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PARANÁ - Operação de migração para o novo data center da … · 2014-04-22 · de trabalhar as capacidades físicas de forma equilibrada, ... musculação, na maioria das vezes,

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PARANÁ

GOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título

A IMPORTÂNCIA DA GINÁSTICA DE

CONDICIONAMENTO FÍSICO COMO INSTRUMENTO

FACILITADOR DA APRENDIZAGEM NO ENSINO

MÉDIO NOTURNO

Autor DARLI LOURDES BONAN

Escola de Atuação COLEGIO ESTADUAL MALBA TAHAN-ENSINO MEDIO

Município da escola ALTÔNIA

Núcleo Regional de Educação UMUARAMA

Orientador CARLOS ALEXANDRE MOLINA FERNANDES

Instituição de Ensino Superior UNESPAR – CAMPUS DE PARANAVAI

Disciplina/Área (entrada no PDE) EDUCAÇÃO FÍSICA

Produção Didático-pedagógica UNIDADE DIDATICA

Relação Interdisciplinar

(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

NÃO

Público Alvo

(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)

ALUNOS DO 1º ANO - ENSINO MÉDIO NOTURNO

Localização

(identificar nome e endereço da escola de implementação)

COLÉGIO ESTADUAL MALBA TAHAN-ENSINO MÉDIO, LOCALIZADO NA CIDADE DE ALTÔNIA, RUA OLAVO BILAC, Nº 560-CENTRO

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Apresentação:

(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)

O objetivo da proposta de intervenção é implementar a ginástica de condicionamento físico como conteúdo na Educação Física escolar noturno, com a intenção de motivar a participação dos alunos do 1º ano do Colégio Estadual Malba Tahan – Ensino Médio – Altônia - Paraná. As estratégias de ação contemplarão um conjunto de idéias práticas, individuais e em grupos. Os alunos serão levados à compreensão que a ginástica enquanto atividade física contribui para a melhora do organismo como um todo. A ginástica de condicionamento físico se apresenta como uma alternativa prática que pode contribuir para a assimilação de novos valores dos adolescentes, aproximando-os de uma melhor percepção de si mesmos e da sua própria realidade. O trabalho com a ginástica, mais especificamente, a de condicionamento físico pode contribuir para o desenvolvimento de atividades mais atrativas. Por isso, as atividades serão desenvolvidas com respeito às potencialidades dos alunos, na tentativa de trabalhar as capacidades físicas de forma equilibrada, ensinando aos alunos a forma correta de realizá-las e estimulando a adoção de hábitos saudáveis de vida.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Ginástica, condicionamento físico, ensino e aprendizagem, educação física.

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO PROFESSORA PDE: Darli de Lourdes Bonan

ÁREA/ DISCIPLINA: Educação Física

NRE: Umuarama

PROFESSOR ORIENTADOR: Carlos Alexandre Molina Fernandes

IES VINCULADA: FAFIPA PARANAVAÍ

ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Malba Tahan – Ensino Médio – Altônia

- Paraná

PÚBLICO ALVO DA INTERVENÇÃO: Alunos do 1º Ano do Ensino Médio

1 INTRODUÇÃO

O movimento e, consequentemente, o corpo, constituem a matéria-prima da

Educação Física Escolar. Lidar com o ser humano sugere considerá-lo sob as várias

dimensões (cognitiva, afetiva, psicomotora e social) compreendendo-o como um processo

constante de construção sociocultural. Com esse entendimento, os conteúdos da

Educação Física escolar implicam em valores, ideologias e representações histórico-

culturais que precisam ser considerados e discutidos pelos profissionais (COLETIVO DE

AUTORES, 1992).

Vasconcellos (2004) comenta a respeito da necessidade de o profissional de

Educação Física criar objetivos, metas visíveis e compreender as necessidades reais dos

alunos em cada fase de desenvolvimento, no sentido de oferecer aulas mais adequadas e

satisfatórias. Para o autor, se o profissional ficar limitado às atividades de esportes com

bola, fato recorrente nas aulas, pode cair no erro de que a disciplina pouco poderá

contribuir para o ensino e aprendizagem dos alunos do ensino médio.

Embora a Educação Física escolar possua interconexões com a área biológica ou

exata, esta encontra, segundo Bracht (1989), a sua base na educação, na ação

pedagógica, devendo, portanto, ser trabalhada em interação constante com o corpo que,

por sua vez, é expressão da cultura. Para o autor, o movimento que atribui sentido

particular à Educação Física é aquele que comporta determinado sentido/significado que,

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por sua vez, lhe é conferido pelo contexto social.

Os exercícios voltados para a padronização dos movimentos e aquisição de força

física fascinam os praticantes, por se constituir em uma prática voltada para os vários

sentidos humanos. Os praticantes sentem os progressos, por perceberem o aumento dos

músculos e da força corporal. Esses aspectos se ajustam para que os alunos se tornem

mais fortes internamente, favorecendo a sua autoimagem, haja visto que treinar

musculação, na maioria das vezes, significa vencer resistências. Por isso, as atividades

físicas com peso melhoram a autoconfiança, entre outros aspectos.

Um (a) adolescente que tem uma autoestima positiva, consequentemente, se

sente mais seguro (a) para enfrentar novos desafios, estabelecer metas e objetivos

motores novos e alcançá-los. Assim sendo, o professor de Educação Física escolar tem

um papel fundamental no que diz respeito ao aprimoramento do desenvolvimento das

dimensões motoras, afetiva e cognitiva dos alunos.

