssil. E, ainda nesta hipótese, deveríamos também agregar esse tipo de emissões às contas de todos os outros países para poder compará-las emissões adequadamente.

Emissões por habitanteOs Estados Unidos da América também são

líderes da emissão de CO2 por habitante/ano: mais de 20 toneladas. Só perdem para alguns países produtores de petróleo, como o Catar (62 toneladas por habitante/ano) ou os Emirados Árabes (33 toneladas). A Austrália, com 20 toneladas anuais por habitante, quase empata com os americanos, é seguida pelo Canadá (19 t), a Rússia (12 t) e a Alemanha (10 t). A média da Europa é de 8 t/CO2/

habitante/ano. Com 16,4 toneladas, a Holanda é uma das campeãs européias das emissões.

À exceção de Alemanha e Dinamarca, os países europeus têm aumentado suas emissões de CO2 nos últimos dez anos. Alguns, como a Espanha, tiveram aumentos superiores a 50%. E todos são signatários do Protocolo de Kyoto! A Europa está construindo enormes gasodutos vindos da Rússia. Com isso, a curto prazo o consumo de gás aumentará cerca de 50% no continente europeu. As emissões de países membros da União Européia são o dobro da média mundial, que é de 4,4 t/CO2/habitante/ano.

A China, tratada como grande emissora de CO2 devido ao uso crescente de carvão mineral e derivados de petróleo, com 4 t/CO2/hab/ano ainda é um emissor per capita menor que a média mundial. A emissão total de CO2 da China ultrapassou os EUA em 2007, mas é bom lembrar que ela cuida, sozinha, de 20% da população do planeta.

A América Latina apresenta uma média de emissões de CO2 de 3,1 toneladas por habitante, com destaque para Venezuela (6 t), Chile (4,4 t), México (3,8 t) e Argentina (3,7 t). E o Brasil? Cada brasileiro emite 1,9 tonelada de CO2 por ano. Não basta plantar apenas duas ou três árvores por pessoa para retirar esse carbono da atmosfera. Mas emitimos 12 vezes menos do que os americanos, quatro vezes menos do que os europeus e menos da metade da média mundial. E ainda menos do que os latino-americanos (3,1 t), do que a Ásia e a Oceania (2,87 t) e o Oriente Médio (7,9 t).

Emissões por km2 A estimativa das emissões de CO2 por quilômetro

quadrado também é muito favorável ao Brasil. Aqui, as emissões são da ordem de 42 toneladas de CO2/km2/ano, enquanto no Canadá são de 69 toneladas, na China, de 555 toneladas, nos EUA, de 710 toneladas, na Alemanha, de 2.365 t, no Japão 3.25 6 t e, na Holanda, de espantosos 6.493 t/CO2/km2/ano!

Emissões para gerar riquezas O quociente entre o total de toneladas de gás

carbônico (CO2) emitidas por um país e seu Produto Interno Bruto (PIB) dá uma medida da eficiência energética e ambiental das economias nacionais na geração de riquezas. Grosso modo, quanto mais eficiente o país, menor o número. Dada a variação da cotação do dólar entre países, o PIB foi calculado em razão do poder de compra das moedas nacionais,

Nós como falsos vilõespesQuisa

AEAARP18 16 [email protected]

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QuASE 6.000 OBRAS DE FuNDAçõES EM

27 ANOS DE AtiviDADES.

Os países europeus têm aumentado E o Brasil, injustamente,

Page 19: Painel - edição 165 - dez.2008

suas emissões de CO2. vem sendo cobrado como grande poluidor.

16 [email protected]

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QuASE 6.000 OBRAS DE FuNDAçõES EM

27 ANOS DE AtiviDADES.

o chamado Purchasing Power Parities (PPP). Os campeões de emissões de CO2 para gerar riquezas são

China (0,63) e Holanda (0,62), esta com destaque nos três quesitos (emissões por habitante, por área e por unidade de PIB), seguidas pelo Canadá, com 0,61. A média mundial é 0,49 e a da Europa, 0,39. O uso intensivo de energia nuclear e a boa eficiência geram índices mais baixos em países com alta performance energética, como Japão (0,36) e França (0,26).

