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Teoria da Pena Parte IV Direito Penal

Penal Teoria da Pena Parte IV IV Direito Penal - Título V da Parte Geral do CP / “Da Aplicação da Pena” (arts. 59 a 76); ... III – O regime inicial de cumprimento da pena

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Teoria da Pena

Parte IV

Dire

ito P

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- Título V da Parte Geral do CP / “Da

Aplicação da Pena” (arts. 59 a 76);

- Critério trifásico (reforma da Parte Geral

do CP em 1984 / teoria de Nelson

Hungria): cálculo da pena em três fases

(art. 68 do CP):

Da Aplicação da Pena – Disciplina Legal

1ª- Pena base = Circunstâncias judiciais do

art. 59 do CP sobre a pena simples ou

qualificada;

2ª- Pena provisória = Circunstâncias

atenuantes (arts. 65 e 66 do CP) e

agravantes (arts. 61 e 62, do CP) sobre a

pena base;

Da Aplicação da Pena – Disciplina Legal

3ª- Pena definitiva = Causas de diminuição

e de aumento sobre a pena provisória.

Demais Fases (propostas pela doutrina):

4ª- Regime inicial de cumprimento da pena

privativa de liberdade (art. 59, III, CP);

Da Aplicação da Pena – Disciplina Legal

5ª - a) Análise da possibilidade de substituição

da pena privativa de liberdade por outros tipos

de penas (pena restritiva de direitos e/ou pena

de multa) (art. 59, IV, CP)

b) Verificação da possibilidade de suspensão

condicional da pena (art. 77 do CP).

Da Aplicação da Pena – Disciplina Legal

- Objetivo (crítico) do procedimento de

dosimetria da pena = Missão constitucional

de redução de danos ao condenado

(Martinelli e Schmitt) / releitura do art. 59 do

CP (afastamento necessidade e suficiência

para prevenção e repreensão).

Da Aplicação da Pena – Disciplina Legal

Art. 59 do CP: “O juiz, atendendo à

culpabilidade, aos antecedentes, à conduta

social, à personalidade do agente, aos motivos,

às circunstâncias e consequências do crime,

bem como ao comportamento da vítima,

estabelecerá, conforme seja necessário e

suficiente para reprovação e prevenção do

crime:

Primeira Fase

I – As penas aplicáveis entre as cominadas;

II – A quantidade de pena aplicável, dentro dos

limites previstos;

III – O regime inicial de cumprimento da pena

privativa de liberdade;

IV – A substituição da pena privativa de

liberdade aplicada, por outra espécie de pena,

se cabível”.

Primeira Fase

- Estabelecimento da pena-base dentro dos

limites legais (pena mínima / pena máxima

em abstrato) e conforme as circunstâncias

judiciais (favoráveis ou desfavoráveis ao

condenado);

Primeira Fase

- Inexistência de regra expressa sobre a

quantificação das circunstâncias judiciais /

discricionariedade proporcional e

fundamentada do julgador.

Primeira Fase

- Circunstâncias judiciais objetivas e

subjetivas (crítica "direito penal do

autor").

- (In)constitucionalidade das circunstâncias

subjetivas (Queiroz; Martinelli e Schmitt).

Primeira Fase

Culpabilidade:

- Medida de imposição da pena (e não

substrato do crime / fundamento do

injusto penal);

- Graduação da censurabilidade (ou

reprovabilidade) da conduta

empreendida pelo agente.

Circunstâncias Judiciais Subjetivas

Antecedentes:

- Vida pregressa em relação ao

comportamento criminal do agente - "é

vedada a utilização de inquéritos policiais

e ações penais em curso para agravar a

pena-base" (Súmula 444 do STJ);

Circunstâncias Judiciais Subjetivas

- Antecedentes criminais pelas

condenações definitivas atingidas pelo

prazo quinquenal depurador da

reincidência (polêmica - Paulo Queiroz);

Circunstâncias Judiciais Subjetivas

Conduta Social:

Comportamento no âmbito familiar, laboral e

comunitário.

Personalidade do Agente - retrato psíquico

do condenado (polêmico).

Motivos do Crime - “móvel do crime”.

Circunstâncias Judiciais Subjetivas

Circunstâncias do Crime: dados

relacionados ao tempo, lugar e maneira de

execução do crime.

Consequências do Crime: reflexos gerados

pelo crime à vítima e seus familiares.

Circunstâncias Judiciais Subjetivas

Comportamento da Vítima

- Participação/envolvimento da vítima na

prática delitiva

- Circunstância objetiva ou subjetiva?

(divergência / opção pela classificação

objetiva, uma vez que não diz respeito à

subjetividade do condenado).

Circunstâncias Judiciais Subjetivas

- Ponto de partida fixação pena base = Vazio

legislativo / posicionamento doutrinário e

jurisprudencial majoritário a partir do mínimo

legal;

- Ponto de chegada fixação pena base = Vazio

legislativo / posicionamento doutrinário e

jurisprudencial majoritário em relação ao

termo médio;

Regras de Cálculo

- Inexistência de critério matemático para

valoração das circunstâncias judiciais;

- Impossibilidade da fixação de pena base

para além dos parâmetros da pena em

abstrato (máxima e mínima) (corrente

majoritária).

Regras de Cálculo

- Dados que não interferem na tipificação

(criminal), mas na quantidade de pena;

- Sem expressa quantificação legal de

decréscimo ou acréscimo;

2ª Fase: Atenuantes e Agravantes

- Somente consideradas na segunda fase

se não constituírem elementares,

qualificadoras ou causas específicas de

aumento ou diminuição de pena em

relação àquele crime;

2ª Fase: Atenuantes e Agravantes

- Limites: pena mínima e máxima do tipo

legal? Súmula n. 231 do STJ: "A

incidência da circunstância atenuante

não pode conduzir à redução da pena

abaixo do mínimo legal".

2ª Fase: Atenuantes e Agravantes

- Crítica Doutrinária: - possibilidade de

atenuantes abaixo do mínimo legal

("sempre atenuam" - art. 65 + inominadas -

art. 66); - impossibilidade de agravantes

acima do máximo legal ("sempre

agravarão" X legalidade estrita);

- Previsão legal: arts. 61 a 66 do CP;

2ª Fase: Atenuantes e Agravantes

- Havendo concurso de agravantes e

atenuantes, a pena deve aproximar-se

do limite indicado pelas circunstâncias

preponderantes, assim entendidas as

que resultam dos motivos determinantes

do crime, da personalidade do agente e

da reincidência (art. 67 do CP).

2ª Fase: Atenuantes e Agravantes

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