As atividades que envolvem o conteúdo da ginástica são praticamente

inexistentes em escolas públicas (BOLDA; SOUZA, 2003). Isso faz pensar que esforços

profissionais são necessários para desenvolver, testar e publicar materiais educativos

adequados para o uso em escolas. Faz-se necessário desenvolver propostas

diferenciadas nas escolas, no sentido de auxiliar os alunos a atingir qualidades cognitivas,

afetivas e comportamentais associadas ao exercício, saúde e condicionamento físico.

Com base nisso, cabe aos professores de Educação Física escolar aprofundar seus

conhecimentos em relação às formas de integrar atividades de condicionamento físico às

práticas pedagógicas na escola.

No Colégio Estadual Malba Tahan – Ensino Médio – Altônia – Paraná, os alunos

do Ensino Médio noturno se evadem das aulas de Educação Física, demonstrando

completo desinteresse pelas atividades escolares propostas comumente, com ênfase em

atividades com uso de bolas na quadra da escola (handebol, vôlei, futsal) entre outras .

Atualmente, observa-se uma supervalorização do corpo físico, com uma

constante busca pela saúde e estética nos padrões modernos (BOLDA; SOUZA, 2003).

Por esse motivo, percebe-se um grande interesse pela prática de ginástica em academias

e/ou clubes, atividades nas quais, se adéquam aos ritmos e movimentos que amimam os

adolescentes. Nesse contexto, é importante que a escola se utilize destas práticas de

atividades físicas como conteúdo das aulas de Educação Física escolar, com a intenção

de promover o interesse e motivar os alunos.

Com base nisso, dentre as diversas manifestações corporais que o professor de

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Educação Física escolar pode trabalhar com o conteúdo estruturante de ginástica, a

modalidade relativa ao condicionamento físico é uma prática que pode contribuir para a

motivação dos alunos. Esse tipo de manifestação corporal combina movimentos dos

diversos segmentos do corpo, procurando desenvolver agilidade, flexibilidade, equilíbrio,

força, resistência e aperfeiçoamento dos parâmetros de habilidades motoras.

A falta de reflexões em torno do significado mais amplo e profundo da Educação

Física escolar tem retirado dessa disciplina a oportunidade de se estabelecer

definitivamente como uma verdadeira arte e ciência do movimento humano. Por isso,

acreditamos que esse momento é propício para um repensar e para uma tomada coletiva

de posição mais clara nesta área, sobretudo, no que tange à mediação dos conteúdos de

ginástica de condicionamento físico, merecendo atenção especial nessa Unidade

Didática, em seu campo de estudo como também de ação.

Com esse propósito e considerando que determinadas formas de seleção e

organização do conhecimento corresponde a determinado tipo de pensamento que se

deseja formar no aluno sobre a sua realidade, a presente Unidade Didática aponta

reflexões e situações práticas, envolvendo a ginástica de condicionamento físico de

maneira atrativa, na tentativa de motivar a prática da Educação Física escolar junto aos

alunos do Ensino Médio noturno.

Acredita-se que a proposta pode colaborar para auxiliar a construção do

conhecimento pelos alunos na Educação Física Escolar noturno, contribuindo para a

reorientação da ação pedagógica. A escola precisa resgatar a ginástica de

condicionamento físico enquanto prática corporal a ser trabalhada no ensino noturno. O

objetivo dessa proposta é apresentar atividades contextualizadas para a implementação

da ginástica de condicionamento físico como conteúdo na Educação Física escolar

noturno, com a intenção de motivar a participação dos alunos do 1º ano do Colégio

Estadual Malba Tahan – Ensino Médio – Altônia- Paraná.

2 A IMPORTÂNCIA DA GINÁSTICA COMO CONTEÚDO DE ENSINO NA EDUCAÇÃO

FÍSICA ESCOLAR

Ao tratar do conteúdo de ginástica na escola é necessário considerar os sentidos

e os significados atribuídos à prática no decorrer da história, desde a sobrevivência dos

homens nos primórdios da humanidade, assim como preparação de guerreiros, como

eugenização e higienização de povos.

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Do seu desenvolvimento e sistematização surgiram escolas (francesa, alemã),

movimentos (norte, oeste) e linhas. Assim sendo, é possível compreendê-la de forma

mais ampla no centro das atividades humanas corporais, a partir de duas bases (apoios e

giros) e de cinco fundamentos (equilibrar, saltar, rolar/ girar, balançar/ embalar, suspender/

trepar) (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

Até hoje, nos programas brasileiros, se evidencia a influência da calistenia e do esportivismo, ginástica artística ou olímpica, o que pode explicar o fato de a ginástica ser cada vez menos praticada nas escolas. A falta de instalações e aparelhos no estilo “olímpico” desestimula o professor a ensinar ginástica. Quando existem esses meios, sobressai a tendência à “esportivação” que fixa normas de movimento e determina o “sexismos” das provas. Por outro lado, a capacidade artística individual tida como “inata” acaba gerando a “elitização” da ginástica. O que legitimaria, então, a presença da ginástica nos programas de Educação Física? (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p.77).

Os autores entendem a ginástica como uma modalidade particular de exercitação,

na qual com ou sem uso de aparelhos, oferece a possibilidade de execução de atividades

diferenciadas que ativam intensas experiências corporais. Assim sendo, a prática

contextualizada do conteúdo da ginástica nas aulas de Educação Física na escola é

relevante à medida que a memória histórica da sociedade possui ofertas de práticas com

significações culturais para os seus praticantes.