O Brasil, com um quociente de 0,24, é mais eficiente do que todos citados anteriormente, do que a média da América Latina (0,32) e muito distante de Bolívia (0,40), Venezuela (0,80), Antilhas Holandesas (3,34) e Suriname (5,10)!

Réu ou vítima? O que explica o excelente desempenho do Brasil é sua

matriz energética, com uma das maiores porcentagens de

energia renovável do planeta: 46,4%, ante uma média mundial de 13,9% (leia o artigo “Pouco Sustentáveis”, sobre nossa matriz energética, publicado na edição 25, no site www.cartanaescola.com.br). A agricultura brasileira garante 28,5% dessa energia renovável. Existe, porém, uma injustificável vitimização do País neste tema, cultivada inclusive pela mídia brasileira e em salas de aula, aqui e no exterior. Um tratamento bem diferente do dispensado à Holanda, por exemplo, que, apesar de tão ameaçada pelo aumento do nível dos oceanos, usa e abusa dos combustíveis fósseis.

Portanto, mesmo que o excepcional desempenho do Brasil não seja uma licença para aumentar de forma irresponsável as emissões de CO2, neste tema estamos mais para vítimas do que para réus.

por Evaristo Eduardo de Miranda, agrônomo, com mestrado e doutorado em Ecologia na França, e pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite

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AEAARP20

reciclagem

Pesquisa da Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos aponta que a reciclagem de plásticos no Brasil deu um importante salto nos últimos anos. Desenvolvida com base em 2007, de acordo com me-todologia do IBGE, a pesquisa mostra que, em cinco anos, a atividade no Brasil tem crescido a uma taxa de 13,7% ao ano. Se em 2003 eram recicladas 702.997 to-neladas de plásticos, em 2007, esse montante passou para 962.566 toneladas.

A quantidade de empresas recicladoras aumentou. Em 2003, eram 492 no país, contra 780 levantadas no ano passado, o que representa aumento de 14,6% ao ano. O faturamento total da atividade também cres-ceu, passando de R$ 1,2 bilhão, em 2003 para R$ 1,8 bilhão em 2007. A taxa média de crescimento no perí-odo é de 12,1%.

A pesquisa revela também que houve uma evolu-ção na quantidade de postos de trabalho diretamen-te gerados pela atividade de reciclagem de plásticos no Brasil. Em 2003, eram 11.500 empregos diretos na atividade contra 20 mil constatados no ano passado – um crescimento médio de 17,4% ao ano.

Das 780 empresas de reciclagem do Brasil, a região Sudeste concentra a maior parte delas, ou seja, 464 empresas, que representam 59,5% do total. Na seqü-ência, a região Sul se apresenta com 204 empresas (26,2%). Outras 69 empresas encontram-se no Nor-deste (8,8%), o Centro-Oeste conta com 33 empresas (4,2%) e a região Norte conta com 10, que equivalem a 1,3% do total.

Do total dos plásticos reciclados, em 2007, ou seja, 962.566 toneladas, o Sudeste aparece em primeiro lugar com 577.540 toneladas (60%); seguido do Sul, com 240.642 toneladas (25%); em terceiro lugar apare-ce a região Nordeste com 115.508 toneladas (12%); o Centro-Oeste com 19.251 toneladas (2%); e Norte com 9.626 (1%).

Quem consumiu mais plástico recicladoA pesquisa também apontou quais os segmentos

que mais consumiram plásticos reciclados em 2007. Os bens de consumo são os maiores demandantes do produto: os semiduráveis (utilidades domésticas, seg-mento têxtil, brinquedos, descartáveis, limpeza do-méstica, calçados e acessórios), demandaram 52,3% dos plásticos reciclados em 2007; os bens de consu-

780 empresas recicladoras, levantadas na faturaram R$ 1,8 bilhão e geraram

Cresce a reciclagem

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mo duráveis (automobilístico, eletroeletrônico, móveis, entre outros), consumiram 18,7%. A agropecuária demandou 9,6% de reciclados, a construção civil, 11,9% e outras aplicações, 7,5%.

