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Detalhe da aquarela Villa de Paraty, de J. B. Debret, 1827. O desenho de Debret não se preocupa em ser fiel ao conjunto de morros aos fundos da cidade, mas há uma perfeição no perfil dos sobrados e casas, incluindo o alinhamento das ruas. No momento em que fez a aquarela, Paraty ainda não havia conquistado terrenos ao mar próximo ao cais, estendendo as ruas da Praia e rua Fresca para a esquerda. Aparece ainda a antiga Igreja Matriz, próxima a atual (no desenho, levemente deslocada, parecendo à frente da nova igreja). A nova Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios, de 1763, já aparece dominando a paisagem. Fotografia aérea de 1945, autor desconhecido. Essa fotografia faz parte de um conjunto para divulgação da cidade, então descoberta sua importância arquitetônica. A impressão mais importante é a de uma cidade esquecida e isolada – Paraty quase se resume ao atual Centro Histórico. À direita, o rio Perequê-Açu aparece sem nenhum controle de suas margens ou dragagem, resultado da era prolongada de abandono. Por

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Detalhe da aquarela Villa de Paraty, de J. B. Debret, 1827.

O desenho de Debret não se preocupa em ser fiel ao conjunto de morros aos fundos da cidade, mas há uma perfeição no perfil dos sobrados e casas, incluindo o alinhamento das ruas. No momento em que fez a aquarela, Paraty ainda não havia conquistado terrenos ao mar próximo ao cais, estendendo as ruas da Praia e rua Fresca para a esquerda. Aparece ainda a antiga Igreja Matriz, próxima a atual (no

desenho, levemente deslocada, parecendo à frente da nova igreja). A nova Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios, de 1763, já aparece dominando a paisagem.

Fotografia aérea de 1945, autor desconhecido.

Essa fotografia faz parte de um conjunto para divulgação da cidade, então descoberta sua importância arquitetônica. A impressão mais importante é a de uma cidade esquecida e isolada – Paraty quase se resume ao atual Centro Histórico. À direita, o rio Perequê-Açu aparece sem nenhum controle de suas margens ou dragagem, resultado da era prolongada de abandono. Por outro lado, a fotografia demonstra a

densidade do casario, maior do que a atual em decorrência da ruína de muitas casas e sobrados ao longo do século XX.