Segundo Lorenzini (2001):

Hoje, com uma leitura atenta à dinâmica da realidade social, evidenciamos um tímido engatinhar buscando ressignificar o campo pedagógico escolar, sistematizando o conhecimento afeto ao sentido do lazer ativo com dignidade, a importância do não trabalho, a vida saudável e nestas a importância das práticas corporais culturalmente construídas. As novas formas de exercitação em paralelo com as tradicionais viabilizam uma prática corporal que consente aos alunos darem sentido próprio às suas exercitações ginásticas (LORENZINI, 2001, p. 08).

No espaço escolar, as artes contribuíram nas três últimas décadas com as

possibilidades de sistematizar o conteúdo relativo à ginástica. O termo conteúdo é

utilizado ao se referir a “[...] conceitos, idéias, fatos, processos, princípios, leis científicas,

regras, habilidades cognitivas, modos de atividade, métodos de compreensão e aplicação,

hábitos de estudos, de trabalho, de lazer e de convivência social, valores, convicções e

atitudes” (DARIDO, 2005, p. 65). Ao se referir ao conteúdo da ginástica este pode ser

orientado por:

[...] uma abordagem científica que abarque a idéia de um conhecimento específico, tratado com diferentes possibilidades de investigar, desafiar as ações gímnicas humanas, tendo como fim o trabalho formativo. Necessita do princípio da

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ludicidade, priorizando a recriação da ginástica enquanto exercitação do fazer corporal e de sua expressão enquanto atividade gímnica (LORENZINI, 2001, p. 08).

A prática da ginástica na escola em razão dos benefícios que pode trazer aos

alunos auxilia na resistência muscular, na flexibilidade, nas resistências aeróbicas e

anaeróbicas, contribuindo, ainda, para a melhoria da força, equilíbrio, coordenação e

potência. A ginástica educa o movimento, ajuda na qualidade de vida e no

desenvolvimento das habilidades.

Gasparin (2005, p. 17) lembra que a tomada de consciência “[...] da realidade e

dos interesses dos alunos evita o distanciamento entre suas preocupações e os

conteúdos escolares”.

Deste modo, ao tratar da cultura corporal dos alunos é preciso buscar: desenvolver uma reflexão pedagógica sobre o acervo de formas de representação do mundo que o homem tem produzido no decorrer da história, exteriorizadas pela expressão corporal: jogos, danças, lutas, exercícios ginásticos, esporte, malabarismo, contorcionismo, mímica e outros, que podem ser identificados como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem, historicamente criadas e culturalmente desenvolvidas (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p.38).

A ginástica é uma forma de exercitação que provoca experiências corporais

significativas e enriquecedoras da cultura corporal de alunos e alunas, em particular e,

do homem, em geral, tornando-se muito necessária no contexto escolar na prática das

aulas de Educação Física, pois é uma prática permeada por um significado cultural por

abarcar a “tradição histórica do mundo ginástico”, permitindo aos alunos darem sentido

às suas exercitações ginásticas.

As DCEs – Paraná (2008. p. 24), ao tratar das práticas corporais da ginástica

destacam “[...] a crítica à lógica do sacrifício e do sofrimento – não somente físico -; o

excesso de exercícios que aumentam o risco de lesões graves e a possível degradação

do corpo”. Fazem referência, também, ao uso de anabolizantes que contribuem para

acelerar a performance corporal desejada. Daí a importância de discutir com os alunos os

danos que o uso dessas substâncias causa no organismo.

Segundo Medeiros e Loureiro (2011), a ginástica no espaço escolar proporciona

inúmeros benefícios aos alunos, atuando no aprimoramento dos movimentos motores e

utilizando-se as valências psicomotoras que quando trabalhadas desenvolvem o

esquema corporal; equilíbrio, ritmo, raciocínio lógico, controle muscular, socialização,

coordenação motora geral, força e velocidade.

Daí a necessidade de que o professor saiba utilizar-se de exercícios que as

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desenvolvam, aliando a prática à teoria na escola, elucidando a importância da ginástica

como conteúdo de ensino, quais os conteúdos devem ser trabalhados, como se deu a

construção desse patrimônio. Tais conteúdos são relevantes importantes para que os

alunos entendam o porquê da prática.

A ginástica no contexto escolar oferece inúmeros benefícios aos educando, por ser muitas vezes o momento que este aluno tem para se movimentar. Este estudo conclui que é bem possível trabalhar com a ginástica na escola, pois seus conteúdos atendem as necessidades físicas dos alunos conforme sua natureza (MEDEIROS; LOUREIRO, 2011, p. 01).

O professor de Educação Física escolar em qualquer modalidade de ginástica,

precisa desenvolver o conhecimento técnico do aluno, sem que isso signifique exigir dele,

níveis de execução de alta qualidade técnica. Caso alguns alunos se interessem em

desenvolver condições para tal, os mesmos poderão treinar para atingir esses níveis,

enquanto outros serão orientados pelo professor dentro das possibilidades individuais,

sem negar conhecimentos mais profundos (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

De acordo com Medina (1990), a Educação Física escolar se ocupa do corpo e

seus movimentos voltados para a ampliação constante das possibilidades concretas dos

seres humanos. Isso contribui para ajudar os alunos na sua realização mais plena e

autêntica.