O nível operacional médio da indús-tria brasileira de reciclagem de plásti-cos, em 2007, foi de 70,6% da capaci-dade instalada, que é de 1,5 milhão de toneladas. Para o presidente da Plas-tivida, Francisco de Assis Esmeraldo, a ociosidade ainda existente pode ser traduzida pela falta de ações efetivas por parte dos municípios no que diz respeito aos resíduos sólidos. “No Brasil, dos 5.564

dos plásticos no Brasilpesquisa da Plastivida, 20 mil postos de trabalhos diretos em 2007.

municípios, somente 7% contam com coleta seletiva”, afirma o executivo.

Em relação aos cuidados ambientais que as empresas devem ter em seus processos produtivos, a pesquisa aponta que a totalidade de-las, que faz a lavagem do resíduo plás-tico, tem algum tipo de tratamento de efluente como lagoas, decantadores e outros.

A pesquisa sobre o índice de recicla-gem dos plásticos foi encomendada pela Plastivida à Maxiquim, consultoria especializada no segmento industrial.

Somente 7% dos municípios brasileiros têm coleta seletiva.

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A automação residencial tem tomado cada vez mais lugar de destaque em vários empreendimentos. A crescente procura por facilitar o dia-a-dia das pessoas e a falta de tempo para executar certas tarefas, ou mesmo a procura por uma maior segurança e conforto, estão trazendo várias inovações para o universo da construção civil.

Automação residencial não é um produto, mas sim um conceito de proporcionar um gerenciamento total das funções de iluminação, segurança, climatização, áudio e vídeo, voz e dados em uma residência, tendo seu controle realizado por intermédio de vários dispositivos como via internet, PC, controles sem fios, PDA’s com Wifi, notebooks, celulares, controles remotos universais etc.

Atualmente, ao se adquirir um empreendimento, é importante observar-se a infra-estrutura que o local oferece, para avaliar se posteriormente será possível implantar inovações tecnológicas.

Um conceito que surgiu no mercado é o de “instalação elétrica diferenciada”, que possibilita uma implantação de soluções de automação em uma residência gradualmente, sem que sejam necessárias mudanças físicas, como quebra de paredes e novos lançamentos de cabos e dutos.

O sistema consiste em uma topologia diferente da tradicional instalação elétrica, onde não há mais os retornos, somente nos próprios ambientes sendo comandados por interruptores convencionais. Desta forma, tudo se converge para pontos centralizados e passa a ser acionado via botões pulsadores (presentes na linha de produtos de todos os fabricantes de interruptores e tomadas do mercado).

Este novo conceito c o n s i s t e e m u m a infra-estrutura pré-automatizada na qual o elemento fundamental da instalação são os relés de impulso.

Os relés de impulso s ã o c o m p o n e n t e s e l e t r o m e c â n i c o s , criados e patenteados pela empresa Finder e seu presidente, Piero Giordanino, em 1950 na Itália. Atualmente, s ã o c o m u m e n t e e m p r e g a d o s n a s instalações elétricas brasileiras. A Finder

realiza um trabalho de disseminação desta tecnologia através de palestras, treinamentos a profissionais do setor elétrico e instituições de ensino.

Os relés de impulso funcionam por meio de impulsos elétricos, não precisando ficar todo o tempo energizados para acionarem um ponto de iluminação. Este acionamento é realizado pela energização momentânea da bobina do relé (imagem: bobina4), que por sua vez possui um consumo pequeno possibilitando a utilização de cabos de seções reduzidas para seu acionamento.

A opção de utilizar cabos de menor seção viabiliza a implantação desse conceito devido ao custo atrativo que estes condutores possuem e, como o relé precisa ser energizado momentaneamente, são utilizados botões pulsadores que também têm um menor custo que os tradicionais interruptores.