O autor supracitado entende que tal finalidade educativa torna-se inviável quando

se reduz o corpo a uma de suas dimensões apenas, pois se considera impossível

desenvolver um trabalho adequado na disciplina, caso os aspectos físico, mental,

espiritual e emocional do aluno não sejam percebidos em sua unidade e totalidade, pois

somente de uma maneira integral o corpo poderá se constituir num objeto específico da

educação física enquanto uma ciência do movimento.

O corpo está todo o tempo presente no aprendizado. Nesse sentido, cabe à

escola constituir-se em um espaço de aprendizagem significativa, para trabalhar os mais

diversos conceitos por meio dos quais o aluno aprenderá a usar o seu corpo de maneira

expressiva, desenvolvendo sua capacidade de comunicação, criatividade e interação

(BOLDA; SOUZA, 2003, p.111).

A ginástica é o ato de movimentar o corpo, com técnicas específicas, sendo que o ser humano apresenta em sua história o movimento que caminha lado a lado com sua evolução. É bem possível trabalhar a ginástica na escola, oportunizando ao aluno o exercitar-se, fortalecendo e agilizando seus movimentos. O professor por sua vez tem um papel essencial na aplicação da ginástica, podendo através de atividades com músicas oferecer aulas mais atrativas, sabe-se que nesta faixa

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etária a música é um incentivo a mais na participação efetiva dos alunos (MEDEIROS; LOUREIRO, 2011, p. 01).

Os autores acima citados evidenciam que a ginástica como conteúdo atende as

necessidades dos alunos, desenvolvendo o corpo como um todo, fazendo com que os

próprios alunos reconheçam seus benefícios e bem estar cotidiano. Por tudo isso, a

ginástica é entendida como uma metodologia democrática e inclusiva, beneficiando o

aluno conforme a sua natureza humana.

Cabe aos professores adentrar a realidade de forma concreta através da reflexão

crítica e da ação, no sentido de promover conscientemente o aluno a níveis mais altos de

vida, contribuindo, assim, com sua parcela para a realização da sociedade e das pessoas

em busca de sua própria felicidade (MEDINA, 1990). Para este autor, toda a ação que

distancie o profissional destes propósitos estará desservindo aos alunos e diminuindo-os.

Uma Educação Física desvinculada de suas finalidades mais gerais, não pode

atender às necessidades dos alunos. Uma educação física assim delineada estará

procurando cuidar de um corpo isento de suas totais significações e, portanto,

desconsiderando os alunos de maneira integral.

Na área escolar, uma abordagem orientada pela reflexão pedagógica possibilita à Teoria Pedagógica, a superação de tecnologias prescritivas que desobrigam docentes e discentes da elaboração do pensamento sobre o conhecimento tratado, onde aprender ginástica não é só exercitar-se. Com o referencial desta produção compreendemos que o conteúdo é constituído pelo conjunto das qualidades geral, singular, particular, do objeto e do seu processo de seleção, organização e sistematização.Visualizamos que o geral e o singular estão inscritos no particular de um conhecimento específico do tipo corporal, estabelecendo relações e nexos, buscando as regularidades comuns e de significado. Sendo uma atividade orientada por um fim intencionalmente avaliado, a Ginástica Escolar é o conteúdo específico da exercitação de si próprio, entrelaçado com uma forma particular de manifestação, praticado sem ou com materiais, com aparelhos móveis, fixos, elásticos, leves ou pesados, em diferentes superfícies e no meio líquido, possibilitando aos aprendizes conhecer o universo ginástico ao usufruir da atividade gímnica (LORENZINI, 2001, p. 08).

Por tudo isso, em seu trabalho na escola, é fundamental que o professor de

Educação Física escolar parta do entendimento de que os alunos são pessoas concretas,

com níveis de aspiração, interesses e motivações diferenciados. Isso faz com que cada

aluno atribua um sentido pessoal às atividades, pelo sentido e objetivos pessoais que

costumam representar.

É necessária uma prática pedagógica diferenciada em ginástica na escola de

forma a contribuir com estratégias de ação coerentes ao tratar os conteúdos escolares,

embasada em uma orientação pedagógica transformadora de ensino e aprendizagem.

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Existe uma função errada para a ginástica na visão da maioria das pessoas, que

corresponde ao culto ao corpo, sendo o único intuito da mesma, preparar e modelar o

físico humano. Nas academias, a exploração do condicionamento físico chega a ser

preocupante, levando o praticante da atividade, a meios que prejudicam a saúde, com

remédios para acelerar os resultados dos exercícios.

Contudo, observa-se que há certa resistência por parte dos profissionais de

Educação Física escolar para trazer a ginástica para o espaço escolar. Faz-se necessário

a presença de professores capacitados para ensinar os alunos a verdadeira função do

exercício físico para a saúde mental e corporal dos alunos, enquanto adultos e não

somente na fase infantil.

A implantação e adaptação dos exercícios que evolvem a ginástica em sala de

aula podem trazer grandes benefícios para os alunos, uma vez que essa prática pode ser

trabalhada para ajudá-los no processo de desenvolvimento motor, afetivo, intelectual,

levando em consideração os aspectos sociais do ambiente em que o aluno está inserido

(COLETIVO DE AUTORES, 1992).

Os benefícios da ginástica de condicionamento físico são muitos. É possível

pensar em saúde em sentido amplo, na questão do bem-estar, do lazer, de entendimento

do homem como produto e produtor de cultura e de conhecimento, não somente como ser

biológico. Os benefícios chegam também pela convivência social que se estabelece no

grupo, com troca de experiências, além da sensação de descobrir novas possibilidades de

movimentos e da sensação de alegria e prazer.

Conforme o Manual Merck (s/d), condicionamento físico é entendido como:

[...] a capacidade de realizar atividades físicas. Para tornar-se e manter-se condicionado, os indivíduos devem exercitar-se regularmente. Os exercícios fortalecem o coração, permitindo que ele bombeie uma maior quantidade de sangue em cada batimento. O sangue então pode liberar mais oxigênio ao organismo, aumentando a quantidade da máxima de oxigênio que o organismo consegue obter e utilizar. Essa quantidade, denominada captação máxima de oxigênio, pode ser medida para se determinar o nível de condicionamento de um indivíduo. Os exercícios beneficiam o corpo de muitas outras maneiras.

O conhecimento aprofundado acerca da ginástica de condicionamento físico

enquanto prática de ensino e aprendizagem no espaço escolar possibilita ao professor de

Educação Física desenvolver um trabalho pedagógico mais adequado a fim de que os

educandos, nas fases posteriores do processo, apropriem-se de um conhecimento

significativo para as suas vidas.

O acesso a essa área do conhecimento é um direito de todos os alunos e alunas,

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“porque em conjunto com outras áreas, poderá contribuir para que os alunos possam

participar da construção de uma realidade mais favorável para si e para todos”

(BARBOZA; RINALDI, 2004, p. 77).

A ginástica de condicionamento físico se apresenta como uma alternativa prática

que pode contribuir para a assimilação de novos valores dos adolescentes, aproximando-

os de uma melhor percepção de si mesmos e da sua própria realidade. O trabalho com a

ginástica, mais especificamente, a de condicionamento físico pode contribuir para o

desenvolvimento de atividades mais atrativas para os alunos do Ensino Médio noturno,

servindo como instrumento facilitador de aprendizagens integradoras.

Os benefícios mais significativos para a saúde encontram-se no processo de realizar a atividade física e não, necessariamente, na busca de níveis de excelência atlética, passíveis de avaliação comparativa do desempenho dos diferentes sujeitos” (BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002, p. 26).

A Educação Física tem o compromisso de atuar no sentido de desenvolver com

os alunos, “práticas de cultura corporal para que a construção de hábitos

físicos saudáveis passe a fazer parte da vida cotidiana futura dos sujeitos

que hoje freqüentam a escola” (BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002, p. 27).

Assim sendo, com a intenção de contribuir para ampliar o interesse dos alunos do

Ensino Médio noturno para a participação nas aulas de Educação Física, faz-se

necessário estabelecer um elo entre os saberes a serem trabalhados em ginástica e a

maneira de tratá-los metodologicamente.

3 UMA PROPOSTA DE GINÁSTICA DE CONDICIONAMENTO FÍSICO COMO

INSTRUMENTO FACILITADOR DA APRENDIZAGEM NO ENSINO MÉDIO NOTURNO

As estratégias de ação contemplarão um conjunto de ideias práticas, individuais e

em grupos a serem realizadas no Colégio Estadual Malba Tahan – Ensino Médio – Altônia

- Paraná, com a participação dos alunos do 1º ano.

Pretendemos com este estudo colaborar para ampliar o interesse por ações

voltadas ao ensino da ginástica, especialmente, de condicionamento físico, nas aulas de

educação física, no sentido de promover o entendimento sobre a relevância do trato

metodológico, por meio de pesquisas com as diferentes metodologias existentes, na

tentativa de estabelecer um elo entre os saberes a serem trabalhados e a

maneira de tratá-los.

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Assim, contribuir com os docentes da área, auxiliando na descoberta e

transposição de obstáculos que possam se relacionar com a ginástica na escola, levando

os professores a refletirem sobre a educação física no âmbito educacional, a partir dos

seguintes objetivos:

- Compreender os benefícios da ginástica em suas dimensões fisiológicas e

psicológicas, em suas possibilidades de utilização como instrumento de condicionamento

físico;

- Promover atividades para trabalhar os grupos musculares superiores e

inferiores, adequadas à faixa etária e ao nível de condicionamento físico;

- Promover atividades de solo para o condicionamento físico;

- Refletir sobre a importância de atitudes e hábitos saudáveis para a prática da

atividade física, evitando lesões e riscos à saúde.

3.1 UNIDADES 1 - IMPORTÂNCIA DA GINÁSTICA COMO CULTURA CORPORAL

As atividades apresentadas nessa Unidade têm como objetivo levar os alunos a

compreenderem que, a ginástica enquanto atividade física quando bem orientada, traz

vários benefícios ao organismo.

Inicialmente, o professor utilizará um vídeo que se encontra disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=3jf9YgZrgcQ

O vídeo apresenta uma breve introdução sobre a importância da prática da

atividade física.

Os alunos farão na prática a atividade apresentada no vídeo (com música).

Discutir a sensação que eles tiveram com a aula.

Na sequência, serão apresentados dois vídeos relacionados ao

condicionamento físico.

http://www.youtube.com/watch?v=NoFAoP77z1A&feature=relatedde.; e

http://www.youtube.com/watch?v=9GBRRVt1rys&feature=related.

Após a apresentação dos vídeos, os alunos refletirão sobre:

O que você achou dos vídeos?

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O que aprendeu?

Você acha importante essa prática?

Vocês já tiveram aulas sobre a ginástica de condicionamento físico?

Qual a importância de trazer essa prática para as aulas de educação física?