Outra vantagem em uma obra cujo projeto elétrico é pré-automatizado com os relés de impulso é o tempo de instalação. Como todos os retornos são levados para pontos centralizados, fica rápido o lançamento dos cabos e painéis elétricos e os relés e disjuntores podem ser adquiridos já m o n t a d o s d e a c o r d o c o m a necessidade de cada obra (imagem: casarele).

U m a i n f r a -e s t r u t u r a p r é -a u t o m a t i z a d a possibilita a implantação posterior tanto de sistemas sofisticados como de simples soluções, como por exemplo, um painel sinótico de controle de pontos de iluminação, irrigação, acesso e integração com sistemas de segurança, trazendo para os moradores desses empreendimentos mais conforto e segurança.

Este painel sinótico de controle não é limitado em quantidade ou pontos, fica a escolha do proprietário escolher o local de gerenciamento, que na maioria das vezes fica na sala principal, na cozinha e na suíte principal de uma residência ou na guarita de controle e segurança em condomínios residenciais e comerciais.

O painel tem o status de toda a iluminação da casa, possibilitando, por exemplo, saber quais ambientes estão com a iluminação acesa, acionar a iluminação externa, abrir o portão, acionar a piscina, visualizando apenas o painel, sem a necessidade de se locomover pelos ambientes. A solução é tão simples que o controle

artigo

AEAARP22

Relés de impulso Finder

bobina4

casarele

infra-estrutura pré-automatizada: um

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novo conceito em instalações elétricas

de vários pontos fica a um toque. (imagem: sinótico)

É um sistema simples, que não precisa de software para programação, e fácil de operar, pois se baseia em dispositivos elétricos. Seu comando é realizado por impulsos elétricos de distintos pontos, podendo estar em paralelo com a instalação que a casa já

possui, ou seja, o acionamento pode ser feito no próprio ambiente ou nos painéis de gerenciamento.

Na Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto, por exemplo, é possível ter um contato direto com um painel sinótico que está controlando alguns pontos de iluminação.

O custo para implantação de uma infra-estrutura pré-automatizada é muito acessível e os relés de impulso estão

disponíveis para a q u i s i ç ã o e m diversas regiões. O mercado dispõe de muitas empresas c a p a c i t a d a s para dar apoio e suporte técnico para pessoas que s e i n t e r e s s e m e m t e r u m empreendimento diferenciado com possibilidades de inúmeras inovações. (imagem: relés impulso).

Renato LimaPromotor TécnicoFinder Componentes Ltda. São Paulowww.findernet.com

reles impulsosinótico

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crea

Evento do CREA-SP reúne profissionais de mais de 400 municípios

AEAARP24

de 7 a 9 de novembro, o cRea-sp realizou, no vacance Hotel, em Águas de lindóia, um feito inédito, ao reunir, num mesmo evento, os participantes do Sefisc 2008 – XI Seminário de Fiscalização do CREA-SP e do 18º Encontro FAEASP.

cerca de mil pessoas das duas instituições, provenientes de mais de 400 municípios paulistas (entre diretores, superintendentes, coordenadores e conselheiros de

todas as câmaras especializadas, gerentes regionais, chefes de unidades operacionais, inspetores, presidentes de entidades de classe de âmbito estadual e nacional, além de funcionários de apoio), ouviram palestras sobre “o papel e os benefícios da Mútua - Caixa de Assistência aos Profissionais do CREA”; “Os novos rumos da fiscalização do CREA-SP”; “A ART e o Acervo Técnico (CAT) como instrumentos de fiscalização e valorização profissional”; “Como colaborar com a fiscalização do Sistema CONFEA/CREA”; “Como congregar no sistema as mulheres que atuam na área tecnológica”; “Como estimular os jovens a participar das entidades de classe”; “Gestão, organização e planejamento estratégico” e “Gestão profissional nas entidades de classe”.