Assistir o vídeo

http://www.youtube.com/watch?v=WSF8MPInz7Q&feature=related. Praticar a atividade com os alunos

Pesquisar no youtube outros vídeos que tratam da prática de condicionamento físico, para o acervo da escola.

Comentar com os colegas

Para complementar, serão apresentados alguns conceitos sobre condicionamento

físico com base no texto “O que é condicionamento físico” para leitura e reflexão.

O que é condicionamento físico? Quando praticamos uma atividade física, estamos além de tudo buscando ter uma vida com saúde.

Mas, para isto, temos que lutar contra a falta de hábito da prática de uma atividade física na qual o nosso mundo moderno se acostumou – o nosso sedentarismo.

Os benefícios são inúmeros para o nosso corpo. Além dos diversos benefícios para o corpo (principalmente para o sistema cardíaco e respiratório), ganhamos também na atividade física o benefício mental, proporcionando o combate ao stress e para outros incômodos da vida contemporânea.

Mas para isto, devemos tornar a prática da atividade física uma rotina. É importante também encarar a atividade física como um prazer e não como um esforço. Isto dará ânimo para continuar e conseguir transformar a prática da atividade física em rotina. Portanto, é importante realizar atividades físicas na qual você tenha afinidade.

Como ganhar condicionamento físico? Além das mudanças na forma de encarar e praticar uma atividade física devemos efetuar uma mudança

também em nossa alimentação. Devemos ingerir alimentos ricos em carboidratos, para termos mais energia, e alimentos ricos em vitaminas e proteínas, para fortalecer os ossos e os músculos.

Uma boa dica é, após mudar a alimentação, começar a correr, pelo menos, uns 40 minutos por dia. Começando com um ritmo devagar, deve-se ir aumentando o ritmo com o passar dos dias. Este aumento de desempenho tem ação direta na melhora do desempenho cardíaco e do fôlego do praticante.

Torna-se ideal para uma pessoa que está há muito tempo sem praticar qualquer atividade física começar a praticar alguma atividade simples – como uma leve caminhada – durante um espaço de tempo curto – 30 minutos, por exemplo – e ir aumentando gradativamente a intensidade e duração desta atividade física.

Fonte: http://www.cstur.com.br/arquivos/condicionamento-fisico.

DICAS IMPORTANTES

Lembre-se: antes de iniciar qualquer atividade física, você deve procurar um médico. É necessário saber se você pode e até aonde pode ir na prática de uma atividade.Um outro detalhe importante é:busque orientação de um professor de Educação Física e não se esqueça, alongue-se sempre antes da prática de uma atividade física!!! Assim, estaremos cuidando da nossa saúde e buscando com segurança o seu condicionamento físico ideal!

Após a leitura os alunos se reunirão em grupo para refletirem sobre as questões

apresentadas no texto.

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Qual a importância da prática da ginástica nas dimensões fisiológicas e psicológicas?

3.2 UNIDADES 2 - ÍNDICE DE MASSA CORPORAL/ MITOS E VERDADES SOBRE A

MUSCULAÇÃO

Nessa Unidade os alunos aprenderão a encontrar o índice de massa corporal, por

meio da fórmula simples:

Encontrando o índice de massa corporal

Peso, dividido pelo quadrado da altura. Por exemplo: uma pessoa de 33 anos com 70 kg e 1,70m de altura vai ter um IMC de 24,2: 70 quilos divididos por 1,70 x 1,70 = 24,2.

Pesar os alunos;

Medir a altura;

Encontrar o índice de massa corporal. Refletir sobre:

Seu peso está normal, abaixo ou acima da média?

O que você tem feito para manter o peso equilibrado?

O que você acha que é preciso?

Você tem praticado atividade física?

Quais?

Com que frequência?

Apresentar os vídeos sobre os mitos e verdades sobre a musculação.

http://www.youtube.com/watch?v=aXDMLEMGNzk.

http://www.youtube.com/watch?v=0VXfeZHBQpY&feature=related.

http://www.youtube.com/watch?v=VeUMxHEMjhU&feature=related.

Na sequência serão trabalhadas algumas dicas práticas para o condicionamento

físico, de acordo com o texto abaixo.

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Guia Prático

O homem moderno vem deixando de lado as práticas esportivas, o que muitas vezes leva a um estilo de vida sedentário e provoca distúrbios como má alimentação, obesidade, tabagismo, estresse, doenças coronarianas, etc.

Como reação a essa atitude, a ciência do esporte vem desenvolvendo estudos e demonstrando a importância que a prática constante de uma atividade física bem planejada tem para que as pessoas possam ter uma vida mais saudável

Motivos importantes para a prática da atividade física

1 – Autoestima A prática regular de exercícios aumenta a confiança do indivíduo. 2 – Capacidades Mentais Pessoas ativas apresentam reflexos mais rápidos, maior nível de concentração e memória mais

apurada. 3– Colesterol Exercícios vigorosos e regulares aumentam os níveis de HDL (lipoproteína de alta densidade, o

“bom colesterol”) no sangue, fator associado à redução dos riscos de doenças cardíacas. 4 – Depressão Pessoas com depressão branda ou moderada, que praticam exercícios de 15 a 30 minutos em

dia alternados, experimentam uma variação positiva do humor já após a terceira semana de atividade 5 – Doenças Crônicas Os sedentários são duas vezes mais propensos a desenvolver doenças cardíacas. A atividade

física regula a taxa de açúcar no sangue, reduzindo o risco de diabetes 6 – Envelhecimento Ao fortalecer os músculos e o coração, e ao amenizar o declínio das habilidades físicas, os

exercícios podem ajudar a manter a independência física e a habilidade para o trabalho, retardando o processo de envelhecimento.

7 – Ossos Exercícios regulares com pesos são acessórios fundamentais na construção e manutenção da

massa óssea. 8 – Sono Quem se exercita “pega” no sono com mais facilidade, dorme profundamente e acorda

restabelecido. 9 – Stress e Ansiedade A atividade física libera os hormônios acumulados durante os momentos de stress. Também

funciona como uma espécie de tranqüilizante natural – depois do exercício a pessoa experimenta uma sensação de serenidade

Conceitos importantes para a prática da atividade física Avaliação Física

Antes de iniciar um programa de atividade física regular, é fundamental a realização de uma avaliação física para a prevenção de quaisquer riscos à sua saúde. Esta avaliação de estado de aptidão inclui quatro áreas: força muscular; flexibilidade articular; composição corporal (percentual de gordura, peso corporal magro e peso corporal desejável); capacidade funcional cárdio-respiratória Todos estes dados colaboram para a formulação correta de um programa de exercícios individualizado, baseado no estado de saúde e de aptidão da pessoa

Avaliação Correta Material desenvolvido com apoio do professor de educação física Wagner Gasparini, graduado

pela FMU, pós-graduado em Treinamento Desportivo pela FMU e pós-graduado em Fisiologia do Exercício pela Escola Paulista de Medicina...

Texto na íntegra: Disponível em: http://www.brasilescola.com/educacaofisica/esporte-saude.htm.

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Em pequenos grupos observem as figuras abaixo e discutam.

Disponível em: http://revistavivasaude.uol.com.br/saude-nutricao/71/imprime127516.asp.

Disponível em: http://fisioformance.wordpress.com/.

Você concorda que a prática de atividades físicas exige muita determinação?

Por que a musculação é importante?

O que você aprendeu de novo?

Por que a alimentação é importante?

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Qual o tipo de alimentação?

Por que é importante uma musculação natural?

Por que o alongamento é importante?

O que acontece com o corpo com a prática contínua do alongamento?

Quais os erros principais cometidos pelas pessoas que desejam um corpo perfeito muito rapidamente?

O vídeo fala das barras na praia (na sua cidade não tem), então como você poderia improvisar uma barra.

Por que é necessário evitar o fumo e as bebidas alcoólicas?

3.3 UNIDADES 3- ATIVIDADES PRÁTICAS

Antes de iniciar as atividades práticas o professor recomendará que as atividades

sejam desenvolvidas sempre com muito respeito às potencialidades dos alunos, na

tentativa de trabalhar as capacidades físicas de forma equilibrada, ensinando aos alunos

a forma correta de realizá-las e estimulando a adoção de hábitos saudáveis de vida.

Os alunos serão levados a compreender que para iniciar um programa de

exercícios físicos com segurança é necessário realizar o exercício ou esporte devagar.

Quando os membros inferiores ou superiores estiverem doloridos ou se tornarem pesados

isso indica que é hora de parar naquele dia e reiniciar a atividade em outro dia. Quando o

condicionamento físico do indivíduo aumenta, ele é capaz de praticar sem sentir dores

musculares ou desconforto.

Caminhadas;

Ginástica: Sessões de ginástica com alongamento e corrida de curta distância;

Condicionamento físico geral: serão realizados exercícios de fortalecimento. Esses exercícios trabalharão todos os principais grupos musculares (pernas, coxas, costas, peito, abdômen, ombros e braços).

Exercícios aeróbicos: incluirão atividades de dançar, pedalar, correr, caminhar rápido.

Os alunos que não se sentirem ativos fisicamente serão orientados a elevar o nível de exercícios físicos gradualmente, pois é necessário que a pessoas se sinta confortável realizando exercícios de intensidade moderada antes de passar aos de intensidade mais vigorosa. Os alunos farão exercícios físicos de intensidade vigorosa, moderada, ou uma combinação de ambos, considerando que 1 minuto de atividade física vigorosa equivale em torno de 2 minutos de atividade física de intensidade moderada.

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Exercícios de fortalecimento muscular: serão realizados até o ponto onde é difícil realizar outra repetição corretamente sem ajuda. Cada 8 a 12 repetições de um exercício contarão como 1 série. Os alunos serão orientados a fazer pelo menos 1 série para cada grupo muscular. Aqueles que desejarem obter ainda mais benefícios e condicionamento físico poderão realizar 2 ou 3 séries.

ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS PARA TREINAMENTO AERÓBICO E

EXERCÍCIOS LOCALIZADOS

a)Treinamento Aeróbico

Escolher uma música que os alunos gostem e que seja ritmada. Sugerir que os

alunos comecem a dançar, pular, saltitar e dar pequenas corridas no lugar

Duração: 10 a 20 minutos.

Sugerir que os alunos alonguem o corpo todo e dêem ênfase ao grupo muscular

que desejam que seja trabalhado. Manter cada posição entre 10 a 20 segundos.

Duração: 5 a 10 minutos

b) Exercícios localizados

Braços e ombros

1 - Rosca bíceps alternada - Em pé. Pegar um par de halteres (cabo de vassoura

providenciada antecipadamente) e flexionar os cotovelos. De maneira sincronizada, trazer

os braços em direção aos ombros

2- Rosca tríceps bilateral - Em pé. Alongar os braços acima da cabeça. Flexioná-

los até 90º graus em direção às costas.