Parcerias e organização profissional

na abertura do XI Sefisc, o secretário de Estado da Habitação e presidente da cdHu (companhia de desenvolvimento Habitacional e urbano), lair Krähenbühl, citou algumas modalidades de parceria que podem ser viabilizadas com o cRea-sp, entre elas a que envolve os projetos de acessibilidade e mobilidade urbana desenvolvidos por ambas as instituições. “Quando se concebe uma edificação dentro dos princípios do design universal, adequada às condições de mobilidade dos idosos ou de pessoas com algum tipo de dificuldade de locomoção, temporária ou não, essa parte da obra significa, em custos, em torno de 2% do total. Mas quando, por falta de planejamento, somos obrigados a adaptar a edificação a esse conceito, a reforma atinge cerca de 30% do valor do projeto original”, disse o secretário, defendendo a “necessidade de organização da categoria, para promover melhorias que sirvam de exemplo para todo o país”.

também se pronunciando na abertura do evento, o diretor técnico da cdHu e ex-presidente do cRea-sp, engenheiro civil João Abukater, afirmou que “construir moradias dignas, com qualidade, faz parte da responsabilidade social da profissão”. Para ele, é necessário aprimorar as metodologias para obter resultados diferenciados. Concordando com o ex-colega de classe no curso de engenharia civil, o presidente do cRea-sp, José tadeu da silva, disse que o evento permite essa troca de conhecimentos e a apresentação de novas

tendências, sempre buscando otimizar a execução de projetos. “Estamos trabalhando para fazer com que o profissional reflita sobre os procedimentos técnicos. O ponto de partida é a conscientização de que o setor precisa de mudanças e que nós somos os responsáveis por fazê-las”.

para o presidente da faeasp, engenheiro civil Hélio Rodrigues secco, cada vez mais os engenheiros e arquitetos procuram se organizar como forma de unificar as profissões e realizar projetos de alta funcionalidade e baixo custo. “É um desafio a ser enfrentado e o caminho é trabalhar em equipe, para identificar quais os procedimentos necessários para realizar o projeto ideal. Pretendemos que o profissional passe a exercitar o senso crítico e mudar conceitos de forma a atender as necessidades de cada caso”, concluiu.

Presidentes e superintendentes em talk show

participando de informal talk show preparado pelo superintendente de Relações institucionais do cRea-sp, engenheiro civil gilberto campos, o presidente do confea (conselho federal de engenharia, arquitetura e agronomia), engenheiro civil marcos túlio de mello, declarou estar “impressionado com a força do interior paulista na integração de suas atividades profissionais com a vida do sistema CONFEA/CREA”.

o superintendente operacional do conselho, engenheiro civil ademir alves do amaral, informou que “estamos apenas no começo de uma nova era para o CREA-SP. Temos consciência de que só concluímos 10% dos nossos planos de fiscalização, mas também sabemos que chegaremos lá, pois temos o respaldo de uma administração que quer excelência nessa área de atuação”. Para dar continuidade ao projeto de modernização da fiscalização do CREA-SP, o presidente José tadeu anunciou o início do processo de compra de novos equipamentos e veículos para a área e algumas futuras parcerias que “nos ajudarão muito no combate à atuação irresponsável de leigos e maus profissionais”.

na abertura do último dia dos trabalhos, o presidente do cRea-pe, engenheiro civil Roberto lemos muniz, mencionou também “a pujança do interior paulista”, e declarou que espera, “daqui para frente, um confea e os cRea’s mais fortes mais sensíveis às necessidades dos cRea’s menores, para a construção de uma Engenharia brasileira mais humana”. Nesse dia, os participantes ainda votaram as propostas apresentadas em reuniões de trabalho, aprovando 37 propostas para melhoria da fiscalização e da organização associativa das categorias profissionais do sistema.

segundo o presidente do cRea-sp, “a próxima conquista na área da fiscalização será a implantação do Livro de Ordem (também conhecido como caderneta de obras), uma causa que o confea, na pessoa do presidente marcos túlio, abraçou com determinação, e cujos frutos estaremos colhendo dentro de pouco tempo”.

anúncio gráfica

Antônio Luiz Roçafa - presidente Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Araraquara, Giulio R. Azevedo Prado - AEAARP, Lair Krähenbühl - secretário de Estado da Habitação e presidente da CDHU, Hélio Secco - presidente FAEASP, José Luiz Fares - presidente AEAN (Associação dos Engenheiros e

Arquitetos da Alta Noroeste) de Araçatuba.