3- Meio desenvolvimentos, ombros aduzidos - Em pé. Segurar um halter (garrafa

pet com areia lavada, providenciada antecipadamente) em cada mão e posicionar os

cotovelos lateralmente a 90 graus, deixando-os na altura dos ombros. Alongar os dois

braços para cima em direção ao teto e volte para a posição inicial

Abdominais: três séries de 15 repetições

Glúteo, Abdômen e Pernas

1- Agachamento 1ª posição - Em pé com os pés paralelos, com afastamento

correspondente a largura dos ombros. Flexionar os joelhos devagar até agachar 90 graus.

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2- Agachamento 2ª posição - Em pé com os pés paralelos, com afastamento

superior a largura dos ombros e joelhos direcionados para fora. Flexionar os joelhos

devagar até agachar 90 graus.

3- Agachamentos 3ª posição (agachamento afundo) - pernas afastadas, uma

perna na frente da outra e pés paralelos. Flexionar as duas pernas, mantendo na flexão,

um ângulo de 45 graus e volte a posição inicial. O pé da perna de trás fica apoiado nas

pontas dos dedos. Você pode segurar um pesinho em cada mão ao lado do corpo ou

apoiar uma das mãos na parede

4- Extensões do quadril com joelho flexionado - Em posição de quatro apoios

(joelhos e cotovelos apoiados no chão). Manter o joelho flexionado e eleve a perna,

empurrando seu pé em direção ao teto. Usar caneleiras para este exercício.

5- Abduções de quadril com joelho flexionado – Deitada (o) de lado. Alongar o

braço e apoiar a cabeça sobre o ombro esquerdo. Flexionar a coxa e o joelho a 90 graus

e elevar a perna direita, afastando-a do joelho esquerdo. O movimento deve ser

executado da mesma forma com os alunos (as) deitados sobre o ombro direito.

Peito e costas

1- Remada curvada unilateral - Em pé. Inclinar seu tronco ligeiramente para

frente. Segurar um halter na mão direita e apoiar a mão esquerda sobre o joelho

esquerdo. Empurrar o cotovelo direito em direção ao teto. Explicar aos alunos (as) que o

movimento deve ser executado da mesma maneira com o halter na mão esquerda.

2- Supino halteres – Deitada(o) em decúbito dorsal ( barriga para cima). Pegar um

par de halteres e estender os braços na linha dos ombros. Descer com os dois cotovelos

em direção ao chão até quase tocá-lo e voltar a executar o movimento.

Abdominais: três séries de 15 repetições

Glúteo, Abdômen e Pernas

1- Agachamento 1ª posição - Em pé com os pés paralelos, com afastamento

superior a largura dos ombros. Joelhos e pés apontados para fora. Flexionar os joelhos

devagar até agachar 90 graus.

2- Agachamentos - 2ª posição (agachamento afundo) - pernas afastadas, uma

perna na frente da outra e pés paralelos. Flexionar as duas pernas, mantendo na flexão,

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um ângulo de 45 graus e voltar à posição inicial. O pé da perna de trás ficará apoiado nas

pontas dos dedos. Orientar os alunos (as) a segurar um pé em cada mão ao lado do

corpo, ou apoiar uma das mãos na parede.

3- Abdução de quadril – Deitadas(os) decúbito dorsal ( barriga para cima), joelhos

flexionados em 90 graus ao alto. Manter o joelho flexionado e afastar lateralmente uma

perna da outra 120 graus e voltar. Usar caneleiras para este exercício.

4- Partes interna da coxa (adução de pernas) – Decúbito dorsal ( barriga para

cima), colocar uma caneleira em cada perna. Levantar as duas pernas, semiflexionadas,

com os pés apontados para o teto. Abrir e fechar as duas pernas simultaneamente

Abdominais: 3ª séries de 15 repetições

Abdominais: 1ª série de 15 repetições para cada tipo de abdominal. No mínimo,

cinco tipos de abdominais.

Serão lembradas questões já abordadas em aula que, durante a prática da

atividade física, é importante prevenir lesões mediante certos cuidados como:- uso

de calçado adequado para a modalidade de atividade a ser desenvolvida; iniciar a sessão

com um aquecimento visando diminuir o risco de lesões; - alongamento cuidadoso

seguido de exercícios respiratórios;- início e execução do exercício programado e

resfriamento do corpo lentamente após a prática do exercício.

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REFERÊNCIAS

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BOLDA, A. S.; SOUZA, B. N. A expressão corporal como instrumento de intervenção no desenvolvimento humano: uma proposta psicopedagógica. In: PINTO, M. A. L. Psicopedagogia diversas faces, múltiplos olhares. São Paulo: Olho d’ Água, 2003.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação Física: coletivo de autores. São Paulo: Cortez, 1992. FISIOFORMANCE. Alimentação, Atividade Física. Disponível em: <http://fisioformance.wordpress.com/> Acesso em 18 de junh. de 2011.

GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 3. ed. rev. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.

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LORENZENI, A. R. O conteúdo ginástica em aulas de educação física escolar. Disponível em: <http://www.ginasticas.com/conteudo/gimnica/gin_ginastica/ginasticas_com_gimnica_o_conteudo_ginastica_em_aulas_de_ef_escolar.pdf>. Acesso em: 20 de mar. de 2011.

MEDINA, J. P. S. A educação física cuida do corpo e mente: bases para a renovação e transformação da educação física. 9. ed. Campinas, São Paulo: Papirus, 1990.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Educação Física. Curitiba: SEED, 2008.