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7ª Expo Revestir 24 a 27 de março de 2009

A 7ª Expo Revestir e o Fórum Internacional de Arquitetura e Construção serão realizados entre os dias 24 e 27 de março de 2009, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

Por ser a primeira grande feira do ano do setor, a Expo Revestir antecipa tendências mundiais, com novidades em cores, texturas, tamanhos e tecnologias em cerâmicas, porcelanatos, mosaicos, pastilhas, laminados, vidros, rochas ornamentais, pisos cimentícios e de madeira bruta, entre outros produtos.

Paralelamente à Expo Revestir – que já é a maior feira internacional de revestimentos da América Latina e a quarta no ranking mundial, acontece o 7º Fórum Internacional de Arquitetura e Construção, que trará palestras e debates temáticos para arquitetos, designers, revendedores e construtores. Durante o evento, também é realizada a Kitchen & Bath, com novidades para cozinhas e banheiros.

www.exporevestir.com.br

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notas

Licenciamento apenas de hidrelétricas com reservatórios a fio d’água vai demandar a maior utilização de térmicas na matriz

energética brasileira

O licenciamento apenas de hidrelétricas com reservatórios a fio d’água vai demandar a maior utilização de térmicas na matriz energética brasileira. A conta, do consultor Mário Veiga, da PSR Consultoria, leva em consideração o fato de esse tipo de usina precisar de maior geração térmica, uma vez que não tem capacidade de regularização.

“Isso não é a solução mais eficiente para o Brasil”, disse, durante palestra no XII Congresso Brasileiro de Energia, em novembro, no Rio de Janeiro. Veiga afirmou ainda que a idéia de se utilizar usinas-plataformas também pode privilegiar o uso de térmicas.

Em 17/11, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu que o Ibama não vai licenciar mais hidrelétricas com grandes reservatórios e que todos os projetos hidrelétricos sejam a fio d’água e com turbinas bulbo. O ministro sugeriu

ainda a instalação de “usinas-plataformas”, com poucas pessoas trabalhando dentro das plantas para evitar que a migração populacional provoque impactos socioambientais.

Também presente ao evento, o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética do Ministério de Minas e Energia), Maurício Tolmasquim, voltou a defender o destravamento do licenciamento ambiental para hidrelétricas. Assim como Veiga, ele afirmou que quanto menor o tamanho dos reservatórios, maior o número de térmicas no SIN (Sistema Interligado Nacional). “Em nome do meio ambiente nunca se fez tão mal ao meio ambiente”.

Page 26: Painel - edição 165 - dez.2008

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Cidade da

Bioenergia será em são Carlos

O Brasil terá como aumentar a produção de agroenergia com a construção da Cidade da Bioenergia, em São Carlos, interior paulista. Prevista para 2009, a iniciativa público-privada terá um investimento de R$ 80 milhões. O projeto ocupará 240 hectares da Embrapa Pecuária Sudeste, destinados à implantação de um parque permanente, com espaços para realização de negócios, cursos e exposições.

A localização da Cidade da Bionergia, em uma região que acolhe os centros produtores de cana-de-açúcar, reúne características para destacar a pesquisa brasileira e os esforços em ciência e

tecnologia para a produção de biocombustíveis e energias renováveis.

Com a iniciativa, será possível aumentar a disseminação de informações científicas do tema, atendendo às necessidades dos mercados interno e externo, além de acentuar os esforços para reunir, de maneira estratégica, o que há de mais atual em agricultura dos trópicos.

A previsão para o início das atividades da Cidade da Bioenergia é 2010. Estão envolvidos no projeto a Embrapa, a Prefeitura Municipal de São Carlos e a ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).

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